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beiros e nas delegacias, os serviços pioram com a insa- tisfação do pessoal da Segu- rança com o não pagamento do reajuste salarial. Nas es- colas, professores convivem com 7 anos sem melhoria salarial e agora são punidos com o não pagamento do anuênio. Governador alega que eles não trabalharam du- rante a pandemia. Páginas 6 e

Conversa de bêbado pra boi dormir

Gastos do GDF com propaganda ultrapassam R$ 1 bilhão

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Baseado na prestação de contas da Secretaria de Comunicação, técnicos ouvidos pela reportagem afirmam que não é difícil concluir que o governo Ibaneis terá torrado, ao fim dos quatro anos, mais de R$ 1 bilhão com propaganda.

Aos R$ 731 milhões já apurados pelo sistema Siggo, devem ser somadas as despesas de cerca de R$ 35 milhões anuais do BRB e outros R$ 20 milhões da Terracap. Ou seja, mais R$ R$ 165 milhões, aproximando o total do primeiro triênio dos R$ 900 milhões.

Como a Secom gastou R$ 40 milhões no primeiro trimestre deste ano e, provavelmente, mais do que isso nos últimos três meses, acumulando com campanhas feitas pelo BRB, Detran, e Terracap, facilmente a linha do R$ 1 bilhão será ultrapassada.

Verniz eleitoral

A prestação de contas do segundo trimestre ainda não surgiu no Portal da Transparência o que, por lei, deve ser feito até o final de julho, devido ao início do período eleitoral. A preocupação dos adversários é que o GDF continue usando o dinheiro público para passar verniz de clima perfeito numa situação que beira o colapso em várias áreas.

Nas escolas, os professores estão sem reajuste salarial há sete anos e agora o governador decidiu não pagar o anuênio, alegando que a categoria não trabalhou durante a pandemia. Nos hospitais públicos, foram-se filas intermináveis de pacientes nos prontos socorros e nos centros cirúrgicos.

Nos quarteis da PM e dos Bombeiros e nas delegacias de polícia, o não pagamento do reajuste do pessoal da Segurança Pública causa insatisfação e reduz a qualidade do atendimento à população. E nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), pessoas famintas e doentes permanecem dias e noites à espera de se cadastrar para receber algum benefício do governo.

Em todos esses lugares, a dura realidade se sobrepõe ao brilho de uma propaganda oficial que, para quem assiste, parece enganosa.

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