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Biogás é nosso pré-sal caipira”, diz ministro de Minas e Energia

“O BIOGÁS É NOSSO PRÉ-SAL CAIPIRA”, DIZ MINISTRO DE MINAS E ENERGIA

Potencial de produção do produto até 2030, é de até 45 milhões de m3/dia

ANDRÉIA VITAL

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou as vantagens e os impactos positivos do biogás e do biometano sobre o meio ambiente, especialmente para a qualidade do ar e para a saúde pública ao participar da inauguração da planta de biogás da Raízen, no dia 16 de outubro. “Houve a redução, em 96%, das emissões de gás carbônico com o uso do biometano a partir do biogás”, afirmou.

Albuquerque ressaltou o potencial de produção de biogás no Brasil, somente a partir da vinhaça e da torta de filtro, que pode atingir, em 2030, até 45 milhões de m3/dia, o que corresponde a mais de duas vezes o volume médio de gás natural importado da Bolívia em 2019, que chegou no patamar de 19 milhões m3/dia. “Assim, não há exagero em afirmar que o biogás será uma revolução comparável ao advento, no início dos anos 2000, da produção simultânea de calor e eletricidade a partir do bagaço da cana. O biogás é o nosso pré-sal caipira”, anunciou.

Segundo ele, avançar na descarbonização da matriz energética mundial é um dos principais desafios do nosso tempo. Citando a Conferência Rio92, ressaltou que, apesar da maior conscientização sobre as questões ambientais, “desde então, não houve redução significativa da participação dos combustíveis fósseis no fornecimento global de energia, atualmente, em cerca de 80%”.

O ministro lembrou ainda que o Brasil é reconhecido por possuir uma das mais limpas matrizes energética e elétrica do mundo. “Nosso potencial hídrico, eólico, solar e de bioenergia tem assegurado, historicamente, uma participação relevante e diversificada das fontes renováveis na oferta interna de energia do país”, acrescentou o ministro, lembrando que os derivados da cana-de-açúcar respondem, atualmente, por mais de 17% da matriz energética brasileira, podendo atingir 19%, em 2030. “Isso se traduz em segurança energética e, ao mesmo tempo, mitigação das mudanças climáticas”, destacou.

Ao falar das externalidades do setor sucroenergético, Bento Albuquerque fez uma retrospectiva do segmento, voltando à década de 70 com o Próalcool, passando pela inovação da utilização do bagaço para produção de energia elétrica, até chegar ao biogás nos dias atuais.

“Presidente Bolsonaro, o Brasil, o seu governo, dá sucessivos exemplos de como é possível integrar nossas plantas industriais e gerar energia limpa, a baixo custo e com oferta segura durante todo o ano. Tenho a felicidade de testemunhar, o início dessa nova etapa para o setor, que contribui com o país há décadas, na construção de uma matriz energética exemplar e na geração de milhares de empregos para os brasileiros”, disse.

O comandante da pasta de Minas e Energia reforçou ainda que

“a utilização do biogás e do biometano nas usinas também possibilitará o aumento da nota de eficiência energético-ambiental dessas unidades produtoras, levando à geração de mais créditos de descarbonização, os CBios”, disse, elogiando em seguida o RenovaBio, “o maior programa de biocombustíveis do mundo”.

Os benefícios do biogás também foram destacados por Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), ao lembrar que o grande desafio do mundo é a redução das emissões de carbono e o início da comercialização em escala do biogás pela Raízen é um grande exemplo de como o setor sucroenergético pode e vai fazer cada vez mais isso.

“É um momento histórico para o setor sucroenergético que redobra a

aposta na sustentabilidade, na geração de energia limpa, renovável, decentralizada e que coloca cada vez mais o Brasil na vanguarda da retomada sustentável da economia”, disse.

Opinião compartilhada com o presidente da DATAGRO, Plínio Nastari. Segundo o consultor, o composto orgânico gerado com a biodigestão é extremamente fértil e aumenta a Capacidade de Troca Catiônica (CTC), o que reduz a necessidade de uso de fertilizantes químicos, aumentando assim a competitividade da agricultura como um todo. “A nota de eficiência energética ambiental do RenovaBio melhora enormemente porque se usa menos fertilizante nitrogenado e menos diesel. Então, vai gerar mais CBios e mais resultados. Tem muitas outras implicações”, assegurou.

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De acordo com Paulo Lucena, diretor técnico da , a experiência bem sucedida na Usina Santa Cruz evidencia a viabilidade do uso do gás natural para frotas pesadas, o que deve gerar o interesse de outras usinas por esta fonte de energia, bem como deve atrair empresas de outros setores. A expansão da área de concessão da envolve outros pilares além do uso de gás natural em fontes pesadas. Existem também os projetos de usina híbrida, que utiliza biomassa da cana-de-açúcar junto ao gás natural para geração de energia, e o biometano, gás gerado a partir do processamento de resíduos de cana-de-açúcar e que pode ser encanado e distribuído.

SOLUÇÃO TURN KEY PARA INDUSTRIAS

AEI Assistech oferece serviço em Automação, Elétrica e Instrumentação visando melhorar a produção e trazer retornos econômicos

Cada vez mais, as empresas buscam implementar novas tecnologias nas operações, visando otimizar a produção e implementar a Indústria 4.0. Criada há cinco anos, a AEI Assistech oferece uma gama de serviços e soluções neste sentido, para segmentos industriais diversificados desde os mais simples até os mais complexos. A empresa é integradora de sistemas, dedicada ao fornecimento de serviços e produtos relacionados as áreas de Automação, Elétrica e Instrumentação.

“Temos como característica a alta capacidade de identificar as necessidades dos clientes e de seus processos industriais”, explica Jovenilson Silva, diretor comercial e de engenharia da empresa que tem sede em Sertãozinho (SP). Segundo ele, a AEI Assistech fornece projetos e especificações de elétrica e instrumentação; serviços de montagem de elétrica e instrumentação; sistemas de automação com fornecimento de painéis de controle e CCM’s de baixa tensão.

Também fazem a manutenção em Analisadores de Gases (O2 e O2+CO), equipamentos que analisam, controlam e asseguram a emissão de gases conforme aplicação nos processos industriais. Atualmente, serviço procurado principalmente pelas empresas que necessitam manter as informações de emissão em tempo real e manter históricos para melhorias na eficiência de geradores de vapor e equipamentos auxiliares como por exemplo preciptadores eletrostáticos. Este aparelho é desenvolvido para gerir a qualidade de processos e manter o controle de gases poluentes.

Além de evidenciar a busca pela produção sustentável, a crise gerada pela COVID-19 impulsionou a transformação digital, assim, o setor industrial precisará passar por uma grande jornada para se reestabelecer no pós-pandemia. Contar com uma equipe especializada para ajudar neste sentido é o ideal e os projetos elaborados pela AEI Assistech possibilitam aos seus clientes melhorarem o ciclo de vida produtivo e a produzir com mais sustentabilidade.

“Temos uma equipe qualificada e know-how técnico, com disponibilidade de atendimento continuo em regime de Hxh, com a quantidade de profissionais necessários para cum-

prir prazos, este é outro diferencial da empresa. Nossos técnicos em automação são especializados em configuração de PLC’s e supervisórios”, explica Ivan Assis, diretor de Assistência Técnica / Automação da empresa AEI Assistech.

O retrofit de equipamentos e sistemas vem sendo adotado pelas empresas visando a modernização de seus parques industriais, com custo inferior ao de novas aquisições e garantindo assim que a evolução tecnológica, tão necessária atualmente, se converta em diversos benefícios

como aumento de produtividade, redução de riscos, entre outros. “É uma alternativa para as empresas que querem modernizar seus equipamentos com os melhores serviços e conseguir mais resultados”, afirma Thiago Rocha, diretor de Montagem de Elétrica e Instrumentação da Empresa AEI Assistech. A empresa fornece um portfólio de serviços neste sentido, com experiência comprovada nos principais controladores, linguagens de programação e protocolos de comunicação existentes no mercado para manter a

integridade e funcionamento dos sistemas. “Fornecemos a programação destes sistemas de controle, desenvolvendo soluções modernas e com o melhor custo benefício, aumentando a produtividade, disponibilidade da planta e qualidade dos produtos. Integramos o sistema de supervisão, controle e gerenciamento dos processos, permitindo que os dados dos processos sejam disponibilizados de forma a auxiliar na tomada de decisões”, afirma Álvaro Piedade, diretor de Automação da Empresa AEI Assistech.

CLIENTES ATENDIDOS PELO MUNDO AFORA

Empresa tem experiência em especificação e configuração de equipamentos

A AEI Assistech atende clientes no Brasil e em outros países, com projetos executados na Berneck; Usina Cocal; GranBio; Usina Caeté, GreenPlac, Grupo Atvos; Grupo Coruripe; Ipiranga Agroindustrial; Usina São Luís; Bahia Etanol; Grupo Tereos; SiempelKamp (Alemanha); Grupo Azucareiro Del Tropico e GC (México); Papel Misionero (Argentina), entre outros. Também em empresas fornecedoras de caldeira como a Caldema, CBC, HPB Engenharia e Zanini.

“Na usina São Luiz, localizada em Ourinhos (SP), fizemos a montagem de elétrica e instrumentação da osmose, com a instalação de CCM novo; readequação do anel de fibra óptica da usina completa; reforma de elétrica e instrumentação da caldeira 06. Além da startup de automação da nova caldeira de grelha, fornecimento de laudos de aterramento e SPDA”, explicou Jovenilson Silva.

De acordo com Leandro Arruda, gestor de Energias da Usina São Luiz, trata-se de uma excelente parceria com a AEI Assistech, com a execução de alguns projetos nos últimos três anos como por exemplo um retrofit da termoelétrica. Foi instalado um novo sistema de tratamento de águas por Osmose Reversa; sistemas de transportadores de biomassa; uma caldeira de alta pressão; casa de força, entre outros equipamentos. “A AEI Assistech nos forneceu serviços de qualidade, praticando um bom planejamento, organização e ótimo cumprimento dos prazos. A empresa traz em seu time profissionais com bastante experiencia e atualização tecnológica, sempre oferendo soluções modernas, seguras e com o melhor custo-benefício. A São Luiz está bastante satisfeita com a escolha de trazer a AEI ASSISTECH como parceira dos nossos negócios”, assegura Arruda.

A empresa fez também a montagem da caldeira HPB para a Ipiranga (220 Ton/h, 67 kgf/cm²) com precipitador eletrostático.

Álvaro Piedade

Jovenilson Silva

Thiago Rocha

Ivan Assis

“Para este cliente, fornecemos a montagem de elétrica e instrumentação completa”, contou Thiago Rocha.

“O conhecimento e o acompanhamento de pessoas com experiência fazem a diferença nesta empresa. Nossos contratos que foram conduzidos pela AEI Assistech carregaram muita responsabilidade e comprometimento garantido sucesso nos fornecimentos”, afirmou José Henrique Pizzo, gerente de Produtos Pós Venda na HPB.

Já para a Caramuru, um dos principais grupos brasileiro no processamento de soja, milho, girassol e canola, a AEI Assistech forneceu serviços de automação para o sistema de descarregamento e carregamento de balsa no Porto Itaituba (PA), onde a empresa de alimentos faz o escoamento de alguns de seus produtos.

Também realizou a automação para a unidade da Cofco, em Rondonópolis (MT). Ali foi instalado o sistema de proteção das esteiras com aproximadamente 500 sensores para o sistema de desalinhamento, com monitoramento de temperatura dos mancais, chaves de emergência e vigia de rotação, além da automação das transportadoras de grãos.

Para a Unidade Cruz Alta, da Tereos, foi feita a automação e montagem da caldeira, (240 Ton/h, 67 kgf/cm²) com precipitador eletrostático. A AEI-Assistech forneceu o projeto e fabricação dos painéis de automação, configuração do PLC e

supervisório, montagem de elétrica e instrumentação completa.

No caso da Berneck, a AEI Assistech implantou a automação no sistema das esteiras de distribuição de cavaco, com a alimentação de biomassa e monitoramento e controle do sistema de distribuição de energia.

“Prestamos serviços para a Usina Ipiranga, Combio, Usina Santa Adélia, Grupo Atvos, Cocal Paraguaçu e implantamos projetos internacionais completo como por exemplo, a instalação de uma turbina de 25 Mw para o grupo La Joya, no México, incluindo montagem de elétrica e instrumentação, desenvolvimento de lógica e supervisório, comissionamento e startup ”, concluiu Jovenilson Silva.

USINA 4.0: TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES QUE GARANTEM BONS RESULTADOS

Conheça o que as companhias vêm usando

ALESSANDRO REIS E ANDRÉIA VITAL

A pandemia da Covid-19 acelerou uma série de processos nas usinas. Dentre eles a necessidade de aperfeiçoar e inovar a instrumentação e automação das plantas industriais. Isso porque a instrumentação desenvolve e aplica tecnologias de controle em processos. Ao passo que a obtenção dos dados precisos para o controle dos processos com o menor custo possível, depende do tipo de instrumento empregado, da qualificação do operador e do tratamento matemático que as medições sofrem.

A automação em usinas de cana deve cumprir em primeira instância a tarefa de solucionar as eventuais falhas que se dão ao longo dos CLPs (sigla para Controladores Lógicos Programáveis). Isso porque as falhas podem se apresentar como o resultado de indesejadas paradas observadas ao longo do processo de moagem e fabricação de açúcar e etanol. E nesse processo também é urgente uma transformação digital para os moldes conhecidos como Otimização em Tempo Real (RTO), que é fundamental para transformar uma planta convencional em Usina 4.0.

Neste sentido, em webinar promovido pelo JornalCana, no dia 30 de setembro, foram apresentadas iniciativas que comprovam a eficiência de uma Usina 4.0, com os participantes destacando as principais tendências e inovações em instrumentação e automação usadas pelas usinas e o futuro das plantas industriais. O webinar, que teve moderação de Josias Messias, presidente da ProCana Brasil, contou com patrocínio da Buckman; da HB Saúde; da Pró-Usinas e da S-PAA Soteica.

“Ao longo do tempo aprendemos como se fazer automação, priorizando os processos mais importantes. Ou seja, aqueles que são mais onerosos ou com maiores perdas. Além de investir no essencial, medindo e controlando somente as áreas mais necessárias”, conta Danilo Fernando Gutierrez, gerente de novos negócios na Pedra Agroindustrial e exemplifica dando detalhes do processo de transformação digital que ocorre nas usinas do grupo.

Gutierrez explicou que, as unidades da Companhia têm idades diferentes e tipos de automação em estágios diferentes, por exemplo, a Ipê, que já nasceu toda automatizada, inclusive com COI e a Usina Da Pedra, que é a mais antiga- completa 90 anos em 2021. “A unidade passou por várias fases de automação, desde a pneumática até a eletrônica. E ao longo dos anos não teve alto índice de instrumentação, o que com o passar do tempo encarece e dificulta a possibilidade de automatiza-la por completo”, detalha o gerente de novos negócios.

Para um dos passos para automação feita com baixo custo de investimento é avaliar bem a eficácia das ferramentas de RTO existentes. “Com a chegada do conceito de Usina 4.0 buscamos avaliar ferramentas para transformar a usina digitalmente. Mas havia o receio de ter que instrumentalizar ainda mais a planta industrial para fazer a medição de processo em linha e online para termos os dados que o RTO precisa para poder trabalhar. Mas ao longo do desenvolvimento do trabalho vimos que não era necessário, pois as áreas do processo que precisamos para fazer o controle não tem grandes variações. Com isso percebemos que poderíamos usar os dados disponíveis no laboratório, bastando simplesmente comunicar nosso sistema de qualidade de produção e o RTO”, descreve o gerente de novos negócios.

De acordo com Gutierrez, a Pedra Agroindustrial escolheu o S-PAA, da Soteica, como sistema de RTO para fazer a simulação na planta virtual. E os resultados garantiram ganhos significativos usando dados que já eram coletados. “Resumindo, é possível aliar o que se tem de automação – ainda que básica – com um sistema que consiga trabalhar com esses dados do laboratório. Conseguindo, assim, uma automação com baixo investimento, confirma o gerente de novos negócios.

“A chave do negócio é a produtividade e o custo da produção e queremos melhorar os resultados da empresa, aumentando a eficiência industrial e os rendimentos, reduzindo as despesas fixas e o consumo”, disse Rafael Carnietto Bassetto, gerente industrial da Usina São Manoel, ao mostrar os desafios da automação na empresa e a melhora dos resultados a partir de sua implantação.

Para isso, a São Manoel implementou o software S-PAA na área industrial, com a aquisição dos módulos de controle do vapor, tratamento do caldo e evaporação. A ferramenta começou a ser utilizada em agosto deste ano a fim de melhorar a operação da usina, garantindo uma maior estabilidade do processo, e consequentemente, uma maior eficiência industrial.

“Apuramos eficiência industrial 0,5% acima do acumulado até o momento, mas existem muitas outras variáveis que afetam o resultado, não conseguimos isolar os ganhos ainda devido ao pouco tempo de implantação”, afirmou.

Bassetto explicou que antes do uso do sistema, a usina moía mais do que podia, resultando na oscilação da pressão do vapor, portanto trazendo perdas ao processo. “A eficiência operacional era em torno de 87% e agora 89%, mas representa R$ 12 milhões ao ano, o que faz

uma boa diferença para a empresa. Sem custo adicional, a não ser moer 500 toneladas a menos por dia, o que culminou acrescentar na safra em torno de 7 dias no ano”, disse.

“A estabilidade traz ganhos de eficiência, tem que respeitar a capacidade dos equipamentos, fazendo com que a automação passe a ajudar o operador e não brigar com ele”, ressaltou o profissional.

Ruan Mantovani, especialista de Utilidades da Usina Pitangueiras, detalhou o que levou a Usina Pitangueiras a buscar inovações ao longo dos anos, o que possibilitou a padronização das operações da companhia e a melhoria das condições operacionais, além de maximizar os aproveitamentos energéticos da planta industrial e a busca de práticas mais rentáveis.

A Usina Pitangueiras foi a primeira unidade produtora do Estado de São Paulo a implantar o software de otimização em tempo real S-PAA. A instalação criou indicadores proativos em relação a extração do caldo da cana-de-açúcar na moeda, resultando em um processo mais eficiente. Com o S-PAA, foi possível configurar o sistema em conjunto com o sistema supervisório e ter determinado automaticamente os set-points específicos do processo.

“Temos o monitoramento da extração online e com as informações podemos correlacionar com a oscilação do nível de rotação da moenda, entre outras ações, e com isso começar a entender o comportamento da moenda e saber qual é a melhor operação possível e torná-la padrão”, explicou o especialista, comentando ainda que, ao fazer uma comparação de dados entre o Laço do S-PAA ativado e desativado foi possível identificar uma receita de R$ 790 mil positiva.

Localizada em Chapadão do Céu (GO), a Cerradinho Bio é uma das principais usinas de alta eficiência energética. No webinar, Walter Di Mastrogirolamo, gerente industrial da companhia, detalhou as estratégias adotadas que vêm propositando bons resultados.

Di Mastrogirolamo contou que enxergaram oportunidades com o uso de melhor tecnologia para garantir mais eficiência no processo produtivo. Diante disso, apresentou resultados após o monitoramento contínuo da água, com a purga automática e redução da água e bagaço o que propiciou a redução da vazão da purga de 12% para 4%.

“Com o investimento de R$ 320 mil, o uso da ferramenta possibilitou ganho de 36 m3/h de água; mais de 1.000 KW extra na exportação, o que deve gerar um faturamento de R$ 2 milhões ao ano”, afirmou, contando que o Laço Fechado do S-PAA, já em uso na moenda, geração de vapor e energia, e na destilaria, passará a ser implantado no caldo e fermentação ainda este ano visando um processo ainda mais eficiente.

Douglas Mariani, consultor da Soteica, explicou que o S-PAA permite o acompanhamento em tempo real de todo o processo, reduzindo a variabilidade, fornecendo a visão de processo para operar mais próximo do limite operacional de forma estável e sugere parâmetros para extrair a máxima lucratividade nas condições atuais.

“O S-PAA utiliza uma análise estatística dos dados, mas pode aplicar as correções em uma frequência muito maior e adequar as variações e eventos pontuais de mudanças nos parâmetros, que com a frequência anterior seriam tratados como desvio da análise”, assegurou

Mariani apresentou os cases de usinas que já usam a ferramenta, que melhora as margens, proporciona o aumento da capacidade e reduz custos, instalada em mais de 40 usinas gerando ganhos superiores a R$ 1/TC.

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