Correio rural 94

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O JORNAL QUE FALA COM O HOMEM DO CAMPO

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Ano 7 - n° 94 - Janeiro de 2015

PROJEÇÃO Cultivada há cem anos no país, soja deve gerar R$ 45,2 bi no RS em 2015 PÁG. 4

FUTURO BRASILEIRO Ministra da Agricultura quer ampliar classe média rural PÁG. 26

Em alta... Mandioca movimenta a comercialização nos mercados da região noroeste


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Editorial Planejando os nossos Brasis Por Maurício Antônio Lopes Presidente da Embrapa

“Brasil, país continental”. Esta frase, sempre repetida por nós, traz um misto de orgulho e perplexidade diante da dimensão, diversidade e complexidade do imenso território brasileiro. Além da diversidade étnica de mais de 202 milhões de habitantes, o Brasil é feito de múltiplos recortes: seis biomas, cinco regiões, 27 estados, dezenas de metrópoles e 5.570 municípios que se espalham pela imensidão de 8.514.876 km². O nosso país é isso: grande, complexo, plural. E as maneiras como dividimos e caracterizamos o nosso território nunca bastam. Biomas e outros recortes geográficos são úteis. Nos ajudam a transformar espaços complexos em partes mais compreensíveis e manejáveis. Ainda assim, essas divisões são limitantes para o planejamento de um país continental, inserido em contextos cada vez mais dinâmicos e desafiadores. Divisões sedimentadas no imaginário dos brasileiros, como “Região Norte”, “Amazônia Legal”, “Semiárido” e outras, ocultam muitas realidades complexas e dificultam o entendimento da diversidade, interações, desafios e possibilidades nesses espaços imensos. Aplicada ao planejamento e à gestão, tal simplificação inibe compreensão e intervenções mais sofisticadas, necessárias para o desenvolvimento sustentável. A difícil e necessária discussão que levou à aprovação do Código Florestal revelou um grande passivo de entendimento sobre a complexidade do território brasileiro. E evidenciou nossa dificuldade em alinhar domínios formais, representados por biomas, regiões, estados e municípios, com funcionalidades contidas em seus componentes, como relevo, geologia, hidrologia, clima, solos, florestas, agricultura, pecuária e agroindústrias. A Amazônia é conhecida e cantada em prosa e verso como espaço homogêneo de floresta tropical. É um extremo de caracterização simplista, que impregnou o imaginário de todos. O Nordeste brasileiro, em função da visibilidade e desafios do Semiárido, padece do mesmo mal. Mas a Amazônia e o Nordeste são sínteses que englobam muitas realidades, de complexos quadros naturais, agrários, agrícolas e demográficos. O desenvolvimento sustentável de ambos demanda planejamento e intervenções que reconheçam tal complexidade. Caracterizações simplistas de sistemas complexos decorrem, muitas vezes, da falta de base sólida de conhecimentos. Para a Amazônia e o Nordeste brasileiros já acumulamos imenso acervo de dados, distribuídos em diferentes universidades, órgãos de pesquisa e agências de governo. Mas ainda carecemos de sistemas de inteligência estratégica capazes de reunir e ordenar esses dados, gerando informações e conhecimentos que orientem o planejamento dessas muitas “Amazônias” e “Nordestes”. A Embrapa realiza, neste momento, um grande projeto nesta direção. Trata-se de esforço de inteligência territorial estratégica para uma região sem divisão formal, geográfica ou política, na confluência dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Este território, denominado Matopiba, reúne 337 municípios e uma área total de 73 milhões de hectares. Um espaço do Brasil que chama a atenção pelo dinamismo, funcionalidades e potencial econômico.

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Empreendimento da Coopermil duplica faturamento em um ano

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ncorporada à Coopermil em 2013, a Indústria Processadora de Grãos localizada em Cruz Alta alcançou resultados excelentes no ano de 2014. No segundo ano em operação sob a direção da Coopermil, a Indústria dobrou seu faturamento, conforme apontaram os números do balanço do ano, em fechamento nestes primeiros dias de janeiro. De acordo com o Diretor de Negócios da Coopermil, Sérgio Roberto de Oliveira, a Indústria Processadora de Grãos obteve um crescimento no faturamento de 116,05% em 2014 comparado ao ano de 2013. “Foi um ano de excelência em resultados para a indústria adquirida pela Coopermil, pois superou as metas e alcançou

resultados bem acima dos esperados”, ressaltou Sérgio Roberto de Oliveira. A indústria processadora de grãos da Coopermil é a única do sistema cooperativo gaúcho, o que reforça o pioneirismo da cooperativa na inserção de novos negócios às suas atividades. A incorporação da

indústria aos negócios da cooperativa, ressalta o Diretor Sérgio R. de Oliveira, foi realizada com o propósito de garantir a industrialização da produção dos associados, o que vem se concretizando nestes dois últimos anos. Além disso, a indústria também vem

garantir a diversificação dos negócios no setor industrial somando-se à fábrica de rações, e a ampliação da área geográfica de atuação da

Coopermil. Hoje, fechando o segundo ano de atuação, a Indústria Processadora de Grãos já é o segundo negócio em fatura-

mento e o terceiro em resultado líquido para a Coopermil. A Indústria foi adquirida pela Coopermil em 2012 e iniciou as atividades em 2013.


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Cultivada há cem anos no país, soja deve gerar R$ 45,2 bi no RS em 2015

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ançadas timidamente em solo gaúcho há cem anos, quando a agricultura brasileira ainda era uma atividade de subsistência, as primeiras sementes de soja vindas dos Estados Unidos levariam mais de 60 anos para firmar raízes e brotar resultados na economia brasileira. Dividida em fases bem marcadas, com bases mais sólidas a partir da década de 1980, a expansão do grão fez crescer o Brasil do agronegócio. No país, que exibe a segunda maior produção mundial e sucessivos recordes na colheita, a soja transformou-se em moeda – com peso valioso tanto no mercado interno quanto nos negócios internacionais. No Rio Grande do Sul, onde o município de Santa Rosa protagonizou o primeiro plantio comercial do país em 1914, o complexo soja (da semeadura ao beneficiamento) já responde por 13,3% do Produto Interno Bruto (PIB). A riqueza do grão

ultrassa os limites da porteira e transcende para outros setores da economia ( – Hoje, de cada R$ 10 do PIB gaúcho, R$ 1,30 é gerado a partir do complexo produtivo da soja – calcula Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Com a previsão de aumentoda demanda por grãos até 2050, quando se estima consumo 148% maior do grão do que agora, a tendência é de que o ciclo ainda perdure por décadas. Considerada um marco no desenvolvimento agroindustrial do Brasil, a soja expandiu-se apoiada em pesquisa e tecnologia. Da adoção do plantio direto, passando pela engenharia agrícola até a chegada da transgênia nos anos 2000, a cultura alcançou produvidade 400% maior e desenvolveu cidades em diferentes regiões. E não há como negar aos gaúchos o mérito pelo desenvolvimento da produção

nacional, especialmente no Cerrado – principal celeiro de grãos. – Costumo dizer que os gaúchos mudam de cidade, Estado ou país, mas não trocam de cultura agrícola – conta o presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), Orlando Martins, em referência à migração de sojicultores gaúchos para o Centro-Oeste e, mais recentemente, para o Norte e países do Mercosul. O legado da soja agora é desafiado a encontrar novos modelos de cultivo e sustentabilidade. Gigante e demandada mundo afora para consumo humano e para produção de carne, a cultura em grande escala precisa driblar riscos de sua “auto-herança” – está gerando custos maiores nas lavouras e novas doenças e pragas. O caminho para o próximo centenário está aberto com perspectivas desafiadoras.

Fonte: Campo e Lavoura

Safra. Grão que começou a ser plantando noroeste gaúcho já responde por 13,3% do PIB do Estado

Lavouras.

Chuvas recentes registradas em regiões produtoras do Rio Grande do Sul beneficiaram as lavouras de milho gaúchas, que estavam se ressentindo da escassez de hídrica após semanas de tempo firme e temperaturas elevadas, segundo a Emater-RS. A empresa aponta que 61% da safra passa fase de floração e enchimento de grãos, período em que a umidade é crucial para a definição do potencial produtivo das lavouras. Ainda conforme a Emater-RS, 98% da safra do grão está semeada. O plantio da soja também está praticamente finalizado, mas a escassez de chuvas causou falha na germinação em algumas lavouras. A Emater-RS afirmou, no entanto, que não houve necessidade de replantio. “Também em casos pontuais foram detectados problemas com fungos de solo, após as chuvas, causando podridão das plântulas”, disse a empresa. Os produtores de milho também receberam a notícia da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), beneficiados com leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) em 2014, devem caminhar sozinhos em 2015. O presidente da estatal, Rubens Rodrigues dos Santos, disse que, depois das intervenções realizadas pela Conab neste ano, o mercado está regulado e deve permanecer acomodado. “Além de os preços estarem acima do mínimo atualmente, a previsão de que a área plantada será menor na safra de verão também ajuda a balizar os preços”, disse. Em seu último levantamento, divulgado em 10 de dezembro, a Conab estimou a lavoura de milho verão em 6,181 milhões de hectares, 6,6% menor que a cultivada no ciclo passado, o que aponta para uma produção de 29,3 milhões de toneladas (-7,5%). A estimativa

para a safrinha ainda não foi atualizada e a Conab considera, por enquanto, a mesma área de 2014, de 9,182 milhões de hectares de milho. Assim, a projeção para a safra brasileira do cereal em 2014/15 é de 78,7 milhões de toneladas (-1,5%). Já o algodão deve ocupar 1,0 milhão de hectares (-10,4%) e resultar em até 1,539 milhão de toneladas (-11,2%). Os recursos para operações de subvenção, como Pepro, principal instrumento usado em 2014, deverão constar do orçamento para o próximo ano, ainda não aprovado. Em relação à Aquisição do Governo Federal (AGF) para milho, Santos diz que a estatal recorrerá à operação caso haja necessidade de garantir preço mínimo. O mecanismo permite ao governo reforçar os estoques públicos, que em milho somam 1,64 milhão de toneladas neste mês de dezembro. Milho e algodão foram as duas culturas que receberam maior apoio da Conab neste ano por meio de leilões de Pepro, respondendo por 79,38% do valor total das operações, sendo R$ 255,54 milhões para milho (5,8 milhões de toneladas) e R$ 243,6 milhões para algodão (905,3 mil toneladas). Nas operações de Pepro realizadas em 2014 a Conab disponibilizou um total de R$ 628,82 milhões em prêmios. Além da subvenção ao algodão e ao milho, a companhia apoiou com Pepro laranja, trigo e borracha. Foram arrematados prêmios para a comercialização de 18,8 milhões de caixas da fruta, com valor total de R$ 47,11 milhões. Para o trigo, foram 788,69 mil toneladas, com total de R$ 81,11 milhões em prêmios. Já para a borracha, a subvenção foi de R$ 1,46 milhão. Na avaliação de Santos, as operações cumpriram seu objetivo já que os preços

dos produtos se estabilizaram acima do mínimo. No caso do trigo, houve subvenção para 1,55 milhão de toneladas e foram arrematados prêmios referentes a 50,75% desse volume. “No último leilão que realizamos apenas 11% do volume ofertado foi arrematado, indicando que não há mais demanda pela subvenção”, afirmou Santos. Ao sinalizar a possibilidade de aquisição de milho no ano que vem, o presidente da Conab afirmou que não há previsão de compras de arroz, mesmo com estoques baixos do produto. Em 2014, a estatal vendeu 418,17 mil toneladas de arroz. “Em uma determinação do governo, os estoques foram praticamente zerados”, afirmou Santos. O executivo lembrou que o estoque de arroz foi formado três e quatro anos atrás, por meio de AGF. “Hoje, temos pouco menos de 380 mil toneladas de arroz em estoque, e a intenção era exatamente desovar esse volume”, disse. Em dezembro, a Conab registrava 1,64 milhão de toneladas de milho em estoque, 376,67 mil toneladas de arroz e 15,02 mil toneladas de trigo. No dia 22 de dezembro, o Ministério da Agricultura anunciou que fará Aquisições do Governo Federal (AGF) para trigo no limite de até R$ 200 milhões. As operações visam a garantir preço mínimo ao produtor e recompor os estoques públicos. A medida havia sido anunciada pelo ministro Neri Geller em setembro, início da safra nacional, mas só confirmada agora. A data para o primeiro leilão de AGF ainda será informada.

Fonte: Jornal do Comércio

Milho e soja são beneficiadas pela chuva


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6 Atividades Rurais.

Aprovado projeto que cria o Fundo Municipal de Desenvolvimento Agropecuário em Santo Ângelo

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Grande volume das chuvas do final de ano favorece a cultura do milho

Grãos. As condições meteorológicas registradas nos últimos dias, especialmente o grande volume de

chuvas dos últimos dias de 2014, foram favoráveis à cultura do milho, como aponta o Informativo Conjuntural daEmater/RS-Ascar divulgado

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A Câmara de Vereadores de Santo Ângelo aprovou, por unanimidade, projeto de lei que cria o Fundo Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Santo Ângelo – FUMDASA. O projeto é de autoria do vereador Diomar Formenton (PT) e visa colaborar com as atividades rurais do município. De acordo com a matéria, o Fundo será veiculado à Secretaria de Agricultura, sendo que os recursos serão destinados para ações de financiamento aos pequenos estabelecimentos rurais, com vista a elevações de seus índices de produção, produtividades e melhorias das condições de vida dos trabalhadores. “Nossa intenção é colaborar para o aumento da produção e da produtividade agrícola. Para isso, estamos propondo a criação deste fundo, o qual possibilitará uma melhor atenção à sanidade e melhorias na comercialização de produtos agropecuários, além de contribuir em diversos outros aspectos, como a aquisição de insumos agrícolas, por exemplo”, afirmou o vereador Formenton. O projeto foi elaborado em conjunto com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Santo Ângelo – COMDASA. De acordo com a matéria, o FUNDASA será administrado por um conselho com função normativa e deliberativa. Além do Chefe do Executivo, indicado ao cargo de presidente, o Conselho será constituído por um representante titular e um representante suplente de cada um dos órgãos seguintes: Secretaria de Agricultura; Secretaria da Fazenda; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; COMDASA e Escritório Municipal da Emater.

s lavouras encontram-se, majoritariamente, nas fases de floração e enchimento dos grãos, com o padrão fitossanitário das lavouras ainda considerado bom. O milho com área específica destinada à silagem, principalmente na região Noroeste, está com o corte em andamento e de forma acelerada, uma vez que muitos produtores pretendem reaproveitar estas áreas para o plantio da soja, mesmo tendo passado o período preferencial — chamado de “safrinha” pelos agricultores. De acordo com a Emater/ RS-Ascar, a semeadura da soja, outro grão de verão, foi praticamente concluída, faltando ainda pequenas áreas que serão implantadas após a colheita do milho. O desenvolvimento inicial na maioria dos casos é considerado normal, embora tenham ocorrido situações de falhas na germinação em algumas lavouras, por falta de umidade adequada no solo

no momento do plantio, o que não chegou a causar a necessidade de ressemeadura. Também em casos pontuais foram detectados problemas com fungos de solo, após as chuvas, causando podridão das plântulas. No momento, está em andamento o monitoramento de ocorrência de lagartas nas lavouras de soja, com a constatação de focos iniciais de Helicoverpa armigera, o que leva os agricultores à aplicação de inseticidas, tanto químicos como biológicos, à base de Bacillus thuringiensis. Existe também o interesse por parte dos produtores em utilizar a vespinha Trichogramma para o controle biológico, mas devido à grande procura, é difícil disponibilizá-la em quantidade necessária para o controle adequado. O Informativo da Emater/ RS-Ascar aponta também que a citricultura, na região do Vale do Caí, encontra-se na entressafra, período em que não há colheita de bergamotas e laranjas. As frutas que

darão origem à próxima safra estão em desenvolvimento e as condições climáticas têm sido bastante favoráveis ao crescimento, com as chuvas em quantidade adequada e bem distribuídas. A carga de frutas nas plantas é muito boa, fazendo prever uma boa safra de citros em 2015. Na mais tradicional região de cultivos de uvas do Estado, a Serra gaúcha, as condições climáticas ocorridas no período – caracterizadas por intensa insolação, dias longos e elevadas temperaturas – foram propícias para a aceleração do desenvolvimento da maturação das variedades precoces e semiprecoces. Dentre as primeiras, destaque para a niágara rosada, cultivada em terrenos de menor altitude e, consequentemente, mais quentes. Nesses videirais, intensifica-se a colheita da fruta, que deve atingir seu auge nos próximos dez dias, face à demanda do mercado, aumentada devido ao grande consumo nas festas de final de ano.

Rebanho leiteiro.

Clima beneficia pastagens e favorece rebanhos no Rio Grande do Sul As chuvas frequentes, a elevação gradual da temperatura e o calor intenso em determinados períodos proporcionaram condições para o desenvolvimento vigoroso das pastagens de verão no Rio Grande do Sul, propiciando boa oferta de forragem aos animais. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/ RS-Ascar), o rebanho leiteiro apresenta boas condições nutricionais e sanitárias, e a produção mantém-se estável, com tendência de aumento, caso persistam as condições climáticas atuais. No momento, os criadores intensificam o preparo de silagem de milho. Na região Noroeste, pequenos produtores leiteiros estão com dificuldade de comercializar sua produção, aumentando a oferta de leite in natura nas periferias da cidade de Santo Ângelo. Algumas empresas com restrições impostas pelo Ministério Público continuam não pagando os produtores em dia. Na área Central do Estado, existe uma tendência de penalização de parte dos produtores, devido ao fato de não preencherem a cota mensal de volume de

leite e, principalmente, pela falta de qualidade. Algumas rotas deficitárias estão em alto risco de não terem seu leite recolhido. Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, a comercialização da produção dos pequenos produtores e cooperativas ainda encontra dificuldades e apresenta preços desestimulantes. Há um aumento na exigência na qualidade do leite. Nos vales do Taquari e Caí, apesar da queda nos preços pagos pelo leite, da reclamação dos produtores e da desistência de alguns, estão ocorrendo muitos investimentos no setor, principalmente em construções que auxiliam na facilidade das atividades diárias, no bem-estar animal e na melhoria da qualidade do leite. Para isso, estão sendo implementadas muitas salas de ordenha, com aumento da área construída na região de Lajeado. Entretanto, muitos produtores ainda estão à espera para receber pelo leite entregue para as indústrias que tiveram problemas com fraudes e foram fechadas. Na bovinocultura de corte, prossegue o período reprodutivo,

com bom escopo corporal das matrizes, fator que deverá refletir positivamente nos índices de natalidade do rebanho no Estado. Esse período deverá se estender até final de fevereiro. Seguem os cuidados com os terneiros nascidos e que apresentam boas condições de crescimento e desenvol-

vimento. As condições climáticas favoráveis no mês de dezembro têm beneficiado a brotação e o volume forrageiro do campo nativo; assim, onde as lotações estão adequadas, é bom o desenvolvimento corporal aos rebanhos. No momento, os pecuaristas

intensificam os trabalhos de controle de parasitas devido às elevadas temperaturas, especialmente com o aparecimento de verminoses, moscas e carrapatos. Em alguns locais já está ocorrendo a incidência de carrapato, o que leva os produtores a monitorarem os rebanhos constantemente.

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Programa de Agrovilas será prioridade na agenda da Agricultura para 2015 Comunidades rurais. Programa Agrovilas será foco nas atividades da Secretaria Municipal de Agricultura.

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m 2014 foi lançado o programa, com o objetivo de desenvolver em cada comunidade rural as respectivas demandas dos produtores. Segundo o secretário de Agricultura, Danilo Siqueira, muitas solicitações devem ser atendidas, procurando preservar ou garantir que as pessoas continuem morando no campo, pois apenas 2% da população de Uberaba mora na zona rural. “A intenção é oferecer condições para que fiquem”, argumenta. No Programa Agrovilas, primeiramente é fundado um conselho, com membros da comunidade, vários setores, como escola, igreja, e os produtores e membros da associação de moradores. Esse grupo se reúne e levanta as principais demandas da comunidade, como nas áreas de Transporte, Saneamento básico, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, e, principalmente, o arranjo produtivo, para melhorar o emprego e a renda e, diante do possível, atender as reivindicações. “Queremos que estas famílias continuem no campo e, também, incentivar a migração de famílias da zona urbana para a zona rural. Sendo assim, dentro das propostas a serem atendidas nas comunida-

des rurais, estamos reativando na Palestina o Centro de Processamento de Carne; vamos fazer uma queijaria na Mata da Vida; será feita a cobertura do centro de eventos da Baixa; estamos construindo um abatedouro de frango caipira no São Basílio; enfim, estamos com projetos para várias unidades a serem concretizados em 2015”, ressaltou o secretário. Vale lembrar que, recentemente, a Secretaria de Agricultura apresentou os primeiros resultados e as ações previstas no projeto-piloto do Programa Agrovilas. O evento foi realizado na comunidade rural da Capelinha do Barreiro, um dos locais onde está sendo desenvolvida a proposta, sendo que a maioria das melhorias já foi concluída, como investimento na produção de horticultura, ampliando a participação do produtor da agricultura familiar. Além do Programa Agrovilas, Danilo destaca também como prioridades a criação de novos boxes na Ceasa, a reforma e revitalização do Mercado Municipal e a padronização das feiras livres. “São projetos demorados e precisamos buscar recursos, mas vamos trabalhar para que sejam implementados”, finalizou Danilo.

Fonte: JM Online

Pragas.

Safrinha.

Agricultores precisam ficar atentos as mariposas Helicoverpa

Produção do milho safrinha deve encolher 850 mil toneladas

De acordo com o responsável pelo escritório local da Emater de Ijuí, Edewin Bernich, existem mariposas, mas não é necessário controle químico, isso porque comumente as lagartas no geral costumam atacar a soja com maior intensidade a partir da metade de janeiro. Sendo assim, os agricultores de Ijuí e região precisam ficar atentos à presença de mariposas de Helicoverpa armigera em

Fonte: odiario.com

A exemplo dos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, que anunciaram a redução da área com o plantio do milho safrinha, em 2015, no Paraná, onde o safrinha tem alcançado recorde sobre recorde, nos últimos anos, deverá plantar e colher, no ano que vem, menos do que na safra que acabou de ser colhida, em agosto. Na primeira estimativa, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento prevê uma redução entre 4% e 5%, mas não descarta a possibilidade de o número de agricultores que abrirão mão do milho ser ainda maior. Na região de Mandaguari, Marialva, Kaloré, até Ortigueira, última área a plantar a soja de verão, a redução do safrinha poderá passar de 30%. Desta vez não são preços baixos os responsáveis pela redução - a saca de 60 quilos alcançou R$ 21,50, na região de Maringá, valor que os produtores consideram ‘aceitável’ -, mas as condições climáticas que imperaram em outubro e retardaram o plantio da soja de verão. De acordo com o economista Dorival Basta, do Deral, em Maringá, no norte e noroeste do Paraná alguns produtores só conseguiram plantar a soja 20 ou 30 dias depois do que previam e, isso, pode significar que haverá atraso também na hora de colher. “Na região de Floresta e Ivatuba, teve produtor plantando na primeira quinzena de setembro objetivando colher no fim de janeiro e iniciar imediatamente o plantio do milho safrinha”, destaca o técnico do Deral. Ele ressalta que “esta pressa” é para que o safrinha esteja no ponto de colheita antes de agosto, quando geralmente ocorrem geadas na região. Enquanto alguns produtores plantaram no início de setembro, outros, mais ao norte, só conseguiram colocar o grão na terra em novembro e, para esses, será praticamente impossível colher antes da segunda quinzena de fevereiro e alguns poderão estar retirando soja do campo em março. “Desde novembro que as cooperativas e os próprios produtores anteviam que seria difícil aproveitar a janela para o plantio do safrinha”, comenta Claudemir Barbosa, do setor de comercialização de sementes da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Mandaguari (Cocari). Segundo ele, as cooperativas fizeram um estoque menor, em relação à safra anterior, de sementes de milho. “Em compensação, aumentamos a disponibilidade de sementes de trigo, que certamente será o substituto para quem acha que será tarde demais para plantar milho”, declara. O trigo é mais resistente a geadas do que o milho. De acordo com o Deral, se a redução for de 4%, o volume de milho de segunda safra no Paraná cairá de 11,4 milhões de toneladas para cerca de 10,55 milhões. O Deral prevê redução também no plantio de feijão, cultura que, pelos preços baixos, desestimula o produtor. A redução da área, no Paraná, deverá ser em torno de 18% menor, caindo 272 mil hectares para 223 mil. Dos 230 mil hectares dos 30 municípios da região de Maringá destinados a culturas rotativas, normalmente o milho ocupa cerca de 210 mil hectares, mas os técnicos das cooperativas e da Secretaria da Agricultura acreditam que, pela primeira vez, nos últimos anos, a área a ser ocupada com o grão será inferior a 200 mil hectares. Segundo Barbosa, da Cocari, a redução da área com milho só não será maior, porque os preços do trigo não animam os agricultores.

municípios, o que pode se traduzir em lagartas da mesma espécie em lavouras de soja. A presença de grande incidência dessas mariposas na região foi identificada pelo Laboratório de Manejo de Pragas da Universidade Federal Santa Maria. Cabe destacar que na safra do ano passado houve registro de grande presença de lagartas da espécie Helicoverpa armigera na oleaginosa na região de Ijuí, o que exigiu investimento dos produtores no controle e também gerou prejuízo para a planta. Dentre os municípios com maior ocorrência de mariposas de Helicoverpa armigerano Estado estão Santa Bárbara do Sul, Giruá, Coronel Barros, Três de Maio e Ijuí.

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Egidio CRECI 7542

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Famasul representa usuários dos recursos hídricos do meio rural em Conselho Estadual

O

cuidado com a utilização, a qualidade e a disponibilidade dos recursos hídricos, é o objetivo principal que norteia as ações do CERH/MS - Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão de instância superior do Sistema Estadual de Gerenciamento desta área. A afirmação é da representante da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, dentro do Conselho, a consultora técnica Daniele Marques. Daniele destaca que a Famasul representa os usuários dos recursos hídricos do meio rural mais um mandato, biênio 2014/2016. “Com poder de voto na criação e publicação de legislações, a Famasul participa ativamente da gestão dos recursos hídricos no Estado. Este tema, assim como o código florestal, é um dos mais polêmicos envolvendo o meio ambiente e, por isso, merece total atenção e acompanhamento por parte das entidades representativas”. Segundo a consultora, o assunto é complexo porque envolve desde o uso das águas subterrâneas como a utilização das águas de superfície. Entre as ações do Conselho Estadual desenvolvidas nos últimos

anos, a representante da Famasul junto ao Conselho cita o cadastro estadual de usuários de recursos hídricos, ainda pouco aderido pelos produtores de Mato Grosso do Sul. “O cadastro é obrigatório e pode ser feito no site do Imasul - Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e auxilia no mapeamento dos recursos hídricos e dos seus usos”. O cadastro, é um instrumento de altíssima importância tanto que é pré-requisito para o produtor rural requerer a outorga de direito de uso dos recursos hídricos, de domínio do Estado de Mato Grosso do Sul, que gerencia o trecho de utilização das águas das propriedades rurais. “O Cadastro e a Outorga são algumas das ferramentas aplicadas pelo Estado que auxiliarão para que não tenhamos conflitos hídricos como já é visto em outros Estados. Com o gerenciamento preciso, podemos tomar medidas preventivas “, ressalta Daniele. Daniele também enfatiza a relevância da conscientização ambiental dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. “A preservação do curso da água, juntamente com as matas ciliares , ou seja, APP - Áreas de

Proteção Permanente, é o que tem de mais importante em termos de recursos hídricos, tanto para o produtor, como para a bacia hidrográfica de uma região, como para o Estado todo”. De acordo com o Imasul, o CERH/MS tem sua composição definida por decreto e assegura

a participação de 33% (trinta e três por cento) de membros do Poder Público, 33% (trinta e três por cento) de representantes das Organizações Civis dos recursos hídricos e 34% (trinta e quatro por cento) de representantes dos usuários dos recursos hídricos, onde está incluída a participação da Famasul.

Fonte: Famasul

Mais de 730 mil agricultores familiares de 693 municípios brasileiros receberam o benefício do Garantia-Safra de agosto a dezembro de 2014. O investimento mensal do Governo Federal é superior a R$ 124 milhões. O benefício auxilia agricultores familiares que se encontram em municípios sujeitos a perdas de safra devido à seca ou ao excesso de chuvas. Os pagamentos, no valor de R$ 850, por agricultor, dividido em cinco parcelas de R$ 170, são relativos à safra 2013/2014 e começaram a ser repassados em agosto deste ano, nas mesmas datas definidas pelo calendário de benefícios sociais da Caixa Econômica Federal. A cada mês, uma nova portaria é publicada incluindo novos beneficiários. O Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) voltada aos agricultores e as agricultoras familiares localizados na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) - Região Nordeste, área norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, além do Vale do Mucuri e do Vale do Jequitinhonha.

Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

Garantia-Safra beneficia 730 mil agricultores familiares nos últimos cinco meses

Como aderir - O agricultor deve verificar se sua cidade participa do Garantia-Safra. Para isso, o município deve assinar o Termo de Adesão com o governo estadual e definir a quantidade de agricultores que vão participar em sua jurisdição. Além disso, o município precisa comprovar perda de, pelo menos, 50% do conjunto da produção de feijão, milho, arroz, mandioca, algodão. Podem participar do

Garantia-Safra, agricultores familiares, com renda familiar mensal de, até, um salário mínimo e meio, e que possuem área total a ser plantada de, no mínimo, 0,6 hectares e, no máximo, cinco hectares. Para se inscrever, o agricultor deve procurar o escritório local de assistência técnica ou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município onde vive. Depois deve procurar a Prefeitura para receber um boleto e fazer a

adesão ao Garantia-Safra. O pagamento do boleto deve ser feito em uma agência da Caixa Econômica Federal ou correspondente bancário, dentro do prazo definido para seu município. A adesão deve ser antes do plantio. O benefício do Garantia-Safra é pago com recursos do Fundo Garantia-Safra, composto por contribuições do agricultor, do município, do estado e da União.

APROMILHO

Marcos Roberto Fridrich Diretor da APROMILHO

2014. Ano de extremos.

E não foi só na politica que a situação andou polarizada e dada a extremismos, do tipo candidato do bem x candidato do mal. Ao revisar as anotações referentes às chuvas ocorridas ao longo do ano por meu pai, me deparei com varias situações interessantes. Para começar 2014 foi o ano das grandes chuvas. Até o mês de Julho foram cinco ocorrências de mais de 100mm de chuva em menos de 24 horas ( 100mm de chuva equivalem a 100 litros de agua por metro quadrado ou 1.000.000 de litros por hectare ou 1.000 mt³/ hectare), além de oito dias de chuva em Junho que somaram 235mm. Para ter uma ideia de comparação, vamos relembrar as chuvas maiores de 100mm em 24 horas nos últimos dez anos, em nossa propriedade em Ajuricaba RS. 2005: Três. 2006: Nenhuma. 2007: Uma. 2008 e 2009: Nenhuma. 2010: Três. 2011: Duas. 2012 e 2013: Nenhuma. 2014: Cinco. 2014 também foi um ano de falta de chuvas, nos meses de Fevereiro, Agosto e Novembro choveu menos de 100mm em cada um deles. No período de 60 dias entre 20 de Outubro e 20 de Dezembro caiu somente 122mm em nossa propriedade. A chuva é o fator mais decisivo para os resultados da agricultura. Tanto

a falta quanto o excesso podem comprometer totalmente o resultado esperado de qualquer cultivo. Exemplo concreto desta verdade é o que ocorreu com as lavouras em nossa região no ano de 2014. A safra de soja colhida no inicio do ano passado foi prejudicada pela falta de chuva (e também por uma onda de calor extremo, ocorrida no inicio de fevereiro), já as culturas de inverno em geral, e principalmente o trigo foram altamente prejudicadas pelo excessivo volume de chuvas ocorrido ao longo do inverno, desde o mês de Maio até Outubro de 2014. Na imediata sequencia muitas lavouras de milho tiveram perdas acentuadas pela brusca interrupção das chuvas ocorrida a partir do inicio de Novembro, principalmente na região norte do município de Ajuricaba, sul de Nova Ramada e partes de Ijuí e Chiapetta. Quero encerrar estas notas com otimismo, pois desde 20 de Dezembro de 2014 as chuvas voltaram a cair com boa regularidade e intensidade, e depois de tanto tempo indo de um extremo ao outro, da escassez ao excesso, me parece razoável supor que podemos esperar um período com bom volume e boa distribuição das chuvas, o que seria muito bom tanto para a agricultura como para toda a economia da região.

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CLASSIFICADOS

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reção, Freio a Ar, alguns reparos para fazer na carroceria e na cabine, bom de motor, MWM. Valor R$ 29.000,00 a vista. Fone:(55)9626-6142.

(UAAFB-5) Vende-se Fox, 1.0, ano 2004, completo, cor vermelho. Valor R$ 15.000,00 a vista ou R$ 3.000,00 de entrada e assume 19X de R$ 680,00. Aceito proposta. Fone:(55)9157-6671.

(UAAAC-7) Vende-se Golf, ano 99, amarelo, motor 1.6. Valor R$ 17.000,00. Fone:(55)91393248. (UAAA9-4) Vende-se Gol City, 1.0, 8V, ano 04/05, alarme, travas elétricas, IPVA 2015 pago. Valor R$ 13.500,00. Aceito troca em veículo de meu interesse. Fone:(55)8127-0282.

(UAAFA-4) Vende-se Gol, G4, 1.6, AP, ano 2006, com ar, 4 portas, película nova, todo revisado. Valor R$ 17.000,00. Aceito proposta. Fone:(55)91576671.

(UAA9F-3) Vende-se Gol MI, ano 97, branco, em bom estado. Valor R$ 7.000,00. Ligar fora do horário comercial. Fone:(55)3333-3892.

(UAAEE-1) Vende-se Gol, ano 2005, 4 portas, direção hidráulica, trava, cor cinza. Fone:(55)9183-4626.

(UAA9E-2) Vende-se Gol BX, ano 1986, em bom estado de conservação. Valor R$ 2.000,00. Recebo materiais de construção. Fone:(55)92083088.

(UAADC-1) Vende-se Fusca, 1600, ano 80, 4 rodas de liga leve, motor, caixa e bateria em excelente estado, reparos na lata. Valor R$ 2.500,00. Fone:(55)9183-4626. (UAABC-5) Vende-se Caminhão 6.90, ano 86, Turbo, Di-

(UAA83-2) Vende-se Gol 1.0, 8V, ano 2004, GIII, City, com trava elétrica, alarme, em ótimo estado. Valor R$ 11.800,00. Fone:(55)9124-2283. (UAA7F-7) Vende-se Gol 1.0, 2 Portas, ano 2005, Ótimo

carro, muito econômico, super inteiro. Valor R$ 13.500,00. Fone:(55)9691-6829. (UAA57-3) Troca-se Gol, branco, 96, CHT, 37 mil km, ar quente e frio, desembaçador traseiro, limpador traseiro, por carro financiado, acima do ano 2006, com prestações ate R$ 600,00. Fone:(55)9132-1339. (UAA55-1) Vende-se Saveiro G3, 1.6, AP, 2003, Completa,ar condicionado, direção hidráulica, vidro elétrico, trava elétrica, alarme, interface, bancos couro, janelinha, rodas 14”. Rebaixada, com laudo, Som completo, Dois módulos, caixa, 2 falantes 12”, caixa, 4 cornetas e 2 super. Valor R$ 23.000,00. Fone:(55)9165-3812. (UAA41-8) Vende-se Gol, CL, 1.6, CHT, gasolina, ano 1993, com vidros e travas elétricas, alarme, interface, calhas de chuva, faroletes, rodas aro 15. Valor R$ 5.500,00, somente a vista, Negociável. Fone:(55)9148-3649. (UAA40-7) Vende-se Cross Fox, ano 2008, cor vermelho, revisado, nada para fazer. Carro muito bom. Fone:(55)96806292.

(UAA33-3) Vende-se Santana Quantum Cl, 2.0, gasolina, ano 92, direção hidráulica, rodas 14”. Valor R$ 4.500,00 a vista, na troca muda o valor. Fone:(55)9151-9097. (UAA32-2) Vende-se Fusca 1300 L, ano 80, bom de lata, bancos de couro, bom de motor e caixa. Valor R$ 2.900,00 a vista, na troca muda o valor. Fone:(55)9151-9097. (UAA31-1) Vende-se Gol, 1.0, MI, 8V, ano 97, em bom estado, tudo em dia. Valor R$ 7.900,00 a vista, na troca muda o valor. Fone:(55)9151-9097. (UAA2C-5) Vende-se Gol G5, ano 2011, cor prata, 4 portas, completo, ar condicionado, direção hidráulica, vidro elétrico, limpador e desembaçador traseiro, revisado em ótimo estado. Somente á vista. Tratar com Fernando. Fone:(55)91957224. (UAA25-7) Vende-se Passat LS, 1977, turbo forjado, 2.0, carburador 2E, pistão e biela Iasa, turbina T50 máster power, rodas 15 cm, pneus novos, interior e painel em corvin, todo original. Valor R$ 13.000,00. Fone:(55)9100-4099.

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(UAAF5-8) Vende-se Fiat Línea, Essence, 1.8, ar digital, Airbag, ABS, roda 16, cor branco, ano 2012. Valor R$ 25.000,00 + 17X R$ 898,00 ou R$ 39.000,00 quitado. Fone:(55)9650-1179. (UAADF-4) Vende-se ou troca-se por de menor valor, Palio, ano 2007, 4 portas, 4 pneus semi novos, completo, ar condicionado, direção, vidros, cor prata, com 38 mil km, impecável. Valor R$ 18.000,00, a vista, com troca avaliar. Fone:(55)8109-7050. (UAAD7-5) Vende-se Uno, ano 96, 4 portas, bordo, ar, vidro elétrico, alarme. Valor R$ 8.500,00. Fone:(55)9192-6625. (UAAB0-2) Vende-se Palio 1.5, ano 96, Com ar, vidros e travas elétricas, em ótimo estado. Valor R$ 9.000,00 aceito moto Honda no negocio até R$ 5.000,00 e restante em dinheiro. Fone:(55)91750208. (UAA42-9) Vende-se Fiat Uno Fire, Flex, ano 2005, duas porta, vidro elétrico, ar quente, alarme, pneus novos, som, 2º dono, Ótimo estado. Valor R$ 12.399,00, preço FIPE. Barbada. Fone:(55)9177-7018. (TAA0D-1) Vende-se Uno Fire, 4

portas, tudo em dia, com som. Valor R$ 6.000,00. Aceito entrada em dinheiro, restante em material de construção ou mão de obra. Aceito Moto também. A vista bom desconto. Fone:(55)9112-7464. (TA9EB-3) Vende-se Tipo, 2.0, Flex, completo, Direção Hidráulica, 4 portas, vidro elétrico, ar condicionado, ano 95, cor cinza. Valor R$ 4.000,00. Aceito negociação. Fone:(55)9133-8915. (TA9A8-8) Vende-se Uno Vivace, Celebration, 1.0, 12, Flex, Completo, Ar condicionado, Ar quente, trava/vidro elétrico, limpador e desembaçador traseiro, farolete, 45000 KM, todas revisões feita na autorizada. Aceito troca. Valor R$ 26.000,00, a vista, troca negocia-se. Fone:(55)9176-5383. (TA995-7) Vende-se Uno Fire, ano 03/04, cor vermelho, 2 portas, em bom estado. Valor R$ 12.000,00. Fone:(55)9154-4496. (TA96A-9) Vende-se Fiat Uno, ano 92, cor bege. Valor R$ 6.000,00. Fone:(55)9147-6851. (TA944-7) Vende-se Palio, Fire, modelo 2007, 2 portas, cor branco, ar quente. Fone:(55)9164-7065. Fonte: Globo Rural

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(TA95F-7) Vende-se Fiat Uno, ano 97, branco, 4 portas, em bom estado, rodas boas, tudo ok, documentação em dia. Valor R$ 7.000,00. Negocia-se com Gildo. Fone:(55)9180-9880.


12 Helicoverpa expôs precariedade da defesa sanitária brasileira

Na avaliação de Almir Dalpasquale, presidente da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), “o Brasil ainda perde muito por não ter uma política de defesa sanitária ajustada ao dinamismo e à necessidade do campo”. Segundo ele, “uma praga nova que entra no País deixa isso muito claro”. Ele cita como exemplo o caso da Helicoverpa armigera: “O tempo de resposta do governo para liberar produtos de defesa e organizar um plano de controle dessa praga expôs a precariedade de todo um sistema de registro e disponibilização de tecnologias, inclusive de produtos genéricos e biológicos”. Dalpasquale conta que a Aprosoja foi obrigada a elaborar listas de produtos prioritários e trabalhar intensificando a pressão política sobre os órgãos de registros. “A entidade percebeu o grande gargalo, a lei e normas atuais acoleiraram a ciência e soltaram as feras da burocracia, criando um grande cartório. Se considerarmos o prazo médio de registro de seis anos para um produto novo, é o mesmo que condená-lo a ser lançado já obsoleto”, lamenta. O dirigente adiantou que a Aprosoja Brasil trabalhou durante todo o ano de 2014 em uma proposta de atualização do marco legal de agrotóxicos e de defesa vegetal. “Mas é um assunto para ser resolvido no médio prazo, por isso, ainda teremos muito trabalho em 2015.”

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Lavoura.

45 mil hectares de soja são confirmadas em Ijuí

E

m Ijuí foi confirmada a previsão de plantio de 45 mil hectares com soja nesta safra. No município o plantio foi concluído, e em decorrência das últimas chuvas os produtores concluíram o cultivo nas áreas em que o solo estava muito seco. Porém, houve necessidade de replantio da oleaginosa em cerca de 10% da área destinada para a planta em lavouras ijuienses, também em razão da falta de chuva. Entretanto, com a boa intensidade de precipitações climáticas a tendência é que a soja apresente boa recuperação.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural.

SMDR realiza entrega máquina agrícola em Ijuí O Poder Executivo de Ijuí, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR) realizou, no último mês a entrega de uma ensiladeira a Associação de Produtores Rurais do Rincão dos Beck. O equipamento foi adquirido através de emenda parlamentar do deputado Federal Elvino Bohn Gass, de R$100.000,00; contra partida do Município, no valor de R$40.000,00 e da Associação, com

investimento de R$29.000,00. Conforme o presidente da Associação, Volmar Luiz Martins a máquina será utilizada para a produção de silagem na comunidade, facilitando e agilizando o trabalho, “além produzir uma forragem de qualidade para alimentar os animais”. A Associação de Produtores Rurais do Rincão dos Beck foi fundada em 2012 e atualmente conta com 13 famílias associadas.

Consutório Agrícola.

Fazenda Sustentável

Sua fazenda pode ganhar este prêmio; inscreva-se A revista Globo Rural, com o apoio do Rabobank e da Fundação Espaço ECO (FEE) lançam o 2º Prêmio Fazenda Sustentável. Agora, com uma novidade: qualquer propriedade rural pode participar. Não haverá divisões por categorias. As equipes técnicas da FEE e do Rabobank uniram seu know-how para analisar as perfomances econômica, social e ambiental de cada propriedade para classificar as cinco melhores do Brasil. Uma comissão, formada por renomados especialistas em sustentabilidade (professores universitários, representantes de entidades de pesquisa pública, organizações não-governamentais, consultores e especialistas em sustentabilidade), vai eleger as três fazendas mais sustentáveis. Na primeira fase, que vai até o dia 6 de fevereiro de 2015, será preciso fornecer informações gerais sobre a propriedade, atividades desenvolvidas, as boas práticas agrícolas utilizadas, entre outros. Esses dados, que são sigilosos, serão compilados e analisados por especialistas. Como no ano passado, as fazendas classificadas para a segunda etapa responderão outro questionário, mais detalhado, e depois, passarão por uma rigorosa seleção. Na terceira fase, profissionais técnicos e especializados visitam as propriedades para comprovar a veracidade das informações declaradas. Os vencedores serão conhecidos na revista Globo Rural em julho de 2015. Para participar, basta preencher o formulário online, acesse; http:// fazendasustentavel.revistagloborural.globo.com.

Consultor: Jorge Meneses, biólogo e consultor em piscicultura, tels. (11) 3081-4128 e (11) 99811-6744, tecnofishconsultoria@uol.com.br.

Como impermeabilizar o solo para lagos de pesca Fonte: http://www.agricultura.gov.br

A infiltração de água não tem como via única o fundo do lago. Também pode ocorrer pelas paredes ou taludes. A sugestão é iniciar a construção do lago e realizar uma compactação muito boa com o próprio solo do local. Faça um teste bombeando a água do rio para encher a área escavada e observe se a infiltração é significativa. Em geral, lago novo apresenta infiltração inicial grande que, com o passar do tempo, diminui. Caso contrário, é necessário realizar a impermeabilização, processo que proporciona uma melhor qualidade da água por impedir o contato do líquido com o solo. Faça os cálculos de toda a despesa que terá, ao longo dos anos, com a conta de energia elétrica para repor as perdas por meio do bombeamento e compare com o valor do investimento para aquisição de manta, lona ou alvenaria, materiais que podem durar por longo prazo. Vale lembrar também que será necessário construir monge e ralo, ou instalar um “cotovelo articulado” com a finalidade de remover periodicamente a água do fundo, que é pobre em oxigênio e rica em matéria orgânica e gases nocivos.

Oportunidade.

Brasileiros podem candidatar-se a trabalho rural temporário nos EUA Os brasileiros com especialização ou experiência em profissões relacionadas à atividade agrícola e pecuária já podem candidatar-se para trabalhar temporariamente nos Estados Unidos. O USCIS (serviço de imigração dos EUA) divulgou em sua página na Internet novas diretrizes para a qualificação ao visto “H-2A”. Esse programa permite que empregadores norte-americanos recrutem estrangeiros para preencher vagas de trabalho

temporárias na área rural. O processo, no entanto, não é tão simples e rápido. Aquele que oferece a vaga para alguém de fora dos EUA deve entrar com uma petição para trabalhador não-imigrante junto ao USCIS em nome do candidato, provando a existência de uma vaga aberta e demonstrando que não há cidadãos locais disponíveis e em número suficiente para o preenchimento. O serviço de imigração norte-americano

autoriza a permanência de acordo com o período estabelecido na certificação temporária. O visto pode ser estendido por um ano (a cada vez), com um limite máximo de estadia de três anos. Após isso, o trabalhador deve deixar o país e permanecer fora dos EUA por um período ininterrupto de três meses antes de requisitar a reentrada. Ele pode levar cônjuge e filhos solteiros menores de 21 anos, mas estes não poderão trabalhar.

Fonte: Agrolink

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SETREM

Abertas inscrições nas Pós-graduações

na área da Agronomia

Matrículas para as especializações em Extensão Rural e em Fitossanidade podem ser feitas até o dia 10 de março

E

stão abertas as inscrições para as duas pós-graduações na área da Agronomia lançadas pela SETREM: Extensão Rural e Fitossanidade. Matrículas abertas até 10 de março, com aula inaugural marcada para o dia 13 do mesmo mês. Mais informações e inscrições: posgraduaca.setrem. com.br e ou 3535 4600.

Extensão Rural

A especialização em Extensão Rural tem como público-alvo profissionais graduados nas diversas áreas do conhecimento, com interesse em aprofundar o estudo sobre o tema. Serão oferecidos elementos teóricos e práticos para a elaboração de diagnósticos complexos que permitam a formulação de projetos de desenvolvimento rural sustentável nos âmbitos local, municipal e territorial. A formação vai promover reflexões sobre as sociedades rurais e discutir ferramentas para a identificação da diversidade de grupos sociais rurais e diferenças entre agroecossistemas, propor e discutir metodologias que permitam processos participativos junto aos diversos grupos sociais

rurais, foco de atuação da Extensão Rural, identificar e propor instrumentos para diagnósticos complexos visando a elaboração de projetos de desenvolvimento rural sustentável no âmbito local, municipal e territorial, além de desenvolver a pesquisa tendo em vista o aprofundamento de conhecimentos na área de Extensão Rural, Desenvolvimento Rural Sustentável, Sociedades Rurais e Projetos de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Fitossanidade

A especialização em Fitossanidade tem como público-alvo egressos dos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental, Biologia e Tecnólogos destas áreas. A formação visa qualificar profissionais do setor agropecuário para que os mesmos possam manejar os controles fitossanitários de forma ética, responsável e comprometida com interesses econômicos, sociais e ambientais. As duas pós-graduações têm carga horária de 450 horas/aula e ocorrem com dois ou três encontro mensais, às sextas-feiras à noite e aos sábados.


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Fetag.

Contribuição Sindical A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), em conjunto com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, informa a todos os agricultores e agricultoras, que trabalham em regime de economia familiar, que o pagamento da Contribuição Sindical Rural pode ser feita neste mês de setembro junto ao seu sindicato. O pagamento é OBRIGATÓRIO para todos os integrantes da categoria, independente de estarem ou não filiados ao sindicato. A Contribuição Sindical tem fundamentação legal no artigo 149 da Constituição Federal. Além disso, é comprovante de exercício da atividade rural. Todas as conquistas, tais como a aposentadoria, o salário-maternidade, os financiamentos agrícolas com juros diferenciados, os programas Troca-troca, habitação rural, entre outras políticas públicas importantes, são oriundos das lutas do conjunto do movimento sindical (Fetag-STR`s-Contag) e que proporcionam uma maior qualidade de vida a você, agricultora e agricultor, que antes não tinham. Mesmo assim, é importante registrar que para que estas conquistas sejam mantidas é necessário que o movimento sindical se mantenha sempre mobilizado e a categoria cada vez mais consciente e participativa, fortalecendo a nossa organização sindical dos trabalhadores rurais. Procure o sindicato dos trabalhadores rurais e pague a contribuição sindical!

Prorrogado por dois anos emplacamento de tratores O Diário Oficial da União publicou a prorrogação do emplacamento de tratores e máquinas agrícolas pelo prazo de dois anos, a contar da data da publicação. A medida já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, pelo Senado e aguarda a sanção presidencial. O presidente da Fetag, Elton Weber, havia sido informado que haveria a prorrogação no dia 10 de dezembro, quando coordenava a assembleia geral da entidade e recebeu uma ligação do ministro das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi. Weber entende que a decisão do ministro atende ao ofício encaminhado pela Fetag no dia 1° de dezembro, o qual solicitava a prorrogação. O dirigente lembra que tramitam no Congresso Nacional as MP`s 656 e 658 e que emendas ao texto das mesmas devem alterar as regras que exigem o registro e o emplacamento das máquinas agrícolas. “Com certeza o prazo de dois anos vai dar tempo para que os deputados modifiquem a lei para corrigir as distorções existes”, justifica.

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Moderfrota.

Taxa de juros do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras é mantida até junho de 2015 Taxa de juros do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras é mantida até junho de 2015

A

s taxas de juros para financiamento do programa vão permanecer inalteradas até junho de 2015. A decisão foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de dezembro. Com a decisão, será mantida em 4,5% a.a e 6,0% a.a as taxas efetivas de juros, respectivamente, para o produtor rural cuja renda anual é de até R$ 90 milhões e superior a R$ 90 milhões. Os prazos de reembolso mantiveram-se em até 8 anos para aquisição de itens novos e em até 4 anos para os usados. Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, a permanência das taxas de juros é um compromisso assumido com a presidenta da República, Dilma Rousseff, por ocasião do anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015, e vai beneficiar o agricultor nos próximos meses. “O momento para a compra de equipamentos é agora no início de 2015, quando começa nova safra. Assim, o produtor rural vai contar com condições especiais de financiamento para modernizar a frota de tratores e colheitadeiras”.

Segundo o secretário interino de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, a manutenção dos juros traz mais segurança ao produtor, que poderá, com maior facilidade de pagamento, modernizar a frota agrícola. “A decisão assegura os recursos para o financiamento do Moderfrota com juros mais baixos que outros programas, proporcionando para o agricultor a possibilidade de renovação das máquinas”, disse. Com o Moderfrota, o agricultor pode financiar a compra de itens novos, entre eles, tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas de corte, além de equipamentos para preparo, secagem e beneficiamento de café. É possível financiar ainda a compra de itens usados como tratores e colheitadeiras com idade máxima de 8 e 10 anos, respectivamente, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras e semeadoras, com idade máxima de 5 anos. O limite de crédito é de 90% do valor dos bens objeto do financiamento, sendo que, para produtores que são beneficiários do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o limite será de 100%.

Consutório Agrícola.

Fonte: http://www.agricultura.gov.br

Como eliminar caramujos Iscas tóxicas só devem ser utilizadas quando a praga estiver provocando muitos danos No varejo especializado há disponíveis iscas tóxicas que servem para eliminar caramujos. Contudo, o produto comercial só deve ser utilizado quando a praga estiver provocando muitos danos no local. Caso contrário, é indicado remover os caramujos do ambiente manualmente. Com luvas de borracha ou sacos plásticos, pegue os moluscos invasores e coloque-os em água quente. O caramujo é transmissor de vermes, que causam doenças graves ao ser humano, podendo levá-lo à morte. Distúrbios do sistema nervoso, fortes e constantes dores de cabeça, perfuração intestinal e hemorragia abdominal, são alguns dos sintomas de enfermidades ocasionadas pelo animal em pessoas. Há diversas espécies de caramujo no país, com destaque para o exótico e agressivo caramujo-gigante-africano (Achatina fulica), que tornou-se uma praga agrícola e urbana de importância econômica.

Consultor: Francisco José Zorzenon, pesquisador do Laboratório de Entomologia do Instituto Biológico.

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PRINCIPAL

Mandioca

movimenta a comercialização nos mercados da região noroeste Mandioca, aipim, castelinha, uaipi, macaxeira, mandiocadoce, mandiocamansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre, mandioca-brava e mandioca-amarga são termos brasileiros para designar a espécie Manihot

A

s denominações “aipim” e “macaxeira”, entre outras, são usadas para os tipos com baixa toxicidade e que podem ser consumidos in natura. O nome dado ao caule do pé de mandioca é maniva, o qual, cortado em pedaços, é usado no plantio. Trata-se de um arbusto que teria tido sua origem mais remota no oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia) e que, antes da chegada dos europeus à América, já estaria disseminado, como cultivo alimentar, até a Mesoamérica(Guatemala, México). Espalhada para diversas partes do mundo tem hoje a Nigéria como seu maior produtor. Apesar da grande diversidade, o sistema produtivo da cadeia da mandioca apresenta três tipologias básicas: a unidade doméstica, a unidade familiar e a unidade empresarial. Essa tipologia leva em consideração a origem da mão-de-obra, o nível tecnológico, a participação no mercado e o grau de intensidade do uso de capital na exploração. Entretanto, esse mercado vem crescendo e conquistando um grande espaço na região noroeste, a qual conta uma agroindústria, localizada no interior de Ijuí, em que a produção é toda manual, já que é mais rápida e garante um produto de excelente qualidade. Além disso, a escala de produção de mandiocas exige mão de obra, o que segundo o proprietário do sítio ijuien-

se, é algo difícil de conseguir hoje, em decorrência do trabalho árduo que a produção exige. “A mandioca envolve muita mão de obra, é mais complicado quando comparada a monocultura, por exemplo, que é mais mecanizada. Nós utilizados os implementos manuais, como inchada, e ninguém quer mais saber de lidar nessas coisas. Por isso, hoje o custo para manter o pessoal no interior é difícil”, explica o produtor. Há aproximadamente vinte anos no mercado de mandioca, juntamente com a produção de milho, o agricultor que foi bancário por alguns anos, trocou a vida corrida e agitada da cidade, pela calmaria e simplicidade do campo, para ir atrás do seu futuro, iniciando sua plantação com pouca terras e quase sem nenhuma infraestrutura. “Larguei tudo e fui para fora, as pessoas me chamavam de louco, simplesmente comecei do zero, pois quando sai do banco não tive direito a nada, eu só tinha um fusca na época, o vendi para começar a vida no campo. Mas devagarzinho fomos aumentando nossa área, claro que hoje é suficiente para nossa produção, sendo que plantamos 40 hectares, com aproximadamente 150 mil pés de mandiocas e 25 hectares de milho verde”, conta. Contudo, a troca da cidade pelo

campo rendeu a ele e sua família uma nova forma de viver, conquistando o mercado de Ijuí, Cruz Alta e agora de Panambi. “Tudo foi uma consequência, quando começamos não tínhamos nada, nem trator ou animais. No início plantávamos e vendíamos para o pessoal que entregava nas feiras, vendíamos em casa, eu e minha esposa, também descascávamos e entregávamos em uma antiga padaria de Ijuí. E assim foi dando certo, e depois apareceram mercados, os quais eram maiores, aí paramos de vender para os feirantes, e de mercado em mercado fomos chegando, conversando, expondo nossa proposta”, relata ele sobre o início de sua até então aventurada produção. Pioneiros na época, o agricultor e a esposa tiveram a ideia de embalar as mandiocas a vácuo, o que não existia naquele período. “Trabalhávamos com pacotes amarrados, aí vimos que o que estragava o produto era o ar, que preteava a mandioca. Então, em uma visita ao matador da Cotrijui, olhamos como eles faziam os embutidos, e logo em seguida compramos uma maquinazinha de embutidos também, e assim demos continuidade a produção”, lembra.

Realidade atual “Hoje para iniciar é difícil. Nós temos câmera fria, contêiner, caminhão frigorífico, mas tudo isso envolve mão de obra, porque só a família não da conta. Existem épocas de pico, como no período de abril até agosto, em que mais precisamos de gente, a plantação não apresenta problemas, mas é sempre corrido. A mandioca não gosta muito de umidade, não depende muito de chuva, mas temos que colocar duas culturas, pois uma repõe a outra, no caso o milho repõe tudo que a mandioca precisa na terra, a palha do milho deixa forte o potássio que o que mandioca precisa, para cultivar melhor”, enfatiza. Todavia, o entrevistado revela que são grandes os benefícios da plantação da raíz, e que nos mercados o custo em média é de R$ 5 a R$ 6, o quilo. “É muito válido sim, e nesse período o consumo é grande, já que estamos em uma fase de entre-safra e ninguém tem mandioca, por isso vende-se a quantidade que estiver disponível, mas claro presando sempre a qualidade, investimos em cima disso, obviamente colocamos a margem da gente, mas em cima da qualidade. Porém, falta incentivo para pessoas continuarem no interior, pois as leis não favorecem, são muito divergentes. Há pouco apoio para começar, além disso o comércio a ser conquistado tem de ser muito batalhado, tudo devagar”, conclui.


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H istória da mandioca Existem várias lendas que explicam a origem da mandioca, porém a mais conhecida é sobre Mani. Mani era uma linda indiazinha, neta de um grande cacique de uma tribo antiga. Desde que nasceu andava e falava. De repente morreu sem ficar doente e sem sofrer. A indiazinha foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou e como era a tradição do seu povo. Todos os dias os índios da aldeia iam visitá-la e choravam sobre sua sepultura, até que nela surgiu uma planta desconhecida, então os índios resolveram cavar para ver que planta era aquela, tiraram-na da terra e ao examinar sua raiz viram que era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca. A “Mandioca” origina-se do termo tupi mãdi’og, mandi-ó ou mani-oca, que significa “casa de Mani”, sendo Mani a deusa benfazeja dos guaranis que se transforma em mani-oca. “Aipim” origina-se do termo tupi ai’pi.”Maniva” origina-se do termo tupi mani’iwa.

CURIOSIDADE Como encontra-se na clássica obra Casa-Grande & Senzala, ao chegarem ao Brasil, os primeiros europeus se espantaram com a fartura da farinha de mandioca, muito mais abundante e fácil de ser obtida que a farinha de trigo europeia. No Brasil Colônia, foi um dos principais alimentos utilizados pelos colonos. Em forma de farinha, integrava vários pratos, como bolo, beiju, sopa, angu e, às vezes, misturada apenas com água ou com feijão e carne, quando havia. Os tipos de farinhas comuns na região Norte do Brasil: farinha-d’água, Farinha de tapioca, farinha do uarini e farinha suruí. A mandioca tinha uma enorme importância para a alimentação dos índios e dos primeiros colonizadores do Brasil e, como se vê acima no trecho de carta do Padre José de Anchieta de 1554, foi o motivo para a fundação da cidade de São Paulo.Os cintas-largas do Mato Grosso e Rondônia obtinham a raiz de maneira peculiar: ao invés de arrancar o pé inteiro, como quase todos os outros índios faziam, suas mulheres cavavam o solo e removiam apenas as raízes grandes, deixando as menores se desenvolverem.. Os tupinambás da Bahia faziam a giroba, um tipo de cauim, que também servia como alimento. A mandioca era descascada, cortada em pedaços, cozida, socada em pilão, cozida novamente com mais água e colocada em vasilhame para fermentar. A massa cozida não era mastigada como na maioria dos cauins, sendo amassada no pilão e mesmo assim ocorria o processo de fermentação. As mães alimentavam crianças pequenas com a giroba, que, segundo a crença, permitia-lhes que se desenvolvessem em adultos fortes e saudáveis. Os araras do Pará, que eram nômades não cultivavam mandioca. Os omáguas do Alto Amazonas colhiam a mandioca e a enterravam deixando apodrecer parcialmente e assim a consumiam. Os camaiurás do

Mato Grosso, para virar beiju, talhavam na madeira a pá, que apresentava a extremidade semicircular. Os caiabis do Mato Grosso assavam a mandioca com casca na brasa, descartavam a casca e deixavam-na de molho na água. No outro dia, a mandioca era amassada e comida fria. Algumas tribos não conheciam o tipiti, como os paracanãs, do Pará, faziam a farinha cortando a mandioca, cozendo-a e espremendo-a em uma esteira para remover a parte líquida. As bolas de mandioca eram secas em um jirau, desfeitas, peneiradas e torradas. Da mandioca, os ameríndios obtinham uma grande variedade de derivados, como Arumbé, ou seja, uma massa de mandioca com pimenta, ou o Beiju, que é o pão de mandioca é feito em farelos e aspergido com água, resultando em uma massa grudenta que é espalhada sobre uma chapa quente, sendo continuamente virada de um lado e do outro. Os caiabis do Mato Grosso faziam o beiju deixando a mandioca brava de molho por uns dias. Depois ela era descascada e bem seca ao sol. Ela era socada nopilão, umedecida e assada de um só lado. Os Txukahamãe ou Megaron da mesma região envolviam a massa de mandioca em forma de quadrado em folha debananeira e a colocavam entre pedras aquecidas, cobriam-na com mais folhas e terra e a deixavam assar por horas. Os xirianás de Roraima assavam não só obeiju nos largos discos de argila, como também carnes de caça. Um modo diferente de preparar o beiju era praticado pelos Haló’ T´é Sú do Mato Grosso. Removiam as cinzas e brasas do fogo e no local colocavam a farinha, que era comprimida até formar os beijus. As cinzas e brasas eram sobre eles colocadas, que ficavam assados em quinze minutos. As brasas eram removidas com umavareta e os beijus batidos para a remoção das cinzas.

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dois pisos, com três quartos, sala, cozinha, dois banheiros, área grande nos fundos, terreno medindo 16m de frente por 25m de fundo. Valor R$ 160.000,00 aceito carro como forma de pagamento. Fone:(55)9185-3777. (UAA5A-6) Vende-se Casa com escritura, na Avenida São Luiz, quase em frente ao Posto de Saúde. Aceita-se F-1000, 608, ou carro. Fone:(55)9949-3804. (UAA58-4) Vende-se casa, de alvenaria, amplo terreno, muito bem conservada, dois quartos, cozinha, sala, banheiro, áreas cobertas, galpão nos fundos com ótima conservação, garagem coberta, pátio todo fechado, ótima localização, Rua Cassiano Ricardo, nº 743, Bairro Boa Vista. Valor R$ 150.000,00, mas aceitamos negociações. Contato Susana. Fone:(55)9156-6280. (UAA4B-9) Vende-se Casa 2 pisos, na Rua Benjamim Bariquelo, Bairro Gloria, rua asfaltada, com área comercial na parte de baixo. Valor R$ 330.000,00. Aceito carro, terreno ou casa no negocio. Fone:(55)9137-0200. (UAA45-3) Vende-se Apartamento, na Rua do Comercio, Edifício Scheffer, Centro, 3 quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, sacada, 3º andar, AP 031, 100 M². Valor R$ 280.000,00, aceito carro ou gado no negocio. Fone:(55)9635-3130. (UAA1A-5) Vende-se casa mista, no bairro Tiaraju, próximo ao clube, Rua Flores da Cunha, terreno 12x46m, 3 quartos, 2 salas, 2 banheiros, cozinha grande, área de festas e mais dependência nos fundos. Valor R$ 290.000,00. Negociável. Fone:(55)9173-8881. (UAAE4-9) Aluga-se 1 kit net no Térreo, (Cozinha, Quarto e banheiro), na Rua Goiás, próximo ao supermercado Zaffari. Valor R$ 250,00. Exige-se 1 fiador com imóvel no nome. Horário de atendimento 13:30 as 18:00. Fone:(55)3333-2705. (UAADE-3) Aluga-se kit-Net, com mobília. Rua Maceió, Nº 370, Bairro Burtet. Fone:(55)9680-9422.

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PRODUTIVIDADE

Solo bem nutrido gera mais lucro ao produtor O SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA (ILP) VISA INTEGRAR OS COMPONENTES PECUÁRIO E AGRÍCOLA (EM ROTAÇÃO, CONSÓRCIO E SUCESSÃO) NA MESMA ÁREA, EM UM MESMO ANO AGRÍCOLA OU POR VÁRIOS ANOS. UM DOS OBJETIVOS DO ILP É BUSCAR SOLUÇÕES EFICAZES PARA O SETOR PRODUTIVO

A

recuperação de pastagens degradadas é uma das recomendações essenciais para que o trabalhador rural mantenha uma boa produtividade sem precisar expandir a área plantada. O pesquisador Antônio Marcos Coelho esclarece que na maioria das regiões produtivas do Brasil predomina o solo com baixa fertilidade natural e com alta acidez. Em consequência, ocorre a necessidade de importação de fertilizantes. Para a safra de 2011/2012 foi necessário importar 70% dos insumos, o que representou um gasto de nove bilhões de dólares. “Esse percentual tem crescido a uma taxa de 4% ao ano no Brasil. Por isso, para reverter essa situação,

Cama de frango é uma alternativa de adubo orgânico A cama de frango é um adubo orgânico que pode ser utilizado para a preparação do solo nos sistemas de iLP. É uma compostagem eficiente para eliminar agentes patogênicos, evitar a infestação de moscas e a proliferação de pragas de solo como cupins e larvas de besouros. O gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Walfrido Machado Albernaz, informa que a região de Sete Lagoas (MG) tem a maior produção desse fertilizante natural no Estado. “A adubação com a cama-de-frango permanece por mais de um ano. Porém, antes de aplicar esse recurso, o produtor deve fazer a análise de solo e do composto para a adubação, de acordo com a exigência nutricional da cultura a ser semeada, para, se

é necessário construir a fertilidade dos solos, usando tecnologias mais eficientes, que permitam reduzir o uso de fertilizantes”, afirma. O manejo da fertilidade do solo começa com uma boa amostragem para análise química e física de fertilidade. O diagnóstico da análise permitirá fazer um planejamento da adubação, considerando as culturas que vão compor os sistemas de produção, a exemplo do milho consorciado com a brachiaria. “Temos que observar também as exigências nutricionais das culturas e compor o solo com os nutrientes necessários para a cultura mais exigente. Isso nos dá como retorno maior sustentabilidade do sistema e ganhos econômicos”, coloca Antônio Marcos.

necessário complementar com adubo químico”, diz. De acordo com a Emater, a análise do fertilizante orgânico, que neste caso é a cama de frango, é necessária para determinar a quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio que o fertilizante possui. Além de nitrogênio, potássio e fósforo, enxofre, zinco, cálcio, magnésio, ferro, cobre e outros micronutrientes, a cama de frango também possui matéria orgânica. A matéria orgânica melhora a capacidade de armazenamento de água, facilita o crescimento das raízes das plantas e retém água e nutrientes no solo. “Para ser mais viável como fertilizante, a cama de frango deverá ser compostada usando-se aditivos biológicos e químicos, como fosfato, gesso, etc. Além disso, a mistura da cama de frango com o esterco bovino pode favorecer a compostagem, pois melhora a

O calcário e o gesso agrícola são dois insumos utilizados para corrigir o solo. Assim como para fazer a calagem, o resultado da análise de solo permitirá mensurar, também, a necessidade ou não de aplicação de gesso. A quantidade de gesso é determinada após a verificação do grau de acidez na camada subsuperficial do solo, abaixo dos 20 cm de profundidade. “Se essa camada apresentar grau de acidez que prejudique a planta, bem como baixo teor de cálcio, é justificado o uso do gesso agrícola. O gesso proporcionará uma melhoria da fertilidade do solo e maior desenvolvimento do sistema radicular da planta. Consequentemente, haverá maior tolerância da cultura

relação carbono-nitrogênio”, afirma Albernaz. Walfrido considera que são necessários mais investimentos em pesquisa para o desenvolvimento de melhorias contínuas no processo de compostagem, na distribuição e na transferência da tecnologia para os produtores. Ele destaca também a necessidade de haver maior fiscalização do uso irregular da cama de frango para incentivar sua melhor utilização como fertilizante.

Pastejo de animais favorece a recuperação do solo A pastagem realizada em área degradada faz o rebanho bovino produzir mais gás metano e ocasiona o aumento da emissão de gases de efeito estufa, além de prejudicar o desenvolvimento dos animais. “No sistema integração Lavoura-Pecuária recomenda-se ao produtor fazer a rotação das

aos períodos de déficit hídrico”, orienta Antônio Marcos. O representante da Agronelli – Insumos Agrícolas, João Donizette do Amaral Júnior, ressalta que o gesso agrícola é um fertilizante condicionador de solos, porque é uma fonte eficiente de cálcio e enxofre, promove maior desenvolvimento radicular em profundidade e permite a redução da saturação por alumínio. “O gesso agrícola aumenta a eficiência agronômica no aproveitamento dos fertilizantes e promove maior resistência da planta à seca e maior acesso ao volume de água e nutrientes disponíveis no solo”, diz. Ao fazer o planejamento da adubação para o cultivo de gramí-

culturas e dos pastos, para beneficiar os dois sistemas. O manejo adequado propicia ganho de peso para os animais nos períodos de seca e equilíbrio na época de chuva”, orienta o médico veterinário da UFMG, Fabiano Alvim. Outro benefício de pastagens intensificadas é evitar a desertificação do solo. “Muitas áreas desertas decorrem da ausência de herbívoros. O pastejo com animais pode reverter a situação. Além disso, para o pecuarista, uma área bem tratada, proporciona maior produção de leite ou de carne, com menos animais”, afirma Leovegildo Lopes de Matos, pesquisador da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora). “O solo é o principal recurso do produtor, de onde ele deve tirar o recurso (forragem e grãos) para alimentar melhor o rebanho. O gado bem alimentado tem mais saúde e gera mais lucro”, afirma Matos.

neas o produtor deve observar, na análise laboratorial, todos os micronutrientes necessários para o solo e dar especial atenção aos elementos zinco e boro, que são limitantes para a produtividade do solo. Antônio Marcos alerta para a necessidade de se fazer a adubação nitrogenada de cobertura, principalmente para o cultivo de gramíneas como o milho e a brachiaria para pastagem. Para isso, o produtor precisa observar o resultado da análise química do solo e determinar qual potencial produtivo deseja alcançar na safra. “As exigências nutricionais das culturas em relação aos componentes nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) também devem ser avaliadas” afirma.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo, por Sandra Brito

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Futuro brasileiro

Ministra da Agricultura quer ampliar classe média rural Maioria dos produtores está nas classes D e E diversas fases da adubação, melhor época de aplicação dos nutrientes, dosagens e critérios de aplicação. Conforme a pesquisadora da Embrapa Algodão, Ana Luiza Borin, que é especialista em Ciência do Solo, a adubação do sistema produtivo tem como premissa o balanço de nutrientes ao longo do ciclo das culturas envolvidas no processo, visando o sistema como um todo e não uma única cultura. “Nos cultivos da soja, do milho e do algodão, que são os predominantes no Cerrado, a elaboração de um programa de adubação com o acompanhamento de um engenheiro agrônomo é fundamental e deve começar pela análise do solo com o objetivo de diagnosticar as

limitações químicas e definir estratégias de correção e recomendação”, orienta. A pesquisadora destaca que é imprescindível o desenvolvimento de estratégias de manejo que tornem mais eficiente a utilização de fertilizantes em sistemas intensivos de produção de grãos e fibra, principalmente, se for considerada a dependência externa de aquisição de fertilizantes, a valorização de fertilizantes em relação ao algodão, o risco ambiental das adubações mal manejadas e a competitividade do produtor brasileiro no mercado agrícola globalizado. No caso do algodão, o custo com fertilizantes pode representar até 30% do custo total de produção, enquanto que no mundo, é próximo a 14%.

Fonte: Globo Rural

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proximadamente90% da área cultivada com o algodoeiro no Brasil está no bioma Cerrado, que apesar das boas propriedades físicas do solo e topografia favorável à mecanização, apresentam baixa fertilidade natural, elevada acidez, altos teores de alumínio tóxico às plantas e baixa reserva de nutrientes, principalmente fósforo, e por isso, são necessárias algumas correções antes do produtor dar início ao cultivo. Com o objetivo de melhorar a eficiência de uso dos fertilizantes na cultura, a Embrapa Algodão editou a publicação “Adubação do Algodoeiro no Ambiente de Cerrado”, que está disponível para download. O material traz informações sobre as

Cana.

Açúcar deve se recuperar no 2º semestre, prevê INTL FCStone Veja as previsões para café, algodão, trigo, soja, cacau, milho e fertilizantes A INTL FCStone prevê que os preços internacionais do açúcar iniciarão movimento de recuperação neste ano na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). De acordo com relatório divulgado no dia 05/01, pela consultoria, a perspectiva de um déficit de 2,8 milhões de toneladas tende a impulsionar as cotações da commodity, em especial no segundo semestre, para quando é esperado um aperto nos estoques globais por conta de produção menor no Brasil e na Tailândia. A tendência de valorização somente no final do ano também deve-se ao enfraquecimento do petróleo e ao fortalecimento do dólar ante

TRIGO A consultoria prevê que 2015 poderá ser de recuperação dos prejuízos de 2014, a começar pela perspectiva de preços mais remuneradores na entressafra, que deve ter oferta menor em virtude das perdas provocadas pelo clima adverso do ano passado. Fora isso, as tensões geopolíticas na Região do Mar Negro ainda persistem e têm potencial para sustentar os preços da commodity na Bolsa de Chicago.

as moedas emergentes. Para a FCStone, a divisa pode bater nos R$ 2,80 ainda no primeiro semestre e ficará 2015 todo em patamares acima dos de 2014. Isso porque, além da economia nacional patinando, há sinais de desacelaração também na China e de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, poderá elevar a taxa de juros de seus títulos. A FCStone acrescenta que, nos últimos meses de 2015, também estarão claras quais as medidas de apoio ao etanol tomadas pelo governo brasileiro. A consultoria avalia que o ano não será novamente dos melhores para o setor sucro-

energético. Com a economia enfraquecida, o crescimento da demanda pelo biocombustível é afetado. Externamente, os EUA deverão mais uma vez importar pouco etanol, já que a produção local é ampla. Para a FCStone, de positivo apenas a possibilidade de volta da cobrança da Cide sobre a gasolina, do quase certo aumento da mistura de anidro no combustível fóssil (de 25% para 27% ou 27,5%) e da já definida redução do ICMS sobre o hidratado em Minas Gerais, de 19% para 14%. Além do setor sucroenergético, a FCStone também fez perspectivas para outros segmentos:

CAFÉ Os preços devem continuar remunerando bem os produtores, já que a produção em 2015/16, estimada em 50 milhões de sacas, deverá ficar bem justa ante a demanda de consumo interno e de exportação, projetada em 53 milhões de sacas. “Os cenários de produção ficarão mais claros no primeiro trimestre, mas a trajetória não deverá ser tranquila - a volatilidade persiste e qualquer problema climático pode levar os preços a novos patamares”, informa o relatório.

CACAU A FCStone avalia que 2015 será de preços em alta para a commodity, puxados pela demanda crescente, em especial nos Estados Unidos, que se recuperam da crise, e em mercado que até então não consumiam muito, como os da Ásia. Na últimas cinco safras, o esmagamento da amêndoa acumulou crescimento de 17,6%, passando para 4,339 milhões de toneladas em 2014/15, que, por conta da demanda, deverá registrar déficit de 125 mil toneladas.

MILHO

FERTILIZANTES A China extingue neste ano a janela de baixas tarifas de exportação de fosfatos e nitrogenados, substituindo-as por uma única taxa ao longo de todo o ano. “A política dará preços mais competitivos aos seus produtos, tetos mais baixos ao mercado internacional, além de facilitar a logística e o planejamento comercial dos agentes do país”, diz a FCStone. Para a consultoria, outros fatores a serem monitorados em 2015 são: demanda por nitrogênio nos EUA, a importância do ratio soja/milho para o consumo de fosfatados e as consequências da concentração do mercado na comercialização de cloreto de potássio.

ALGODÃO Produção maior nos EUA e recuo das compras pela China pressionaram os preços da pluma em 2014. De acordo com a FCStone, o gigante asiático continuará sendo o fiel da balança em 2015: se voltar a comprar com força, poderá reduzir os estoques norte-americanos e a impulsionar as cotações na Bolsa de Nova York.

A FCStone diz que o crescimento da demanda pelo cereal brasileiro será tímido. “Com isso, o potencial de expansão do cereal, que é muito grande com a possibilidade de dois cultivos por ano, pode acabar sendo freado”, destaca a consultoria. “Uma alternativa seria encontrar novas opções de consumo, como o investimento na produção de etanol a partir do milho”, complementa.

SOJA

Para a consultoria, o ano começa indefinido para a commodity, pois a safra da América do Sul está sujeita a problemas climáticos, enquanto a dos Estados Unidos ainda não está completamente estimada. Por ora, contudo, as perspectivas são positivas para a produção nesses locais, mas, “mesmo que ocorra qualquer reversão dessas expectativas, dificilmente os preços voltarão aos níveis observados nos últimos anos”, pois “a oferta estadunidense será capaz de atender toda a demanda adicional prevista para 2015 e ainda restará uma quantidade adequada para os estoques de passagem.” Quanto aos derivados da soja, a FCStone diz que o farelodeverá seguir a oleaginosa e a ter preços mais baixos em 2015. Para o óleo, por sua vez, deve pesar a crescente produção do concorrente óleo de palma, também utilizado para programas de biocombustíveis. “Diante disso, acreditamos na manutenção dos preços em patamares mais baixos, assim como ocorrerá com a soja e o farelo.”


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Fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes

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Decreto de 2004 sobre insumos agrícolas tem partes alteradas

e acordo com informações do site do , a Presidenta da República Dilma Roussef assinou o Decreto nº 8.384, que altera o anexo ao Decreto nº 4.954, de 2004, sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à agricultura. Os textos publicados no Diário Oficial da União (DOU) passam a vigorar com algumas mudanças nas normais gerais sobre registro, pa-

dronização, classificação, inspeção e fiscalização da produção e do comércio destes produtos. A alteração foi motivada fundamentalmente pela mudança na Lei nº 6.894, de 1980, e pela Lei nº 12.890, de 10 de dezembro de 2013, que contemplaram mais duas classes de produtos: os remineralizadores e os substratos para plantas. “Estes insumos são importantes para a agricultura brasileira e a produção, importação e comercialização deles no País estavam prejudicadas pela ausência de previsão legal dos mesmos ao sistema de inspeção e fiscalização do Mapa”, explica Rubim Almeida Gonczarowsca, chefe da Divisão de Registros de

Algodão.

Estabelecimentos e Produtos do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Outra mudança detalhada no artigo 57 do Decreto aborda, também, o papel do setor. Neste ponto, independentemente do controle e da fiscalização do poder públicos, os estabelecimentos produtores, importadores e comerciantes deverão dispor de procedimentos escritos e mecanismos de controles e registros que assegurem a qualidade dos produtos e dos processos de fabricação dos produtos.Essa mudança visa garantir a produção, a importação e a comercialização de fertilizantes, inoculantes, corretivos, biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas com qualidade e seguros para a finalidade de uso proposto, conforme requisitos estabelecidos pelo Mapa. Nesse contexto, segundo Gonczarowsca, a fiscalização desses insumos, o setor regulado e a agri-

cultura brasileira “ganham” com o Decreto, “pela incorporação de novos produtos e modernização do marco regulatório, com a ampliação e revisão de conceitos e parâmetros relacionados às especificações técnicas, garantias, tolerâncias, formas de registros, processos de fabricação e sistemas de validação, identificação, controle de qualidade e rastreabilidade de produtos”. Inspeção e fiscalização – Até outubro deste ano, o Mapa realizou 3704 fiscalizações em estabelecimentos produtores de fertilizantes, corretivos agrícolas e inoculantes. Também houve a apreensão de 69,5 mil toneladas de fertilizantes sólidos e cerca de 188 mil litros de fertilizantes fluídos motivada, principalmente, por identificação irregular, deficiência do produto e falta de registro. As multas aplicadas pelo departamento somaram R$ 3, 9 milhões. No que se refere aos produtos amostrados, foram 181,3 mil toneladas de fertilizantes minerais sólidos e aproximadamente 105 milhões de litros de fertilizantes fluídos.

Produção de café.

Estratégias para otimizar a adubação Áreas de café do Brasil devem ter clima quente e seco no início de janeiro do algodoeiro no Cerrado sas fases da adubação, melhor época de aplicação dos nutrientes, dosagens e critérios de aplicação. Conforme a pesquisadora da Embrapa Algodão, Ana Luiza Borin, que é especialista em Ciência do Solo, a adubação do sistema produtivo tem como premissa o balanço de nutrientes ao longo do ciclo das culturas envolvidas no processo, visando o sistema como um todo e não uma única cultura. “Nos cultivos da soja, do milho e do algodão, que são os predominantes no Cerrado, a elaboração de um programa de adubação com o acompanhamento de um engenheiro agrônomo é fundamental e deve começar pela análise do solo com o objetivo de diagnosticar

as limitações químicas e definir estratégias de correção e recomendação”, orienta. A pesquisadora destaca que é imprescindível o desenvolvimento de estratégias de manejo que tornem mais eficiente a utilização de fertilizantes em sistemas intensivos de produção de grãos e fibra, principalmente, se for considerada a dependência externa de aquisição de fertilizantes, a valorização de fertilizantes em relação ao algodão, o risco ambiental das adubações mal manejadas e a competitividade do produtor brasileiro no mercado agrícola globalizado. No caso do algodão, o custo com fertilizantes pode representar até 30% do custo total de produção, enquanto que no mundo, é próximo a 14%.

Fonte: Reuters

Aproximadamente 90% da área cultivada com o algodoeiro no Brasil está no bioma Cerrado, que apesar das boas propriedades físicas do solo e topografia favorável à mecanização, apresentam baixa fertilidade natural, elevada acidez, altos teores de alumínio tóxico às plantas e baixa reserva de nutrientes, principalmente fósforo, e por isso, são necessárias algumas correções antes do produtor dar início ao cultivo. Com o objetivo de melhorar a eficiência de uso dos fertilizantes na cultura, a Embrapa Algodão editou a publicação “Adubação do Algodoeiro no Ambiente de Cerrado”, que está disponível para download. O material traz informações sobre as diver-

Fonte: Embrapa Algodão

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Os dois principais Estados produtores de café do Brasil deverão registrar clima seco e quente durante as próximas duas semanas, quando uma massa de ar quente avança sobre a região que foi atingida por forte seca no início de 2014, apontou o Reuters Weather Dashboard. As chuvas em Minas Gerais e Espírito Santo, que juntos respondem por cerca de 80 por cento da produção de café do país, deverão ficar abaixo da média para o mês de dezembro. As duas primeiras semanas do novo ano também deverão ser mais secas do que o normal, mostraram os dados da previsão. Uma seca que começou por volta desta mesma época no ano passado reduziu em cerca

de 10 por cento a colheita de café do Brasil, que terminou em agosto, e danificou tanto os cafezais que eles não vão se recuperar para uma produção normal na próxima temporada, cuja colheita começa em maio. Na principal região produtora de café do país, no sul-sudeste de Minas, as chuvas ficaram perto de 350 mm em dezembro, ante a média histórica de aproximadamente 480 mm. As condições deverão ficar ligeiramente mais secas na faixa oeste das regiões cafeeiras do Estado, onde estão importantes áreas de cultivo como o Cerrado e o Triângulo Mineiro, apontaram os dados. Com a ausência de ar mais frio e chuvas generalizadas que se deslocam através de

Minas Gerais e Espírito Santo ao longo das próximas duas semanas, as temperaturas vão subir acima da média. Meteorologistas dizem que uma massa de ar quente está estacionada sobre Minas Gerais e Bahia, o que vai atrapalhar o avanço normal de frentes frias rumo ao norte, mantendo as chuvas concentradas nos Estados do Sul do Brasil. O Estado de São Paulo, também importante produtor de café, registrou precipitações normais em dezembro e vai receber chuvas perto da média normal no início de janeiro, mostraram as previsões. As temperaturas devem subir acima do normal, no entanto, na primeira quinzena de janeiro.


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Clima favorece evolução das lavouras de soja

Produção. As condições climáticas registradas nos últimos dias no Rio Grande do Sul estão favorecendo a evolução da lavoura de soja, permitindo um bom desenvolvimento, sanidade e potencial produtivo

É

o que aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado no último dia 08/01. A cultura encontra-se em final de plantio no Estado, restando apenas algumas áreas na região Central e áreas que poderão ser semeadas como uma segunda safra no pós-colheita da primeira semeadura e no pós-fumo. Em algumas regiões onde as precipitações foram maiores, de acordo com a Emater/RS-Ascar, os agricultores estão aguardando a melhora das condições de solo para entrar na lavoura e fazer os tratamentos sanitários, visando proteger a soja das pragas e doenças e, em especial, realizar o monitoramento da ferrugem asiática. Diferente da situação registrada na soja, o clima tem prejudicado o manejo da cultura do arroz. As fortes chuvas causaram o rompimento de curvas de nível, aumentando o trabalho com a manutenção deste tipo de estrutura. Em outras áreas, de terras mais baixas, as lavouras e bombas de irrigação ficaram submersas, dificultando o manejo da água. Mesmo assim, de maneira geral, a cultura possui, até o momento, uma boa condição de produção, e as barragens

estão com plena capacidade de reserva. Segundo a Emater/RS-Ascar, o arroz tem 100% da lavoura implantada. Os técnicos da Instituição informam que a cultura vem se mantendo em estágio vegetativo pleno e nas primeiras áreas semeadas já ocorre a emissão da panícula. Os orizicultores continuam realizando tratos culturais com adubação nitrogenada de cobertura e controle de

plantas invasoras. Na região Centro Sul, de acordo com o informativo da Emater/RS-Ascar, o preço médio da melancia continua apresentando forte queda devido à grande oferta do produto. O produtor está recebendo em torno de R$ 0,30 pelo quilo da fruta, um valor bem inferior aos R$ 0,70/kg de melancia do início do mês. O preço ainda tende a cair nas próximas semanas. Quem colheu até esse

Produtores de Porto Xavier investem na produção e certificação orgânica uma agroindústria de Chapecó, no Oeste catarinense. “Nessa época também começamos a conhecer e nos envolver com Agroecologia e logo depois implantamos a agroindústria, que está dando certo até hoje”, relata.Para garantir que os seis hectares de cana-de-açúcar não sejam contaminados por lavouras próximas, a família possui duas barreiras naturais de mata e implantou outras duas com cipreste. A adubação da área é feita com plantas recu-

peradoras, a exemplo do feijão de porco e mucuna. São parceiros no processo de estímulo à produção e certificação orgânica, Rede Ecovida de Agroecologia, Emater/RS-Ascar, Agência Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (Arede) e Central de Cooperativas Unicooper e REMAF. “Essa parceria fortalece e dinamiza o processo de certificação solidária”, destaca o coordenador do Núcleo Missões, da Rede Ecovida, Ademir

Câmara de Conciliação busca ratificar filantropia e imunidade tributária da Emater/RS-Ascar

momento, obteve algum lucro, pois o preço, a partir de agora, deverá pagar somente os custos da produção e talvez nem isso. A comercialização da melancia concentra-se principalmente na Ceasa/Porto Alegre, às margens de rodovias e diretamente na lavoura. Grande parte do produto tem como destino final a região litorânea do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Agroindústria.

A visita à propriedade da família de Ramão e Dalva Cerri, em Porto Xavier, foi o início do roteiro de visitas de auditoria para revalidação dos certificados de conformidade orgânica entregues a mais de 30 produtores do Noroeste gaúcho, que produzem alimentos livres de venenos e insumos químicos. Uma amostra de 15 produtores deve receber a vistoria de integrantes da Rede Ecovida de Agroecologia até o final de janeiro. Além de produzir cana-de-açúcar de forma orgânica, a família Cerri mantém uma agroindústria de açúcar mascavo certificado como produto orgânico. Segundo Ramão, apenas em 2014 foram produzidas em torno de 25 toneladas de açúcar, produção destinada, principalmente, aos municípios de Porto Xavier, Pelotas, Santo Cristo e Santa Rosa. “Com esse reconhecimento e avanço na produção, tivemos a importante notícia de que nosso filho, que está trabalhando há oito anos na Região Metropolitana, vai retornar para casa”, comentou. Dalva lembra que a ideia de produzir açúcar mascavo surgiu há 12 anos, após visita a

Filantropia.

Amaral. Vistoriadores e entidades parceiras reúnem-se em fevereiro para avaliação da adequação das propriedades aos critérios de conformidade orgânica. Os produtos vistoriados devem estar adequados à legislação para fins de emissão de certificado e selo de produto orgânico, de acordo com a Instrução Normativa nº 46, de 6 de outubro de 2011, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para encerrar as ações da gestão 2011-2014, a Emater/RS-Ascar protocolou no dia 31 de dezembro, junto à Procuradoria da Fazenda Nacional, o pedido de instalação da Câmara de Conciliação e Arbitragem do Governo Federal, coordenada pela Advocacia Geral da União (AGU), para discutir o tema da filantropia. Trata-se do passo definitivo para a solução de controvérsias ainda existentes, seja na área administrativa ou judicial, tanto em relação ao Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Cebas) quanto à imunidade tributária. “Ao longo desta gestão, com apoio da sociedade gaúcha e trabalhadores da entidade, se enfrentou com determinação o tema da filantropia”, recordou o presidente da Emater e superintendente-geral da Ascar, Lino De David. Em março de 2013, a Emater/RS-Ascar recuperou administrativamente o Cebas, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), onde continuam as negociações referentes a períodos anteriores. Três meses depois - como resultado da Ação Popular que havia culminado em uma audiência pública com três mil lideranças - foi obtida uma

liminar judicial que restituiu a filantropia e a imunidade tributária. “A Câmara quer agora ratificar a imunidade tributária e a recuperação da filantropia de forma definitiva, abreviando longas discussões judiciais ou mesmo administrativas. Isso porque, na Câmara, todas as partes envolvidas estão sentadas na mesma mesa”, afirmou De David. A mesa de negociação será composta pela Ascar, por meio dos seus representantes (presidente Lino De David e advogados Jorge Müller e Rodrigo Dalcin); MDS; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); Procuradoria Geral da Fazenda Nacional; Advocacia Geral da União; Receita Federal do Brasil; e Ministério Público Federal (MPF). O pedido de instalação da Câmara teve como signatários os titulares do Mapa, Neri Geller; do MDA, Miguel Rossetto; o presidente do Incra, Carlos Mário Guedes de Guedes; o presidente da Famurs, Senger Menegaz; o presidente da Assembleia Legislativa, Gilmar Sossella; o procurador geral do Estado (PGE), Carlos Henrique Kaipper; e o reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Netto.


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(UAAD6-4) Vende-se Escort, ano 98, GLX, cor azul, completo, direção hidráulica, ar, vidro elétrico, roda esportivo, banco de couro. Valor R$ 11.000,00. Fone:(55)9192-6625. (UAACB-2) Vende-se Ford Pampa, ano 89, três lugares, banco de couro, 04 marchas, 1.6, cor branca, em bom estado de conservação. Valor R$ 8.000,00. Aceito troca por Palio, Celta ou Gol até R$ 15.000,00. Fone:(55)9134-6962. (UAA9A-7) Vende-se Camionete F-350, modelo antigo, motor e bomba reformada, cor azul, em bom estado. Valor R$ 12.000,00. Falar com Vilmar. Fone:(55)9145-0823. (UAA80-8) Vende-se Verona 1.8, AP, gasolina, IPVA 2014 pago, ano 91, vidro elétrico, em ótimo estado. Valor R$ 4.700,00. Fone:(55)9124-2283. (UAA39-9) Vende-se Ford Escort, ano 2000, 4 Portas, di-

CLASSIFICADOS

reção hidráulica, som, roda esportiva, 90 mil km original. Fone:(55)3332-2934.

R$ 12.000,00, troco os dois por caminhão mais novo, aceito proposta. Fone:(55)9174-3722.

(UAA38-8) Vende-se Focus, ano 2005, 1.6, 8V, em ótimo estado, ar, direção, vidro, trava, alarme, CD player, estudo troca menor valor ou moto Honda. Fone:(55)3332-2934.

(TA9AD-4) Vende-se Ford Fiesta, ano 99, 4 portas, motor reformado. Valor R$ 5.500,00 + R$ 900,00 de documento. Fone:(55)91450773.

(UAA36-6) Vende-se Fiesta Sedan, ano 2005, branco, 4 portas, completo, super inteiro. Aceito proposta. Fone:(55)9927-2129. (TAA10-4) Vende-se F-1000, ano 94, motor MWM, caixa grande, 5 marchas. Valor R$ 35.000,00. Fone:(55)99084242. (TA9D5-8) Vende-se Corcel 2, em ótimo estado. Valor R$ 2.500,00, aceito R$ 1.000,00 em dinheiro e o restante em material de construção. Fone:(55)9152-9121. (TA9CB-7) Vende-se Escort, SW, com rodas esportivas, MP3, em excelente estado. Fone:(55)8120-8888. (TA9C4-9) Vende-se F-4.000, ano 83, com direção hidráulica, carroceria de madeira. Valor R$ 27.000,00. Um Kadett, ano 97/98, GLS, 2.0, completo, com rodas esportivas. Valor

(TA98C-7) Vende-se Ford F-1000, branca, diesel, super inteira, ano 91, motor MWM. Valor R$ 27.800,00, interessados entrar em contato. Fone:(55)9118-4725. (TA982-6) Vende-se Versailles, 2.0, GL, ano 92. Valor R$ 4.500,00. Tratar com Fernando. Fone:(55)8105-9697. (TA97C-9) Vende-se Focus, 1.6, Hacth, 09/09, cor preto, Completo, banco de couro, roda liga leve, 4 pneus novos, alarme, interface, som original, manual e chave reserva. Valor R$ 27.900,00 p/ troca, avista posso negociar valor. Fone:(55)9135-7730. (TA96E-4) Vende-se F-250, ano 2002, cor prata, 150.000 KM, impecável, completa. Aceito carro de menor valor no negocio. Fone:(55)9148-0248. (TA960-8) Vende-se Escort SW, 4 portas, direção, vidros elétricos, alarme. Valor R$ 4.500,00. Fone:(55)9178-0816.

(TA959-1) Vende-se Focus Hatch, ano 2004, com nota fiscal, 2.0, completo, cor prata, roda 15 esportiva de fábrica, com alarme de fábrica e chave de bloqueio. Carro em ótimo estado e baixa quilometragem. Valor R$ 21.000,00. Fone:(55)9972-5808. (TA957-8) Vende-se Focus Sedan, ano 2008, preto, Glx, 1.6, 8 V, Completo, com banco de couro, rodas LL, DVD 7” touch, com Bluetooth, Lindo carro. Vale a pena conferir. Valor R$ 25.000,00. Aceito carro na troca. Fone:(55)8411-6075. (TA955-6) Vende-se Fiesta Sedan, Rocom, 1.6, completo, Airbag, ABS, computador de bordo, 14000 KM, único dono, estepe nunca rodou, estado de novo. Fone:(55)9621-7991. (TA952-3) Vende-se Ford Fiesta Sedan, completo, prata, ano 2005, quatro pneus novos, IPVA 2015 pago. Valor R$ 19.500,00. Fone:(55)8406-4124. (TA93B-7) Vende-se F-4.000, ano 1987, com direção hidráulica, 5 marchas, diferencial longo, muito boa de mecânica, motor, bico, bomba, excelente, aceito troca, de maior ou menor valor. Fone:(55)9994-0702. (TA928-6) Vende-se F-1.000, ano 84, com direção hidráulica, está em estado de nova. Fone:(55)9134-9861.

(TAA0E-2) vende-se Chevy, SL, ano 87, 4 pneus novos, bateria nova, carburador novo, cor vermelha. Fone:(55)9138-0731. (TA9E3-4) Vende-se Celta, 2 portas, ano 07, cor branca, trava elétrica, alarme. Aceito troca de menor valor. Fone:(55)9178-7719. (TA9CE-1) Vende-se Corsa Sedam, Classic, ano 03, completo. Valor R$ 12.500,00. Aceito troca. Fone:(55)9154-3940. (TA9CA-6) Vende-se Monza, SLE, ano 88, com vidro elétrico. Fone:(55)8120-8888. (TA9C7-3) Vende-se Vectra Expression SD, ano 2008, 8V, 2.0, cor cinza escuro, completo, interfase, abertura porta malas na chave, Ar Digital, espelho elétrico, Roda 16, carro em excelente estado. Valor R$ 28.700,00. Aceito proposta. 9175 3394 Fone:(55)91753394. (TA9C6-2) Vende-se Montana Conquest, ano/mod. 10, branca, ar condicionado, Direção Hidráulica, trava elétrica, alarme, revisada, 4 pneus novos, IPVA 2015 pago. Valor R$ 25.900,00. Fone:(55)9974-4555.

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(TA9AA-1) Vende-se Monza, Hatch, ano 83, branco, gasolina. Falta pagar R$ 140,00 seguro 2014. Valor R$ 2.000,00. Fone:(55)9152-2957. (TA9A3-3) Vende-se Montana, ano 13/13, preta, Ar e Direção Hidráulica, com 14.000 KM. Valor R$ 23.000,00 de entrada + 39X de R$ 548,00, aceito troca de meu interesse, por carro de maior ou menor valor. Fone:(55)9173-8881. (TA99E-7) Vende-se Meriva, ano 2003, Completa, segundo dono, branca, em excelente estado, vale a pena conferir, aro 15. Valor R$ 21.000,00

(55) 3331.6000

ou troco por carro de menor valor, com volta em dinheiro. Fone:(55)9135-4227. (TA98E-9) Vende-se Kadett, SL, 93, azul, vidro elétrico, trava, roda de liga, ótimo estado, nunca foi batido. Valor R$ 7.000,00. Fone:(55)91589968. (TA97A-7) Vende-se S-10, cabine dupla, MWM, 2.8, turbo, intercooler. Fone:(55)84021168. (TA975-2) Vende-se Kadett, ano 90, 1.8, gasolina. Aceito moto no negocio e restante em dinheiro. Fone:(55)9141-5056.

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Consumo de leite no país cresce 25% em um pouco mais de meia década Produtos lácteos. Atualmente, o Brasil é um país que consome mais leite do que

Agricultura.

Produtores gaúchos finalizam plantio de feijão Por Jornal do Comércio

consegue produzir. Em pouco mais de meia década, o consumo no país cresceu 25%, passando de 142 litros/ano por habitante em 2008 para 178 litros/ano por ano em 2014

P

ara as empresas que querem aproveitar este mercado em crescimento, é importante acompanhar as mudanças de comportamento do consumidor, elaborando, a partir daí, suas estratégias e medidas para manutenção da competitividade. O contexto favorável ao mercado lácteo envolve diversos fatores, apontados no relatório do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae – Consumidor de produtos lácteos – características e comportamento. Entre eles, o aumento populacional e de renda per capita, a grande demanda da classe C e a segmentação do setor – com produtos de melhor qualidade e mais diversificados, voltados para diferentes públicos, como idosos, crianças, esportistas e outros. Esse documento apresenta algumas tendências de mercado e indica como planejar e traçar estratégias para aproveitar oportunidades e maximizar resultados. O mercado de lácteos possui diferentes nichos que precisam ser atendidos. Veja alguns:

• Crianças: Sabor e diversão é o que elas procuram, mas o produto precisa ganhar a confiança dos pais, que buscam alimentos nutritivos para o desenvolvimento de seus filhos. O sabor dos produtos é fator de escolha para 86% dos consumidores. • Lácteos energéticos:

Voltados para praticantes de atividades físicas e mentais, preocupados com produtos saudáveis e que tenham valor

agregado. Um produto assim deve conter pouca gordura e calorias, sendo prático para o consumo. • Produtos fitness: Pessoas preocupadas em viver mais e melhor, que buscam equilíbrio adotando hábitos saudáveis e conciliando exercícios físicos com alimentação.

• Renovação e segmentação dos produtos: Desenvolvimento de produtos lácteos direcionados às necessidades

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

dos consumidores. É necessário realizar pesquisas sobre diferentes perfis de consumidor, segmentando por idade, gênero, estilo de vida, entre outros. Um exemplo são os intolerantes à lactose. Acompanhe as ações recomendadas pelo SIS do Sebrae às empresas interessadas em explorar as oportunidades do setor: • Busque profissionais

para desenvolver produtos lácteos diferenciados. • Realize pesquisas de mercado para conhecer as necessidades dos consumidores; • Trace estratégias de comunicação para educar o consumidor sobre os benefícios dos produtos lácteos; • Busque um designer para desenvolver embalagens atraentes, eficientes e educativas.

Etanol/Cepea.

Ano se inicia com preços estáveis De acordo com a Cepea/ Esalq as cotações dos etanóis no mercado paulista seguiram estáveis nos últimos dias, segundo informações do Cepea. Entre 29 de dezembro e 2 de janeiro, o Indicador CEPEA/

ESALQ (estado de São Paulo) do hidratado teve média de R$ 1,2804/litro (sem impostos), leve aumento de 0,08% sobre a semana anterior. Para o anidro, houve ligeira variação negativa de 0,09%

em igual comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 1,4361/litro (PIS/Cofins zerados). A expectativa é que, no correr de janeiro, o ritmo das vendas volte a se normalizar, com a necessidade de reposi-

ção de estoques por parte das distribuidoras. Ao mesmo tempo, algumas usinas podem apresentar maior interesse de venda, principalmente de hidratado, para “formação de caixa” em início de mês.

O plantio da primeira safra de feijão foi encerrado nos últimos dias no estado. Houve redução da área plantada devido, principalmente, à perda de espaço para soja. Além disso, segundo a Associação dos Produtores de Feijão do Rio Grande do Sul (Aprofeijão-RS), a falta de mão de obra para a colheita faz com que pequenos produtores abandonem a cultura, que fica, cada vez mais, concentrada em grandes propriedades. Algumas regiões iniciaram a colheita ainda em dezembro, mas encontram dificuldades pelo excesso de chuva. Com isso, a produtividade também pode apresentar queda. De acordo com o gerente técnico da Emater, Dulphe Machado Neto, o plantio ocupa 48,6 mil hectares, redução de 5,24% na comparação com a última safra. Em condições climáticas normais, a produtividade deve ser de 1,3 mil toneladas por hectare, queda de 4% na comparação com as 1,4 mil toneladas do ano passado, considerado um desempenho recorde. Dessa maneira, a produção gaúcha tende a cair 9%, fechando em 66,8 milhões de toneladas. A região de Caxias tem a maior participação em nível estadual, com 11,6 mil hectares e expectativa de colher, novamente, 1,4 mil toneladas por hectare.

Para Machado Neto, assim como no caso do milho, o feijão vem perdendo espaço, paulatinamente, para a soja. O processo, inclusive, está representado na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O cultivo ocupava, em 2001/2002, mais de 124 mil hectares no Estado. Dez anos depois, em 2011/12, a área havia reduzido pela metade, com menos de 60 mil hectares plantados. A previsão da entidade – mais conservadora do que a da Emater - em no seu último levantamento, era fechar 2014/2015 pouco acima dos 43 mil hectares. Enquanto isso, a soja ocupará 5,1 milhões de hectares. O presidente da Aprofeijão-RS, Tarcísio Ceretta, agrega mais uma causa para o menor interesse dos produtores no feijão: a escassez de mão de obra no campo. Afinal, as pequenas propriedades ainda necessitam da assistência de trabalhadores, principalmente, no período da colheita, em parte realizada manualmente. As regiões Central e do Alto Uruguai são as mais afetadas, segundo Ceretta. “O maquinário traz grande aproveitamento, mas é caro e acaba ficando disponível apenas aos grandes produtores, que tem concentrado a produção gaúcha”, explica.


32 dinheiro. Fone:(55)9141-5056. (TA971-7) Vende-se ou troca-se S-10, De luxe, ano 2000, 4X4, 2.5, branca, rodas esportivas, estribos, santo Antônio, pneus novos dianteiros. Fone:(55)9972-8475.

(TAA0E-2) vende-se Chevy, SL, ano 87, 4 pneus novos, bateria nova, carburador novo, cor vermelha. Fone:(55)9138-0731. (TA9E3-4) Vende-se Celta, 2 portas, ano 07, cor branca, trava elétrica, alarme. Aceito troca de menor valor. Fone:(55)9178-7719. (TA9CE-1) Vende-se Corsa Sedam, Classic, ano 03, completo. Valor R$ 12.500,00. Aceito troca. Fone:(55)9154-3940. (TA9CA-6) Vende-se Monza, SLE, ano 88, com vidro elétrico. Fone:(55)8120-8888. (TA9C7-3) Vende-se Vectra Expression SD, ano 2008, 8V, 2.0, cor cinza escuro, completo, interfase, abertura porta malas na chave, Ar Digital, espelho elétrico, Roda 16, carro em excelente estado. Valor R$ 28.700,00. Aceito proposta. 9175 3394 Fone:(55)91753394. (TA9C6-2) Vende-se Montana Conquest, ano/mod. 10, branca, ar condicionado, Direção Hidráulica, trava elétrica, alarme, revisada, 4 pneus novos, IPVA 2015 pago. Valor R$ 25.900,00. Fone:(55)99744555. (TA9AA-1) Vende-se Monza, Hatch, ano 83, branco, gasolina. Falta pagar R$ 140,00 seguro 2014. Valor R$ 2.000,00. Fone:(55)9152-2957. (TA9A3-3) Vende-se Montana, ano 13/13, preta, Ar e Direção Hidráulica, com 14.000 KM. Valor R$ 23.000,00 de entrada + 39X de R$ 548,00, aceito troca de meu interesse, por carro de maior ou menor valor. Fone:(55)9173-8881. (TA99E-7) Vende-se Meriva, ano 2003, Completa, segundo dono, branca, em excelente estado, vale a pena conferir, aro 15. Valor R$ 21.000,00 ou troco por carro de menor valor, com volta em dinheiro. Fone:(55)9135-4227. (TA98E-9) Vende-se Kadett, SL, 93, azul, vidro elétrico, trava, roda de liga, ótimo estado, nunca foi batido. Valor R$ 7.000,00. Fone:(55)91589968. (TA97A-7) Vende-se S-10, cabine dupla, MWM, 2.8, turbo, intercooler. Fone:(55)84021168. (TA975-2) Vende-se Kadett, ano 90, 1.8, gasolina. Aceito moto no negocio e restante em

(TA958-9) Vende-se Corsa, Super, 1.0, ano 99, Básico, Trava elétrica, Alarme, Rodas Liga Leve, Som em ótimo estado. Valor R$ 11.000,00. Aceito troca por Corsa, Sedan ou Clio Sedan de maior valor, pago a diferença a vista. Fone:(55)9923-2317. (TA93C-8) Vende-se Kadett, 95, GL, direção escamoteável hidráulica, vidro elétrico, trava elétrica, alarme, ar quente e frio, 4 pneus novos, bom de pintura e estofamento 100%, documentação tudo em dia, carro bem alinhado. Abaixo da tabela FIPE. Valor R$ 6.000,00. Contato André. Fone:(55)9169-1561. (TA936-2) Vende-se Celta, ano 2002, 2 portas. Valor R$ 10.000,00. Fone:(55)33326707. (TA931-6) Vende-se um Celta, ano 2003, 4 portas, com ar condicionado, cor prata, super inteiro, motor VHC, 7 CV. Fone:(55)9963-2267. (TA925-3) Vende-se Corsa, Super, ano 97, 1.0 MPFI, 4 portas, em bom estado, bom de pneu, básico, ar quente, desembaçador traseiro. Valor R$ 8.600,00. FIPE R$ 9.661,00. Fone:(55)9932-4381. (SA91D-4) Vende-se Kadett, SL, ano 92/93, carro super inteiro, vale a pena conferir. Valor R$ 9.000,00. Fone:(55)9962-5000. (SA8FD-8) Vende-se Vectra, ano 97, branco, GL, 8V, com Vidro elétrico, Trava Elétrica, Direção Hidráulica, alarme, menos ar, 2 pneus velas e cabos novos, todos os filtros e óleo novos, luz branca, suspensão revisada. Valor R$ 10.500,00 a vista. Fone:(55)9110-4960. (SA8EA-7) Vende-se Astra, ano 2002, completo, cor cinza, roda de liga leve, 4 pneus novos, farolete, direção escamoteável, (AC Higienizado). Fone:(55)9168-8388. (SA8D2-1) Vende-se Opala Diplomata, ano 89, 6 cilindros, em excelente estado, Pneus novos, motor, cruzetas, buchas, volante, chave de luz, chave de pisca, motor de arranque, pintura (feita a dois anos) tudo novo. Fone:(55)9139-2653. (SA8CF-7) Vende-se Vectra, ano 95, super inteiro. Motivo outros negócios. Falar com Beto. Fone:(55)9160-7171.

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CLASSIFICADOS

Implementos Agrícolas (TA965-4) Vende-se Trator MF 265, ano 76, em bom estado. Valor R$ 19.000,00. Fone:(55)9912-0591. (SA91C-3) Vende-se uma Colheitadeira, SLC, 6.200, ano 86. Valor R$ 45.000,00. Aceito Proposta. Fone:(55)9962-5000. (SA8BB-5) Vende-se Retro escavadeira, 580 L, ano 2003, em bom estado. Fone:(55)91656836. (PA6EF-4) Compra-se Trator até R$ 25.000,00. Fone:(55)9122-8840.

Caminhões (UAADA-8) Vende-se Mercedes, 1214, ano 90, Truck. Fone:(55)99673221. (UAAD9-7) Vende-se Caminhão Ford, F 600, ano 1963, motor e caixa do Mercedes. Fone:(55)9967-3221.

(UAAA7-2) Vende-se Caminhão Mercedes Benz, modelo 2013, ano 78, truck, turbo, direção hidráulica. Aceita Trator na troca. Fone:(55)9965-0510. (UAA6D-7) Vende-se Caminhão Ford 190, ano 91, com baú. Aceito F-1000 no negocio. Fone:(55)9965-9317. (UAA62-5) Vende-se Scania, 124, motor 420, ano 2000, engatada. Valor R$ 165.000,00. Aceito terreno na cidade de Ijuí. Fone:(55)9604-1367. (UAA5E-1) Vende-se Caminhão Mercedes Bens, 1113, ano 79/84, motor novo, 1518, reformado, carroceria graneleira nova. Aceito troca por chácara com casa. Fone:(55)9151-7555. (TAA14-8) Vende-se Scania, 124, motor 420, ano 2000, engatada. Valor R$ 165.000,00. Aceito terreno em Ijuí. Fone:(55)9604-1367. (TA9D2-5) Vende-se Caminhão Mercedes Bens, 1113, turbinado, carroceria graneleira, Toco, caminhão de lavoura. Fone:(55)91529121. (TA945-8) Vende-se Caminhão MB, ano 2004, amarelo. Valor R$ 130.000,00. Fone:(55)9946-6270. (SA915-5) Vende-se Caminhão F-600, ano 1978, original, Diesel, pneus novos, Motor com 10 mil KM, diferencial, caixa, embreagem revisada. Valor R$ 25.000,00. Estudo

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proposta. Fone:(55)9118-9870. (SA8B7-1) Vende-se Caminhão Mercedes Benz, 1313, ano 86/87, Truck, em ótimo estado. Fone:(55)9617-5773. (SA8B3-6) Troca-se MB 608, ano 77, por MB 709 ou 710. Fone:(55)9154-4030. (RA85A-7) Vende-se Caminhão Ford, F11.000, Caçamba, 1986, Motor MWM, Reduzido, Acompanha Lona, Caçamba graneleira, 2 pistões, carroceria com tampa na lateral, gaveta na traseira, Capacidade 175sc. Fone:(55)99550222.

(QA805-3) Vende-se caminhão Mercedes 709, baú, ano 90, com direção e embreagem hidráulica, em ótimo estado. Valor R$ 50.000,00 a vista, aceito terreno ou imóvel que tenha escritura no negocio. Fone:(55)9193-3756. (QA7D1-5) Vende-se VW 25-320, ano 2009, toco, ar condicionado, bloqueio de diferencial, aceito troca. Valor R$ 115.000,00, por R$ 135.000,00 dou trucado. Fone:(55)8402-8744. (QA7B6-5) Vende-se caminhão, Mercedes 1113, Toco, carroceria longa, ótimo estado. Aceita troca. Fone:(55)9965-0510.

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Conab vai reduzir apoio ao mercado de milho em 2015 Na mira. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) planeja mudar em 2015 a estratégia de subsídio aos principais produtos agrícolas brasileiros

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onforme o presidente da estatal, Rubens Rodrigues dos Santos, o plano é manter operações de suporte ao mercado de algodão, mas reduzir as investidas na cadeia de milho. Na avaliação do gestor ainda há necessidade de apoio a cotonicultura em virtude dos baixos preços internacionais da pluma — pressionados pelo elevado estoque do produto na China. Por outro lado, o mercado de milho é considerado acomodado, e deve atingir um ponto de equilíbrio naturalmente. “Além de os preços estarem acima do mínimo atualmente, a previsão de que a área plantada será menor na safra de verão também ajuda a balizar os preços”, aponta Santos. Em seu último levantamento, divulgado em 10 de dezembro, a Conab estimou a lavoura de milho verão em 6,1 milhões de hectares, 6,6% menor que a cultivada no ciclo passado, o que aponta para uma produção de 29,3 milhões de toneladas (-7,5%). A estimativa para a safrinha ainda não foi atualizada e a Conab considera, por enquanto, a mesma área de 2014, de 9,1 milhões de hectares de milho. Assim, a projeção para a safra brasileira do cereal em 2014/15 é de 78,7 milhões de toneladas (-1,5%). Já o algodão deve ocupar 1,0

milhão de hectares (-10,4%) e resultar em até 1,539 milhão de toneladas (-11,2%). Considerando apenas os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), que apoiam o escoamento da produção, a dupla milho e algodão deteve a maior parcela de todo o subsídio nacional (79% do total). Foram R$ 255,54 milhões para cereal (com 5,8 milhões de toneladas movimentadas) e R$ 243,6 milhões para o algodão (com 905,3 mil toneladas negociadas). Além da subvenção ao algodão e ao milho, a companhia apoiou com Pepro laranja, trigo e borracha. Foram arrematados prêmios para a comercialização de 18,8 milhões de caixas da fruta, com valor total de R$ 47,1 milhões. Para o trigo, foram 788,6 mil toneladas, com total de R$ 81,1 milhões em prêmios. Já para a borracha, a subvenção foi de R$ 1,46 milhão. Na avaliação de Santos, as operações cumpriram seu objetivo já que os preços dos produtos se estabilizaram acima do mínimo. No caso do trigo, houve subvenção para 1,55 milhão de toneladas e foram arrematados prêmios referentes a 50,75% desse volume. “No último leilão que realizamos apenas 11% do volume ofertado foi arrematado, indicando que não há mais demanda pela subvenção”, afirmou Santos.

Estoques - Ao sinalizar a possibilidade de aquisição de milho no ano que vem, o presidente da Conab afirmou que não há previsão de compras de arroz, mesmo com estoques baixos do produto. Em 2014, a estatal vendeu 418,1 mil toneladas de arroz. “Em uma determinação do governo, os estoques foram praticamente zerados”, afirma Santos. O executivo lembrou que o estoque de arroz foi formado três e quatro anos atrás, por meio de AGF. “Hoje temos pouco menos de 380 mil toneladas de arroz em estoque, e a intenção era exatamente desovar esse volume”, indica. Em dezembro, a Conab soma 1,6 milhão de toneladas de milho em estoque, 376,6 mil toneladas de arroz e 15,0 mil toneladas de trigo. Esta semana, o Ministério da Agricultura anunciou que fará Aquisições do Governo Federal (AGF) para trigo no limite de até R$ 200 milhões. As operações visam a garantir preço mínimo ao produtor e recompor os estoques públicos. A medida havia sido anunciada pelo ministro Neri Geller em setembro, início da safra nacional, mas só confirmada agora. A data para o primeiro leilão de AGF ainda será informada.

Fonte: Gazeta do Povo (AgroGP)

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Cotrirosa.

Cotrirosa contabiliza 16,07% de crescimento no setor leite em 2014 Em 2014, o setor leiteiro da Cotrirosa cresceu 16,07%, resultado de diferentes fatores que também contribuíram para um aumento da rentabilidade e produtividade do leite nas propriedades rurais. De acordo com o técnico em agropecuária da Cotrirosa, Cirio Beiersdorf, foram muitos os desafios que o setor en-

frentou neste ano, como a viabilidade econômica das propriedades que está relacionada diretamente com o custo de produção, influenciado pela oscilação dos preços dos grãos. “Sabemos que as forragens garantem uma produção de leite com menor custo, mas nem sempre o uso exclusivo na alimentação dos animais

é possível, incluindo o complemento com concentrados, que acabam encarecendo a produção”, explica. Em relação a assistência técnica, a Cotrirosa, neste ano, realizou diversos dias de campo, palestras e grupos de estudos para profissionalizar ainda mais a produção em toda a cadeia. “O leite é um setor que

envolve muitas pessoas, isso faz com que as famílias permaneçam no campo, fortalecendo a vida em comunidade e cumprindo com seu papel social”, destaca Cirio. Outro ponto positivo que merece ressalva é o retorno que o produtor recebe da indústria e daCotrirosa. “No final de cada balanço, a CCGL, na qual a

Cotrirosa é uma das maiores cotistas, repassa aos produtores, dentro dos critérios estabelecidos, um percentual de acordo com a produção. Além disso, quem é associado da Cotrirosa também recebe retorno com a distribuição das sobras do balanço de acordo com os negócios realizados com a Cooperativa”, finaliza.


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NOVO SECRETÁRIO DA AGRICULTURA

Conheça o homem que vai comandar a agricultura no governo Sartori

Fonte: Diário de Santa Maria

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riado no meio rural, o deputado estadual Ernani Polo (PP), escolhido para assumir a Secretaria da Agricultura no governo de José Ivo Sartori (PMDB), não dissocia a sua história de vida da atividade. Nascido em Ijuí, cresceu em Santo Augusto, no Noroeste, onde a família mantém até hoje propriedade de 120 hectares dedicada ao cultivo de grãos e à pecuária de leite. — Toda minha história de trabalho é na agricultura — afirma Polo. O traquejo político também vem de família: o pai, Alvorindo, foi prefeito de Santo Augusto por duas vezes, e a mãe, Iracer, vice. Primos e tios também passaram pela Câmara de Vereadores, onde ele começou a carreira. Casado com a advogada Alessandra, é pai de Maria Eduarda, nove anos, e Eduardo, três anos. Confira trechos da entrevista.

Quais serão as prioridades da secretaria?

Sanidade é uma. Fortalecimento do setor de agroindústrias é outra prioridade importante. O trabalho integrado e diálogo permanente com os setores de produção serão uma constante. Buscando entendimento, tentando construir o processo ideal ou mais próximo disso. A gente sabe que não terá solução para todos problemas, mas conversando, você pode avançar. A grande função no comando da agricultura é o envolvimento das cadeias produtivas, discutindo, dialogando, fazendo interlocução com o governo federal, entidades privadas,

parcerias. Esse é o caminho, principalmente com o desafio que se tem em função da dificuldade (financeira) do Estado.

O senhor trabalha com meta de retirar a vacina contra a febre aftosa?

Quero avançar na discussão. Na verdade, já tem um grupo de trabalho formado por Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Fundesa, Fetag, Farsul discutindo isso. Temos de aprofundar o debate, com viés técnico, sem interferência e decisão política. A decisão política é promover a aprofundar o debate. Tem de se fazer uma avaliação criteriosa, para poder avançar, porque isso nos dará outro patamar.

Mas o objetivo é a retirada da vacina?

Lá na frente, quando tiver maduro, quando se tiver buscado pelo menos o consenso. Talvez daqui a dois anos, três anos, talvez antes. Depende de como avançar a discussão. Hoje, gastamos, pelas informações que tive, R$ 80 milhões por ano em vacina. Daqui a pouco se utiliza isso como um instrumento de apoio. O resultado não é só na pecuária, é no leite, cadeia que está crescendo e passou por problemas. Acho temos de virar a página, fazer agenda positiva. Tem também impacto nos suínos. Hoje, Santa Catarina exporta para o Japão, Chile, Estados Unidos, que são mercados que nós nem sentamos para conversar. No momento que tivermos essa condição e esse status sanitário (livre sem vacinação) abrem-se novas portas.

Para retirada da vacina há necessidade direta de reforço de fiscalização, sobretudo na Fronteira, o que exige mais gente. Há ainda a rastreabilidade, que causa polêmica…

Esse é outro ponto que teremos de avançar, tentar construir. Sei que é um assunto que foi discutido e não avançou. Teremos de sentar à mesa e tentar construir uma alternativa. O caminho é esse, temos de avançar. A forma, o jeito como vamos fazer, não sei. Não tenho regra pronta.

O atual governo apresentou projeto de lei que tornava obrigatória a rastreabilidade. Houve grande resistência e a proposta foi retirada. Qual modelo o senhor apresentará? Isso tem de ser discutido. A ideia é avançar, construir alternativa. Quero é retomar a discussão. É bom para o setor, e é necessária.

O senhor pretende chamar mais gente do concurso da secretaria feito em 2013 — há cadastro reserva de 503 pessoas?

Não tenho como afirmar, porque vou chegar lá e tomar pé da situação. Quero ter o maior contato, a maior relação possível com o servidor, porque precisamos ser aliados neste processo. Todos temos o mesmo objetivo e os servidores cumprem um papel importante. O fortalecimento do setor produtivo, principalmente do agroindustrial, precisa ser valorizado, estimulado até para que o Estado realmente retome no futuro uma condição econô-

Cotrirosa.

mica melhor. A economia está muito ligada ao setor primário e isso passa pelo processo de agroindustrialização.

Como impedir que as fraudes do leite sigam ocorrendo, prejudicando o setor?

A fiscalização é fundamental de ser feita, mantida, ampliada. A grande maioria das pessoas que trabalho no setor é séria. As fraudes precisam ser coibidas porque esse é um alimento que vai dos bebês até uma pessoa de idade. A notícia acaba levando à mente das pessoas uma imagem de todo o setor. Isso prejudica uma cadeia importante para o Estado.

Tratar o problema abertamente não é a melhor maneira?

Já aconteceu e teve mais algumas ocorrências recentemente, mexeu, fez com que posições e decisões que não

eram tomadas pudessem ser adotadas em função disso. Mas a ideia é construir uma agenda positiva. Mantendo o controle, a fiscalização. Para potencializar e vender a coisa boa do setor que tem inserção e representatividade significativa no Estado. Produção de leite é quase um violão, para tocar direito tem de estar bem afinado. O Estado criou o Fundoleite e o Instituto Gaúcho do Leite, que tiveram resistência de Farsul e Sindilat. Como vê essa questão? Entendo que talvez alguns ajustes, não saberia quais, precisem ser feitos. É um processo que não tem alinhamento. Os problemas fora são tantos que dentro do setor nós precisamos estar sintonizados. Se não tivermos posicionamentos convergentes, fica muito mais difícil de enfrentar os problemas que

estão fora. Há necessidade talvez de ambos os lados cederem. Alguma coisa precisa ser feita, porque tem esse ruído.

O futuro governo fala em agilizar licenças ambientais. O que quer dizer isso? E que leitura o senhor faz da resistência ao nome de Ana Pellini para o Meio Ambiente?

Entendo que quem está no meio ambiente, sem dúvida, tem de ter cuidado na preservação. Mas tem de buscar isso dentro de um limite que não inviabilize investimentos, seja no setor agrícola ou em outros. Não por culpa do órgão em si, mas pela falta de infraestrutura. A Ana (Pellini), quando esteve na Fepam (entre 2007 e 2009) dinamizou, acho que é isso que precisa. Não é atropelar o processo. Mas ter essa margem de flexibilidade. Tem outros Estado com modelos mais ágeis e que dão uma resposta mais rápida ao empreendedor.

Cotrirosa aumenta em 33% o recebimento de grãos em 2014 Índice considera as culturas de soja, trigo e milho A Cotrirosa encerra o ano agrícola de 2014 com resultados positivos nas culturas produzidas na região. Somente na comercialização de grãos – soja, trigo e milho, a Cotrirosa cresceu 33% em relação ao ano de 2013. O engenheiro agrônomo da Cooperativa, Jairton Dezordi, destaca que esse crescimento é reflexo do aumento de recebimento de produtos. “Tivemos um aumento significativo no recebimento devido a colaboração do clima e, principalmente, pela grande aplicação de tecnologias por parte dos produtores nas lavouras”, enfatizou. Em relação a cultura do milho pode-se considerar que em 2014 a região vivenciou uma das maiores safras em termos de produtividade. “Foram muitas as lavouras

que produziram mais de 150 sacas por hectare e outras chegaram a alcançar a produção de 200 sacas por hectare”, lembra Jairton. Já a safra de soja, mesmo não atingindo os mesmos índices do milho, pode ser considerada boa, o que não aconteceu para o trigo. “Nesta cultura tivemos sérios problemas durante o ciclo como clima e doenças que acabaram limitando a produtividade e a qualidade. A vantagem que tivemos é que a área plantada e financiada foi pouca, o que não acarretou em prejuízos para os agricultores”, ressaltou. Para 2015, as expectativas são as melhores e a Cotrirosa continuará seu trabalho de fortalecimento da agricultura da região.


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CAMPO

Multinacionais apostam em negócios ligados a serviços e agricultura de precisão Aquisições e investimentos recentes do setor no Brasil valorizam capital humano local

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om boa parte das indústrias do agronegócio nas mãos de estrangeiros, o Brasil é vislumbrado por multinacionais do setor como um celeiro para investimentos em serviços. Focadas no aumento da produtividade, empresas não se contentam mais apenas em fazer seus produtos chegarem às lavouras brasileiras — querem também eficiência no uso de suas tecnologias. Para tanto, a expertise de capital humano local passa a ser estratégica para abocanhar mercado no país onde a produção agrícola bate sucessivos recordes. Somente em 2014, o agronegócio acumulou 49 fusões e aquisições no Brasil, sendo 23 delas envolvendo multinacionais. Conforme levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC), com dados de janeiro a outubro, as

transações do setor representam 7% de todos os negócios feitos no país. — Os investimentos mais recentes de multinacionais seguem essa tendência, inovação e serviços — detalha Ana Malvestio, sócia da PwC Brasil e líder de agribusiness. Ao investir em inovação e desenvolvimento, as empresas conseguem colocar seus produtos no mercado com diferencial. O passo seguinte é garantir que a tecnologia cumpra de fato a meta de eficiência produtiva, explica a especialista em agribusiness. — E isso depende de capital humano local, por isso buscam formar joint venture (parceira entre duas ou mais empresas) para troca de conhecimento. A porta de entrada das multinacionais no mercado de serviços brasileiro tem sido a

agricultura de precisão. Pioneira no desenvolvimento de equipamentos eletrônicos e software de gerenciamento agrícola no Brasil, a catarinense Arvus foi comprada neste ano pela sueca Hexagon — líder em sistemas de metrologia, soluções, design e visualização. Com sede em Estocolmo, atua em 40 países e faturou 2,4 bilhões de euros em 2013 (R$ 7,8 bilhões). “Eles queriam montar uma operação robusta no agronegócio e viram na nossa empresa uma oportunidade concreta”, afirma Gustavo Vieira, diretor comercial da Arvus, que no ano passado faturou R$ 14 milhões atuando em diversas regiões do país. Desde a aquisição, em maio deste ano, a empresa de Florianópolis ampliou de 75 para cem o número de funcionários e

começou a certificar produtos tecnológicos para exportá-los à Europa, onde a multinacional também fez aquisições no setor. Com a injeção do investimento estrangeiro, a Arvus irá agora ampliar a atuação no Brasil nos mercados florestal e de grãos. Há quatro anos, Gilson Agostinetto, de Sanaduva, usa controladores da Arvus para aplicação à taxa variável de sementes, corretivos de solo e fertilizantes. Desde então, reduziu em 40% o uso de produtos na propriedade de 4 mil hectares. “Muitas vezes, a aplicação era feita onde não precisava. Não se fazia análise do solo e mapeamento de áreas”, conta Agostinetto, que elevou em 20% a produtividade das lavouras de soja e milho.

Experiência na gestão do solo e do clima

- Parte das investidas de multinacionais no mercado nacional de serviços busca driblar a variabilidade do solo e do clima brasileiro. Em setembro, a Monsanto começou a estruturar no Brasil o time da Precision Planting, empresa de agricultura de precisão americana comprada há dois anos por US$ 250 milhões. “Entramos nesse mercado por perceber que muitas vezes a produtividade de nossos produtos não era alcançada por questões operacionais no campo”, explica José Galli, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Precision Planting. Com 12 funcionários, a empresa da Monsanto será expandida em 2015 para o Centro-Oeste e Região Sul. A linha de equipamentos da marca é vendida no Brasil com parceiros, como a indústria gaúcha de implementos Stara, que comercializa um distribuidor de sementes para plantadeiras desenvolvido pela empresa americana. Além da coleta de dados durante o plantio, o portfólio da Precision Planting inclui ainda sensores e monitoramento da colheita. “O plantio é a operação mais importante para explorar todo o potencial da semente. É o momento em que ainda é possível corrigir eventuais falha”, explica Galli. Além da aposta no serviço de agricultura de precisão, a Monsanto fará testes para colocar no Brasil a Climate Corp, especializada em monitoramento climático, comprada em 2013 por US$ 930 milhões.

Variedade.

Milho com mais vitamina A é desenvolvido na Índia Cientistas do Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola desenvolveram uma variedade de milho com mais betacaroteno (que no organismo humano se transforma em vitamina A). A deficiência desse nutriente e de outros, como ferro e zinco são alguns dos maiores problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Através da reprodução assistida por marcadores moleculares, os pesquisadores indianos expressaram o gene responsável pela produção do nutriente em linhagens de elite de milho. Depois de diversos cruzamentos, foi possível chegar a um cereal com 21,7 microgramas de betacaroteno por grama de milho, comparado a 2,6 µg/g

na planta convencional. A pesquisa foi publicada na edição de dezembro da revista científica Public Library of Science (PLOS) One. De acordo com a doutora Neuza Maria Brunoro Costa, conselheira do CIB – Conselho de Informações sobre Biotecnologia – a biofortificação é uma técnica por meio da qual é possível enriquecer alimentos com determinados nutrientes. É, portanto, uma estratégia para disponibilizar alimentos de melhor qualidade e aprimorar as condições de saúde da população. A biofortificação é possível por meio do cruzamento de variedades (melhoramento genético convencional) ou da introdução de genes de interesse (transgenia). Fonte: Agrolink

Fonte: Campo e Lavoura


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QUADRINHOS

Variedades

Sávio Moura

Pintinho com três pernas, em Porto Mauá

Nas Lentes do Campo Mandeestão g sua sutografia de fo ara p

.br ral@terra.com jornalcorreioru

O Sr. Gilmar Czermanski, residente na vila de Campo Alegre, interior de Porto Mauá, teve uma surpresa ao ver no pátio de sua propriedade que um dos pintinhos de uma choca de ave da espécie ganizé possuía três pernas. Gilmar declarou que sempre criou aves e outros animais em suas propriedades rurais, mas nunca havia visto caso semelhante, de um possuir três pernas. A terceira perna não era usada, apenas estava pendurada. Fonte: ijui.com


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Novidades e atrações do 31º Hortigranjeiros são apresentadas em Jantar de Lançamento Evento. Novidades e atrações do 31º Hortigranjeiros são apresentadas em Jantar de Lançamento

A

s principais novidades do 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros foram apresentadas em Jantar de Lançamento na sede da Etnia Alemã, em Santa Rosa. Um dos diferenciais da 31ª edição do evento, organizada por 29 comissões, é a data de realização do evento: de 8 a 12 de outubro de 2015. “O evento será de quinta a segunda-feira, contemplando o dia 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, e data em que é lembrado o Dia das Crianças e o Dia do Agrônomo”, justifica a presidente do 31º Hortigranjeiros, Neida Frohlich. Neste dia será disponibilizado um determinado número de ingressos para o Parque de Diversões às crianças que participarem do Encontro. Neida também destaca que o foco do evento será a valorização da agricultura familiar, “lembrando que ela é responsável por 35% do PIB brasileiro, sendo que mais de 84% dos estabelecimentos rurais existentes no país são de agricultura familiar, que ocupa apenas 24% da área, e é responsável pela grande maioria dos alimentos que consumimos”. Para o prefeito em exercício de Santa Rosa, Luís Antônio Benvegnú, o evento vem ao encontro da proposta de valorização da agricultura familiar e da comunidade local, que se envolve desde a organização até a participação. “Para tanto, ele é realizado com o apoio de muitos parceiros, ex-

tensão rural e entidades para que tudo ocorra da melhor forma”, acrescentou o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Amauri Coracini. O Parque Municipal de Exposições de Santa Rosa deve receber, nos cinco dias de evento, pelo menos 100 mil pessoas, que poderão prestigiar mais de 500 expositores. Principais novidades e atrações - Assim como no lançamento, os participantes do 31º Hortigranjeiros poderão prestigiar a gastronomia diversificada e típica oferecida pela Associação das Etnias Organizadas de Santa Rosa nas Casas Étnicas junto ao Parque. A ornamentação do evento de lançamento também já dá mostra do que poderá ser visto na edição de 2015. Voltada à proposta central do evento, de valorização da agricultura familiar, o espaço aproveita mudas de olerícolas, temperos, plantas terapêuticas e aromáticas. Outra novidade é o retorno da Comissão de Plantas Medicinais, que abordará o tema ao longo do evento de maneiras diferenciadas. No espaço antes ocupado pelo Restaurante Central, os visitantes terão a oportunidade de conferir expositores da indústria, comércio e artesanato, ampliando o número de opções destes segmentos. Logo ao lado, no espaço em que havia a pizzaria, será organizada uma estrutura especial para os expositores da Economia Solidária. A maior parte dos espaços da indústria e comércio

que devem ser disponibilizados nos pavilhões e área externa já está reservada. Já foram comercializados mais de 80% dos espaços na área externa e 100% nos pavilhões. No tradicional Pavilhão 12 mais uma vez poderão ser apreciados produtos hortigranjeiros e de agroindústrias da região. A área da Exporural deve ser aproveitada para a realização de Dias de Campo voltados à fruticultura, bovinocultura de leite, sala de ordenha, pastagens, bem-estar animal, horta e avicultura colonial. A Mostra da Terneira também será atração, com participação de animais da agricultura familiar da região. O Hortishow, atração já consolidada, abrigará tecnologias e novidades na área de produção de hortigranjeiros. Oficinas práticas sobre uso e aproveitamento de produtos hortigranjeiros serão realizadas no espaço da Cozinha da Soja durante os cinco dias do evento, com programação voltada às crianças no dia 12 de outubro. Shows que valorizem talentos locais estão sendo agendados pela Comissão de Cultura. Outras novidades e atrações podem ser conferidas no site do 31º Hortigranjeiros, através do endereçowww.hortigranjeiros. com.br. O 31º Hortigranjeiros é uma promoção da Emater/ RS-Ascar, Associação de Produtores de Hortigranjeiros de Santa Rosa (APRHOROSA) e Prefeitura de Santa Rosa.

Cotrirosa.

Taxas de juros.

Cotrirosa comemora conquistas Vendas de máquinas agrícolas caem 16,6% com funcionários este ano O bom momento vivido pela Cotrirosa foi comemorado no dia 27/11, durante encontro com todos os funcionários da Cooperativa. Na ocasião, aconteceu o encerramento da XVI Semana Interna de Prevenção de Acidentes – Sipat. O evento ocorreu na Afuco e contou com a presença de Adroaldo Lamaison, que ministrou palestra sobre “Motivação e entusiasmo para a vida e o trabalho - de bem com a

vida para trabalhar com segurança e evitar acidentes”. Além da palestra, como encerramento da Sipat, as unidades destaques em limpeza, organização e no uso de Equipamentos Individuais de Segurança receberam certificados da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes– CIPA. Para o presidente da Cotrirosa, Eduino Wilkomm, este momento é de comemoração. “Todos os nossos

funcionários merecem um momento para comemorar as conquistas que tivemos durante este ano, resultado do esforço e da dedicação de cada um. Sempre reforço que o sucesso da nossa Cooperativa é graças ao trabalho competente da nossa equipe de funcionários”, ressalta. A festa de encerramento aconteceu a partir das 20h e contou com animação da dupla Ana Paula e Anderson.

Divulgados os ganhadores do Carrinho Premiado em São Marcos No último dia 01/12, foram conhecidos os ganhadores da promoção Carrinho Premiado no SuperCotrirosa de São Marcos, em Tuparendi. Os ganhadores são: Vanderlei Zalamena, Iani Behling e Olinda Dauek. A entrega da promoção

acontecerá na próxima quinta-feira, 04, às 15h. Os ganhadores terão três minutos cada para encher carrinhos com produtos do Super Cotrirosa. A promoção comemora os 32 anos da Cooperativa em São Marco.

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias somaram 64.360 unidades entre janeiro e novembro deste ano, em queda de 16,6% sobre igual período do ano passado, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No mês de novembro as vendas internas foram de 5.255 unidades, em queda de 21% sobre as vendas de outubro, que somaram 6.655 unidades. Já as exportações somaram 12.989 unidades nos primeiros 11 meses do ano, em queda de 10,2% sobre igual período de 2013. No período, as exportações somaram 1.101 unidades, em queda de 15,5% sobre as vendas externas de outubro. “A gente entende que as incertezas, e neste momento a principal incerteza é a falta do conhecimento das taxas de juros do moderfrota, impactou nas vendas. Nossa expectativa é que a divulgação dessas taxas aconteça logo, uma vez que os meses de janeiro fevereiro e março são meses muito forte principalmente para as vendas de colheitadeiras”, diz Ana

Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea. De acordo com um trabalho realizado a partir de uma parceria entre Anfavea, a Fiesp e cooperativas brasileiras o índice de confiança do agricultor que era de 97,4% no quarto

trimestre de 2013 caiu para 93,3% no quarto trimestre deste ano. “A atividade agrícola é altamente empresarial e num ambiente de redução de confiança é comum haver retração nas aquisições”, diz Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea.


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AGRICULTURA

Cinco problemas

causados pelo aquecimento global na agricultura

Com as altas temperaturas, diversas cadeias produtivas são afetadas

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om as secas dos últimos anos, ficou ainda mais claro que o aquecimento global é uma realidade. Diversos pesquisadores estudam os efeitos do fenômeno, inclusive no Brasil. Na Embrapa, quatro projetos sobre o tema estão em andamento,

Fonte: Globo Rural

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com um investimento de R$ 20 milhões por ano: fatores de emissão de CO2 por cultura, pecuária, floresta e uso da água. Eduardo Assad, pesquisador do instituto, listou cinco problemas atuais que são causados pelo aquecimento global:

PRODUTIVIDADE

Com as altas temperaturas, as plantas não conseguem se desenvolver. Os danos vão das folhas, expostas diretamente ao sol, até a raiz, que tem que suportar o solo quente. O resultado disso é menos produtividade por planta, atingindo as safras por inteiro.

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ABORTO EM SUÍNOS Porcos são sensíveis a altas temperaturas, que causam aborto e, com isso, a cadeia produtiva tem baixa na produção de carne.

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MORTE DE FRANGOS As aves também sofrem com as temperaturas, atingindo a indústria de carne de frango e também de ovos.

LEITE Em um ambiente aquecido, as vacas têm queda de produtividade de leite, um problema para o setor.

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DEFICIÊNCIA HÍDRICA A falta d’água afeta não só a agricultura, mas diretamente a vida humana. Segundo a legislação brasileira, a prioridade é abastecer a sociedade, depois a produção de energia e só depois a agricultura. No Brasil, apenas 6 milhões de hectares são irrigados, mas em um futuro próximo, será necessário repensar a irrigação pela redução de oferta de água.


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Serra Gaúcha colhe safra de pêssego

Fonte: Reuters

Colheita.

Na região da Serra Gaúcha, os produtores de pêssego estão em plena colheita da principal variedade cultivada na região, a Chimarrita

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colheita das diversas variedades da fruta se estende de meados de outubro a janeiro. Neste ano, os agricultores terão uma safra cerca de 50% menor, pois na época de brotação e florescimento, o cultivo sofreu os efeitos de intensas geadas ocorridas em agosto, que atingiram as flores e as gemas vegetativas que formam as folhas, fazendo com que muitos frutos não vingassem ou ficassem com calibre menor. A queda na produção pode chegar a 6 milhões de quilos. “Esse percalço climático quase

zerou a produtividade das variedades superprecoces e derrubou a da Chimarrita”, explica o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, Enio Todeschini. No entanto, a qualidade da fruta colhida é considerada boa e os produtores estão satisfeitos com a remuneração. “Numa safra reduzida, o preço pago pelo produto é mais compensatório, o que reduz o prejuízo. A valoração é até três vezes maior que em um ano de safra cheia”, afirma o agrônomo. De acordo com Enio, o que

preocupa a partir de agora, quando a temperatura começa a aumentar, é a incidência da mosca-das-frutas. “Se não forem tomadas as devidas medidas para o seu controle, ela pode atacar os pomares, causando prejuízos, pois deprecia os frutos para comercialização”, declara. Conforme o agrônomo, o produtor deve fazer o monitoramento da mosca-das-frutas, por meio de armadilhas, ficando atento à presença e ao tamanho da população da praga. A principal medida de controle recomendada é o uso da isca tóxica.

Comercialização, cooperativas e agroindústrias.

Cooperativas do Noroeste têm oportunidade de conhecer experiências exitosas no Litoral e na Serra Considerados exemplo de organização e comercialização, cooperativas e agroindústrias do Litoral e da Serra Gaúcha ligados à Rede de Agroecologia Ecovida foram o destino da viagem de estudos de produtores associados de cooperativas do Noroeste do Estado no fim de novembro. Os representantes de 21 cooperativas da região foram acompanhados pela equipe da Unidade Regional de Cooperativismo da Emater/ RS-Ascar, que oferece assessoria por meio do Programa de Extensão Cooperativa (PEC) e através das chamadas públicas de apoio à gestão de cooperativas e ao fornecimento de produtos à alimentação escolar e mercados institucionais. Atendentes de pontos de vendas e dirigentes de cooperativas do Noroeste fizeram a primeira parada em Torres. Lá tiveram a oportunidade de conhecer a experiência da Cooperativa de Consumidores COOPET, por meio da qual os associados possuem desconto nas compras no ponto de vendas e têm a oportunidade de consumir produtos diferenciados, de modo especial, alimentos orgânicos produzidos pela agricultura familiar. Entre os destaques estão o sorvete de açaí, de araçá e de guabiroba bem como a comercialização de hortigranjeiros e geleias. Também tiveram a oportunidade de visitar a agroindústria, em Dom Pedro de Alcântara, onde são processadas bananas ecológicas e produzidas banana desidratas, geleias e chips. Parte dos alimentos processados é fornecida à alimentação escolar e também são comercializados em feiras e nos pontos de vendas. Outra experiência de produção e comercialização de alimentos orgânicos pode ser conferida na visita à Cooperativa Econativa. Por ocasião da passagem em Torres, além de conhecer essas experiências, os associados da cooperativa puderam conhecer o mar. “Mesmo tendo sido uma passagem rápida, muitos deles ainda não conheciam o litoral, des-

ta forma, teve-se o privilégio de conhecer experiências e ainda visualizar uma paisagem incrível”, comentou a tecnóloga em alimentos da Unidade Regional de Cooperativismo da Emater/ RS-Ascar, Eliane Schmidt. O percurso de troca de experiências continuou na quarta-feira (26/11) via Estrada do Sabor, em Garibaldi, uma importante rota turística da Serra Gaúcha. Jorge e Silvana Mariani, associado e presidenta da Cooperativa dos Produtores Ecologistas de Garibaldi (Coopeg), abriram as portas de sua propriedade para relatar sua experiência em cooperativismo e produção agroecológica. Hoje, a cooperativa fornece os produtos para duas grandes redes de supermercados. A parada seguinte foi em uma propriedade administrada por mulheres: mãe e duas filhas. Também contribui com o trabalho o genro da Dona Odete Betú Lazzari. Na Osteria Della Colombina os visitantes têm a oportunidade de retornar no tempo. Em um porão de chão batido são resgatadas a culinária e o modo de servir e degustar os alimentos dos imigrantes que na região se instalaram. Tudo é servido no sistema slow food, que quer dizer, comer devagar, com o intuito de realmente apreciar o sabor, o aroma, o flawor da comida. Os alimentos todos orgânicos produzidos pelo grupo local da Rede Ecovida. Na propriedade também são cultivados uva, pêssego, hortaliças de forma orgânica e é mantida uma agroindústria de geleias para uso na cozinha. A associada da Coogemeos, de Candido Godói, Ágata Kunkel surpreendeu-se com “o capricho do paisagismo, a higiene dos locais e a hospitalidade com que o grupo foi recebido em todos os lugares”. Já o presidente da Coopral, de Alecrim Altair Luiz Dias relatou estar surpreso pela renda possível em pequenos espaços com significativa comercialização. “Isso nos desafia a buscar novos mercados também na nossa região”, destacou.

Após deixar a Serra, a viagem de estudos seguiu rumo ao Norte Gaúcho. Recepcionados no Centro de Agricultura Ecológica (CETAP), de Passo Fundo, conhecerem o espaço em que são extraídas as polpas da guabiroba, araçá e butiá, fornecidas para a produção de sorvetes da Cooperativa de Consumidores de Torres. Também participam de feiras, onde comercializam seus produtos. Além disso, o Centro capacita e presta assistência aos produtores orgânicos e àqueles que buscam inserir-se nessa proposta. Para a coordenadora da Unidade Regional de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar, Cecilia Margarida Bernardi, a viagem de estudos teve como objetivos proporcionar que dirigentes e atendentes das cooperativas atendidas pela UCP pudessem conhecer in loco e interagir com as experiências de vida de agricultores familiares e consumidores na construção da rede de comercialização de produtos orgânicos da rede ecovida. “Para isso em parceria entre a UCP e o núcleo missões da Rede Ecovida estabelecemos os contatos e elaboramos este roteiro que proporcionou uma rica construção de conhecimento para os participantes”, destacou Cecília. Participaram da excursão representantes das cooperativas de agricultura familiar dos municípios de Alecrim (Coopral), Roque Gonzales (Cooperg), São Paulo das Missões (Cooperipê), Santa Rosa (Coopersol e Unicooper), São Nicolau ( Coopermissioneira), Bossoroca (Coopagrib), Salvador das Missões (Coopercaraguatá e Coopaf Vida Nova), Santo Cristo (Coopasc), Cândido Godói (Coogemeos), Cerro Largo (Coopacel), São Miguel das Missões (Coopaf), Porto Xavier (Coopax), Dezesseis de Novembro (Coopaden), São Luiz Gonzaga (Cooparte), Porto Vera Cruz (Coopovec), Tucunduva (Coopervino), Campina das Missões (Cooperteresa), Três de Maio (Coopernoroeste) e São José do Inhacorá (Cooper São José).

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Mais de 20 municípios participam do Fórum pela Vida nas Missões Evento. Vindas de 21 municípios, mais de mil pessoas prestigiaram a 2ª edição do Fórum pela Vida nas Missões

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umanização do trabalho, homeopatia, saúde alternativa e qualidade de vida foram os temas centrais que permearam as atrações do evento realizado no fim de novembro em Sete de Setembro. Em sua explanação, o gerente regional da Emater/ RS-Ascar, Amauri Coracini, destacou ações que podem contribuir para a humanização do trabalho. Acidentes de trânsito e com equipamentos de trabalho, exposição ao sol, animais peçonhentos, descarga elétrica, elevação de peso e uso de agrotóxicos foram alguns dos alertas feitos, principalmente, àqueles que têm o meio rural como modo de vida. “Perdemos qualidade de vida e deixamos de apreciar as maravilhas que o meio rural nos oferece quando

não nos cuidamos”, destacou Coracini. Paralelamente, os participantes puderam conferir tendas com plantas terapêuticas, aromáticas e condimentares, compostos homeopáticos, artesanato, bem como apresentações artísticas e culturais. Na oficina ministrada pela coordenadora da Saúde Alternativa e agricultora Clair Knebel – que desenvolve trabalho pastoral e sem fins lucrativos na área em Santo Cristo -, foram abordadas propostas e possibilidades da homeopatia. Saúde Alternativa foi o tema da exposição da secretária de Saúde, Fernanda Linka, e pela enfermeira Maria Luiza Mayer. Outra oficina ministrada foi a de produção de creme para alívio de dores musculares,

ministrada pela extensionista daEmater/RS-Ascar Jacinta Henckes e representantes dos Grupos de Mulheres do município de Sete de Setembro. O Fórum, que tem como um dos destaques a importância das plantas bioativas e de ações que contribuem para a qualidade de vida, já é realizado há 13 anos na Fronteira Noroeste e, desde o ano passado, é realizado nas Missões. “Esse evento foi realizado há muitas mãos, com a contribuição de diferentes pessoas. Famílias beneficiárias do Programa de Fomento, que levaram as cadeiras e limparam o salão; os grupos de mulheres, que fizeram os sucos e as lembranças; as entidades e extensionistas da Emater/ RS-Ascar, que auxiliaram na organização; enfim, esse tra-

31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros.

dos espaços para os expositores que já haviam participado da edição anterior iniciou-se em 1º de outubro, sendo que, já na primeira semana, mais da metade dos espaços já haviam sido reservados. Em novembro, a locação de espaços foi disponibilizada para novos expositores. “Já foram comercializados 70% dos espaços na área externa e 85% nos pavilhões”, relata. Outros espaços estão previamente reservados. Há alguns disponíveis na área externa e no Pavilhão 01. Outras

informações sobre as locações podem ser obtidas pelo telefone (55) 9282-9204 ou no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Rosa, com Lígia. Mostra da Terneira, Dias de Campo, oficinas de uso e aproveitamento de hortigranjeiros, Hortishow, parque de diversões, apresentações artísticas e culturais serão algumas das atrações do evento promovido pela Emater/RS-Ascar, Associação de Produtores de Hortigranjeiros de Santa Rosa (APRHOROSA) e Prefeitura de Santa Rosa.

Práticas Sustentáveis são abordadas em Circuito de Dias de Campo em Santo Cristo

balho que levou ao sucesso”, destacou a extensionista da Emater/RS-Ascar, em Sete de Setembro, Jacinta Henckes. A 2ª edição do Fórum pela Vida nas Missões foi promovida pela Emater/ RS-Ascar e Prefeitura de Sete de Setembro. O evento contou também com o apoio da Paróquia Santa Teresa de Ávila, de Guarani das Missões; Capela São Roque, de Sete de Setembro; Pastoral da Criança; Administração Municipal, através de suas Secretarias; Câmara de Vereadores; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; 12ª Coordenadoria Regional de Saúde; 14ª Coordenadoria Regional de Educação; Grupos Organizados de Mulheres de Sete de Setembro; e Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR).

Mais de 80% dos espaços comerciais do 31º Hortigranjeiros já estão reservados A maior parte dos espaços da indústria e comércio que devem ser disponibilizados no 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros – que ocorre de 8 a 12 de outubro de 2015 - já está reservada. A previsão é de que mais de 500 expositores de diferentes segmentos participem do evento no Parque Municipal de Exposições Alfredo Leandro Carlson, em Santa Rosa. A coordenadora da Comissão de Indústria e Comércio, Lígia Loureiro de Almeida, destaca que o período de locação

Campo.

A visualização na prática e o debate de experiências sustentáveis no meio rural marcou o circuito de dias de campo realizado em Santo Cristo, Noroeste do Estado, com beneficiários do Programa de Promoção da Agricultura Familiar Sustentável, também conhecido como chamada pública da sustentabilidade. O último encontro deste circuito ocorreu no dia 25/11, na propriedade de Eliseu Inácio Pellenz e Vera Lúcia Moellmann Pellenz, na Linha Taquaruçu. A propriedade de 23,6 hectares estrutura-se na atividade leiteira e na produção orgânica e é reconhecida como um exemplo de qualidade de vida. O local demonstrou-se adequado para a realização de estações que abordaram forrageiras e alimentação para o gado, cuidados com higiene e sanidade animal e orientações sobre o Cadastro Ambiental Rural previsto no Novo Código Florestal. “Procuramos um jeito sustentável de viver, pensando em nós dois, mas também em nossos filhos e netos, por isso tentamos sempre melhorar, para viver dignamente”, relatou Eliseu. “O que nos auxiliou também para qualificar a propriedade é que um de nossos filhos compartilhou orientações que ele aprendeu na Casa Familiar Rural”, acrescentou Vera. Na estação que abordou o manejo de forrageiras, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Ivar Kreutz enfatizou que “não existe grama necessariamente melhor e, sim, terra bem preparada para o que se quer, afinal, o cuidado

com o solo tem relação direta com a produção de leite”. Ele também lembrou que em um sistema de produção de leite a pasto, como no caso da família Pellenz, os animais devem sair da pastagem apenas no momento da ordenha, pois assim, além de alimentar-se suficientemente, eles próprios contribuem com a adubação dos piquetes. Já o assistente técnico de supervisão, engenheiro agrônomo Flávio Joel Baz Fagonde lembrou que além de preocupa-se com os animais, é necessário, em primeiro lugar, atentar-se à saúde e à qualidade de vida da família. “Queremos uma atividade leiteira que proporcione mais renda e menos mão-de-obra, precisamos repensar os sistemas de produção para ter uma melhor qualidade de vida e estimular os nossos jovens a permanecer felizes no meio rural”, afirmou. Na sala de ordenha, o médico veterinário da Emater/RS-Ascar Felipe Bieger orientou sobre questões que contribuem com a qualidade do leite antes, durante e após a ordenha para cuidar da sanidade animal e também do produto final. O extensionista também palestrou, na parte da manhã, sobre reprodução animal. O registro já está sendo feito, e quem ainda não efetuou, deve fazê-lo até maio de 2015. O proprietário que não se cadastrar ficará impedido de obter créditos agrícolas. Em Santo Cristo, os beneficiários da chamada pública da sustentabilidade podem procurar o escritório municipal da Emater/RS-Ascar, que auxiliará no cadastramento.


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