www.bsbcapital.com.br
Ô abram alas que a Paula vai passar Pré-candidata a deputada federal, Paula Belmonte (foto) percorre cidades do DF e desperta cíumes em velhos caciques políticos. Reguffe e Cristovam a apoiam Pelaí - Página 3
Ano VIII - 373
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
WELLINGTON PULGA
Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018
Ide em paz! E os diabos nos acompanhem... Ex-secretário de Saúde e líder nas pesquisas de intenção de voto desiste de concorrer ao Buriti e anuncia que pendurou o paletó. Mas Jofran Frejat deixou uma pergunta sem resposta: quem são os diabos da política da Capital da República que queriam levar sua alma para o inferno?
REPRODUÇÃO
Página 7
Fátima Sousa (PSol)
Rodrigo Freire (Novo)
Pela família e pelo empreededorismo
Antes de tudo, forte
Sem ódio e sem medo
Página 6
Páginas 8 e 9
DIVULGAÇÃO
Pedro Leite (Podemos)
JÚLIO PONTES
JÚLIO PONTES
ENTREVISTAS
Páginas 4 e 5
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
E
ARTIGO
x p e d iente
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 50.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br
Os textos assinados são de responsabilidade dos autores
Siga o Brasília Capital no facebook.com/jornal.brasiliacapital
Valorização da Defensoria Pública A cidadania só será resgatada quando o Estado voltar seu foco ao resgate dos direitos previstos em cláusulas pétreas constitucionais Cláudio Sampaio (*)
Há 22 anos, tive a honra de cumprir estágio não-remunerado no Núcleo de Sobradinho da Defensoria Pública de Brasília, sob a supervisão do Dr. Edvaldo Silva. Naquela intensa época de atendimento em massa ao público, duas coisas me impressionaram: a enorme relevância social do citado órgão para a população carente e o incompatível tratamento de segunda classe que o Estado dava à Defensoria. Mais de duas décadas se passaram, mas, conforme o relato de alguns amigos que atuam na Defensoria, apesar das lutas da classe em prol de justas melhorias, pouca coisa mudou. Existe ainda uma estrutura de suporte e atendimento reduzida e deficitária, que tira dos defensores muito tempo que deveria se destinar ao exercício da atividade-fim (jurídica). Isto impacta de modo contundente na capacidade e na velocidade do atendimento aos milhares de assistidos em todo o DF. É realmente lamentável perceber que a Defensoria Pública, na condi-
C
nTeatro da Velha Política Precisamos de renovação total. Afinal, quem gosta de figurinha repetida? Rednatt Brasil, via Facebook O Frejat está na terceira idade, mas não é louco. Ana Maria Xavier, via Facebook Depende unicamente de nós. Renovação total nos cargos públicos eleitorais. Ficha limpa e com compromisso com
os brasilienses e nada mais. Andreza Paz, via Facebook Sobre coluna de Chico Sant’Anna mostrando as razões que levaram Jofran Frejat a abandonar a disputa pelo GDF. nUnião Como se esses discursos se limitassem ao DF. No geral, os políticos do Brasil são men-
ção de mais conhecido e legítimo esteio de defesa jurídica das pessoas de baixa renda, ainda tenha que pedir, aqui e ali, apoios políticos para conseguir o mínimo, que são condições de estrutura, remuneração e funcionamento dignas e proporcionais à sua responsabilidade. O órgão, injustamente, muitas vezes é visto como “lento” por alguns assistidos que desconhecem o nível de abnegação que permite a continuidade da prestação de serviços. Um dos piores vícios da mesquinha política que tem imperado no Brasil é, na contramão de uma estrutura constitucional elogiável, percebermos o pouco interesse, ou atitudes tímidas e eventuais,
de governantes e parlamentares, em dar estribo e corpo adequados aos agentes públicos de promoção e defesa da cidadania. É o caso da Defensoria Pública, que, pelo perfil vocacionado de seus membros, poderia produzir muito mais a favor da população, inclusive por meio de ações civis públicas. A cidadania só será resgatada em nosso país quando, ao invés da construção de obras faraônicas, sob licitações frequentemente fraudadas, o Estado, dentro de novos conceitos políticos, alcançáveis por meio de renovação nas urnas, voltar seu foco a uma educação mais completa, a uma saúde que traga dignidade à população e ao resgate dos direitos previstos em cláusulas pétreas constitucionais, para que saiam da teoria e ganhem vida prática. Isto será mais facilmente viabilizado quando for priorizado o fortalecimento da Defensoria Pública, como pilar de defesa das camadas mais pobres.
(*) Advogado e Escritor.
artas
tirosos. Sempre entram com um patrimônio que, ao final do mandato, terá um notório crescimento, explicável pelo fato de a política brasileira ser uma das mais corruptas do mundo. Manoel Kardoso, via Facebook A única solução para a saúde parece ser não adoecer mesmo. Wau Silva, via Facebook Sobre artigo do presidente
do Sindmédico-DF, Dr. Carlos Fernando. Para ele, os cidadãos estão cansados de discursos bonitos e práticas que fazem o DF retroceder. nAgrotóxico Tudo verdade. Conheço Primavera do Leste (MT). Fronteira agrícola dominada por sulistas. Tem até revenda de aviões. A saída dos ministérios
do Meio Ambiente e da Saúde do processo de registro de agrotóxico é fruto da pressão dos fabricantes internacionais de pesticidas. Luiz Sérgio, via WhatsApp Sobre matéria que mostrou um estudo da Human Rights Watch que identificou brasileiros com intoxicação causada por agrotóxicos.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
NÃO AO RETROCESSO - O Conselho de Educação não vai incluir no currículo dos estudantes da rede pública do DF a disciplina Educação Moral e Cívica, mesmo após a Câmara Legislativa derrubar o veto do governador Rodrigo Rollemberg à lei proposta pelo deputado Raimundo Ribeiro (MDB). O ensino da EMC seria um retrocesso ao tempo em que a ditadura militar determinava o que se estudava nas escolas brasileiras.
Sem cerimônia
Rollemberg e o PDT
DIVULGAÇÃO
JÚLIO PONTES
Depois de ter seu nome confirmado, sábado (29), na convenção do PSB, como candidato à reeleição, o governador Rodrigo Rollemberg dedica todos os esforços para atrair o PDT para a coligação que já conta com o PV e a Rede.
Paula Belmonte dialoga com lideranças como os senadores Reguffe e Cristovam: conciliadora
A
empresária Paula Belmonte mexeu com o cenário político local. Pré-candidata a deputada federal pelo PPS com discurso contundente contra a corrupção e a favor da renovação política, ela tem visitado todas as cidades do Distrito Federal. E sua movimentação sem cerimônia por esses redutos tem incomodado velhos caciques e antigas raposas da política brasiliense.
AO VIVO E EM CORES – Além de reuniões nas cidades, ela tem aumentado a presença nas redes sociais. Duas vezes por semana, Paula leva convidados para transmissões temáticas ao vivo. Já participaram das lives a ex-secretária de Esporte Leila Barros e o ex-goleiro do Fluminense e da Seleção Brasileira de futebol Paulo Victor. Mas eles não falam só de esporte. Educação, infância e renovação política também entram na pauta.
DISCURSO NOVO – Por onde passa, a pré-candidata chama a atenção por sua simpatia pessoal e por falar sobre a importância do investimento na infância. Aos 45 anos, Paula disputará a primeira eleição, lado a lado com figurinhas carimbadas do poder no DF. Em pouco mais de dois meses de pré-campanha, o eleitorado já observa a novata com outros olhos.
PARA TODOS OS GOSTOS – Com perfil agregador, a pré-candidata consegue dialogar com lideranças políticas políticas como os senadores Cristovam Buarque (PPS) e José Antônio Reguffe (sem partido). Ao mesmo tempo, Paula Belmonte mantém proximidade com candidatos de primeira viagem e nomes que nunca se envolveram com política. Ou seja, chegou chegando...
asdf
RECIPROCIDADE – O governador declarou apoio à candidatura do presidenciável Ciro Gomes. A manobra é para cobrar reciprocidade do PDT nos estados onde os socialistas estão no poder – DF, Pernambuco e São Paulo. “As conversas estão esquentando”, disse ele ao Brasília Capital. CONTRAPARTIDA – O PSB homologou a candidatura da ex-secretária de Planejamento Leany Lemos ao Senado. A outra vaga fica com o distrital Chico Leite (Rede). Mesmo “empolgadíssima”, Leany foi avisada pelo comando do PSB de que pode ser substituída caso vingue o acordo com o PDT. Ela cederia o espaço para o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, e concorreria a deputada distrital ou federal. Ou ficaria como suplente de Joe ou de Chico Leite. VICE – O vice preferido de Rollemberg é o presidente do PV, Eduardo Brandão. Ele também poderia abrir mão em nome do entendimento com os pedetistas. Sua vaga passaria para o ainda candidato ao GDF Peniel Pacheco. RESISTÊNCIA – Os três represen-
tantes do PDT na Câmara Legislativa se dizem oposição a Rollemberg. O recém-filiado Cláudio Abrantes critica o governador por não ter concedido a paridade salarial da Polícia Civil com a Federal. Joe e Reginaldo Veras reclamam que o governador não cumpriu acordos da campanha de 2014. INTERVENÇÃO – O presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, pode intervir no diretório do DF. Esta seria uma das condições para os socialistas aderirem à campanha do presidenciável Ciro Gomes. O presidente local, Georges Michel entende que o acordo nacional terá maior peso. “É normal este tipo de decisão de cima para baixo em todos os partidos políticos”, alega. SOLIDARIEDADE – Outra expectativa de Rollemberg é atrair o Solidariedade, do deputado Augusto Carvalho, e até o PPS, do senador Cristovam Buarque. Ambos encontram dificuldade em apoiar nomes das coligações de centro-direita devido à presença de políticos envolvidos em diversos escândalos de corrupção.
Brasília Capital n Política n 4 n Brasília,28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br JÚLIO PONTES
Entrevista Rodrigo Freire O que seria novo da política de Brasília? – O novo pensa principalmente na forma de se fazer política. A população não aguenta mais essa política da troca-troca de cargos públicos, do governo terceirizar secretarias para deputados de “porteira fechada”, que é um termo muito da velha política que lembra os antigos currais eleitorais. A gente não pode admitir que no século 21. A gente precisa tratar o povo respeito. Eu acho que respeito é colocar pessoas sérias e competentes e fortalecer as instituições para que elas trabalhem para a população. Um dos compromissos do Partido Novo é não usar recursos públicos na campanha. Qual outra proposta de seu partido você destacaria como um clamor da sociedade? – Bom quando a gente fala do não uso de dinheiro público, precisa explicar isso. Tem muita gente que reclama da quantidade de partidos no Brasil. E a única forma que a gente tem para melhorar isso é acabar com o dinheiro público. Só isso reduziria em 80% a quantidade de partidos hoje no Brasil. Então você está dizendo que os partidos existem para sugar o dinheiro da população? – Com Certeza. Os partidos passaram a se servir da população ao invés de servir. A gente entende que se um partido tem coerência, se tem princípios e valores, se ele dá o exem-
O Estado precisa entregar à população uma Saúde que dê dignidade, uma Educação transformadora e uma Segurança Pública que traga tranquilidade
Sem ódio e sem medo Orlando Pontes
P
residente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e com o apoio político do senador José Antônio Reguffe (sem partido), Rodrigo Freire é pré-candidato a deputado federal pelo Partido Novo. Seu compromisso é trabalhar por um Estado que garanta o arroz com feijão para a população, Saúde que traga dignidade; Educação transformadora e
plo. Deveria sobreviver com contribuições voluntárias. E se todo mundo sobrevivesse com contribuições voluntárias iriam permanecer aqueles mais coerentes. No espectro ideológico, o Novo seria um partido de direita, de esquerda ou de
Segurança Pública que dê tranquilidade para as famílias. Neto do ex-senador Marcos Freire (MDB-PE), morto num acidente aéreo em Carajás em 1987, o advogado de 37 anos nascido em Brasília e casado com a jornalista Sabrina Albert (TV Record), Rodrigo Freire é um empreendedor nato no segmento de alimentação fora do lar, com histórico de trabalho desde os 16 anos vendendo plano de saúde e que hoje emprega 120 pessoas.
centro? – A gente tem que parar de polarizar. Já está ultrapassada essa questão de direita e esquerda. Temos que juntar as pessoas de bem que estão na política e seguir para a frente, por isso que o NOVO DF apresenta um time de cidadãos honesto e fichas limpas para a eleição de 2018.
Freire aceitou o desafio de concorrer a uma vaga no Congresso a partir da certeza de que “se a gente quiser promover uma mudança, uma transformação na sociedade, é necessário fazer isso por meio da política”. Membro da igreja Comunidade das Nações, liderada pelo bispo JB Carvalho, ele diz nesta entrevista ao Brasília Capital “É importe falar da consolidação da família, dos valores familiares que estão se perdendo, e que educação é muito mais que escola”.
A ideia não é achar algozes, é buscar pessoas que queiram fazer uma política diferente, uma política por propósito, que queiram oferecer entregas para a população de fato e não ficar aquela briga de Fla x Flu, sem sentido, apenas com paixão e ideologia. Precisamos de um Estado
que entregue bons serviços, pense no cidadão, abra espaço para o empreendedor, sem a burocracia sufocante e a alta carga tributária. Nessa concepção, o que seria obrigação do Estado? – A gente considera que precisa entregar o feijão com arroz
Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Entrevista Rodrigo Freire para a população. As pessoas terem uma saúde que traga dignidade, uma educação transformadora e uma segurança que traga tranquilidade para as famílias. Para isso, temos ótimos quadros para as eleições de 2018 como, vale ressaltar, o empresário Alexandre Guerra que é pré-candidato do NOVO ao GDF e o advogado conhecido por ser a voz do consumidor Paulo Roque como pré-candidato ao Senado Federal. Alguns partidos de esquerda propõem distribuir melhor as riquezas a partir, por exemplo, da tributação das grandes fortunas. O que vocês acham disso? Qual a posição sua pessoal? – O Brasil tem um sistema tributário altamente perverso para quem empreende. Além da burocracia e da dificuldade que existe para se criar uma empresa e tocar um negócio, o sistema tributário não é claro. Ele penaliza quem gera mais empregos. Esta vai ser nossa principal pauta, contra todo e qualquer aumento de impostos e a favor da redução e simplificação dos mesmos. A gente tem três principais pautas: A terceira idade às vezes chega a pagar até três vezes o que recebe da aposentadoria com remédios. Por isso, vamos defender arduamente imposto zero para medicamento, como já acontece em países desenvolvidos. A segunda pauta seria a imunidade tributária para a primeira empresa. No primeiro ano de funcionamento a empresa
não pagaria impostos. Isso já existe nos Estados Unidos. A terceira é desonerar o trabalhador. A gente precisa dar o direito a ele de optar em como usar e investir o seu FGTS. Um outro exemplo é a Lei da Gorjeta, que penalizou severamente os trabalhadores, principalmente os garçons, no setor dos bares e restaurantes, com onerações dos encargos sociais que passaram a incidir sobre a gorjeta. Esse é um caso claro onde o cliente paga mais, os garçons têm sua renda diminuída e o Estado recolhe mais impostos. Ou seja, só ganhou o governo. É preciso rever isso, para desonerar e fazer sobrar mais di-
vai solucionar o problema do Brasil é a curva de Gauss porque nem sempre aumentar imposto significa aumento da arrecadação. E a gente está vendo pelo atual governo que no primeiro ano aumentou uma série de tributos e não melhorou para ninguém. As empresas foram saindo do Distrito Federal, outras passaram a entrar com produtos de fora e a gente perdeu os empregos. Aumentou o imposto e perdeu arrecadação. A lógica é simples: Se você aumenta muito o imposto, você afasta o empresário. A isenção de impostos para medicamentos é uma
Parlamento excessivamente caro. A Câmara dos Deputados custa mais de 90 milhões por mês, mais de um bilhão de reais por ano. A gente precisa rever os custos e fazer uma análise se está valendo a pena ter uma estrutura tão pesada. Acredito que o senador Reguffe conseguiu esse capital político por ter coerência, por cumprir tudo que ele sempre colocou nos panfletos de campanha e, acima de tudo, por dar o exemplo. Foi, por exemplo, o primeiro senador a abrir mão do plano de saúde vitalício. Eu entendo que os políticos deveriam ser os primeiros a abrir mão de qualquer plano de saúde REPRODUÇÃO
O senador Reguffe conseguiu esse capital político por ter coerência, por cumprir tudo que ele sempre colocou nos panfletos de campanha e, acima de tudo, por dar o exemplo nheiro no bolso de quem trabalha. O Estado quer cuidar de tudo, quer ser um pai, mas é um péssimo pai. A gente não se sente filho desse Estado porque, na verdade, sente-se órfão. A gente precisa de um Estado que cuide das pessoas no que é essencial. No que diz respeito a grandes fortunas, eu acho que é uma conversa que pode ser colocada em pauta desde que a gente reveja o que está na base, que é o mais importante. O que
proposta do senador Reguffe. Qual a sua relação com ele? – Eu acompanho a história do Reguffe desde a primeira vez que ele foi candidato. Desde o início apoiei suas campanhas porque vi o senador Reguffe como um pioneiro. Muitas pessoas questionam o trabalho dele, mas ele trouxe para pauta da opinião pública e do Congresso Nacional a variável do custo do mandato. Só isso já é um grande legado. Nós temos um
pago pelo governo por quê eles são responsáveis por fiscalizar se o governo está oferecendo saúde de qualidade para a população. Por essa relação histórica, o senador está apoiando sua candidatura a deputado federal? – Com certeza. Ele tem demonstrado apoio ao nosso pleito, principalmente para renovação política, que é necessária neste momento. O Reguffe deu uma força
muito grande nos princípios e valores que fundamentaram o NOVO. Muitas pessoas querem desconstruir o legado do Reguffe falando que ele economiza mas não faz, como se economizar não fosse fazer. Reguffe tem vários outros projetos como o projeto de lei de Iniciativa popular via assinatura eletrônica, que está passando nas comissões e tem tudo para ser um caminho para uma democracia mais direta e onde o povo possa participar mais diretamente das decisões públicas. Ele fez uma emenda ao orçamento da União que viabilizou 14 ambulâncias para o SAMU do Distrito Federal; outra emenda dele viabilizou remédios para câncer em todas as farmácias públicas do DF. São coisas que não tem como questionar. São projetos concretos. Você está entrando agora na política, mas seu histórico familiar traz a política no DNA desde Pernambuco... – Meu avô Marcos Freire foi senador e ministro. Ele morreu em 1987 num acidente aéreo em Carajás. Desde então, nossa família ficou afastada da política. Na época do meu avô, os políticos tinham uma reputação boa, eram admirados. Hoje, eu espero que a gente entre nesse projeto da nova política para resgatar também a história do meu avô. Ele tinha uma frase que eu gosto muito, que foi o lema da campanha dele para o governo: “Sem ódio e sem medo”. A gente está num momento crítico e entrar na política não é fácil. Parece que a partir do momento que você entra as pessoas querem sempre ver o lado negativo das coisas. Mas a gente está no momento em que precisa ter coragem de entrar, se não vai continuar sendo governado por esses políticos que estão aí.
Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br JÚLIO PONTES
fissionalizantes sejam oferecidos de maneira a aperfeiçoar o conhecimento do trabalhador, para que ele possa atender a essas demandas do mercado de trabalho. Vamos estimular a criação e ampliação de benefícios que melhorem a qualidade de vida do trabalhador.
Entrevista Pedro Leite O senhor vai disputar sua primeira eleição para deputado distrital. Quais os seus projetos para representar a população na Câmara Legislativa? – Temos o compromisso de facilitar a vida dos empreendedores de nossa cidade. Nós entendemos bem o que é ser empresário, o que é ser um microempreendedor e o quanto isso é difícil. O Brasil é um dos países que mais tributa o empreendedor. Ser empresário aqui é ser um herói. O Estado exige que o empreendedor pague imposto mesmo não tendo lucro. Queremos criar leis que defendam o empreendedorismo. Cite exemplos – Iremos implantar sistemas funcionais que já existem em países como Estados Unidos e Israel. Por exemplo, reduzindo alíquotas de impostos para incrementar o crescimento da economia. Vamos acelerar o crescimento e desburocratizar a abertura e o fechamento de empresas. Precisamos criar condições para o surgimento de novas pequenas e microempresas, para o desenvolvimento de startups, de forma que elas se sintam protegidas e motivadas a aumentar sua produtividade. Com essas ações, vamos gerar mais empregos e aumentar a arrecadação. Quem são os principais apoiadores de sua candidatura? – Graças a Deus, contamos com o apoio de uma sólida base evangélica. O mi-
Pedro Leite: Apoio dos evangélicos e do ministro Ronaldo Fonseca para ter mandato de deputado distrital
Pela família e pelo empreendedorismo Da Redação
P
astor da Comunidade das Nações, o professor de Ciências Pedro Leite tentará, pela primeira vez, se eleger para a Câmara Legislativa. Pré-candidato a deputado distrital pelo Podemos, ele tem como principal cabo eleitoral a base evangélica formada por igrejas de
nistro Ronaldo Fonseca, que teve 90 mil votos para deputado federal em 2014, é um de nossos principais incentivadores. O bispo de nossa igreja Comunidade das Nações, J.B. Carvalho, já está nos ajudando nessa missão. Tem também o pastor Laudjair Guerra, grande líder evangélico no Gama. Vamos trabalhar ao lado do professor Marcos Pacco, que deve ser o sucessor do ministro Ronaldo Fonseca na Câmara dos Deputados. O senhor desenvolve algum tipo de trabalho so-
várias cidades do Distrito Federal. Nesta entrevista ao Brasília Capital, Pedro Leite fala de seus projetos para reduzir impostos e aumentar a oferta de empregos. Ele conta sua experiência como voluntário em trabalhos sociais. E reforça sua fé na recuperação do ser humano. Entre seus principais apoiadores está o ministro Ronaldo Fonseca (Podemos), que não concorrerá este ano.
cial? A gente tem um braço da Comunidade das Nações que se chama Filhos do Brasil. Esse projeto nasceu do desejo de nos tornarmos pais de órfãos. É um projeto que vem crescendo nos últimos anos de forma exponencial. Ali, desenvolvemos ações sociais nas comunidades carentes do DF. Reunimos voluntários médicos, dentistas, psicólogos, advogados, profissionais da área de beleza e bem-estar. Levamos muitas informações e treinamento em costura, maquiagem, manicure e reforço escolar, tudo com apoio
do GDF. Fazemos esse tipo de trabalho há 15 anos. Onde é feito esse trabalho? – No Gama, na Vila São José em Vicente Pires, Santa Maria, Recanto das Emas, Valparaíso, Estrutural, Taguatinga e Planaltina. Nos próximos dias, faremos a primeira ação em Sobradinho 2, no Buritizinho. Como esse tipo de assistência pode ser prestada por um deputado distrital? – Nossa ideia é apresentar projetos onde os cursos pro-
Um dos maiores problemas nas áreas mais carentes da periferia é a violência. O senhor tem alguma proposta para reduzir esses índices? – A gente precisa pensar em políticas de segurança pública baseadas no planejamento e no método, em vez de políticas baseadas na reação. As forças de segurança precisam usar mais a inteligência para se antecipar ao crime. O senhor não entende a segurança como um problema social? – Claro que sim. Precisamos valorizar nossas crianças desde a primeira infância, com atendimento adequado em creches. Nossas escolas devem preparar os alunos para o mercado de trabalho e treiná-los para o primeiro emprego. Se os pais tiverem trabalho e renda dignos, as famílias serão melhor estruturadas para criar seus filhos. Existe também a questão salarial dos servidores da Segurança Pública – Sem dúvida. Veja o caso da Polícia Civil, que há dez anos não tem qualquer reajuste salarial. Sou a favor da paridade dos salários dos policiais do DF com a Polícia Federal. Precisamos estimular esses profissionais e aumentar o efetivo para que eles continuem a prestar o serviço de excelência que sempre prestaram à população de Brasília. Isto vale, também, para o Corpo de Bombeiros e a PM. Só assim conseguiremos combater e reduzir a violência que assombra a nossa cidade.
Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Na ponta do tridente Jofran Frejat encerra carreira política sem livrar Brasília de seus demônios JÚLIO PONTES
GUSTAVO GOES
Orlando Pontes
N
ão teve santo que desse jeito. Doze dias após anunciar que estava propenso a desistir da candidatura ao Palácio do Buriti e ser convencido a reavaliar a decisão, o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), de 81 anos, manteve-se irredutível. Na terça-feira (24), veio a público depois de uma reunião com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e anunciou que estava, a partir daquele momento, definitivamente fora da vida pública. A saída de Frejat deixou um vácuo no tabuleiro político do jogo sucessório de Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele liderava todas as pesquisas de intenção de voto para governador nas eleições de outubro. Em algumas delas, inclusive, atingia mais de 50% dos votos válidos, o que apontava até para a possível vitória no primeiro turno. CALDEIRÃO - Mas em política não existe vácuo. Antes mesmo do veredicto final de Frejat, outras peças se movimentavam para ocupar o espaço deixado por ele. O próprio Rollemberg, discretamente, comemorou. E revelou ter feito uma visita de cortesia ao então adversário, com quem, civilizadamente, trocou impressões sobre o caldeirão fervente da política brasiliense. “Esses pactos são difíceis de desfazer”, disse o governador ao Brasília Capital. “Ali não tem só um diabo. São muitos. O Frejat teria que explicar isso”, disse Rollemberg. E já ensaiando o discurso para repelir qualquer aliado de Frejat que venha a se apresentar como candidato a tomar-lhe a cadeira no Palácio do Buriti, alertou: “as pessoas não querem a volta da
Jofran Frejat renunciou à candidatura e encerrou sua carreira política
“Ali não tem só um diabo. São muitos. O Frejat teria que explicar isso” Rodrigo Rollemberg
corrupção, pois sabem o tanto que a cidade sofreu por causa dela”. UNIÃO - Com o novo cenário e diante da percepção da população da importância das medidas tomadas por seu governo para arrumar a casa (as contas públicas), o governador
Filippelli lamentou a decisão do aliado e promete trabalhar pela união
se disse confiante. “Tenho muita convicção de que vamos ganhar essa eleição”. Apoiador da candidatura de Jofran Frejat, o manda-chuva do MDB no DF, Tadeu Filippelli, lamentou a desistência do aliado. “Desde o primeiro momento declaramos apoio ao nome dele e defendemos a união de todas as forças do nosso campo para derrotar o atual governo”, disse Filippelli. E reiterou: “mesmo sem ele, vamos insistir na busca dessa união”. Como o ex-pré-candidato exerceu o direito de sair de cena mantendo-se calado quanto a quem seriam os aliados que queriam vender sua alma ao Diabo e lançá-la ao fogo do Inferno, resta a Brasília desejar a Frejat boa sorte e sossego em sua nova aposentadoria.
“Mesmo sem ele, vamos insistir na busca da união” Tadeu Filippelli
CARAPUÇA - E a cidade precisará se acostumar com a sensação de continuar sendo perseguida por um exército de diabos ocultos. A menos que eles, por uma improvável inspiração divina, decida vestir a carapuça e pôr à mostra seus chifres e os afiados tridentes. Deus nos livre!
Brasília Capital n Política n 8 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Entrevista Fátima Sousa A senhora tem um vasto currículo na área da Saúde. Como usaria sua experiência para melhorar a Saúde de Brasília? – Sou pré-candidata a governadora para administrar o DF e todos os problemas que ele tem. Referente à saúde, de fato, nós temos percorrido todas as regiões administrativas e é o que mais grita nas demandas da população. Vamos trazer de volta um projeto que a cidade já viveu e gostou, que é Programa Saúde em Casa. Esse é um programa eficaz.
barato. Dinheiro não é problema no DF no que se refere à saúde. Temos que colocar o SUS para funcionar. Infelizmente, até hoje, entra governo e sai governo, e o SUS constitucional não funciona. A senhora reveria o contrato do Instituto Hospital de Base? – Com certeza. Nesse caso, entregaram a responsabilidade do governo, garantida pela Constituição. Estou há 40 anos militando na área da Saúde, e o artigo mais difícil que colocamos na Constituição foi o 196, que garante ao cidadão a saúde aonde quer que ele more. É daí que vem a ideia do Saúde Em Casa. Nesse programa, o hospital e os postos de saúde são retaguardas. É o contrário do que vários governos vêm fazendo em Brasília. Eles colocam os hospitais como centro das atenções. Eu fui à UPA do Núcleo Ban-
Frejat fica devendo aos brasilienses a revelação de quem são os demônios que o atormentaram Que foi coordenado pela sua correligionária Maninha, pré-candidata a deputada federal... – Ela divide comigo a responsabilidade de trazer de volta o Saúde em Casa. Não seria muito caro reativar esse programa? – Não é questão de caro ou
deirante e não tinha nenhum médico por lá. Ou seja, isto contraria a natureza da Unidade é o Pronto Atendimento. Com o Saúde Em Casa, vamos massificar os agentes de saúde. Feito isso, vamos organizar a rede básica de saúde. O que nada mais é que os centros de saúde. Isso resolve. Isso funciona.
A ideia é descongestionar os hospitais... – Não só diminuir as filas dos hospitais, mas dar resolução. Por exemplo, um pico de hipertensão seria resolvido em casa pelos agentes de saúde. Isso é protocolar. Todos dizem que o Hospital Sarah Kubitschek é o melhor, e é verdade. Mas ele tem uma especialidade única e o faz bem. É isso o que vamos fazer com todos hospitais da cidade. Cada unidade teria uma especialidade? – Claro. Há um perfil para cada hospital. Nós vamos definir conversando com cada diretor. Esse é o grande erro dos governos atuais: eles não discutiram com os profissionais da saúde. O HBB tem que voltar para o Estado. O Hospital do Paranoá seria referência em ortopedia. Mas hoje lá não tem gaze, não tem soro fisiológico. Se eu disser que o Hospital de Ceilândia vai ser especializado em Cardiologia, eu tenho que equipar para responder às demandas referentes à Cardiologia. Hoje, o Samu fica igual pingue-pongue, levando pacientes de hospital em hospital para saber onde tem atendimento. São vários exemplos de pessoas que morrem dentro do Samu por ele não saber para onde levá-las. O segundo tema que domina o eleitorado é a Segurança Pública. O que a senhora faria para reduzir a violência no DF? – Nós formamos um grupo de trabalho com o que tem melhor em Brasília, inclusive com pessoas da UnB, para discutir isso. A coordenadora da nossa campanha é a professora Beatriz Vargas, que vem historicamente trabalhando nessa questão. Ela é pesquisadora da área de prevenção da violência. Nosso programa conta com três pontos
Fátima Sousa: Mulher, enfermeira, paraibana e gestora pública, ela quer governar Br
Antes de tu
Orlando Pontes
Fátima Sousa quer governar Brasília “para enfrentar todos os problemas que ela tem”. A candidata do PSol ao Buriti lembra Euclides da Cunha em Os Sertões - “o sertanejo é antes de tudo um forte” - ao se apresentar como mulher, enfermeira, paraibana,
que não vamos abrir mão: 1) Cuidar de quem cuida da segurança pública. Tratam servidores da Segurança Pública com muito descaso. Discutem apenas o salário, que é muito importante, mas não discutem a carreira profissional; 2) Vou investir pesado na prevenção. Os policiais vão
nordestina e gestor te gerir a cidade a p conselhos temático mandas da popula o Orçamento Part estava no PT, part nha de Luiza Erun de São Paulo e adm orçamento do Mini
fazer parte dos conselhos de segurança pública. Vamos usar e abusar das tecnologias para identificar em tempo real onde está acontecendo a violência. Vamos utilizar o dinheiro do Fundo Constitucional para equipar essas corporações; 3) Fazer a integração das políticas públicas.
Brasília Capital n Política n 9 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br FOTOS: JÚLIO PONTES
para usar esse recurso. Todo mundo vai saber o que tem e o que não tem no caixa do governo, inclusive do Fundo Constitucional. Vamos criar grupos de trabalho para as pessoas saberem os problemas e juntos resolvermos. Vamos montar uma câmara permanente para resolução de problemas com todos os servidores do GDF. Vamos criar um Conselho do Bem-Viver para atender os servidores, onde discutiremos defasagem salarial, questão de carga horária, carreira... Como enfermeira, a senhora considera justo a jornada de 18 horas semanais de seus colegas na rede pública? – Essas diferenças e disparidades, quando colocadas à mesa, tenho certeza de que serão solucionadas. A administração pública não se segura com essas diferenças tão díspares.
rasília para enfrentar “todos os problemas que ela tem” e reeditar o Saúde em Casa
tudo, forte
ra pública. Promepartir da criação de os para ouvir as deação, inclusive com ticipativo. Quando ticipou da campandina para prefeita ministrou o maior istério da Saúde no
governo Lula. Na gestão de Cristovam Buarque liderou, com a então secretária Maria José Maninha, o Programa Saúde em Casa no DF, que promete retomar. Nesta entrevista ao Brasília Capital ela conta que saiu do PT “por princípios e por valores”. Mas, “em defesa da democracia”, se alinha ao movimento Lula Livre.
A segurança começa na creche, na educação. Quando você forma um cidadão resiliente, pacífico, aí começa prevenção. Nós vamos nos antecipar, com a prevenção. Esse discurso de campanha é sempre muito simpático, mas na prática é pouco
produtivo. O Sinpol só está preocupado com a paridade com a Polícia Federal. A senhora pagaria essa paridade? – Eu sou professora e trabalho com fatos. Com dados reais. Tenho afirmado que nós vamos sentar à mesa e saber o que temos de recurso disponível e abrir a caixa
O líder das pesquisas, Jofran Frejat, saiu da disputa. O que isso altera no cenário da campanha? – Minha candidatura não abala em nada. Eu não pertenço ao grupo do Frejat. Minha história de vida sempre foi em um partido de esquerda, e nunca saí. Aos 12 anos decidi meu lado e nunca mudei. No campo da Saúde, ter o Frejat na disputa significaria ter um debate. Nós iríamos cobrar o que o grupo dele não fez quando estava no governo. A ausência dele me dá uma responsabilidade maior porque eu vou ter que discutir todos os problemas da Saúde. Inclusive de governos dos quais ele participou. Para o cenário político, acho que ele fica devendo aos brasilienses quem são os demônios que o atormentaram. De que natureza foram essas pressões? Que diabos são esses que tumultuaram a política local? É lamentável para Brasília este segredo não ser revelado. Eu espero que ele o
faça. Ainda tem tempo. É muito difícil um partido pequeno, com pouco tempo de televisão, ganhar uma eleição majoritária. O PSol vai sair sozinho? – Não, o PCB fechou um acordo nacional e estará conosco. É o suficiente para levar a mensagem de vocês? – Eu não vou levar só mensagem! Eu vou ganhar essa cidade. Nossa campanha é de outra natureza. Não viemos só para marcar posição. É muito legal você ir na casa das pessoas, olha no olho. Elas dizem a verdade, o que estão sentindo de fato. Nós não vamos comprar cabo eleitoral, não vamos fazer bandeirinha. Isso é coisa do outro lado. O PT fazia esse discurso da honestidade e acabou envolvido no Mensalão e no Petrolão. Como assegu-
Entrevista Fátima Sousa por terem se perdido. Nós estamos na estrada certa. Mas o seu partido levanta a bandeira do Lula Livre. – O que o (Guilherme) Boulos (candidato à presidência da) fez e muitos de nós fazemos é porque estão judicializando a política. Isso é muito ruim para democracia. Nunca vi um processo tão rápido e tão célere na Justiça brasileira quanto o de Lula. Não estou julgando os erros de governo do Lula, nem toda a aliança que ele fez. O que eu quero
A bandeira Lula Livre é mais do que um nome. É a bandeira da democracia. Se hoje é Lula, amanhã pode ser eu ou qualquer um rar que o PSol não vai fazer a mesma coisa? – Nós não vamos causar a mesma decepção. Se fôssemos, estaríamos todos no PT. Mas saímos por princípios e por valores. Ou seja, nós não vamos responder pelos erros do PT. O próprio PT deverá responder pelos seus erros. Se eles se perderam, irão pagar o preço
dizer é que judicializar a política é errado. Não tem de se politizar, se não ele senta na cadeira dos políticos. Então, a bandeira Lula Livre é mais do que um nome. É a bandeira da democracia. Se hoje é Lula, amanhã pode ser eu ou pode ser qualquer um. A gente não pode admitir isso na Justiça.
Brasília Capital n Política n 10 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress. com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com
Por Chico Sant’Anna
Saúde vai mal, obrigado! N REPRODUÇÃO
o Distrito Federal existem duas Saúdes Públicas: A que aparece na propaganda oficial, bonita e maravilhosa; e a do cotidiano das unidades de Saúde, com filas, falta de recursos humanos e materiais. Um diagnóstico foi feito pela seccional do DF do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde e entregue aos buritizáveis que compareceram a um recente debate na Universidade de Brasília. A situação não é boa e exigirá esforços do futuro governo. Não compareceram os candidatos Eliana Pedrosa (Pros), general Paulo Chagas (PRP) e Jofran Frejat (PR), que ainda era pré-candidato. Não ficaram para debater as propostas o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e Alexandre Guerra (Novo). Ao final do encontro, debateram apenas Fátima Sousa (Psol), Izalci Lucas (PSDB) e Peniel Pacheco (PDT). LONGE DAS METAS - Segundo o relatório, de um rol de cem indicadores referenciais propostos para a Programação Anual de Saúde de 2016, até agora apenas a metade foi atingida. Esses indicadores se referem a níveis de cobertura de atendimento, saúde bucal, prevenção do câncer do colo de útero, política de Sangue e Hemoderivados, controle da sífilis congênita, atenção domiciliar com ênfase na desospitalização, captação e transplantes de órgãos, dentre outros referenciais. Também é precária a comunicação entre a rede de saúde e seus usuários, forçando-os a uma peregrinação pelas unidades de saúde para serem atendidos. E nem sempre conseguem. INVESTIMENTOS - Um dos grandes remédios que faltam na Saúde do DF
Fátima, Peniel e Izalci permaneceram até o final do Cebes na UnB. Rollemberg e Alexandre saíram antes
são recursos financeiros. O estudo do CEBES-DF revelou que verbas próprias do GDF são cada vez menores no custeio da rede pública, prevalecendo a aplicação dos repasses federais, notadamente do Fundo Constitucional do DF. Em 2015, no início da administração Rollemberg, o GDF aplicava de recursos próprios – obtidos a partir de impostos como IPTU, IPVA e ICMS – R$ 1.314 por habitante. Para 2018, o orçamento autorizado prevê apenas R$ 798 per capita. Uma redução de 39,3%. Em 2015, o GDF respondia com recursos próprios por 51,5% e os repasses federais correspondiam a 48,5% dos gastos em Saúde. Para 2018, essa fatia caiu para 37,4% e a da União subiu para 62,6%. Nesse período, somente a receita com o IPVA no DF cresceu 16%. O ICMS caiu 5,8%. No somatório de recursos locais e federais, o valor empenhado para a Saúde em 2017 foi 5,8% superior ao de 2015, em termos nominais. Descontada a inflação de 12,5%, constata-se uma redução dos
investimentos no setor. Para 2018, o valor autorizado é ainda menor 5,4% do que o do ano anterior. ATENÇÃO BÁSICA - A falta de investimentos em Saúde Pública se reflete no atendimento da população. Segundo o Cebes, a cobertura de equipes do programa Saúde da Família atinge apenas 39,4% da população. Em 1999, quando foi desativado pelo governo de Joaquim Roriz, o Saúde em Casa, implantado em 1997 pela então secretária Maria José Maninha, propiciava uma cobertura de 70%. A precariedade nos serviços de Saúde atinge também a Atenção Básica, que hoje só responderia por uma cobertura de 58,7%, No final das contas, atesta o Cebes, de uma população de mais de três milhões de habitantes, a Saúde Pública só chegaria à terça parte – 1,2 milhão de pessoas. “Isso favorece o aumento das filas, gera sobrecarga de trabalho aos profissionais, diminui a satisfação do usuário, prejudica o adequado atendimento às necessidades da po-
pulação, fazendo prevalecer a concepção de saúde médico-hospitalocêntrica”, conclui o estudo. Em outras palavras, em Brasília não prevalece a máxima de que é melhor prevenir do que remediar. Aqui, a atenção básica, que em todo o mundo responde por 80% das demandas por assistência em saúde, é precarizada forçando as pessoas a correrem aos hospitais. “Há muita demanda sobrecarregando o sistema, por exemplo, quando chegam pacientes para atendimento nos pronto socorros por causas evitáveis”. Embora a força de trabalho no SUS conte com 32,1 mil profissionais de Saúde, sendo 5.185 médicos, o Cebes-DF denuncia a precarização e/ou desativação de serviços na estrutura física das unidades de saúde – como o fechamento das pediatrias no Gama, São Sebastião e Ceilândia. Outra denúncia grave da organização é a existência de profissionais contratados pelo serviço público, mas que atuam em clínicas particulares no horário em que deveriam estar trabalhando no SUS. Na opinião do Cebes, evidencia-se falta de planejamento e organização, ou seja, falta gestão adequada. PRIVATIZAÇÃO, NÃO -Por fim, o Cebes critica também as “tentativas de privatização do SUS” e defende uma melhor qualificação da administração pública direta. “Propostas de novos modelos de gestão, supostamente mais eficazes em função da maior autonomia financeira, têm como referência o modelo neoliberal de gestão, que pode implicar na atuação do governo privilegiando o capital com arrocho sobre as políticas sociais”.
Brasília Capital n Cidades n 11 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Não existe desenvolvimento sem saúde
H
á poucas semanas, um dos principais sites do Distrito Federal anunciava: “Remoções de servidores do Base deixam pacientes ‘órfãos’ e agoniados”. E, mesmo assim, o Governo do Distrito Federal (GDF) insiste no erro. A lógica de que “quem tem dor tem pressa”, para eles, Rodrigo Rollemberg e Humberto Fonseca, parece estar invertida: em vez de resolver o problema do atendimento nas unidades de Saúde, que hoje é a principal reclamação da população do DF, removem servidores, compulsoriamente, sem pesar na balança o quão prejudicial isso pode ser. Nesse contexto, é importante lembrar que o Hospital de Base (como Instituto
ou não) é a maior instituição de saúde do Distrito Federal. Justamente por isso, agrega, dentro dele, as especialidades mais complexas da rede pública de saúde. E, nessa leva de profissionais removidos, infelizmente, há vários médicos que, se retirados de lá, deixarão, de fato, muitos pacientes “órfãos”. Por isso, o Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF) tem encarado a medida – que revela todo o autoritarismo da atual administração do Buriti com grande preocupação e vem buscando todas as instâncias possíveis para reverter as remoções do IHB. Não podemos e nem iremos abrir mão dessa defesa. Porque, talvez nem todos se lembrem – principalmente o governador e o atual se-
Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF
cretário de Saúde -, porém, na transformação do Base em instituto, em agosto do ano passado, independente de qualquer coisa, os dois, Rollemberg e Fonseca, afirmaram aos servidores que quem optasse por permanecer no hospital teria seus direitos garantidos. Agora, is-
so não está sendo cumprido. E razão, diz o sábio ditado, dá-se a quem tem. Neste caso, sem dúvidas, a razão está ao lado dos servidores e da população, que não aguenta mais ir e voltar dos hospitais e unidades de Saúde sem conseguir atendimento. E é justamente por essa situação absurda envolver, principalmente, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS-DF) que me compadeço ainda mais. Represento, hoje, os médicos do Distrito Federal porque sou médico e acredito que a medicina é, antes de tudo, uma missão. Um compromisso que temos com a vida das pessoas. E, apesar de o atual secretário de Saúde também ser formado em medicina, acredito que ele ainda
não compreendeu o verdadeiro significado disso. Agora, concluo mais este artigo fazendo um apelo a todos que me leem: eu sei que a situação não está fácil e manter a luz da esperança acesa é difícil. Porém, população e servidores da Saúde, se nos unirmos, o atual cenário de caos tem os dias contados. Até 7 de outubro, temos que multiplicar e fazer ecoar a voz daqueles que podem transformar essa realidade. A união nos trará dias melhores, tenho certeza. Agora, o projeto de todos nós é um só: recuperar os serviços públicos do DF e, em especial, a saúde. Não existe desenvolvimento sem saúde.
Brasília Capital n Cidades n 12 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
ÔNIBUS COM PORTAS DOS DOIS LADOS – Os ônibus que circulam pela EPTG terão que ter portas dos dois lados. A novela se desenrola desde a construção do corredor exclusivo para os coletivos, em 2012. A portaria obrigando as empresas a comprarem veículos com essa característica foi publicada no Diário Oficial do DF.
POR ELIANE ARAÚJO Entre em contato com a Coluna Via Satélites. Este espaço é aberto para as demandas da comunidade. Críticas, sugestões ou sugestões de pautas, envie para o e-mal elianegaa@gmail.com
DISTRITO FEDERAL
TAGUATINGA
ÁGUAS CLARAS
Sem acessibilidade e sem banheiros
Pistão do Lazer é sucesso
Terceiro acesso à EPTG
A maior reclamação dos usuários do metrô diz respeito aos elevadores quebrados e a falta de rampas de acesso às estações. Idosos, portadores de necessidade especiais e gestantes sofrem com essa situação e pedem providências. Outra demanda é a falta de banheiros. Segundo a Companhia do Metropolitano, o problema nos elevadores se deve ao mau uso, mas que já está providenciando licitação para reformar os equipamentos quebrados. Quanto aos banheiros públicos, eles não estavam previstos no projeto das estações do metrô. Por ironia, na estação 108 Sul, que abriga a gerência de órteses e próteses, onde as pessoas vão em busca de cadeiras de roda, o elevador está parado. Vale colocar a boca no trombone.
projeto Pistão do Lazer volta a movimentar Taguatinga no domingo (29). Inaugurada na semana interior, a iniciativa da Administração Regional foi amplamente aprovada pela comunidade. O DER desvia o trânsito para a marginal no início do Pistão Sul até o semáforo do Taguatinga Shopping,
Rota do Lucro Qual o segredo das empresas que mesmo diante das crises continuam crescendo? O que fazem de diferente? Sobre esse assunto, Brasília receberá terça-feira (31) a 3° edição do CIS Talk Day, das 19h30 às 22h, no Centro de Coaching da Febracis Brasília. O anfitrião será o diretor da Febracis Giovanni Santos. O evento contará com as histórias dos empresários Flávio, do Bolos do Flávio, e Alexandre Santos, do Geléia Burguer. Informações: brasilia@ febracis.com.br ou (61) 3013-4450
O
percurso de aproximadamente um quilômetro. O espaço, bem arborizado, é ocupado pela comunidade, que pode praticar esportes, fazer caminhada, andar de patins ou de bicicleta. As crianças podem usar todos os brinquedos infláveis pagando ingresso único de R$ 20. O fechamento da via ocorre aos domingos e feriados, das 8h às 17h.
Professor representa o Brasil no Azerbaijão
Até o início de 2019 será concluída a nova opção de acesso de Águas Claras à Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o investimento será de R$ 5 milhões. A pista terá dois quilômetros de extensão, com duas faixas em cada sentido, além de ciclovia. Vai ligar o balão de interseção entre a Avenida Pitangueiras e a Avenida Parque Águas Claras. A licitação será concluída ainda neste ano.
DIVULGAÇÃO FBJ
O professor de judô André Mariano, de Taguatinga, vai representar o Brasil na maior competição da modalidade no calendário internacional. De 20 a 27 de setembro, ele será árbitro principal no campeonato mundial, no Azerbaijão. Nascido e criado em Taguatinga, André Marino é atleta, árbitro, professor e referência internacional no judô. “É uma sensação indescritível”, comemorou o sensei que já representou o País nas Olimpíadas e nos jogos Pan-Americanos.
VICENTE PIRES
Obras na Rua 4 estão sendo concluídas
André Mariano: de Taguatinga para o mundo
Reforma com dinheiro do PDAF O governador Rodrigo Rollemberg vistoriou, terça-feira (24), as obras e reparos que estão sendo feitos no Centro de Educação Infantil 8, na Praça do Bicalho, para para receber 14 turmas de Educação Infantil, de crianças entre 4 e 5 anos de idade. Entre as melhorias realizadas estão uma nova quadra de esportes, parquinho infantil,
pintura geral, troca do forro do teto, troca de esquadrias e janelas. As obras vão custar R$ 600 mil com recursos do Programa de Descentralização da Administração Financeira (PDAF). As emendas, de R$ 150 mil cada, são dos deputados Reginaldo Veras (PDT), Wasny de Roure (PT), Chico Leite (Rede) e Chico Vigilante (PT).
O asfalto da Rua 4. uma das principais vias que cruzam a cidade, foi concluído esta semana e os meios-fios estão sendo colocados. Já nas ruas 3, 5, 6 e 8, muito ainda falta para a conclusão.
Kimura: Japonês de primeira O restaurante japonês Kimura, na Rua 12, inclui Vicente Pires no roteiro dos bons destinos para apreciar comida japonesa de qualidade. A casa está com desconto pelo site Peixe Urbano. O rodízio custa R$ 133 para duas pessoas. Ambiente agradável e cardápio variado.
Brasília Capital n Cidades n 13 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
DIREITO DO CONSUMIDOR
ÁGUAS CLARAS 1 E 2 QUARTOS
Aposentados são isentos do Imposto de Renda aposentados portadores de moléstia profissional, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação e síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). O benefício é concedido mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma desta, desde que constatada com base em conclusão da medicina especializada. Viveu situação semelhante? Quer tirar dúvidas sobre direito do consumidor?
Residencial Marcílio Bione
2 Quartos com suíte 2 quartos com suíte 53 a 60 m 2 Lazer completo, varanda gourmet, vaga de garagem
PRONTO PARA MORAR
Residencial Henrique Baeta
Perspectiva ilustrada da fachada
1 e 2 Quartos 1 quarto 42 a 44 m 2 | 2 quartos com suíte 57 m 2 Lazer completo, varanda gourmet, vaga de garagem UTILIZE SEU FGTS | FINANCIAMENTO BANCÁRIO GARANTIDO*
CENTRAIS DE VENDAS
Entre em contato com o Central de Defesa do Consumidor (Cedec), pelos telefones: (61) 98364-5125 - (61) 3548-9187
C O R R E TO R E S D E P L A N TÃ O W W W. PA U L O O C TA V I O . C O M . B R
61
3562 1111
Á g u a s C l a r a s ( A v. A r a u c á r i a s )
61
3340 1111
208/209 Norte (Eixinho, ao lado do McDonald’s)
CJ1700
Os aposentados portadores de doenças graves são isentos do pagamento do Imposto de Renda. É o que prevê a Lei nº 7.713/1988 e reconhecido pela Súmula 598 do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o texto do STJ, a decisão de conceder a isenção cabe ao juiz. Este poderá, inclusive, dispensar atestado médico. “É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do Imposto de Renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova”, diz a Súmula 598. São 16 enfermidades consideradas graves que isentam o aposentado de pagar o Imposto de Renda. Entre elas, o mal de Parkinson, cegueira, hanseníase, cardiopatia grave,paralisia irreversível e incapacitante e tuberculose ativa. O conteúdo normativo do artigo 6º, XIV, da Lei 7.713/88, com as alterações promovidas pela Lei 11.052/2004, é explícito em conceder o benefício fiscal também aos
Perspectiva ilustrada da suíte
ENTREGA EM SETEMBRO DE 2018
3° OFÍCIO R07/143497
Benefício fiscal é concedido a portadores de 16 doenças graves
*Conforme avaliação do agente financeiro.
3O OFÍCIO R 09/143589
Financiamento direto com a construtora | Flexibilidade de negociação Belos projetos | Excelentes endereços | Entrega garantida Corretores capacitados | Qualidade construtiva | 43 anos de mercado
Brasília Capital n Geral n 14 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Como elaborar um recurso para a redação da PMDF A possibilidade de obter uma posição melhor no certame O resultado da redação discursiva para o concurso da Polícia Militar do Distrito Federal foi divulgado na semana passada. Muitos candidatos desejam interpor recurso para melhorar a nota obtida – e garantir uma posição melhor no certame. Para auxiliar os interessados, vou ensinar você – futuro PM – a elaborar o próprio recurso. 1. Antes de tudo, lembre-se: do outro lado, há um examinador apto a corrigir o seu texto. É importante ter em mente que ele mais acerta do que erra! Portanto, a maioria
das redações não está apta a recursos. A tentativa é sempre válida, mas não existe qualquer garantia de acréscimo de pontos. 2. Há dois tipos de recursos: um ligado aos aspectos textuais (segundo o seu edital, TX, AR, CA e EC) e outro aos aspectos gramaticais (que estão indicados em uma coluna à esquerda do seu espelho de correção). O primeiro aspecto pontua bem mais do que o segundo. 3. Cada um dos aspectos textuais vale 2,5, só que a banca IADES trabalha apenas com notas múltiplas
O pré-candidato que caminha à frente da Caravana do Bem Cláudio Sampaio se dedica à inclusão social na Defensoria Pública e vice-presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da OAB Diante da teia de aranha de aspirantes à Câmara Legislativa, já tenho no bolso do paletó meu nome preferido, a priori. Mas, a bem da verdade, faço questão de esclarecer que essa decisão não tem nada a ver com o fato de ele ser meu filho e herói familiar, por sua firmeza desde jovem, estudando e trabalhando, ao mesmo tempo, para pagar as mensalidades no CEUB. Sem utilizar o sobrenome português Pinto, herdado de seu avô
paterno, médico que morreu pobre por não cobrar de seus clientes, Cláudio Sampaio é o nome do meu pré-candidato. Filiado ao PRP, ele advoga, com muita garra, nas áreas cível e trabalhista, tendo construído um legado de trabalho honesto, dedicado e eficiente, tanto assim que nunca foi alvo de qualquer reclamação de clientes ou de colaboradores ao longo de duas décadas, nas quais atuou em mais de 3.000 processos.
de 5 (ou seja, 0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5). Portanto, se você tirou 2,0 em algum aspecto e deseja interpor recurso, analise se, nele, sua redação está perfeita. 4. Aprenda a avaliar cada um dos aspectos textuais: •TX: se o seu tema está de acordo com o tema proposto (verifique, principalmente na introdução, se você abordou “PMDF”, “contribuição”, “combate”, “dignidade sexual”) e se sua redação está com a estrutura dissertativa adequada (introdução, desenvolvimento e conclusão). •AR e CA: são dois critérios parecidos. O primeiro está mais ligado aos argumentos escolhidos para a defesa do tema; o segundo, à forma como cada um dos argumentos foi desenvolvido. Essas duas pontuações estão bastante concentradas no desenvolvimento do seu texto. •EC: diz respeito à proposta de intervenção para o tema. Deve estar na conclusão do seu texto. Verifique
se você apresentou uma solução e apresentou detalhes da aplicação dela. Já adianto: é a nota mais difícil de recuperar na IADES. 5. Ao longo do recurso, trabalhe com as informações que foram expostas no seu texto. Acrescentar informações diferentes é o mesmo que dizer que seu texto está incompleto. O seu recurso não pode ser um complemento da sua redação! 6. Os aspectos gramaticais devem ser avaliados em consonância com o que dita a norma culta. É importante apresentar fundamentações gramaticais (citar gramáticos é muito válido, mas não indispensável). Ainda há tempo para recorrer! Aproveite o fim de semana e elabore o seu próprio recurso!
Em sua caminhada pelo bem sem olhar a quem, Cláudio Sampaio se dedica, há anos, à inclusão social, inicialmente como voluntário da Defensoria Pública e, depois, como vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/DF, onde determinou-se em iniciativas como seminários e ofícios visando à conscientização e à melhoria da acessibilidade. Não obstante seu êxito na advocacia privada, Cláudio nunca deixou de destinar parte de seus esforços em favor da cidadania, tema comum em suas palestras, e aos direitos coletivos das comunidades carentes e dos usuários de transporte público, tendo capitaneado, voluntariamente, abaixo-assinados e representações às autoridades de fiscalização. Além de apoiar grupos de fraternidade, igrejas e associações, Cláudio promove, por meio da
Caravana do Bem, projeto que idealizou e viabilizou, ombreado a outros voluntários igualmente engajados, orientações jurídicas e financeiras, medição de glicemia e de pressão arterial, tudo de modo gratuito e cuidadoso com as pessoas mais necessitadas, que se sentem acolhidas e dignificadas com a atenção recebida. E o melhor de tudo isso: Eleito ou não para o posto de representante popular, como deputado distrital, Cláudio Sampaio continuará fomentando a Caravana do Bem, ciente da importância de suprir o descaso do Estado nessa interação de recíproco aprendizado com o povo, no calor das ruas do DF.
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
Fernando Pinto Jornalista e escritor
Brasília Capital n Geral n 15 n Brasília, 28 de julho a 3 de agosto de 2018 - bsbcapital.com.br
Não viva sem sentido Sem a crença no sentido transcendental da vida, de uma programação existencial, como ensinam os grandes mestres, tudo pode ser banalizado Qual é o grande problema que a humanidade está enfrentando nos dias de hoje? Talvez o maior problema seja o vazio existencial, porque tudo decorre daí. A educação dos pais, as escolas e as instituições não estão preenchendo esse vazio. Temos uma multidão de intelectuais bem preparados, mas extremamente frágeis intimamente. Em decorrência dessa fragilidade, temos
três consequências gravíssimas que a sociedade está enfrentando: Suicídio, corrupção, violência, drogadização e assassinatos. Sem a crença no sentido transcendental da vida, de uma programação existencial, como ensinam os grandes mestres, tudo pode ser banalizado. Contudo, o enfoque transcendental precisa mudar. As novas gerações
Desidratação e hiponatremia Após uma transpiração intensa, nossos níveis plasmáticos de sódio ficam muito baixos Em Brasília, temos muitos praticantes de esportes de rua, pois a cidade favorece, pelos parques, terreno plano e a presença de um belo lago. Como alertamos na semana passada sobre a hidratação de crianças e adolescentes, esta semana vamos falar sobre o problema de modo geral,
entre praticantes de esportes, especialmente pela época do ano que se aproxima, de tempo quente e seco em nossa cidade. Quando realizamos exercício físico, aumentamos a produção de calor no corpo, e o suor é uma forma de dissipar esse calor. Ou seja, fazer a
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
necessitam de uma abordagem lógica, afirmativa, positiva. Não aceitam mais a velha pregação do pecado, do demônio e do inferno. É preciso ensinar que viemos à Terra em missão, para fazer nosso aprendizado e dar a nossa colaboração. O ensinamento aborígene sobre o sentido da vida é mais que atual: “Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso objetivo é crescer, amar... e depois voltar pra casa”. Todos, com poucas exceções, somos alunos da vida e das primeiras séries. Identificar o que nos falta em matéria de qualidades é o primeiro passo para desenvolvê-las. Preste atenção nas pessoas que apareceram e aparecerão em sua vida. Então, pense nas qualidades ou defeitos graves dessas pessoas. As qua-
lidades delas é lembrança para que você se trabalhe, e os defeitos, para eliminá-los em você. Todos somos alunos e professores uns dos outros. “Alguns lhe odiarão pelo o que você é, e outros, pelos mesmos motivos, lhe amarão”, como bem lembrou Dalai Lama. Se afastar para não se prejudicar, e cultivar a presença para aprender, é sabedoria. Michel Jackson perdeu a grande oportunidade da vida ao afastar-se do Rabino que estava lhe trazendo luz. Perdeu e perdeu-se. Siga com André Luis: “A cada um foi dado algo diferente para que haja intercâmbio e daí surja o amor”.
troca de calor com o meio. Com isso, conseguimos manter uma temperatura corporal estável, mesmo com elevada produção de calor em decorrência do exercício, muitas vezes associada à temperatura ambiente. Precisamos manter uma temperatura corporal estável, pois nosso sistema enzimático orgânico funciona nessas condições. A consequência dessa termorregulação corporal pode ser a desidratação, visto que, em algumas situações, podemos ter um volume alto de suor produzido. Junto com o líquido, perdemos eletrólitos, e o principal eletrólito plasmático é o sódio. Por isso, seu suor é salgadinho! Após uma transpiração intensa, se repusermos apenas
água correremos o risco de termos um quadro chamado hiponatremia, quando os níveis plasmáticos de sódio ficam muito baixos. É como se estivéssemos diluindo o pouco sódio que restou. Por isso, a maior parte das bebidas esportivas tem um teor de sódio em torno de 700mg a cada 1 litro, para repor esse eletrólito e prevenir o quadro de hiponatremia. Se você pratica esporte e quer saber mais sobre hidratação, consulte um nutricionista.
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)