Tradição da culinária mineira muda para a 312 Norte
Ano X - número 503
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DIVULGAÇÃO
Cozinha de Minas
Brasília, 27 de fevereiro a 5 de março de 2021
ENTREVISTA / RODRIGO DELMASSO
Fila para tomar a cadeira de Paco Britto Evangélicos querem vaga de vice de Ibaneis, também cobiçada pelas deputadas Flávia Arruda e Celina Leão Pelaí – Página 3
Reformulação da cobrança de impostos atrairá investimentos
Vice-presidente da CLDF critica politização da pandemia e aponta caminhos para a retomada da economia no DF Páginas 4 e 5 ANTÔNIO SABINO
VINICIUS DE MELO/AGÊNCIA BRASÍLIA
Dedé Roriz – Página 11
Comercial de Taguatinga terá árvores
Projeto prevê plantio em vários pontos da avenida. Administração acatará sugestões do Comitê Taguatinga Verde Páginas 6 e 7
Ibaneis decreta novo lockdown no DF
Via Satélites - Pág 8, Sindicato dos Bancários - Pág 9 e SindMédico - Pág 10
Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 27 de fevereiro a 5 de março de 2021 - bsbcapital.com.br
Ex pedien te
Ameaças de Daniel Silveira não são ponto fora da curva Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
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A maioria civilizada da sociedade brasileira assistiu, indignada, ao vídeo de Daniel Silveira, ex-PM e deputado federal pelo PSL/RJ, xingando e ameaçando ministros do STF, pregando a volta do AI-5 etc. Arthur Lira, presidente da Câmara e novo líder do Centrão, afirmou que se tratava de um ponto fora da curva. Erro crasso, pois, na verdade, o deputado miliciano representa a ponta de um iceberg. Sim, pois declarações desta natureza, elogiando a ditadura militar, defendendo o AI5, a tortura, aparecem aos milhares nas redes sociais. São proferidas em atos antidemocráticos e estão diariamente na boca de outros parlamentares, empresários, policiais, militares e até de religiosos. São milhares os adeptos das teses fascistas no Brasil de hoje, organizados em grupos espalhados pelo país, muitos deles armados, como os milicianos. São grupos que operam à margem da lei, com ligações com membros das forças regulares, con-
trolam negócios ilegais (gás, transporte pirata, TV a cabo, internet), intimidam lideranças de organizações populares e políticos de esquerda e impõem o controle político nas periferias, cuja população acuada é forçada a eleger seus candidatos (caso de Silveira). A história está recheada de exemplos deste tipo. Os mais notórios foram os Squadristi (Camisas Negras), grupo paramilitar fascista italiano, surgido em 1919, e a Sturm Abteilung (SA), tropa de assalto do Partido Nazista, formada em 1922, ambos em reação à ascensão dos partidos socialistas e comunistas após a 1ª Guerra Mundial. Dispunham-se a fazer o “trabalho sujo” para a burguesia, espancando e assassinando militantes sindicais e lideranças de esquerda, e por isso tinham o apoio e o financiamento das grandes corporações italianas (Fiat, Pirelli, Ansaldo, Benedetti, Alfa Romeo, Techint) e alemães (BMW, Daimler Benz, VW, Porsche, Bayer, Thysen, Krupp, Siemens, Allianz, Deutsch Bank). Aqui na América Latina, a Triple A assassinou 1.500 militantes de esquerda na Argentina entre 1973 e 1983. Na Colômbia, grupos paramilitares assassinavam não somente guerrilheiros das FARC, mas tam-
bém lideranças camponesas e sindicais que lutavam por direitos trabalhistas e sociais. No Brasil, na década de 1930, a Ação Integralista Brasileira (AIB) combatia sindicalistas, sendo os seus membros conhecidos como “Galinhas Verdes”. Nas décadas de 1960 e 70, o Comando de Caça aos Comunistas (CCC) e o Esquadrão da Morte espalhavam o terror. Definitivamente, não se trata de “um ponto fora da curva”, mas de uma ameaça real. Para encerrar, qual foi o episódio mais patético da semana? a) o miliciano derramando “lágrimas de crocodilo” ao pedir desculpas ao povo brasileiro; b) o miliciano xingando a policial do IML e usando o celular dentro da viatura da Polícia Federal sob a omissão (submissão) dos seus agentes; c) o Ministro “Aha, Uhu, o Fachin é nosso”, protestando, três anos depois, contra o tuíte em que o general Villas Bôas coagiu o STF a não conceder o habeas-corpus a Lula; d) o miliciano alegando direito à liberdade de expressão e clamando pela volta do AI-5, o ato da Ditadura que a aboliu. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
Parlamentares podem ser presos antes da condenação definitiva? Henrique Gustavo Ribeiro Jácome (*) Por regra, os membros do Congresso Nacional não podem ser presos antes da condenação definitiva, exceto em casos de flagrante delito de crime inafiançável: E o que reza a Constituição de 1988: Art. 53 (...) § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. O Deputado Estadual, o Deputado Federal e o Senador somente poderão ser presos, antes da condenação definitiva, em uma única hipótese: em caso de flagrante delito de cri-
me inafiançável. Pela literalidade do dispositivo constitucional, tais parlamentares não podem ter contra si uma ordem de prisão preventiva. As imunidades parlamentares são prerrogativas conferidas aos parlamentares para que eles possam exercer seu mandato com liberdade e independência. A imunidade aplica-se não apenas para Deputados Federais e Senadores, mas também para os Deputados Estaduais, na forma do art. 27, § 1º da CF/88. Algumas questões inéditas nesse caso serão objeto de amplo debate no meio acadêmico, jurídico e político, quais sejam: Existem as condições processuais penais para que a prisão do Deputado Daniel pudesse ser efetuada? Em função da suspeição, poderia um ministro que foi alvo direto das críticas expedir um mandado de pri-
são em flagrante”? Existe no ordenamento jurídico brasileiro mandado de prisão em flagrante”? A audiência de custódia poderia ter sido conduzida por um juiz subordinado ao ministro que emanou o mandado de prisão em flagrante? Alexandre de Moraes entendeu que sim. O art. 5º, incisos XLII, XLIII e XLIV e o art. 323 do CPP preveem os crimes inafiançáveis: racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo, crimes hediondos, crimes cometidos por ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 4- Estas e outras questões deverão ser objeto de análise por toda a comunidade jurídica. (*) Especialista na advocacia contenciosa – OAB/DF 17.354 – Instagram - @gustavorjacome
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Estrategista – Quem pensa que Jair Bolsonaro é só o mal educado que maltrata jornalistas e briga contra as evidências da ciência, está enganado. Enquanto fala coisas que agradam seus seguidores mais radicais, principalmente nas redes sociais, ele entrega a articulação da reeleição ao secretário-geral da Presidência Onyx Lorenzoni (RS), que está de saída do DEM para o Republicanos. Ele é o responsável por montar os palanques do presidente nos estados, de preferência com o máximo de atuais ocupantes de Executivos locais. PAULO H. CARVALHO/AGÊNCIA BRASÍLIA
Fila de vices A vaga mais cobiçada nas negociações de bastidores com vistas às eleições de 2022 no DF é a de Paco Britto. No Palácio do Buriti, já existe uma piada recorrente de que “a fila para sentar na cadeira do vice-governador cada dia aumenta mais”.
Paco Britto DIVULGAÇÃO
NUVEM – Paco já deu declarações de que está tranquilo e que se sente confortável como primeiro auxiliar do governador Ibaneis Rocha (MDB). Mas sabe que política é como nuvem: muda com o vento. E já adotou um novo ritmo de trabalho. AGENDA – A presença do vice em eventos externos, com agenda própria, é cada vez mais frequente em cidades-satélites ao lado de secretários e administradores regionais e até na rodoviária do Plano Piloto orientando populares sobre como se comportar diante da pandemia.
Robson Rodovalho GABRIEL JABUR/AGÊNCIA BRASÍLIA
Deputado Júlio César
BARREIRA – Expoente máximo do nanico Avante na cidade, Paco, caso precise ceder a vaga para uma composição mais ampla na coligação de Ibaneis, quer estar preparado para disputar um mandato de deputado federal. De quebra, ajudaria o partido a tentar superar a cláusula de barreira. IGREJAS – Enquanto isso, três grandes igrejas evangélicas se unem para exigir o lugar de Paco em troca do apoio à reeleição do atual governador: a Sara Nossa Terra, a Assembleia de Deus Madureira e a Universal do Reino de Deus.
PAULO H CARVALHO / AGÊNCIA BRASÍLIA
Daniel de Castro LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Flávia Arruda ACACIO PINHEIRO/AGÊNCIA BRASÍLIA.
Celina Leão
TVS – Oferecem como suporte duas redes de TV: Gênesis e Record. As três congregações têm nomes fortes para a chapa: Bispo Robson Rodovalho (Sara), deputado Júlio César (Universal) e pastor Daniel de Castro (Assembleia), administrador de Vicente Pires.
RESERVAS – E os evangélicos ainda disponibilizam “suplentes”. Na Sara Nossa Terra, se o líder Rodovalho preferir não concorrer, a segunda opção seria o distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos). FEDERAIS – Mas os evangélicos não estão sozinhos na raia. A corrida pela vice de Ibaneis tem, ainda, pelo menos duas deputadas federais: Celina Leão (PP) e Flávia Arruda (PL), embora , na estratégia do ex-governador, sua esposa deva concorrer ao Senado. REFUGA – A ideia é de que Flávia esteja pronta para alçar voo rumo ao Buriti em 2026. Arruda observa os movimentos da centro-esquerda. Se o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), pré-candidato a deputado federal, conseguir montar a sua chapa dos sonhos, a ex-primeira-dama refugará. REGUFFE – Arruda não arriscaria colocar a mulher para concorrer com o senador Reguffe (Podemos). Aí, o lugar de Paco se tornará ainda mais visado. E a reeleição para a Câmara Federal passaria a ser a alternativa mais palpável para Flávia. TROCA – Outra alternativa para Ibaneis seria trocar o MDB pelo PP, do seu amigo Artur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Aí, a porca torce o rabo. Para manter o apoio do MDB, ofereceria a vice para o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB).
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Que tipo de socorro os políticos puderam dar à população durante a pandemia, como, por exemplo, aos donos de restaurantes, que não puderam funcionar durante dois meses e muitos acabaram fechando? – Eu acredito que um projeto que todos os empresários estão esperando, inclusive os donos de restaurantes, é uma reforma tributária. Em 2019, antes da pandemia, nós fizemos várias audiências públicas com o setor produtivo e montamos uma proposta para que o Distrito Federal pudesse fazer uma reforma tributária interna. Nós encaminhamos isso para a Secretaria de Economia e estamos aguardando a devolução para a Câmara Legislativa. Mas a decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde já vai completar um ano. E, pelo visto, o projeto não avançou... – Estamos vivendo um momento muito difícil. Entendemos que é importante tratar a pandemia, mas o que dará sustentabilidade, o que vai atrair empresas e gerar empregos e renda é a reformulação da estrutura de cobrança de impostos no DF. Não só a estrutura de cobrança, mas simplificar, equiparar as alíquotas, principalmente com as do estado de Goiás. A economia de Brasília é muito dependente do setor público. O que fazer para sair dessa dependência? Qual a vocação econômica do DF? – Eu acredito que
FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Entrevista / Rodrigo Delmasso
Reformar para atrair investimentos Orlando Pontes e Dedé Roriz
O
vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso (Republicanos), acredita que o Distrito Federal precisa descobrir sua vocação econômica para sair da dependência do serviço público federal e distrital. Nesta entrevista – concedida no restaurante Sauz, no Guará, numa parceria com o Brasília Capital – ele aponta o caminho para o desenvolvimento da economia local: a logística e a ciência e tecnologia. Delmasso também lamenta a politização da pandemia, que atrasa a vacinação da população, mata milhares de brasileiros e prejudica a retomada econômica.
Brasília tem duas vocações: a vocação logística e a voltada para a área de ciência e tecnologia. O que significa esta vocação logística? – Vamos tratar sobre transporte. Nosso aeroporto é o segundo maior para pousos e decolagens do Brasil, mas o sétimo para cargas do país. Isto porque, no
DF, a estrutura de impostos para a área de cargas é muito alta. Brasília chega a perder voos internacionais para Campinas, porque hoje as empresas aéreas estão abolindo os cargueiros e estão viajando com o que a gente chama de “barriga cheia de encomendas”. Com isso, elas estão alinhando as suas malhas aéreas.
Em quê isso atrapalha o DF? – Ocorre que poderíamos ter o maior aeroporto de pousos e decolagens e de voos internacionais do Brasil. E só não temos por causa dessa questão das cargas. Nós temos espaço, temos um aeroporto que é um dos melhor em estrutura, o único da América Latina que tem pouso e decolagem reverso – ou seja,
decolar e pousar ao mesmo tempo –, e o que é mais importante, na minha visão: condições de investimento para fazer essa ampliação. O que nos impede de fazer isso? – Só para citar um exemplo: eu apresentei um projeto, que está em tramitação na Câmara Legislativa, que cria o Complexo Logístico de Importação e Exportação do DF. Envolve o aeroporto internacional, o Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA) e todas as Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADEs). Isso seria uma nova ZPE (Zona de Processamento de Exportação), para que o governo possa aplicar, nesses locais, alíquotas diferenciadas para atrair novas empresas. Esse é um projeto de futuro, mas a realidade que vivemos há um ano é a pandemia. O que a CLDF tem feito para amenizar o sofrimento da população em meio à falta vacinas, à compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e outros insumos, à construção de leitos de UTI e de hospitais de campanha? – Olha, primeiro a gente aprovou, no ano passado, um dos projetos para salvar o setor produtivo, ou para recuperar a capacidade produtiva: o Refis. Num primeiro momento, houve a rejeição da proposta do GDF, mas aprovamos a segunda. E hoje (terça-feira, 23), aprovamos a prorrogação do Refis até o dia 31 de março. Então, eu acredito que essa tenha sido a grande contribuição da Câmara para o setor produtivo.
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E para a população mais carente? – Aprovamos os auxílios emergenciais que o próprio GDF encaminhou à Câmara. Aprovamos, também, uma política diferenciada de combate ao novo coronavírus, que virou lei – outros estados fazem isso por decreto, nós temos aqui uma lei, que é de minha autoria e estabelece quais são as ações, o que precisa ser feito e os investimentos. Qual a sua avaliação do trabalho do governador Ibaneis Rocha durante a pandemia? – O governador tem conduzido de uma forma belíssima essa questão da pandemia. Infelizmente, a lei do SUS não permitia que o GDF comprasse a va-
“É importante tratar a pandemia, mas o que dará sustentabilidade é a reformulação da estrutura de cobrança de impostos”
cina. Ela estabelece que os planos de imunização devem ser coordenados pelo Ministério da Saúde e que a parte logística (compra e distribuição) depende do governo federal. Felizmente, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), devem votar um Projeto de Lei que vai autorizar os estados e municípios a comprarem as vacinas. Então, acredito que o DF vai ter condições de comprar. O senhor concorda que o Brasil perdeu muito tempo com a discussão de comprar ou não a vacina? E que essa discussão está custando muitas vidas? – Perdeu. Na minha visão, houve um erro estratégico do governo federal. E dou como exemplo o Estado de Israel, que garantiu suas vacinas em novembro do ano passado. Hoje, mais da metade da população já foi vacinada e a economia já retornou.
“O governo federal se preocupou muito mais em rebater aquilo que o Dória falava do que na compra das vacinas” Mas aqui o presidente Jair Bolsonaro ainda insiste no negacionismo da gravidade da doença... – Pois é. Eu citei Israel para a gente sair do viés ideológico, porque o governo Bolsonaro se aproxima, do ponto de vista ideológico, de Israel. E Israel foi pragmático. Faltou, na minha visão, pragmatismo, coordenação do governo federal nesse caso. E digo mais: meu partido, o Republicanos, faz parte da base do governo Bolsonaro, mas é importante fazer essa crítica construtiva. Infelizmente, o governo federal se preocupou muito mais em rebater aquilo que o Dória (João Dória, governador de São Paulo) estava falando do que na compra das vacinas.
Ou seja, Bolsonaro politizou a vacina... – Politizou. Na realidade, eu acho que a pandemia foi politizada. Enquanto, por exemplo, governadores faziam ações para ampliar leitos de UTI, o governo federal distribuía um kit que, cientificamente, não tem comprovação. Então assim, há um certo descompasso, na minha visão. A política entrou onde não deve entrar, que é na comprovação científica. A política deve entrar em momentos de decisão.
relação à Luos, nós dependemos da motivação do Poder Executivo. Um deputado não pode apresentar uma proposta. E o Executivo não mandou projeto. Quando mandar, a gente saberá mais. Na parte de ordenamento territorial, a nossa Lei Orgânica é clara: o Executivo precisa fazer várias audiências públicas, estudos técnicos etc. Pelo cronograma, salvo engano, a gente deve votar essa alteração da Luos até o final de abril, início de maio.
Voltando à CLDF: tem dois temas pendentes para esta legislatura: a alteração da LUOS, que deve ser apreciada no primeiro semestre .... .... para dizer o que pode ou não pode. Uma alteração importante que precisa ser atualizada agora, inclusive aqui no Guará, em Vicente Pires, Arniqueiras, Sol Nascente.
Sem polêmicas? – Ela parece uma coisa simples, mas não é. Tem alterações muitos sensíveis que foram propostas pelo governo que precisam ser bem orientadas, bem estudadas. Mas o nosso presidente da Comissão de Assuntos Fundiários, Cláudio Abrantes (PDT), está bem alinhado com isso. Nós estamos aguardando mesmo o governo encaminhar para que possamos fazer o cronograma de aprovações.
O senhor acredita que haverá avanços? – Em
O deputado Rodrigo Delmasso concedeu esta entrevista no restaurante Sauz, na QE 15 do Guará II, comandado pelo empresário Maurício Valim (à direita na foto). Para assistir a íntegra da conversa do parlamentar com o editor Orlando Pontes e o colunista de Gastronomia, Dedé Roriz, acesse o QR Code. Mais informações sobre o Sauz, no instagram @ sauzdf. Reservas pelos telefones 3877-4997 e 3036-1359.
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Companheiras da mu FOTOS: DIVULGAÇÃO
Administração acatará sugestões do Comitê Taguatinga Verde para plantio de árvores na Avenida
Munguba, em frente à agência do Banco do Brasil, vai deixar de ser a única árvore da Avenida Comercial Norte.
Orlando Pontes O administrador de Taguatinga, Bispo Renato Andrade, disse ao Brasília Capital que fará “o que o Comitê Taguatinga Verde decidir em relação ao plantio de árvores na Avenida Comercial”. No início da semana, o coordenador de Licenciamento e Obras da Regional, André de Araújo, detalhou croquis do projeto de revitalização da via elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) que preveem que serão plantadas um jucá, um jasmim manga e um ipê mirim. As espécies, de portes médio e grande, estão previstas para serem plantadas nas quadras C-7 (ao lado da Administração Regional), na QNA 1 (esquina da Avenida das Palmeiras) e na QNA 42 (próximo ao Sesc). As três árvores farão companhia à munguba que há anos sobrevive solitária na QNE 17, em frente à agência do Banco do Brasil, como única árvore ao longo dos quatro quilômetros da Comercial Norte da cidade. Bispo Renato Andrade ainda marcará a data para o plantio das três árvores, em consonância com a agenda do Comitê Taguatinga Verde, do qual fazem parte várias entidades, sob a mediação do presidente da Associação Comercial (Acit), Justo Magalhães. A definição dos primeiros três pontos de plantio e o tipo de árvore baseou-se na análise de locais
O Jucá ou Pau-ferro ocorre naturalmente em várzeas úmidas com boa drenagem e textura. Árvore de grande porte, pode atingir entre 10 e 20 m de altura
Com origem no Sul dos Estados Unidos, México, América Central e América do Sul, o Ipê mirim pode atingir altura média de 4-6m
Pontos e tipos de árvores já previstos no projeto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)
que não serão afetados por obras de infraestrutura, como a substituição da rede de águas pluviais, e da altura que cada planta pode
atingir, de modo a não comprometer a fiação da rede elétrica pública da Companhia Energética de Brasília (CEB).
Jasmim manga de origem do Equador, Guianas, México e Antilhas, essa maravilhosa espécie pode atingir de 4 a 6 metros de altura
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unguba da Comercial Escolha das espécies gera polêmica No entanto, tão logo o site bsbcapital.com.br publicou a matéria sobre a decisão da Seduh e da administração, na terça-feira (23), ambientalistas entraram em contato com a redação para contestar a escolha das espécies. Eles defendem que sejam plantadas árvores nativas do Cerrado. Embora elogie a iniciativa dos dois órgãos do GDF, João Bruno Vidal, coordenador do Projeto Re-
florir, observa: “O ipê-mirim (tecoma stans) está relacionado como uma espécie exótica invasora – Instrução Normativa nº 409/2018 – Ibram/Presi. O plantio dessa espécie não é recomendado”. “O ipê mirim, de origem nas Américas do Norte e Central, é proibido em alguns países e mesmo em alguns estados brasileiros. Ele abafa a vegetação natural, diminui a biodiversidade, não atraí insetos e aves. A dispersão das sementes ocorre o ano todo, de forma descontrolada”, emenda Edmi Moreira, do Movimento Ecos do Cerrado. Segundo o gestor ambiental e idealizador do Ecos do Cerra-
do, o jasmim manga, originário do México, é uma planta leitosa, que pode ter graves consequências, caso inalado por crianças ou animais. “A própria munguba da QNE 17, também conhecida por castanheira do Maranhão, não é do Cerrado, e sim da América Central e de alguns países da América do Sul”. VIVEIROS – Edmi Moreira garante ter mais de 700 mudas de espécies do Cerrado em seus viveiros para doações. “Somos responsáveis por plantios em cerca de 10 parques, inclusive o Taguaparque, e estamos à disposição para colaborar em projetos que
Comitê Taguatinga Verde Comercial é a principal avenida de Taguatinga. Mas, ao longo da via, existe apenas uma árvore. A constatação foi feita pelo sindicalista Jacy Afonso em artigo publicado na edição 493 (5 a 11 de dezembro) do Brasília Capital. Surgiu, então, o movimento suprapartidário Comitê Taguatinga Verde para o plantio de árvores na cidade. Com mediação do presidente da Acit, Justo Magalhães, o grupo fez a última reunião no dia 16 de dezembro para definir estratégias. Na próxima semana, será marcado um novo encontro para definir as sugestões do grupo em relação às espécies a serem plantadas e as datas possíveis, conciliando com a agenda do administrador Bispo Renato Andrade.
tenham a responsabilidade de proteger nossos biomas”, completa ele, lembrando que o atual período de chuvas é o ideal para o plantio de árvores. O representante do Coletivo Manifesta Taguá, Sebastião Lima Rodrigues, o Maninho, comemora a disponibilidade da Administração Regional de apoiar a demanda da comunidade pelo plantio de árvores na Comercial. “O mais importante é que estamos alcançando resultados fundamentais para Taguatinga. Resultados estes que podem e vão reflorestar nossa mais importante avenida, torná-la mais humana, mais respirável, mais romântica”.
FOTOS: ANTONIO SABINO
Comitê suprapartidário vai acompanhar projeto de arborização da cidade
O administrador regional, Bispo Renato Andrade
O presidente regional do PT, Jacy Afonso
PROJETO DRENAR – Taguatinga também será uma das cidades beneficiada pelo projeto Drenar, da Secretaria de Obras do GDF, que substituirá antigas galerias de águas pluviais. As tubulações devem ser instaladas nas avenidas Hélio Prates e Comercial Norte, com previsão de uma grande intervenção urbana,
Presidente da Acit, Justo Magalhães
possivelmente após a conclusão do túnel que está sendo construido no centro da cidade. Confira a lista dos participantes do Comitê Taguatinga Verde, que organiza as ações para plantio de mudas em toda a Região Administrativa, além do paisagismo da Comercial, da área central e da parte Sul da via.
– ACIT – Justo Magalhães Moraes – Administração Regional de Taguatinga – Bispo Renato Andrade – ACIVIP – Reynaldo Taveira – Contrac’s/CUT – Julimar Roberto – Diretório Zonal do PT – Pedro Lacerda / Adriana da Luz – Sindicato dos Bancários – Wadson Francisco Boaventura – Coordenação Regional de Ensino – Juscelino Carvalho / Cristina Cruz – PT-DF – Jacy Afonso – PT-DF – Ana Araújo – Academia Taguatinguense de Letras (ATL) – Admilson Queiroz de Souza (representando o presidente Gustavo Dourado) – CUT Brasília – Rodrigo Rodrigues / Washington Domingues Neris – MR Soluções Sustentáveis – Marcelo Melo – Lions Clube – Edvaldo Brito – Sittrater-DF – José Wilson Cabral Filho / Wanderson Moreira Corrêa / Aldemir F. da Silva – CMP-DF – Brida Luiza / Nina Amorin – Jornal Brasília Capital – Orlando Pontes / Antônio Sabino
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VIA
Satélites Por Lorrane Oliveira
RENATO ALVES/AGÊNCIA BRASÍLIA
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Wi-Fi Social – Na quinta-feira (25), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) inaugurou o projeto Wi-Fi Social na Estação Furnas do Metrô, em Samambaia. Segundo o secretário Gilvan Máximo, em 2021 serão, pelo menos, 100 novos pontos entregues. Ele afirmou que a rede é de alta qualidade e segurança. A meta do GDF é ter 200 pontos fixos com internet gratuita até o fim da atual gestão. Outros 50 pontos já foram entregues e mais de 45 milhões de acessos contabilizados.
DISTRITO FEDERAL
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NÚCLEO BANDEIRANTE
Doações para Ampliado o prazo da para adesão ao Refis moradores Vila Cauhy
A Câmara Legislativa aprovou, terça-feira (23), o projeto de lei complementar do Executivo que amplia a adesão ao Programa de Incentivo à Regularização Fiscal (Refis 2020) até o próximo dia 31 de março. Pessoas físicas e jurídicas em dívidas com o GDF poderão {
DISTRITO FEDERAL
Ibaneis decreta lockdown Na sexta-feira (26), a ocupação de UTIs na rede pública de saúde do DF chegou a 98,22%. O governador, Ibaneis Rocha, que havia anunciado lockdown parcial a partir de segunda-feira (1º), para estabelecimentos não essenciais fecharem das 20h às 5h, afirmou mais tarde que “é preciso ter responsabilidade e que só os serviços fundamentais vão poder funcionar’’ dando a entender um lockdown total a partir do sábado (27), à 00h. Até o fechamento desta edição, o decreto não havia sido publicado no Diário Oficial.
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realizar de forma 100% digital o processo de inclusão, simulação de valores e condições, negociações e pagamentos, tudo pelo portal de serviços www. receita.fazenda.df.gov.br. O Refis 2020 aplica-se aos débitos relativos ao IPTU, IPVA, ICMS, Simples Candango e ISS.
Escorregão no Sarah Kubitschek DIVULGAÇÃO
Paciente do hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul, Marta Lima sofreu um acidente na segunda-feira (22) durante a sessão de hidroterapia. Ela faz fisioterapia para o joelho e teve os ligamentos do pé rompidos (foto) ao escorregar na borda da piscina. Mesmo prontamente atendida pela professora de Educação Física e hidroginástica, a paciente alerta que a cerâmica é lisa e se torna escorregadia quando está molhada. Marta Lima sugere que o Sarah instale uma cobertura emborrachada sobre a cerâmica para evitar novos acidentes.
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BRT na Avenida Hélio Prates são, entre as vias N3 e M1 de Ceilândia. A segunda, vai passar desde a quadra CNG 1 até a QND 59, de Taguatinga. A licitação da primeira etapa do empreendimento foi realizada no ano passado e está na fase de análise da documenta-
OCTOGONAL
Novo parque urbano
TAGUATINGA/CEILÂNDIA
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) aprovou, terça-feira (23), a segunda fase do projeto do corredor exclusivo para o BRT na Avenida Hélio Prates. Na primeira etapa, o projeto abrange 1,7 Km de exten-
Carine Cauhy, filha do ex-deputado distrital Jorge Cauhy, lidera uma campanha para arrecadar alimentos, eletrodomésticos, roupas, produtos de limpeza, colchões e moveis para os moradores da Vila Cauhy. Várias casas foram inundadas pelo transbordamento do córrego Riacho Fundo durante as fortes chuvas do fim de semana. Na segunda-feira (22), os moradores contabilizavam os prejuízos e tentavam limpar as residências invadidas pela lama. Para ajudar, basta entrar em contato pelo celular (61) 98539-2550.
ção das empresas. Os serviços serão executados em três fases. Começa pela reforma das calçadas, em seguida, dos estacionamentos e, por útimo, na faixa de tráfego dos ônibus. O investimento para a primeira fase é de R$ 15 milhões.
A região administrativa da Octogonal vai receber um novo parque urbano. A medida foi aprovada na terça-feira (24) pelo plenário da Câmara Legislativa e segue para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB). De acordo com o texto, o espaço será construído no lote 4 da Entrequadra 3/8. Outras áreas verdes vizinhas devem ser incorporadas no futuro. A proposta atende a uma demanda da população do Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal, que organizou um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas pela instalação do parque.
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Bancários cobram fortalecimento dos protocolos de segurança DIVULGAÇÃO
Sindicato e CUT reivindicam ao GDF implementação do Comitê Setorial do Sistema Financeiro de Enfrentamento à covid-19 O Sindicato dos Bancários de Brasília e a Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF) se reuniram, quinta-feira (25), com o secretário-executivo de Relações Institucionais, Social e do Trabalho do DF, Valteni de Souza. Durante o encontro, Souza ligou para o secretário da Saúde, Osnei Okumoto, e o grupo apresentou suas reivindicações. A entidade dos bancários propôs discutir o fortalecimento dos protocolos de segurança e enfrentamento à covid-19 nas agências e demais instituições do sistema financeiro durante a pandemia. À tarde, o grupo fez uma mobilização em frente ao Palácio do Buriti solicitando uma audiência com o governador Ibaneis Rocha para debater a compra de vacinas contra a covid-19 e protocolou um ofício reivindicando a “Vacina-Já”. O ato recebeu apoio
Liberação do Parque Burle Marx
Ato em frente ao Palácio do Buriti ganhou adesão da população exigindo “Vacina-Já”
da população, que atendia ao apelo da faixa: “Você quer a vacina? Buzine”. No encontro com o representante do GDF, foi entregue o documento cobrando a implementação do Comitê Setorial do Sistema Financeiro de Enfrentamento à covid-19 e exigindo das direções dos bancos públicos e privados a “urgentíssima” revisão e adoção de novas e eficientes medidas a serem praticadas no funcionamento dos bancos. “É necessário assegurar a prestação dos serviços considerados essenciais, mas a partir da implementação de novas medidas para o enfrentamento do novo quadro da pandemia, protegendo os trabalhadores e a população usuária dos serviços”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários, Kleytton Morais. Em junho de 2020, após
audiência e entendimento com o governador Ibaneis Rocha (MDB), o sindicato encaminhou ofício requerendo a implementação do Comitê Setorial do Sistema Financeiro como forma de refletir, ajustar e praticar novas e adequadas rotinas, revisando os protocolos de segurança à luz das realidades observadas. Para os sindicalistas, a adoção e ajuste de novos e rigorosos protocolos é urgente. “Destacamos que é fundamental o governo considerar a interveniência dos trabalhadores, representados a partir das entidades sindicais. Ao longo dos últimos 12 meses, os sindicatos foram imprescindíveis na equação de processos que resultaram um abrandamento da tragédia de sequelados e óbitos no DF e em todo país”.
Grupo apoia lockdown Ainda na noite de quinta-feira (25), o GDF, diante do agravamento e quase colapso do quadro da pandemia da covid-19, decretou lockdown, com o fechamento de atividades não essenciais, das 20h às 5h, a partir de segunda-feira (1º). A decisão recebeu o apoio do Sindicato dos Bancários e da CUT-DF. O lockdown foi adotado como forma de enfrentamento à alta dos casos de covid-19 e da crescente ocupação de leitos para combater a doença. O DF adota a medida de
maneira a conter a circulação de pessoas e evitar o aprofundamento da tragédia. “A decisão ocorre após o percentual de lotação das UTIs passar dos 90%. A tendência de colapso da rede médica é dramática e, caso não seja contornada, segundo especialistas, situações com filas de espera por vagas de UTI e equipes correndo para antecipar altas e abrir espaço para doentes gravíssimos poderão ser recorrentes”, alertou Kleytton Morais. Participaram do encontro o
presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues; o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço, Julimar Nonato; a diretora do Sinpro-DF, Vilmara Pereira; e o diretor do SAE-DF, Denivaldo Alves.
Ao assumirmos a direção do Detran, em março do ano passado, tomamos conhecimento de um problema que colocamos em nossa agenda de prioridades: a necessidade de desocupação de uma área de 20 mil m² no Park Burle Marx, situado entre a Asa Norte e o Setor Noroeste. E na terça-feira (23) iniciamos uma megaoperação de desocupação de transferência 1.602 veículos para o pátio cedido pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), às margens da BR-020. Já no primeiro dia da operação, foram removidos 66 veículos, superando a estimativa da chefe do depósito de veículos do Detran, Fernanda Wahrendorff. A estimativa do grupo de trabalho é de que a mudança seja concluída em cerca de 30 dias, dependendo da frequência de chuvas no período. A operação conta com o apoio de vários órgãos do Governo do Distrito Federal. Além do Detran, também integram a força-tarefa o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Secretaria de Governo, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a Polícia Civil e a Polícia Militar. Para nós, esta operação é um marco para a população no DF, pois representa a devolução, para a comunidade, de uma área de grande valor ambiental. Assim, faço minhas as palavras do presidente do Ibram, Cláudio Trinchão: “Depois de décadas, estamos vivenciando um fato histórico que é a desocupação da poligonal do Parque Burle Marx. A transferência dos veículos para um local apropriado, além de representar um importante avanço ambiental, é também uma grande conquista para a população do DF”.
Diretor-geral do Detran-DF, Zélio Maia da Rocha
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Adiado o retorno das aulas: prevaleceu o bom senso Ainda sem vacinas contra a covid-19 suficientes para toda a população e com 91% dos leitos de UTI ocupados, o Distrito Federal voltou atrás da decisão de retomar as aulas presenciais na rede pública no dia 8 de março. Agora sem previsão para o retorno dos alunos às escolas, uma nova data deve ser avaliada nas próximas duas semanas. Decisão correta, levando-se em conta o cenário de infecções e mortes pela doença tanto no DF quanto no restante do Brasil. Nas escolas particulares, o retorno presencial já ocorreu e são recorrentes as denúncias de negligência quanto aos protocolos de segurança para conter a doença. Lembrando que o número de mortes por covid-19 se aproxima de 5 mil, e apenas na quinta-feira (25) foram registrados 14 óbitos. Os infectados somam 293.782, segundo dados da Secretaria de Saúde (SES-DF). E é exatamente esse um dos pontos mais preocupantes com o retorno dos alunos às salas de aula dos colégios públicos: uma nova explosão de casos, piorando ainda mais a situação. O Distrito Federal tem aproximadamente 700 escolas públicas. Ao
todo, são quase meio milhão de alunos e mais de 70 mil professores. Alunos e professores com famílias, vale lembrar. Filhos, irmãos, pais e avós. E como o ciclo de disseminação da covid-19 é amplamente conhecido, o que mais preocupa é o cumprimento, controle e fiscalização das medidas sanitárias. Segundo o observatório da Fiocruz, este é o pior momento da pandemia no Brasil, com média móvel de mais de mil mortes por dia. É claro que a retomada das aulas presenciais na rede pública, mais cedo ou mais tarde, não ocorrerá só pela necessidade de que os alunos - boa parte deles sem acesso sequer à internet – saiam, ainda que minimamente, do limbo da desigualdade educacional, se comparados aos da rede privada. Há, por trás da decisão, um apelo dos próprios pais e/ou responsáveis. Eles precisam trabalhar e, em muitos casos, não têm com quem deixar as crianças. É um fato que a “retomada econômica” ignora, por exemplo, as mais de 11 milhões de mães brasileiras chefes de família que precisam trabalhar fora de casa. A solução mais viável para o pro-
ESPÍRITA
José Matos Acredite: ninguém morre A pessoa, a alma eterna, continua viva no Plano Astral, com o corpo astral, ou corpo incorruptível Enquanto você pensar que é corpo, sofrerá! Você é um ser indestrutível, eterno, que passa por uma experiência na matéria. Quem morre é o corpo físico. A pessoa, a alma eterna, continua viva no Plano Astral, com o corpo astral, ou corpo incorruptível, de que falou o Apóstolo Paulo.
Certa vez, em Pedro Leopoldo (Minas Gerais), Chico Xavier recebeu a visita de uma pessoa que lhe disse: “Chico, eu vou frequentar seu Centro Espírita porque quero que seus espíritos me ajudem a ganhar na Loteria Federal; se eu ganhar, vou dar uma boa ajuda para o Centro”.
blema, e é compreensível, é que os alunos voltem às salas de aula. No entanto, como disse lá atrás, o DF errou no planejamento do combate à covid-19: fizemos isolamento social quando não era necessário e reabrimos o comércio antes do tempo. Agora, anunciamos um lockdown das 20h às 5h: medida paliativa. Não resolve o problema. Em muitas escolas da capital do País, em especial as da área rural, o saneamento básico (água potável, coleta e tratamento de esgoto) ainda é artigo de luxo. Para que essa retomada das aulas presenciais seja feita em segurança, de maneira correta, a experiência internacional nos mostra que existem caminhos. Contudo, devem ser levados ao pé da letra, sem meias ações. O modelo híbrido (aulas remotas e presenciais), com protocolos sanitários de amplo conhecimento da comunidade, é um deles. O ensino remoto é cheio de desafios. E o presencial traz consigo o medo de uma nova explosão de casos de covid-19 no DF. Para os pais, é uma escolha de Sofia. E para o Estado, é o caso de focar na saúde dos
Depois de alguns meses, ganhou, desapareceu e pouco tempo depois, desencanou. Durante dois anos, como acontece com 70% dos mortos, segundo o próprio Chico Xavier, ignorou seu estado de espírito, até que um dia, sem saber como, se viu dentro do Centro Espírita e diante de Chico. Tentou se esconder, mas não foi possível. Então, afirmou: “Chico, eu sei que estou em falta com você, mas aquela ajuda que prometi, vou dar”. Chico olhou para a cara de pau dele, e afirmou “O dinheiro que você ganhou você não pode mais tocar nele”. A alma entendeu e caiu num choro demorado. O Além, ensina a literatura Espírita, é como um outro país. Se você tiver dinheiro, que é o bem feito aqui, será atraído para lindos lugares que as religiões chamam de céus. Se viveu só para si
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
cidadãos. Sim. Os alunos precisam de suas escolas, com segurança sanitária, seguindo as recomendações de saúde. E, sim. A população precisa urgente de vacinação em massa. Como médico, minha recomendação é pela segurança e a preservação da vida. Sempre! Os desdobramentos para lidar com a crise da saúde não são piores do que a morte de milhares de pessoas. As escolas públicas não podem ser quartos de despejo. É preciso planejamento e estratégia para a retomada das aulas presenciais.
e prejudicou, sofrerá, porque o magnetismo que você gerou com suas palavras, ações e atitudes, te levarão para um lugar semelhante ao que você é intimamente, como bem explicou Cássia Eller em sua mensagem recebida no Lar de Frei Luís, no Rio de Janeiro. O que atrai as pessoas para lugares bons ou ruins no Além? O magnetismo. As pessoas ficam dormindo após a morte? Não. Somente ateus e evangélicos acreditam nisto, temporariamente. Nos últimos anos de sua vida, Chico Xavier, dedicou parte do seu tempo a receber mensagens dos chamados mortos. E duas delas foram aceitas por juízes de tribunais terrestres para inocentar réus. José Matos
Professor e palestrante
Brasília Capital n Gastronomia n 11 n Brasília, 27 de fevereiro a 5 de março de 2021 - bsbcapital.com.br
Gastronomia
Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília
Dedé Roriz
DIVULGAÇÃO
COZINHA DAS MINAS
Tradição e sabor em novo endereço Eduardo Monteiro Há 28 anos funcionando na 715 Norte, o tradicional restaurante Cozinha das Minas abriu as portas, na quarta-feira (24,) em novo endereço, na 312 Norte. A nova casa fica ao lado do Açougue T-Bone, famoso por seus produtos e memoráveis eventos nos 20 anos. A 312 Norte é uma das quadras mais antigas de Brasília e um dos ícones culturais da cidade desde as décadas de 1970/1980. O Cozinha das Minas tornou-se referência por oferecer um cardápio variado e bem elaborado da culinária mineira a preços acessí-
veis. O restaurante serve pratos que vão das imprescindíveis carnes de porco à eclética picanha, passando pela costumeira feijoada aos sábados. As guarnições são generosas e a cerveja sempre gelada. Agora também terá a opção do inconfundível chope Brahma. O ambiente acolhedor e muito bem cuidado da nova casa é a garantia de que será mantida a qualidade que fidelizou milhares de clientes nas últimas três décadas. Com a ampliação de seus serviços, o Cozinha das Minas abrirá para happy hour e jantar de terça a sábado. Os proprietários Graça e Wagner comandam uma equipe que já os acompanha há
tempos. Assim, o entrosamento e a confiança da equipe estão entre os principais fatores responsáveis pelo otimismo do casal. “Nosso segredo? Simples, não há segredo: qualidade, bom atendimento e preço justo”, comenta Graça.
SERVIÇO Restaurante Cozinha das Minas Novo endereço: SCLN 312 Bloco B loja 25 Telefones: 61-99170-4290 / 3349-0001 Funcionamento: Segunda e domingo, das 11h às 16h; terça a sábado, das 11h às 24h
COVID-19
QUEM TOMOU A PRIMEIRA DOSE JÁ PODE AGENDAR A SEGUNDA.
Lave as mãos com frequência.
Use álcool gel.
Use máscara, é obrigatório.
Evite aglomerações.
Começou o agendamento para a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 aqui, no DF. Ela vai acontecer exclusivamente pelo sistema drive-thru, de segunda a sexta, das 9h às 17h, entre os dias 22 e 26 de fevereiro. Todas as pessoas que já receberam a primeira dose da Coronavac devem acessar o site da Secretaria de Saúde e agendar o atendimento. Mesmo imunizado, você deve se conscientizar de que o uso da máscara, do álcool gel e o distanciamento social continuam evitando que outras pessoas se contaminem.
Saiba mais em: www.saude.df.gov.br