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Pelaí – Páginas 2 e

Izalci Reguffe

“Quem eu quero não me quer”

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DIVULGAÇÃO

Rafael Parente

Rede-Psol não esquecem o voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que consideram uma traição.

FLERTE – Assim, depois de se eleger pelo PDT, migrar para o Podemos e finalmente desembarcar no UB, Reguffe precisa se ajeitar com a centro-direita e dar graças a Deus. Um flerte com o pré-candidato do PSB, Rafael Parente, que poderia tornar-se o vice na chapa, causou desconforto no Podemos e no Cidadania, que há meses sonham com um casamento com o senador.

PAIXÃO – O PSB de Parente e de Rodrigo Rollemberg é visto com desconfiança pelos apoiadores de Reguffe, por quem nutre declarada paixão. Os socialistas já se atiraram nos braços do presidenciável Lula, mas não aceitam ser vice de Leandro Grass (PV), o candidato da federação petista no DF. Para a união prosperar, exigem a cabeça da chapa.

AMOR A TRÊS – Entre desiludidos e esperançosos, os três partidos federados aguardam uma resposta de Parente. Se não para o apoio ao candidato ao governo, com direito a indicar o vice, pelo menos facilitando a vida da pretendente ao Senado, Rosilene Corrêa (PT), não lançando outro candidato ao mesmo cargo.

SOLTEIRÕES – Enquanto uns sofrem para decidir com quais parceiros seguirão a caminhada, outros se conformam em permanecer solteiros. É o caso dos senadores Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PDT).

SEM ALIANÇAS – O tucano enfrenta um sério embate dentro da federação com o Cidadania. A deputada Paula Belmonte avoca para si o direito de comandar a parceria no DF – ela quer ser a vice de Reguffe. Já Izalci garante que quem manda na casa é ele. E, se vencer a queda-de-braço, será candidato ao GDF, contra tudo e contra todos, mesmo sem alianças.

ANCORA – Solteirice convicta mesmo é a de Leila Barros. Eleita pelo PSB em 2018, passeou pelo PROS e ancorou no PDT, onde fincou a bandeira de montar o palanque de Ciro Gomes no DF. O casamento tem dado tão certo que já está cotada a ser a vice do presidenciável. Resta saber quem a substituirá na corrida ao Buriti...

INFORME

Bancários exigem investigação rigorosa contra Pedro Guimarães

Nada que venha do atual governo surpreende mais a opinião pública. São desmandos que envergonham a Nação, a exemplo dos recentes assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, e os desvios no Ministério da Educação em conluio do ex-titular da Pasta, Milton Ribeiro, com pastores evangélicos.

Desde terça-feira (28), porém, os brasileiros estão estarrecidos com a notícia publicada na imprensa de que o presidente da Caixa Econômica Federal praticou assédio sexual contra, pelo menos, seis funcionárias do banco.

Pedro Guimarães assumiu a presidência da Caixa logo após a posse de Jair Bolsonaro e tornou-se um dos integrantes do governo mais próximos do presidente da República. Agora, as graves denúncias de assédio moral e sexual exigem resposta firme de toda a sociedade, especialmente dos empregados da Caixa.

MOBILIZAÇÃO – Por isto, o Sindicato realizou um ato, na quarta-feira (29), em frente à sede do banco, em Brasília, em defesa e acolhimento às vítimas; do imediato afastamento de Pedro Guimarães da presidência da Caixa; e rigorosa apuração das denúncias nos campos criminal, civil e administrativo.

O Sindicato das Bancárias e dos Bancários de Brasília (DFBancarios) convocou, ainda, entidades representativas das empregadas e empregados da Caixa e parlamentares a se juntarem e posicionarem exigindo um basta na cultura do desrespeito, intolerância, objetificação e violência contra as mulheres. Também foi feito um Twitaço com as Tags #AfastamentoJá, #ApuraçãoAssedioPG #ForaPGdaCaixa.

O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, gravou um vídeo convocando a categoria a se solidarizar e acolher as vítimas da brutalidade e comprometendo a entidade com apuração dos fatos para montagem de um dossiê a ser entregue às autoridades policiais e judiciárias.

Parlamento

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), ex-presidente do Sindicato, também propôs ações contra o assédio sexual do presidente da Caixa. Entre elas: a) Representação ao Ministério Público do Trabalho para abertura de inquérito para investigar eventuais crimes e ilegalidades no âmbito das relações de trabalho; b) Denúncia junto à Comissão de Ética Pública da Presidência da República para análise sobre suposta infração ao Código de Conduta da Alta Administração Federal; c) Representação junto ao Ministério Público Federal pleiteando que o órgão faça pedido de afastamento imediato de Pedro Guimarães da Presidência da Caixa Econômica; d) Requerimento de audiência pública da CTASP sobre assédio sexual no mundo do trabalho. e) Requerimento de convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que explique ações em relação à conduta de Pedro Guimarães; f) Requerimento de informação ao ministro Paulo Guedes sobre quais ações foram adotados no caso; g) ofício à Procuradoria da Mulher da Câmara para que esta acompanhe as investigações.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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