SIGA-NOS EM FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº75 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 10.12.2019
ORÇAMENTO MUNICIPAL APROVADO EM PALMELA MAS SEM CONVENCER OS DEPUTADOS MUNICIPAIS P.03
REPSOL ASSINA PROTOCOLO COM O MUNICÍPIO P.12 A empresa de combustíveis assinou um protocolo com a Câmara do Montijo para renovar contrato de arrendamento de posto, com contrapartidas para o desporto e bombeiros do concelho
ÁGUAS DE MOURA CONTINUA NA FRENTE P.15 Em Corroios a equipa de Águas de Moura empatou frente ao clube da casa, mas os homens do CD Águas de Moura continuam na frente do campeonato
PUB
PRESIDENTE DA CÂMARA DE PALMELA FAZ BALANÇO DE DOIS ANOS DE MANDATO À FRENTE DOS COMANDOS DA AUTARQUIA P.08 A 11
2
VISÃO DA SEMANA
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
Opinião Manuel Henrique Figueira | Cronista | manuelhenrique1@gmail.com Miguel Garcia Diretor de Informação
EDITORIAL A ÉPOCA DA HIPOCRISIA!
B
em-vindos ao mês e à época da hipocrisia, dezembro é o mês do Natal, o mês da esperança e do amor, o mês em que devíamos todos festejar a paz. Em vez disso, vamos a correr para as grandes superfícies para que possamos comprar aquela prenda para darmos a quem não gostamos nos 364 dias, mas pronto, lá vem 1 dia do ano em que vestimos o fato de hipócritas e lá vamos à casa daqueles para lhes oferecer aquela prenda que tanto ansiamos por dar. Mas temos também aqui um mês da solidariedade, sim, porque nos restantes 364 dias, o território não tem pessoas pobres, não tem sem-abrigos, é um país que vive à grande e à francesa, como costumamos dizer. Durante 15 dias de dezembro é que nasce dentro de nós a solidariedade, para que possamos fazer aquela boa ação do ano. Então e o resto do ano como é? As pessoas não precisam da nossa ajuda todo o ano? Não comem todos os dias, não precisam de uma habitação? Não precisam de cuidados? Infelizmente é nesta época que múltiplas ações solidárias se alastram, são centenas de instituições que pedem a ajuda de todos nós, nos supermercados, nas ruas, em todo o lado. Na semana passada quem se dirigia aos supermercados foi bombardeado com mais uma campanha do Banco Alimentar, e com a entrega de um saquinho de papel, eramos convidados a contribuir com bens alimentícios. Os portugueses lá foram contribuindo, não só para o Banco Alimentar, mas também para os cofres dos supermercados e do Ministério das Finanças. Sim, porque ao estarmos a comprar bens alimentícios, todos nós enchemos nesse fim de semana os cofres dos supermercados e ainda pagamos o IVA dos produtos. Então não seria mais benéfico para as ONGS pedirem ajuda aos supermercados? Pois assim é que a solidariedade era mesmo solidariedade, não era sermos solidários com o Banco Alimentar e ainda solidários com os grupos Jerónimos, Sonae, Auchan etc, e ainda solidários com o Fisco. Será que podemos chamar a isto verdadeiros atos de solidariedade?
IMI em Palmela: o lento caminho para a normalidade Tem sido lento o desmame do vício das taxas máximas de IMI em Palmela. Encetado o bom caminho, espera-se que se faça depressa, não para o destino ideal (taxa mínima, 0,30), ao menos para o possível (taxa média nacional, 0,34): dia 27/11 aprovou-se 0,36, é melhor do que as reduções ridículas dos três últimos anos. Como foi a taxa em Palmela? De 2003 a 2008, sempre a máxima, 0,50; de 2008 a 2011, idem, embora esta agora fosse 0;40: em 2012, de volta à máxima de 0,50, subiu para 0,48. Daí para cá tem baixado lentamente. Afinal, quem critica os Governos por optarem pelo meio fácil de obter receita – aumentar impostos − acaba por fazer o mesmo, em vez de reduzir despesa inútil: e há tanta. E com a justificação, em 2012, de que o enorme aumento se deveu à perda de receita devido à crise aguda no país. E de 2003 a 2008, sempre 0,50, quando ainda não havia crise aguda? Trata-se de um imposto muito pesado e injusto: incide num bem que satisfaz uma necessidade básica (que é um direito constitucional) − a habitação; atinge todos (quem tem casa própria e quem vive em casa alugada, que o paga reflectido no valor da renda). Por isto, deveria merecer melhor atenção dos autarcas e respeito por quem vive de rendimentos remediados. Apesar do atraso, apesar do caminho lento, fico muito satisfeito por a Câmara já não me tirar todos os anos metade da reforma mensal por causa de uma casa que me custou tanto a comprar e a pagar. Só espero que, até ao final deste mandato, a taxa fique na média nacional, 0,34. E diga-se que esta baixou até este valor, não por causa da Câmara de Palmela, nem das outras do distrito (excepto Alcácer do Sal, a única que tem 0,30 desde 2013), mas por causa de 155 no país com a taxa mínima, e de mais 29 com taxas entre 0,30 e 0,34. Das 308 Câmaras, 184 (59,7%), têm taxas até á média nacional, 0,34. Sim, porque o nosso distrito, desde 2003 (em que há IMI), teve sempre a taxa média mais alta do país. E é, com o de Beja, o que menos aplica o IMI Familiar. O debate sobre os impostos municipais − e sobre o mais importante, o IMI − devia ser feito a partir de uma folha de duas colunas: gastos e receitas. Não vale a pena discutir onde se obtém receita sem ver onde se gasta: e o que pode ser poupado, e muito pode ser poupado. Por não se fazer isto é que a receita quase triplicou: os munícipes pagaram 4,9 milhões de euros em 2004 e 12,7 milhões em 2018 (em 2018 inclui 1% para as Juntas de Freguesia, e 5% para o Ministério das Finanças). E é preciso ver quantas casas novas irão pagar IMI, em 2019 quatro mil, dez vezes mais do que nos anos da crise, e mais 700 mil euros. Ainda se justifica não «meter a viola no saco» e continuar a falar do IMI. Há muito esclarecimento e informação a dar aos munícipes, para não se deixarem iludir por justificações como a que referi no início do texto. Assim como por esta, dizer-se que não nos podemos comparar aos pequenos e pobres municípios, que têm mais apoios do Orçamento do Estado (OE): ora, há 25 Câmaras de grandes cidades e vilas sem esse apoio do OE, mas com a taxa mínima. Ainda há caminho a fazer, e luta a empreender, para sermos semelhantes à maioria das Câmaras do país: termos uma taxa de IMI amiga dos munícipes.
FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira, Donatilia Braço Forte (estagiária) Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Tiago Rodrigues, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L Associado da:
PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes
CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Tiragem Semanal: 13.000 exemplares
ATUALIDADE
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela PUB
Política Oposição vencida, mas não convencida
Deputados Municipais discutem Orçamento
Oposição não ficou convencida
D
epois da aprovação do Orçamento na Câmara, os deputados municipais mantiveram o sentido de voto, com o PS, o MIM e o BE a absterem-se, o PSD/CDS a votar contra e a CDU a aprovar com os votos a favor. A sessão ficou marcada pela discussão de duas moções, dois votos de pesar e duas saudações. A reunião da Assembleia Municipal começou com um alerta da presidente Ana Teresa Vicente, que apelou aos deputados que “fossem muito telegráficos pois temos seis temas enviados, com uma saudação do PSD/CDS, duas moções do BE e da CDU, dois votos de pesar do BE e do PS”. Mas o apelo não foi “ouvido”, pois a ordem de trabalhos começou a ser discutida duas horas depois. A noite fria depressa aqueceu com a primeira saudação da bancada do PSD/CDS, onde o deputado Roberto Cortegano leu o documento que saudava “o aniversário dos 30 anos da queda do muro de Berlim, assinalado a 9 de Novembro”. Na saudação os deputados proponentes destacavam “a coragem e ousadia dos alemães de 1989 derrubou o Muro que separava a liberdade da opressão, a democracia da ditadura (…) e devemos-lhes o simbolismo do fim do comunismo”. Da bancada da CDU vieram as críticas de Domingos Rodrigues referindo “este papel apareceu aqui(…), mas como o tempo está muito frio, a saudação quis aquecê-lo”. O eleito comunista considerou “isto é uma cegueira política autêntica, que se plasma num papel como este que não conhece a História e a procura manipular”. O deputado comunista revelou “isto é um retumbante disparate encarnado pelo anticomunismo e cegueira intelectual”, porque “celebrar os 30 anos do Muro de Berlim o que os reacionários pretendem é celebrar o fim da República Democrata Alemã” e concluiu “os senhores são cegos, surdos e mudos e iremos votar contra os saudosistas do 24 de Abril”. Também o deputado socialista José Carlos de Sousa considerou a saudação “provocatória e com algumas incongruências históricas”. Para Rosa Pinto, da bancada do PSD/CDS, “estamos sempre contra todo o tipo de ditaduras sejam de esquerda ou de direita”. A saudação acabou por ser rejeitada com os votos contra da CDU, as abstenções do PS e do BE e os votos a favor do PSD/CDS e MIM. A primeira moção a ser votada veio da bancada CDU, que abordava o Dia Internacional para a eliminação da violência contra as mulheres, que terminava com um apelo por “um combate firme a este flagelo e medidas de
politica pública concertadas e articuladas que respeitem e cumpram em todas as dimensões os direitos das mulheres, trabalhadoras, mães e cidadãs e lhes permitam sair de relações violentas e humilhantes (…)”. A moção foi aprovada por unanimidade. O tema do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres foi também abordado na moção dos deputados do BE, que apelava “aos cidadãos para que se mobilizem contra este crime e aos órgãos autárquicos que promovam campanhas de sensibilização e informação para esta problemática no âmbito de parcerias da rede social do concelho de Palmela”. A moção foi aprovada com a abstenção de Rosa Pinto porque “o Bloco não conseguiu obter uma redação tão correta como a moção da CDU”.
Voto de pesar divide eleitos da Palmela Mais
A morte do cantor de intervenção José Mário Branco envolveu a apresentação de dois votos de pesar do BE e do PS. A liberdade tem destas coisas e na bancada do PSD/CDS, Rosa Pinto informou que “a votação da nossa bancada vai ser diferente”. Já Colin Marques, eleito na mesma coligação, explicou “não podemos votar a favor de um voto de pesar de pessoas que escrevem o tiroliro e eu e o meu colega Cortegano vamos votar contra”. A moção, de que foi retirado o minuto de silêncio, foi aprovada com os votos contra do PSD/CDS Colin Marques e Roberto Cortegano, enquanto os restantes deputados, entre eles Rosa Pinto, votaram a favor. A deputada do PSD/CDS teve o cuidado de avisar que no voto de pesar do PS “irei abster-me por considerar que tem algumas incorreções”. A saudação da bancada CDU que se congratula pelos prémios que Palmela recebeu como município familiarmente responsável foi aprovada por unanimidade.
Orçamento aprovado não convence oposição
O Orçamento foi aprovado pelos deputados da CDU, enquanto os eleitos do PS, BE e MIM se ficaram pela abstenção. O PSD/CDS votou contra. Os deputados da oposição fizeram algumas recomendações ao executivo da Câmara, com Carlos Oliveira (BE) a considerar que “deve haver a pavimentação dos aceiros, mas dar prioridade às vias onde habitam mais pessoas”. Já o eleito do MIM, Mário Baltazar, considerou que as obras “andam a saltitar de um ano para o outro” e alertou para a necessidade de “modernizar a frota municipal que está antiquada e devia ser modernizada para melhor servir os munícipes”. Joaquim Pires, da CDU, defendeu “este orçamento merece ser aprovado por todos”, porque “não há neste orçamento fatos feitos à medida para ninguém”. A líder da bancada da Palmela Mais, Rosa Pinto, confessou não “ser o nosso orçamento “ e reconheceu “não há fatos à medida pois tornaram-se invisíveis com os tempos” e citou “a Torre de Menagem e os Paços do Concelho”. A principal nota do PS veio de José Carlos de Sousa que confessou “aguardar pelo relatório da auditoria à Palmela Desporto”.
PUB
3
4
ATUALIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
Vinhos Com 25 propostas em votação
Fátima Brinca Cronista
CRÓNICA QUE O PAI NATAL NOS ACUDA…
N
“Eu Participo” bate recorde de participações Antes da discussão da ordem de trabalhos da sessão da última quarta-feira, o presidente Álvaro Amaro anunciou o sucesso do programa “Eu Participo”, que mobilizou os munícipes, que apresentaram 25 propostas para que sejam analisadas pela autarquia. quilómetro, percorridos anualmente. Estão previstos novos circuitos e o aumento de transportes em dias úteis (dentro e fora das horas de ponta), ao fim de semana e à noite.
este caminho que nos conduz ao final do ano continuamos a acalentar o sonho, que o futuro pode ser melhor, se os governantes fizerem por isso. As dificuldades por que passamos são tantas, que só com muita coragem se podem
enfrentar. Os tempos que correm fazem-nos recuar à nossa juventude, onde só quem tinha direito ao Natal eram os mais abastados. Quando tinha os meus 12 anos o Natal era passado em família, ao redor do alguidar das filhoses, que depois da farinha estar levedada eram fritas e polvilhadas de açúcar e canela. As tais prendas no sapatinho estavam longe de serem o que qualquer criança sonhava. Recordo que a melhor prenda que recebi foi uma bicicleta velha, que me ofereceu a minha prima Deolinda. Aquela bicicleta, mesmo velhinha, foi a melhor prenda, pois servia-me para fazer o longo caminho da Carregueira até ao Pinhal Novo, onde apanhava o comboio para ir estudar para Setúbal. As outras prendas eram apenas roupas e sapatos, que me animavam, mas que estavam muito longe do meu imaginário. Mas nesta época natalícia também não irei ter prendas, pois os tempos não estão para gastos por aí além. Resta-me o bacalhau, o bolo rei e a alegria de estar em companhia dos meus dois cães e dos dois gatos. Claro que não irei esquecer o meu Black e a minha Boneca a quem irei dar de comer como todos os dias o faço. As melhores prendas continuam a ser dos meus primos e primas, que não as dão apenas no Natal, mas em todos os dias contribuindo para me ajudar naquilo que necessito. Mas perdoem que não tenha grande simpatia pela época natalícia, que envolve muita falsidade e pouco significado solidário. O consumismo (de quem pode!) é embrulhado em papel colorido e a abundância reflete-se em gestos nada caridosos. Felizmente nem todos são assim pois há quem pense nos que não podem ter Natal. E graças à solidariedade de alguns, há muitos que podem também ter um “cheirinho” de Natal.
Rede wireless serve mais de 2 mil utilizadores
O
presidente da Câmara aproveitou o ponto antes da ordem de trabalhos da última sessão da autarquia para anunciar que o programa “Eu Participo” bateu todos os recordes de participação com a apresentação de 25 propostas a votação. O autarca informou que a proposta mais votada na freguesia de Palmela foi a pavimentação da Rua Fernando Lopes-Graça, na Lagoinha. Já na freguesia de Quinta do Anjo, o maior número de votos foi para a pavimentação da 2ª fase da Rua de Brejos Carreteiros até CM1029. Os moradores de Pinhal Novo escolheram como obra mais votada o Parque Infantil na Rua Maria Eduarda Ferreira. A pavimentação da Rua Pedro Azenha dos Santos (1ª fase), no Bairro Margaça, foi a proposta mais votada pelos moradores da zona da Marateca e no Poceirão a proposta escolhida foi o asfaltamento da Rua Henrique Rica Ideia, no Forninho. O programa “Eu Participo” começou há cinco anos e já envolveu a realização de dezenas de ações nas freguesias do concelho com um investimento superior a 2,2 milhões de euros.
Autarcas aprovam apoios financeiros
O executivo municipal aprovou apoios de mais de 21 mil euros às Associações de Pais para comparticipar as atividades de animação socioeducativa que dinamizam com as crianças dos jardins de infância. As verbas a atribuir tiveram em atenção o número de crianças e contemplaram as seguintes Associações: Associação de Pais da EB Zeca Afonso 1.º período 2019/2020 (70 crianças) - 8.474,52€ Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/ JI de Aires 1.º período 2019/2020 (73 crianças): 6.355,89€ Associação de Pais da EB Joaquim José de Carvalho 1.º período 2019/2020 (37 crianças): 5.649,68€ Acerto ano letivo 2018/2019 (22 crianças): 706,21€
Transportes rodoviários com mais oferta
O novo concurso internacional da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para a contratualização de transporte rodoviário de passageiros, para um período de sete anos, terá um crescimento superior a 40% face aos serviços atuais. O concurso público representa a efetivação de uma oferta de transporte rodoviário de cerca de 90 milhões de veículos/
Mais de 2 mil utilizadores acederam e estabeleceram cerca de 17 mil ligações entre Julho e Setembro, através do Wi-Fi do Centro Histórico da Vila de Palmela e Serra do Louro. A rede foi alvo de uma ação de reforço e alargamento por parte do Município de Palmela. O balanço feito pela autarquia de Palmela permite concluir que o maior número de registos é efetuado por cidadãos com idades entre os 19 e os 45 anos e no topo dos 16 países com ligações estão Portugal e o Brasil.
Município aumenta apoio às escolas
A proposta para a atribuição de um apoio financeiro de 32 mil euros para o funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo da rede pública do concelho, no ano letivo 2019/2020, foi aprovada por unanimidade. Os estabelecimentos contemplados foram: Agrupamento de Escolas de Palmela 13.230€ (1.323 alunos) Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos 15.290€ (1.529 alunos) Agrupamento de Escolas José Saramago 3.520€ (352 alunos)
Nova empreitada de esgotos
Uma nova empreitada de ampliação e remodelação de redes de águas residuais foi aprovada por cerca de 134.500€. A intervenção irá ampliar a rede em vários locais do concelho e reabilitar troços de coletores mais antigos. O Município gere uma rede de esgotos domésticos com mais de 200 quilómetros e uma rede pluvial com cerca de 160 km e 18 estações elevatórias.
Alquimia dos Sabores conquista distinção e medalhas
A empresa Alquimia dos Sabores, sediada em Poceirão, participou no 1.º Concurso Nacional de Entradas e Petiscos Tradicionais Portugueses de Santarém, onde obteve a distinção “Melhor dos Melhores”, uma Medalha de Ouro para os Pickles Doces e uma de Bronze para a sua Pasta de Grão. Os autarcas aprovaram uma saudação por unanimidade onde se destaca “a valorização, qualificação, defesa, promoção e dignificação da identidade dos produtos tradicionais portugueses” e felicitam a empresa Alquimia dos Sabores “pela criatividade e inovação que transfere para a sua atividade, cuja marca alcança cada vez maior notoriedade nacional, contribuindo para a expansão, divulgação e valorização do concelho de Palmela”. Redação redacao@jornalconcelhodepalmela.pt
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela
PUBLICIDADE
5
6
DESTAQUE DA SEMANA
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
Empresas Ginásio Iron- Man Vila Serena António Correia Cronista
CRÓNICA OS CAROLAS Os Bombeiros davam para muitas crónicas sobre CAROLAS, mas temos de avançar, porque há mais gente na fila que não podemos esquecer. Vamos falar dos carolas da música na nossa Palmela. Neste campo também foram tantos; de muitos toda a gente ainda se lembra, mas nos alicerces das nossas Sociedades há outros que já ninguém conheceu. E é justo que sejam recordados. Começo por falar dum homem que foi um autêntico carola e a quem Palmela muito deve: Manuel Joaquim da Costa. Quem foi ele? Avô de Mário Lino e de Maria Cândida Borges. Foi sacristão da igreja de São Pedro, mas um sacristão culto, apaixonado pela sua Palmela, um homem com iniciativa e dinâmico. Foi grande dinamizador da homenagem prestada em Palmela a Hermenegildo Capelo, em 2 e 3 de Dezembro de 1883; foi nessa altura que a antiga Rua da Água Russa ou Rua dos Lagares passou a chamar-se Rua Hermenegildo Capela. Manuel Joaquim da Costa até fez um hino para a ocasião. Em 17 de Fevereiro de 1907 houve outra festa grande para celebrar a reconstrução do pelourinho. A iniciativa da reconstrução e da festa foi do nosso homenageado desta Crónica. Num livrinho que ele escreveu, HISTÓRIA DAS MÙSICAS EM PALMELA (1852-1917) publicado pelo Grupo dos Amigos do Concelho de Palmela, o professor João Ribeiro que coordenou a sua publicação, deixou nota, fruto de investigação sobre essa festa, nota que merece ser transcrita.“Em torno do pelourinho de Palmela houve grande festa em 17 de Fevereiro de 1907,data que celebrou a reconstrução do monumento. A iniciativa de tal festa e de tal reconstrução coube…a Manuel Joaquim da Costa. O início da reconstrução foi noticiada pelo jornal “O Independente”, de 18 de Outubro de 1906, mas a obra foi demorada, ora por falta de pedra necessária, ora pelo rigor do inverno, ora por questões orçamentais. A reportagem mais exaustiva sobre o acontecimento veio em “O Independente”, de 21 de Fevereiro, relatando que “a concorrência de pessoas estranhas à terra foi enorme” e que as festas tiveram lugar à noite e foram abrilhantadas pelas músicas das filarmónicas Humanitária e Palmelense e pelo sol-e-dó Patriótico, que acompanharam um hino composto por Manuel Joaquim da Costa cantado por um coro de 30 crianças”. O mesmo Manuel Joaquim da Costa “recitou um belo discurso que foi muito aplaudido” e, “ durante o dia e por toda a noite, subiram muitos foguetes ao ar para demonstrar que Palmela estava em festa”. Uma semana depois o mesmo jornal noticiava ainda que, nesse acontecimento, “o verdadeiro e ardente amor pátrio mais alto vibrou quando, no fim do discurso, foram pelo próprio autor levantados vivas à pátria, `a Câmara, ao vereador e à vila de Palmela, sendo verdadeiramente delirante esse momento encantador, vendo-se muitos olhos comovidos verterem lágrimas de consolável amor e satisfação.” No mesmo jornal, Manuel Joaquim da Costa assumia-se como o verdadeiro promotor da cerimónia e publicava um “agradecimento” dirigido a “todos os que espontaneamente se associaram à manifestação de regozijo”, não esquecendo os “beneméritos, as filarmónicas, as crianças, os trabalhadores e a imprensa. …” Já se deram conta, leitores, de como este homem, nestas festas que promoveu (e não só), foi pondo pedras no alicerce do amor das gentes de Palmela pela sua terra, amor que fez nascer e luta pela restauração do concelho? Foi caindo no esquecimento. É verdade que já tem nome numa rua; mas quem se lembra de trazer ao de cima a história dos que têm nome em ruas e as razões que levaram a isso? Voltamos a falar dele, a propósito do tal livrinho que escreveu e das memórias que nos deixou. Foi um autêntico carola da “alma” de Palmela.
Um espaço de excelência no Pinhal Novo O espaço aposta na manutenção da qualidade de vida da comunidade, onde existem praticantes desde os 13 aos 75 anos. Mas o Ginásio de Vila Serena tem também atletas, que têm estado em destaque nas provas. O Ginásio Iron-Man Vila Serena, localizado numa das mais bonitas zonas de Pinhal Novo, é utilizado por largas dezenas de utentes, das mais diversas idades, entre os 13 e os 75 anos. O espaço tem também atletas que se dedicam à prática das modalidades e têm estado em destaque com a conquista de prémios nacionais e internacionais. As provas nacionais de WABBA, que decorreram no Casino Estoril, com o Ginásio a participar com dois atletas e onde o atleta pinhalnovense, Paulo Ferreira obteve o primeiro lugar na modalidade de Culturismo Masters a nível nacional e internacional. O atleta Tiago Lourenço obteve o terceiro lugar na categoria Men´s Physique.
Seis anos de atividade
André Fernandes, responsável do Ginásio, que assinalou no dia 6 de DezemUma equipa forte bro os seis anos de existência, concretizou o sonho de “investir no Pinhal Novo, onde resido, para procurar atrair utentes, desde miúdos da escola aos de mais idade, que procuram este espaço por questões de saúde e bem-estar”. A empresa resultou de um projeto familiar, lembra André Fernandes, de 27 anos e destaca “o meu irmão além de atleta, já foi campeão nacional de Culturismo e ganhou a Taça Carlos Rebolo, é também professor das provas”. O responsável do espaço lança o desafio “gostava que as pessoas viessem fazer um treino experimental para se integrarem na nossa família”. O espaço disponibiliza serviços como aconselhamento alimentar com uma nutricionista, osteopatia e massagens por profissionais competentes.
Sociedade Vila de Palmela prepara-se para receber o Natal 2019
‘Viva o Natal em Palmela’ com música e mercado no Largo de São João Até 6 de janeiro de 2020, o programa ‘Viva o Natal em Palmela’, promovido pelo município, apresenta vários atrativos para celebrar em família, que passam por um concurso de montras, mercado de Natal, até às tradicionais Janeiras, cantadas em dia de Reis. Os visitantes da vila vão poder apreciar montras, janelas e varandas do Centro Histórico, decoradas com motivos de Natal, no âmbito do Concurso ‘Natal à Janela’, mas quem visitar a vila por estes dias vai ainda cruzar-se com as figuras em tamanho real, de caráter religioso e também etnográfico, que compõem o Presépio de Natal, da autoria da escultora Teresa Martins, com a possibilidade de participar em visitas guiadas. De 13 a 23 de dezembro, o Mercado de Natal vai animar o Largo de S. João, uma oportunidade para adquirir produtos regionais de qualidade para oferecer nesta época natalícia, e que contará ainda com animação musical, diversões infantis, com a Casinha do Pai Natal, Correio de Natal, pinturas faciais, Cabeleireiro Mágico de Natal, modelagem de balões e jogos de madeira e de Magia, a que se junta a a incontornável presença do Pai Natal e Passeios de Charrete entre o Largo de S. João e os Paços do Concelho, nos dias úteis das 14h00 às 22h00, e sábados e domingos, das 10h00 às 23h00. O programa, que termina com o tradicional Cantar das Janeiras, a 6 de janeiro, integra ainda um conjunto de atividades paralelas, por todo o concelho (cultura, desporto, enoturismo, entre outras) e diversões infantis com pista de carrinhos, montanha russa do Dragão e insuflável.
No dia 13 de dezembro, pelas 21h00, decorre um momento musical pela Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” e no dia 14 de dezembro, actuação às 10h30 do Grupo Coral “Ausentes do Alentejo”; às 11h30 da Escola de Percussão “Bardoadinha”; às 15h30 do Coro da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”; às 17h00 do Coro da Associação dos Idosos de Palmela; às 18h00 um ,omento musical pelo Conservatório Regional de Palmela e às 21h00, outro momento musical pela Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”. Dia 15 de dezembro às 10h00, um momento musical com Harpa por Beatrix Schmith; às 11h30, o Coro Infantil da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”; às 15h30, o Coro da Sociedade Filarmónica Humanitária e às 17h00 o Conservatório Regional de Palmela. Dia 20 de dezembro, às 21h00, actuação da banda da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” e no dia 21 de dezembro às 10h00, actua o Teatro Sem Dono, seguido às 11h30 por um momento musical com Harpa por Beatrix Schmith; às 15h30, música pelo Duo Manuel Teles e Dinis Oliveira e às 21h00, momento musical pela Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”. No domingo 22 de dezembro, às 10h30 actuam os Saxofone4All; e às 15h30 lugar para o Baile “Toca a Dançar”, por Marisa Borralho e Leónia Oliveira. Na antevéspera de Natal, 23 de dezembro, às 10h30 tem lugar a “Funparra” - Arruada de Natal e no dia 6 de janeiro, cantam-se as Janeiras dos Paços do Concelho ao Largo de S. João.
PUBLICIDADE
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela
800
tel: +351 265 898 860 · www.cooppegoes.pt · facebook.com/adegadepegoes/ · twitter.com/adegadepegoes
7
8
GRANDE PLANO
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
Entrevista Álvaro Amaro afirma que Palmela vive momentos favoráveis
“ESTAMOS A VIVER UM MOMENTO MUITO FAVORÁVEL”
Álvaro Amaro quer mais para o território
A meio do seu segundo mandato, Álvaro Amaro fala ao JCP dos projectos desenvolvidos e dos que Palmela irá receber, dos problemas de gestão do «maior território da Área Metropolitana de Lisboa», mas também dos investimentos na resolução de problemas como a mobilidade e a recolha do lixo. Qual o balanço que faz destes dois anos de mandato à frente da Câmara Municipal de Palmela? É um balanço claramente positivo, embora com alguma ansiedade porque gostávamos de ver algumas coisas já realizadas. Temos a consciência de que lançámos projectos estruturantes e fundamentais para as populações e das 400 medidas do programa de mandato, 203 foram concluídas, 184 estão em curso e apenas 13 não foram desenvolvidas, e a este número, há que acrescentar mais de 20 novas obras que entraram nos investimentos, por via dos processos de participação. Nestes dois anos, para além da concretização de obras, cumpriram-se vários compromissos em diversos domínios, um trabalho que tem sido divulgado publicamente, porque a nossa gestão é muito transparente. Outro aspecto de grande satisfação é o facto da equipa deste executivo ter conseguido levar adiante três grandes e complicados investimentos estratégicos, que atravessaram vários mandatos: as obras na Ribeira da Salgueirinha, nas Encostas do Castelo e a Unidade de Saúde do Pinhal Novo, uma luta longa e na qual me empenhei desde 1997. Temos ainda um conjunto de obras a aguardar aprovação de apoios e outras em contractualização, que aguardam financiamento por via de empréstimos bancários que vamos contrair, porque neste momento temos essa capacidade. Nestes dezoito meses já pavimentámos e repavimentámos 19.937 metros de estrada e elaborámos grandes projectos na área das infraestruturas em Lagoa da Palha; Miraventos; Quinta do Padre Nabeto; Quinta Tomé Dias; Cajados; Lagoinha; Vale de Touros, num investimento total de um milhão e trezentos mil euros. Este município tem a maior rede viária municipal que conheço, com perto de mil quilómetros de caminhos, estradas e arruamentos públicos, e foram acrescentados nos últimos anos muitos quilómetros de asfaltamento, que nos são pedidos através da iniciativa ‘Eu Participo!’. Temos também três candidaturas, uma já executada, ancoradas num conceito de promoção da intermodalidade dos vários transportes e da acessibilidade, como a segunda fase da requalificação da área envolvente da estação ferroviária de Pinhal Novo, criando uma ligação entre o Largo da Mitra e o Jardim José Maria dos Santos, que vai entrar em concurso no próximo ano e irá permitir criar mais uma bolsa de estacionamento na rua de acesso à estação, e o estudo para a criação da rotunda dos pinheirinhos.
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela
A candidatura só fazia sentido se fosse criado um ‘triângulo’ entre a entrada norte da estação, a entrada sul que já foi reabilitada, o parque intermodal (que devia ter sido feito pela Refer há muitos anos), e o Largo da Mitra, que vai permitir requalificar toda a zona mais antiga com outras condições de mobilidade, acessibilidade, qualificando o espaço público, e vamos investir noutros terrenos para criar parqueamento na zona sul, para quem utiliza a estação. Estão também previstas a construção do Centro Comunitário de Águas de Moura, um equipamento de enormíssima qualidade com várias valências, incluindo biblioteca e Centro de Recursos para a Juventude; e a revolução que teremos ao nível das respostas sociais e culturais para o Monte do Francisquinho. Com este conjunto de intervenções e candidaturas a fundos, estamos a capacitar o território para criar desenvolvimento, combater fenómenos de exclusão e modernizar para os desafios de futuro. Esta visão estratégica do território tem contribuído para aumentar a atractividade para novos investidores e com uma dinâmica acima da média.
GRANDE PLANO
9
Mas nem sempre essas candidaturas arrancam no imediato, e isso causa alguma ‘confusão’ nos munícipes. Porque algumas obras que já estão aprovadas, candidatadas e adjudicadas, passam largos meses a aguardar pareceres de entidades externas e do visto do Tribunal de Contas. Dou-lhe o exemplo de duas: o Salão Nobre da Câmara Municipal e o Polidesportivo do Poceirão, que iremos lançar no dia 14 e visa construir um pavilhão e alguns equipamentos de apoio social à comunidade. O pavilhão da Escola Secundária de Palmela apenas vai avançar porque nos ‘chegámos à frente’ e vamos financiar a obra em 50%, com futura gestão do município através da Palmela Desporto, mas ainda estamos a aguardar a publicação da portaria de extensão de encargos. A isto acresce o fenómeno de concursos que ficam desertos e a falta de empresas especializadas, mas que se trata de um fenómeno nacional. Os empréstimos que a autarquia vai contrair só são possíveis porque a situação está consolidada? Sim. Fizemos um trabalho de consolidação e reequilíbrio financeiro, atestado pelo próprio Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses que nos coloca em 10.º lugar nos municípios de média dimensão, e ao mesmo tempo reduzimos a carga fiscal sobre os nossos munícipes. Esta situação tem a ver com medidas implementadas pelo município mas, há que dizê-lo, também pela melhoria do ambiente económico do país e na região, e da importância que o concelho tem no país, em termos de exportações e do PIB, ligados com a produção automóvel, de vinhos, do turismo e serviços. A par disto, temos uma taxa de desemprego que desceu bastante, a níveis quase históricos.
Presidente numa visita descentralizada Algumas obras contam com apoios da UE. Como são realizadas essas candidaturas? Em cada ciclo de Quadro Comunitário, temos de lançar as bases para investimentos estratégicos estruturantes, tendo em consideração as prioridades de investimento que foram definidas com Bruxelas, e que nem sempre são as que queríamos e precisamos. Por exemplo, gostaríamos de apoios para a viação rural, para infraestruturas de águas residuais, para vias estruturantes junto das unidades industriais, mas de facto a UE está apenas focada nas questões do clima e na reabilitação, e essas são áreas com as quais a autarquia de Palmela também está preocupada, e por isso apresentámos projectos muito concretos que nos posicionam muito bem nesse domínio. Outras candidaturas foram também feitas nas áreas do social, reabilitação urbana, património natural e cultural, eficiência energética e aos planos de acção para o desenvolvimento sustentável ligados à mobilidade. Nunca em Palmela se apresentaram tantas candidaturas a fundos comunitários (são já 37), e nenhuma foi reprovada, mercê do trabalho realizado pelas nossas equipas na sua elaboração. E os próximos anos de mandato, sobretudo 2020, verão grandes concretizações e posso dizer que estamos a viver um momento muito favorável. Mas não queremos adormecer e por isso a autarquia foi à procura de empresas para investirem no território, como os grandes investimentos de várias empresas das áreas da energia solar para consumos industriais, colocando grandes centrais fotovoltaicas ao lado das maiores vinhas do mundo, o que proporcionou também um uso ‘saudável’ do solo com ocupação de terrenos expectantes com energias limpas, contribuindo para cumprirmos as taxas de CO2 assumidas no âmbito do ‘Pacto dos Autarcas’. Este é um dos aspectos das nossas opções de transição energética ligadas às alterações climáticas, uma aposta muito forte na eficiência energética, e aos quais iremos apresentar seis candidaturas, para tornar todos os edifícios municipais praticamente auto-sustentáveis e assim iremos ultrapassar as metas no Pacto dos Autarcas, reduzindo em 23,5% as emissões de CO2 do concelho, num investimento total de 70 milhões de euros, de várias empresas que estão a apostar no concelho.
Álvaro Amaro faz balanço da semana descentralizada de Quinta do Anjo Embora ainda a meio do mandato, algumas das propostas do programa da CDU não serão concretizadas? Sou daqueles que controlo ‘ao dia’ a execução de propostas, pelo que a falharem só se houver algum ‘acidente de percurso’ que não esteja nas nossas mãos resolver. No entanto, há projectos que não nos competem fazer, mas apenas reivindicar, como é o caso das variantes às EN252 e EN379, onde em certas horas é impossível circular, e sobre as quais as Infraestruturas de Portugal têm de cumprir o que aprovaram nos PDM, e o Governo não se pode demitir das suas responsabilidades e limitar-se a passar a requalificação e manutenção das estradas nacionais para os municípios, sem garantir financiamentos. A autarquia vai também recuperar a ‘estrada da Coca-Cola’. Como está a correr esse processo? É uma verdadeira revolução o que está a realizar-se naquele troço. É uma verdade que se arrastou no tempo, mas só quem trabalha com obras pode perceber estas vicissitudes, como ter uma obra da EDP prevista para Agosto, que apenas foi feita em Novembro. Estamos sempre nas mãos de um conjunto de entidades que demoram meses para realizar ou aprovar e dar pareceres. A via está a ser requalificada, com a criação de um corredor ciclável e pedonal numa das bermas e uma rotunda, que já foi bastante elogiada. A segunda fase, que ascenderá a 1,6 M€, será de quatro quilómetros entre a rotunda da Makro e São Gonçalo e irá abrir concurso no próximo ano, após aprovação do empréstimo. Com isto valorizamos uma das principais entradas do concelho e uma via determinante para a mobilidade do tráfego. A seguir vamos ter a responsabilidade de ligar o Padre Nabeto a Setúbal; ligar Aires à estação
10
GRANDE PLANO
Presidente em visita ao Cantinho da Milú
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
AUGI com os processos em desenvolvimento, um deles já perto da conclusão das obras de infraestruturas. Mas há outras em que teremos de intervir, desclassificando-as no nosso Plano Director Municipal, porque não tiveram qualquer dinâmica por parte das Comissões de Administração, em que uma parte significativa vai reverter para espaço de actividades económicas ligadas à inovação, conhecimento e serviços. Depois temos a questão da edificação dispersa, noutras partes do território, em que vamos dar mais atenção às zonas de maior concentração (áreas periurbanas), e no regulamento do PDM estas serão altamente contidas e com normas mais rígidas, porque o direito de propriedade não é o direito de construção. Se todos pensarem que podem construir só porque têm junto ao seu terreno uma rua e electricidade, não podem depois contar que os impostos dos restantes habitantes suportem as obras das infraestruturas de milhões de euros, para três ou quatro moradias. Quando esses proprietários construíram nesses locais, sabiam que havia regras que lhes impunham a auto-infraestruturação.
«Temos de jogar com todos os trunfos» Outra característica de Palmela é a sua zona histórica. Isso não causa alguns entraves para quem quer investir? Existem regras muito apertadas às quais o município não pode fugir e que são impostas pela
de Palmela; da ligação da Lino dos Reis à rua de Aljubarrota, em Aires, e ligar a saída dos Portais da Arrábida a Cabanas, no mesmo perfil de via e ciclovia, que é outro garante da mobilidade.
«Criámos um tecido económico diversificado e complementar que nos dá uma maior resiliência para os desafios» Como é gerir um território com características urbanas, industriais e rurais? Obriga-nos a ter de apostar em várias vias estratégicas de desenvolvimento. Há concelhos conhecidos mais por este ou aquele sector, mas felizmente Palmela tem esta diversidade. E digo felizmente porque, quando há ciclos regressivos, quem é excessivamente dependente de um único sector, enfrenta mais dificuldades. No caso de Palmela, criámos um tecido diversificado e complementar que nos dá uma maior resiliência para os desafios. Por isso mesmo, a nossa preocupação em manter, promover e apoiar as actividades tradicionais, muito ligadas à economia de base familiar e agrícolas, mas também as industriais, de turismo e serviços, sempre tendo em conta que temos de começar a arrumar melhor o nosso território e cada zona ter atribuída uma vocação. Não podemos permitir que se implemente tudo em qualquer zona do território, só porque essa poderá ser uma zona mais barata para o investidor. Depois temos um enorme património natural, a maior rede de ecossistemas da AML, todos os corredores vitais, estuário, parque natural e a nossa grande riqueza é a manutenção dessa biodiversidade, e quem assim não pensar, irá hipotecar o futuro. Na Serra do Louro temos vindo a realizar a valorização dos locais arqueológicos e promover os trilhos pedestres. É exemplo a 1.ª edição do Arrábida Walking Festival, sob o tema da arqueologia, que irá decorrer em Março de 2020. O trabalho na Arrábida decorre em articulação com o Parque da Arrábida e os outros municípios, mas também com os proprietários privados. No Espaço Fortuna temos a grande ‘porta’ de entrada na Arrábida para os nossos visitantes, que será o projeto “Janela da Arrábida”. No concelho ainda existem Áreas Urbanas de Génese Ilegal. Como está a decorrer o processo de reconversão? Somos um dos concelhos com maiores desafios nessa área. Actualmente temos três grandes
Batalha de Álvaro Amaro tem sido as obras na educação legislação e pela Direcção-Geral do Património Cultural. Fizemos várias análises jurídicas, internas e externas e remetemos para a tutela, porque a interpretação de algumas normas estão a ser abusivamente exigidas aos proprietários e consideramos que tem de existir uma norma interpretativa que clarifique todo o processo. Apesar destes constrangimentos, que também permitem que não se descaracterize o centro histórico, implementámos vários incentivos à reabilitação e notamos uma dinâmica crescente nos pedidos de requalificação realizados aos serviços. Da parte do município, está prevista a implementação do Centro de Investigação do Património Cultural de Palmela no antigo edifício da GNR, a recuperação do edifício PAL para incubação de empresas do sector do turismo, e a reabilitação da Capela de S. João Baptista para um núcleo museológico de arte sacra. E claro, a obra muito ousada nas encostas do nosso maior tesouro,
GRANDE PLANO
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela
11
o Castelo, que vai permitir a sua preservação por, esperemos, mais mil anos.
por respeito à identidade e à história do território.
Para além da zona histórica da vila, que outros pontos do território têm sido dinamizados na área do turismo? Temos de jogar com todos os trunfos. Para além do Enoturismo, estamos a trabalhar no turismo religioso, de natureza, desportivo, do património, realizando jornadas sobre temas como as ordens militares e, em Janeiro próximo, sobre arqueologia. Mas um dos aspectos primordiais será sempre o vinho, e estamos a celebrar este ano os dez anos sobre a designação da 1.ª Cidade Portuguesa do Vinho, data que será assinalada de forma simbólica com uma peça bonita num espaço público da vila, e em 2022 celebraremos dez anos da nomeação como 1.ª Cidade Europeia do Vinho. Em termos do território, chamo a atenção para o projecto do Centro Cultural Vinum, em Fernando Pó, que pretende criar um centro de conhecimento e valorização contínua de uma aldeia vinhateira. Foi qualificado um pavilhão para a Mostra de Vinhos de Fernando Pó, estão a ser feitos os arranjos exteriores em torno do apeadeiro, que recebe pessoas de vários locais no âmbito das ‘Rotas das Vinhas do Pó’, e será requalificada a antiga Escola Básica de Fernando Pó, para colocar entidades ligadas ao sector do vinho e um Centro de Interpretação daquela paisagem rural. No entanto, temos falta de oferta de alojamento de qualidade. O alojamento local cresceu, mas precisamos rapidamente de um hotel em Pinhal Novo e de outras unidades hoteleiras em Palmela. O Município tem estado a fazer o seu trabalho de influência junto de entidades, empresas e particulares e tem criado as condições para que isso aconteça.
O município foi também pioneiro com a transmissão via internet das reuniões camarárias. Essa transmissão irá ser alargada à Assembleia Municipal? É um compromisso da CDU, e poderemos vir a ter um reforço orçamental para garantir essas transmissões, porque agora não temos técnicos suficientes, tendo até em conta a quantidade de eventos que também são transmitidos. No entanto, acho que nada substitui a presença dos cidadãos nas reuniões, seja para assistir, mas sobretudo para intervir e problematizar, num debate franco e aberto.
Visita à fábrica do Tomate Turismo é também falar de gastronomia, que a autarquia tem vindo a divulgar. Mas não faltam ainda alguns passos, como a classificação da fogaça? A Fogaça de Palmela, como outros produtos endógenos, tais como a Maçã Riscadinha de Palmela DOP, os vinhos e Moscatel, a sopa caramela, vão sendo divulgados ao longo do ano. O município tem feito o seu papel mas se há aspectos que competem aos municípios enquanto promotores, outros têm de ser feitos com os agentes económicos que produzem e investem. E é isso que tem acontecido, sempre em parceria, sem preocupações com quem fica na fotografia, até porque o município não precisa de estar à frente, mas sim ao lado de todos. A UNESCO aceitou a candidatura de Palmela à Rede das Cidades Criativas, mas não foi eleita. Vão recandidatar-se em 2021? Sem dúvida que iremos fazer nova candidatura, e com uma preparação diferente. No entanto, o projecto ‘Palmela é Música’ é muito mais vasto, com um programa de acção a quatro anos, e essa candidatura é apenas uma componente desse trabalho, que está a ser feito com especialistas, investigadores e os muitos agentes locais. Trata-se de um processo que está em curso. Para o ano vai ter outros desenvolvimentos com eventos, com concurso de ideias para um monumento, e outras dimensões que vão da formação à dinamização de projectos existentes. E para garantir o investimento, apresentámos uma candidatura ao Portugal 2020, intitulada ‘Palmela é Música’, no âmbito do programa ‘Cultura para Todos’, que pretende combater a exclusão social por via da música e da arte. Na candidatura, faltaram alguns intercâmbios e partilha de experiências que são muito valorizadas nesse processo, devido também ao pouco tempo que tivemos para a preparar, mas ainda assim recebeu elogios da UNESCO e incentivos a nova candidatura, por isso iremos continuar a investir neste projecto com os nossos técnicos, com as assessorias externas, e com os nossos músicos singulares e de agrupamentos. Se há quem critique por termos dado este passo, da nossa parte assumimos que a cultura não é uma despesa, é um factor de dinamização económica, que atrai pessoas e investimento, que no futuro irá superar o que foi investido, mas que por outro lado é também uma exigência,
A participação cívica tem também peso na gestão autárquica de Palmela, com iniciativas como o ‘Eu Participo’. Como tem decorrido? A participação dos munícipes é indispensável na política. Quando algumas vozes da oposição criticavam o processo, até porque uma das primeiras sessões foi muito pouco participada, não compreendem a importância deste processo. Mas de ano para ano temos tido um aumento no número de participações e votações, algumas até nos surpreenderam pelos números e pelas propostas que nos surgiram.
«Há indisciplina dos nossos cidadãos» Na questão da mobilidade, e num território com esta dimensão, um dos problemas é a cobertura de transportes públicos. Qual tem sido a intervenção da autarquia neste assunto? Celebrámos um contrato interadministrativo com a Área Metropolitana de Lisboa, delegando nesta a possibilidade, no âmbito de novas concessões, de fazer o concurso público internacional que vai decorrer no próximo ano. Fizemos também um estudo, denominado «Soluções de transporte flexível em território periurbano» para as zonas mais dispersas, onde temos consciência que nenhum operador quer fazer carreiras para transportar duas ou três pessoas, e no qual temos troços onde as respostas podem passar por transporte flexível ou a ‘pedido’. Está também previsto no caderno de encargos da nova concessão de transportes o alargamento da rede na zona da Penalva/Quinta do Anjo na ligação aos bairros, dos Olhos d’Água na ligação ao Pinhal Novo, das zonas rurais entre os principais centros urbanos, ligações entre Loja Nova, Poceirão e Marateca. A autarquia investiu também 1 milhão e 280 mil euros no passe único, e em 2021 está previsto o investimento de 1 milhão e 600 mil euros, tendo em conta a necessidade desse alargamento. Mas tudo isto pode tornar-se um encargo insuportável se não for aumentada a oferta com a qualidade que queremos, e se o Governo não resolver a questão do financiamento do transporte público, porque isto não vai lá apenas com acordos, e depois deixar a responsabilidade do financiamento com os municípios. Outra das queixas dos munícipes tem a ver com a recolha do lixo e dos ‘resíduos verdes’. Que resposta tem a autarquia para isto? Por um lado, é um facto que por vezes há rotura da capacidade de resposta, e este município como outros, foi colmatando essas falhas com serviços externos a quem são entregues certos percursos, mas está comprovado que existem dificuldades e falhas. Por outro lado, verificamos que em muitos casos, ocorrem as recolhas e horas depois estão novamente resíduos depositados na rua. Há uma grande indisciplina dos nossos cidadãos, mas também de empresas que nem sempre cumprem com a gestão de resíduos, deixando-os ao lado dos ecopontos e contentores, quando isso é uma prerrogativa apenas para os particulares e somente em certos dias e de certa dimensão. O que estamos a assistir é a empresas que fazem limpezas, obras ou eventos, e depositam ilegalmente esses resíduos, em vez de os entregar nos aterros ou a empresas especializadas. Também as regras contra queimadas levaram à diminuição destas por particulares, e por isso depositam os ‘verdes’ junto dos contentores. No próximo ano, iremos aumentar o orçamento para novos concursos de prestações de serviços e iremos apostar em mais pessoal e novas viaturas de recolha; iremos aumentar a frequência de recolha em algumas freguesias já sinalizadas e iniciaremos a experiência de, em pequenos bairros de moradias unifamiliares, implementar a recolha porta-a-porta, embora saia muito caro. Já delegámos à União de Freguesias de Marateca e Poceirão a recolha de monos, verdes e outros resíduos, e tem sido feito um trabalho notável, melhor que o dos prestadores de serviços. Temos também de reforçar a fiscalização e a sensibilização, e desafiámos a Amarsul para fazer uma central de compostagem num terreno municipal no Poceirão, o que pode levar à valorização desses resíduos verdes. No entanto, congratulo-me com o facto de muitos cidadãos fazerem a devida reciclagem e, por vezes, temos os contentores esgotados. Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
12
NOTÍCIAS DO MONTIJO
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
Investimento Empresa de combustível irá realizar obras em equipamentos públicos
Assinada renovação de contrato entre autarquia do Montijo e Repsol A autarquia do Montijo assinou com a Repsol uma alteração ao contrato de arrendamento que vai possibilitar o arrelvamento sintético do campo municipal do Afonsoeiro e a aquisição de duas ambulâncias de transporte de doentes para os bombeiros do concelho. Repsol assina protocolo com a Câmara do Montijo
O
Salão Nobre dos Paços do Concelho do Montijo recebeu a assinatura da alteração ao contrato de arrendamento entre o município e a Repsol que vai possibilitar o arrelvamento sintético do campo municipal do Afonsoeiro e a aquisição de duas ambulâncias de transporte de doentes para os bombeiros do concelho. «Fazemos este acordo de forma aberta, transparente e na salvaguarda do interesse público. É um documento que é benéfico para o Montijo. Para lá de um aumento no valor da renda, permite melhorar as condições do campo do Afonsoeiro usado pelo Estrela Futebol Clube Afonsoeirense e capacitar o socorro às populações, com mais duas ambulâncias para os bombeiros do concelho», disse o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta. Da parte da Repsol, Armando Oliveira, administrador delegado da empresa, salientou que o novo contrato «resulta do esforço de todos os intervenientes”, referindo igualmente o papel do presidente da câmara ao indicar os investimentos prioritários que ficaram incluídos na renegociação do contrato». A Câmara e a Repsol entenderam renegociar o contrato referente ao posto de abastecimento de combustível localizado na Avenida de Olivença, permitindo a sua extensão temporal, isto é, o contrato passará a ter a duração de 12 anos, ao invés dos atuais 6 anos. Em contrapartida a esta alteração, para além da renda mensal de 8 295,77 euros, a Repsol vai executar a obra de arrelvamento sintético do campo de futebol do Afonsoeiro, no valor estimado de 202 748,25 euros mais Iva, e adquirir duas ambulâncias novas de transporte de doentes, no valor unitário de 37 000,00 euros, uma para a corporação dos Bombeiros Voluntários do Montijo e outra para os Bombeiros Voluntários de Canha.
Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Cultura Município investe em festejos natalícios
Pai Natal chegou ao Montijo
Parada do Pai Natal chegou ao Montijo Era o momento mais esperado da tarde, ou melhor, do ano. Aos poucos a Praça da República foi-se enchendo de pais e pequenada que aguardava o velhote das barbas brancas, e a fila foi crescendo junto à Casinha do Pai Natal. De repente, ouviu-se a charanga com músicas que todos conhecem e foi uma correria até à Avenida dos Pescadores aos gritos de ‘É o Pai Natal, é o Pai Natal!!’, e ele lá vinha, bem acompanhado pelos elfos, por um carrocel e por lindas fadas. Depois desta chegada, a festa continua até 22 de Dezembro, em que vai poder visitar a Oficina dos Brinquedos, a Quinta dos Animais ou a Casa dos Duendes, mas também o Mercado de Natal, que vai estar na Praça da República onde, junto à Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, pode apreciar um Presépio de grandes dimensões. Já no Mercado Municipal e no Posto de Turismo está patente a 11.ª edição da exposição “A Arte dos Presépios”.
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela
PUBLICIDADE
13
14
ALERTAS & RECADOS
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019
Contra os monos: alertar, alertar… Não nos calaremos e desafiamos os moradores a denunciar as situações que põem em causa a qualidade de vida do concelho. Há quem encare as situações como denúncias, mas todos os que habitam neste concelho têm a responsabilidade de contribuir para que Palmela Inspire Ambiente.
Sábados atraem os monos
Apesar dos alertas há quem use os sábados para colocar os monos junto aos contentores, continuando a dar uma imagem de enorme desleixo em plena vila do Pinhal Novo. Ali, junto à Rua Zeca Afonso, um morador resolveu tirar o sofá degradado e deixá-lo no espaço público, onde irá ficar até à futura recolha. Não resistimos a perguntar: Este gesto não merece a mais revoltante condenação? Será que este morador não tem consciência? Claro, que depois surgem protestos junto da autarquia, que não recolhe os monos, blá, blá… Mas a verdade é que a autarquia nem com um fiscal junto de cada contentor conseguiria controlar quem não cumpre com os avisos que referem as datas de recolha.
Gatinhos ocupam o novo lar
O novo abrigo para gatos em frente do cemitério velho tornou-se um espaço de atração. Primeiro foram os moradores que ficaram encantados com a graça da casota, mas em poucos dias, a colónia de gatos que existia na zona, começou a identificar o novo lar. Os moradores colocam comer e água e mantem o espaço limpo e os felinos ocupam o novo lar, onde vivem felizes. A vereador Fernanda Pésinho cumpre assim a promessa na defesa do bem estar animal e se os gatinhos soubessem falar agradeciam a iniciativa. João Silva Dias, que foi visitar um ente querido que está sepultado no cemitério, aproximou-se do abrigo e desabou para os felinos “estão felizes com o novo lar?” e enquanto se afastava comentava “não sei de quem foi a ideia, mas este exemplo devia ser seguido em mais zonas do concelho e até do país”. Para esclarecer este amigo, a Câmara de Palmela já colocou abrigos para felinos na Urbanização Sul Ponte, nas Cabanas, na Quinta da Asseca e agora no lado sul do Pinhal Novo, mas estão previstos mais em outras zonas do concelho.
Palmeiras erguem-se altaneiras
O deputado municipal do PS, Jorge Freitas, pediu explicações ao presidente da câmara, porque foram plantadas 36 palmeiras, na Urbanização Vila Serena. O deputado lembrou que tinham informado que as palmeiras seriam substituídas por árvores autóctones. O presidente Álvaro Amaro lembrou “fizemos vários contatos com os moradores, que não querem que as palmeiras acabem”. No entanto explicou também que “em Val´Flores as palmeiras que morrerem irão ser substituídas por outras árvores”. Também a deputada municipal da CDU revelou que “nem todas as palmeiras atraem escaravelhos e a espécie que foi plantada na Vila Serena não corre o perigo de ser atacada”. A verdade é que os moradores de Vila Serena estão encantados com as suas palmeiras, que consideram como imagem de marca da Urbanização.
O caos já começou
As bombas na Serapa ainda não estão prontas, mas as obras de infraestruturas obrigam à circulação condicionada a uma das vias. A partir das 15h00 instala-se o caos com as longas e demoradas filas, obrigando os condutores a aguentarem devagar, devagarinho…até que o sinal mude de cor. Mas não se esperam melhores dias com a entrada em funcionamento das bombas, onde já existem condicionamentos de trânsito com início na Volta da Pedra. Aguardemos que sejam criadas soluções, que evitem que o caos aumente. … E esta semana é tudo. Os leitores podem continuar a enviar os seus alertas & recados.
SEMANA DESPORTIVA
10.12.2019 | Jornal Concelho de Palmela PUB
Futebol Frente ao líder Oriental Dragon
Palmelense perde pela margem mínima D.R.
O Palmelense recebeu o atual líder da I Distrital e perdeu pela margem mínima. A equipa comandada por Duarte Machado bateu o pé ao líder motivada pelo apoio dos adeptos e perdeu um a zero, no Campo Cornélio Palma. No próximo domingo, o Palmelense viaja até ao concelho de Almada para defrontar o Cova da Piedade.
Águas de Moura continua no bom caminho
Futebol Empate frente ao Corroios
Águas de Moura perde terreno mas continua na frente
Palmelense continua no bom caminho
No campo do Corroios houve fartura de golos com o resultado final a ser de duas bolas para cada equipa. A equipa do Águas de Moura continua sem perder, mas viu o Seixal aproximar-se da liderança com os mesmos 21 pontos. No dérbi concelhio, que pôs frente a frente o Quintajense e o Lagameças, o resultado foi um empate de um a um. O jovem Sérgio do Lagameças é agora o segundo melhor marcador com seis golos, o mesmo número do líder Alison, do Estrela de Santo André, equipa que joga com o Águas de Moura, no próximo domingo, no Campo do Olival. O Lagameças recebe em casa o Corroios e o Quintajense desloca-se ao campo do Monte da Caparica.
Futebol Penalti limpinho a favor da equipa da casa
Pinhalnovense empata e sobe ao 3º lugar Os adeptos não gostaram da arbitragem e queixaram-se de um penalti limpinho a favor do Pinhalnovense, num jogo onde as duas equipas muito lutaram, mas os guarda redes estiveram em destaque e contribuíram para o nulo no Campo Santos Jorge. O jogo entre o Pinhalnovense e o Loures registou uma boa assistência com a claque da equipa visitante, o “Loures Boys”, a puxar pela equipa, mas o resultado manteve-se em nulo até ao final. Em destaque estiveram os guardiões das duas equipas com Marco Pinto a levar a melhor sobre Diego, quando estavam decorridos 29’. Também o guardião do Pinhalnovense, Patrick tirou o “pão da boca” a uma bola cabeceada pelo capitão Hugo Machado aos 80 minutos. Mas o jogo ficou marcado pela grande penalidade sobre Bandeira aos 58’, mas o árbitro Pedro Ramalho nada assinalou e foi brindado com um coro de protestos. Em termos disciplinares os dois cartões amarelos a sair do bolso do árbitro foram para o jogador do Pinhalnovense, Marlon (aos 21’) e aos 65´para Dani Coelho, do Loures. Também em termos disciplinares se verificou um empate.Diego Zaporo
ficou em branco, mas continua a ser o segundo melhor marcador, com 8 golos, igual a Sapara, do Olhanense, que ocupa o topo da tabela. O Pinhalnovense, que subiu ao 3º lugar com 26 pontos, menos seis que o líder Olhanense, no próximo domingo desloca-se ao campo do 1º Dezembro. O Olímpico conseguiu uma vitória sofrida por três bolas a duas frente ao Aljustrelense, e deixou a zona de despromoção, somando agora 12 pontos. A equipa do Montijo recebe no próximo domingo, o Esperança de Lagos.
Juniores vencem com mão cheia de golos
A equipa do Pinhalnovense foi até ao campo do Quinta do Conde para impor uma pesada derrota de cinco bolas a zero. A equipa comandada por Jaime Margarido está imparável e João Sousa, filho do presidente do Pinhalnovense já é um dos melhores marcadores, tendo bisado na partida. Rayan e Daniel Mdeiros também fizeram o gosto ao pé e pelo meio houve ainda um auto golo dos homens da casa.
PUB
15
16
PUBLICIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 10.12.2019