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Geração de energia elétrica a partir da biomassa da cana aumenta 365% em MS
No Estado existem 17 unidades sucroenergéticas em operação que fazem a cogeração de bioeletricidade
A bioeletricidade, energia elétrica gerada a partir da biomassa de cana− de−açúcar aumentou 365% nos últimos sete anos em Mato Grosso do Sul. Na avaliação da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) o resultado contribui para o MS Renovável (Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica),uma das ações decor− rentes do Plano Estadual MS Carbono Neutro – PROCLIMA, que tem por objetivo tornar Mato Grosso do Sul,até o ano de 2030,um território que neu− traliza suas emissões de carbono.
Segundo a Secretária,o MS Reno− vável tem por objetivo estimular a im− plantação ou ampliação de sistemas ge− radores de energia em Mato Grosso do Sul, a partir de fontes renováveis, como eólica,termossolar,fotovoltaica,peque− nas centrais hidrelétricas,biomassa,bio− gás, hidrogênio, entre outras fontes al− ternativas. Os beneficiados com o pro− grama terão isenção tributária.
“O Governo do Estado reconhece o papel estratégico do setor sucroener− gético para atingirmos a meta de nos tornarmos Estado Carbono Neutro até 2030” , comentou o secretário Jaime Verruck,da Semagro.Ele anunciou que até o final o 1º semestre de 2022,a Se− magro deve criar a Câmara Setorial de Energia Renovável para elaborar e pu− blicar o plano de ações adicionais,ten− do como foco o estímulo ao uso de fontes renováveis de energia.
De acordo com os dados da Câ− mara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em Mato Grosso do Sul existem 17 unidades sucroenergé− ticas em operação que fazem a coge− ração de bioeletricidade para o seu consumo próprio. Dessas, 11 unidades (64%) exportam o excedente para o Sistema Interligado Nacional (SIN), que é responsável pela rede de distri− buição de energia em todo o país. O bagaço e a palha da cana−de−açúcar são dois subprodutos reutilizados para essa finalidade nas indústrias sucroe− nergéticas.
A entrega de bioeletricidade ao SIN pelas unidades sucroenergéticas teve início em 2009 no Estado, que se des− taca em termos de eficiência devido ao perfil do parque industrial com plantas mais novas e modernas.Nos últimos se− te anos, por exemplo, a entrega de bio− eletricidade a partir da cana por Mato Grosso do Sul saltou 631 mil MWh (Megawatt−hora) para 2,3 milhões MWh (Megawatt−hora), um cresci− mento expressivo de 365% no período.
De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo da Biosul, Amaury Pekelman, a cogeração de bioeletricidade tem se destacado cada vez mais pela sua potencialidade em termos de sustentabilidade. “A bioele− tricidade gerada a partir da biomassa da cana traz ganhos ambientais e eco− nômicos. Se trata de uma fonte de energia limpa e renovável que pro− porciona segurança energética e con− tribui para a redução das emissões de gases que causam o efeito estufa, re− forçando a participação das usinas que operam no Estado em programas co− mo o RenovaBio ” , ressalta.
Estímulo à geração de emprego e novos investimentos na indústria tam− bém são algumas das vantagens dessa fonte de energia. Sua importância na matriz energética do país se dá prin− cipalmente pela complementariedade à energia hidrelétrica, como alterna− tiva no período de pouca chuva.Além disso, pode se destacar a economia com estrutura de transmissão uma vez que as usinas se localizam próximas aos centros consumidores.