Jornal Brasília Capital 572

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Nove PMs e Bombeiros se aliam à deputada Paula Belmonte para enfrentar o atual governador

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PSC monta pelotão militar anti-Ibaneis

Ano XII - número 572

Pelaí – Página 3

Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022

PAULO SÉRGIO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

GDF faz Propaganda enganosa (e cara!) O governo Ibaneis Rocha gastou R$ 731.708.645 com publicidade em três anos e, segundo a deputada Arlete Sampaio (PT), anuncia o que não faz. “O GDF diz que atendeu 100 mil famílias com o Cartão Prato Cheio, quando, na verdade, foram no máximo 40 mil famílias”, diz a petista.

Página 5 DIVULGAÇÃO

ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

Reguffe anuncia candidatura ao Buriti JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Lula caminha para vitória no 1º turno

Entrevista / Robson Silva

Todo o poder aos trabalhadores

Pelaí – Páginas 2 e 3

Pré-candidato do PSTU diz que escolas militarizadas fazem parte de política de dominação e controle social. Página 6

Justiça manda GDF desocupar área de Parque Ecológico

Chico Sant’Anna – Página 10


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

Periclitante – A prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e de dois pastores evangélicos na quarta (22) e soltura na quinta (23), levou ao vazamento de áudios em que fica evidente a interferência do Palácio do Planalto junto à Polícia Federal no caso. Se a situação de Bolsonaro já era complicada, agora torna-se quase insustentável para tentar a reeleição.

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Lula liderou pesquisas em todo o 1º semestre Pesquisa Datafolha realizada na quarta (22) e na quinta-feira (23), que ouviu 2.556 eleitores em 181 cidades do País, consolidou a liderança do ex-presidente Lula (PT) em 60 levantamentos realizados ao longo de todo o primeiro semestre deste ano por 14 diferentes institutos. TERCEIRA VIA – Mesmo com índices diferentes, o petista sempre aparece em primeiro lugar, com Jair Bolsonaro em segundo. Juntos, os dois detêm mais de 75% das intenções de votos. Isto, de acordo com especialistas, praticamente afasta as chances de um terceiro candidato chegar ao segundo turno. 1º TURNO – No cenário apurado pelo DataFolha a 100 dias do pleito, Lula

AGÊNCIA BRASIL

nou em 28%. A vantagem do petista é maior entre os mais jovens (54% a 24%), os menos escolarizados (56% a 22%) e os mais pobres. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. 2º PELOTÃO – O segundo pelotão segue liderado por Ciro Gomes (PDT), com 8%. André Janones (Avante) tem 2% e Simone Tebet (MDB), que se apresenta como a candidata da 3ª via caiu de 2% na pesquisa anterior para 1%. É o mesmo patamar de Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU)

abriu 19% sobre seu principal opositor, chegando a 47%, e venceria no 1º turno – sua intenção de voto é maior do que a de todos os concorrentes somados. Bolsonaro estacio-

OS SEM VOTO – Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB) Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC), Luciano Bivar (UB) e General Santos Cruz (Podemos) não pontuaram.

Petista seria o próximo Tancredo? FOTOS: DIVULGAÇÃO

Durante entrevista ao Programa Brasília Capital Notícias, parceria do Brasília Capital com a TV Comunitária e o blog do Chico Sant’Anna, na segunda-feira (20) – leia na página 6 desta edição –, o pré-candidato do PSTU ao Buriti, Robson Silva, levantou a suspeita de Luís Inácio Lula da Silva (PT) vir a repetir a história do ex-presidente Tancredo Neves (foto). SARNEY – Eleito pelo colégio eleitoral, o político mineiro adoeceu na véspera da posse, com uma inesperada diverticulite, e jamais assumiu a presidência da República. O mandato foi exercido pelo vice, José Sarney (foto). Caso semelhante ocorreu com Dilma Roussef, que, ao ser apeada do poder, abriu caminho para o vice Michel Temer

como instrumento para ganhar a eleição deste ano e, caso não assuma, abrir caminho para Geraldo Alckmin (PSB), mas historicamente ligado à centro-direita do PSDB. “É uma coligação sinistra e perigosa”, alerta.

ALCKMIN – Robson Silva deixa subetendido que Lula pode ser usado

FORÇA CONTRÁRIA – Segundo o pré-candidato do PSTU, “Alckmin re-

presenta forças sociais completamente contrárias a tudo que o PT defende e à classe trabalhadora”. Ele deixa no ar a pergunta: Quem é pior, Temer ou Alckmin? E alerta: “Lula está correndo riscos há muito tempo. Talvez seja importante levar isso em consideração na hora de não fazer certas coligações”.


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

Brasil da Esperança quer ampliar coligação DIVULGAÇÃO

A federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) apresentou, terça-feira (21), as propostas do programa de governo do candidato ao Buriti, Leandro Grass (PV), e os compromissos da pré-candidata ao Senado, professora Rosilene Corrêa (PT). FRENTE – O presidente regional do PT, Jacy Afonso, afirmou que a federação ainda aguarda acordos com outros partidos da frente nacional de esquerda que apoia o nome de Lula para presidente da República, em especial o PSB, para preenchimento da vaga de vice-governador. COMPARAÇÃO – Rosilene Corrêa pediu que o eleitor compare sua história com a das outras concorrentes à vaga no Senado – as ex-ministras do governo Bolsonaro Damares Alves (Republicanos) e Flávia Arruda (PL). DIFERENTE – “A população, especialmente as mulheres, precisa escolher, entre nós, qual realmente sabe dar importância às políticas públicas”. Segundo ela, há um projeto de desmonte dessas políticas. “Eu quero fazer diferente”.

CHOQUE DE DEMOCRACIA – Grass atacou o atual governador, a quem chamou de “incompetente e mentiroso”, e prometeu, caso eleito, provocar no DF “um choque de democracia participativa, ao contrário de Ibaneis Rocha, que governa de forma totalmente autoritária”; PRIORIDADES – Entre as prioridades listadas por Leandro Grass durante a entrevista coletiva, que contou, ainda, com a presença dos presidentes locais do PV, Eduardo Brandão, e do PCdoB, João Vicente Goulart, destacam-se: - Criação do programa Renda Mínima Cidadã; - Estímulos às microempresas

por meio do BRB, “que deixou de ser um banco de fomento para se transformar num banco particular do atual governador”; - Implantação do passe livre para os trabalhadores no transporte público nos fins de semana; - Melhoria da mobilidade no DF e parceria com as prefeituras das cidades do Entorno do DF; - Prioridade à saúde primária pelo SUS, com a volta dos programas Saúde da Família e Saúde em Casa; - Imediato combate à fome, uma vez que dados apontam que 10% da população do DF (cerca de 300 mil pessoas) estão em situação de insegurança alimentar.

Reguffe anuncia candidatura ao Buriti Fim do suspense: o senador José Antônio Reguffe (União Brasil - foto) finalmente anunciou, na sexta-feira (24), que será candidato a governador do DF. O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado em seus canais do Instagram, YouTube e Facebook. Reguffe relembrou sua trajetória política e se comprometeu a governar focado em melhorar a Saúde pública e a geração de empregos. “Minha trajetória não foi fácil. Levei três eleições para conseguir ter um mandato de deputado distrital, justamente para entrar na política da maneira mais digna e honesta que uma pessoa pode entrar. Agora eu devo à população do Distrito Federal uma candidatura a governador”.

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O agora pré-candidato ao GDF, além de destacar seus compromissos firmados e cumpridos em mandatos anteriores, comprometeu-se a dar o melhor de si e fez um pacto de não concorrer à reeleição, caso seja vitorioso em outubro. “Assumo o compromisso de não ser candidato à reeleição. Quero usar esses quatro anos para dar o melhor de mim”.

Reguffe apontou os problemas enfrentados pela população do DF, principalmente na saúde pública, e fez um chamamento a todos que desejam colaborar para resolver o problema real dos brasilienses, com a construção de um programa de governo atuante, que ofereça alternativas de recuperação da cidade e do orgulho da população de viver na capital federal. “Vamos fazer um pacto pelo DF, para que possamos construir juntos um programa de governo. Vamos oferecer uma alternativa que recupere a autoestima desta cidade, que alegre as pessoas e faça com que elas tenham orgulho de dizer que vivem na capital federal”, conclamou Reguffe.

Pelotão anti-Ibaneis Os sargentos da Polícia Militar Eliomar e Everaldo, que concorreram a deputado federal em 2018 e obtiveram, respectivamente, 17.265 e 2.268 votos, e Ricardo Tobé e Geraldo Alves, que foram candidatos a distrital e receberam 5.080 e 4.732 votos, disputarão, juntos, este ano, uma vaga na Câmara Legislativa pelo PSC. O compromisso foi assumido na segunda-feira (20) durante um encontro (foto) com a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania), e o marido dela, o advogado Luís Felipe Belmonte, presidente local do PSC. REFORÇOS – O pelotão cristão anti-Ibaneis conta, ainda, com outros cinco militares: o capitão Medeiros, o coronel Albuquerque e os sargentos Luciano Alves, Maurício e Adeílton. Paula Belmonte, presidente regional do Cidadania, comemorou o apoio dos militares. “Nosso projeto para o DF é amplo e alcança segmentos variados. É um grupo plural, que vai nos ajudar a mudar a realidade de Brasília”, disse. PELO MENOS UM – O grupo acredita que conseguirá cerca de 30 mil votos, enquanto os demais 16 candidatos do PSC precisarão convencer outros 30 mil eleitores e, assim, a legenda atingir o coeficiente de 60 mil votos previsto para garantir uma vaga na Câmara Legislativa em 2 de outubro.


Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

Quem “mandou” matar Bruno e Dom? Bolsonaro, óbvio! Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

A Polícia Federal prendeu os assassinos confessos de Bruno e Dom, os pé rapados “Pelado” e “Dos Santos”, e, prematura e descaradamente, contra evidências apontadas pela União Indígena do Javari, afirma que não há mandantes dos crimes. Será? Vejamos. Em abril de 1998, o então deputado Bolsonaro declarou ao Correio Braziliense: “Pena que a cavalaria brasileira não tenha sido tão eficiente quanto a americana, que exterminou os índios”. Em abril de 2015, em entrevista ao Campo Grande News, ele questionou: “Os índios não falam nossa língua, não têm dinheiro, não têm cultura. Como podem ter 13% do território nacional”. Em janeiro de 2016, como pré-candidato à presidência, discursando no Congresso Nacional: “Em 2019 vamos ‘desmarcar’ a Raposa Serra do Sol. Vamos dar fuzil e armas a todos os

fazendeiros”. Em junho de 2016, em entrevista ao Correio do Estado: “A reserva (indígena) que eu puder diminuir o tamanho dela, eu farei”. Em abril de 2017, em entrevista ao Estadão: ‘Se eu chegar à Presidência, não vai ter um centímetro demarcado para terra indígena ou Quilombola”. Em agosto de 2018, no Espírito Santo: “Se eleito, vou dar uma foiçada no pescoço da Funai”. Em 7 de outubro de 2018, após vencer no 1º turno: “Vamos botar um ponto final em todo ativismo no Brasil”. Alguma dúvida de quem “mandou” matar Bruno Pereira e Dom Phillips? Por que razão a PF chegou a tão rápida conclusão. Estaria evitando chegar à aliados e protegidos por Bolsonaro na Amazônia – garimpeiros e madeireiros ilegais, “empresários” da pesca e caça ilegal, grileiros, pecuaristas e sojeiros da turma do ‘ogronegócio”. O “mito” concedeu uma espécie de “salvo-conduto” a esses “homens de bem”, que grilam e invadem terras públicas e unidades de conservação; que desmatam e promovem queimadas; que invadem e violentam as terras indígenas e quilombolas; que crimi-

nalizam as ONGs; que atacam postos da Funai e do Ibama; que assassinam lideranças indígenas, camponesas e religiosas e que eliminam os ativistas ambientais e dos direitos humanos que atrapalham seus “negócios”. Bolsonaro, pregando o desprezo e a violência contra indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses e ativistas e avalizando todo tipo de ilícito na região, efetivamente “autorizou” o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips. O drama maior é ver como as instituições brasileiras se dobraram e continuam se dobrando a Bolsonaro: é a cumplicidade da PF; a truculência da PRF (casos Genivaldo e Vila Cruzeiro); a conivência do aparelho judiciário, com o STF e o STJ anulando as provas do crime de “rachadinha” do nº 2 e o TSE barrando a candidatura de Lula em 2018. Aliás, os ataques de Bolsonaro ao STF e ao TSE demonstram o quão ele é ingrato, assim como os ataques à Rede Globo. Afinal, foi a “vênus platinada” o principal instrumento de disseminação das mentiras de Moro/Dallagnol, que pavimentaram sua eleição. Essas instituições, assim

como as FFAA e o Congresso Nacional, precisam ser profundamente reformadas, tarefa que só uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva poderá fazê-lo. ENDIVIDAMENTO – Nada menos que 66 milhões de brasileiros estão endividados. Como a quase totalidade é composta por pessoas economicamente ativas (PEA), isto representa que seis em cada dez brasileiros encontram-se encalacrados com credores, notadamente bancos e financeiras; empresas de energia e telefonia e os odiosos crediários. O dado não surpreende, pois cerca de 15% da PEA está desempregada, outros 30% em empregos precários e os que estão melhor empregados veem seus salários arrochados acabarem muito antes do fim do mês, corroídos pela inflação galopante. Eis o saldo de seis anos (3 com Temer, 3 com Bolsonaro) do liberalismo pós golpe.

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Entre a máquina, a memória e a mídia Adriano Mariano Strazzi (*) DIVULGAÇÃO O Brasil tem 215 milhões de habitantes e quase 150 milhões de eleitores. No País, 33,1 milhões estão com fome e 125,2 milhões não farão todas as refeições hoje e nos próximos dias, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar. Toda sorte de profissionais tenta prever o sentimento dos eleitores perante as urnas. No dia 2 de outubro, 1º turno das eleições, com o sentimento físico e psicológico da fome, muitos tocarão seus dedos nas teclas das urnas de estômago vazio, estocando vento, que outrora fora apenas um meme divertido.

Sem dinheiro para a comida, certamente não o terão para a condução até a zona eleitoral. Talvez a fome, desta vez, venha a ser motivo de abstenção recorde. Lula e Bolsonaro concentram 75% das intenções de voto para presidente e dão o tom das demais pré-candidaturas pelo país. Com milhões focados em conseguir uma refeição até o fim do dia, detentores das benesses da máquina pública e antigos gestores, de tempos de políticas sociais mais acertadas e contextos menos impiedosos, são os favoritos. Entre a disputa do benefício presente e o conforto emotivo do passado, estão os outros candidatos, que tentam simbolizar a nova solução para os problemas de sempre. Na busca desesperada para serem notados e levados em consideração pelo eleitor, sobra a estratégia da publicidade nas mídias digitais. Nesses espaços, agências de publi-

cidade, contratadas pelos candidatos da via alternativa, usam a equivocada estratégia de digital influencers para seus clientes. A classe política é mal vista no Brasil e não conta com a boa vontade do eleitor. Aglomerações artificiais em palcos de eventos, vídeos focados em frases de efeito, humanização forçada em músicas cantadas, dancinhas e caixas de texto com dedos apontando, são soluções provisórias, doces e fáceis para derrotas permanentes, amargas e difíceis. Somente a comunicação – sobretudo a de estratégia equivocada – não é suficiente. Estratégias profissionais de mobilização, equipes (treinadas semanalmente) em bairros, cidade a cidade, diariamente coletando informações e acompanhando interações para as ações estratégicas do pré-candidato, divulgando projetos, propósitos e

fortalecendo seu símbolo de distinção entre os adversários, e, a partir daí, coordenando o sentimento do eleitorado com as agendas de visitas às cidades, eventos, falas públicas e publicidade em mídia, são ações imediatas que podem dar corpo e verdade à existência do pré-candidato no imaginário dos eleitores e, então, se traduzir em crescimento na intenção e consolidação de votos. Pautar a mídia tradicional e nacional com sua marca em ações pontuais de grande repercussão, fazendo reverberar na audiência das redes sociais, é o desafio de todo candidato majoritário com pretensão real de vitória. Entre a máquina, a memória e a mídia, o eleitor ficará com quem simbolizar e credibilizar a imagem de ser o meio das soluções imediatas de sua miséria.. (*) Consultor Estrategista em Marketing Político Eleitoral


Brasília Capital n Cidades n 5 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

Ibaneis torrou R$ 730 milhões com propaganda Dados são do Siggo, levantados pelo gabinete da deputada Arlete Sampaio, em relação aos primeiros três anos do governo José Silva Jr No dia 13 de maio, ao ser questionado pelo Brasília Capital sobre o investimento do Governo do Distrito Federal na campanha publicitária do túnel de Taguatinga, o secretário de Comunicação, Weligton Moraes, respondeu: “Toda a despesa de publicidade do GDF está no Portal da Transparência e

no DODF. Diferente da época do governo Arruda (à época, Moraes também comandava a Secom), quando não era tornada pública. Principalmente as despesas com uma assessoria de imprensa contratada pela Caesb”. O pre-

Planejamento flerta com o desperdício Todo esse gasto foi feito enquanto a máquina pública quebra engrenagens importantes no campo social. Por exemplo, com o derretimento de um programa vital para famílias carentes, como é o caso dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Ou seja, Ibaneis Rocha tenta, com a gastança em propaganda, esconder o que está malfeito no seu governo. Só para divulgar as etapas do faraônico túnel de Taguatinga o GDF tem derramado dinheiro em todo tipo de mídia – painéis eletrônicos, outdoors,

circuitos fechados de TVs em restaurantes e elevadores, blogs, além de rádios, emissoras de televisão e jornais. O planejamento da Secom flerta com o desperdício de dinheiro público. A propaganda oficial investiu, por exemplo, em painéis e outdoors e outros veículos de comunicação da parte Norte do DF, em cidades como Paranoá, Lago Norte, Sobradinho e Planaltina para anunciar o túnel de Taguatinga. Ou seja, para informar um público que não será impactado pela obra.

Falida, SAB também anuncia O escoamento do recurso público gasto com publicidade se faz por vários canais. Por exemplo: qual é o sentido de o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) dispor de mais R$ 500 mil para publicidade. Durante a pandemia de covid-19, a empresa desembolsou R$

280 mil para fazer propaganda. Pior: o que a Sociedade de Abastecimento de Brasília (SAB), que está em vias de liquidação, tem a oferecer ao público? Mesmo assim, a SAB desembolsou R$ 65 mil de verba com anúncio em jornais, rádios e TVs.

sidente da Caesb era Fernando Leite, atual presidente da Novacap, que não se posicionou a respeito. Na última semana, o Brasília Capital pesquisou no Portal da Transparência e no DODF. Ao contrário do que disse o titular da Secom, não foi localizada nenhuma prestação de contas dos gastos do governo com publicidade. O jornal, então, recorreu ao gabinete da deputada Arlete Sampaio (PT), que pesquisou no Sistema Integral de Gestão Governamental (Siggo). Embora não detalhe os gastos por campanha, o Siggo faz um apanhado das despesas como um todo. A constatação: nos primeiros três anos da gestão Ibaneis Rocha, o GDF torrou R$ 731,7 milhões com propaganda. Mas a Secom não tem disponibilizado o balanço trimestral da verba com o carimbo de publicidade.

R$ 133 milhões durante a pandemia Durante a pandemia o GDF gastou R$ 133 milhões em publicidade sob várias rubricas. Menos com o que realmente interessava – a Secretaria de Saúde, que, de acordo com a tabela do Siggo, à qual o Brasília Capital teve acesso, não fez qualquer gasto com publicidade. Desde 2019, o governo gastou R$ 66 milhões em publicidade do Detran e do DER, Daria para construir 10 UPAs. No início do ano, Ibaneis encaminhou à Câmara Legislativa um pedido de incremento de R$ 85,74 milhões no orçamento da Secom. A bolada se somou aos R$ 73 milhões já previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para a pasta. Arlete resumiu o levantamento de seu gabinete sobre os gastos do GDF com propaganda: “Por esses dados fica evidente qual é a prioridade do governo. Com certeza não são as pessoas”.

Distritais criticam caos na proteção social do GDF O caos no atendimento do sistema de proteção social do GDF, denunciado na edição 571 do Brasília Capital, foi criticado por parlamentares na sessão de quarta (22) da Câmara Legislativa. “Não dá pra continuar assim, com pessoas famintas no frio da madrugada. Uma mãe de família me disse que chega ao Cras à tarde para ver se consegue ser atendida no outro dia. Será que o governo não é capaz de cadastrar essas pessoas e acabar com as filas?”`, questionou o deputado Chico Vigilante. Para Arlete Sampaio, o governo exagera nos números para passar uma imagem de competência na área social. “A mensagem na TV é que o GDF tem o melhor sistema de proteção social do Brasil. Isso é propaganda enganosa. Não é verdade que 100 mil famílias recebem o Prato Cheio. Já sabemos que são, no máximo, 40 mil famílias”. Reginaldo Veras (PV) afirmou que “o cartão Prato Cheio, destinado a pessoas em situação de fome, tem atendido gente rica. “Mortos estão recebendo dinheiro, assim como servidores públicos e donos de lanchas e de jet-skis. E o governo coloca anúncios pela cidade dizendo que a principal obra dele é cuidar do povo”. Leandro Grass (PV) encaminhou representações ao MPDFT e ao MP de Contas relatando a crise nos Cras. “É um cenário desolador. Famílias nas filas desde a noite anterior em busca de uma senha para fazer o seu cadastro”.


Brasília Capital n Cidades 6 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

Entrevista / Robson Silva CHAPA COMPLETA – No DF, o PSTU lançará chapa completa nas eleições de outubro com um candidato para cada cargo, sem federação ou coligação. Robson Silva ressalta que, assim o partido não cria competição interna e fortalece a luta coletiva. “O PSTU tem uma política com programas muito claros, que é de libertação da classe trabalhadora e dos oprimidos. De acordo com o pré-candidato ao Buriti, o PSTU rejeita a ideia de federação “porque ela é parte de uma política da burguesia de controlar até os partidos políticos oriundos da classe trabalhadora. A federação dura um tempo, não leva em consideração a vontade da base dos partidos e fica tudo em acordo de cúpula. E engessa a forma desses partidos atuar até mesmo numa eleição”. ESCOLAS MILITARIZADAS – O pré-candidato do PSTU defende o princípio constitucional de aplicação de 10% do PIB na educação. “Vamos fazer um plebiscito para que a população decida se quer governar com a Câmara Legislativa ou com aquilo que nós defendemos, que são os Conselhos Populares, formados em cada região do DF, com a participação da classe trabalhadora”. Sobre a militarização das escolas públicas do DF, promovida por Ibaneis Rocha (MDB) como solução para os problemas de segurança e de disciplina nas escolas, Robson diz acreditar que nem o próprio governador considera a medida como solução. POLÍTICA DE DOMINAÇÃO – “Na minha opinião, ele está a serviço de fazer uma política de dominação, de controle social. E, infelizmente, ele está fazendo justamente nas escolas onde há maior participação de população negra e periférica, que é o público mais atendido da rede pública. É uma política extre-

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Pré-candidato do PSTU ao Buriti Robson Silva diz, que se eleito, criará Conselhos Populares

“Meu governo será dos trabalhadores, com o povo no poder” Diva Araújo

P

ré-candidato ao Governo do Distrito Federal pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), o professor Robson Silva afirma que, se eleito seu governo será comandado pela população trabalhadora. Em entrevista aos jornalistas Orlando Pontes e Paulo Miranda, no programa Brasília Capital Notícias, parceria da TV Comunitária com o jornal Brasília Capital e o blog do Chico Sant’Anna, ele garantiu que a gestão será exercida por Conselhos Populares. Robson Silva defende a participação da população no processo de governança, com o envolvimento de toda a classe trabalhadora. “Somente com os trabalhadores no poder poderemos governar. Vamos chamar entidades sindicais e principalmente, as bases das categorias de trabalhadores e da população mais pobre, explorada e oprimida do DF. O povo, quando tem oportunidade, sabe o quer e pode mudar sua situação”.

mamente equivocada, que serve apenas à política de guerra cultural que o bolsonarismo trouxe para o nosso país, copiando os Estados Unidos, como bom lacaio do imperialismo que é”. Robson Silva promete acabar com a militarização, caso seja eleito. “Seria uma das medidas, mas um governo do qual o PSTU faça parte, não será somente meu. Será um governo socialista dos traba-

lhadores. Faremos um governo de classe. Vamos chamar as entidades sindicais e principalmente as bases das categorias de trabalhadores e da população mais pobre, explorada e oprimida”. TEMPO DE TV E RÁDIO – O representante do PSTU avalia que, se as eleições fossem mesmo livres, não haveria limitação de tempo, de acesso ao rádio e à televisão, e to-

dos os partidos teriam tempo igual para mostrar suas propostas. “Tudo é feito apenas para garantir que quem está no poder continue no poder”. BOLSONARO E IBANEIS – “Na pandemia, um dos mais graves momentos na história recente do Brasil, Ibaneis deixou de fazer compras diretas de vacinas porque resolveu se aferrar à política do Ministério da Saúde

para manter sua relação com Bolsonaro. Milhares de pessoas podem ter morrido aqui no DF por causa desse servilismo do governador. SAÚDE PÚBLICA – “A situação da Saúde no DF hoje é degradante. Abandonada por todos os governos, piorou com Ibaneis. Esta crise só pode ser solucionada se tiver um governo socialista dos trabalhadores, que vai trabalhar com a classe trabalhadora e com a população atendida pelo sistema de saúde”. “Vamos fazer um novo conselho popular da saúde, com representantes de todas as categorias da área e os usuários do sistema. Assim nós vamos definir como será a política de saúde no DF, inclusive como garantir o funcionamento 24 horas do sistema, porque saúde não pode parar”. TRANSPORTE PÚBLICO – O PSTU defende a estatização de todas as empresas de transporte público. Vamos revitalizar a TCB, reativar a linha de trem e expandir o metrô. FECHAMENTO DAS REDES SOCIAIS DO PCO – “Nenhum partido da classe trabalhadora deve ser silenciado ou ter suas redes sociais fechadas. Se fazem isso hoje com o PCO, amanhã devem fazer com qualquer partido que realmente critique o status quo do sistema capitalista. Nós entendemos que precisa ter uma empresa estatal de internet, para que a internet seja realmente livre. QUESTÃO SOCIAL – “Somente com a classe trabalhadora no poder poderemos resolver os problemas sociais. Com um governo socialista dos trabalhadores, em primeiro lugar temos que fazer concursos públicos para que tenhamos a relação adequada de servidores públicos para a população”.


Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

Conto de fadas às avessas Único projeto apresentado pelo GDF para a educação na gestão Ibaneis Rocha, a escola militarizada foi imposta como solução para os problemas de segurança de unidades escolares. Dados apresentados pela Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), porém, mostram que o “conto de fadas” na verdade não passa de um grande engodo. Nota técnica da Proeduc escancara que mesmo com a presença de policiais e bombeiros militares, dobrou a média de atos infracionais registrados em escolas com este tipo de gestão. Em 2019, foram registradas na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 119 ocorrências dentro dos centros educacionais militarizados – média diária de 0,59. Neste ano, de 15 de fevereiro a 12 de maio, a DCA registrou 70 ocorrências – foram apenas 59 dias letivos.

Os números da Proeduc mostram que a média diária passou para 1,18. Ou seja, o número dobrou nos períodos comparados, mostrando uma ocorrência a cada 24 horas nas 17 escolas militarizadas no DF. Segundo a própria Proeduc, a gestão compartilhada, ao contrário do que pregaram o GDF e outros órgãos, mostra total inaptidão das escolas militarizadas para a administração preventiva e positiva de conflitos nos ambientes de ensino. NOTA TÉCNICA – A Proeduc já havia emitido, em 11 de maio, despacho revogando a Nota Técnica nº 1/2019, que considerava legal a implementação do projeto Escola de Gestão Compar tilhada, concluindo que o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares fere os princípios cons-

titucionais da reserva legal e da gestão democrática do ensino público. O despacho foi uma resposta a uma série de irregularidades cometidas por policiais militares, dentre elas truculência e desrespeito impetrados por PM’s, que no dia 3 de maio exigiram a retirada de trabalhos relativos à Consciência Negra, em exposição no CED 01 da Estrutural, além de pedir a exoneração da vice-diretora Luciana Pain. O Sinpro sempre se colocou contrário à militarização, por acreditar que o processo educacional deve ser feito por educadores, que são preparados para o magistério e para o lidar com os estudantes. A gestão compartilhada não combina com a militarização, fato corroborado pela Proeduc. A militarização é, portanto, incompatível com a Gestão Democrática.

Enquanto a comunidade escolar escolhe seus gestores, na gestão compartilhada a indicação é feita pelos militares, deixando de lado a opinião de pais, mães, responsáveis pelos alunos e educadores. Além disto, a formação dos militares não dialoga com o nosso currículo em movimento, que defende a autonomia e a pluralidade de opinião dos estudantes, além de impor vestimentas, comportamento e censurar o direito que cada um tem de se expressar em sua diversidade étnica e cultural. O Sinpro continuará lutando por uma educação pública de qualidade, plural e acolhedora, e que o debate em sala de aula seja respeitado, pois é diante do livre pensar e do respeito ao contraditório que chegaremos a um país mais justo, igualitário e de respeito a todos.

Má-gestão do GDF favorece surto de covid-19 nas escolas O Governo do Distrito Federal não tomou medidas para conter a onda crescente da covid-19 nas escolas públicas. Na contramão da ciência e sem considerar o cenário de números preocupantes de transmissão, o GDF segue sem retomar o uso obrigatório de máscaras, sem garantir o distanciamento social e sem dar transparência aos dados relativos à doença, iniciativas fundamentais para interromper a propagação do vírus. No início de junho, o Sinpro enviou à Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde), da Secretaria de Educação, solicitação de acesso aos dados oficiais sobre o número de profissionais do magistério com covid-19 nas escolas. Atualmente, o monitoramento dos casos e surtos da doença no ambiente escolar é feito pelo sistema Monitora Escola. O acesso é permitido apenas à gestão escolar, que pode utilizar o espaço para informar casos confirmados ou suspeitos da doença, mas não tem possibilidade de visualizar dados de outras escolas do DF. Em resposta, o secretário-executivo da Secretaria de Educação, Isaías Aparecido da Silva, afirma que “as informações solicitadas, por se tratarem de dados epidemiológicos, são de competência exclusiva da Secretaria de Saúde – SES/DF”. “O acesso a esses números é essencial para que tenhamos uma noção real do que está acontecendo. Sabemos que a

LÚCIO BERNARDO JR/AGÊNCIA BRASÍLIA

Educação ressalta que a Pasta, em parceria com a Secretaria de Saúde, orienta as escolas a observarem o documento “Orientações de Biossegurança para a retomada das atividades presenciais na Rede Pública de Ensino do DF”, disponível no site da Secretaria. Junto ao link que direciona para o documento, o site indica que o arquivo foi atualizado no dia 9 de junho. Com isso, cria-se a expectativa de que algo novo – e eficaz – será implementado para proteger a comunidade escolar. Apenas expectativa. O arquivo disponível para baixar é o mesmo publicado em fevereiro deste ano, e a atualização foi feita porque a Secretaria de Educação retirou todos os itens que se referiam à utilização da máscara. Embora a Secretaria de Educação do DF afirme, na mesma área do site, que mantém os protocolos de segurança desde 2021 e que segue as recomendações da Secretaria de Saúde e Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), isso não vem sendo feito.

GDF segue sem retomar o uso obrigatório de máscaras nas escolas, mesmo com aumento da covid

subnotificação é estratégica para silenciar problemas. Além disso, somente com os dados em mãos poderemos construir um plano de fato eficaz para barrar a proli-

feração da covid-19”, afirma o diretor do Sinpro-DF Cleber Soares. PROTOCOLOS – A resposta da Secretaria de

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


Brasília Capital n Cidades n 8 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

O Forró tá bom demais!

Após uma breve pausa para ajustes no formato e na programação, o projeto Arte Fato volta aos palcos e à telinha do computador ou celular para apresentar ao público de Brasília a produção de artistas independentes da cidade. A proposta é colocar todo mundo pra dançar: em casa, acompanhando a transmissão ao vivo pelo canal do Sindicato no YouTube; ou presencialmente no Espaço Cultural Renato Russo. O festejo, animado por forró e música sertaneja, vai acontecer na terça-feira (28), de graça. E como estamos no período das festas juninas, esta edição do programa convida sua plateia e audiência para curtir o ‘Forró du Bom’, de Luiz Gonzaga da Rocha, sanfoneiro, compositor e intérprete conhecido pelos apaixonados por um bom arrasta-pé como Luizão do Forró. Paraibano de Sumé, veio para o DF em 1979, onde atua como músico profissional desde então. Com dois álbuns lançados, de faixas autorais e de compositores do DF, Luizão já se apresentou em vários espaços culturais daqui, bem como em Portugal e São Tomé e Príncipe. Conduzindo a noite por uma toada também interiorana, o Arte Fato traz ao palco a dupla sertaneja Felipe e Vittor Hugo, que para esta

rios cantos do Brasil, desde a Paraíba até o Rio Grande do Sul. Fabiano é gerente de relacionamento em Agência Estilo do Banco do Brasil. No campo da Literatura, o Arte Fato convida a escritora Giordana Bonifácio. Funcionária do BRB há 17 anos, licenciada em Letras e pós-graduada em Literatura Brasileira e Literatura Contemporânea, pela UnB, Bacharel em Direito, pela UDF, e advogada pela OAB/DF, a escritora coleciona em sua trajetória como autora inúmeros prêmios. No programa, ela, além de apresentar sua obra, vai debater sobre literatura, influências e arte literária. Serviço:

apresentação preparou um repertório exclusivo de forró. Acompanha a dupla, o instrumentista e cantor Cristoferson Santos, que, especialmente para o Arte Fato, formarão um trio. Cristoferson, funcionário do Banco do Brasil desde 2014, lançou o CD autoral e independente “Eu nasci pra te amar”, com seu então parceiro Zé Roberto. A dupla chegou a se apresentar em várias casas de shows e bares do DF. Ainda em início de carreira, com apenas 2

anos, Felipe e Vittor já são bastante conhecidos em bares e casas de shows. A dupla também é requisitada para eventos corporativos, casamentos, formaturas e festas particulares. Fabiano Santana, artista visual do campo do design, encontrou na cultura automotiva o suporte para aplicar suas obras. Há 20 anos, ele customiza veículos com artes exclusivas que eternizam os sonhos de qualquer apaixonado por carros. Seu trabalho é reconhecido em vá-

Arte Fato, XXV Edição Tema: “O Forró tá Bom Demais” Local: Espaço Cultural Renato Russo Dia e horário: Terça (28), às 20h Ingressos: Entrada franca Transmissão: www.youtube.com/watch?v=FQO8bIKr8OI e @tvcomdf no YouTube, Facebook e Instagram

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Toma posse nova diretoria da CARLOS VIEIRA/CB/D.A PRESS

O empresário José Aparecido Freire tomou posse da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do (Fecomércio-DF), na terça-feira (21), em cerimônia no Dúnia City Hall, no Lago Sul. Ele foi reeleito no dia 3 de maio para um mandato de quatro anos. Também foi diplomada a nova diretoria. O evento reuniu presidentes dos 28 sindicatos que compõem a entidade. Estiveram presentes autoridades e representantes do setor produtivo de todo o país. O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, foi um dos convidados, ao lado do governador do DF, Ibaneis Rocha, além de representantes do Executivo e do Legislativo. O presi-

José Aparecido (C) e sua diretoria vão comandar a Fecomércio pelos próximos quatro anos

dente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), também compareceu ao evento. Eleito presidente em chapa única, Aparecido segue à frente do Sistema Fecomércio-DF, como presidente dos conselhos regionais do

Sesc, Senac e Instituto Fecomércio, braços sociais do comércio, que oferecem lazer, educação, saúde, qualificação profissional e diversos benefícios para a população. “Seguiremos com muita dedicação, fazendo com que a Federa-

ção, o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio continuem prestando seus serviços aos sindicatos, para que eles possam se fortalecer. Todos os sindicatos continuarão a ser tratados nesta gestão de forma igual. Até o final de 2024 essas entidades já terão a sua sustentabilidade por meio da ajuda que a Fecomércio dará nos próximos dois anos. Quero agradecer a cada um pela confiança dada”, ressaltou Aparecido. A chapa Juntos Somos mais Fortes elegeu como vice-presidentes: Sebastião Abritta (Sindivarejista), Álvaro Silveira Júnior (Sindiatacadista) e Ovídio Maia (Secovi). Também foram empossados a diretora regional do Senac-DF, Karine Câmara, e o diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo Silva.


Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

Má gestão deixa sequelas na saúde do DF No DF, a gente usa a expressão “tem cabeça de burro enterrada” para falar de pontos comerciais onde nenhuma iniciativa vai para frente. Esta semana, a jornalista Denise Rothemburg, do Correio Braziliense, me perguntou se tem cabeça de burro na Saúde do DF. A resposta é não. A saúde do DF tem jeito, mas para dar certo tem que ter vontade política, conhecimento do sistema, competência na gestão e sentimento de urgência. Expliquei que a demanda sempre será maior do que a capacidade de oferta de serviços. Mas, mesmo com as dificuldades, nunca se deixou de prestar assistência como agora. Aliás, desde o governo Rollemberg, que antecedeu o atual. E a marca que este governo deixa na saúde é a bandeira vermelha: emergências fechadas e UBSs sem capacidade para dar a assistência que a população pede e precisa. O governador pretendia fugir da responsabilidade de garantir a oferta de assistência à saúde à população, que é um direito constitu-

cional de cada cidadão. Chegou a elaborar um projeto de lei para privatizar todo o sistema. Impedido da privatização generalizada, não demonstrou grande esforço para garantir aos cidadãos o acesso à assistência em saúde. Foi assim desde o primeiro dia da atual gestão até agora, quando finalmente nomeou uma médica para a função de secretária da Saúde. No mais, no atual governo, o noticiário sobre a saúde do DF passou para as páginas policiais: fosse por um secretário preso acusado de corrupção, por mais um escândalo no IGESDF ou porque os profissionais de saúde viraram alvo de agressões diárias de cidadãos desesperados por não conseguir atendimento nem nas emergências nem nas unidades básicas/postos de saúde. O que cobramos, desde antes da posse do atual governo, é uma política para recuperação e ampliação da Estratégia Saúde da Família, com resolutividade na assistência e ênfase em uma atuação preventiva, para termos uma população mais saudável

e menos demanda nas filas das emergências e das cirurgias. Cobramos a regularização e o controle adequado dos estoques de medicamentos e insumos. Mas o que vimos quando estourou a pandemia foi colegas tirando dinheiro do próprio bolso para comprar equipamentos de proteção, para se proteger da contaminação pelo coronavírus e poder continuar prestando assistência à população. Pedimos mais contratações, para fazer as filas por consultas e cirurgias andarem, e o que vemos é um contingente imenso de profissionais de saúde exaustos e adoecendo por sobrecarga de serviço. Ao virar as costas para a obrigação de garantir o acesso da população do DF à saúde, o GDF, pior do que a covid, deixa sequelas que precisarão de tratamento de longo prazo. Ao governo que assumir caberá a responsabilidade de consertar os erros e recolocar a política de saúde no caminho certo. O primeiro passo é reconhecer a obri-

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

gação constitucional e encarar de frente o desafio de construir uma política de saúde efetiva e adotar práticas de gestão eficientes e transparentes. No mais, é preciso completar as equipes de trabalho e dar a elas condições e meios para prestar a assistência de que nossos pacientes precisam.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

Brasília

Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Por Chico Sant’Anna

Justiça manda GDF desocupar área de Parque Ecológico A Vara do Meio Ambiente determinou que o GDF e a Terracap coíbam a grilagem de terra e a ocupação irregular em área do Parque Ecológico da Cachoeirinha, na Região Administrativa do Paranoá. Além de sua importância ambiental, o local abriga um dos mais relevantes sítios arqueológicos já identificados no Distrito Federal. Na invasão, foram contabilizadas cerca de trinta edificações, algumas em lotes com área superior a 3 mil metros quadrados. A ocupação foi iniciada há cerca de quatro anos, mas vem se multiplicando rapidamente. Relatório do DF Legal atesta que o local “está totalmente piqueteado com várias perfurações no solo para receber novas estacas para cerca (em sua maioria de madeira retirada da floresta de pinus ali existentes)”. VISTA ESTUPENDA – Além de trabalhar com documentação fria, a gri-

PEDRO BRAGA NETTO/ACERVO DO INSTITUTO BRASÍLIA AMBIENTAL

Parque Ecológico da Cachoeirinha abriga relevantes sítios arqueológicos identificados no DF

lagem se aproveita da decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF, que considerou, em 2007, inconstitucional a lei n.º 614, de 2002, de autoria do então deputado Chico Floresta (PT), que instituía o Parque.

Ameaça à qualidade da água Desde 2018, a ocupação irregular vem sendo monitorada e, em 2021, a primeira e segunda promotorias do Meio-Ambiente do Ministério Público (Prodema) decidiram ingressar com ação civil pública, pedindo que a Terracap, como gestora das terras públicas do DF, e o próprio GDF assegurem a incolumidade da área. Segundo a ação, o local abriga importante curso d’água, integrante do sistema da Bacia Hidrográfica do São Bartolomeu. Sendo que dali, inclusive, a Caesb retira água para abastecer parte da população circunvizinha e ressalta que a qualidade e a quantidade d’água “já vem sendo ameaçada pela poluição

e assoreamento decorrentes da irresponsável e insensata ocupação que vem sendo empreendida na região”. Embora tenha perdido sua condição de Parque, a importância do local não foi descartada. Pelo contrário, há uma proposta de ali se instalar um Refúgio de Vida Silvestre. Estudo feito pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), em 2019, visando a retomada da condição de unidade de conservação para a área, destaca a riqueza do local, inclusive para fins arqueológicos, já que há indícios da existência de cavernas e da presença de seres humanos há mais de oito mil anos.

O local propicia uma vista estupenda para o cânion do São Bartolomeu, fica no Núcleo Rural Desembargador Colombo Cerqueira, aos fundos da cidade do Paranoá e de frente para o Rio São Bartolomeu, logo após a Barragem.

Oito mil anos O arqueólogo Edilson Teixeira foi um dos primeiros a pesquisar em mais profundidade aquela área. A cerca de 1,5 Km do local que a Justiça determinou agora a desocupação, ele encontrou vestígios da presença, há mais de oito mil anos, de grupos humanos que atuavam como caçadores e coletores, nômades que vagavam pelas terras em busca de alimentos e que ainda desconheciam a agricultura. “Pelo Sítio Cachoeirinha devem ter passados inúmeros grupos em distintos períodos, para extrair a rocha local, que era boa para o lascar”, comentou o arqueólogo a esta coluna, em 2020. Teixeira salienta agora que a área alvo da decisão judicial ainda não foi investigada arqueologicamente, mas que “a região apresenta grande potencial”.

Poços, cachoeiras e ameaça de extinção O córrego Cachoeirinha, que dá nome ao parque, é bem encachoeirado, com pequenas quedas d’água entremeadas de poços e piscinas naturais. A principal cachoeira se lança de uma rampa inclinada de lajeado de rocha, de grande beleza cênica. Não é só a beleza das cachoeiras que encanta os visitantes. O estudo do Ibram aponta uma riqueza da flora, inclusive de espécies em situação sensível de preservação, algumas até sob risco de extinção

no Brasil. Dentre essas espécies em condições de vulnerabilidade está o babaçu, a jussara, catuaba do cerrado, arnica do campo e a sucupira-roxa. Em sua sentença, o juiz Carlos Maroja, da Vara do Meio Ambiente, determina que a Terracap e demais instâncias do GDF façam, em trinta dias, a identificação de todas as edificações existentes no local e da infraestrutura ali implantada. E, findo esse processo, em mais 90 dias concluam a desobstrução total do local.


Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 25 de junho a 1º de julho de 2022 - bsbcapital.com.br

NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro Carbofobia Por que tanto medo dos carboidratos? Certamente, em algum momento, se você pensou em mudar algo na sua alimentação por precisar emagrecer uns quilinhos, você deve ter pensado em tirar o pãozinho ou o arroz da

sua dieta. Acertei? Isto porque, hoje em dia, o senso comum traz a ideia de que os carboidratos são os grandes responsáveis pelo ganho de peso da população. Essa ideia, passada de

forma descontextualizada, está errada. Afinal, os carboidratos são nossa fonte primária de energia, ou seja, as nossas células precisam de glicose que vem do carboidrato presente nos alimentos. As fontes de carboidratos são cereais (arroz, milho, trigo) e seus derivados, como macarrão e pão, raízes e tubérculos, como mandioca e batatas, além das frutas e hortaliças. Esses alimentos, consumidos de forma equilibrada, sem exagero devem fazer parte da nossa alimentação. O problema está sempre no exagero, no desequilíbrio, ou quando optamos pelo consumo de fast foods e alimentos ultraprocessados,

que têm uma quantidade muito elevada de carboidratos, especialmente o açúcar de adição (extra). No contexto da alimentação saudável, todos os alimentos fontes de carboidratos in natura ou minimamente processados devem fazer parte da dieta. E você leitor, tem carbofobia? Você exagera nos carboidratos ou tem um consumo saudável desses alimentos? Se você precisa emagrecer, procure um nutricionista!

filhos por opção dos casais. É o livre arbítrio deles, mas se tiver reencarnação, como ensinam espíritas, budistas e hinduístas, como voltarão? Pela Lei de Retorno, não terão úteros para acolhe-los. “A plantação é livre, mas a colheita é obrigatória”. Além dos casais sem filhos, temos uma nova conduta: a opção de permanecer solteiros e na casa dos pais. Amigas solteiras do Rio Grande do Sul me confessaram que os rapazes de lá não estão aceitando nem namorar, apenas, “ficar”. São os novos tempos. Talvez estejamos caminhando para a era profetizada por Chico Xavier: crianças geradas em úteros artificiais. “Os cientistas demorarão, mas os desenvolverão”, afirmou o Mestre Chico. Estamos no século da transição,

ensinam muitas tradições espiritualistas. E todas as experiências, no fundo, não passam da busca do ser humano pela felicidade, a tão falada nova era. Como será? Uma era de paz, como creem os esoteristas? O apóstolo João no Apocalipse apenas se referiu a um novo Céu e a uma nova Terra. Somente com a compreensão do estado de interdependência em que vivemos e com a necessidade de cooperação isto será possível. Fora da educação não há solução. “Busque o Reino de Deus e sua Justiça e tudo mais será dado de acréscimo”, ensinou Jesus. Ajude o pobre, ensinou Maomé. Medite, seja compassivo e desapegado, ensinou Buda.

(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista

ESPÍRITA

José Matos Família – problemas para o futuro O problema para o futuro, que se verifica hoje, é a recusa em ter filhos por opção dos casais “A plantação é livre, mas a colheita é obrigatória”, ensinam os mestres das mais diversas tradições. Deus criou seus filhos simples e ignorantes e lhes deu o livre arbítrio para que se guiem com base em suas descobertas e no auxílio dos mestres, profetas, educadores etc, em todos os lugares e em todas as épocas. “O mundo nunca teve falta de mestres. O mundo sempre

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

teve falta de discípulos. Existem caminhos suficientes, mas não existem quem os trilhe. Os caminhos são muitos; os viajantes são poucos”. Com o livre arbítrio e a ajuda dos mestres, a humanidade evolui vagarosamente, porque o encantamento com o fácil e o mal, devido ao egoísmo, ainda predomina em todos os meios. O problema para o futuro, que se verifica hoje, é a recusa em ter

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