Jornal Concelho de Palmela | Edição 16

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Ano I | Edição n.º 14 | Preço: 0,01€ | Semanal

Diretora: Donatília Braço Forte

www.diariodistrito.pt

Título histórico fundado em 1991

09.10.2018 Terça-feira

@jornalconcelhodepalmela

PS PREOCUPADO COM INSOLVÊNCIA DO COLÉGIO GUIMARÃES O vereador eleito pelo PS de Palmela, Raul Cristóvão, mostrou alguma preocupação com os rumores da insolvência do Colégio Guimarães, estabelecimento que atualmente alberga alunos da escola básica de Cabanas P.6

PRODUÇÃO DE UVA PODE ESTAR EM RISCO NA REGIÃO DE PALMELA Responsáveis da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal preocupados com a situação de calor extremo que

“VOLTAR A PONDERAR A LOCALIZAÇÃO DO AEROPORTO NO CAMPO DE TIRO DE ALCOCHETE NÃO SE COLOCA” O presidente da Câmara do Montijo está confiante em todo o processo de negociações entre a ANA Aeroportos e o Governo e satisfeito com o facto de a empresa aeroportuária ter já indicado que irá cumprir as exigências da autarquia em matéria das infraestruturas a implementar com o novo aeroporto. P.12

provou a queima de uvas na região da Península de Setúbal, e afirmam que está em risco a continuação de produtores nesta atividade P.3

POPULARES EXIGEM INTERNAMENTO COMPULSIVO PARA AGRESSOR DE MULHERES NO BARREIRO Populares manifestaram-se à porta do Tribunal do Barreiro para exigir ao Ministério Público o internamento compulsivo do agressor que aborda as vítimas na rua e espanca-as sem qualquer motivo aparente. Já circula também na internet uma petição pública que reúne mais de 5 mil assinaturas com o mesmo pedido para o que já é apelidado de “Monstro do Barreiro” P.14


Jornal Concelho de Palmela | 09 de Outubro de 2018

PÓS & CONTRAS EDITORIAL

Soluções para problema: não interessa, vamos discutir problemas dos de fora!

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AS CRÓNICAS DA NICHA Piri…Lau

Donatilia Braço Forte | Diretora de Informação

A política está um caos e parece que ninguém nota que existem problemas mais importantes que tem que ser debatidos em sede própria e outros problemas em sede nacional que é a Assembleia da República. Os jornalistas e os munícipes, quando assistem a uma reunião de executivo ou de Assembleia Municipal têm muitas vezes que levar com os problemas dos de fora. Não deixam de ser importantes esses problemas, mas são para serem debatidos a nível nacional na Casa da Democracia Portuguesa, que é a Assembleia da República, lá é que se podem debater os problemas da Palestina, de Israel, de Espanha, do Chile, da Venezuela. É lá que estão os deputados que ganham dinheiro para defender esses problemas/interesses, que também deviam de debater os problemas de um pequeno país plantado à beira mar e que é o “rabo” da Europa, mas os problemas nacionais também não parece preocupar os nossos deputados nacionais. O que me espanta é que nos meios pequenos das periferias da grande metrópole, os autarcas que são representantes de uma população que os elegeu para determinar caminhos, estratégias e resolver problemas das comunidades populacionais onde estão inseridos, se preocupem mais com a defesa de povos internacionais e com a destruição da autonomia desses povos. Claro que é importante ficarmos atentos ao que se passa internacionalmente, mas essa preocupação para com esses povos seria mais válida se não estivessemos a viver em concelhos que mais parecem autênticos campos de guerra;

Figura da semana é... Padre Ramalho Manuel Pinheiro da Silva Ramalho mais conhecido no meio da comunidade por padre Ramalho é uma figura incontornável da história da vila de Palmela e de Pinhal Novo. O padre Ramalho passou pela Igreja de São Pedro, Palmela, nos anos 70 onde deixou a sua marca histórica na lembrança dos habitantes da vila. No novo século o pároco abraçaria um novo desafio que foi ser padre na comunidade da vila de Pinhal Novo no mesmo concelho onde exerceu a função de sacerdote. Atualmente com 80 anos, o padre Ramalho luta por um sonho, sonho esse que será a construção da nova igreja no lado sul da vila caramela. P.4

os lixos que são aos montes, estradas sem condições, matas sem limpeza, famílias que estão no limiar da pobreza – lembro-me de há bem pouco tempo de uma família no núcleo habitacional de Rio Frio, freguesia de Pinhal Novo, ficou sem casa para viver devido a um incêndio, e o que foi feito por representantes políticos para minimizar os problemas dessa família? Que eu me lembre pouco ou nada foi feito –, mas preocuparmo-nos com os problemas dos de fora é fácil, escrevermos meia dúzia de linhas para uma qualquer moção é fácil, porque estamos a quilómetros de distância e também não temos responsabilidades políticas nesses países, mas é bonito fazermos moções com todo o sentido de preocupação, porque não gastamos euros com a reconstrução de casas, de escolas ou hospitais. Mas quando toca aos nossos o que fazem os senhores políticos que defendem tanto os direitos internacionais? Estradas que mais parece terem sido alvo de uma qualquer guerra, lixos deixados tempo e tempo, um atentado à saúde pública, muitas escolas encerradas por falta de obras etc, etc... O que fazem os nossos políticos locais? Cada vez mais vão assobiando para o lado e o que lhes interessa são as moções e moçõezinhas que vão apresentando reunião após reunião para se debaterem de peito cheio do “eu é que sei”, enquanto territorialmente existem problemas locais que não são resolvidos.

O humor continua a ser a imagem de marca de muitos amigos meus, talvez seguindo o lema de que “tristezas não pagam dívidas” continuamos a ver muita gente a pôr à prova os seus dotes criativos. Nisso podemos até dizer que “somos pobretes, mas alegretes”. Tal como prometi a um amigo, hoje vou que dar nota da sua criatividade, que certamente os irá fazer sorrir um pouco. Porque estamos cansados de tanta tristeza, mas não temos que nos envergonhar dos erros dos outros. Sorrir é a palavra de ordem, porque meus amigos temos que aproveitar o riso antes que o Vítor Gaspar se lembre de lhe lançar um imposto. Este meu amigo estava a almoçar ali no Zé do Forno e perguntou-me com o ar mais inocente do mundo “então minha amiga já assinou a Petição?” Eu bem longe do que estava para vir res-

pondi-lhe “claro, que assinei, pois não concordo com a extinção de freguesias no concelho de Palmela!” Ele rápido na resposta “não me refiro a essa petição, mas aquela que algumas pessoas das Areias Gordas estão a fazer para mudar o nome da localidade”. Olhei-o admirada enquanto respondia “mas querem mudar o nome das Areias Gordas?” Sim – respondeu o meu amigo – para ficar mais ligado ao Lau. Perante o meu olhar interrogativo explicou “vão mudar as Areias Gordas para Piri…” Não vi a ligação, mas o meu amigo insistiu: “então antes do Lau ficam as Areias Gordas. Como passam a chamar-se Piri…. depois vem o Lau! Finalmente percebi a malandrice… E o leitor já percebeu?

Boa semana para todos!

RECORDAR PARA VIVER Chafariz da Quinta do Anjo…comparticipado pelo Estado Novo O chafariz junto à Igreja de Quinta do Anjo continua a ser muito bem cuidado pela Junta de Freguesia, apesar da sua simplicidade, brilha com as cores branca e azul, e destinava-se a abastecer água para os animais beberem.

Numa tabuleta em mármore encontra-se a seguinte inscrição: “Esta obra foi restaurada pela Câmara Municipal de Palmela em Agosto de 1950 e comparticipada pelo Estado Novo”.

Ficha técnica: Diretora/Editora: Donatília Braço Forte | Redação: Carmo Torres / Isabel de Almeida / Pedro Carvalho / Júlio Duarte / João Aguiar Cadete / Elsa Peres | Colaboradores: Augustos Vinagre / Bruno Grazina / João Estróia / Joaquim Gouveia / Roberto Cortegano | Direção de arte & design: BM | Serviços Administrativos: Paulo Martins | Distribuição: DD DistNews | Proprietário e editor: PRESSWORLD MEIOS DE COMUNICAÇÃO & INFORMAÇÃO UNIP. LDA. | NIPC: 514 965 754 | Sede da redação: Rua do Anselmo, AP 94, 2955-999 Pinhal Novo. Tel.: 213 362 317 | Morada: Rua do Anselmo, AP 94, 2955-999 Pinhal Novo | Detentores de 5% ou mais do capital da empresa - JDGN (100%) | E-mail redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt | E-mail publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt | E-mail geral: geral@jornaconcelhodepalmela.pt | Impressão: Gráfica Diário do Minho - Rua de S. Brás, n.º 1 – Gualtar – 4710-073 Braga | Tiragem: 10 000 (média semanal) \ Registo ERC: 127135 | Depósito Legal: 442609/18


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Jornal Concelho de Palmela | 09 de Outubro de 2018

DESTAQUES A CNA e a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal realizaram uma visita à propriedade de Francisco Severino, um dos produtores atingidos pela queima das uvas, na localidade do Lau. A Confederação Nacional dos Agricultores irá realizar uma concentração, no dia 8 de Novembro, frente à Assembleia da República para sensibilizar os grupos parlamentares para avançar com medidas para criar seguros públicos e de defesa da agricultura familiar. “Um ano de trabalho com tantos gastos pode destruir a continuidade da nossa atividade”, alerta Francisco Severino, que tem mais de 80% da produção de uvas destruída. O agricultor do Lau avança com números alarmantes na colheita deste ano, onde as “uvas da casta moscatel ficaram torradas, em que no ano passado colhemos 18 toneladas, que este ano não vão além dos três mil quilos”. A geada de Abril foi o primeiro alerta com “esta queimada a aumentar a tragedia”.

CNA avança com concentração dia 8 de Novembro

Queima de uvas com graves prejuízos JUCA MEIRELES

Os seguros não “são feitos pois não se refletem nos prejuízos individuais, mas na média da região, o que deixa os pequenos agricultores entregues à sua sorte” denuncia o dirigente da CNA, Alfredo Campos, que anuncia a “realização de uma concentração de agricultores, no dia 8 de Novembro frente à Assembleia da República para exigir a aprovação de medidas como os seguros públicos e para a agricultura familiar”, que “têm que entrar rapidamente em vigor”. O dirigente lembra que “a lei está aprovada, mas não serve de nada se não for publicada”. Também o presidente da Associação de Agricultores, Joaquim Caçoete, explica que “50% dos pequenos produtores perderam a produção e muitos estão tão desanimados que pensam em deixar a atividade”. O dirigente associativo lança o apelo para que “o Governo olhe para esta gente que andou a trabalhar um ano para ver tudo destruído” e “é urgente que seja criado um seguro público que compense os prejuízos dos pequenos produtores”.

Medidas mais justas para as autarquias

Palmela defende taxa mínima do Iva para a iluminação pública ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

Na sessão pública da passada quarta-feira, o executivo municipal aprovou por unanimidade, uma moção, que defende medidas fiscais mais justas para as autarquias, nomeadamente, a redução para a taxa mínima do valor de IVA a aplicar à iluminação pública e refeições escolares e o fim da contribuição para o audiovisual na iluminação pública.

No ponto antes da ordem de trabalhos da última sessão de câmara, o presidente apresentou uma moção, que depois de debatida, foi aprovada por unanimidade, sobre a redução para a taxa mínima do valor de IVA a aplicar à iluminação pública, que atualmente paga a taxa máxima de 23 por cento e para as refeições escolares, onde é aplicada a taxa de 13%. A moção recorda que “o Memorando de Entendimento celebrado com a Troika no início desta década introduziu um conjunto de agravamentos fiscais, pretensamente de caráter provisório, que pesaram - e continuam a pesar - nas finanças das famílias e das instituições” e cita os exemplos do “aumento de 6% para 23% da taxa de IVA que incide sobre a iluminação pública e de 6% para 13% no que respeita a refeições escolares”. O documento destaca que para além “dos encargos dos Municípios com a Iluminação Pública, por via do aumento do IVA, é ainda agravado com o pagamento inadmissível da contribuição para o audiovisual na tarifa de iluminação”. O edil de Palmela lembra “a posição da Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre estes temas, sublinhando, até, a caricata realidade de existirem equipamentos municipais com contador autónomo, caso dos cemitérios, dos sanitários públicos, dos sistemas de rega ou dos semáforos, a pagar taxa de

audiovisual”. O agravamento da taxa de IVA, lembra foi apontada como “medida provisória, mas continua em vigor, apesar do fim do período de vigência do Programa de Ajustamento e dos resultados positivos registados pela economia, contribuindo para aumentar os encargos das autarquias, que poderiam aplicar estes valores noutras medidas e ações, em prol das suas populações e territórios” e considera “injusta e incorreta a atual aplicação indiscriminada da contribuição para o audiovisual na tarifa de iluminação pública”. Os autarcas de Palmela vêm “reivindicar que o Orçamento de Estado para 2019 reverta para a taxa mínima o valor de IVA a aplicar à iluminação pública e às refeições escolares” e “exigir a revisão da Portaria que determina a forma de financiamento do serviço público de rádio e televisão, que deverá ser justa e isentar os Municípios do pagamento da taxa de audiovisual na Iluminação Pública”.


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FIGURA DA SEMANA

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Padre Ramalho é um lutador e um verdadeiro sonhador MIGUEL GARCIA miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt

Quem o conhece diz que é o padre mais dinâmico que a comunidade católica local têm, mesmo com a idade que tem, o Padre Ramalho ainda corre de um lado para o outro. Atualmente gere toda a comunidade religiosa local mas também as várias valências que a Igreja Católica detém na vila de Pinhal Novo. Mas o grande sonho do Padre Ramalho ainda está por concretizar...

Manuel Pinheiro da Silva Ramalho mais conhecido na comunidade por ‘Padre Ramalho’, nasceu em 23 de novembro de 1938, na pequena localidade de Pombalinho, Coimbra, e desde muito jovem que se dedicou aos caminhos da fé e da igreja. A 4 de setembro de 1971 foi ordenado Sacerdote, completando já 48 anos de Sacerdócio e está a dois anos de completar as bodas de ouro sacerdotais. Durante o longo percurso realizado, o Padre Ramalho abraçou vários projetos e desempenhou algumas funções na cidade de Setúbal, que desde cedo adotou como a sua casa, e onde foi capelão do Hospital do Outão. Ainda não tinha sido criada a Diocese de Setúbal, já o Padre Ramalho tinha sido nomeado Diretor do Secretariado da Catequese na, então, Região Pastoral de Setúbal, e mais tarde a sua história de vida e de entreajuda à comunidade fez com que fosse pároco de São José, na Camarinha, também em Setúbal. Nos anos 70 o Padre Ramalho também passou pela Igreja de São Pedro, Palmela, onde assegurou vários projetos de caridade para a comunidade e onde foi padre daquela paróquia.

Outro projeto que abraçou foi o de Assistente do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar, e onde desenvolveu vários projetos de ajuda para as famílias cristãs. Nos anos 2000 há uma grande reviravolta na Paróquia da Pinhal Novo, que curiosamente têm o mesmo nome que a Paróquia onde o Padre Ramalho exerceu as funções de pároco na Camarinha, Igreja de São José, e desde 2004 que abraça os novos desafios na comunidade que conhecia todo o seu trabalho em Palmela. É também o presidente do Centro Social Paroquial de Pinhal Novo, desenvolvendo trabalho comunitário para a comunidade local, como o Centro de Dia, o Infantário e a Loja Solidária que ajuda dezenas de famílias necessitadas. Quase a completar 80 anos de idade, o Padre Ramalho ainda é um homem de Deus com fé e sonhos, e um dos seus sonhos está a ser o seu maior desafio, a construção da nova Igreja Maria Auxiliadora, que se vai situar na zona sul da vila, na zona de Vale Flores. Padre Ramalho é o eterno sonhador e um homem de lutas e causas.


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OPINIÃO

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OPINIÃO

Obras Sine Die

Bruno Grazina Membro da Assembleia de Freguesia de Pinhal Novo - PS

O projecto da requalificação do Jardim José Maria dos Santos foi pomposamente anunciado no primeiro semestre de 2016. Está prevista a repavimentação do espaço, a melhoria das acessibilidades, a transformação do lago em dois espelhos de água bem como a criação de uma bolsa de paragem rodoviária (permitindo minorar o impacto no tráfego das paragens dos autocarros). É assim um conjunto de intervenções necessárias e que podem valorizar um dos espaços onde se localizam dois dos ex-libris pinhalnovenses: o Coreto e o Busto de José Maria dos Santos. Era suposto que estas obras tivessem sido realizadas e concluídas durante o ano 2017, o que não aconteceu. Recentemente, foi dada a informação de que afinal as obras seriam iniciadas no segundo semestre de 2019. Trata-se de uma obra que à semelhança de outras (p.e. obras de limpeza da Vala da Salgueirinha, obras de qualificação faseada de alguns troços, obras de requalificação do Largo da Mitra, etc.) tem sido adiada em prejuízo das populações, sem que sejam dadas as devidas explicações. Esperemos que os responsáveis não caiam na tentação de ir adiando a execução destas obras até ao ano das eleições. É preciso ter noção que as coisas não funcionam só de 4 em 4 anos e que o adiamento de obras necessárias causa um impacto negativo na vida das pessoas. E é precisamente a melhoria da vida das pessoas que devia ser o motor de qualquer opção política e a preocupação primordial de qualquer agente decisor.

Alunos da escola de cabanas transferidos para a quinta

Insolvência do Colégio Guimarães preocupa socialistas ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

O vereador Raul Cristóvão manifestou “grande preocupação por ter conhecimento que foi declarada a insolvência do Colégio Guimarães”, onde se encontram colocadas as crianças da Escola de Cabanas, que aguarda por reabilitação. O presidente Álvaro Amaro explicou não haver razões para preocupação, pois “tem cobertura da comissão de insolvência e as crianças não estão em risco de utilização do Colégio”.

Na última sessão da câmara de Palme-

cia” e acrescentou “as crianças não es-

la, Raúl Cristóvão, vereador do Partido

tão em risco na utilização do colégio”. O

Socialista, usou da palavra para mani-

presidente da Câmara adiantou “não é a

festar “grande preocupação ao ter co-

primeira vez que acontece uma situação

nhecimento da insolvência do Colégio

destas” e lembrou “tivemos um problema

Guimarães” e onde “estão a ser coloca-

idêntico com a Pluricoop e depois de ne-

das as crianças da Escola de Cabanas,

gociarmos começámos a pagar a renda

que está a aguardar por intervenção”.

a outra instituição”.

O presidente da Câmara, Álvaro Amaro, explicou que “não há razões para preocupações, pois o contrato mantém-se e tem cobertura da Comissão de Insolvên-

ATRASO DAS OBRAS NA ESCOLA DE CABANAS

As obras da Escola Básica de Cabanas começaram em 2017, e tinham um prazo de execução de 330 dias, mas no início deste ano a empresa construtora declarou a insolvência. A Câmara de Palmela explicou que as obras da Escola de Cabanas irão ser objeto de novo concurso público, e terá uma reorganização de diferentes áreas funcionais do edifício e a qualificação do logradouro. O concurso envolve um montante de 329 mil euros e é comparticipada pelo programa Portugal 2020 O novo concurso ficou deserto e as obras da Escola de Cabanas conforme revelou a câmara, irão ser feitas por ajuste direto.


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LOCAIS

POCEIRÃO

«Eu Participo» dá frutos em Poceirão

MIGUEL GARCIA miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt

INVESTIMENTO | Será totalmente camarário o investimento que o Município de Palmela irá realizar em breve na Rua Joaquim Gomes Romão, na União de Freguesias de Poceirão e Marateca OBRA | Terá inicio em breve e com um prazo de adjudicação de 42 dias Já são visíveis no terreno as máquinas de obra e o estaleiro que foi colocado no local para que o arranque da segunda fase de intervenção na Rua Joaquim Gomes Romão, em Agualva, Poceirão. Em comunicado, a Câmara Municipal de Palmela dá conta de que a obra é um <<compromisso do programa Eu Participo>>, tendo a esta sido a obra mais votada para aquela freguesia. O mesmo comunicado enviado ao JCP refere que a obra irá ter um troço intervencionado de 500 metros e vai custar aos cofres municipais cerca de 42.900 euros. A segunda fase da obra tem um prazo de 42 dias de execução e fica assim realizado todo o asfaltamento daquela rua que teve intervenção, numa primeira fase, o ano passado.

SOLIDARIEDADE

Banco BNP Paribas dá cor ao Centro Social de Palmela

DONATILIA BRAÇO FORTE informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

ESPERANÇA | Da crise nasce a esperança de um sonho se conseguir concretizar como aquele que se concretizou no Centro Social de Palmela SOLIDARIEDADE | Com a entreajuda dos trabalhadores dos Recursos Humanos do Banco BNP Paribas foi possível dar mais cor àquela instituição Um grupo de trabalhadores do Departamento de Recursos Humanos do Banco BNP Paribas esteve em Palmela para concretizar o sonho de dar mais cor às instalações do Centro Social de Palmela. Foi durante o fim-de-semana que a instituição recebeu os funcionários daquela empresa sediada em Lisboa que arregaçaram as mangas e colocaram as mãos às obras, colorindo todos os espaços das instalações do Centro Social. O anúncio foi feito na página oficial daquela entidade bancária e o agradecimento veio, numa mensagem de agradecimento aos homens e mulheres que concretizaram a obra, deixando aquela instituição com mais cor e luz.

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ALERTAS & REPAROS

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Ligação de água da fonte, lixo e buraco sem sinalização Os alertas & recados trazem esta semana a denúncia de casos controversos em Aires e lixos nas Cabanas. A denúncia dos munícipes chegou à Câmara de Palmela e à Junta de Freguesia. Mas hoje começamos com uma denúncia que valeu a pena, pois a autarquia tomou boa conta do recado e interveio em curto espaço de tempo.

Lixo em vários locais das Cabanas “A zona de Cabanas é das mais lindas da freguesia de Quinta do Anjo e não merece ser tratada com esta falta de civismo” revela Maria de Lurdes, que lamenta que “haja tantos montes de lixo espalhados pela terra onde nasci”. A leitora não aceita que as “pessoas que espalham o lixo não sejam punidas pois estão a conspurcam o meio ambiente”. Esta leitora diz que “nunca vi tanto colchão espalhado por aí…e pergunto o que se passa nesta terra?”

Acesso a vândalos foi vedado No dia 7 de Agosto publicámos o alerto do munícipe Machado, que se mostrava preocupado com a insegurança que se verificava nas antigas instalações da Rádio PAL. O nosso leitor temia que os vândalos usassem o espaço para fazerem alguma tropelia. Este leitor volta a telefonar para manifestar a sua satisfação, que “não caiu no esquecimento, pois a Câmara colocou tapumes e cimentou as portas e janelas”. O leitor confessa a sua satisfação “por ver que o alerta deu os seus frutos”.

Cuidado com o buraco…. Ana Paula envia-nos um alerta sobre o buraco e a vala, que são um perigo para quem vem do Padre Nabeto para aceder à EN. Diz esta leitora “um dia ainda acontece aqui uma desgraça, pois o buraco está ali desde o Inverno e não está sinalizado”. Quando a noite cai, acrescenta a leitora “a escuridão é total e acho que devia pôr-se ali uma vedação ou um sinal para alertar para o perigo”.

Água da Fonte de Aires usada para “regar terreno privado” Manuel Pinto enviou-nos um alerta, que só publicamos nesta edição, já que a pessoa visada foi à reunião da Assembleia de Freguesia de Palmela, onde se manifestou “muito ofendida” porque a Junta chamou a GNR por usar a água da Fonte de Aires para “regar o terreno”. A moradora em causa colocava uma bomba e segundo referiu “a água não era para usar na piscina, mas para regar o terreno”. A “ofendida” terá explicado que não tinha conhecimento que não podia usar a água da Fonte de Aires, pois sempre o fez ao longo dos anos. Mas tal como refere o leitor Manuel Pinto “o regabofe do uso da água da fonte continua, pois chegam ali com carrinhas de caixa aberta carregadas de bidons e garrafões, que enchem a bel prazer, sem que ninguém lhes chame a atenção”. Este morador garante “a água que vem da mina até deixa de correr”.


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NUMA BANCA PERTO DE SI TODAS AS SEMANAS.

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NOTICIAS DE SETÚBAL

Eleitos lembram carências do território Aniversário da Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra A Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra assinalou o 33º aniversário, no dia 5 de Outubro, onde os eleitos alertaram para algumas carências, como “a falta de saneamento básico em 50 por cento do território”. A falta de transportes públicos para Setúbal e a falta de acesso a cuidados de saúde são outros alertas lançados pelos eleitos, que lembram que “a população desta freguesia paga o IMI à taxa máxima e também é setubalense”.

Sinistralidade em Setúbal

Centristas querem soluções para travar aumento ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

Os deputados do CDS-PP Nuno Magalhães e Hélder Amaral defendem soluções que possam contribuir para mudar a tendência crescente de maior sinistralidade no distrito de Setúbal. Os centristas alertam para o aumento de vítimas mortais no Distrito de Setúbal, de 53 para 68, o que torna urgente a implementação de medidas específicas.

Os deputados centristas querem saber se o Ministério da Administração Interna tem algum estudo ou avaliação que “permita identificar quais os principais motivos para o aumento da sinistralidade rodoviária, nomeadamente no distrito de Setúbal”. Os dois deputados, Nuno Magalhães e Hélder Amaral revelam que “o aumento de vitimas mortais no Distrito de Setúbal, de 53 para 68, em termos homólogos, torna urgente a implementação de medidas específicas que possam contribuir para mudar a tendência crescente de maior sinistralidade neste distrito”. Os deputados centristas lançam o repto para “saber por que razão as medidas anunciadas pela tutela para reduzir a sinistralidade nas estradas portuguesas, medidas que deveriam estar implementadas até ao verão de 2018, ainda não foram implementadas, e quando serão concretizadas”. Para os centristas “o estado de degradação das vias e a sinalização deficitária no Distrito de Setúbal, são certamente um fator que contribui significativamente para o aumento da sinistralidade” e lembram que o “Estado deve garantir condições de segurança nas estradas, potenciando desta forma um ambiente rodoviário pacífico e amigo dos condutores”, mas “as medidas anunciadas pelo Governo, na sua grande maioria, não avançaram e as poucas medidas tomadas não sortiram qualquer efeito na redução da sinistralidade”.


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ECONOMIA

Novo aeroporto no Montijo garantirá infraestruturas exigidas pela autarquia CARMO TORRES informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

AEROPORTO | Nuno Canta confiante no processo de negociações entre a ANA Aeroportos e o Governo para a implementação do aeroporto complementar na BA6 EXIGÊNCIAS | As questões relacionadas com as infraestruturas exigidas pela Câmara Municipal do Montijo estão garantidas

O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, garantiu que “as negociações entre o Governo e a ANA estão quase concluídas, e vão no sentido de contemplar tudo o que a autarquia do Montijo tinha exigido à ANA Aeroportos, em termos de infraestruturas, com quem já confirmámos essa questão”. Em declarações ao JCP, o autarca referiu ainda que “voltar a ponderar a localização do aeroporto no campo de tiro de Alcochete não se coloca. Era uma opção do Governo português que tinha como base um investimento comunitário e governamental, e que foi abandonada pelo Governo de Passos Coelho, optando pelo uso da Base Aérea N.º 6. Colocar cenários que não existem, é sempre possível de forma académica, mas não é isso que está em discussão do ponto de vista prático.” Na defesa da opção pela BA6, Nuno Canta considera que “a Câmara Municipal do Montijo defende essa opção como um importante investimento para o país, a margem sul e claro, para o concelho. Da nossa parte sempre estivemos disponíveis para receber estes investimentos, embora com cautela, com preocupação ambiental e com preocupação pelo desenvolvimento socioeconómico das pessoas. Temos as portas abertas mas não a qualquer custo, porque tem de existir mitigação de alguns problemas e compensação de outras questões, e o compromisso de cumprir com as exigências que a Câmara Municipal apresentou desde o início do processo.” Acerca do anúncio da ANA Aeroportos sobre a diferenciação das taxas aeroportuárias para as companhias aéreas que optem pelo Montijo, “estas já estavam pensadas e terão um valor mais baixo para a BA6, o que pode aumentar o interesse destas para diminuir os custos e que, do meu ponto de vista, será a atractividade

deste novo aeroporto civil. Todos os benefícios que a empresa possa dar às companhias aéreas que optem pela BA6 é sempre importante, porque quanto mais companhias tivermos a operar neste espaço, melhor será para a península de Setúbal, e será assim também garantida uma maior segurança e uma maior capacidade aeroportuária.” O projecto do novo aeroporto complementar no concelho do Montijo poderá vir a alterar o tecido económico e empresarial do concelho, conforme Nuno Canta garante. “A ideia que nos chega é de uma prospeção por parte de potenciais investidores, com um maior interesse nestes últimos tempos. Ainda não existem projectos definidos mas há muito interesse por parte de investidores nacionais e estrangeiros. Esperamos que isso se venha a concretizar em projectos concretos. O que tenho solicitado a todos, enquanto autarca, é que esses investimentos sejam de qualidade e que permitam elevar e melhorar a cidade. Não estaremos disponíveis para investimentos de pouca relevância urbanística e que não tragam qualquer valia à cidade.” Embora ainda sem projectos concretos, a cidade do Montijo já nota uma diferença ao nível urbanístico. “Temos tido um maior número de pedidos de licenças para construção de habitação que respeitam aos loteamentos que foram licenciados entre 2001 e 2005. Nessa altura foi feito muito licenciamento urbanístico mas apenas tinha sido construído cerca de cinquenta por cento da área. A partir de cerca de 2013, a construção parou e havia outra metade desses loteamentos disponíveis para construção imediata, e são esses loteamentos que têm vindo a receber as licenças.” Por outro lado, todos os imóveis que tínhamos na cidade abandonados ou com projectos suspensos, após a grande crise de 2008, já estão a ser recuperados e praticamente todos vendidos.”


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CASOS DE POLÍCIA CRÓNICA A Esquina das Palavras

Isabel de Almeida | isabeldealmeida@jornalconcelhodepalmela.pt

Há uma justiça para os ricos e outra para os pobres? Uma é melhor do que outra?

A passada semana tem sido agitada em termos de justiça quer internamente, com o tristemente caso de Tancos, e em termos internacionais, com nítidas repercussões nacionais, o recente caso Cristiano Ronaldo, todo ele já um circo mediático ao estilo Norte Americano. Ora, se é certo que em Portugal o acesso à justiça é caro, com elevadíssimas custas processuais que oneram o particular, em especial a classe média (que vive ainda em fase de recuperação dos danos colaterais de recente crise económica à escala global, que sente ainda no respectivo orçamento pessoal o peso dos resquícios de recente austeridade “Troikiana”) e muito embora o direito ao acesso à justiça e aos tribunais se mostre consagrado no artigo 20º da Constituição da República Portuguesa, e exista um sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais onde os particulares (e mais recentemente, de forma consensual, as pessoas colectivas) com rendimentos baixos podem requerer junto dos competentes serviços da segurança social protecção jurídica que os pode isentar do pagamento de custas judiciais e mesmo do pagamento de honorários devidos a advogado, a verdade é que, como em tantos outros contextos, a teoria e a prática nem sempre andam de mãos dadas. Devido a uma discriccionariedade concedida aos Serviços da Segurança Social, existe alguma imprecisão e mesmo disparidade de critérios efectivos de apreciação e decisão dos pedidos de protecção jurídica, o que, exemplificando, poderá conduzir a que pessoas que vivam sobre o mesmo tecto, mas em economias separadas (ou seja, pessoas que partilham a mesma habitação mas entre as quais não se confundem os rendimentos disponíveis, nem existe benefício em conjunto de rendimentos auferidos) sejam encaradas friamente pelo sistema como pessoas em economia comum, levando a indeferimentos de pedidos de apoio judiciário (protecção jurídica) considerando-se a ficção legal de que se

partilham rendimentos, daqui decorrendo, desde logo, uma falha na aplicação na prática, e no caso concreto, de um Direito que se diz e se pretenderia sempre garantido constitucionalmente e de modo eficaz e indiscutível. E aqui temos, reconhecidamente, uma falha na chamada “Justiça dos Pobres” Por outro lado, temos a chamada “justiça dos ricos”, onde o poder económico permite, por um lado, suportar as elevadas custas judiciais, proceder sem penalização económica, ao pagamento de cauções que, pese embora o valor avultado, garantem a liberdade mesmo em casos de grande alarme social, com forte expressão recente na criminalidade económica e em redes de corrupção altamente organizadas, e por outro lado, permite o recurso a apoio jurídico altamente especializado, e confiado a grandes equipas de Advogados, também estes com recurso a apoio multidisciplinar bastante amplo, num modelo que arriscamos a dizer se vem “americanizando” em crescendo. Todavia, como nada é linear neste mundo, e como as generalizações implicam sempre enviesamentos de análise, também a chamada “Justiça dos Ricos” pode defrontar-se com dificuldades acrescidas que levem a descobrir novas perversidades dos sistemas judiciais. Clarificando com um exemplo concreto, independentemente do fundamento que possam ou não ter as recentes acusações dirigidas ao futebolista Cristiano Ronaldo, não é menos verdade que o facto de se ser figura pública com méritos reconhecidos nacional e internacionalmente em diversas áreas ( in casu, no mundo desportivo) é algo propício a um inegável potencial de aproveitamento genérico em termos económicos, de imagem, legal (veja-se a estratégia de defesa agressiva e mediatizada à volta dos respectivos advogados de ambas as partes, com especial destaque, diga-se em abono da verdade, para a equipa de advogados da pretensa ou alegada vítima) e mediática (assuma-se sem pudores que este caso, ainda sem o apuramento de culpados ou inocentes, já fez correr muita tinta fazendo as delícias de muitos media e de um público alvo ávido de escândalos suculentos que possam afectar figuras públicas. Sejamos intelectualmente honestos, uma acusação de crime sexual que impenda sobre um ilustre desconhecido nunca terá a repercussão ampla de um caso envolvendo uma figura pública, nem tão pouco o público consumidor de informação revelará tanto interesse, nem sequer humano, pelos contornos que possam rodear uma situação equiparada noutro extracto socioeconómico. Atrevo-me a concluir que, em bom rigor, nada é apenas preto ou apenas branco, nada é linear, e nem sempre uma justiça é melhor do que outra. Afinal, as “duas justiças”, a “justiça dos ricos” e a “justiça dos pobres” são permeáveis às respectivas perversões dos sistemas onde se desenvolvem. Ironias do destino… “Não existe opinião pública, existe opinião publicada.” Winston Churchill

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BARREIRO

População pede internamento compulsivo de agressor de mulheres A petição pública está em marcha e já conta com mais de 5.900 assinaturas, pede ao Provedor de Justiça o internamento compulsivo de Bruno Miguel Costa, que segundo várias testemunhas e vítimas, agride jovens mulheres no Barreiro, Moita e em Lisboa, sem qualquer motivo e na maior parte dos casos, sem sequer ter tido qualquer contacto prévio com as vítimas. O documento refere que o agressor, de 31 anos e residente no Barreiro terá já agredido <<mais de cem mulheres>>, levando as suas vítimas a ter de receber tratamento hospitalar para receberem tratamento médico e psicológico. A petição explica que o agressor tem <<problemas do foro psicológico – esquizofrenia>> e que <<não aceita tomar a medicação prescrita, encontrando-se frequentemente em crise psicológica>>. As queixas contra o agressor já são às centenas, durante os quinze anos que alegam que têm ocorrido as agressões e em alguns dos casos que chegaram ao tribunal, as vítimas ainda aguardam impacientemente por um desfecho de internamento daquele que já é considerado o “Monstro do Barreiro”. Algumas das queixas apresentadas pelas vítimas levaram a que fosse várias vezes detido, mas em sede de audiência é colocado em liberdade pelo juiz de instrução criminal. Em entrevista no passado dia 2 de outubro deste ano, Bruno Miguel Costa disse ao programa “Fala Portugal” que assumia todas as agressões e que “(...) é bem feito para elas (mulheres) e têm sorte de nenhuma ter aparecido morta, porque elas deviam era aparecer todas mortas”, apelidando as vítimas de <<cobras e ratazanas>>. O JCP sabe que o irmão do agressor, Fábio Costa, já terá solicitado ao Ministério Público o internamento compulsivo do irmão, mas que até agora nada foi feito por parte do tribunal. Na passada quinta-feira (4) foi marcada uma manifestação em frente do Tribunal do Barreiro, com o objetivo de dar um sinal de descontentamento pelas sucessivas decisões de libertação do agressor.

“Conhecido no Barreiro por agredir mulheres há vários anos” Bruno Miguel Costa é uma figura conhecida na cidade do Barreiro, pois as agressões a mulheres não são de agora, o agressor já se dedica à prática do crime há cerca de quinze anos. O modus operandi é sempre igual, começa por contactar as vítimas pela rede social pedindo o número de telefone e a dar a conhecer que está interessado em contacto e até diz que gosta da vítima, depois começam as ameaças de caráter sexual e com linguagem menos própria, sobretudo quando as jovens lhe respondem que <<não estão interessadas em encontros>>. Noutros casos, a vítima não tem qualquer contacto com este homem, mas segundo versões de várias pessoas, ele começa por as seguir a partir da estação fluvial do Barreiro, onde já trabalhou como segurança, estuda os movimentos destas e escolhe meticulosamente o local e o momento do ataque. A última agressão ocorreu na passada sexta-feira, 28 de setembro, quando Bruno Costa perseguiu a vítima até Lisboa e na zona do Chiado já dentro do prédio onde a jovem entrou, o homem a agrediu. A jovem foi ajudada por populares e a PSP foi chamada, mas não deteve o jovem porque não o apanhou em flagrante delito. Na sequência desta agressão, colegas da jovem realizaram a manifestação frente ao Tribunal do Barreiro, zona onde o agressor reside, e onde tem sido presente a juiz por várias vezes, sendo sempre libertado. Os populares exigem que seja ordenado o internamento compulsivo deste homem, para que possa receber o tratamento adequado à esquizofrenia da qual estará a ser tratado na secção de Psiquiatria do Hospital do Barreiro.


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Jornal Concelho de Palmela | 09 de Outubro de 2018

QUATRO LINHAS

Arbitragem muito contestada

Palmelense com 10 ganha em Lagameças

Isabel de Almeida | isabeldealmeida@jornalconcelhodepalmela.pt

O Palmelense viu-se reduzido a 10 durante 75 minutos, com o árbitro a dar vermelho direto e a assinalar grande penalidade a favor da equipa da casa, quando a falta foi cometido fora da área. A expulsão de Adi revoltou os adeptos do Palmelense, que brindaram o jogador com uma grande ovação, até porque o jogador avermelhado tinha inaugurado o marcador para os visitantes, quando estavam decorridos seis minutos de jogo. O jogo da Taça da AFS, que decorreu entre o Lagameças e o Palmelense, ficou marcado pela contestação à arbitragem, que usou critérios diferentes para situações idênticas. O Palmelense entrou forte na partida e aos 6’, na sequência da marcação de um canto, Adi marca o primeiro da partida. A equipa de Jaime Margarido pressiona e Fialho atira bomba com o guardião do Lagameças Tiago Heleno a defender para a frente e Valter Dias, na recarga marca o segundo, quando o cronómetro assinalava os 14’. Aos 15’ o árbitro assinala penalti e dá vermelho direto a Adi. Chamado a converter a penalidade, Sérgio Alegrias não falha e reduz para o Lagameças. Um chutão de Rocha proporciona um toque mágico de Filipe Fialho, que marca o terceiro para a equipa de Palmela aos 27’. O segundo golo do Lagameças nasce de uma jogada confusa na área da equipa visitante e Miguel Freitas marca o segundo para a equipa da casa aos 33’. Já a cheirar a intervalo, Vítor é agredido com um pontapé por Rúben Martins, que fica impune apesar da dureza da falta, obriga Jaime Margarido a substituir o lateral por Fábio Delgado. Quando estavam decorridos 63’ da partida, o árbitro assinala grande penalidade para o Palmelense, chamado a marcar Scara não vacila e faz o quarto para a equipa visitante. O árbitro não segue o mesmo critério e não dá qualquer cartão ao infrator.

O Palmelense saiu do campo do Lagameças com uma vitória de 4/2. O filme do jogo 02’ – Cruzamento de Rocha a obrigar Tiago Heleno a defender com o pé

04’ – Mauro José põe à prova os reflexos do guardião Lança 05’ – Rocha numa soberba investida obriga a um grande corte do capitão Sérgio Alegrias 06’ – Adi na sequência de um canto marca de cabeça para o Palmelense 14’ – Fialho atira forte para defesa para a frente do guardião da casa e na recarga Valter Dias marca o segundo 15’ – Vermelho direto para Adi e penalti a favor do Lagameças 16’ – Sérgio Alegrias chamado a converter reduz para o Lagameças 20´- Sai Valter Dias e entra Manhita no Palmelense 23’ – Edi de fora da área atira com estrondo na barra 27’ – Rocha cruza para Filipe Fialho que com um toque mágico marca o terceiro 33´- Miguel Freitas a confusão na área e marca o segundo do Lagameças 45’ – Agressão de Rúben que pontapeia Vítor com violência com o árbitro a nada assinalar 46’ – Vitor na regressa do intervalo e é substituído por Fábio Delgado 60’ – Sai Swelly e entra Luís Gabriel 63’ – Árbitro assinala grande penalidade a favor do Palmelense com Scara a marcar o quarto golo 72’ – Amarelo para Sérgio Alegrias 72’ – Sai João Casqueiro e entra João Lopes na equipa do Lagameças 75’ – Sai Rocha e entra Samith no Palmelense 82’ – Edi sai e entra Jaime no Palmelense

Nuno Cirílo “promovido” a treinador principal Pinhalnovense empata em casa Nuno Cirilo, treinador adjunto de Ricardo Cravo, foi promovido a treinador principal, e depois de ser afastado da Taça de Portugal pelo Praiense dos Açores, no regresso ao Campeonato de Portugal cedeu um empate em casa frente ao Louletano. Num jogo muito equilibrado o Pinhalnovense adiantou-se no marcador aos 40’ com golo de Leandro. Na etapa complementar o Louletano empatou, resultado que se manteve até ao final da partida. Na próxima jornada, dia 14 de Outubro, o Pinhalnovense desloca-se ao campo do Moura. Olímpico a um ponto do líder

O Olímpico do Montijo continua a faturar e está a um ponto do líder Amora, que perdeu em casa do Real por 2/0. A equipa do Montijo venceu por 1/0 o 1º de Dezembro. No próximo domingo advinha-se um jogo impróprio para cardíacos com o Olímpico a receber o Amora.


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Jornal Concelho de Palmela | 09 de Outubro de 2018

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