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PALMELA
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº74| PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 03.12.2019
P.03
Orçamento de 47,3 milhões aprovado com abstenção do PS e MIM e votos contra do PSD
VINHOS
P.04
Caixa Crédito Agrícola destaca adegas da Península de Setúbal com seis Medalhas de Ouro
MONTIJO
P.10
Cidade recebe época natalícia cheia de arte e animação
SETÚBAL
P.08 E 09
O caos está instalado no Centro Hospitalar de Setúbal
POCEIRÃO. Autoridades de saúde detetam cinco casos de sarna em alunos do Agrupamento de Escolas José Saramago. Pais estão em alerta. P.06
SETÚBAL
P.12
Moradores juntam-se para mudar o rosto da cidade com várias iniciativas nos seus bairros
DESPORTO
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Pinhalnovense defrontou Lusitano de Évora e Diego voltou a ser o jogador da tarde
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VISÃO DA SEMANA
Jornal Concelho de Palmela | 03.12.2019
Doçaria Palmela conhece o primeiro bolo rei de maçã riscadinha
Miguel Garcia Diretor de Informação
EDITORIAL POR ONDE ANDAS CIVISMO E CONSCIÊNCIA?
Está apresentado o bolo rei de maçã riscadinha e moscatel A receita está no segredo dos deuses e promete ser um sucesso este Natal na mesa de toda a comunidade do concelho de Palmela.
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os tempos que correm, a nossa juventude está cada vez mais perdida, nem sei se algum dia a sociedade civil conseguirá alguma vez voltar a encontrar essa mesma juventude. Uma juventude que pensa que pode fazer ou dizer tudo o que lhe vai na alma. Na semana passada tive oportunidade de seguir quase todos os dias os trabalhos dos homens e mulheres que trabalham em prol de uma comunidade, os funcionários municipais, que se dedicaram a colocar pela vila, com muito esforço e delicadeza, as personagens que fizeram parte integrante da vida de Palmela, como parte de um presépio que já entrou na tradição natalícia da vila. De referir que a Câmara Municipal de Palmela pagou à artista que realizou esse presépio cerca de 20 mil euros, e que os funcionários municipais todos os anos vão colocando ao longo da vila essas personagens. Mas qual não é o meu espanto ao verificar que no antigo Largo do Touril foram colocadas algumas personalidades, incluindo uma professora e duas crianças com os respetivos bancos, e no dia a seguir da sua colocação, um dos bonecos (crianças) desapareceu, ficando a professora e um boneco, talvez por serem muito pesados não deu para carregar com os adereços. Ainda quero acreditar que os bonecos tenham sido recolhidos pelos serviços por qualquer motivo explicável, mas se foram furtados, é muito mau, pois um boneco não serve para nada, a não ser por um vil acto de malvadez. Esta é a sociedade civil que se transformou sem regras, uma Democracia sem Rei nem Roque. Este é um dos casos onde a consciência e o civismo não imperam, infelizmente. Como este caso, existem muitos mais, dou-vos o exemplo de algumas paredes na vila de Palmela e Pinhal Novo, que muitas das vezes não passam de autênticos murais da insanidade de certa gente que se acha mais rebelde e que pensa que pode fazer tudo sem quaisquer consequências. Viva a Democracia desgovernada em que vivemos hoje e viva ainda à falta de respeito!
Rosário Gomes teve a ideia de realizar o Bolo Rei de Maçã Riscadinha e Moscatel
Q
uem não conhece o tradicional Bolo Rei? Todos nós já provamos o típico Bolo Rei português que faz parte de todas as mesas nas épocas festivas de Natal e dos Reis. Em Palmela, recentemente, surgiu um novo bolo rei, desta feita o Bolo Rei de Maçã Riscadinha e Moscatel de Setúbal. O doce foi apresentado no passado sábado (30) no café lounge Santiago Maior, em plena serra do Parque Natural da Serra da Arrábida, no Espaço Fortuna. Rosário Gomes Espada, proprietária do Pescoto du Monti explicou ao JCP qual o conceito deste doce: “A ideia partiu do conhecimento que tive com a Paula Castro nos mercadinhos de Palmela. Daí travámos uma troca de ideias, que deu origem a eu fazer este Bolo Rei de Maçã Riscadinha e Moscatel de Setúbal”. A mentora confessa-se uma fã de novas experiências, e quan-
do questionamos sobre a possibilidade de vir a fazer o bolo em forno de lenha, o sentimento alentejano salta no olhar. “Sou de Cabeço de Vide, distrito de Portalegre, vivo aqui ao lado na Quinta do Conde, e isso era o meu maior sonho, pois o bolo não ficaria tão seco como é hábito e o seu gosto seria tradicional”, ficando mais uma ideia a ser acolhida para uma próxima vez. “Este bolo é feito com vários produtos de qualidade, leva açúcar amarelo, geleia de maçã riscadinha e moscatel, mas também tem um toque de muito amor e carinho”, salienta Rosário Gomes. O Bolo Rei de Maçã Riscadinha e Moscatel estará à venda no Bar Santiago Maior, no Espaço Fortuna, em Quinta do Anjo. O preço é de 16 euros o quilo. Miguel Garcia miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt
FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira, Donatilia Braço Forte (estagiária) Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Tiago Rodrigues, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L Associado da:
PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt
CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Tiragem Semanal: 13.000 exemplares
Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes
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VISÃO DA SEMANA
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Política Com os votos a favor da CDU
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
Palmela aprova Orçamento de 47,3 milhões de euros
DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL
A Câmara de Palmela irá ter um orçamento para 2020 de 43,7 milhões de euros. A proposta foi aprovada na sessão extraordinária, com os votos a favor da CDU, as abstenções do PS e do MIM e o voto contra do PSD/ CDS. Antes do Orçamento foi votada a desafetação de uma parcela de terreno do domínio público para o privado.
Edital Nº. 158/DADO-DAG/2019 Feira Anual de 8 de dezembro Normas Básicas e Condicionamento de Circulação e Estacionamento ÁLVARO MANUEL BALSEIRO AMARO, Presidente da Câmara Municipal do Município de Palmela: No uso das competências que lhe estão atribuídas pelo artigo 35º., nº. 1, alínea t), do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei nº. 75/2013 de 12 de setembro e para efeitos do estipulado no artigo 56º. e nos termos da alínea rr) do nº. 1 do artº. 33º. do mesmo diploma legal e artigos 7º., 8º. e 9º. do Código da Estrada, torna público que: 1. A tradicional FEIRA ANUAL DE PALMELA terá lugar no próximo dia 8 de dezembro, na Vila de Palmela, decorrendo nos locais identificados, de acordo com planta apresentada em anexo e que constitui parte integrante do presente Edital. 2. Os feirantes que participam na FEIRA ANUAL DE PALMELA devem cumprir os deveres que constam no
Orçamento votado em Palmela
A
sessão pública extraordinária realizada no dia 25 de Novembro, teve como principal ponto o Orçamento 2020 e as Grandes Opções do Plano para 2020-2023, que acabaram por ser aprovados com os votos a favor da CDU, as abstenções do PS e do MIM e o voto contra do PSD/CDS. O presidente Álvaro Amaro apresentou a proposta de Orçamento realçando que “em termos financeiros confirma as expetativas de crescimento previstas no relatório de enquadramento da política orçamental do ano transato”, nomeadamente “o incremento da atividade imobiliária com reflexo direto das receitas do município”. O edil destacou o Imposto Municipal de Transações (IMT), cujo “crescimento merece um destaque especial”, que “permite acomodar uma política fiscal mais favorável para as famílias” e citou a redução da taxa do IMI. Na proposta “o Orçamento apresenta um valor global de 47,91 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 10,6% relativamente a 2019”, realçou o presidente da câmara, acrescentando que os “Impostos Diretos totalizam 22,7 milhões de euros”, onde o IMI “é a principal componente”. O orçamento da receita na proposta tem o valor de 47,3 milhões de euros.
Críticas da Oposição
A vereadora do PS, Mara Rebelo, abriu as intervenções, destacando “o crescimento de Portugal acima da média europeia” e lembrou que “50 por cento do investimento da autarquia é de autofinanciamento”, terminando com um alerta “a situação da Palmela Desporto é delicada, mas aguardamos pelo resultado da auditoria”. Para Paulo Ribeiro do PSD/CDS “é importante lembrar o 25 de Novembro, dia que assinalamos hoje,
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que devolveu a liberdade ao povo” e também “assinalamos nesta data o Dia Contra a Violência Doméstica”. Depois da nota de abertura, o vereador da Palmela Mais destacou com ironia “passamos o ano a dizer que temos o maior orçamento de Palmela”, mas tudo porque “se empola muito na primeira revisão e depois descesse à realidade na segunda revisão”. Paulo Ribeiro confessa não “compreender porque é que as despesas de pessoal crescem meio milhão de euros, quando até há uma diminuição nas horas extraordinárias” e critica “as obras que se repetem todos os anos” citando o exemplo “do edifício dos Paços do Concelho com mais 728 mil euros, que volta a estar no orçamento”. O vereador da oposição refere também as obras do pavilhão da Secundária de Palmela, que “no orçamento de 2019 tinha um valor de 820 mil euros e para 2020 sobe para 1,2 milhões” e a Ribeira da Salgueirinha “continua a arrastar-se desde 2016”, assim como o Polidesportivo do Poceirão, que “teve valores em 2017, 2018, 3019 e volta a estar orçamentado para 2020”. Para a vereadora do MIM, Palmira Hortense, “este orçamento é um copy passe dos anos anteriores” e lamentou que “haja projetos de construção que aguardam mais de dois anos pela aprovação”, sublinhando “devia haver uma política integradora para atrair as pessoas e os investimentos e não afastá-las para outros concelhos”. Já o líder de bancada do PS, Raúl Cristóvão, alerta que “continua a faltar um Plano Estratégico de Ação para ‘navegar à vista’, mas com uma perspetiva de segurança no futuro”. O autarca socialista lembrou “a recolha porta a porta continua sem ser iniciada” e defende “é necessário retirar a parcela dos resíduos sólidos da fatura da água”. Depois da aprovação do Orçamento com os votos a favor da maioria CDU, na sessão extraordinária foi aprovada por unanimidade a desafetação do domínio público municipal e afetação ao domínio público privado de parcela de terreno a ceder em regime de comodato à Associação de Moradores da Urbanização da Quinta da Torre, na freguesia de Quinta do Anjo.
Regulamento das Feiras do Concelho de Palmela, nomeadamente: 2.1. Não será permitida a instalação antes das 07h00 do dia 8 de dezembro. 2.2. A ocupação do lugar de venda pelo feirante deve respeitar a planta definida pela Câmara, bem como a necessidade de circulação de pessoas e mercadorias. 2.3. Devido à existência de infraestruturas de equipamentos elétricos e fibra ótica instaladas no subsolo e ao perigo para os feirantes e utentes, não é permitida a colocação de estacas. 2.4. Qualquer dano provocado pelo incumprimento das regras e que danifique a rede de infraestruturas, será da responsabilidade do infrator. 2.5. É expressamente proibida a amarração de toldos a candeeiros, árvores ou sinais de trânsito, dado o risco de acidente, sendo imputadas responsabilidades ao feirante, em caso de danos. 2.6. Os feirantes devem respeitar a legislação em vigor no que se refere às condições de venda de produtos alimentares.
Largo do Município, 2954-001 PALMELA geral@cm-palmela.pt TEL.: 212 336 600
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DESTAQUE DA SEMANA
Jornal Concelho de Palmela | 03.12.2019
Vinhos Crédito Agrícola e Escanções de Portugal
Fátima Brinca Cronista
CRÓNICA AGUENTA-TE COM ESTA!
Seis Medalhas de Ouro distinguem adegas da Península O 6.º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal atribuiu seis medalhas de ouro a adegas da Península de Setúbal. Nos vinhos medalhados destaque para a Casa Ermelinda Freitas, Adega Cooperativa de Palmela, Casa Agrícola Assis Lobo e Adega de Pegões.
O
s jornalistas evitam ser a notícia e quando assim não é algo está mal. Por vezes acabamos por ser protagonistas da notícia, quando no cumprimento da missão de informar somos agredidos de forma injusta e atentatória aos direitos de liberdade. Alguns dos jornalistas que estagiaram nos órgãos de comunicação por onde passei eram sempre alertados com o seguinte aviso “o batismo nesta profissão só acontece quando levamos pancada”. Claro, que muitas vezes tal aviso não passava de uma brincadeira, apesar de algumas vezes terem levado bofetões, vergalhadas com bastões e empurrões. Um dia fui fazer uma reportagem no Bairro 2 de Abril em Setúbal sobre um menino, que aparecera morto em casa. Na PJ, o então inspetor Sousa Martins alertou-me para as suspeitas que recaiam sobre a mãe. Depois de entrar entrevistei a mãe e confrontei-a com algumas contradições, que existiam nas suas declarações. A mulher olhou-me nos olhos e sem mais delongas deu-me um enorme chapadão, que me deixou zonza, enquanto afirmava “não estou a mentir, as vizinhas é que não me gramam e a senhora está a desconfiar, tome lá que é para aprender”. O fotógrafo que me acompanhava, o meu amigo Paulo Baptista, quis tirar despique da senhora, mas aconselhei-o a ter calma e quando saía da sua casa apenas lhe disse “Deus queira que eu não tenha razão”. Passados poucos dias, a PJ prendeu a senhora acusando-a da morte do filho. No dia do julgamento aguardei pela sentença, que a condenou a 18 anos de cadeia. Quando passou por mim a caminho da carrinha celular devolvi-lhe o recado “toma lá que é para aprenderes”. Já se passaram mais de três dezenas de anos, mas ainda há quem não saiba, que a nossa liberdade termina, onde começa a liberdade dos outros.
Caixa Crédito Agrícola distribui prémios pelos melhores vinhos da região Cerca de centena e meia de produtores participaram no 6º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola em parceria com a Associação Escanções de Portugal, em que os vinhos da Península de Setúbal foram galardoados com seis medalhas de ouro. As adegas premiadas foram as seguintes: Casa Ermelinda Freitas recebeu uma medalha de ouro para o vinho branco Dona Ermelinda Reserva DOC Palmela 2018 e para o tinto Quinta da Mimosa DOC Palmela 2016. A Adega Cooperativa de Palmela recebeu uma medalha de ouro para o vinho branco Villa Palma Reserva DOC Palmela 2016. Outra das adegas premiadas com ouro foi a Casa Agrícola Assis Lobo com o vinho tinto Lobo Mau Reserva DO Palmela 2013. A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões fechou o lote das medalhas de ouro com o tinto Adega de Pegões Grande Reserva Vinho Regional 2016. Nesta 6.ª edição foram distinguidos vinhos oriundos das regiões vitivinícolas dos Vinhos Verdes (3 medalhas), Douro (13 medalhas), Beiras (3 medalhas), Dão (5 medalhas), Bairrada (3 medalhas), Tejo (9 medalhas), Lisboa (12 medalhas), Península de Setúbal (6 medalhas), Alentejo (18 medalhas) e Algarve (4 medalhas). Redação redacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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ACONTECE...
Jornal Concelho de Palmela | 03.12.2019
Poceirão Mercado de Natal realiza-se este domingo António Correia Cronista
Lagoa do Calvo realiza a primeira Feira de Natal
CRÓNICA OS CAROLAS No alicerce dos nossos bombeiros houve tantos carolas; houve e ainda há, mas vamos falar só do passado. Como já escrevi na crónica anterior, é impossível lembrar todos; vamos lá então lembrar mais alguns e acrescentá-los à lista. Da lista que apresentei, quem não se lembra do Ti Tarcísio, ferrador, do Manuel Salvador Ferreira, o célebre Balofo, do António da Claudina, o Nêspera, que era dono do telhal junto à Estrada da Cobra? Este era tão entusiasta de ser bombeiro, que até deixou gravado um capacete da farda num ladrilho feito no seu telhal e que se encontra no chão da varanda grande do castelo. Quem é capaz de o encontrar? No livrinho que citei na semana passada vêm fotografias de um grupo de carolas bombeiros dos primeiros anos; aqui vão elas. A entrevista de Vasco Machado a que já fiz referência, mostra-nos o bom ambiente de carolice que levava a fazer das tripas coração: “Lembrando os motivos que o fizeram ingressar na Corporação, Vasco Machado diz: (…) O meu pai era, na altora, regedor de Palmela e tinha telefone, que era o número 29 (…) na altura, tá claro, fez-se à chamada e(…) pôs os pés em frente e atrás dele fui eu, o meu irmão Armando, o Júlio e depois mais tarde o Ulisses(…) Todas as semanas havia duas sessões de preparação dos bombeiros. No início não havia quartel nem nada, foram constituídos os bombeiros e quando havia uma chamada era para a casa do meu pai, para o número 29, onde nós (…) ou a minha mãe servíamos de bombeiros (…) Se fosse de noite ou fora de horas, estava sempre presente o alerta em casa, e dali transmitia-se. Tocava-se à porta de um e à porta de outro. Não havia tempo para chegar ao castelo para tocar o sino, tínhamos nós de fazer o alarme.” O João Pinoia, que foi presidente da Associação dos Bombeiros durante uma data de anos, diz que ela - Associação era o parente pobre das coletividades de Palmela. Começou por ter sede no edifício que é hoje a Biblioteca, no Largo de São João; os carros passaram a usar a que tinha sido garagem da Palmelense. Depois o quartel passou a ser na abegoaria da Câmara onde estiveram muitos anos, onde é hoje o Centro Social. Quanto a equipamentos, no início não havia nada; conta o Pinoia que a primeira ambulância que tiveram foi comprada em Évora; quem a foi buscar foi o António José Dupont, pai do José João –mecânico: No caminho houve um furo, mas pneu suplente não havia; para continuar a andar encheu-se de erva o pneu da roda furada e assim chegou a Palmela! Quando era preciso levar um doente ao hospital não havia motorista; tocava-se a sirene, aparecia um bombeiro que tivesse carta, levava um documento da Câmara a justificar o porquê de um motorista não profissional, e lá seguia. Não há espaço para falar aqui de todas as faltas de equipamentos e da capacidade que a carolice arranjou para nunca cruzar os braços. Que tempos! Ah! Estamos a esquecer-nos dos carolas. Quem não se lembra do António Júlio Barrocas, do José João, do Manuel Mares, do José Dionísio e de tantos outros? Bem hajam.
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Mercado de Natal em Lagoa do Calvo
A ideia surgiu de Paula Castro, proprietária do Pomar da Vinha, que quer dinamizar a região envolvendo a comunidade local e a Maçã Riscadinha. O evento promete ser uma tarde cheia de animação para pequenos e graúdos. Paula Castro tem sido a grande mentora da defesa da Maçã Riscadinha na região de Poceirão e em todo o concelho de Palmela. A proprietária que desenvolveu produção do fruto típico da região com o marido, tem levado a cabo várias iniciativas que vão promovendo a tão afamada Maçã Riscadinha de Palmela. No próximo domingo, 8 de dezembro, pelas 14h00, a
Lagoa do Calvo recebe o primeiro Mercado de Natal dos Amigos da Riscadinha. A tarde de domingo começará com uma Tela de Recordação com pinturas faciais, depois é tempo de colocar mão na massa e os mais pequenos vão ter oportunidade de fazer Bolachas de Natal. Mais tarde vamos descobrir tesouros, como uma caça ao tesouro. Pelas 16h30 é hora dos adultos também fazerem a melhor tarte para o Pai Natal, e pelas 17h00 os trabalhos manuais são feitos pelos mais pequenos com a ajuda dos adultos sob o tema “Faz a tua Maçã Favorita”. O evento para além de promover a Maçã Riscadinha, também terá uma vertente solidária, a angariação de ajudas para o pequeno Rodrigo, o bebé sem rosto. Podem ser doadas fraldas T1, Toalhitas e Leite Nan 1. O lanche como não poderá faltar será a Sopa Caramela, Pão e Chouriço assado. No fim também será feito o sorteio de um Cabaz de Natal. Para mais informações podem ligar o 939 193 005. A entrada é livre. Donatília Braço Forte informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Poceirão Casos de sarna preocupa pais
Cinco casos confirmados de sarna na Escola José Saramago
Caso de Sarna na Escola de Poceirão preocupa comunidade educativa A delegação de saúde do concelho de Palmela está atenta aos casos de sarna entre alunos da EB José Saramago, no Poceirão. Crianças já se encontram em casa a fazer tratamento. A EB José Saramago, no Poceirão, viveu uma semana complicada, com um possível surto de sarna entre alunos. O JCP conseguiu apurar junto da presidente da Associação de Pais, Rute Trindade, que em causa estão 5 casos identificados, e que na altura estavam a articular todos os esforços para junto do Agrupamento de Escolas José Saramago, saber se existiam mais casos. Questionamos a Câmara Municipal de Palmela que nos remeteu o seguinte esclarecimento: “(...) o setor de Educação
da Câmara Municipal de Palmela tomou conhecimento, através do Agrupamento de Escolas José Saramago, da existência de 5 casos de alunas/os nessa situação, que estarão em casa a fazer tratamento”, já o Agrupamento também articulou com o Delegado de Saúde as medidas necessárias a tomar, como a desinfeção dos espaços. Tentamos falar com a diretora do agrupamento que não se encontrou disponível para prestar esclarecimentos. Donatília Braço Forte informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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Reportagem O caos está instalado no SNS
O ‘DIABO’ ENTROU NO CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL JCP 74.indd 8
Centenas de doentes desesperam no CHS
Banco de urgências no barómetro vermelho, falta de camas, corredores do SO repletos de doentes, falta de pessoal no internamento e o caos no estacionamento do Centro Hospitalar de Setúbal. Entrou o Diabo no SNS? 02/12/2019 14:40:54
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Estacionamento pago para pagar dívida à SUCH
Bombeiros passam horas de espera nas urgências
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Centro Hospitalar de Setúbal, mais conhecido por Hospital São Bernardo, já conheceu dias melhores, quem o diz são utentes que esperam longas horas no atendimento, mais propriamente na Sala Aberta, depois de passarem pela triagem e de lhes ser diagnosticada a prioridade através do sistema de Manchester. Neste, o doente vai chegando e depois de preencher toda a documentação necessária, é chamado para a sala de triagem, ali é avaliado por um profissional de saúde e enviado para a tal Sala Aberta, com a pulseira da cor que indica o grau de prioridade de atendimento. Tivemos conhecimento de um caso de uma idosa que entrou na triagem pelas 13h30 e em cinco minutos foi diagnosticada a prioridade média alta (pulseira amarela), levada na maca dos bombeiros para a Sala Aberta, foi transferida para uma das poucas camas hospitalares ali existentes, mas viria a aguardar várias horas até ser atendida pelos médicos do serviço de urgência. Segundo alguns relatos que nos chegaram, os bombeiros têm indicação de não deixar nenhuma maca no Centro Hospitalar de Setúbal, devido ao atraso na sua devolução. Segundo uma fonte próxima do CHS, adiantou ao JCP “antigamente os bombeiros chegavam e deixavam as macas, passadas algumas horas as mesmas estavam disponíveis, agora isso não acontece, existem corporações que tem aqui ambulâncias paradas entre três a quatro horas. Isto está um caos para todo o setor”, lamenta. Um dos dirigentes de uma corporação de bombeiros diz que “naquele hospital está um caos em tudo, temos tido várias ambulâncias ali paradas algumas horas, até que nos possam devolver as nossas macas. Não vamos deixar os doentes no chão como deve de calcular”. O CHS tem tido alguns picos nos atendimentos, existem momentos em que as urgências são encerradas por ordem da administração, pois a sua capacidade já foi há muito esgotada, havendo mesmo desvio de doentes para o Hospital Garcia D’ Orta, em Almada, outra unidade que está a rebentar pelas ‘costuras’ na margem sul do Tejo. O JCP sabe que nos últimos tempos existem doentes que são encaminhados para o Hospital do Litoral Alentejano, Santiago do Cacém, a mais de 160 quilómetros da capital do distrito.
No próximo dia 5 de dezembro, visitantes e funcionários vão manifestar-se em frente ao CHS para mostrar o desagrado no pagamento dos parques de estacionamento. O nosso jornal fez as contas e ao fim do dia o visitante pode vir a pagar cerca de 10 euros pelo estacionamento, que muitas das vezes nem existe. Isto porque o parque não tem um sistema de monitorização dos lugares vagos, à semelhança do que acontece no parque de estacionamento do Hospital Garcia de Orta, em que apenas é permitida a entrada nos parques quando há lugares, e logo à entrada o utente sabe se estes estão ou não completos. Tivemos oportunidade de visitar um desses parques e o estacionamento também não é dos melhores, pois numa das zonas existem lancis danificados por causa das raízes de uma árvore de grande porte. Por outro lado, os utentes continuam a deixar os seus veículos sem terem, muitas das vezes, consideração pelos outros automobilistas, e ocupando todos os espaços disponíveis, mesmo que não se destinem ao estacionamento. Segundo uma fonte próxima do CHS, a administração decidiu instalar os parquímetros nos estacionamentos, devido a uma dívida que aquela unidade tem para com a empresa SUCH. Esta será uma das soluções encontradas pela administração para obter verbas para o pagamento dessa dívida à empresa que presta serviços de manutenção em unidades hospitalares. Solicitámos mais esclarecimentos sobre o assunto, ao que a administração nos respondeu via email que: «Com o intuito de melhorar a circulação e modernizar a gestão de tráfego rodoviário dentro do perímetro do Hospital de São Bernardo, foi implementado um Novo Sistema de Gestão de Parqueamento», começando a ser pago no passado dia 15 de novembro do decorrente ano. Para administração é normal este tipo de procedimento, salientando que «À semelhança do que já acontece na maioria dos hospitais públicos a gestão do parqueamento de viaturas no HSB será efetuada pelo SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, entidade do Ministério da Saúde parceira de diversos hospitais públicos nesta área». Esta situação leva também a protestos dos moradores das áreas limítrofes do CHS devido à ocupação dos seus lugares de estacionamento no exterior, pelos utentes que não pretendem pagar. Foi ainda feita uma petição com o apoio de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais contra o estacionamento pago, que refere que os funcionários do CHS vão pagar entre 12 a 15 euros mensais para que possam estacionar para trabalhar, e que os administradores e diretores estão isentos de qualquer pagamento de estacionamentos.
Funcionários a dar as últimas
Outro grande problema do CHS é a falta de funcionários, enfermeiros, médicos e assistentes operacionais, nas urgências daquela unidade os turnos são variados, mas a falta de pessoal impossibilita que o serviço de saúde seja prestado dentro da normalidade. Ana G. é um desses casos, a doente entrou com um familiar na zona da triagem pelas 15h35, a prioridade no sistema Manchester ditou que teria prioridade média alta (pulseira amarela), esteve mais de 5 horas na Sala Aberta para ser atendida. “O que se passa nesta unidade é de loucos, pois os serviços não dão despacho aos utentes que lá entram, eu estive mais de 5 horas à espera que a minha mãe fosse atendida pela equipa médica. Compreendo que seja difícil o trabalho dos médicos na primeira linha de atendimento, mas também é difícil para nós acompanhantes e familiares e para o próprio doente”, desabafos de uma de muitas acompanhantes de dezenas de doentes que passam diariamente pela unidade de urgência do CHS. O pessoal de enfermagem e assistentes operacionais é outro setor que está em rutura. Um profissional que não quis ser identificado com medo de represálias, adiantou ao nosso jornal que “nós compreendemos o desespero de muitos utentes, mas nós aqui estamos a fazer o que podemos, somos poucos, bem sabemos, mas sem matéria prima não conseguimos obter aquele resultado que queremos ou nos propusemos a fazer, que é o salvar vidas”, e ao dizer estas palavras, conseguimos ver o ar de cansaço no olhar desse profissional. Já na parte de internamentos temos um cenário idêntico, pessoal de baixa médica, serviços atolados de doentes, quartos cheios e pouco pessoal nos diversos pisos do CHS. O JCP sabe que quase todo o pessoal operacional tem horas extras, que já entraram num banco de horas, mas que não foram ainda reembolsadas. Questionámos a administração do CHS sobre esta matéria, mas até ao fecho da edição não obtivemos resposta sobre um assunto que parece ser tabu para a administração.
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Caos está instalado até no parque de estacionamento
Trânsito complica-se dentro do perímetro hospitalar
Um dos grandes problemas com as novas regras de trânsito foi a implementação das saídas das viaturas pelo lado nascente, havendo dias em que o caos é grande entupindo o acesso às ambulâncias que saem das urgências. A semana passada foi um momento de grande caos, pois as manobras de um pesado na Rua Egas Moniz, levou o caos ao tráfego rodoviário que saía daquela unidade. Tivemos conhecimento de que a Viatura Médica de Emergência Rápida (VMER) quando sai em urgência, terá que sair pelo portão de acesso à morgue do hospital, mas nos momentos em que o transporte de corpos está a ser realizado, a VMER terá que recuar para dentro das instalações. A alteração de trânsito foi feita, mas sem qualquer consulta a especialistas da área de intervenção de tráfego. A semana ficou ainda marcada com as declarações de um deputado do PSD no Parlamento quando disse que “Deixaram o Diabo à solta e agora o SNS está transformado num autêntico inferno”, pois o CHS parece ter sido possuído por um desses diabos e contra o qual não existe exorcismo para curar a doença daquela que é a mais importante unidade hospitalar do distrito de Setúbal. Júlio Duarte julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt
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NOTÍCIAS DO MONTIJO
Jornal Concelho de Palmela | 03.12.2019
Festividades Montijo “veste-se” a rigor
‘Natal com Arte’ chegou ao Montijo‘ O Montijo recebeu a época natalícia com um concerto dos Christmas Brothers e o acender das luzes pela cidade, no passado sábado, na iniciativa ‘Natal com Arte’, que vai decorrer até 6 de Janeiro. Cidade ilumina-se neste Natal
D Montijo vestiu-se a rigor para esta quadra festiva
Animação será uma constante no cento da cidade
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epois de um dia de chuva, a noite ‘limpou’ e permitiu às muitas pessoas que se deslocaram até à Praça da República desfrutar do concerto dos Christmas Brothers, depois de assistirem ao acender das iluminações natalícias na cidade. Este sábado foi também inaugurada na Galeria Municipal a exposição ‘Reencontros 20 anos: 1999 – 2019’, uma colectiva de artistas, marcando assim o início do ‘Natal com Arte’, que vai decorrer até 6 de Janeiro de 2020. Domingo, o primeiro de Dezembro, decorreu a inauguração da 11.ª edição da ‘A Arte dos Presépios’, no Posto de Turismo do Mercado Municipal do Montijo, com peças únicas do artesanato português da região minhota e da Área Metropolitana de Lisboa. Entre um programa alargado, o próximo momento alto será a 7 de Dezembro, quando o Pai Natal vai voltar ao Montijo, com a tradicional parada, a partir das 15h00, do Museu Municipal Casa da Mora até à Praça da República, onde estará também o Mercado de Natal até 22 de dezembro, e junto à Igreja Matriz do Divino Espírito Santo estará um Presépio de grandes dimensões, que poderá apreciar até ao dia 6 de janeiro de 2020. O ‘Natal com Arte’ vai espalhar também a magia desta época do ano um pouco por todas as freguesias, através do ciclo de concertos ‘Uma Igreja, Um Concerto’ nos seguintes dias: - 6 de dezembro, sexta-feira, às 21h30 - As Grandes Canções Natalícias Clássicas e do Cinema na Igreja Matriz do Montijo pelo Ensemble Vox Angelis; - 14 de dezembro, sábado, 15h30, Concerto Júbilo por Ângela Silva e Francisco Sassetti, na Igreja de São Jorge, em Sarilhos Grandes; - 16 de dezembro, às 21h30, a Orquestra de Sopros e Coro Infantil e Juvenil do Conservatório Regional de Artes do Montijo, na Igreja Matriz do Montijo; - 21 de dezembro, sábado, às 15h30, Christmas on Broadway por Rita Marques, Diogo Oliveira, Valter Passarinho e Yan Mikirtumov, na Igreja de Santo Isidro de Pegões; - 22 de dezembro, domingo, às 15h30, Concerto do Grupo Coral do Montijo, na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, Canha; - 22 de dezembro, domingo, às 16h00, o Coro Polifónico e Orquestra de Sopros da Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro actua na Igreja Matriz do Montijo; - 28 de dezembro, às 15h00, Angélicus Duo, com Filipa Lopes e Emanuela Nicoli, na Igreja de Nossa Senhora da Atalaia. Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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NOTÍCIAS DE SETÚBAL
Jornal Concelho de Palmela | 03.12.2019
Sociedade Encontro de Bairros
Moradores mudam rosto da cidade Os moradores de Setúbal estão a desenvolver iniciativas, que mudam o rosto da cidade e que serviram de mote ao 5º Encontro, onde os autarcas sadinos confessaram enorme satisfação pelo sucesso do projeto.
de um muro no âmbito da campanha Setúbal Mais Bonita, a melhoria de hortas e canteiros e a realização de uma noite de dança, a par de pequenas requalificações. A arte urbana continua a contar com a mobilização de artistas e moradores, que contribuem para dar mais beleza aos espaços exteriores dos prédios. Mas as iniciativas apostam também em campanhas ambientais, através da reciclagem, mais papeleiras nos bairros e passadeiras. Os moradores definiram ainda como ações prioritárias a criação de hortas, de estendais e de mesas para uso de toda a comunidade.
“Caminho poderoso e transformador”
O vereador Carlos Rabaçal realçou a importância do projeto Nosso Bairro, Nossa Cidade, em curso desde 2012, que se tornou “num caminho poderoso e transformador para a felicidade e bem-estar de todos”, uma realidade que “ultrapassou todas as expectativas” e que foi sempre trilhado “de forma coletiva e com o poder de decisão nas mãos dos moradores”. O vereador, que destacou o facto de todas as requalificações realizadas serem “defendidas pela comunidade”, assumiu o compromisso de, nos próximos dois anos, “dar mais atenção a obras que ainda são necessárias de realizar” nos cinco bairros abrangidos pelo programa municipal. Ações definidas para o próximo ano
D
epois do 25 de Abril, Setúbal começou a acreditar que a vida dos bairros (alguns problemáticos) e com enormes carências só podia mudar com a intervenção dos moradores. Essa realidade, mais de 40 anos depois, confirma-se e a comunidade integra-se dando novo rosto à cidade. Os moradores mobilizam-se e dinamizam centenas de iniciativas, onde o território da Bela Vista, é um exemplo de mudança, como confirmou no 5.º Encontro Nosso Bairro, Nossa Cidade. Os moradores dos bairros da Bela Vista, Forte da Bela Vista, Alameda das Palmeiras, Manteigadas e Quinta de Santo António estiveram reunidos para decidir, coletivamente, o que fazer em prol da melhoria da qualidade de vida da comunidade. A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, reconheceu o trabalho desenvolvido pelos moradores, que “alteraram definitivamente o rumo da vida dos bairros da cidade” e deixou o desafio “há que continuar a trabalhar”. No 5º Encontro de Moradores foram aprovadas 72 novas ações, com destaque para a dinamização de uma campanha de sensibilização para a utilização de ecopontos, a pintura
Redação redacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Comunidade Evento adiado
Não há chocolate p’ra ninguém! Os moradores de Setúbal estão a desenvolver iniciativas, que mudam o rosto da cidade e que serviram de mote ao 5º Encontro, onde os autarcas sadinos confessaram enorme satisfação pelo sucesso do projeto.
Feira do Chocolate adiada
Bairros ganham nova vida
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A Feira do Chocolate e da Laranja agendada para 5 a 8 de Dezembro foi desmarcada por parte da empresa organizadora. A segunda edição do evento prevista para o Jardim do Monte Belo poderá realizar-se numa outra data a anunciar, foi cancelada “por circunstâncias imprevistas”, revelou a Junta de Freguesia de S. Sebastião.
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ÚLTIMAS DA SEMANA
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Palmela Cultura e Música
Palmela é Música inicia recolha de músicas tradicionais A iniciativa visa preservar a tradição oral e memória coletiva O projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” inicia trabalho de recolha no concelho de Palmela para registar a música, bem como os seus protagonistas. A Associação, fundada em 2011, tem a direção artística de Tiago Pereira e conta já com um vasto trabalho de recolha do património musical nacional, reunindo assim um dos maiores espólios audiovisuais, de tradição oral e memória coletiva existentes em Portugal. Em Palmela, e sob “o olhar” da “Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, a dimensão musical será registada, num trabalho de recolha que contará com a colaboração de personalidades que tocam, cantam e dançam. A par com o trabalho de investigação já desenvolvido com a Universidade de Aveiro, a parceria entre o Município de Palmela e “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” é fundamental para aprofundar o conhecimento e as práticas educativas sobre a Música e a sua ligação intrínseca ao território. João Gonçalves informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Projeto levará música a todo o concelho de Palmela
Personalidades Na sede do Clube Volta da Pedra
Juventude Palmela e Pinhal Novo
João Paulo Santos alvo de homenagem
Centros de Recursos para a Juventude com Torneios de Jogos Online e Ténis de Mesa
O empresário João Paulo Santos foi homenageado na sede do Clube da Volta da Pedra, no dia em que assinalou os 53 anos de aniversário. Um quadro de azulejos pintados à mão e uma simbólica taça foram os galardões entregues na noite da homenagem. A empresa que está a promover diversos eventos na sede do Clube da Volta da Pedra, aproveitou a noite de fados para a homenagem ao ex-presidente do Palmelense, João Paulo Santos, que nessa noite festejou duplamente os 53 anos. Empresário foi homenageado O empresário João Paulo Santos nasceu em Mona última sexta-feira çambique, e veio com pouca idade para Portugal, onde fez um percurso irrepreensível, sem vacilar perante os desafios que teve que enfrentar. O seu carisma de gestor juntou-se desde cedo à vertente solidária, sempre com a intenção de ajudar a comunidade. O desafio surgiu como presidente do Palmelense, onde conseguiu diversas conquistas, nas candidaturas que resultaram em vitórias. Mas o gestor avança com outros desafios e consegue criar um projeto inovador e de sucesso na zona de Estarreja onde está a participar na construção da nova fábrica de viaturas todo o terreno. Mas outros projetos estão na calha e, em breve, o nosso empresário de sucesso irá surpreender a comunidade com algumas surpresas. Redação redacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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A iniciativa visa potenciar a utilização dos espaços existentes e a interação entre os utilizadores. Os torneios chegam aos Centros de Recursos para a Juventude nos próximos dias 4 e 5 de dezembro. O grande destaque, nos CRJ’s de Palmela e de Pinhal Novo, recai sobre os Jogos Online com um torneio com final agendada para 6 de dezembro. Nos dias 11 e 12 de dezembro, os Jogos Online dão lugar ao Ténis de Mesa com final marcada para 13 de dezembro e a atribuição de prémios aos participantes consoante os lugares obtidos. Para participar nestas competições os interessados devem formalizar a sua inscrição nos CRJ’s de Palmela, Quinta do Anjo ou Pinhal Novo ou obter mais informações através de juventude@cm-palmela.pt.
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ALERTAS & REPAROS
Jornal Concelho de Palmela | 03.12.2019
Chuva e vento não afastam monos A chuva tão aguardada e desejada por tanta gente tem sido acompanhada pelo vento que fustigou o concelho na última semana. Mas com bastante pena nossa, os monos não foram afastados pelo mau tempo e continuam a marcar assídua presença junto aos contentores, ameaçando tornarem-se numa triste imagem de marca.
Ainda sem inauguração, mas já funciona
Mais de 20 anos depois, a zona sul do Pinhal Novo, tem uma unidade de saúde, para servir quase onze mil utentes. O equipamento ainda não foi inaugurado, mas já está a funcionar há oito dias. No entanto, Virgílio Campos, chama a atenção para o horário de funcionamento, que “parece seguir as normas de um escritório de contabilidade, de segunda a sexta-feira, entre as 8h00 e as 20h00”. Aqui fica o reparo deste leitor, que tem a sua razão de ser!
A saga do muro continua
Nesta edição voltamos a dar nota do falado e refalado muro em Brejos do Assa, com mais um esclarecimento do vereador Pedro Taleço. O autarca socialista explica “importa clarificar que nos 10 meses a intervenção da fiscalização foi apenas de 6 dias, o restante tempo o processo esteve em análise na Divisão de Urbanismo da Câmara Municipal”. E acrescenta “os serviços de fiscalização solicitaram por três vezes a resposta”. Em relação à priorização que foi referida na reunião de câmara, adianta, “teve a ver com a resposta das questões no Urbanismo”. Pedro Taleço faz questão de frisar que “a notícia foca o pelouro da Fiscalização e não onde o atraso ocorreu”, sendo também referida “a articulação dos pelouro da Fiscalização e Urbanismo no sentido da ação da autarquia no geral ser mais célere”, porque “o que interessa é o resultado final e não apontar onde as falhas existem”. Mas a notícia, explica o vereador, “localiza as falhas no meu serviço e não onde ocorreu”, mas “obviamente, falhando um ou outro a Câmara Municipal falhou...agora apontar a falha à Fiscalização é que não”, porque “o volume que atrapalhou e não foi priorizado foi o do DAU”.
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….E vamos lá aos monos!
Rafael Santos mandou-nos mais um alerta sobre monos, que considera “ser uma vergonha para quem mora neste concelho”. “As situações repetem-se”, garante o leitor “é tempo de acabar com isto, pois os avisos de recolha estão bem visíveis nos contentores”. Mas caro leitor, os prevaricadores ou não sabem ler, ou gostam de ser do contra, porque não obedecem a regras. Sabemos que a fiscalização está atenta e para quem não respeita as regras haverá coimas duras. Queremos aqui destacar a intervenção dos serviços municipais, que retiraram os contentores, que existam na Rua da Ilha, na Lagoinha, deixando apenas o aviso, que é proibido despejar lixo e monos.
Esta semana ficamos por aqui, mas estamos atentos ao decorrer das obras do Jardim José Maria dos Santos, cuja conclusão está anunciada ate finais de Dezembro. Até lá aguardamos por mais alertas & recados.
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SEMANA DESPORTIVA
03.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela
Futebol Campeonato de Juniores
Futebol Deslocação difícil a Évora
Pinhalnovense goleia Pescadores
Pinhalnovense conquista saborosa vitória
Arquivo
Equipa de Jaime Margarido volta a somar O ciclo negativo do Pinhalnovense inverteu-se e a equipa liderada por Jaime Margarido impôs goleada de cinco bolas a uma aos Pescadores da Costa da Caparica. O treinador do Pinhalnovense acredita que “o trabalho começa a aparecer numa equipa toda nova e que ainda está a adaptar-se a uma nova realidade).
A equipa de Juniores do Pinhalnovense conquistou uma avassaladora vitória de 5 a 1 na receção aos Pescadores, no Campo Santos Jorge e ascendeu ao 7º lugar com menos oito pontos, que o Alcochetense, que lidera com 20 pontos. Os golos do Pinhalnovense foram marcados por João Sousa, que bisou na partida, Tiago Correia e Ângelo também marcaram e o resultado avolumou-se com um auto golo da equipa visitante. O treinador Jaime Margarido, que regressou nesta época para liderar os Juniores do Pinhalnovense, pede compreensão aos adeptos e lembra que “a equipa é toda nova, mas o trabalho começa a aparecer”. No próximo sábado, dia 7 de Dezembro, o Pinhalnovense viaja até à Quinta do Conde para enfrentar a equipa local, que vem de uma vitória em casa do Palmelense, por duas bolas a zero. O Palmelense desceu para o 12º lugar da tabela classificativa com 9 pontos e na próxima jornada defronta o Almada. Redação redacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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Pinhalnovense volta a ganhar, desta vez em Évora Depois de na última jornada o Pinhalnovense ter conquistado uma folgada vitória frente ao Fabril por três bolas a zero, a equipa de Luís Manuel foi até Évora onde conquistou uma renhida vitória por 3 a 2, com Diego a bisar na partida. O ponta de lança Diego já ocupa o 3º lugar do pódio como melhor marcador. O Pinhalnovense foi até Évora onde venceu o Lusitano por 3 bolas a 2, com dois golos de Diego e um autogolo da equipa da casa. Com esta vitória o Pinhalnovense subiu ao 3º lugar com 25 pontos, menos dois que o Real (2º lugar) e a três pontos do atual líder, o Olhanense. Diego Zaporo já ocupa o terceiro lugar do
pódio como melhor goleador. No próximo domingo, o Pinhalnovense recebe no Campo Santos Jorge, a equipa do Loures. O Olímpico continua a desiludir na atual época, e a jogar em casa perdeu com o Sintrense por uma bola a zero e ocupa a zona de despromoção no 15º lugar com 15 pontos. No próximo jogo a equipa do Montijo tem mais uma deslocação difícil ao campo do Aljustrelense. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Distrital Jogo entre equipas do concelho
Futebol No campo do Moitense
Águas de Moura vence Quintajense pela margem mínima
Palmelense conquista um ponto Arquivo
Águas de Moura vence Quintajense
O Águas de Moura continua a liderar o Campeonato Distrital da II Divisão da AFS, mas enfrentou grande dificuldades para conseguir vencer a equipa do Quintajense, por uma bola a zero. A equipa do Águas de Moura, no próximo domingo, irá até ao concelho de Almada para defrontar o Corroios. Na próxima jornada realiza-se mais um jogo entre as equipas do concelho de Palmela, com o Quintajense a receber no campo Leonel Martins, o Lagameças.
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Palmelense ganha um ponto
A equipa liderada por Duarte Machado foi até ao campo do Moitense conquistar um ponto com o empate a uma bola. O Palmelense subiu ao 9º lugar com 10 pontos. No próximo domingo, o Palmelense recebe no Cornélio Palma, o Oriental Dragon, que
lidera a classificação com 19 pontos, antevendo-se uma partida difícil para a equipa da casa. Mas no futebol nem sempre o que parece é e Palmela é terra de campeões, que gosta de surpreender.
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