Jornal Brasília Capital 394

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Brasília, 22 a 5 de janeiro de 2019 ANTÔNIO SABINO / BSB CAPITAL

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Ano VIII - 394

ENTREVISTA

Decepção, dúvida, medo: as sensações de Hélio Doyle Especialista em ganhar eleições no DF, o jornalista é um observador da cena política. Ele fala ao Brasília Capital da decepção de ter ficado apenas seis meses no governo de Rodrigo Rollemberg, lança suas dúvidas do futuro próximo com Ibaneis Rocha e do que mais teme com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência da República. Páginas 5, 6 e 7

Sem espaço, bichos vão para o asfalto. E morrem

Toffoli derruba liminar e Lula continua preso

Ibaneis quer Rafael Prudente na presidência da CLDF

Presidente do STF desautoriza ministro Marco Aurélio, que soltaria condenados em 2ª instância

Governador eleito pode trocar administrações regionais por votos para o aliado

Página 2

Pelaí - Página 3

Fazenda Esperança acolhe jovens e lhes devolve a vida Mantida pela Universidade Católica de Brasília, unidade de Brazlândia assina acordo para receber ajuda do GDF

Tamanduá Bandeira fotografado em área urbana no Park Way Chico Sant’Anna - Páginas 8 e 9

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Brasília Capital n Política n 2 n Brasília, 22 a 5 de janeiro de 2019 - bsbcapital.com.br

E

x p e d i e n t e

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Toffoli mantém prisão após condenação em 2ª instância Da Redação

Ú

ltimo dia antes do recesso do Judiciário, a quarta-feira (20) foi movimentada no Judiciário. Por volta das 14h, logo após sair de um almoço com todos os colegas do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Mello concedeu liminar para livrar da prisão os condenados em segunda instância que já estão cumprindo pena. Seis horas depois, o presidente da Corte, Dias Toffoli derrubou a decisão para "evitar grave lesão à ordem e à segurança públicas". Caso entrasse em vigor, a liminar teria o efeito de libertar ao menos 21 dos 35 detidos da Lava-Jato, além de outras 169 mil pessoas que estão presas nessa condição no País. A liminar, no entanto, não possuía efeito automático e caberia a cada juiz responsável pela execução penal libertar os presos sob sua tutela. Nessa corrida contra o tempo e na disputa de canetadas, a defesa do ex-presidente Lula pediu a liberdade dele apenas 48 minutos depois de Marco Aurélio assinar a liminar. O petista é um dos

Que texto magnífico e bem escrito. Parabéns! Oxalá chegue a várias pessoas de bem, para que possam diferenciar um médium como esse homem, e não o confundam com um médium do bem, espírita ou não. Que os bons espíritos inspirados por Deus possam dar proteção, conforto e sabedoria a essas mulheres e me-

PRECIPITAÇÃO - Quando Marco Aurélio decidiu libertar os presos, já estava pautado para o dia 10 de abril do ano que vem, no STF, o julgamento da ação que vai analisar a legalidade da prisão após condenação em segunda instância. Ele alegou não saber da pauta de 2019, mas solicitou que a questão fosse analisada já na primeira sessão, em 1º de fevereiro. Toffoli não aceitou a sugestão e manteve o assunto na pauta de abril. Destacou ainda que há uma decisão do plenário do STF que permite o cumprimento da pena e que este entendimento só pode ser reformado em novo julgamento no plenário da Corte, desde que haja maioria para revê-lo.

Temer é denunciado pela 3ª vez O presidente Michel Temer foi denunciado pela terceira vez pela Procuradoria-Geral da República. Agora, por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro no inquérito que investigou pagamentos de propina na edição dos C

nJoão de Deus

presos após condenação em segunda instância cuja sentença não transitou em julgado que se beneficiaria da decisão. A juíza de Curitiba atualmente responsável pela pena de Lula, Carolina Lebbos, no entanto, recebeu o pedido da defesa e solicitou manifestação do Ministério Público Federal, para ganhar tempo. Pouco mais de cinco horas depois, a liminar de Marco Aurélio caiu e o recurso de Lula não tem prazo para ser julgado.

ninas, e às suas famílias que por tantos anos clamam por justiça. Laudiceia Moura, via bsbcapita.com.br Toda assistência deve ser feita em conjunto. Todo médium deve estar acompanhado ao fazer um atendimento. E o paciente deve desconfiar quando o atendimento for em lugar fechado e sem acompanhamento. Nereu Tomaz, via bsbcapital.com.br

decretos dos portos. As duas primeiras denúncias apresentadas pelo ex-PGR Rodrigo Janot não passaram pelo Congresso e sequer foram analisadas pelo STF. Após deixar a presidência, Temer responderá às acusações na Justiça Federal.

Lewandowski libera reajuste de servidores Na calada da noite, pouco antes de entrar em recesso, o ministro Ricardo Lewandowski derrubou medida provisória que adiava o aumento do funcionalismo federal para 2020 e determinou que o reajuste seja pago na folha de janeiro. O impacto no orçamento será de R$ 4,7 bilhões. O Ministério da Fazenda alertou que será preciso retirar recursos de outras áreas. Quebra de confiança - Ao todo, serão contemplados 372 mil servidores entre ativos e inativos, com reajustes entre 4,5% a 6,3%. Além disso, 124 mil funções, gratificações e cargos comissionados que seriam excluídos da MP continuarão existindo. Segundo Lewandowski, o reajuste foi negociado com entidades e o adiamento causaria quebra de confiança.

Maia isenta prefeitos de cumprir LRF Na cadeira da Presidência da República por poucos dias, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sancionou projeto que permite aos municípios descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. O agrado aos prefeitos é um pedido expresso de apoio para Maia seguir na presidência da Câmara em 2019-2020. O ato ocorreu enquanto Michel Temer estava no Uruguai participando de encontro do Mercosul. Em nota, Temer disse que foi pego de surpresa.

a r t a s

Nunca cri nesse falso médium. Uma pena usar o espiritismo para se beneficiar economicamente. Quem conheceu Chico Xavier, sabe a diferença entre o joio e o trigo. Marcos Paula Bastos, via bsbcapital.com.br Sobre artigo do colunista José Matos em relação às denúncias contra o médium João de Deus. nPosto de combustíveis

Com todo respeito, se fosse com a mesma perspectiva, na Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul e Lago Norte não poderia ter postos de gasolina! Até aonde sabemos, para um posto de gasolina se instalar, tem que ter licenciamento ambiental. Nativo Brasiliense, via bsbcapital.com.br Primeiro, as fortunas de deputados com a mudança de destinação de áreas, depois

as outorgas onerosas, onde o empresário paga uma mixaria para o Estado e pode fazer o que quiser. Aí, temos prédios residenciais e comerciais de 20 andares em áreas para casas unifamiliares e de no máximo dois pavimentos. Amintas, via bsbcapital.com.br Sobre a construção de mais um posto de gasolina próximo a residências e escola, em Taguatinga.


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INDIGNADO - O deputado Chico Vigilante (PT) anda indignado com a hipocrisia e falsidade no meio político. Durante a cerimônia de diplomação dos eleitos, terça-feira (18), ele percebeu que o ex-governador José Roberto Arruda estava isolado num canto do auditório, brincando com a filha pequena, enquanto sua mulher, Flávia Arruda (PR), recebia o título de deputada federal. Chico se aproximou para cumprimentá-lo. Depois, comentou: “há poucos anos, os mesmos que hoje bajulam o Ibaneis puxavam o saco do Arruda, depois do Agnelo e do Rollemberg. Para essa gente, quando a pessoa perde o poder, perde o valor”.

Promoção para advogado JÚLIO PONTES / BSB CAPITAL

Ibaneis quer Prudente REPRODUÇÃO INTERNET

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A gestão eleita da OAB/ DF para o próximo triênio, que toma posse no primeiro dia do ano, vai reduzir para R$ 200 a anuidade dos advogados com menos de dois anos de inscrição na Ordem. Para isso, o pagamento deverá ser feito em parcela única até 10 de janeiro. É a mais barata do País. Subsequentemente, a taxa será de R$ 250; R$ 300; e R$ 350 para o terceiro, quarto e quinto anos de contribuição.

Embora afirme que não interferirá nas negociações para formação da Mesa Diretora da Câmara Legislativa, o governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) atua nos bastidores para eleger seu correligionário Rafael Prudente (foto acima esqueda) presidente da Casa.

VICE – Do grupo que apoia Prudente, Rodrigo Delmasso (PRB/foto à direita) desponta como possível vice. Porém, caso consiga se viabilizar, ele sentará numa cadeira menos poderosa do que a atualmente ocupada por Wellington Luiz (MDB).

PROMESSA É DÍVIDA – Esta foi uma das promessas de campanha do presidente eleito Délio Lins (foto) e Silva. Para ele, a anuidade mais barata é um bom incentivo no começo da carreira, geralmente o momento profissional mais difícil para os advogados.

TROCA-TROCA – E vai usar as administrações como moeda de troca. Ibaneis tem avaliado as listas formadas nas cidades do DF de candidatos a administradores, mas só baterá o martelo após negociar com os distritais com mais influência em cada Região Administrativa. Em troca, pedirá voto para Prudente.

ESVAZIAMENTO – Ato número 98 da Mesa Diretora, publicado no Diário Oficial, transfere para a Segunda Secretaria alguns poderes da vice-presidência. Entre eles, o orçamento e a execução. “Uma espécie de ‘esvaziamento preventivo’”, brincou um distrital, pedindo anonimato.

Ibaneis: olhar no futuro e sem mimimi

Oposição lançará Abrantes

Natal do Diabo Passageiros e visitantes do Aeroporto Internacional Juscelino Kubstchek, administrado pela Inframérica, se surpreenderam com uma inusitada exposição de árvores de Natal em homenagem ao Diabo. DESRESPEITO – Em pleno mês em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo, a imagem do Coisa Ruim roubando a alma de crianças durante a lua de sangue (foto) vem causando indignação aos cristãos. Tem muita gente achando a exposição um desrespeito. DIVULGAÇÃO

CLDF

só precisa do próprio voto e de mais onze”. O petista refere-se ao primeiro critério de desempate em caso de igualdade na disputa: a antiguidade na Casa.

RENATO ALVES

Num encontro com empresários (na foto com José Luiz German), Ibaneis Rocha reafirmou que não governará olhando no retrovisor. Mesmo diante do rombo de R$ 3 bilhões encontrado por sua equipe de transição, o futuro governador disse que não fará críticas aos seus antecessores. “Falar de dívida só causa depressão”. Assim seja!

EMBATE – “Vamos para o embate. O Cláudio tem muitas possibilidades de vencer”, avalia Veras, que retirou o nome para apoiar o companheiro de partido. Dificilmente a eleição se dará com candidatura única. Cláudio Abrantes (PDT/foto) tem assegurados os votos do correligionário Reginaldo Veras, dos petistas Chico Vigilante e Arlete Sampaio e de Fábio Félix (PSol). DESEMPATE – Vigilante faz as contas: “ele

POR FORA – Nessa briga, corre por fora o decano Agaciel Maia (PR). Ele sabe dançar conforme a música. Depois de perder a presidência para Joe Valle (PDT), continuou como líder do governo Rollemberg, e não saiu da função mesmo quando seu partido cogitava lançar Jofran Frejat ao Buriti.

Rollemberg: sem mandato e na oposição Depois de dizer que a partir de janeiro trabalhará na liderança do PSB no Senado, onde é servidor de carreira, o governador Rodrigo Rollemberg avisou que fará oposição à gestão de seu sucessor, Ibaneis Rocha. Na equipe de transição, a movimentação do socialista é vista como pré-campanha para 2022.


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Eleitos são diplomados em Brasília O ato da diplomação, realizado na terça-feira (18) encerrou o processo eleitoral em 2018 FÁBIO PINHEIRO / TRE

Da Redação Após o resultado das urnas, a entrega do diploma pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na terça-feira (20), encerra o processo eleitoral de 2018. Agora, só falta aos eleitos tomarem posse no início do ano. Além do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do vice Paco Britto (Avante), os senadores Leila Barros (PSB) e Izalci Lucas (PSDB), seus suplentes, oito deputados federais e vinte e quatro distritais receberam o documento em cerimônia no teatro do Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano. Ibaneis voltou a prometer “trazer novamente a esperança para a população”. Ele reforçou que focará no tripé educação, saúde e segurança pública. Apesar de reconhecer o desafio, o emedebista garante estar “tranquilo”. Após receber o diploma, Ibaneis reforçou o discurso da campanha: trazer novamente a esperança para a população do Distrito Federal

REPRODUÇÃO FACEBOOK

Se a decisão do TSE prevalecer, diploma será só enfeite na parede. Mas defesa promete recorrer

Telma fica de fora A deputada distrital Telma Rufino (Pros) recebeu o diploma que lhe daria novo mandato. Entretanto, no dia seguinte o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou recurso de Jaqueline Silva e considerou válidos os votos do PTB. Assim, tornou-se a 14ª mais votada e tirou a vaga de Rufino.

FÁBIO PINHEIRO / TRE

Érika Kokay pede Lula livre Quando o cerimonial convidou a única deputada federal reeleita no DF, Erika Kokay (PT), para receber sua condecoração, o trompetista Fabiano tocou a música #EleNao, de Bella Ciao. Kokay recebeu o diploma e posou para as fotos fazendo o gesto #LulaLivre. Na plateia, um grupo gritava “Lula livre” e outro “Lula ladrão”. NOVATOS – Ibaneis e Paco Britto, os futuros chefes do Executivo jamais ocuparam cargo eletivo público. Leila Barros é estreante no Senado e Flávia Arruda, Bia Kicis, Luis Miranda e Paula Belmonte são os federais de primeira viagem na política. Na CLDF, Roosevelt Vilela deixará a suplência e passará a ser titular. Martins Machado, Fernando

Ao som da música de Bela Caio no trompete de Fabiano, a deputada pediu liberdade para Lula

Fernandes, José Gomes, Jorge Vianna, Iolando, Eduardo Pedrosa, João Cardoso, Jaqueline Silva, Hermeto, Fábio Felix, Valdelino Barcelos, Daniel Donizet, Júlia Lucy, Reginaldo Sardinha e Leandro Grass são os responsáveis pela renovação da maioria das 24 cadeiras da Casa.

BRIGA – Em Minas, petistas e bolsonaristas se agrediram na diplomação. A briga começou quando Rogério Correia exibiu uma placa com os dizeres 'Lula Livre'. Cabo Junio Amaral (PSL) a arrancou das mãos dele e os dois trocaram socos. A cerimônia foi paralisada.


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Virada de ano, governo novo. Qual sua expectativa para a gestão de Ibaneis Rocha? – Eu tenho dito que ainda é, para mim, uma incógnita. Não está claro como vai ser o governo. Todos os sinais que o Ibaneis tem dado na transição são contraditórios. Ele vai pra um canto, pra outro. Chama gente aqui de Brasília, chama gente de fora... Você acha que é boa essa mescla de gente daqui e de fora? – A gente não deve ser xenofóbico a ponto de dizer que todos têm que ser de Brasília. Não sou a favor disso. Mas acho que está excessivo. Tem gente demais. Muita gente que mora aqui, mas que só conhece a Esplanada dos Ministérios e o caminho do aeroporto. É um pessoal que veio para trabalhar no governo federal e passa a ter residência em Brasília. Essa turma está ocupando os espaços do pessoal daqui? – Acho que tem um excesso de gente de fora e excesso de ministros do Temer. Vamos ser realistas: ser ministro do Temer não é currículo. Ainda mais ministros que assumiram quando os titulares se desincompatibilizaram para concorrer às eleições. São suplentes. Não tem nenhum brilhante... Assim como surpreendeu na campanha, o Ibaneis não pode surpreender também como governador? – Ele ainda pode ‘causar’. Embora, como eu disse, seja uma incógnita. Embora os sinais sejam contraditórios, tem uma mistura de nova política com velha política. Tem gente nova, gente renovadora, misturada com políticos tradicionais. Ele estaria “dando linha”, como diriam os pescadores, para ver até onde essas pessoas conseguirão avançar, e depois fazer ajustes? – Pode

ENTREVISTA HÉLIO DOYLE

ANTÔNIO SABINO / BSB CAPITAL

“Ser ministro do Temer não é currículo. Ainda mais ministros que assumiram quando os titulares se desincompatibilizaram para concorrer às eleições. São suplentes. Não tem nenhum brilhante”

Ibaneis é uma incógnita; Rollemberg se equivocou Orlando Pontes

O

jornalista Hélio Doyle, 68 anos, é um especialista em ganhar eleições no Distrito Federal. Como marqueteiro

ser. Eu prefiro acreditar que ele vai realmente renovar. O discurso do Ibaneis na campanha não foi contra a política, é bom deixar isso claro. Política é necessária e é importante. Foi contra esse jeito antigo de fazer política. Ele falava mal dos políticos: “Eu não sou de partido, sou da sociedade civil”. Espero que ele vá por este caminho. Embora alguns sinais não indiquem isso. Mas pode ser, sim, isso que você falou. Ele pode estar querendo ver até onde dá pra

de campanhas, elegeu os governadores Cristovam Buarque, Joaquim Roriz e, Rodrigo Rollemberg. Mas nunca permaneceu nas equipes de governo por muito tempo. Sua última experiência foi como chefe da Casa Civil de Rollemberg, onde só

ficou seis meses. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ele fala de suas expectativas para futuro governo Ibaneis Rocha (MDB) e analisa o que deu errado na gestão Rollemberg. E responde o senador Cristovam Buarque: “não sou centralizador”.

ir, até onde dá pra fazer. Espero que dê certo.

batalha em defesa da democracia, contra ditadura.

Ibaneis vem da OAB, de onde veio seu antigo correligionário o Maurício Corrêa. O que diferencia um do outro? Um foi senador e chegou a ministro do Supremo; o outro se elegeu governador já na primeira participação – O momento é outro. O Maurício foi num momento de regime militar, quando a OAB ganhou projeção, e ele próprio, pela

Inclusive, à época, você era presidente do Sindicato dos Jornalistas e saiu do PT para o PDT para se aproximar do Maurício e ser candidato a deputado federal... – Foi. Eu senti um espaço reduzido no PT. Eu tinha algumas divergências. Você deve se lembrar daquele episódio no Colégio Eleitoral. Eu defendi a tese de que o PT deveria ir ao Colégio Eleitoral votar no

Tancredo Neves contra o adversário que era da ditadura. Não precisava participar do governo. Aliás, é o que está acontecendo em Portugal. A esquerda se uniu, mas, alguns dos partidos que estão apoiando o primeiro-ministro não querem cargo no governo. Era o que eu defendia à época. Isto poderia ter acontecido agora na eleição presidencial? – No caso do Bolsonaro, eu acho que houve uma miopia da esquerda e muita }


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vaidade do Lula e do Ciro Gomes, que não entenderam – digo, para quem não queria o Bolsonaro – que não era votar no PT ou no Haddad. Era votar contra o Bolsonaro. Depois de passada a eleição, que se acertassem. Você acha que o Haddad, se ganhasse com apoios, inclusive do Fernando Henrique Cardoso, ia fazer um governo petista? Não ia. Ia ter que abrir, que compor.

um pessoal do Fraga, da Eliana Pedrosa, um pouquinho de Rogério Rosso. Aí, uma semana depois eu voltei lá, não tinha mais nenhum cabo eleitoral desses três. Só dava Ibaneis”. Aí, Orlando, você conhece campanha melhor do que eu. Você acredita que de repente aquelas pessoas gostaram do Ibaneis e passaram a apoiar o Ibaneis? Esses são alguns indícios...

Mas, voltando ao PDT em 1986... – Sim, fui até candidato, contando com seu apoio (risos). A votação que eu tive naquela época significava 0,9% dos eleitores. Hoje, essa votação elegeria um deputado distrital. Só que aquela eleição era para deputado federal, porque nem existia distrital. O Maurício Corrêa se projetou brigando contra a ditadura. O Ibaneis fez uma gestão em ou-

É a escola do rorizismo, herdada pelo Tadeu Filippelli... – Ibaneis fez uma jogada arriscada que deu certo. Eu o conheço desde a OAB. Eu dizia para ele, que se ele queria ser um outsider, vindo de fora, sendo da sociedade civil, ele não deveria estar no MDB. Ele dizia: “Hélio, eu preciso de um partido forte, com estrutura, que tenha tempo de televisão”. Ele arriscou e deu

“Houve uma miopia da esquerda e muita vaidade do Lula e do Ciro Gomes, que não entenderam que não era votar no PT ou no Haddad. Era votar contra o Bolsonaro” tra época, mais para o advogado, em defesa dos interesses dos advogados. Para simplificar: a OAB elegeu o Maurício. O Ibaneis veio da OAB. Não foi a OAB que o projetou. Os adversários o acusam de abuso de poder econômico. Qual sua opinião? – Eu não tenho como afirmar. Mas tem uma pessoa que se candidatou a deputado que dizia pra mim: “eu ia sempre a Santa Maria. Tinha

certo. A minha impressão é de que se houvesse outro candidato outsider que conseguisse tempo de TV, ir aos debates e que tivesse aquela cobertura da TV Globo, poderia ter ganhado do Ibaneis. Poderia. Não afirmo. Porque ele tinha um diferencial que já foi falado: recursos. Talvez os outros não tivessem. Quem era mais ‘novo’ do que ele? – Independentemente de ideologia? O Alexandre

Guerra, do Novo, e o General Paulo Chagas, do PRP. Esses traziam uma mensagem nova. Do outro lado, vimos um governo, do qual você fez parte e ajudou a eleger, que foi se desmilinguindo. Por que o Rollemberg teve uma rejeição tão alta, quase não chegando ao segundo turno, repetindo o Agnelo Queiroz? – No primeiro turno, o Rodrigo não saía de 11% a 13%. A campanha passando, e ele parado. O Rosso quase chegou lá, porque apoiou o Bolsonaro e houve uma movimentação de igrejas evangélicas em torno dele. Quase deu certo. Além disso, tinha o dinheiro do Fernando Marques (SD) de alto poder financeiro. Foi por pouco que o Rollemberg não repetiu o Agnelo, de ser governador e sequer passar ao segundo turno. Eu acho que são os erros do próprio governo, do próprio Rollemberg. Não adianta ficar reclamando de crise. Ele pegou um rombo. Mas é aí que você vê quem realmente é bom para enfrentar o problema. O fácil é fácil. E qual a sua participação nisso? Você faz uma mea culpa? – Na verdade, eu tive muito pouco tempo. Fiquei seis meses no governo. Inclusive, foi uma decepção muito grande. Eu investi nisso. Larguei tudo que estava fazendo para fazer a campanha. Tive prejuízos econômicos por isso. Fechei agência, me aposentei da UnB, saí do emprego que me garantia alguma renda. Tudo para me dedicar à campanha. Eu acreditava no projeto, que seria um governo que ia dar certo, que estaria quatro anos nesse projeto. Para mim, o governo não dar certo foi uma frustração muito grande. O fato de sair com seis meses foi uma frustração também. Aquela trava nos inves-

timentos nos primeiros seis meses era ordem do Rollemberg ou decisão sua? – Existia uma governança composta pela Fazenda, Planejamento, Casa Civil, Administração e o governador. O vice não participava. Era esse comitê que tomava as decisões sobre utilização do dinheiro. O governo começou numa situação muito ruim. Tínhamos que pagar dívidas de fornecedores. Se você não paga, o cara para de fornecer. Por exemplo, o hospital que tinha convênio dizia: nós vamos parar de atender se vocês não pagarem. E era uma dívida enorme. E assim vai: o fornecedor de medicamentos, o cara que fazia manutenção das escolas... Então, eu

reconheço que havia necessidade de dar uma tranca. No meu caso, eu tinha, entre outras atribuições, administrar a publicidade. Não dava para gastar com publicidade num momento como aquele. Eu tinha que admitir isso. Eu não tinha como chegar na governança e querer gastar com publicidade quando a gente ainda tinha quatro anos pela frente e sabia que os seis primeiros meses seriam pesados. Tinha que pagar o 13º dos funcionários da saúde e da educação. E tinha, além disso, o custeio da máquina. Aí não foi um erro estratégico? Não foi aí que gerou esta imagem que o governo não conseguiu desconstruir


Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 22 a 5 de janeiro de 2019 - bsbcapital.com.br FOTOS: ANTÔNIO SABINO / BSB CAPITAL

“O Cristovam criou uma pinimba comigo que é histórica e que vem até hoje. Ele chegou a avisar o Rodrigo: ‘cuidado com Hélio Doyle’”

Do começo ao fim ou só depois que você saiu? – Eu diria que do começo ao fim. O que eu posso falar em meu favor é que nós estávamos ali montando as bases para funcionar. Eu saí com seis meses. Mas, a comunicação se prejudicou porque o governo não dialogava com a sociedade, nem com a CLDF, nem com sindicatos, nem com entidades federais. Rollemberg se fechou? – Ele se fechou por uma postura equivocada de achar que as coisas sairiam dali brilhantemente e a sociedade aceitaria porque ”nós somos bonzinhos e a gente quer fazer a coisa certa”. Não é assim que funciona.

até hoje? – Primeiro: eu entendo o raciocínio e até concordo com ele. Se você não gasta com publicidade, você desagrada os veículos que precisam desse recurso porque há uma dependência muito grande com relação à publicidade de governo. Mas, foi uma questão de opção. Ou você resolvia problemas mais prementes ou cuidava da imagem. É mais ou menos isso: estou precisando de comida, mas vou no barbeiro cortar meu cabelo. Eu não acho que isso tenha sido decisivo. Havia muito tempo para recuperar, porque foi no início do governo. Não foi um problema de verba. Foi um problema de desempenho mesmo do governo. As pessoas viam que as coisas não aconteciam.

Não assumir o Centro Administrativo foi um erro? – Você se lembra do anúncio das PPPs? Na época eu escrevi: não vão fazer. Porque tinha problema das garantias do Centro Administrativo. Talvez o Ibaneis encontre uma solução para o Centrad. Havia ineficiência para tocar as parcerias. Os empresários reclamavam. Não é só isso não. A questão com os servidores públicos prejudicou demais a imagem do governador. A Polícia Civil, principalmente. Isso desgastou muito a imagem do governo. Aquelas campanhas de rua o atacavam diretamente. Eu acho, sinceramente, que a comunicação não funcionou nesse governo.

O senador Cristovam diz que você é uma pessoa centralizadora e não trabalha em equipe. O que você responderia para ele? – Que ele devia perguntar isso para minha equipe. Para as equipes com quem eu trabalhei ao longo da vida. Nas secretarias de governo do Cristovam, do Roriz e do Rodrigo, nas redações. Conversa com quem trabalhou comigo. Ele vai ver que eu sou totalmente o contrário do centralizador. O oposto disso. Eu sou descentralizador. Eu tenho muito cuidado de quando delegar, saber cobrar. Criaram alguns mitos a meu respeito que são totalmente falsos. Já chegaram a dizer que eu trato mal os subordinados. Isso é totalmente o oposto. Sempre tratei bem as pessoas. O Cristovam criou uma pinimba comigo que é histórica e que vem até hoje. Ele chegou a avisar o Rodrigo: “cuidado com Hélio Doyle”. O próprio Rodrigo poderia ser testemunha que eu não sou centralizador. Eu falava pra ele: “você precisa delegar funções, até mesmo fora do governo”. O que você vê como perspectiva para o próximo ano

em relação à política e à economia de Brasília, com Ibaneis, e do Brasil, com Bolsonaro? – Brasília é uma unidade da Federação privilegiada. Temos um território pequeno, quatro milhões de habitantes (se contar o Entorno), um orçamento de R$ 42 bilhões (sendo R$ 14 bi do Fundo Constitucional). Tem tudo para ter um bom governo. Tem dificuldades? Tem! Não é chegar igual o futuro secretário de Fazenda e dizer que não tem sentido ter déficit. Porque tem dificuldade. Inclusive querendo reduzir alíquotas de impostos... – Não há teoria econômica que possa explicar isso. Essa conta não fecha. Quer dar aumento, paridade das polícias, contratar gente e reduzir impostos. Reduzir imposto de herança e de transmissão de bens não

ce. Mostra a conta. Se mostrar a conta, o custo-benefício, eu acredito. Mas, ainda assim, eu acredito que o Ibaneis possa fazer um bom governo. E sobre o Bolsonaro? – A primeira coisa é o seguinte: a eleição é legitima e ele será o presidente da República. Não tem sentido ficar questionando, por mais que possa ter havido influência de fake news etc. O que eu temo no governo dele, mais do que medidas econômicas que possam prejudicar parcelas importantes da população com um liberalismo exacerbado demais – isso faz parte do jogo; quem ganha pode fazer essas políticas –, o que eu temo é uma vulgarização da violência. Vulgarização do preconceito contra gay, índio, negro. O fundamentalismo religioso. Aumentar a perseguição das

“O que eu temo no governo Bolsonaro é uma vulgarização da violência, do preconceito contra gay, índio, negro, o fundamentalismo religioso e a perseguição às religiões de matriz africana” movimenta a economia. Simplesmente evita que as pessoas que iam pagar paguem um pouco a menos. Não é como desonerar folha de pagamento ou desonerar despesas. No IPVA, por exemplo, uma pessoa que tem um carro de R$ 100 mil pagaria um IPVA de R$ 3.500. Se aprovada a redução, cairia para R$ 3.000. Essa pessoa, que era inadimplente vai passar a pagar em dia e movimentar a economia com esses R$ 500? Isso é uma maluqui-

religiões de matriz africana. Não é discutir se houve ou não ditadura. Eles têm todo direito de achar que teve ou que não. Isso não é o mais grave. O grave é o incentivo à homofobia, à violência, ao porte de armas. Isso é o que mais temo. Mas acho que o governo Bolsonaro vai encontrar a conjuntura internacional numa situação melhor. Isso pode beneficiar. Mas vai ter enormes dificuldades para implementar o que ele pretende.


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Por Chico Sant’Anna

A bicharada quer mais espaço e s

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a semana que passou, uma imagem nas redes sociais deixou muita gente deslumbrada. Às 3h da madrugada, um tamanduá-bandeira foi filmado atravessando a DF-480 (Gama-Plano Piloto), próximo à estação do BRT. A admiração das pessoas que assistiram o vídeo (https://youtu. be/iJvGOWzqUkk) é, de um lado, pela beleza do animal e, de outro, pelo inusitado de encontrar um animal silvestre desse porte tão perto de instalações urbanas, dos carros e das pessoas. O flagrante gravado por Matheus Silva, infelizmente, não é tão raro e se faz cada vez mais presente. Há pouco tempo, uma onça suçuarana morreu atropelada nas imediações da Área Alfa da Marinha, e um furão, também atropelado, perdeu a vida nas proximidades da Quadra 26 do Park Way. Na Estrada para o Aeroporto um bicho preguiça foi resgatado, o mesmo acontecendo com uma lontra nas imediações do Gilberto Salomão. No Park Way, são rotineiros

os flagrantes de raposas, saruês, macacos bugio, cobras, capivaras, teiús e perdizes atravessando as pistas. Muitos acabam atropelados, apesar do esforço da comunidade e da administração regional em sinalizar locais onde a travessia de animais é mais frequente. O bairro utilizado pelo Ibama para a reintrodução de animais silvestres não possui uma única passagem aérea ou subterrânea destinada a animais. O Distrito Federal vivencia o drama do concreto ocupando o verde. Em 1946, quando da vinda da Missão Polli Coelho ao Planalto Central, o diretor técnico da caravana, Francis Ruellan, alertava que, para assegurar o abastecimento d’água da cidade que seria erguida na década seguinte, era necessário preservar, ao menos, metade do Cerrado. Mas, 58 anos depois da inauguração de Brasília, o retrato é outro: a mancha de vegetação original é cada dia menor. Fruto da expansão urbana oficial e, principalmente, da ocupação selvagem provocada pela grilagem, além do agronegócio. REPRODUÇÃO YOUTUBE

Às 3h da madrugada, um tamanduá-bandeira atravessa a DF-480: risco de atropelamento

Bicho preguiça (acima) é fotografado ao lado da Estrada Parque Aeroporto. Onça Suçuarana (no detalhe) morre atropelada na Área Alfa, próximo ao Park Way

Pegando Jacaré Com espaço cada vez menor para a natureza, não são raras as imagens inusitadas que vivenciam moradores de localidades como os Lagos Sul e Norte, Jardim Botânico, Taquari e Park Way. Em 2018, dois jacarés do papo amarelo foram capturados pela diligente Policia Ambiental. Um deles se deleitava numa piscina residencial. Não faz muito tempo, moradores da Quadra 17 do Park Way, receberam a visita nos jardins de um condomínio de

um Tamanduá-Bandeira, que deve ter se sentido oprimido pela existência cada vez maior de concreto em seu habitat. LEGALIZAR O ILEGAL - Até o final de outubro deste ano, foram resgatados em instalações urbanas 3.632 espécimes selvagens. Isso sem contar com aves antes mais raras e hoje cada vez mais comuns nos centros urbanos, tais como as curicacas e tucanos. Até mesmo os valentes gaviões carcarás deixa-


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segurança no DF REPRODUÇÃO

Ilusão passageira Se hoje as autoridades comemoram o transbordamento dos reservatórios d’água, essa alegria se deve muito mais a São Pedro do que a mudanças estruturais, seja no abastecimento da cidade, seja em medidas de captação e preservação das águas pluviais, seja no comportamento de consumo da população. É bom lembrar que a ligação de Corumbá 4 ao DF ficou para meados do próximo semestre. Mesmo assim, segundo os especialistas, a água que virá de Goiás deve assegurar o abastecimento no DF apenas até 2030.

Certo é fazer o errado

ram a caça de lado e preferem fuçar as lixeiras em busca de comida. Com menos de 60 anos de vida Brasília se defronta com uma triste realidade de não saber se cuidar ambientalmente. Não realiza coleta seletiva e lixões clandestinos afloram nos novos espaços urbanos que se multiplicam sem muito planejamento ou análise de impacto. Em muitos casos, prevalece a política de legalizar o ilegal.

Esta é a prática comum no DF. A justiça proibiu a ocupação clandestina do setor Arniqueiras, mas o GDF, com ajuda da MP da Grilagem, vai regularizar um setor vital para a produção hídrica. Em Arniqueiras, será possível existir lotes de 125 m², dos quais 100m² poderão ser ocupados por obras de até três andares, a 50 metros de um curso d’água. É assim na recente decisão de reduzir quase à metade a Floresta Nacional e comer uma grande fatia do Parque Nacional de Brasília. Tudo para legalizar ocupações urbanas irregulares. Vicente Pires é uma grande demonstração da política que o certo é fazer o errado. Se dá mal quem respeita a lei. Chacareiros que se negaram a fracionar ilegalmente suas propriedades, agora vêem suas terras sendo confiscadas pelo GDF para poder legalizar os lotes criados pelos grileiros.


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INAUGURAÇÂO - No sábado (22) a administradora de Taguatinga Karolyne Guimarães comemora um ano no cargo e celebra com a entrega de mais um de seus projetos: a Praça do Respeito, no Taguaparque. A construção foi realizada em parceria da Administração Regional com a Novacap. Karolyne se despede e deixa obras, como a revitalização da Praça do Relógio, e projetos sociais, como o Movimenta Taguatinga, para o próximo gestor tocar.

POR: JÚLIO PONTES {ÁGUAS

CLARAS

{DISTRITO

Confraternização do Brasília Capital O Brasília Capital reuniu na quarta-feira (19) seus colaboradores no Restaurante do Rubinho, em Águas Claras. A equipe se revezerá durante quinze dias para manter o portal bsbcapital. com.br atualizado. A próxima edição impressa circula no dia 12 de janeiro. Boas festas!

FEDERAL

{BRASÍLIA

Adasa anuncia fim de escassez hídrica TONY WINSTON / AGÊNCIA BRASÍLIA

Natal melhor para 2 mil famílias Na terça-feira (18) quase duas mil famílias em situação de vulnerabilidade social atendidas pela Legião da Boa Vontade (LBV) e por organizações parceiras da instituição foram beneficiadas com cestas de alimentos não perecíveis arrecadados por meio da edição 2018 da tradicional campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. Cada família recebeu uma cesta com mais de 20 quilos de alimentos (foto abaixo). THIAGO MENDES

{TAGUATINGA

Arimateia vai até janeiro O tradicional Torneio Arimateia de Futsal (foto abaixo) começou dia 16 de dezembro e vai até 6 de janeiro de 2019. A 39ª edição conta com 100 equipes divididas em nove categorias. O organizador do evento, José de Arimateia, projeta que até o último dia de jogos mais de 100 mil pessoas passarão pela arena montada no Taguaparque. GALERA NA FOTO

A situação crítica de escassez hídrica será oficialmente suspensa no Distrito Federal com a revogação da Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2016. A medida poderá ser tomada porque os Reservatórios do Descoberto (foto acima), em Brazlândia, e de Santa Maria, no Parque Nacional de Brasília,

estão com níveis satisfatórios de armazenamento — 96,9% e 62,8%, respectivamente. De acordo com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), a resolução foi revogada por meio de outra, publicada no Diário Oficial do DF na sexta-feira (21).

Mais de 14 mil lâmpadas novas em 2018 REPRODUÇÃO

Até o fim de 2018, 14.214 luminárias de LED (diodo emissor de luz, em português) estarão instaladas em áreas públicas do Distrito Federal. A troca de lâmpadas convencionais pelo modelo mais econômico faz parte do programa Ilumina Mais Brasília, iniciado em março deste ano. Com as substituições, há economia de até 60%, e a vida útil é ampliada para 60 mil horas, o dobro das lâmpadas antigas.

{SANTA

MARIA

Alto comando Quatro pessoas foram presas e 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sexta-feira (21) pela Operação Alto Comando, que investiga irregularidades na venda de lotes de programas do GDF. Suspeitos trabalhavam na Administração Regional de Santa Maria e na Codhab.


Brasília Capital n Cidades n 11 n Brasília, 22 a 5 de janeiro de 2019 - bsbcapital.com.br

GDF assina termo de colaboração com Fazenda Esperança FOTOS: DIVULGAÇÃO

Acordo vai beneficiar acolhimento de dependentes químicos em espaço mantido pela UBEC, uma entidade católica Orlando Pontes O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) assinou 13 Termos de Colaboração com comunidades terapêuticas para acolhimento de dependentes químicos. O evento, no último fim de semana, ocorreu na Fazenda Esperança, em Brazlândia. Pelo acordo, o GDF aportará R$ 13 mil por mês para ajudar na manutenção das atividades da Fazenda Esperança, mantida pela Universidade Católica de Brasília. A UCB é uma das seis entidades da União Brasileira de Educação Católica (UBEC), que há 35 anos desenvolve esse projeto de recuperação e acolhimento de pessoas que se perderam no consumo de drogas, principalmente o crack. O projeto pioneiro começou em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, liderado pelo frei alemão

Hans Stapel. Atualmente, existem 130 unidades da Fazenda Esperança espalhadas pelo mundo, sendo 86 no Brasil. Ao todo, são três mil jovens em processo de recuperação, sendo 26 na unidade feminina Santa Bakita, em Brazlândia. O programa se baseia em processos pedagógicos que elevam a autoestima e resgatam a dignidade dos acolhidos. A recuperação é baseada no tripé convivência-espiritualidade-trabalho. Todos os acolhidos vivem numa irmandade capaz de lhes devolver o real sentido da vida, do amor próprio e ao próximo. O programa também trabalha junto à família, considerada peça fundamental para o sucesso da recuperação. No DF, são atendidas dependentes químicas com idade de 15 a 40 anos. Para serem aceitas no projeto, elas precisam enviar uma carta escrita de

Rollemberg e o secretário de Justiça Francisco Silva (centro) durante visita à Fazenda Esperança

próprio punho manifestando os motivos de sua vontade de recuperação. Na sequência, elas passam por uma entrevista e fazem exames médicos. Aqui e em todas as Fazendas da Esperança o recuperando passa por um processo pedagógico de 12 meses, desenvolvendo atividades culturais, recreativas, religiosas e

laborais. Cultivam hortas, criam galinhas, porcos e vacas leiteiras e produzem pães, biscoitos e doces. Os produtos são consumidos na própria casa de abrigo e o excedente é comercializado nas paróquias nos finais de semana. O dinheiro arrecadado é dividido entre as recuperandas.

Um projeto mantido por voluntários A Fazenda Esperança é mantida principalmente pelo apoio de voluntários. Seu principal apoiador é o bilionário Estevam Duarte de Assis. Casado e sem filhos, ele e sua esposa levam uma vida muito simples. Moram num pequeno quarto com um banheiro em Belo Horizonte. Seus deslocamentos pela cidade são feitos num carro 1.000 (um Fiat Palio). Estevam é da família Bretas e, como engenheiro, fez fortuna atuando nos segmentos de shopping center, supermercado, hotéis e loteamentos. Por sua orientação, 10%

Jamil Lessa entre duas fundadoras da Fazenda Esperança e os voluntários Estevam Duarte e Jorge Lessa

do faturamento das empresas da família são doados para obras de caridade. Ele também repassa 90% de seus rendimentos pessoais, estimados em cerca de R$ 12 milhões por mês, para os projetos de assistência aos desvalidos. Em Brasília, o projeto conta com vários voluntários, entre eles os sócios e investidores da empresa Mirante, Jamil e Jorge Lessa. “Sentimos uma felicidade enorme de fazer parte deste projeto. É uma alegria inexplicável colaborar com essas jovens”, resume Jamil. (OP)


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“Está tarde demais. Isso é o fim.” Tchau, Rollemberg

D

epois de quatro anos, fico feliz em escrever o último artigo de 2018 afirmando: estamos a poucos dias do fim do governo de Nero, o imperador insano – também conhecido como Rodrigo Rollemberg. Só faltou, literalmente, incendiar o Distrito Federal. E, agora, por último, assim como na história romana, Rollemberg revela certa obsessão pela popularidade, dizendo que “quer ser conhecido como o governador que recuperou Brasília”. Improvável, acredito.

Não podemos dizer que o atual governador se esforçou para ganhar tal fama. Pelo contrário. Segundo pesquisa Ibope, divulgada em setembro deste ano, 63% dos entrevistados avaliam a gestão do socialista como ruim ou péssima. Há quem diga, inclusive, que este foi o pior governo do Distrito Federal. E, creio, diante de tal cenário, os próximos anos serão de muito trabalho para tentar reerguer Brasília e suas regiões administrativas: o verdadeiro legado de Rollemberg. Mas, não devemos nos apegar a esse legado. Como

disse, junto com 2019, novos governos e governantes se apresentarão. E, acredito, nossas escolhas serão responsáveis por dias melhores. Aqui no DF, a expectativa é de que sejam, aliás, novos tempos. Após o trauma das escolhas de Rollemberg, tenho esperança de que a próxima gestão seja mais cautelosa e, principalmente, democrática em todos os passos que der. É preciso ouvir. É preciso conversar. É preciso transitar e saber, de fato, qual a melhor maneira de agir. Para os servidores públicos do DF, em especial

da Saúde, Segurança e Educação, enfrentar a falta de diálogo do atual governo, junto com a incapacidade de gestão, foi doloroso. Por isso mesmo os sindicatos, de maneira geral, tiveram papel importante ao denunciar as atrocidades e inverdades desta gestão. Sempre estivemos ao lado do que é justo. E não ter o básico dentro dos hospitais públicos, como algodão, por exemplo, não é aceitável. No que diz respeito ao compromisso do SindMédico-DF com a população e os servidores, em especial os médicos, afirmo: conti-

Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado

nuem contando conosco. Torcemos para que o próximo governo proponha um caminho marcado pela boa gestão e pela eficácia e devolva à população do Distrito Federal sua autoestima. Boas festas a todos.


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Ex-craque do São Paulo empreende em Brasília Henrique Almeida já tem uma grife de roupas e vai inaugurar um complexo esportivo no Park Way REPRODUÇÃO INTERNET

Henrique Almeida (esquerda), Neymar (centro) e Lucas Moura (direita) festejam o gol da seleção Sub-20.No detalhe, o apresentador Alê Oliveira (centro) ladeado de Igor (esquerda) e Thyago (direita), visitou as obras da Arena 61

Júlio Pontes Artilheiro e eleito o melhor jogador do título mundial sub20 com a seleção brasileira em 2011, o brasiliense Henrique Almeida se aventura fora dos gramados e empreende na Capital. O atacante de 27 anos, que está no Belenenses, de Portugal, já é sócio de uma grife de roupas e vai inaugurar em janeiro um complexo esportivo no Park Way, próximo a Águas Claras. “Sou apaixonado por futebol, mas, no momento, o futevôlei está bombando. Vamos

conciliar as duas coisas. Este é o conceito da Arena 61”, revela Henrique ao Brasília Capital. Sócio do boleiro, o empresário Thyago Espíndola, 29 anos, ressalta outras atrações da futura Arena. “Além das quadras de areia, teremos bar, campos de grama sintética, treinamento funcional, escolinha de futebol e futemesa”, diz ele. BAR – A previsão de entrega da obra é até janeiro de 2019. A equipe corre contra o tempo para os clientes aproveitarem o verão e as

férias escolares. “Estamos com 70% prontos e cuidando de tudo nos mínimos detalhes”, conta Igor Fellipe, engenheiro e também sócio no empreendimento. Outra atração da Arena 61 é o Bar Barô. “A ideia é que os atletas tenham tudo que precisam aqui, da bola à cervejinha”, brinca Thyago. O ambiente oferecerá transmissão de jogos de futebol por canais de assinatura; drinks refrescantes; cardápio de petiscos e refeições. Tudo pensado para os praticantes de atividades físicas.

HENRIQUE – Com passagem pela categoria de base do Atlético-PR, Henrique Almeida surgiu nos profissionais no São Paulo. Em 2011, brilhou no campeonato Mundial sub-20, sendo campeão e artilheiro com 5 gols. Passou pelo Vitória-BA, Granada-ESP, Sport, Botafogo, Bahia, Coritiba, Grêmio e Giresunspor-TUR. Nesta temporada, trocou o futebol turco pelo Belenenses, de Portugal. “A língua ajuda na adaptação”, admite Henrique, dizendo-se realizado por jogar na Europa.

“Sou apaixonado por futebol, mas, no momento, o futevôlei está bombando. Vamos conciliar as duas coisas. Este é o conceito da Arena 61” Henrique Almeida: nascido em Taguatinga, o jogador já jogou por grandes clubes. Focado no futebol em Portugual, não tira o olho dos negócios no Brasil


Brasília Capital n Geral n 14 n Brasília, 22 a 5 de janeiro de 2019 - bsbcapital.com.br

Lições com a prisão de João de Deus Mediunidade não é profissão. Não há desculpas para se fazer comércio por meio dela ou se locupletar, seja de que modo for Acusado por mais de 330 mulheres de práticas de abusos sexuais e estupro, o médium João de Deus se entregou, domingo (16), à polícia em Alexânia (GO), onde mantém desde 1976 a Casa Dom Inácio de Loiola. A prisão dele deve servir de lição para todos os médiuns. É preciso entender que mediunidade é dom gratuito de Deus e deve ser ministrada gratuitamente. O médium é o meio, o intermediário entre o espiritual e o material. “Eis

que no final dos tempos a derramarei sobre toda a carne. Os velhos profetizarão, e os jovens terão visões. Recebeste-a de graça; dê de graça o que de graça recebeste. Curem os doentes; expulsem os demônios”, ensinou o Senhor, por meio do profeta Joel. Mediunidade não é profissão, e não há desculpas para se fazer comércio por meio dela ou se locupletar, seja de que modo for. Crescer e ajudar a crescer devem ser os objetivos. Alguns

João de Deus mais uma vez na berlinda Médium já escapou anteriormente de acusações de prática ilegal da medicina e de homicídio Tudo leva a crer que, devido à repercussão das denúncias divulgadas pelo jornalista Pedro Bial em seu programa na TV Globo sobre violências sexuais protagonizadas pelo médium goiano João Teixeira de Faria, conhecido pela mídia internacional como João de Deus, a pequena Abadiânia, a 117 quilômetros de Brasília, entrará em colapso. Há 44 anos, milhares de pessoas, em sua maioria estrangeiros, são atraídas à cidade, cuja economia gira em torno dos visitantes que buscam

tratamento espiritual. João de Deus já escapou anteriormente de acusações de prática ilegal da medicina e de homicídio. Desta vez, porém, foi enquadrado pela Promotoria goiana e dificilmente escapará facilmente da cadeia, para onde foi levado na tarde deste domingo (16). No mesmo dia, à noite, o programa Fantástico fez contato com 25 mulheres que se dizem vítimas do médium, e o quadro foi agravado pela declaração de uma promotora que afirmou ter re-

O povo e o poder com Marcelo Ramos Repóter do povão

Rádio JK - AM 1.410 (segunda a sábado - 08h às 10h) Ligue e participe:

99981-3086 / www.opovoeopoder.com

médiuns justificam a necessidade de cobrar ou aceitar ofertas - o que dá no mesmo -, alegando que precisam comer, vestir, etc. Ora, o exercício da mediunidade deve ser feito em horário alternativo ao da profissão. Nenhum médium, exceto se tiver renda própria, deve dedicar-se exclusivamente à mediunidade. Chico Xavier foi empregado do Ministério da Agricultura até aposentar-se. Divaldo Franco fez o mesmo no IPASE, e todos os demais que conheço têm suas profissões. Muitos médiuns não são espíritas, não estudaram sobre o tema, e erram ao usar um dom sem conhecimento. Médium, qualquer que seja o nome que se dê, deveria, pelo menos, fazer a leitura de três livros básicos: O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec; Nos Domínios da Mediunidade, de André Luís; e Mediunismo, de Ramatis. A mediunidade, como atesta a con-

tinuidade da vida e nossa origem divina, desperta a ira das potências do mal que têm interesse em que a humanidade acredite no fim da existência corporal como o fim da vida. Assim, no entendimento delas, fica mais fácil a indução à corrupção, ao suicídio e às demais formas de crimes. O exercício da mediunidade requer do médium atenção com as ciladas para desprestigiá-lo, iludi-lo, desviá-lo ou liquidá-lo. Elogios, ofertas materiais, tentações sexuais e ocupações que tiram seu tempo para dedicar-se, são as mais comuns. “E quando fizeres tudo o que puderem, agradeçam por serem servos inúteis, por terem feito apenas a obrigação”, ensinou Jesus. “Ajude, e passe adiante”, ensinaram os mestres do oriente.

cebido dezenas de acusações, desde a revelação do primeiro caso. Uma delas, a da holandesa Zahira Lienek Mous, por sinal a única que não escondeu a sua identidade. Mas os fatos são todos idênticos e teriam ocorrido no escritório de João, onde há uma enorme cama na qual ele exercita a sua tara sexual, não obstante a idade avançada (76 anos). De minha parte, confesso que me surpreendi pela gravidade dos depoimentos femininos impublicáveis, já que frequentei com certa assiduidade o QG do médium. E, a bem da verdade, anteriormente, cheguei até sentir certa simpatia por João de Deus, entrevistando-o e dialogando com ele inúmeras vezes, até mesmo usufruindo vantagem quando ganhei mil dólares de uma equipe de tevê japonesa para conduzi-la a Abadiânia. Lembro-me, também, do “furo” jornalístico, juntamente com o fotó-

grafo Gervásio Baptista, da revista Manchete, flagrando a visita de Shirley Mac Laine quando veio consultar John of God, em março de 2012 -, graças à dica que recebi do próprio. Muito embora a decisão da Promotoria seja agora aparentemente inabalável, convém lembrar que o hoje milionário personagem tem bons trunfos para se defender, principalmente o apoio da Prefeitura de Abadiânia, que depende da maciça presença da clientela estrangeira que movimenta milhares de dólares no município. Mas esse trunfo foi derrubado com a prisão de João de Deus. Resumindo: caso João de Deus não consiga Habeas Corpus e continue na prisão, com certeza a pujante Abadiânia vai virar cidade-fantasma!

José Matos Professor e palestrante

Fernando Pinto Jornalista e escritor


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Um presente de Natal? Um livro! Sete motivos para que você dê um livro a quem você ama Presentear alguém não é tarefa fácil. Como entender os gostos de uma pessoa e conseguir agradá-la? Neste artigo, eu quero facilitar a sua vida! Apresentarei sete motivos para que você dê um livro neste Natal a quem você ama! 1. É barato. Eu sei que existem livros muito caros, mas há também muitas opções excelentes a bons preços, e não é necessário pesquisar tanto assim para encontrá-las! 2. Você pode não gastar nada! Sabe aquele livro excelente que está na sua

estante, parado, e que combina com um conhecido seu? O que você acha de doá-lo? Assim, você desocupa o espaço da sua casa para novas leituras e dá a oportunidade de outra pessoa viver o que você viveu por meio daquele livro! 3. Há gêneros para todos os gostos! Há livros com histórias românticas, trágicas ou engraçadas; há opções sobre trabalho, futuro e empreendedorismo; há obras sobre reflexões humanas e religiosidade. Para cada pessoa, um título diferente!

Como seguir dieta com as festas de fim de ano? A ceia à meia-noite não é o melhor horário para “exagerar” Dezembro é caracterizado em nossa cultura por ser um mês de muitas confraternizações. São encontros e festas com colegas de trabalho e grupos de amigos, além das reuniões de Natal e Ano Novo em família.

Com isso, muita gente acha impossível manter a dieta. Afinal, as festas de fim de ano são caracterizadas por muita fartura na mesa. Mas isso não significa que precisamos comer de tudo, ou comer muito de tudo.

4. Um livro é capaz de estimular o cérebro de qualquer pessoa! A leitura amplia a capacidade cognitiva do ser humano de tal maneira que a resolução dos problemas cotidianos pode se tornar mais fácil. 5. Quem lê pode melhorar também a escrita. A criação de ideias passa a ser mais fluida e natural, o que diminui as chances de acontecer o famoso “branco”. Além disso, por assimilação, quem está em contato constante com a leitura melhora o vocabulário e a gramática – elementos essenciais para a construção de um bom texto! 6. Livros constroem pontes. Quando você dá a alguém um livro que já leu, vocês passam a ter um assunto em comum! Quer se aproximar mais de uma pessoa? Use um livro como caminho! 7. Você, com certeza, se lembra dos livros que já leu (ou, quando os esquece, não precisa de tantas informações

para recuperá-los na memória). Os livros são capazes de produzir marcas indeléveis em nossas vidas. Se você quer ser inesquecível na vida de alguém, dê um livro! Você e o livro serão sempre lembrados! Elias, mas como eu vou fazer a pessoa que vai receber o livro lê-lo? Simples: use a folha de rosto para escrever uma bela dedicatória. Explique o motivo da escolha daquele livro, as razões que ligam aquela obra ao presentado! Pronto! Agora, você despertou na outra pessoa uma boa razão para começar a leitura: a curiosidade! Por isso, reafirmo: você está com dúvidas na escolha do presente de Natal? Dê um livro!

O equilíbrio deve estar presente também nas comemorações. Uma dica para a ceia é: primeiro, veja tudo que tem na mesa e escolha um prato para aquela refeição. Deixe para experimentar mais opções no almoço do dia seguinte, visto que será uma refeição diurna. A ceia à meia-noite não é o melhor horário para “exagerar”. Manter a prática regular de exercícios físicos ajuda na manutenção do peso, mesmo que você dê uma extrapolada nas confraternizações. Mas se você não estiver fisicamente ativo e comer demais, não terá jeito! A balança vai acusar o ganho de peso no ano que chega...

Talvez por isso tantas promessas de final de ano que visam a melhora dos hábitos de vida e alimentares. Estas dicas servem como uma reflexão para que todos possam aproveitar as festas sem exageros e sem muito peso, tanto na balança como na consciência!

Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)

Boas festas!

Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)


Brasília Capital n Literatura n 16 n Brasília, 22 a 5 de janeiro de 2019 - bsbcapital.com.br

Sancho e a Rainha – Capítulo II Mario Pontes (*) Mas, afinal, você recebeu minha carta? – Recebi, sim. – Não estava censurada? – Não parecia. Voltou-se pra mim, envolveu-me a cara com fumaça. – Que bom você não ter demorado! – Eu tinha de ver meu pai – respondi com a pressa de quem não queria mentir. Mas Dorotéia não entendeu, ou fez que não entendia. – Seu pai gostou da surpresa? Meu pai me esperava, mas como eu não sabia para onde aquela conversa nos estava levando, preferi silenciar quanto aos meus assuntos familiares. – Além da tensão, Sancho tinha alguma doença? – Penso que não. Andava com cara boa. Não se queixa-

va de nada. Fazia mil coisas ao mesmo tempo. Como lhe disse na carta, morreu sem sofrer. Ia dirigindo o jipe da Associação, com o amigo da chácara no banco do carona. Ficou debruçado em cima do volante, o jipe meio atravessado na estradinha de terra. Tinham se passado apenas três anos: era ao entardecer e Sancho dirigia outro jipe, no qual viajávamos eu, minha mulher e meus dois filhos pequenos. Esse primeiro jipe, como vim a saber mais tarde, também não era propriedade dele. Pertencia a uma Secretaria de Estado e eu não tinha a menor ideia de como fora parar nas mãos de Sancho. Desconfio que, para ele, usar um bem público era se ressarcir dos prejuízos que o Estado lhe causara no passado. Aquela curta viagem com Sancho acontecia apenas al-

guns meses depois de nos conhecermos, e foi com ela que realmente começou nossa amizade. Com Sancho era assim: ou você se tornava amigo dele da noite pro dia, ou então da noite pro dia passava a evitá-lo. Quando Sancho entrou de cara em minha vida eu chefiava (bem, isso é mais um modo de dizer do que a evocação de uma realidade) a redação de um jornal decadente, um dos oito diários daquela Capital ainda acanhada. Como a maioria dos outros, aquele também sobrevivia graças ao dinheiro que o Governo do estado lhe dava em troca de páginas e páginas de elogio. O jornal pertencia a uma família de sorte, mas não se entendia porque havia escolhido para dirigir o jornal o irmão menos indicado para o encargo: o mais jovem, um romântico sem possibilidade de cura. Não

tinha a menor ideia do que os leitores queriam. Por isso o jornal patinava. Certo dia, quando cheguei à redação encontrei um desconhecido escrevendo na mesa do nosso único repórter político. Era um homem de seus cinquenta e poucos anos, meio barrigudo, careca e sorridente. Notei que seu punho direito era torto, talvez como resultado de algum acidente mal tratado. Tinha dificuldade para mover a mão e datilografava somente com o indicador. Tirou os óculos, estendeu-me a mão mutilada: – Sancho. – Muito prazer. – Sou seu novo repórter político. – Ah... Limpou o suor que descia pela testa – O Célio não lhe disse nada? Célio, ou seja, o Dr. Célio Al-

varado, era o diretor, o quase sempre ausente. Que teria ele me aprontado daquela vez? – Não, mas isso não tem importância. Fique à vontade. -- Obrigado – ele respondeu de olhos baixos, gravemente fixados no que acabara de escrever. – Bem – acrescentei antes de dar-lhe as costas –, como você deve saber, há pouca política para dois repórteres. O que acertou com o Célio? – Fique tranquilo, companheiro. Não pretendo invadir a área do colega. Meu trabalho aqui... bem, são apenas umas reportagens especiais. Uma por semana. Não vou aparecer muito na redação.

(*) Mario Pontes, ex-editor do Caderno Livro, do Jornal do Brasil, ficcionista e tradutor de obras de ficção e ensaio. Mora no Rio.

Livros de Lázaro Ramos e Emicida de graça REPRODUÇÃO INTERNET

Obras estão disponíveis para idosos,alunos de escolas públicas, microempreendedores individuais, pessoas de baixa renda ou com deficiência em todo o país Para incentivar a leitura e valorizar a cultura do nosso país, o Programa Eu Faço Cultura incluiu em sua vitrine de dezembro quatro livros especiais. Agora, idosos, alunos de escolas públicas, microempreendedores individuais, pessoas de baixa renda ou com deficiência de todo o país, que são o público alvo da iniciativa, poderão retirar gratuitamente na plataforma os livros "Amoras",

do rapper Emicida, e "Na Minha Pele", "Caderno de Rimas do João" e o "Caderno Sem Rimas da Maria”, todos os três do ator e escritor Lázaro Ramos. Os livros podem ser resgatados até o dia 28 de dezembro e possuem unidades limitadas. Para adquirir qualquer obra, é preciso se enquadrar no perfil atendido pelo Eu Faço Cultura e fazer cadastro na plataforma: www.eufacocultura.com.br.

O livro Caderno de Rimas do João, que conta com ilustrações de Mauricio Negro foi o primeiro de Lázaro Ramos


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