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Ibaneis abre saco de bondades em Taguatinga
Governador anuncia concessão de uso de área da Acit, liberação da primeira etapa do túnel da cidade e entrega as primeiras escrituras do programa Desenvolve-DF
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Orlando Pontes
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Governador diz que investirá em mais obras até o fim de sua gestão
A quatro meses das eleições de 2 de outubro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) continua percorrendo o Distrito Federal para anunciar benfeitorias e angariar a simpatia da população. Na terça-feira (28), ao participar de um jantar de inauguração do novo salão de festas da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), anunciou uma série de bondades para a cidade, entre elas a renovação da concessão de uso do terreno de 32.000m² da entidade pelos próximos 30 anos.
“Virei aqui ainda neste mandato entregar a documentação”, prometeu o chefe do Executivo diante de uma plateia de 200 convidados formada por empresários taguatinguenses, assessores do GDF e alguns pré-candidatos a cargos eletivos no pleito deste ano.
Primeira etapa do túnel
Além da promessa de encaminhar a solução fundiária do terreno da Associação, o governador anunciou a inauguração da primeira etapa do túnel no centro de Taguatinga. “Até o final de julho, o trânsito no sentido Ceilândia-Plano Piloto será liberado”, previu, garantindo que a outra etapa estará pronta em dezembro.
O governador reiterou que, até o final de sua gestão, terá aplicado R$ 600 milhões em obras em Taguatinga. “É mais do que a soma do que foi investido nos últimos 20 anos por meus antecessores”, gabou-se, ao lembrar que a cidade é o centro de uma região que abriga 1,5 milhão de pessoas, incluindo as regiões administrativas de Samambaia, Ceilândia, Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Sol Nascente e Pôr do Sol.
Desenvolve DF
Ainda durante a cerimônia na Acit o GDF entregou as três primeiras três escrituras do programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal (Desenvolve-DF), criado em 2019 e regulamentado em 2020, cujo edital foi lançado em 2021 pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). Outras 97 concessões serão entregues até o final do ano.
“O Desenvolve-DF é um programa de concessão de terrenos públicos, com um preço mensal módico e prazo de carência de implantação de 24 meses, tendo como contrapartida a geração de emprego e renda pelo empreendedor”, explicou o presidente da Terracap, Leonardo Mundim.
Homenagens
Ao fim de seu pronunciamento, o presidente da Acit, Justo Magalhães, entregou placas em homenagem às pessoas e autoridades que contribuíram para a consolidação da nova sede da entidade. Entre elas, o próprio governador; o vice, Paco Britto (Avante); o presidente da Terracap; o ex-administrador regional, Bispo Renato Andrade (PL), pré-candidato a deputado distrital; o secretário de Governo, José Humberto Pires; o ex-vice-governador e fundador da Acit, Benedito Domingos, de 88 anos, que discursou lembrando a história da Acit; e o diretor-financeiro da Acit, José Paulino da Costa, que dá nome ao salão de festas inaugurado naquela noite.
A volta do Trio
Diva Araújo
No mês em que o forró e a cultura nordestina são celebrados e dominam os palcos em grande parte do Brasil, volta aos palcos um dos grupos mais tradicionais do Distrito Federal: o Trio Siridó, que completa 50 anos de muito ritmo e molejo. Da formação original, permanece apenas o vocalista Torres Rojão, de 79 anos.
As comemorações dos 50 anos do Trio Siridó começaram na 5ª edição do São João do Guará. Devido à pandemia de covid-19 nos últimos dois anos, o trio apostou em lives, e retornar aos palcos é uma grande alegria para Torres. “O forró é a vitamina para a minha vida”, resume o músico, que, além de cantar, toca triângulo, “para embalar o meu coração e dos amantes desse ritmo”.
No último fim de semana, além de se apresentar no São João do Guará, o trio tocou no Arraiá da Casa do Ceará, na Asa Norte. A agenda de shows do grupo e possíveis agendamentos está disponível no canal do Instagram @triosirido. “Estamos sempre pontos para levar a alegria aonde formos convidados”, diz Torres com sua inconfundível voz grave e rouca.
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INFORME
A lei é clara ao dizer que funcionários públicos têm direito a anuênio. Este direito foi congelado pelo governo Bolsonaro de 28 de maio de 2020 e 31 de dezembro de 2021, e descongelado para profissionais da saúde e da segurança em 1º de janeiro de 2022 pela Lei Complementar 191/22.
O mesmo direito não foi repassado aos educadores, sob o pretexto, por parte do Governo do Distrito Federal, de que o magistério público não havia trabalhado durante a pandemia. Profissionais da educação continuam com a contagem de anuênio suspensa nesse período.
O Sinpro entrou na Justiça por quebra de isonomia, uma vez que servidores da saúde e da segurança tiveram seus anuênios descongelados. Para o diretor do Sinpro, Dimas Rocha, uma das consequências da LC 191 é reafirmar o discurso – mentiroso – de que a categoria não trabalhou.
“O tratamento não é isonômico. Estamos entrando na Justiça para questionar essa diferenciação de tratamento em relação às categorias. Está sendo judicializado, mas nossa unidade política, enquanto categoria, será fundamental para reverter essa decisão”, explica Dimas, complementando que, durante a discussão do processo, o GDF tentou justificar a suspensão do benefício sob a alega-
A cara nem treme
AGÊNCIA BRASÍLIA
Ibaneis nega direito a anuênio dos professores
ção que os as) professores (as) não trabalharam.
O comportamento do governador Ibaneis Rocha mostra que a educação nunca foi uma prioridade. Não bastasse os professores se endividarem, gastarem com dispositivos eletrônicos e precisarem aprender a lidar com novas mídias para repassar o conteúdo para estudantes, que muitas vezes não tinham sequer energia elétrica, o benefício legal foi retirado sob o manto da calúnia, de uma inverdade.
Só para relembrar o governo do DF, que parece ter se esquecido, ou pior, desconhecer a realidade da educação pública na capital federal, professores e orientadores educacionais tiveram o trabalho triplicado durante a pandemia.
Sem recursos do GDF para a nova realidade, os profissionais muitas vezes tiveram de tirar do próprio bolso para que o conteúdo pudesse ser repassado aos alunos. O resultado foi uma rotina de cansaço, gastos extras, acúmulo de trabalho, estresse, superação diante das barreiras tecnológicas e jornadas de trabalho intermináveis.
É bom lembrar que tudo isto se deve à falta de compromisso do poder público com a educação e a ausência de ações que atendessem as necessidades de profissionais da educação, estudantes e suas famílias.
Ao invés de buscar soluções para equipar a rede pública com estrutura e tecnologia; investir nos profissionais da educação; desenvolver estratégias para recuperar a aprendizagem perdida na pandemia e buscar os alunos que se evadiram, o GDF desvaloriza a categoria e não reconhece o esforço e a dedicação que os docentes tiveram para que a educação não entrasse em colapso.
Com um cenário totalmente dependente do meio tecnológico e virtual, professores e estudantes precisaram se reinventar e colocar a mão no bolso, gastando com dispositivos móveis e a compra de planos de internet para conseguir acompanhar o “novo normal” do ensino remoto.
O Sinpro continuará lutando, na Justiça inclusive, para que esta injustiça seja corrigida e que aqueles que sempre lutaram para que a população tenha acesso à educação, mesmo diante dos mais variados problemas, sejam respeitados, assim como seus direitos.
Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
“Tão Jovens” leva arte e cultura a estudantes do Gama
Letícia Sallorenzo (*)
Estudantes de 11 a 17 anos regularmente matriculados no Centro de Ensino Fundamental 1 do Gama-DF ou da comunidade podem se matricular, gratuitamente, até terça-feira (5) no projeto “Tão Jovens – Arte e Educação”. Serão disponibilizadas 80 vagas e as inscrições (também gratuitas) podem ser feitas na sala de Orientação Educacional do CEF01.
Será um espaço de acolhimento, pertencimento e discussão para os estudantes do Gama. O “Tão Jovens” trabalha as identidades dos jovens, para se conectarem à comunidade e com outros jovens, e desenvolverem novas habilidades. As aulas acontecem de 2 de agosto a 20 de outubro. Ao final do curso haverá uma apresentação de cada turma para a comunidade.
Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), o projeto oferecerá quatro oficinas: dança urbana, teatro, desenho e escrita criativa. “A proposta é de oferecer oficinas, onde jovens possam conviver com outras pessoas, participar de atividade que escolheram de forma protagonista, desenvolver habilidades e se projetarem para o futuro a partir dessa experiência”, explica a idealizadora Sônia Tavares.
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Projeto transforma ambiente escolar de estudantes do Gama
orientadora educacional, Sônia Tavares avalia que “ao se conectar com sua melhor versão, o jovem pode transformar o ambiente escolar e o território num lugar mais democrático e humanizado, onde os saberes sejam valorizados, assim como a identidade e o pertencimento social”. Na comunidade, essa ação reflete em vários comportamentos, gerando impactos positivos como a afirmação da identidade, do pertencimento e da representatividade; a sensibilização para importância do combate a todas as formas de violência; a criação de espaços onde os estudantes possam agir ativamente na escola; o combate a práticas racistas e sexistas no cotidiano escolar, entre outros.
Essa relação da comunidade com a escola fica muito evidente neste projeto, em que a escola reforça sua vocação de ser, também, um espaço de escuta ativa, acolhimento emocional, de discussões e potencialização das identidades.