Jornal Concelho de Palmela | Edição 65

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TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº65 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 01.10.2019

FEIRA MEDIEVAL DE PALMELA VOLTA A SURPREENDER TODOS OS VISITANTES QUE PASSARAM PELA VILA NO PASSADO FIM DE SEMANA P.03

MONTIJO P.10

PSP aguarda luz verde do MAI para a construção de uma Super Esquadra a localizar na zona da rotunda da Força Aérea.

SETÚBAL P.11

Alunos do IPS trocam as tradicionais praxes académicas por limpeza nas praias da cidade PUB

FERNANDO CAMOLAS P.08 E 09 Estas são as nossas festas, são as festas do povo, são as festas bairristas de Quinta do Anjo


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Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

Sociedade Filarmónica Palmelense

“LOUREIROS”

PALMELA

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A PRÁTICA DE GINÁSTICA RÍTMICA ANO 2019 - 2020

Organização: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Largo dos Loureiros, nº1, 2950-207 PALMELA 212350178 – 912719038 geral@loureiros.org


01.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela

VISÃO DA SEMANA

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Cultura Palmela no regresso às origens

Álvaro Amaro assume papel de D. Dinis recebido pelo alcaide (Luís Miguel Calha) e pelo comendador da Ordem de Santiago (Jorge Mares). O povo, os mercadores, os artesãos, os cristãos, judeus e muçulmanos aplaudiam sua majestade aos gritos de “Viva El Rei D. Dinis”, que depois da inauguração da Torre de Menagem recuperou forças com uma sopa caramela, uns couratos no pão e umas bifanas bem condimentadas, onde não faltou o bom vinho das terras de Palmela.

Castelo volta a ser palco do maior evento histórico anual A Feira Medieval decorreu durante três dias em Palmela com vivas a el rei D. Dinis, que chegou com a sua comitiva ao Castelo para inaugurar a Torre de Menagem. A gastronomia esteve em evidência com os visitantes a encherem os espaços de petiscos e doçaria para degustarem as iguarias com toques medievais. A 5ª edição da Feira Medieval foi abençoada pelo rei D. Dinis e a sua comitiva, mas também pelos dias de calor, que atraíram a Palmela largos milhares de visitantes. O desfile com centenas de participantes na chegada de D. Dinis (Álvaro Amaro) acompanhado da comitiva sendo

Palmela Executivo reúne-se já amanhã

Contratos de Comodato e Processos Disciplinares na ordem do dia

Animação, gastronomia e doçaria A organização da Feira recolheu diversos elogios dos visitantes e repartiu-se pelas Igrejas de Santiago e Santa Maria, o Revelim Norte, o Terraço Sul, a Praça de Armas, a Liça, o Anfiteatro e a Torre de Menagem. Os torneios, a dança, a música e o teatro atraíram muito público, enquanto a gastronomia e a doçaria esgotaram uma diversidade de iguarias. Mas o que mais atraiu o público jovem foram os camelos, as serpentes, os falcões, os gansos e as cabrinhas. Esta edição contou com duas novidades de doçaria, o Pastel Medieval e o Bolo de Hidromel. Destaque-se também a grande participação do movimento associativo, desde “0s Loureiros”, Humanitária, ATA, Bardoada, entre outros. Num balanço provisório a organização aposta para a participação de mais de trinta mil visitantes. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Poceirão Assembleia da República quer União de Freguesias como ‘zona desfavorecida’

Poceirão e Marateca podem voltar a ser ‘zonas desfavorecidas’

Poceirão e Marateca passam a ter novamente estatuto de zonas desfavorecidas Executivo liderado por Álvaro Amaro (CDU) reúne-se amanhã

O Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela recebe amanhã (2) a habitual reunião pública da Câmara Municipal de Palmela. Em cima da mesa vão estar para discussão e votação, cinco propostas, entre as quais a celebração de dois contratos de comodato com associações locais e um processo disciplinar. A reunião terá início pelas 15h00.

A Assembleia da República na semana passada recomendou ao Governo a integração da União de Freguesias de Poceirão e Marateca na lista de ‘zonas desfavorecidas’. Há muito que a União de Freguesias reclamava esse estatuto para aquela região, pois com a alteração que foi feita por parte dos sucessivos Governos, aquela região ficou fora de muitos apoios por ser considerada com zona não desfavorecida. Por forte insistência por parte do município de Palmela e Freguesias, a AR só agora é que deliberou a recomendação ao Poder Central para que aquela região passe a constar nas zonas desfavorecidas e assim não seja prejudicada a nível de apoios comunitários.

Miguel Garcia Diretor de informação

EDITORIAL AS APRENDIZAGENS COM OS TAIS TOTÓS!

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sta semana o meu editorial é virado para todos aqueles que acham que a equipa do Jornal Concelho de Palmela... Ups, peço desculpa, mas terá que ser JCP, porque gostamos de ser tratados como tal, mas como estava a fazer o meu raciocínio, somos todos uns totós e até nem percebemos nada de jornalismo. Até já houve quem nos apelidasse de “Técnicos de Qualquer Coisa”, acho que esta fica para a história de alguns autarcas locais, pode ser que queiram escrever um Bestseller na sua reforma, e até vos deixo o mote para o título “A minhas memórias tolas de governação”, mas pronto, isso são outros quinhentos que um dia destes deixarei aqui nos meus editoriais que parece que surtem efeito e curiosidade no panorama político local. Mas com dizia eu, existem por aí muitos meninos e meninas que pensam que os jornalistas do JCP não percebem nada disto e que até são uns totós e que só estão no jornalismo para comer grandes patuscadas patrocinadas pelas autarquias e organismos público-privados, mas o que se resta e pelos vistos, é que esses a quem chamais totós e que não percebem nada disto, até vos têm ensinado algumas coisinhas de jeito para fazerem semanalmente, onde não existia com frequência editoriais e agora existe, e onde não existia fundamentação jornalística e agora existe. O que é triste nisto tudo, é que nós que começámos nisto há cerca de 22 anos, somos considerados pelos DDT deste concelho, os patinhos feios, mas são esses patinhos quem vos têm dado ideias para que façam as coisas. Esta semana aproveito ainda para deixar aqui um alerta, senhor leitor eu sei que é chato estar a aproveitar um editorial para deixar recados, peço as minhas mais sinceras desculpas, mas de vez em quando é preciso, para que as coisas cheguem ao sítio certo. Aqui vai, e esta as pessoas saberão interpretar com clareza, meus senhores e minhas senhoras deixem de ser como são, vivam a vida e deixem de ser lambe-botas com os autarcas e políticos deste concelho, pois o jornalismo não é ser lambe-botas, mas sim, estar em cima do acontecimento e dar noticias boas e más, porque quando somos alguém no jornalismo, temos amigos em todas as vertentes, quando deixamos de ser alguém no jornalismo, somos meros cidadãos que por vezes, aqueles que antes nos batiam nas costas a sorrir, passam a ignorar-nos onde estamos. Por isso deixo aqui o meu alerta. Para os leitores do JCP o que posso desejar é que nos acompanhem, pois somos gratuitos, livres e isentos... Boa semana para todos vós!


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EM FOCO

Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

Literatura Grandes Marchas de Setúbal

Fátima Brinca Cronista

Alexandrina Pereira apresenta obra do evento mais popular de Setúbal Freguesia de S. Sebastião, representantes da União de Freguesias e da Junta de Freguesia de Azeitão, marcaram presença na apresentação de um livro que orgulha a cidade.

CRÓNICA COM FERROS MATA…

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s memórias parecem estar guardadas num baú, que conserva momentos nada fáceis na vida de uma jornalista. Nasci pobre e pobre irei morrer, mas ninguém consegue destruir a herança, que fui ganhando ao longo da vida. Vem esta introdução a propósito de um caso, que acompanhei até à sua resolução. Na altura o caso Multibanco encheu páginas de jornais e foi notícia de destaque nos canais de televisão. O Rui, a mulher e o Eduardo foram os protagonistas de um crime hediondo, que aconteceu na zona da Caparica. Uma jovem tinha desaparecido e, tal como a Maddie, era “vista” em várias zonas do país e em Espanha. Mas com o correr do tempo veio a descobrir-se que a jovem tinha sido assassinada pelo trio violento, que a assaltara à saída do parque de campismo. O rapto de outra mulher em circunstâncias idênticas acabou por conduzir a PJ, ao trio, que usava uma casa na zona da Caparica para violar e extorquir dinheiro às mulheres assaltadas. Ana Cristina teve um fim dramático, porque teve o azar de conhecer a mulher do Rui, que andara com ela na escola. Os três meliantes foram condenados no Tribunal de Setúbal, onde uma multidão enfurecida procurou vingar a morte da jovem, filha única de um casal, que acabou de forma inglória uma vida. Depois da condenação de Rui e Eduardo a 20 anos de pela e da mulher do primeiro a 17 anos, os pais da vítima mostraram-se inconformados, porque na sua opinião o crime bárbaro devia ser punido com pena de morte. Na altura entrevistei o pai de Ana Cristina, que com o rosto banhado de lágrimas, sentenciou a condenação de Rui “talvez na cadeia a justiça não seja tão branda”. Na verdade o principal homicida de Ana Cristina foi assassinado à facada durante o recreio no estabelecimento prisional. A mulher de Rui já saiu da cadeia, enquanto o Eduardo ficou cumprir pena, depois de ter saído ileso de uma tentativa de esfaqueamento. Tal como no passado ao ver lembrado o hediondo crime na televisão, salta-me à memória as palavras do pai da Ana Cristina, que comentou a morte do Rui da seguinte maneira “com ferros matas…com ferros morres”. Mas não posso deixar de citar a sabedoria popular, em que a justiça “escreve-se direito por linhas tortas”. Hoje recordo este hediondo crime enquanto assisto a uma peça sobre os crimes de Pedro Dias, que continua sem pagar às vítimas e, em troca, goza de benesses da visita da namorada para práticas sexuais.

Livro foi apresentado na biblioteca municipal de Setúbal A poetisa e escritora Alexandrina Pereira residente em Palmela, apresentou no último sábado, o seu mais recente livro dedicado às Grandes Marchas de Setúbal, no período entre 1988 e 2018.A sala da Biblioteca de Setúbal, completamente esgotada, contou com a presença de autarcas, madrinhas das marchas, dirigentes associativos, responsáveis das marchas, músicos, letristas e artistas. Apesar de muitas madrinhas das marchas terem primado pela ausência, como se a apresentação de um verdadeiro marco no evento de cultura popular, que mais mobiliza a cidade de Setúbal. Destaque para a presença da fadista Georgete de Jesus, a decana das madrinhas, para as verdadeiras figuras públicas das marchas como Ivone Dias, Fátima Dias, Piedade Fernandes, Inês Pereira e Maria Cordeiro. Também Pedro Pina, vereador da Cultura da Câmara de Setúbal, Nuno Costa, presidente da Junta de

Vídeo e história das grandes marchas A autora Alexandrina Pereira, na humildade que a carateriza, explicou que “o livro não tem pretensões de ser uma obra cientifica”, mas passa a fazer parte “da história das Marchas Populares, que foram retomadas em 1988 pela então vereadora Paula Costa”. Depois da apresentação de um vídeo que teve como voz de fundo a fadista Georgete de Jesus, sucederam-se as intervenções, com o músico José Condinho, que teve a difícil missão de apresentar as pautas das músicas vencedoras da Grande Marcha que “resultou num trabalho de recolha das melodias” e explicou todas as dificuldades que sentiu, enquanto a fadista Georgete de Jesus lembrou “ter sido Madrinha das Marchas Populares de Setúbal durante mais de duas décadas deu as mais coloridas páginas à minha vida”. Amílcar Caetano, um dos principais ensaiadores, encenadores e coreógrafos com mais de trinta anos ao serviço do principal evento cultura da cidade de Setúbal, destacou que o livro de Alexandrina Pereira, que contou com a sua colaboração, “contribui para que a nossa cidade tenha memória coletiva e popular” e “não deixando cair no esque-

cimento tradições populares, relativas à vida e construção das nossas gentes em prol do rejuvenescer das coletividades dando-lhes alma e vida”. Amílcar Caetano deixou o desafio “fico à coca na esperança de ver um livro onde se refira os amores e desamores das marchas”.

Madrinhas marcam presença no lançamento “Estamos sempre disponíveis para melhorar” O vereador da Cultura, Pedro Pina, destacou “a grande paixão em partilhar as marchas populares” e manifestou que a câmara “está disponível para convosco fazer este caminho, porque estão sempre dispostos a melhorar, porque Setúbal tem marchas excecionais porque tem pessoas excecionais”. E em resposta ao desafio de Amílcar Caetano confessou “as paixões e os grandes amores causam-nos também desamores”, mas “continuarei enquanto vereador a partilhar esta paixão pelas marchas populares”. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Economia Na sede do Grupo Desportivo da Volta da Pedra

Novo espaço de eventos nasce em Palmela

AS CORES DO OUTONO #EXPOSICAO1

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12 artistas

INAUGURAÇÂO

EXPOSIÇÃO DE PINTURA

4 DE OUTUBRO 19H GRUPO DESPORTIVO VOLTA DA PEDRA

Espaço cultural abre na Volta da Pedra

A Volta da Pedra vai contar com um novo espaço de eventos, bar e cafeteria, que será inaugurado no dia 4 de Outubro, às 19h00, com a apresentação de uma exposição de Pintura e Mercado de Artes e Ofícios. O espaço SBH irá funcionar na sede do Grupo Desportivo da Volta da Pedra, de segunda a sábado, das 8h00 às 20h00. Cultura, gastronomia e animação Com o tema “As Cores do Outono”, a exposição coletiva inclui 12 artistas plásticos associados da ARTISET com pintura ao vivo e música a acompanhar a inauguração no dia 4 de Outubro, às 19h00. A festa continua a 5 de Outubro com um Dia Aberto para que o público possa conhecer os artistas, músicos e cantores que fazem parte do Mercado

de Artes e Ofícios. O salão de eventos irá acolher, permanentemente, fruto de uma parceria com a ARTISET exposições de Pintura e Artes Plásticas e ainda um Mercado de Artes e Ofícios. E porque a música está sempre presente na nossa vila, teremos um calendário de animação musical variado com DJ‘s e músicos da região. A gastronomia estará em destaque no bar e cafetaria onde será possível saborear desde um pequeno-almoço madrugador, a um almoço de lazer/ negócios, um lanche ou petiscos bem regados. O espaço SBH aposta nos produtores locais com produtos de qualidade certificada, desde o queijo de ovelha, ao pão, aos vinhos e licores, passando pelas compotas e doces regionais.


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DESTAQUE DA SEMANA

Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

Política Local Assembleia Municipal de Palmela

Moradores pedem declaração de emergência climática Um grupo de moradores foi à reunião da Assembleia Municipal para apresentar um manifesto a apelar à declaração de emergência climática no território de Palmela. A porta voz do grupo, Cristina Correia, referiu “não viemos apresentar reclamações, mas alguns preocupações sobre o futuro”, porque “nenhum país, nem nenhuma cidade estão livres dos impactos das alterações climáticas”.

População muito interventiva

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o período reservado ao público, Cristina Correia, leu o manifesto subscrito por dezena e meia de moradores, que alertava para “a frequência inacreditável de catástrofes ambientais, espécies a extinguirem-se a uma velocidade vertiginosa, ecossistemas a desaparecerem, direitos humanos a serem postos em causa, quer a nível da saúde, segurança alimentar, habitação,

educação, subsistência, segurança e a indicações claras de que a nossa vida está a mudar”. O manifesto destaca que o concelho de Palmela “está a ficar cada vez mais seco e em alto risco de ondas de calor e seca” e “assistimos ainda a um alheamento de grande parte das pessoas e a ações pouco concisas de informação por parte de quem assume a liderança de um território”. Cristina Correia alerta que a “habitabilidade neste planeta está a ser determinada pelas nossas ações e continuamos a confrontarmo-nos

com decisões que nos deixam perplexos e revelam uma grande dissonância cognitiva de quem as toma” e dá como exemplos o facto de se “estar a avaliar a construção de um aeroporto no Montijo ou noutro local qualquer, quando temos de reduzir drasticamente as emissões de CO2” ou como se “pode apoiar as dragagens no Sado, com base numa perspetiva de rentabilidade económica, quando sabemos que aumenta o risco das inundações previstas para Setúbal?” Os subscritores reconhecem que a

Câmara de Palmela “está atenta e que partilha de todas estas preocupações”, porque “podemos constatar que estão a ser concretizadas muitas ações: desde a educação ambiental, os planos de reflorestação, a gestão dos recursos hídricos, a aposta na mobilidade sustentável, a gestão de resíduos sólidos e limpeza e o trabalho que estão a desenvolver com a Área Metropolitana de Lisboa, ao nível do Plano Metropolitano de Adaptação das Alterações Climáticas”. E não deixa de apelar à Assembleia Municipal que “declare emergência climática no território de Palmela” e aposte num plano de ação como um “sinal político forte de reconhecimento de um estado de emergência que enquadra numa resposta à Crise Climática e Ecológica”, onde Palmela “pode ser o Concelho a liderar o reconhecimento do estado de emergência climática em Portugal”. O presidente Álvaro Amaro mostrou a sua satisfação por ver “cada vez mais pessoas a olharem pelo ambiente”, lembrando que “desde há muito tempo que estamos atentos à mudança e aderimos ao Pacto dos Autarcas há muitos anos”. Também a

Assembleia Municipal marcada com declaração invasiva por parte da deputada do MIM sobre a construção do novo posto de abastecimento, em Pinhal Novo

presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente, considerou da “maior importância e pertinência o alerta que fazem aos órgãos municipais”, pois “é preciso alertar, sensibilizar e abanar os nossos vizinhos para pequenos gestos, refiro-me aos resíduos” e “o problema apresentado pela Cristina Correia é sensível para todos nós”. Golfo do Montado: ser ou não ser O morador Vasco Nunes, trouxe à reunião diversos alertas sobre a toponímia no Golfo do Montado onde “há ruas sem nome, becos que são pracetas e pracetas que são becos, ruas com nomes de árvores, onde estas não existem e onde existem bandas sonoras, que deviam ser lombas para reduzir a velocidade dos motoristas”. O presidente da Câmara prometeu averiguar as situações e as reduções de velocidade “podem passar pela colocação de bandas cromáticas e elevadas”. Saudações No ponto antes da ordem de trabalhos foi apresentada uma saudação à Festa das Vindimas pela bancada da CDU, que foi alterada para incluir a visita do Presidente da República e de outros governantes, por sugestão dos deputados da oposição. A bancada socialista apresentou também uma saudação à Comissão da Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) pela passagem do 40º aniversário. A saudação destaca o trabalho desenvolvido pela CITE, que diariamente “luta pela promoção da igualdade e que combate a discriminação e violência, assédio no local de trabalho, pugnando por um mundo mais justo, mais inclusivo e mais igualitário para homens e mulheres”. A saudação foi aprovada por unanimidade. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt


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GRANDE ENTREVISTA

Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

Grande Entrevista com o presidente das Festas de Quinta do Anjo

A FESTA DE TODOS OS SANTOS É MUITO BAIRRISTA O presidente da Associação, Fernando Camolas, considera que “a Festa de Todos os Santos é mais bairrista que a das Vindimas

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Festa de Todos os Santos da Quinta dos Anjo é uma das mais antigas do concelho, que alia a vertente pagã, à vertente reli-

giosa. A Festa começou a realizar-se como agradecimento à Nossa Senhora da Ascensão por ter poupado a aldeia aos efeitos destruidores do terramoto de 1755, em Lisboa. Fernando Camolas, presidente da Associação de Festas, realça “o bairrismo que continua a caraterizar o evento, pois apesar da aldeia ser pequena expandiu-se pelos arrabaldes, mas mantem as suas característica de gente muito bairrista”. A Festa, que irá começar no dia

31 de Outubro, é antecedida do Festival de Sabores, que terá lugar no próximo sábado, dia 5 de Outubro, como forma de angariar receitas para a Festa de Todos os Santos e no fim de semana a seguir realiza-se o peditório de apoio dos moradores. “As Festas não podem acabar” O simbolismo histórico e religioso das Festas como uma das mais antigas do concelho, “não podem acabar”, destaca Fernando Camolas, que assumiu a presidência no atual mandato. Mas o dirigente lembra “estive sempre ligado a estas Festas, onde fui o interface entre a Câmara e a Organização das Festas” e sublinha “quando os Escuteiros, que começa-

ram a organizar o evento, anunciaram que iam desistir, fui convidado para assumir as festas e aceitei, até porque já tinha integrado diversas direções da Associação”. Para além do Festival dos Sabores, anuncia “teremos durante as festas o Festival do Caracol, que no ano passado foi um sucesso”. Fernando Camolas esteve ligado à Festa das Vindimas, um dos seus amores, mas considera que “a Festa de Todos os Santos é mais bairrista” e não deixa de sublinhar “não levamos dinheiro dos terrados, como forma de atrairmos mais expositores, pois se esta festa fosse no verão, não estaríamos preocupados com o tempo, que por vezes nos prega partidas”. Com um orçamento limitado,

Com muita experiência na organização de festejos, o presidente da Associação explica “temos excelentes expetativas pois não trabalhamos com perspetivas negativas, e se estiver bom tempo teremos umas excelentes festas”

onde não são ultrapassados os 30 mil euros, os dirigentes da Associação recorrem a iniciativas para angariarem fundos, explica Fernando Camolas, “há uma aposta muito grande nos comes e bebes, com a disponibilidade das nossas cozinheiras, onde a Anália e a Célia têm uma colaboração imprescindível e que fazem também as refeições durante as festas”. As tradições são as principais referências “Apesar de não existirem grandes novidades no evento, continuamos a apostar em iniciativas carismáticas, que se identificam com a aldeia, com destaque para a procissão das velas, que começa na Capela da Quinta do Anjo e percorre a aldeia até à Igre-


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GRANDE ENTREVISTA

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“As Festas não têm como objetivo o lucro, mas devem pagar-se a elas próprias” ja”, destaca. Fernando Camolas faz questão de realçar “esta é a verdadeira Festa da Quinta do Anjo, onde existem muita união entre os montanhões e o movimento associativo”, destacando a parceria de colaboração com a SIM e com a Igreja. O dirigente explica “a festa, tirando a parte religiosa, é toda realizada em espaços da SIM, que colabora connosco”. Com muita experiência na organização de festejos, o presidente da Associação explica “temos excelentes expetativas pois não trabalhamos com perspetivas negativas, e se estiver bom tempo teremos umas excelentes festas”. Este ano, a promoção das festas está a ser feita nos novos núcleos habitacionais para atrair os moradores, que vieram para a Quinta do Anjo. Fernando Camolas frisa “contamos com uma equipa fantástica e aqui não há presidencialismo”, mas deixa no ar um apelo “espero que

apareçam mais pessoas para dar continuidade ao evento, pois estou a tentar fazer o mandato, mas isto é muito cansativo”. O programa das Festas ainda não está fechado, garante, mas “um dos destaques será o Miguel Gameiro”. “As Festas não têm como objetivo o lucro, mas devem pagar-se a elas próprias”, lembra. Reafirmando as excelentes relações com a SIM e “podemos sempre contar com a coletividade e com a sua Orquestra Ligeira e com o Grupo de Guitarras”. E termina com um recado “queremos muita gente a participar no Festival dos Sabores, que se realiza no próximo sábado”. Fátima Brinca e Miguel Garcia informacao@jornalconcelhodepalmela.pt


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CIDADE CRIATIVA

Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

Investimento Grupo nortenho aposta na cidade do Montijo

Retail nasce nas instalações da INFAL Não se sabe ainda quando arrancam as obras do novo espaço comercial que vai nascer junto à rotunda das Tertúlias, mas já está definido que surja naquele espaço um novo Retail.

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ara já o que existe são contactos feitos pelos empreendedores do terreno com a Câmara Municipal do Montijo para que o projeto urbanístico possa ser avaliado e decididas as licenças de construção por parte do município.

Um espaço que entre 2010 e 2018 foi alvo da preocupação de vários autarcas da oposição na Câmara do Montijo por causa da cobertura das instalações que ainda continuam de pé, mas não por muito tempo. Um grupo do Norte terá adquirido o espaço que em tempos serviu para o fabrico de

aglomerados em cortiça da empresa INFAL. O terreno localizado perto da rotunda das Tertúlias irá receber o novo Retail do Montijo, um espaço que albergará várias lojas comerciais e um grande parque de estacionamento que servirá o estabelecimento. Um espaço que entre 2010 e 2018 foi alvo da preocupação de vários autarcas da oposição na Câmara do Montijo por causa da cobertura das instalações que ainda continuam de pé, mas não por muito tempo. Assim vai nascer um novo espaço comercial mesmo no centro da cidade do Montijo. Para já ainda é desconhecido o valor de investimento e as marcas que vão fazer parte desse Retail Park.

Espaço da antiga INFAL vai dar lugar a mais um Retail no Montijo

Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Segurança PSP espera luz verde para construir Super Esquadra

Montijo aguarda resposta do MAI

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om a notícia de que o novo aeroporto pode aterrar em terras da cidade do Montijo, o presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, terá contactado o Ministério da Administração Interna (MAI) com o intuito de apresentar um terreno municipal onde poderá ser construída a Super Esquadra da PSP do Montijo. O terreno fica localizado junto à rotunda da Força Aérea e o projeto poderá passar pela elaboração e construção por parte da Câmara Municipal do Montijo, com garantias que o município no final da obra pronta entregará

O terreno já foi disponibilizado ao MAI e aguarda luz verde do ministro para aprovação do projeto e da obra.

ao MAI e possa reaver o valor gasto em toda a obra. O JCP sabe que atualmente as instalações da PSP apresentam várias deficiências e o local já não está muito acessível para a operacionalidade dos agentes. O edil montijense também adianta que “não faz sentido estarmos dependentes da divisão do Barreiro, pois o Montijo com a chegada da plataforma aeroportuária irá necessitar de uma esquadra onde centre todos os departamentos da Polícia. Sabemos que a ANA terá que construir uma esquadra próxima do aeroporto, porque a plataforma terá uma divisão de Polícia diferente daquela que temos, mas será sempre necessário a construção de uma infraestrutura deste tipo”. O terreno já foi disponibilizado ao MAI e aguarda luz verde do ministro para aprovação do projeto e da obra.

PSP espera luz verde do MAI para construir uma Super Esquadra na cidade


CIDADE AZUL

01.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Educação Escola de Hotelaria de Setúbal

Ambiente Zona Industrial da Mitrena

Formação de profissionais continua a ser uma aposta

Estudantes do IPS recolhem 2,5 toneladas de lixo

O crescimento do turismo é um desafio na formação dos profissionais para responder ao crescimento do setor em Portugal e, em particular, na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

Um brinde ao novo ano letivo

M

aria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, realçou na aula inaugural da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, o crescimento do setor, que envolve a participação de alunos e formadores. Os números de operadores turísticos cresceram de 80, em 2017 para 115, em 2018, o que corresponde a um aumento de 43 por cento. A edil sadina destacou o importante contríbuto contributo da capacidade formativa da Escola de Hotelaria e Turismo para afirmar Setúbal como uma cidade que “cada vez mais se preza de ser terra hospitaleira e espaço de turismo de excelência”. A aquisição do antigo quartel do 11, considerou a autarca, “terá sido, sem dúvida, um dos melhores e mais qualificadores investimentos que fizemos. Com esta decisão municipal criou-se maior oferta formativa no nosso concelho, capaz de alimentar as crescentes necessidades locais do setor.” Setúbal passou de 250 em 2017, para 420 alojamentos locais em 2018 e “os números relativos a este ano apontam, até ao momento, para 510 alojamentos locais registados no concelho de Setúbal”, revelou. Crescimento nos postos de turismo Os postos turísticos municipais realizaram no ano passado 13.579 atendimentos correspondentes a 29.958 visitantes, com a novidade de,

apesar de Agosto continuar a ser o mês com maior número de atendimentos, estes estão distribuídos ao longo de todo o ano. A presidente setubalense destaca que o “enorme crescimento turístico da cidade é, para todos, uma novidade, embora não constitua surpresa para todos aqueles que, quer na autarquia, quer nas empresas apostaram fortemente neste setor e se empenharam na qualificação da cidade” e isso faz com que Setúbal deixe de ser apenas um território de passagem de visitantes para Lisboa ou para o Algarve. Para a edil sadina “passamos a ser polo de atração de turistas, aproveitando a proximidade de Lisboa para nos afirmamos como alternativa. Esta visão foi confirmada há dias na secção de viagens do Washington Post, que aconselhava Setúbal aos potenciais turistas americanos como alternativa de qualidade à superpovoada Lisboa.” A nova diretora da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, Helena Lucas, saudou os 300 alunos avisando que o novo ano letivo “vai ser exigente, de muito trabalho e com novos projetos pela frente. É com grande alegria que vos felicitamos por terem escolhido esta escola.” As valências formativas da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal incluem restaurante e hotel de aplicação para testar os conhecimentos adquiridos nas aulas, duas cozinhas industriais, uma pastelaria, um auditório técnico de cozinha e uma pastelaria. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Estudantes retiram lixo do Sado

Os estudantes recém-chegados ao Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) recolheram duas toneladas e meia de lixo, na zona industrial da Mitrena, nas margens do rio Sado. Seiscentos jovens estudantes recém-chegados ao IPS integraram 12 equipas de trabalho, que se distribuíram por várias das zonas consideradas críticas na margem norte do Estuário do Sado. A recolha contemplou 520 embalagens plásticas de sal fino, usado pelos mariscadores para a apanha do lingueirão sendo recuperados para reciclagem 527 quilos de vidro e 229,5 de plástico. Destaque-se que a Associação Académica do IPS realizou uma praxe em defesa do ambiente, impedindo que 2 500 quilos de lixo, largado à beira rio, pudessem contaminar as pradarias marinhas do Sado.

A sustentabilidade ambiental continua a ser uma missão assumida pelo IPS, que a partir de 18 de Outubro irá hastear a Bandeira Verde Eco-Escolas, nas suas cinco escolas superiores. A distinção, refira-se, “é atribuída pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), que gere em Portugal esta rede internacional de educação para o desenvolvimento sustentável, e premeia um conjunto de intervenções que têm como denominador comum a promoção da mudança de comportamentos para uma melhoria do desempenho ambiental, quer internamente, quer na comunidade alargada da região de Setúbal”. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Ambiente Alunos do concelho conhecem Semana do Mar

Semana do Mar 2019 marcada por visitas de estudo

Alunos de Setúbal ficam a conhecer toda a história dos oceanos na Semana do Mar 2019 Alunos dos agrupamentos de escolas de Setúbal visitaram o evento e ficaram maravilhados com as embarcações e o Vaivém Oceanário, que lhes explicou como funciona a Fauna e a Flora Foi ao som do mar que vários alunos dos agrupamentos de escolas de Setúbal ficaram a conhecer toda a história que envolve a atividade marítima da sua cidade. Os alunos ficaram empolgados com os ovos de tubarão, os esqueletos de corais, os cavalos-marinhos secos, e as exclamações de cada um deles era ouvida por professores e monitores que iam explicando toda a dinâmica marítima. Esta

foi uma atividade que decorreu no passado dia 27 de setembro e que esteve inserida na iniciativa “Semana do Mar 2019”, a organização quis dar a conhecer toda a envolvente marítima aos visitantes mais pequenos. “São tão bonitos”, foi o mais ouvido para além “Cheiram a mar”, entre os mais pequenos que estavam maravilhados com tudo aquilo que estavam a ver e a ouvir. A “Semana do Mar” é uma iniciativa promovida pela Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra e a Câmara Municipal de Setúbal, com o objetivo de promover uma das mais belas baías do mundo em que Setúbal se insere. Este ano foram muitas as atividades que envolveram os agentes presentes e os visitantes, foi um ano em que as visitas se centraram no veleiro Fryderyk Chopin, na caravela Vera Cruz e no galeão Andalucia, um ano que fica marcado também com as comemorações de Fernão Magalhães, o navegador português que fez a sua primeira viagem de circum-navegação ao globo de 1519 até 1522. Miguel Garcia miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt


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ROTA DE SABORES

Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

História Moinhos um lugar a preservar na região

Moleiros de Palmela visitaram Moinhos de maré do Seixal Figuras já bem conhecidas de Palmela, pela sua ligação aos moinhos de vento, Pedro Lima e Humberto Marçalo visitaram o Moinho de Maré de Corroios, com a orientação da Dra. Cláudia Silveira. Humberto Marçalo é o único moleiro da Serra do Louro

F

ilho do moleiro dos moinhos em Palmela, Humberto Marçalo não se assume como ‘moleiro’, mas como um homem que consegue produzir um pouco de tudo. “Nunca tive mestres, mas sei fazer desde a carroça e a pá para levar o pão ao forno, ao pão para cozer, depois de ter moído a farinha”. Os seus olhos azuis e mãos calejadas quiseram ver mais do que a habitual visita que espera quem visita o moinho de maré e conhecer também as ‘entranhas’ dos engenhos com séculos de história. E se por um lado foi conhecendo algumas das histórias deste moinho com 615 anos, houve

tempo também para o ouvir contar histórias, que faziam os seus olhos de um azul profundo brilhar enquanto cativava quem o ouvia. “A minha família não era de moleiros, começou tudo com o meu pai, e eu quando comecei a trabalhar nos moinhos, sabia mais do que muitos dos moleiros. Ia vendo o meu pai e aprendendo. E gosto de ver tudo muito limpinho e arrumadinho, de outra maneira dá ideia de pobreza e até afastava as pessoas.” Conforme ia vendo os engenhos que faziam no passado girar as mós de pedra, explicava também que “pela pedra se conhece de onde vem a mó, de Sesimbra ou de Cascais… há uns anos, cada mó custava-nos

cerca de 200 contos (400 euros).” Hoje em dia vai dando umas ajudas a Pedro Lima, que tem vindo a renovar alguns dos moinhos de vento de Palmela, e tem criado workshops de confeção e cozimento de pão. “Mas se no tempo de Salazar se dizia que ‘entre a farinha e o pão a diferença é de um tostão’, o que queria dizer que o preço era quase igual, hoje temos de dizer que ‘entre a farinha e o pão vão muitos milhões’, porque o preço do grão e o trabalho de moer, não compensa o preço a que se vende o pão.” Um dos objectivos desta visita foi “divulgar os moinhos e fazer despertar o interesse das pessoas nesta que já foi um dos mais importantes sectores da economia”, explicou ao JCP Cláudia Silveira. “Têm sido estabelecidas parcerias com diversas instituições através das quais tem sido possível realizar atividades conjuntas, diversificando a oferta de atividades e proporcionando perspetivas que permitem relacionar o património moageiro existente no Seixal com outros recursos patrimoniais.”

Para assinalar as Jornadas Europeias do Património teve lugar no dia 29 de setembro, a Oficina Com as Mãos na Massa - Do Moinho à mesa, realizada pelo Ecomuseu Municipal do Seixal em colaboração com os Moinhos Vivos, em Palmela. A iniciativa visa sensibilizar para o valor patrimonial dos moinhos e do saber-fazer que lhe está associado e integra uma visita ao Moinho de Maré de Corroios e aos moinhos de vento da Serra do Louro, em Palmela. “Está ainda prevista, no âmbito da referida parceria, uma oficina de bolos de Natal, que terá lugar a 15 de Dezembro, e uma oficina de bolos de Páscoa, a realizar a 4 de Abril de 2020, integrando esta última a programação do Dia Nacional dos Moinhos e do Fim-de-Semana Moinhos Abertos, que se celebra a nível nacional.” Moinhos de maré do Tejo No estuário do Tejo, foram edificados, desde a Idade Média, pelo menos 45 moinhos de maré, o que constitui uma das maiores concentrações conhecidas a nível mundial. Este conjunto de moinhos assumiu um papel importante na produção de farinhas para abasteci-

mento da cidade de Lisboa e também para a produção de biscoito de embarque, um tipo de pão especial, que se conservava por longos períodos de tempo, essencial nas viagens dos Descobrimentos. O Moinho de Maré de Corroios, conservado in situ, foi construído em 1403 por iniciativa de Nuno Álvares Pereira, e depois doado ao Convento do Carmo de Lisboa, permanecendo em posse dessa instituição até 1834. Foi então vendido a um importante proprietário local, mantendo-se em laboração até à década de 1970. Viria a ser adquirido em funcionamento pelo município do Seixal, constituindo desde 1986 um dos núcleos do Ecomuseu Municipal do Seixal. A relevância patrimonial do sítio foi reconhecida através da sua classificação como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 29/84 de 25 de Junho. Embora não se encontre atualmente em funcionamento, o Moinho de Maré de Corroios é uma das mais antigas estruturas desse tipo existentes no nosso País, sendo representativo da atividade moageira maremotriz desenvolvida no passado. Por esse motivo, constitui um marco identitário do concelho do Seixal. A visita a este espaço e as atividades nele organizadas permitem descobrir o processo de trabalho inerente ao funcionamento dos engenhos de moagem e convida a uma reflexão acerca do valor histórico e técnico deste tipo de estruturas e das potencialidades energéticas oferecidas pelo mar. Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

O moleiro de Palmela contou a suas histórias mas também ficou a conhecer as histórias do Moinho de Corroios


RUA 33

01.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Crime Comerciantes em alerta no Pinhal Novo

Farmácia Central foi alvo de assalto O assalto foi realizado com recurso a armas de fogo e quase no fecho do estabelecimento Autoridades investigam o assalto à Farmácia Central

Dani Sousa Cronista

CRÓNICA CRIMINAL CRIME DISSE ELE!

É Os funcionários da Farmácia Central, localizada na Praça da Independência, em Pinhal Novo, não ganharam para o susto. No passado dia 26 de setembro, ao final do dia o estabelecimento foi o alvo de assaltantes que munidos de armas de fogo levaram a cabo o assalto à farmácia. Segundo a Rádio da Vila, o assalto ocorreu pouco antes das 20h00, os assaltantes ameaçaram os funcionários

com recurso a armas de fogo. Não se conseguiu apurar o que levaram os assaltantes do assalto que realizaram. As autoridades estão a investigar o caso.

Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Quinta do Anjo Incêndio mobiliza várias corporações da região

Bombeiros feridos a caminho de incêndio nas Marquesas Várias corporações foram mobilizadas para o local para combater as chamas em terrenos cheios de monos e restos de obras e oficinas. Vários bombeiros ficaram feridos devido a um acidente

No passado dia 27 de setembro várias corporações de bombeiros da Península de Setúbal foram chamados para combater um incêndio em terrenos no parque industrial da Marquesa, Quinta do Anjo. Os terrenos que pertencem à empresa AXL estão há muito abandonados, servindo como autênticos depósitos de monos e restos de obras e oficinas. A caminho do local ter-se-á registado um acidente acabando por ferir alguns operacionais que se deslocavam

para o Teatro de Operações. No local estiveram as corporações de Palmela, Barreiro, Sul e Sueste, Moita, Pinhal Novo e com um apoio aéreo. As causas do incêndio ainda estão por apurar.

Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

com bastante orgulho que aceitei o convite que me foi dirigido pelo diretor do Jornal Concelho de Palmela para fazer semanalmente uma crónica criminal. Estas crónicas semanais vão abordar temas do sistema de justiça que se passa dia após dia na sociedade civil de todos os nós. Esta primeira vai relatar os acontecimentos da semana passada e são crónicas que vão também servir para uma reflexão de todos os leitores que gostem de ler temas como a que esta página que o JCP apresenta semanalmente. Hoje vamos abordar o tema dos perdões de dívida e como a justiça atua nos dias. Vamos começar pelo perdão de dívida que o Novo Banco fez à Malo Clinic, uma empresa que deve ao Novo Banco milhares de euros e que de um momento para o outro deixou de dever, porque pela vontade dos administradores daquele que foi o banco mais velho do país (150 anos) decidiram perdoar a dívida ao Dr. Malo. A questão é a seguinte: Se fosse eu ou um dos nossos leitores a dever o crédito habitação – 3 mensalidades em atraso – o que nos aconteceria? Claro, cartas de interpelação de dívida por parte do banco, depois carta do gabinete de advogados e por fim um processo judicial para que o bem que deu como garantia (o imóvel) fosse sujeito a penhora e vendido por um valor que muitas das vezes não é dado a conhecer e até é realizada por valores acima das dívidas dos créditos habitação. Isto já para não falar em todas as vicissitudes em que se veriam também envolvidos os que aceitaram ser fiadores dessa sua compra. Então, onde está a justiça que deve der ser igual para todos e que não o é... Malo Clinic não fica sem bens, não paga a dívida, fica com a ‘ficha limpa’, mas a pergunta que se impõe também é: quem irá pagar essa dívida? Somos todos nós, portugueses, com as injeções de capital que o Estado faz no banco, as tais recapitalizações. Não acha muito estranho o Estado português deixar cair bancos como Banif e companhias e não deixar cair o BES, que numa operação de maquilhagem passou a ser o Novo Banco? Quais os interesses de não deixar cair esse banco, sim, um banco com 150 anos e com história, será que estava assim tão mal para não o venderem como fizeram com o Banif e outros? A semana também ficou marcada com um caso insólito, desta feita num dos tribunais da península, uma cidadã deixa passar a data de pagamento de um documento de multa, dirigiu-se à secretaria desse mesmo tribunal que agora é um apêndice do sistema judicial e pede para pagar a multa com nova referência. Para espanto da cidadã que queria pagar as suas responsabilidades no sistema de justiça, a funcionária sem vontade de resolver o assunto nada fez, claro, surgiu bronca e elevar da voz, para que a situação fosse resolvida e aceite o pagamento de imediato, através da emissão de um novo documento de cobrança. É assim que está o nosso sistema de justiça atualmente, em que os mais pequenos são a tal “carne para canhão”, pois o grande é sempre o intocável do sistema e onde se aplica a célebre frase: fortes para os fracos e fracos para os fortes.


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ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019

Deputados municipais “bombardeiam” presidente A reunião da Assembleia Municipal teve como principal destaque a intervenção dos deputados, que lançaram alertas e enviaram recados ao presidente da Câmara. Ruturas de água na Quinta da Asseca A deputada Rosa Pinto, da coligação do PSD/CDS, alertou para “as roturas de água, que estão a acontecer na Quinta da Asseca” e apelou a Álvaro Amaro para que se analise “as grandes perdas de água causadas por cinco ruturas”. A deputada alertou ainda para “a praga de ratos e ratazanas, que está a haver em Aires". O presidente Álvaro Amaro esclareceu que “o problema já está resolvido” e “resultou da ação de desratização que existiu nesta zona”.

Tudo acontece no túnel da estação O deputado da Palmela Mais, Colin Marques, depois de criticar o abandono em que se encontram as rotundas da Quinta do Anjo, alertou para o estado em que se encontra o túnel da estação de Pinhal Novo que “cheira mal e onde à noite tudo acontece”. O deputado quis ainda saber quando é criado o regulamento do voluntariado, quando “se realiza mais uma Feira Medieval”. O presidente da Câmara revelou que a situação do túnel “está em vias de resolução pois estamos a tratar para que passe para a posse da câmara” e depois “será limpo, pintado e com mais umas intervenções”.

Suspensão da construção da bomba de gasolina A deputada do MIM, Luísa Paulino, teve uma intervenção com várias acusações e onde exigiu que a câmara de Palmela “suspenda os trabalhos de construção da bomba de gasolina na Serapa”, porque “é um elemento de perturbação para a segurança desta zona”. A deputada denunciou “não há qualquer aviso da obra”. O edil de Palmela confessou “também não concordamos que o proprietário esteja a vender aquilo (Serapa) aos pedaços, mas de acordo com a lei não temos outra alternativa se não aprovar o licenciamento da Direção de Energia e Geologia”. O presidente deixa ainda uma preocupação “como é que as Infraestruturas de Portugal aprovam mais uma entrada para a EN 252?”

…. E tantos e tantos recados Mas os deputados deixaram ainda outros recados, que passam pela alteração da toponímia da zona do Golfe do Montado, a atualização dos temporizadores da iluminação pública face aos horários de inverno, as ervas nas bermas, a conclusão da construção da Escola de Cabanas que “está a passo de caracol”, os buracos na zona de Mata Mouros, as árvores abatidas junto à Piscina Municipal de Palmela, a falta de limpeza na Escola Matos Fortuna e a colocação de uma lomba na Rua 5 de Outubro, na Quinta do Anjo. Também alertaram para a praga de pombos no Pinhal Novo, o posto de iluminação junto à antiga Pluricoop, no lado sul, que “está cai não cai…” e as palmeiras abatidas em Vale Flores. Para a semana estamos de regresso com os alertas e recados dos nossos leitores. Mais intervenção da câmara na recolha dos monos O deputado Roberto Cortegano, do PSD, reconheceu que “há muita falta de civismo, mas tem que haver um papel mais interventivo da câmara na recolha de lixo e monos”. O deputado municipal defendeu “a substituição de novos contentores da Amarsul”. Álvaro Amaro reconheceu que nos arredores do Pinhal Novo “a Suma não tem cumprido e têm havido problemas”, mas revelou que até ao fim de Julho “bateram-se todos os recordes de recolha de monos, resíduos e verdes”, onde os “contentores não são despejados a tempo e têm aberturas pequenas”.


DESPORTO

01.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Futebol Derrota de 2-1 frente ao Estoril

Solidário Liga Portuguesa Contra o Cancro

Pinhalnovense diz adeus à Taça de Portugal

Caminhada Solidária realizase a 20 de Outubro Serra do Louro faz parte da caminhada

Pinhalnovense foi derrotado em casa e diz adeus à Taça de Portugal A equipa de Luís Manuel bateu-se galhardamente frente ao Estoril, que graças a uma maior experiência afastou o Pinhalnovense de Taça de Portugal. O Pinhalnovense perdeu por duas bolas a uma, com Bandeira a marcar o golo de honra para a equipa da casa. O Campo Santos Jorge foi palco de uma enorme enchente, numa tarde de sol, que convidava ao futebol. O Estoril Praia veio até ao Pinhal Novo onde mostrou ser a equipa mais experiente frente a um Pinhalnovense aguerrido e disposto a vender cara a eliminatória. Esta foi a primeira derrota do Pinhalnovense nesta época, que teve o azar de defron-

tar uma equipa de um escalão diferente, que na época passada estava a disputar a Liga principal do futebol português. De pouco valeu o dinamismo dos jogadores da casa, que não resistiram aos visitantes, que apresentaram outros recursos e acabaram por vencer por duas bolas a uma. O Pinhalnovense pode sentir-se orgulhoso da sua prestação, onde os jogadores tudo fizeram para serem a surpresa da jornada. O Pinhalnovense no próximo jogo irá defrontar a equipa do Esperança de Lagos, que joga em casa. Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Futebol Apresentação da equipa do Lagoa da Palha

Jogo com Lagameças e festa do folclore

Dia de eleições é dia de apresentação dos jogadores da Lagoa da Palha

A Câmara de Palmela aderiu ao movimento “Onda Rosa” 2019 da LPCC - Liga Portuguesa Contra o Cancro, e lança o desafio à população para participar na Caminhada Solidária, que se realiza a 20 de Outubro, com o objetivo de sensibilizar para a importância da prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama. A Caminhada Solidária “Onda Rosa” inicia-se às 09h00, com partida da Estação Rodoviária de Palmela, e integra o percurso pela Serra do Louro, Chibanes, Moinho do Motor, Cabeço das Vacas e Quinta do Piloto, numa distância de 7,5 km. A prova que integra o programa municipal “Mexa-se em Palmela”, é aberta à participação da população em geral, a partir dos 6 anos, e tem uma duração prevista de 3h00, grau de dificuldade 2 (1 a 5) e um desnível acumulado

de 174m/-174m. As inscrições (limitadas a 100 participantes) estão a decorrer até ao dia 11 de Outubro, através dos contactos drh@cm-palmela.pt ou 212 336 682. No mês de Outubro assinala-se o Dia Mundial da Saúde da Mama a 15 de Outubro e o Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama a 30. No período compreendido entre estas datas. a LPCC desenvolve o movimento “Onda Rosa”, procurando incentivar à prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama. A campanha acontece pelo 5.º ano consecutivo. Recorde-se que no ano passado participaram quase 600 instituições, e a Liga voltou a desafiar a comunidade a “entrar na Onda” e participar na Caminhada Solidária.

A equipa da Lagoa da Palha vai ser apresentada aos sócios no dia 6 de Outubro, às 15h00, onde jogará com o Lagameças. Depois do jogo haverá festa com a participação dos ranchos folclóricos “Os Rurais da Lagoa da Palha” e Rancho Folclórico do Forninho, a partir das 17h00. No entanto, os dirigentes do emblemático clube não deixam de lamentar, que mais uma vez, não exista colaboração da

Câmara de Palmela, que se recusou a emprestar o palco para os ranchos puderem dançar. Os dirigentes do clube lamentam também que a autarquia de Palmela não tenha dado qualquer apoio à instituição em 2018 e lembram que também fazem parte do associativismo do concelho. O JCP irá estar presente com uma equipa de reportagem.

FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Tiago Rodrigues, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes

CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Tiragem Semanal: 13.000 exemplares


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Jornal Concelho de Palmela | 01.10.2019


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