Jornal Concelho de Palmela | Edição 71

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TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº71| PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 12.11.2019

CULTURA E IMI DOMINAM REUNIÃO MUNICIPAL P.08 E 09

PROGRAMA DE NATAL APOSTA NO LARGO SÃO JOÃO P.04 Mercado de Natal transferido do Largo do Município para o Largo São João em Palmela

Oposição lembra Lola do FIAR na discussão da moção apresentada pela maioria CDU sobre cultura

MONTIJO APOSTA NA PROMOÇÃO DE VINHOS P.10 Câmara Municipal e Rota de Vinhos inauguram loja de vinhos no Mercado Municipal

CÂMARA DE SETÚBAL AUMENTA IMI P.12 Maioria CDU não cede na descida do Imposto Municipal sobre Imóveis PUB


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VISÃO DA SEMANA

Sociedade Inovar Autismo um projeto em Pinhal Novo

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

Educação Ensino de Palmela reconhecido na Europa

Miguel Garcia Diretor de Informação

Escola de Arraiados Escola Hermenegildo EDITORIAL IPSS E A recebe Associação ganha Selo Europeu COMUNIDADE IDOSA! A Câmara de Palmela vai ceder em regime de comodato parte das de Qualidade instalações da antiga Escola de Arraiados

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lema de todos nós é que com o mal do nosso vizinho estamos bem, mas quando nos bate à porta, aí, sabemos dar o valor aos problemas pelos quais o nosso vizinho passou. Isto para fazer uma reflexão sobre as IPSS que por aí andam e que algumas delas nada fazem a favor da comunidade local onde estão inseridas. Como isto é um editorial, o mesmo serve para exprimir opinião pessoal, hoje trago-vos um tema que parece ser tabu para muitos daqueles que estão inseridos na sociedade civil: as IPSS e o seu trabalho junto das populações. Nos últimos tempos tenho-me questionado como é possível isto acontecer em pleno século XXI, o problema do meu vizinho bateu-me à porta na última semana e não pensava eu que era tão difícil arranjar apoio domiciliário ou mesmo um Centro de Dia para resolver o problema que talvez seja o problema de 80% da população do país. Já para não falar na disponibilidade de um lar, porque nos que tenho contactado, a resposta é sempre igual, ou não há vagas ou terá que disponibilizar logo à cabeça três mensalidades, isto para não falar nos valores astronómicos que me tem surgido, o último dos quais foram 2200 euros de mensalidade. Tudo isto me deixa a pensar, como fazem as pessoas de classe média baixa, se não tiverem esses rendimentos para que possam trabalhar e cuidar dos seus idosos!? Será que estamos num país em que os familiares podem deixar de trabalhar para cuidarmos dos nossos idosos? Parece-me que não. É que quem tem dinheiro, pode pagar, quem não tem, pode solicitar apoio social (e ainda bem), mas então quem está nesse meio-termo, em que não tem verba suficiente para pagar os preços astronómicos nem tão pouco que possa habilitar-se a apoios? Isto é mau de comparar, mas os serviços de lares já me parecem os alugueres de habitações, muitos jovens procuram casa e as rendas que são apresentadas pelos proprietários, são valores astronómicos e logo à cabeça terá um casal que disponibilizar a caução e por vezes duas rendas. Os idosos parece-me que estão na mesma linha, só de uma virada só, uma família que precise de trabalhar, terá que disponibilizar entre 1400 e 6800 euros de início para não deixar o seu familiar ao abandono. Dá que pensar! É caso para se dizer: Demito-me da função de idoso neste país!

para a Inovar Autismo – Associação de Cidadania e Inclusão que se dedica à promoção e a inclusão das crianças, jovens e adultos com autismo.

O Europe at your fingertips trouxe o galardão para a instituição de ensino.

Escola de Arraiados acolhe centro de autismo A Escola de Arraiados vai ganhar nova vida com a criação de um espaço multimodal, aberto à comunidade, de criação e experimentação de novas metodologias inclusivas no âmbito do autismo e outras neurodiversidades. A Associação Inovar Autismo desenvolverá atividades de terapias, atendimento a famílias e pessoas com autismo e outras neurodiversidades, ações de mediação e coaching, projetos inclusivos com recurso, designadamente, à música, programas de formação, workshops temáticos, debates, eventos com as parcerias locais e exposições.O contrato de comodato de cinco anos aponta para a utilização parcial das instalações da Escola de Arraiados, bem como a utilização de espaços comuns designadamente instalações sanitárias e espaços exteriores, para fins de interesse público e social. Fátima Brinca

Galardão foi entregue à Escola Hermenegildo Capelo O projeto colaborativo vencedor foi desenvolvido entre cinco países europeus, na plataforma eTwinning, através da elaboração de um ebook, e visava promover a literacia digital e consciencializar para a importância do respeito pela diversidade cultural em sociedades cada vez mais heterogéneas. A docente Sara Amâncio, professora de Geografia, na Escola Hermenegildo Capelo, em Palmela, desenvolveu com os alunos do 9º C, no ano letivo 2018-2019, o projeto que garantiu o reconhecimento europeu com a atribuição do galardão Selo Europeu de Qualidade, que se veio juntar aos selos nacionais de qualidade, também obtidos em outros projetos. João Gonçalves informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira, Donatilia Braço Forte (estagiária) Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Tiago Rodrigues, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L Associado da:

PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes

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12.11.2019 | Jornal Concelho de Palmela

FLASH DA SEMANA

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Sociedade Espumante Moscatel Bruto galardoado

Adega de Palmela continua a conquistar prémios O Espumante Moscatel Bruto foi contemplado com o prémio Escolha de Imprensa 2019, na categoria de Vinhos Espumantes, no concurso Grandes Escolhas Vinhos & Sabores. A Adega de Palmela conquista mais uma troféu para a vasta lista que já detém.

O presidente Angelo Machado e o enólogo Luís Silva da Adega de Palmela

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Concurso ‘Grandes Escolhas Vinhos & Sabores’ que decorreu no Parque das Nações em Lisboa atribuiu ao Espumante Moscatel Bruto da Adega de Palmela o Prémio Escola da Imprensa 2019. O enólogo Luís Silva explica que Espumante Moscatel Bruto “apresenta uma cor de amarelo citrino, com fragrâncias de flores brancas, flor de laranjeira e mel. Muito cremoso na boca, com uma agradável sensação de doçura e o equilíbrio de uma acidez delicada e fresca. De bolha fina e persistente, torna-se cheio de presença, elegância e personalidade”. O Concurso da Revista Grandes Escolhas premiou 115 vinhos num total de 380 que concorreram. O júri foi composto por cerca de 60 pessoas, entre representantes dos média – imprensa escrita, rádio e televisão e social media, sommeliers, proprietários de lojas de vinho, entre outros especialistas, como críticos, profissional de vinhos e líderes de opinião, e enófilos.

Fátima Brinca Cronista

CRÓNICA MAIS VALE PREVENIR…

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a Movauto onde trabalhei mais de um quarto de século conheci pessoas verdadeiramente excepcionais. Nessa empresa criei laços de amizade com pessoas, que me deram autênticas lições de vida e recordo-as com muito carinho. Por vezes recorro a situações para escrever estas crónicas que para além de serem um regresso ao passado, servem também para reviver episódios, que por mais tempo que passe, continuam a divertir-me. Na Movauto trabalhei vários anos com o meu colega Picoto Rosa. Homem com profundas convicções religiosas e para quem o não conhecia, aparecia sob uma capa de sisudo e de poucos amigos, mas que no fundo era uma pessoa extremamente divertida. O Picoto estivera vários anos em África onde trabalhava no Serviço Meteorológico. Muitas vezes recorríamos aos seus conhecimentos para sabermos se o fim de semana estaria bom para a praia. Um dia o Picoto errou completamente nas suas previsões, pois o fim de semana, que previra com sol e bom tempo para a praia, resultou num sábado cheio de nuvens e num domingo de temporal. Na segunda – feira “acusámos” o Picoto de nos ter “estragado” o fim de semana com as suas previsões. Com o ar mais calmo do mundo virou-se e respondeu-nos “sabem o que eu devia ter feito, era dar-vos a previsão que aconselhava ao meu amigo Macumba”. Perante o nosso ar de espanto, explicou-nos que o Macumba era um empregado de café lá em Angola, que nas horas de folga ia visitar a família à aldeia vizinha, e lhe perguntava “sôr Picoto amanhã vai estar bom tempo?” O Picoto contou então “eu dizia sempre ao Macumba, olhe amigo, deve fazer sol, mas pelo sim, pelo não leve o guarda chuva”. Quando fazia sol o Macumba agradecia ao Picoto a sua previsão e quando chovia dizia-he “sôr Picoto, se não tivesse levado o guarda-chuva, como me aconselhou, tinha ficado todo molhado”. A partir daí nunca levámos muito a peito as previsões do Picoto, pois pelo sim pelo não podia chover e mais valia prevenir levando um guarda chuva.


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ATUALIDADE

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

Sociedade Catorze doces a concurso

Palmela Largo São João recebe Feira de Natal

Júri destaca a utilização de produtos da região

Câmara de Palmela aposta no “Viva o Natal” no largo principal da vila

Doces de Palmela estiveram em destaque no concurso de doçaria Os catorze participantes distribuíram-se pelas categorias de Doce Seco ou Biscoito, Doce de Fatia e Doce de Colher, onde o Prémio Absoluto distinguiu Maria da Luz Silva com o seu Bolo de Maça Riscadinha c/ Nozes e Passas. O presidente do júri elogiou a “utilização de produtos da região, como o leite de ovelha, a maçã riscadinha, o moscatel e a velhinha banha” e desafiou a Câmara de Palmela para “levar estes doces para serem comercializados fora de portas”.O concurso apostou em três categorias, com o Doce Seco ou Biscoito, a contar com oito participantes, o Doce de Fatia com três e o Doce de Colher também com três. O júri foi presidido pelo chefe Nelson Félix, da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, Amílcar Malhó, da Confraria Gastronómica de Palmela, Jorge Mares, presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Paula Magalhães, em representação da Câmara de Palmela e Fátima Santos da Entidade Regional de Turismo. Depois do júri degustar os doces, foram distribuídos certificados a todos os participantes e Susana Caetano anunciou os vencedores nas três categorias, bem como o Prémio Absoluto do melhor dos melhores doces. A Fogaça de Palmela, de Nuno Gil, foi contemplada com o 1º Prémio do Doce Seco/ Biscoito. O prémio para o melhor Doce de Fatia foi para o Bolo de Maça Riscadinha com nozes e passas, de Maria da Luz Silva, que venceu com este doce o Prémio Absoluto. O Doce de Colher teve como vencedor o Pudim de Moscatel, também de Nuno Gil, tendo sido ainda atribuídas duas menções honrosas aos Esses de Azeitão de Isabel Lopes e ao Bolo Chibo, de Mária de Fátima Guerreiro.

Presidente de júri deixa desafio à câmara

O presidente do Júri do Concurso, Nelson Félix, destacou “algumas inovações nos doces apresentados” e “a utilização de produtos da região como o leite de ovelha, a maça riscadinha, o moscatel e a banha” e deixou um desafio à câmara para “levar estes doces para serem comercializados fora de portas”.

Gastronomia e Vinhos atraem novos visitantes

Luís Miguel Calha, vereador do Turismo e Desenvolvimento, começou por “agradecer a colaboração dos participantes que contribuíram para esta manhã doce” e destacou “o esforço que o município tem feito para promover o território e a nossa gastronomia/doçaria local”. O autarca terminou lembrando que “a gastronomia e vinhos atraem cada vez mais gente ao nosso território”.

Palmela já se prepara para receber mais uma edição do programa “Viva o Natal”, mas este ano o evento será realizado no Largo São João.

Palmela Requalificação da Capela S. João Baptista

Bispo de Setúbal participa na cerimónia do Contrato

Bispo de Setúbal, presidente da câmara e Paróquia de Palmela assinaram contrato de parceria

Palmela recebe “Viva o Natal” em pleno Largo São João

A Câmara Municipal de Palmela é a principal organizadora do programa “Viva o Natal”, que todos os anos tem levado a animação da época ao Largo do Município e largo do Arrabalde. Mas a população nos últimos tempos tem sugerido que a aposta da autarquia deveria passar pela iniciativa a ser realizada no Largo de São João. O JCP sabe que este ano a autarquia está a preparar mais uma edição do “Viva o Natal” e vai realizá-lo no largo principal da vila. Abertas estão as inscrições para que os expositores possam divulgar os seus produtos nos dias da realização do programa. Para além da Feira de Natal, a autarquia apostará na colocação da habitual casinha do Pai Natal, do Mercado de Natal e de muitas animações no decorrer do período da feira. Para além de toda a animação, não poderá ainda faltar as figuras típicas locais que fazem parte do presépio que vai ser espalhado por toda a vila. Donatília Braço Forte informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Depois de alguns avanços e recuos foi finalmente assinado o contrato de parceria para a requalificação da Capela de S. João Baptista, entre a Câmara de Palmela, a Diocese de Setúbal e a Fábrica da Igreja Paroquial das Freguesias de Santa Maria e São Pedro de Palmela. O Bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, reconheceu que a parceria serviu para “juntar de vontades para atender às necessidades e fragilidades”, em que houve “uma responsabilidade comum” para a requalificação do importante património. No dia 6 de Novembro foi assinada a parceria entre a Câmara de Palmela, a Diocese de Setúbal e a Fábrica da Igreja Paroquial das Freguesias de Santa Maria e São Pedro de Palmela para a requalificação da Capela de S. João Baptista, no Largo de S. João. O Contrato de Comodato irá permitir que a Câmara de Palmela possa realizar as intervenções de requalificação e o presidente Álvaro Amaro destacou a importância de “preservar um património que é comum e devolvê-lo à comunidade, através do seu usufruto”. O edil anunciou que até finais de Novembro irá avançar “o projeto de estabilização estrutural da Capela, com um preço base de cerca de 20 mil euros”. A obra de requalificação, revelou, “deverá avançar em 2020” e envolve “um investimento na ordem dos 420 mil euros”. O presidente palmelense explicou também que a autarquia “irá entregar, até Dezembro, uma candidatura a financiamento comunitário, através do PEDU - Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano / Plano de Ação para a Regeneração Urbana”, que “poderá garantir um cofinanciamento de 50 por cento, sendo os restantes 50 assumidos pela autarquia e o montante de 50 mil euros pela Diocese. A requalificação da Capela irá decorrer em duas fases, com a primeira a envolver os trabalhos de contenção dos elementos estruturais do edifício para combater o risco de queda. A segunda inclui a completa reabilitação e restauro do edifício. D. José Ornelas Carvalho, Bispo de Setúbal, considera que a parceria representa o “juntar de vontades para atender às necessidades e fragilidades” na requalificação da Capela de S. João. Para José Miguel Joaquim, padre da Paróquia das Freguesias de Santa Maria e São Pedro de Palmela, as três entidades, ao unirem esforços, “prestaram um importante serviço à beleza e ao bem comum desta vila”.

Fátima Brinca

Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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DESTAQUE

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

Cultura Decisão comunicada na última terça-feira

António Correia Cronista

CRÓNICA CAROLAS DE PALMELA Os leitores vão estranhar este tema e acharão que chamar CAROLA a alguém fica mal. Fica mesmo? O nosso saudoso amigo, Dr. António Fortuna, ensinou-nos a ninguém se ofender com as palavras palmelão, montanhão e caramelo. Vou tentar fazer o mesmo com a palavra CAROLA. Quem são ou quem foram os Carolas? Sem eles, como seria a nossa sociedade? Ora, vamos ver: Quem fundou e dinamizou as sociedades recreativas e culturais por esse país fora? Quem fundou clubes de futebol ou outros clubes desportivos por tudo quanto é sítio? Quem fundou e animou ao longo de anos e anos, as bandas filarmónicas e outras, grupos corais, ranchos folclóricos etc, etc, por todo o lado onde há gente? Quem fundou por todo o país, Associações de Bombeiros Voluntários? Quem deu origem a Associações de Socorros Mútuos onde não havia nada que fosse ao encontro das pessoas para lhes aliviar sofrimentos? Quem foi tomando a iniciativa de promover e realização de festas por vilas e aldeias, juntando as pessoas, criando ritmos que dão gosto à passagem do tempo? Quem fez tudo isso e tantas outras coisas que matizam o viver das gentes, e vão dando contributos tão válidos para que a humanidade seja cada vez mais humana? Quem, ao longo dos tempos, foi pondo o seu tempo, saber, qualidades, entusiasmo... ao serviço de tudo o que enriqueça o ser e o viver de toda a gente, sem daí esperar lucros e ter para si, foram os CAROLAS. Da mesma maneira que por tantas cidades há monumentos aos combatentes e a gente que se tornou célebre, deveria haver em todo o lado algo que desse testemunho do agradecimento aos CAROLAS. Palmela também os teve e tantos! Durante alguns meses, nestas crónicas, vamos falar de gente que são autênticas pedras importantes nos alicerces da população de Palmela. Para quê? Para ajudar os “palmelões” a terem sempre mais orgulho da sua terra e a recordarem com gratidão aqueles que ajudaram Palmela a ser a terra que é. António Correia NR: O JCP assinala com satisfação o regresso de António Correia. Encaramos este regresso como uma prenda de Natal antecipada.

UNESCO não integra Palmela na sua Rede de Cidades Criativas em 2019. Apesar da negativa, o município reafirma compromisso com parceiros e avança com Plano de Ação para recandidatura em 2021.

UNESCO exclui Palmela de Cidade Criativa da Música

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Município reafirma o compromisso assumido em defesa e promoção da música e da cultura, cumprindo o Plano de Ação estratégico, a quatro anos, que reforça o papel inegável de Palmela como território criativo. Em reunião plenária realizada no dia 6 de novembro, o Município e a rede de parceiros, de acordo com a projeção e a notoriedade do trabalho já desenvolvido, decidiram que o trabalho em torno da investigação científica, produção de conhecimento e criação de novas parcerias serão aprofundados e Palmela formalizará recandidatura na próxima oportunidade, possivelmente, em 2021. A comunicação oficial da UNESCO datada de 5 de novembro, deu conhecimento ao Município de Palmela da decisão formal de não integração na sua Rede de Cidades Criativas em 2019. O estabelecimento, pela primeira vez, de um numerus clausus para a totalidade das candidaturas limitou o número de propostas aceites, conhecendo-se a integração de apenas de uma candidatura portuguesa nesta rede. Na sua comunicação, a UNESCO destaca o facto de a

candidatura e o trabalho desenvolvido por Palmela terem recebido várias recomendações por parte de peritos independentes, bem como de várias cidades que já integram a rede, e lembra que grande parte das cidades-membro não conseguiram concretizar a sua adesão na primeira tentativa, encorajando o Município e os parceiros a dar continuidade às suas atividades relacionadas com a criatividade e o desenvolvimento sustentado. Em junho, na sua carta de apoio à nomeação de Palmela, a Comissão Nacional da UNESCO sublinhava a importância da música na estratégia de desenvolvimento local no território, em termos da educação formal e não formal, da inserção social e da criação artística, entre outros, com contributos significativos na atração de investimento, na criação de emprego e no turismo, bem como a capacidade de planear o futuro, tomando em consideração valores tradicionais. João Gonçalves informacao@jornalconcelhodepalmela.pt


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GRANDE PLANO

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

Política Sessão começa com moção

MAIORIA CDU CONDENA CORTES NA CULTURA

A última sessão de câmara começou com a discussão de uma moção, que apelava ao reforço do apoio à Cultura e às Artes, em que a FIAR viu a sua candidatura excluída do financiamento para 2020. A sessão da passada quartafeira ficou marcada para a história local com a aprovação da taxa do IMI em 0,36% para o ano 2020, por todas as forças políticas.

Moção lembra tempos de Lola

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FIAR foi uma das instituições nas Artes de Rua que viu a candidaturas excluída do financiamento para 2020, por parte do Ministério da Cultura. O presidente Álvaro Amaro apresentou uma moção onde apelava ao reforço do apoio à Cultura

e às Artes e o documento apontava para “manifestar, no momento que que decorre a preparação do Orçamento de Estado para 2020, a sua preocupação face ao atual modelo de apoio às artes e às consecutivas dotações manifestamente insuficientes para a área da Cultura, que põem em causa o cumprimento do direito à criação e fruição, constitu-

A moção não foi aprovada por unanimidade, tendo o vereador socialista Raúl Cristóvão explicado “não aprovamos a moção e vamos abster-nos porque no segundo ponto há uma contradição e lança a confusão entre a municipalização e a descentralização” e propôs “concordamos com o primeiro e o terceiro ponto e se o ponto dois não for retirado iremos abster-nos”.


GRANDE PLANO

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IMI baixa no concelho

cionalmente consagrado”. No ponto dois a moção referia “sublinhar a sua posição contra a municipalização da política cultural, da responsabilidade do Estado Central”. No último ponto decidia-se “apelar à tomada de medidas urgentes para que todas as candidaturas consideradas elegíveis pelo júri no concurso bienal da DGARTES obtenham o apoio a que têm direito, no caso concerto do nosso território, a FIAR”. A moção não foi aprovada por unanimidade, tendo o vereador socialista Raúl Cristóvão explicado “não aprovamos a moção e vamos abster-nos porque no segundo ponto há uma contradição e lança a confusão entre a municipalização e a descentralização” e propôs “concordamos com o primeiro e o terceiro ponto e se o ponto dois não for retirado iremos abster-nos”. Também o vereador do PSD/CDS, Paulo Ribeiro, pediu a “retirada do

Paulo Ribeiro, do PSD/CDS, deu o mote para a discussão que se avizinhava, sobre a taxa do IMI para 2020, avisando “é a primeira vez que não apresento proposta alternativa”, porque no ano passado “sugerimos que a taxa baixasse em 2020 para 0,36%”.

ponto 2 para que a moção seja aprovada por unanimidade”. O vereador da Cultura, Luís Miguel Calha, lembrou que “a cultura foi maltratada pelo Governo e entre as associações está o FIAR que não vê um euro de apoio da DGARTES” e alertou para “a falta de transparência em relação ao relatório que apoiou ou não as candidaturas” e concluiu “não aceitamos que o município tenha que apoiar quando esta responsabilidade é da Administração Central”. Já o vereador do MIM, José Calado, que inicialmente manifestou “estar de acordo com os vereadores Raúl Cristóvão e Paulo Ribeiro”, sublinhou “temos que trabalhar em conjunto para o bem do nosso concelho porque candidatámo-nos para vereadores e não como deputados da Assembleia da República”. Antes da votação o presidente palmelense não aceitou retirar o segundo ponto

esclarecendo “não temos receio de chamar as coisas pelos nomes” e “os municípios não podem ser permanentemente sobrecarregados”. A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU e do MIM e as abstenções do PS e do PSD/CDS.

IMI baixa para 0,36 por cento

A aprovação da taxa do IMI de 0,36 foi aprovada por unanimidade. Álvaro Amaro lembrou que o IMI permitiu “11,9 milhões de euros de receita em 2018 e em 2019 baixou a taxa para 0,375, atingindo o montante de 11,5 milhões de euros”, anunciando que “em 2020 será de 0,36 por cento”. Paulo Ribeiro, do PSD/CDS, deu o mote para a discussão que se avizinhava, sobre a taxa do IMI para 2020, avisando “é a primeira vez que não apresento proposta alternativa”, porque no ano passado “sugerimos que a taxa baixasse em 2020 para

0,36%”. Também a bancada socialista liderada por Raúl Cristóvão, lembrou “defendemos no nosso compromisso eleitoral que o IMI descesse para 0,35% até final do mandato e a taxa agora a votação aponta para isso”. Já o vereador do MIM sugeriu que “a diferença da taxa do IMI deveria ser para ajudar famílias carenciadas e não temos medo de dizer que apoiamos a taxa de 0,36%”. O edil palmelense anunciou “sem sobressaltos podemos chegar aos 0,35% no próximo ano”. A proposta foi aprovada por unanimidade.


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REGIÕES

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

Sociedade Cidade recebe a primeira loja de vinhos da região

Vinhos Pegões continua a produzir melhores vinhos

Mercado Municipal do Montijo com nova loja de vinhos

Adega Cooperativa de Pegões recebeu prémios do Concurso ‘La Cittá del Vino’

Cooperativa de Pegões continua a ganhar prémios nos melhores vinhos produzidos

N Montijo recebe primeira loja de vinhos

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Mercado Municipal do Montijo recebeu na manhã de sábado a inauguração da nova loja de vinhos, que estará em funcionamento nos meses de Novembro e Dezembro. Este espaço nasceu de uma parceria entre a Câmara Municipal do Montijo e a Associação Rota de Vinhos da Península de Setúbal, com vinhos dos 21 produtores da região que integram a associação, e estará em funcionamento de quinta-feira a sábado, das 9h00 às 14h00. Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) agradeceu os esforços de todos para a abertura da loja e destacou a importância do vinho “como veículo de promoção de cada região, mas também de preservação das nossas tradições, e isto ao nível de todo o país e

do mundo”. Para Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal, “a loja só foi possível devido à parceria entre as entidades vitivinícolas e as autarquias, num esforço conjunto pela preservação cultural da vitivinicultura do nosso concelho e da nossa região, construída através de redes e de entendimentos.” Relativamente ao funcionamento da loja, o autarca revelou que “já lançámos o desafio para que esta loja continue a funcionar depois desses meses, cedendo a Câmara um espaço no Mercado de forma graciosa, e através desta conquistarmos ainda mais os turistas que nos visitam”.

uma iniciativa que assinalou o Dia Mundial do Enoturismo, teve lugar a cerimónia de entrega dos prémios recebidos pela Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões no XVIII Concurso Internacional ‘La Cittá del Vino’, no Mercado Municipal do Montijo, no passado sábado. A Cooperativa de Pegões recebeu dezoito medalhas, das quais 14 medalhas de Ouro e 4 de Grande Ouro, entregues por José Arruda, secretário geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Após explicar a importância e o historial deste prémio, José Arruda frisou “a crescente importância que o vinho tem a nível nacional e internacional, sendo este um sector onde Portugal se distingue como maior produtor do mundo, tendo já ultrapassado a França. A par disso, temos os vinhos da península de Setúbal com um enorme realce como a Cooperativa de Pegões e a Casa Ermelinda Freitas, cujos vinhos foram os mais premiados.” Em relação à nova loja, José Arruda frisou “a importância das parcerias entre as autarquias e os produtores, não apenas de vinho, mas de produtos locais e também de oferta de alojamento e restauração, porque apenas dessa forma podemos promover melhor o turismo, o que já temos vindo a fazer com a Rota dos Vinhos.” José Arruda revelou que Portugal irá rece-

ber, em 2020, a 5.º Conferência Mundial de Enoturismo. Mário Figueiredo, presidente da Direcção da Cooperativa de Pegões, agradeceu a todos “das entidades à autarquia, dos trabalhadores da Cooperativa aos seus produtores, e também a quem promove a vitivinicultura, que desta forma estão a conseguir recuperar saberes e castas. Espero que as novas gerações consigam seguir os passos que a minha geração trilhou.” Por fim, Nuno Canta realçou o trabalho “de todos os que conseguiram reerguer a Cooperativa, que passou por grandes dificuldades no passado e agora é um ex-libris da nossa região. Estes prémios homenageiam pessoas como o Mário Figueiredo, que ao longo de anos dedicaram a sua vida ao vinho e à vitivinicultura, que trabalham e promovem o vinho, agora já internacionalmente. Foi a persistência e resiliência de pessoas assim que recuperaram a Cooperativa, e que a levaram a que seja hoje aquilo que é, recebendo centenas de medalhas de reconhecimento dos seus vinhos. Podemos agora dizer que esta é uma luta que foi ganha.” Após a cerimónia, teve lugar uma apresentação e prova de vinhos premiados no concurso e com a degustação de produtos da gastronomia regional, confecionados pelos alunos do Curso Técnico de Cozinha/Pastelaria da Escola Profissional do Montijo, sob orientação do Chef Óscar Cabral.


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XV FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA PALMELA “TERRA DE CULTURA”

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NOV 21H30 SENTE A HISTÓRIA

“ Joaquim Luís Gomes” Direcção: PEDRO FERREIRA

BANDA DE MÚSICA DA SFP LOUREIROS & BANDA DE MÚSICA DA CARRIS S.F.P. LOUREIROS- PALMELA ENTRADA LIVRE Organização:

Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Largo dos Loureiros, nº1 2950-207 PALMELA 212350178 – geral@loureiros.org

apoio:


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REGIÕES

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

Setúbal Edifícios urbanos com 45 por cento

Ambiente Dragagens continuam a dar que falar na cidade

Câmara de Setúbal mantém taxa máxima de IMI

«Não estamos a falar de mais um dia na vida do porto de Setúbal»

A autarquia sadina continua a manter a taxa de IMI fazendo parte das três dezenas de municípios com taxas de 0,45 por cento para os edifícios urbanos e de 0,8 para prédios rústicos.

Falta de documentação, contradições entre documentos, omissão de procedimentos em fase prévia, foram apenas algumas das questões que o Movimento SOS Sado descortinou no processo de pesquisa que tem levado a cabo relativamente às dragagens no Sado.

Câmara de Setúbal continua com o IMI mais alto Dragagens continuam a dar luta

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Câmara de Setúbal aprovou na sessão de quarta-feira o IMI na taxa máxima dos 0,45% para os prédios urbanos. A proposta refere também que “as majorações do IMI penalizam para o triplo, ou seja, 200 por cento, prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano ou em ruína, e para o sêxtuplo, ou seja, 500 por cento, prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de dois anos, quando localizados em zonas de pressão urbanística”. A Câmara sadina continua a ser a única no distrito de Setúbal, que aplica a taxa máxima de 0,45 por cento. Haverão ainda “majorações de 30 por cento nos casos dos prédios urbanos degradados em que o estado de conservação seja avaliado como ‘Péssimo’ ou ‘Mau” e que não cumpram satisfatoriamente a sua função ou coloquem em risco a segurança de pessoas e bens”. Foi também aprovada a prorrogação de isenção do pagamento do IMI “por mais cinco anos nos imóveis localizados nas áreas de reabilitação urbana afetos a arrendamento para habitação permanente ou a habitação própria e permanente” e “há isenção de IMI por três anos, com possibilidade de renovação por mais cinco, nos prédios urbanos ou frações autónomas concluídos há mais de trinta anos ou localizados em áreas de reabilitação

urbana desde que, sendo objeto de intervenções de reabilitação específicas, adquiram um estado de conservação de pelo menos ‘Bom’ e subam dois níveis acima da posição obtida anteriormente”.

Taxa Municipal de Direitos de Passagem

A Taxa Municipal de Direitos de Passagem a aplicar no próximo ano na Câmara de Setúbal é de 0,25 por cento sobre cada fatura emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações acessíveis ao público, em local fixo, para todos os clientes finais do município sadino. Taxa máxima para a derrama A derrama de 1,5 por cento será aplicada sobre o lucro tributável nas atividades de natureza comercial, industrial ou agrícola. A proposta vai ser analisada também pela Assembleia Municipal de Setúbal. IRS mantem-se nos cinco por cento Na reunião pública foi igualmente aprovado pela maioria CDU a taxa de 5 por cento no IRS dos sujeitos passivos com domicílio fiscal no concelho. A proposta será também sujeita à aprovação da Assembleia Municipal. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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sses dados foram apresentados por David Nascimento e Ana Jorge este sábado durante uma sessão de esclarecimento na Casa da Avenida, promovida pelo Movimento de Cidadãos SOS Sado, no qual foi dado a conhecer o trabalho do movimento cívico na análise do «Projecto de melhoria das acessibilidades do Porto de Setúbal». “O que vão ouvir aqui hoje tem sustentação documental, porque a SOS Sado tem feito esse trabalho de recolha, mesmo com os entraves colocados pela APA e outras entidades, que não nos disponibilizam essa documentação, tornando mais difícil o processo” referiu David Nascimento, porta-voz do Movimento. “Vão ter lugar duas fases de dragagem para aumentar a profundidade para receber navios maiores no Porto, que totalizaram 6,6 milhões de m3 de sedimentos, volumetrias inauditas no porto de Setúbal, porque uma dragagem de manutenção, das que são feitas regularmente para evitar os reassoreamentos, tem cerca de 200 mil m3. Não estamos, portanto, a falar de mais um dia na vida do porto de Setúbal. Este projecto é uma regurgitação de um processo inicial que foi entregue para avaliação de impacte ambiental em 1995 e que teve um parecer desfavorável, devido aos impactos não minimizáveis.” Seguiu-se uma apresentação por parte de Ana Jorge do processo oficial de avaliação dos

impactes ambientais pelas várias entidades e respectivas consultas públicas. “Todo este processo não é claro, e deparámo-nos com uma série de questões, a começar pelo próprio acesso à informação e as consultas públicas. Foi muitas vezes dito pela APSS que o processo teve consulta pública e que não houve nenhum parecer negativo, o que não é verdade. O que acontece é que o documento emitido sobre a consulta pública apenas apresenta os pareceres positivos, mas existem dois pareceres de duas entidades externas que são negativos, com uma série de razões, e que não foram anexos ao relatório” referiu Ana Jorge. Outro aspecto focado na sessão, foi a remoção “de um afloramento granítico que documentos classificam como fazendo parte de um sistema rochoso com dois milhões de anos, cuja parte mais visível é a ‘Pedra Furada’” referiu David Nascimento. “Numa fase em que ainda não estavam autorizadas as dragagens e antes de concluído todo o processo para essa autorização, a APSS avançou com a remoção dessa pedra, o que gerou uma movimentação nas redes sociais. O vídeo que foi partilhado chegou à APA, que questionou a APSS sobre o que foi feito. Isto é curioso em relação a tudo o que está a decorrer com este processo.” Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt


CULTURA

12.11.2019 | Jornal Concelho de Palmela

Faccabo Montijo apresenta história dos moinhos

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Palmela Artistas expõem trabalhos

Visita guiada em ‘Moinhos com Exposição colectiva de artistas Movimento’ no Montijo na Biblioteca Municipal de Palmela

No próximo sábado, 16 de novembro, há Moinhos com Movimento. A partir das 10h00, a Câmara Municipal do Montijo oferece visitas guiadas ao Moinho de Maré do Cais e ao Moinho de Vento do Esteval. A iniciativa Moinhos com Movimento, tem o apoio da Etnoideia – empresa especializada em molinologia, e proporciona aos participantes uma visita guiada aos dois moinhos, com recriação histórica da atividade de moagem por personagens representativas dos moleiros dos séculos XVIII e XIX.

A visita ao Moinho de Maré do Cais vai iniciar às 10h00, seguindo-se às 11h30 a visita ao Moinho de Vento do Esteval. A participação é gratuita, mediante inscrição prévia através do email cultura@mun-montijo.pt ou do telefone 21 232 78 67. Uma vez por mês, esta iniciativa, também, será promovida junto das escolas básicas do concelho. Para o público em geral, a próxima sessão dos Moinhos com Movimento terá lugar no dia 14 de dezembro.

A ‘Exposição Coletiva de Artistas Locais’ vai estar patente até 5 de janeiro de 2020, na Galeria da Biblioteca Municipal de Palmela. A convite da Câmara Municipal de Palmela, oito artistas do concelho mostram o que de melhor fazem nas suas áreas, resultando numa Exposição diversificada, onde as/os visitantes vão poder apreciar trabalhos de pintura, cerâmica, desenho e instalações. Ana Lima Neto, David Amaral, Fátima Madruga, Kim Prisu, Madalena Salgueiro, Pedro Fortuna, Samina e São Nunes são os artistas que participam nesta mostra, na qual

o município pretende dar continuidade a esta iniciativa, desafiando outros artistas para novas exposições, com o objetivo de divulgar e promover a diversidade e riqueza que existe no concelho de Palmela nesta área. A ‘Exposição Coletiva de Artistas Locais’ integra as Comemorações da Restauração do Concelho e vai poder ser visitada durante o horário de funcionamento da Biblioteca: de terça a sexta-feira, das 10h00 às 19h00, e ao sábado, das 14h00 às 19h00 (encerra aos feriados, exceto no dia 1 de novembro).

Saúde Dia Mundial da Diabetes comemora-se na cidade azul

Sensibilizar para a Diabetes em Setúbal Rastreios e ações de sensibilização para a importância da diabetes são proporcionados gratuitamente à população a 14 de novembro, Dia Mundial da Diabetes, entre as 09h00 e as 13h00, na placa central do Mercado do Livramento, em Setúbal. A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Setúbal, com a colaboração do Agrupamento dos Centros de Saúde Arrábida e da Unidade de Cuidados na Comunidade de Palmela, visa sensibilizar a população para a importância do diagnóstico precoce da diabetes tipo II. Sob o mote “Proteja a sua família, avalie o seu risco de diabetes”, durante a manhã são proporcionados rastreios e esclarecimentos sobre o modo como esta doença afeta o quotidiano da população. A Diabetes mellitus, tipo I, também conhecida como diabetes insulinodependente, e tipo II, é uma doença metabólica crónica, mais frequente no mundo ocidental, caracterizada pelas alterações dos níveis de açúcar no sangue, a glicemia.

Palmela Docente apresenta romance histórico

Florbela Teixeira lança romance “Rosália - A Menina Exposta da Roda” O evento realiza-se dia 23 de novembro, das 16h00 às 18h00, na Biblioteca Municipal de Palmela. A docente da Escola Básica Hermenegildo Capelo, em Palmela, publica o seu segundo romance histórico com a chancela da editora Colibri. A obra decorre no cenário de Portugal oitocentista em plena guerra de liberais e absolutistas, retratando a busca pelo passado de uma jovem norteada pelos livros paroquiais e registos de batismo da igreja de S. Salvador do Unhão, nascida em parte incerta a 20 de abril de 1802 e criada na Casa do Adro. Florbela Teixeira, natural de Felgueiras, distrito do Porto, nasceu a 17 de agosto de 1964. Licenciada em História, variante Arqueologia, pela Faculdade de Letras do Porto, reside em Palmela e é professora na Escola Básica Hermenegildo Capelo. “Uma família nos tempos de Salazar” foi o seu primeiro romance histórico publicado.


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ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019

A realidade é mais do mesmo O lado sul da vila continua a ser identificado como a zona dos pobres porque não tem instituições bancárias, onde muitas das lojas estão fechadas, mas também tem a riqueza de não ter tantos monos junto aos contentores. O JCP foi para norte da vila e comprovou que os nonos são uma triste realidade. O Mercado aqui tão perto

Bem pertinho do Mercado Mensal os móveis abandonados dão uma triste imagem na zona da Salgueirinha. Quando fizemos a fotografia uma das moradoras teve o cuidado de nos alertar “despejaram esses móveis velhos durante a noite, mas quem os despejou não mora aqui”. E pronto continuamos a considerar que assim não há autarquia que consiga combater o despejo dos monos.

Vasco Santana merecia mais respeito Na entrada do Pátio Vasco Santana um montão de lixo, onde até não faltam velhos escadotes e suportes de cortinados. Pelo nome que representa o Vasco Santana, uma referência da cultura portuguesa, devia haver mais respeito. Mas há quem olhe apenas para o seu umbigo e pense que os vizinhos têm que sofrer pela sua falta de cidadania e civismo.

Aceiro atrai lixo e monos

O aceiro Francisco Silvestre continua a atrair o lixo e os monos. Ainda há dois dias ali passámos e estava tudo minimamente limpo, agora é o que se vê. É pena que haja quem teima em contrariar o lema “Palmela inspira ambiente”, e pela calada da noite teime em despelar o lixo e os monos junto aos contentores como se quisesse enfeitar e conspurcar o que está limpo.

Requalificação de uma artéria nobre de Palmela

A principal artéria de Palmela, que ostenta honrosamente o nome de Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, já tem o muro, junto ao Cinema S. João, requalificado e que bonito ficou. Sabemos que foi um empresário particular que devolveu a dignidade ao muro, o que revela a preocupação de devolver a dignidade a este muro, que ostenta a placa dos dois aviadores. Com satisfação assinalamos esta requalificação. Bem haja!

Sul Ponte marcada por imagens negativas

Há quem continue a respeitar as datas de colocação dos monos, por não saber ler (?) ou por gostar de desrespeitar os avisos. Os velhos computadores e as televisões lá estão a enfeitar a Rua Manuel da Fonseca. Para estas pessoas que não respeitam o ambiente apenas uma palavra: grandes porcos!


SEMANA DESPORTIVA

12.11.2019 | Jornal Concelho de Palmela

Pinhal Novo Na difícil deslocação ao Amora

Futebol Campeonato Distrital da II Divisão

Diego dá vitória ao Pinhalnovense

Águas de Moura continua imbatível

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O capitão Diego Zaporo está imparável e marcou o único golo da partida no jogo entre o Amora e o Pinhalnovense. A equipa de Luís Manuel reforça o quinto lugar com 19 pontos, a seis do líder Olhanense. Arquivo

Águas de Moura continua no bom caminho

A equipa de Águas de Moura continua a ser a grande surpresa desta época, onde ainda não perdeu e conseguiu um excelente resultado em casa do Brejos de Azeitão. A equipa do concelho de Palmela impôs um empate de duas bolas em casa do adversário e ocupa a segunda posição da tabela com 11 pontos, menos dois que o atual líder Quinta do Conde. No próximo domingo, o Águas de Moura recebe o Trafaria. O Quintajense recebeu e empatou com o Corroios por duas bolas, enquanto o Lagameças sofreu uma pesada derrota em casa por quatro bolas frente ao Seixal. No próximo domingo, o Quintajense desloca-se ao campo do Estrela de Santo André e o Lagameças recebe em casa o Brejos de Azeitão.

Futebol Duarte Machado ainda não perdeu

Palmelense empata em casa

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Pinhalnovense conseguiu uma saborosa vitória no Campo do Amora, com Diego Zaporo, o atual capitão, a faturar mais uma vez e a dar os três pontos à equipa do Pinhal Novo. Já o Olímpico foi “chacinado” pelo Louletano que foi ao Montijo impôr uma pesada derrota de quatro bolas a uma. O Pinhalnovense ocupa o quinto lugar com 19 pontos, menos seis que o atual líder Olhanense, enquanto o Olímpico está agora a zona de despromoção com nove pontos. No próximo domingo, dia 17 de Novembro, o Pinhalnovense recebe no campo Santos Jorge o Fabril do Barreiro. O Olímpico viaja até ao campo do Real.

Juniores perdem com o Alcochetense

A equipa de Juniores não conseguiu resistir à difícil deslocação a Alcochete, onde perdeu com a equipa local por dois golos. O jogo este-

Arquivo

ve sempre muito equilibrado, mas a expulsão de Tiago Correia por acumulação de amarelos em dois jogadas consecutivas, acabou por condicionar a equipa de Jaime Margarido. No próximo sábado, o Pinhalnovense recebe Os Pélezinhos, que ocupam o segundo lugar da tabela classificativa liderada pelo Alcochetense. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

O novo treinador do Palmelense, Duarte Machado, ainda não perdeu, mas também não ganhou, tendo conseguido dois empates nas duas partidas que orientou no Palmelense. A equipa de Palmela recebeu no Cornélio Palma, os Pescadores da Costa da Caparica e não foi além de empate a uma bola. O Palmelense ocupa a quinta posição da tabela com oito pontos, menos cinco que o atual líder, o Oriental Dragon. No próximo domingo, o Palmelense desloca-se ao campo do Grandolense.


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Jornal Concelho de Palmela | 12.11.2019


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