Jornal Brasília Capital 578b

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Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 30 de julho a 5 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br

DIVULGAÇÃO/CONTRAF/CUT

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Arroubos sem planejamento Arruda também quer retomar a via Interbairros, de Samambaia ao Setor Policial Sul, e criar a Saída Norte 2 – eu chamaria de Nordeste –, com duas bilionárias pontes sobre o Lago Paranoá, e uma linha de metrô para Sobradinho e Planaltina. Esses arroubos de metas demonstram a total falta de planejamento. As duas propostas rodoviaristas são antigas, de tecnologia superada. A realidade ambiental e a redução do uso de combustíveis fósseis exigem novas propostas. Se pretendem uma linha de

metrô rumo a Planaltina, não há motivos para se construir a Saída Norte 2, ainda mais se a Saída Norte 1 ainda não foi concluída. As ampliações da EPIA e da EPIG demonstraram que mais faixas de rolamento não solucionam o trânsito. Em menos de oito anos, a EPIA voltou a engarrafar. A retomada da Interbairros, que Arruda também colocou dentre suas exigências, será apenas mais uma autoestrada a jogar um volume imensurável de carros no Plano Piloto. Em breve, o engarrafamento será nas vias internas das Asas Sul e Norte. AGÊNCIA BRASIL

Trilhos e aeromóvel X panetones Urge em Brasília mais transporte sobre trilhos. Há estudos de uma empresa chinesa sobre o aeromóvel rumo a Sobradinho e Planaltina, tecnologia já em uso na Bahia que vence fácil e mais economicamente os desníveis de relevo. Trilho também deve ser a op-

ção para a Interbairros. Um itinerário bem pensado atenderia aos moradores do Riacho Fundo e do Núcleo Bandeirante sem devastar o Parque do Guará. Mas tudo deve ser feito sem o olho grande do superfaturamento e dos acordos que podem produzir novos panetones.

O Santander divulgou o aumento em duas horas de atendimento gerencial nas agências

Bancários do Santander fecham agências e cobram respeito O escárnio do Santander com os bancários e bancárias foi motivo de manifestação dos trabalhadores na terça-feira (26). Contra o processo de reestruturação, ampliação do horário de atendimento gerencial, sobrecarga e precarização do trabalho, os empregados do Santander promoveram mais um Dia Nacional de Luta, com fechamento de agências. No DF, a atividade se concentrou no Plano Piloto. “O Santander quer impor trabalho aos finais de semana e ampliar o horário de atendimento nas agências, mas continua demitindo bancários e desrespeitando quem fica, além de precarizar o atendimento a clientes e usuários”, aponta o diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) José Avelino. Indignados com a postura do banco, os representantes dos trabalhadores manifestaram preocupação com os impactos dessas mudanças no dia a dia de bancários e bancárias. “O que a gente tem visto são colegas adoecidos, expostos à sobrecarga de trabalho e, ao mesmo tempo, ao medo de perder o emprego. Cobramos a volta do horário de funcionamento anterior, que é seguido por todos os outros bancos”, afirma José Anilton, diretor da Fetec Centro Norte e bancário do Santander. Os dirigentes do Sindicato e da Fetec Centro Norte dialogaram com os trabalhadores sobre os problemas decorrentes da reestruturação que assola o quadro funcional do banco espanhol há anos. Enquanto os lucros seguem na casa dos bilhões, o

Santander segue com uma política de demissões e desrespeito. Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “é inadmissível essa ampliação do horário de atendimento dos gerentes e dos bancários de agências com clientes de alta renda. Esses trabalhadores estão padecendo com a super intensidade de carga de trabalho, a falta de funcionários e o aumento das demandas. Não vão mexer no nosso final de semana, tampouco na nossa jornada de trabalho”. Atendimento gerencial – Há duas semanas, sem negociação prévia com os trabalhadores, o Santander divulgou um comunicado sobre o aumento em duas horas do atendimento gerencial nas agências, que passou a ser das 9h às 17h. Representantes dos bancários do Santander procuraram a direção da empresa para rever a alteração e pautaram o entrave na mesa de negociação específica, dentro da Campanha Nacional dos Bancários de 2022. Depois dos protestos, o banco entrou em contato com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e se comprometeu a conversar presencialmente para tentar chegar a uma solução para o caso.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


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