Jornal Concelho de Palmela | Edição 17

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Ano I | Edição n.º 17 | Preço: 0,01€ | Semanal

Diretora: Donatília Braço Forte

www.diariodistrito.pt

Título histórico fundado em 1991

16.10.2018 Terça-feira

@jornalconcelhodepalmela

EDP CONTINUA SEM LIGAR SEMÁFOROS EM BREJOS DO POÇO A Câmara Municipal de Palmela adiantou que fez o pagamento da fatura apresentada pela EDP para ligar os semáforos delimitadores de velocidade em Brejos do Poço, no Poceirão. A EDP garantiu iniciar os trabalhos na passada quinta-feira, mas os sinais luminosos continuam desligados //PÁG.4

COMUNIDADE EDUCATIVA DO CONCELHO DE PALMELA RECEBIDA COM PALAVRAS DE CONFORTO E ESPERANÇA POR PARTE DE ÁLVARO AMARO O presidente da Câmara Municipal de Palmela avançou com algumas notícias sobre os próximos investimentos que a autarquia vai realizar no seu parque escolar. Para Álvaro Amaro é importante a prioridade de investimento na educação dos mais pequenos. //P.4

Eu autarca me confesso Bruno Grazina “SERIA AINDA IMPORTANTE UM MAIOR INVESTIMENTO NAS ZONAS RURAIS DA FREGUESIA” “É necessária uma política de urbanismo que anteveja o crescimento populacional”. //P.7

SETÚBAL. Casa de Cultura comemora seis anos de existência e a renovar a dinâmica cultural da cidade sadina // PÁG. 11 MONTIJO. Debate o mistério da batata em Sarilhos Grandes depois de uma escavação arqueológica na necrópole da freguesia e que resultou em grandes descobertas // PÁG. 11 SAMOUCO. Operação de fiscalização da GNR identifica cerca de 40 mariscadores e faz várias apreensões de artefactos de pesca incluindo duas embarcações // PÁG. 13


2 // O FAROL // PÓS & CONTRAS

// EDITORIAL QUAL A LIGAÇÃO ENTRE ALCÁCER QUIBIR E AS COOPERATIVAS DE CONSUMO DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

Esta semana o meu editorial é dedicado aos homens e mulheres que na década de 70, 80 e 90 se dedicaram a uma causa de maior que era preservar e defender o pequeno consumidor nas pequenas localidades. O concelho de Palmela foi um desses concelhos que receberam de braços abertos um novo conceito de superfícies comerciais, sendo até considerada a rainha das compras locais, onde todos os Palmelenses e Pinhalnovenses já não passavam sem fazer as suas compras. Eram as Cooperativas de Consumo, locais que abriram portas nos anos 80 em Palmela e no Pinhal Novo, onde um cliente se fazia sócio e com a sua quota tinha privilégios nas compras. A Coopinhal, assim recordada e conhecida entre a população da vila de Pinhal Novo, contemplou os seus sócios com a abertura da sua primeira loja no lado sul da vila, de frente à saudosa sede do Clube Desportivo Pinhalnovense, espaço que se enchia de clientes para as suas compras do mês, semana ou mesmo do dia, que ali se iam abastecer àquela que foi uma mais-valia para a população local. Havia mesmo quem chegasse do Barreiro ou de Setúbal via ferrovia e antes de ir para o seu lar, atravessasse a antiga passagem desnivelada para peões que havia ali, perto do também saudoso café “Beira Gare”, para na Coopinhal fazer as

suas compras. Outros que tinham os filhos na classe de ginástica do Pinhalnovense aproveitavam a hora de desporto dos “gaiatos” e lá se ocupavam nas compras. Quando chegávamos às caixas para pagar a primeira coisa que a funcionária questionava era “qual o número de sócio”, lá ditávamos o número e tínhamos que puxar pela carteira para pagar as compras. Uma loja em que se encontrava de tudo, desde talho, charcutaria, frutaria etc, ali tínhamos produtos frescos e ao mais baixo preço, porque era um conceito novo dos inícios de 70, onde os bens alimentícios eram um pechincha e trazíamos os carrinhos cheios e ainda alguns escudos nas carteiras. Em 80 e 90 houve a necessidade de se investir em mais uma loja em Pinhal Novo, uma vila a crescer a nível de população e mentores que não se conhecem, apostaram na abertura da segunda loja no lado norte, ao lado do quartel dos Bombeiros Voluntários. Mas em poucos anos o desfecho seria triste e viria a dar-se com o encerramento de loja a loja. No Pinhal Novo, e no novo século, ainda tivemos a esperança de termos uma cooperativa aberta, porque a primeira loja, depois de um tempo encerrada, ainda conseguiu reabrir a balões de soro, mas rapidamente o seu encerramento se deu, situação igual à que viveu a loja de Palmela. Agora de recordações só mesmo as memórias e os edifícios, sendo que Palmela ainda conseguiu estabelecer no antigo edifício um novo supermercado que está a funcionar em pleno mas de outro grupo. Já em Pinhal Novo os edifícios estão degradados e ao abandono. Questiono-me muitas das vezes, o que fizeram para informar os sócios? Quais as explicações que deram aos sócios sobre os encerramentos das Cooperativas, ou melhor das Pluricoop. O desaparecimento destas estão envoltas num caso onde não foram dadas explicações, a fazer-me lembrar as histórias do súbito desaparecimento de Dom Sebastião, pelas terras de Alcácer Quibir.

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

// AS CRÓNICAS DA NICHA AS VEDETAS SÃO ASSIM! FÁTIMA BRINCA

As primeiras Festas Populares do Pinhal Novo foram organizadas por alguns “carolas”, entre eles José Calado, actual vereador e presidente dos Bombeiros de Pinhal Novo, o presidente da Junta de Freguesia, José Carreira Agostinho e o presidente da Câmara de Palmela, Carlos de Sousa. O programa dos festejos foi organizado em tempo recorde e traduziu-se num enorme sucesso. Nos bastidores aconteceram alguns episódios caricatos e aqui recordamos um, que teve como protagonista uma fadista de Lisboa, que mostrou a parte mais negativa de vedeta. A noite de fados foi agendado para o Salão dos Bombeiros Voluntários do Pinhal Novo. A vedeta veio acompanhado de um enorme staff, onde não faltavam seguranças, músicos e técnicos de som. Antes da actuação da fadista nacional iriam cantar alguns dos fadistas da região. Mas quando o espetáculo estava para começar a vedeta nacional resolveu

que não fechava, mas sim que cantaria em primeiro lugar, talvez motivada pelo facto da sala estar superlotada, mas alegando que tinha uma atuação em Espanha. O staff já tinha a aparelhagem toda montada e a fadista lá cantou. Mas os seus ares de vedetismo vieram a tona, quando, após actuar, não deixou usar a aparelhagem. Nem a intervenção de Carlos de Sousa, que se prontificou a pagar o som, foi aceite pela fadista, que tinha tanta pressa em actuar, mas ficou a ouvir os outros artistas, enquanto comia. No final os fadistas da região deram um enorme show terminando com uma desgarrada, em que a fadista lisboeta também quis participar. Os artistas locais deram uma verdadeira lição de profissionalismo à fadista lisboeta, que no final pediu desculpa pela sua atitude de vedeta. Enfim, um episódio, que ficou na história das primeiras Festas Populares de Pinhal Novo.

// RECORDAR PARA VIVER SECA ADEGAS … FALTA HOMENAGEAR ESTE SANTUÁRIO A antiga loja do Silva da Palhota faz parte da história desta zona rural do concelho. Com 104 anos de existência, a Seca Adegas foi mercearia, depósito de pão e taberna, nos tempos em que as compras (avios) eram feitos ao rol e pagos com as colheitas das uvas. Nos sábados realizava-se a praça, onde os proprietários

recrutavam os trabalhadores, se fazia a venda dos legumes, do peixe, das frutas e da carne. Hoje a taberna Seca Adegas é um estabelecimento com recordações à mistura de petiscos e de um vinho de grande qualidade, ali na zona do Lau.

Ficha técnica: Diretora/Editora: Donatília Braço Forte | Redação: Carmo Torres / Isabel de Almeida / Pedro Carvalho / Júlio Duarte / João Aguiar Cadete / Elsa Peres | Colaboradores: Augustos Vinagre / Bruno Grazina / João Estróia / Joaquim Gouveia / Roberto Cortegano | Direção de arte & design: BM | Serviços Administrativos: Paulo Martins | Distribuição: DD DistNews | Proprietário e editor: PRESSWORLD MEIOS DE COMUNICAÇÃO & INFORMAÇÃO UNIP. LDA. | NIPC: 514 965 754 | Sede da redação: Rua do Anselmo, AP 94, 2955-999 Pinhal Novo. Tel.: 213 362 317 | Morada: Rua do Anselmo, AP 94, 2955-999 Pinhal Novo | Detentores de 5% ou mais do capital da empresa - JDGN (100%) | E-mail redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt | E-mail publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt | E-mail geral: geral@jornaconcelhodepalmela.pt | Impressão: Gráfica Diário do Minho - Rua de S. Brás, n.º 1 – Gualtar – 4710-073 Braga | Tiragem: 10 000 (média semanal) \ Registo ERC: 127135 | Depósito Legal: 442609/18


O FAROL // POLÍTICA // 3

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

Mais de duas dezenas de equipamentos

ELEITOS DO MIM VISITAM ESPAÇOS MUNICIPAIS ELSA PERES

ELSA.PERES@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

Os eleitos do MIM, acompanhados do vereador José Calado, promoveram uma maratona de visitas aos equipamentos municipais, onde referem que “fomos muito bem recebidos pelos trabalhadores e disponibilizámos os nossos serviços para o que for necessário”. O vereador do MIM, José Calado, confessou a sua satisfação porque “todos os trabalhadores municipais ficaram agradados com a nossa ação, que decorreu durante dois dias com a visita a 22 espaços”.

O vereador José Calado e os eleitos do MIM realizaram uma maratona de visitas às instalações da Câmara Municipal de Palmela, nos dias 10 e 11 de Outubro. As visitas começaram no primeiro dia aos Armazéns Gerais e Canil Municipal, ao edifício dos Paços do Concelho e Proteção Civil, ao Gabinete de Planeamento Estratégico, ao Aprovisionamento, Recursos Humanos, Gabinete Jurídico, Cine Teatro S. João, Gabinete de Organização e Sistemas de Informação, Biblioteca Municipal de Palmela, Departamento de Ambiente e Gestão Operacional do Território, Divisão de Administração Urbanística e CRP de Palmela. No dia 11 de Outubro as visitas continuaram ao Património Cultural e Castelo de Palmela, ao Gabinete do Centro Histórico, à Divisão de Comunicação Turismo e Economia Local, ao Gabinete de Atendimento da Quinta do Anjo e CRP de Quinta do Anjo, à Divisão de Educação e intervenção Social, à Biblioteca Municipal de Pinhal Novo e Auditório Municipal de Pinhal Novo, ao Mercado Municipal de Pinhal Novo, ao Atendimento Municipal, Loja do Cidadão e CRP de Pinhal Novo,

ao CPCJ de Pinhal Novo, ao Centro Cultural do Poceirão, à Biblioteca Municipal de Águas de Moura e ao Centro Cultural. O vereador José Calado garante “encontrei gente muito simpática, acolhedora e que nos recebeu muito bem”. As visitas, garantiu o autarca, “serviram para ficarmos a conhecer melhor todos os espaços e disponibilizámo-nos para receber todas as sugestões dos trabalhadores”. Por outro lado, sublinhou “também os trabalhadores ficaram a conhecer-nos e a saber que podem contar com o MIM para o que precisem”. As visitas do vereador José Calado foram acompanhadas por Mário Baltazar, eleito na Assembleia Municipal e na Freguesia de Palmela, Elsa Santana, eleita na Freguesia de Pinhal Novo e Palmira Hortense, assessora e vereadora substituta do MIM.


4 // O FAROL // ATUALIDADE

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

População acusa a autarquia de Palmela de esquecimento

Receção à comunidade educativa

SEMÁFOROS DELIMITADORES DESLIGADOS HÁ MAIS DE SEIS MESES

PRESIDENTE DA CÂMARA CONSIDERA QUE A EDUCAÇÃO É SEMPRE UMA PRIORIDADE

MIGUEL GARCIA

MIGUEL.GARCIA@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

// BREJOS DO POÇO

ELSA PERES

SEGURANÇA RODOVIÁRIA | A via municipal liga a localidade de Brejos do Poço, Poceirão, à Aldeia Vinhateira de Fernando Pó, Marateca, onde o último acidente ocorreu a poucos metros da sinalização colocada pela Câmara de Palmela e registou um morto. SEMÁFOROS DESLIGADOS | Na altura o assunto foi levado a reunião pública do Município de Palmela e o vereador Adílio Costa anunciou a “boa nova” da colocação de semáforos delimitadores de velocidade naquele local, mas que até hoje continuam desligados.

O presidente da Câmara Municipal de Palmela continua a considerar que a Educação “é sempre uma prioridade para nós seja em que mandato for”. O recado foi dado na receção à comunidade educativa, que se realizou na passada quinta-feira, na Escola José Saramago, no Poceirão.

A obra foi iniciada aquando da colocação dos semáforos do Vale da Vila e da Estrada dos Espanhóis em Pinhal Novo, com sinalização vertical colocada em três pontos do concelho, nas freguesias de Pinhal Novo e União de Freguesias de Poceirão e Marateca. Passado algum tempo dava-se início à ligação elétrica dos sinais em Pinhal Novo e Vale da Vila, ficando para trás a sinalização dos Brejos do Poço, Poceirão. O JCP foi contactado por alguns moradores que nos adiantaram que os <<semáforos foram colocados naquele local há seis meses atrás>> e a partir dessa data nada mais fizeram na obra. O JCP contatou com a Câmara Municipal de Palmela que nos explica que foi <<solicitado um orçamento à EDP para a ligação dos semáforos de Brejos do Poço>> pedido esse realizado no passado dia 19 de fevereiro do decorrente ano, e só a 15 de junho é que a <<EDP enviou o orçamento >> para a autarquia de Palmela. A nota explica ainda que a 28 de junho a Câmara Municipal adjudicou o serviço e o pagamento da fatura à EDP é realizado no dia 3 de setembro, data em que

ELSA.PERES@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

chegou o documento ao Município. A Câmara de Palmela atribui o atraso da ligação à empresa de eletricidade – EDP – afirmando

“O atraso deve-se, portanto, à incapacidade da EDP de responder a todos os pedidos”. O JCP contactou a EDP que nos adiantou que os trabalhos de ligação dos semáforos foram realizados na passada quinta-feira (9), referindo que o <<atraso na ligação>> deveu-se à localização de um dos postes envolvidos no projeto relativamente ao armário que servirá a instalação, porque o equipamento estava localizado num terreno privado e teve que ser deslocalizado para outro ponto. O JCP sabe no entanto que as obras por parte da EDP para ligar a rede elétrica aos semáforos ainda não foram realizadas.

A Escola José Saramago, no Poceirão foi este ano o loca escolhido para a receção à comunidade educativa, onde participaram professores, alunos, autarcas e presidentes das juntas de freguesia do concelho de Palmela. A iniciativa contou com momentos simbólicos como a homenagem aos aposentados e a atuação de alunos, que mostraram que as velhas embalagens de líquidos se podem transformar em objetos musicais. O presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, saudou todos os professores com destaque para os que vieram de novo, que “aqui se reúnem para assinalar de forma simbólica o início do ano letivo”. O autarca referiu “para nós seja em que mandato for a Educação é sempre prioridade” e destacou as obras do parque escolar, em que a câmara tomou a decisão de “ampliar, qualificar e adaptar as nossas escolas, que vai muito para além das obras”. Álvaro Amaro deu nota das quatro candidaturas realizadas, com as

obras realizadas nas escolas de Águas de Moura e Aires, que “estão concluídas” e nas escolas Matos Fortuna e Cabanas, que “continuam a decorrer” e que incluem “investimentos no montante de 2,450 milhões de euros”. O presidente da câmara prometeu continuar a apoiar a educação em todas as áreas, com destaque para os transportes escolares das crianças, considerando que “Palmela é o município da Área Metropolitana de Lisboa que mais gasta na mobilidade” e terminou confessando “somos pioneiros na descentralização, mas temos alguns receios em relação à funcionalidade para que não dê maus resultados, não sendo apenas uma questão de recursos financeiros”.


Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

O FAROL // PUB // 5


6 // O FAROL // SOCIEDADE / OPINIÃO

// OPINIÃO Primeiro ano de mandato CARTA ABERTA AOS PINHALNOVENSES Caros Pinhalnovenses, Dirigo-me a vós como membro da Assembleia de Freguesia de Pinhal novo, passado que está o primeiro ano deste mandato, que é tambem o meu primeiro ano como autarca, por entender que tenho o dever perante a população e mediante as funções de interesse público que desempenho, de dar a conhecer o tipo de gestão que verifico na nossa Junta de Freguesia de maioria CDU. Faço-o desta forma aberta, por verificar ao longo deste ano, que a fraca afluência nas assembleias de freguesia não permitirá à população em geral avaliar com clareza o desempenho daqueles que decidem politicamente o destino de Pinhal Novo. Não são boas novidades, e se já esperava ou fazia uma ideia de como é efetuada a gestão por este executivo, ao fim de um ano de participar na Assembleia de Freguesia devo dizer-vos que ainda é bem pior do que aquilo que imaginava. É de facto muitas vezes surreal como as preo-

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

cupações e dificuldades da população são tratadas por esta maioria displicente que se julga imune a prestar explicações claras, assumindo a atitude do eu quero posso e mando, demonstrando falta de preparação e muitas vezes ignorância sobre o que se passa na própria freguesia. A começar pelo orçamento para o presente ano, instrumento de maior importância para a gestão da freguesia, coloquei na assembleia da sua aprovação várias dúvidas por em comparação com orçamentos anteriores, não se verificar um aumento de investimento em áreas como reparação e conservação de escolas, calçadas, manutenção dos aceiros, ou equipamentos lúdicos desportivos, ao contrário do que apregoam. O que se aprovou para o presente ano apenas mantém a estagnação habitual, nada trouxe de novo ao Pinhal Novo nem caminha na resolução dos principais problemas da população. Como se tem visto no decorrer do ano, os problemas com a limpeza de bermas e manutenção de aceiros nas zonas rurais aumentaram, e não se notam quaisquer melhorias noutras áreas da competência da Junta de Freguesia. Não se ambiciona qualquer inovação ou criatividade na obtenção de receitas próprias através de ações realizadas nos espaços próprios da Junta de Freguesia, e que lhe permita criar meios financeiros para realizar projetos em prol da população, sendo eu como eleito pelo PSD/CDS-PP o unico a votar contra este orçamento que foi aprovado pela maioria CDU, mas onde o partido da oposição com mais representantes na assembleia de freguesia, o PS, se absteve e vai fingindo de vez em quando fazer oposição, mas viabilizando as opções da CDU. Como resposta a estas dúvidas, obtenho muitas vezes por parte do executivo, na pessoa do Sr. Presidente da Junta, respostas como “eu

não percebo nada de contabilidade, mas se o número está ai é porque está bem!”, sem haver ninguém do executivo que responda ou auxilie nestas questões, aliás, uma parte do executivo da junta nem costuma marcar presença nas assembleias de Freguesia. Penso que os Pinhalnovenses merecem mais respeito e consideração por parte de quem elegeram para defender os seus interesses, e exigem destes um pouco mais do que a sua dedicação e presença assídua nas festas da freguesia. Na delegação de competências entre a Camara Municipal e a Junta de Freguesia também nada se alterou, nem ao nível do aumento das competências delegadas, como a manutenção de espaços verdes e a limpeza urbana por exemplo, que continuam a depender da Câmara Municipal, nem ao nivel das verbas financeiras para as competencias que já pertencem à junta de freguesia, onde tudo se manteve na mesma, sendo que ainda reduziram (?) ligeiramente na manutenção e reparação de escolas do ensino básico. Quando colocados ao executivo problemas tão recorrentes na freguesia como a limpeza urbana, espaços verdes, rede viária ou mobilidade, somos muitas vezes confrontados com a resposta de que “isso é competência da Câmara” (é sempre bom ver a CDU desculpar-se com… a CDU) ou “vamos tentar obter informações”, sendo que as informações raramente chegam. A juntar a isto, temos ainda obras importantes previstas na freguesia para 2019 por entidades autónomas como as Infraestruturas de Portugal que já são do conhecimento da Câmara Municipal assim como da população interessada, e que a Junta de freguesia ao ser questionada assume o total desconhecimento das mesmas. Isto acontece, por exemplo, com uma passagem inferior (túnel) que está prevista ser efectuada entre a Rua Alvares Cabral e a Rua do

Alentejo, cujos moradores ficaram “presos” entre as linhas de comboio e pretendem reaver há mais de 15 anos o acesso de carro ao Pinhal Novo que lhe foi retirado quando do encerramento das passagens de nível, mas que está agora a ser projectada pela infraestruturas de Portugal para 2019 como passagem apenas pedonal (conforme a própria empresa indica quando questionada). Isto com conhecimento da Câmara Municipal que tem prestado esta informação quando questionada em reuniões públicas. Mas quem continua a nao saber de nada e a andar à procura de informações é a Junta de freguesia de Pinhal Novo! Tenho questionado sistematicamente o executivo da Junta de Freguesia em todas as assembleias e continuo à espera de informações. No entanto o senhor Presidente da Junta, que não sabia de nada e conheceu esta situação apenas pela minha insistência, não se coíbe de aparecer na comunicação social falando neste assunto como sua grande preocupação! Se está assim tão preocupado, devia saber aquilo que toda a gente já sabe, e devia estar já a atuar na defesa dos interesses da população. Caros Pinhalnovenses, não é fácil lutar contra este tipo de poder instalado. Um ano depois de ser eleito, o Pinhal Novo não está melhor, nem segue um melhor caminho. No entanto não desistirei de mudar o rumo e garanto-vos que podem continuar a contar comigo para defender os interesses de todos os PInhalnovenses, com a força e capacidade que me foi por vós confiada. Depende de vós o aumento desta força. Conto convosco. Roberto Lopes Cortegano Líder da bancada da coligação PSD/CDS-PP na Assembleia de Freguesia de Pinhal Novo Vice-Presidente do PSD Palmela

// FIGURA DA SEMANA É... NUNO GIL

O MARINHEIRO QUE SE ENCANTA PELA DOÇARIA REGIONAL DONATILIA BRAÇO FORTE

INFORMACAO@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

Sempre sentiu o “bichinho” pela atividade hoteleira e restauração, até que certo dia decide abraçar a profissão que tem hoje, fazendo maravilhas na doçaria regional. Nuno Gil é a figura desta semana no JCP

Nuno Gil é uma figura incontornável do panorama da doçaria regional, responsável por alguns dos doces que melhor identificam a região de Palmela . O chef Gil é um dos nomes que ficará para sempre associado à defesa e promoção do património gastronómico regional – Palmela e Setúbal, pelos muitos pastéis que tem criado com sabores diversos e pela defesa da tradicional fogaça de Palmela, doces que dão a conhecer do que melhor há nos concelhos de Palmela e Setúbal. Mas os objetivos de Nuno Gil vão mais além destes dois concelhos, e sempre a pensar no próximo doce a apresentar, o chef não pára, colocando as suas ideias no forno e a surpreender os fãs da sua doçaria.

Muito recentemente apresentou um novo pastel dedicado ao rei da cidade de Setúbal, o Choco. Nuno Gil pegou em ideias e dentro de muitas dessas surgiu o Pastel de Choco, misturando sabores de batata-doce com o ferrado do choco e o produto final não poderia ser melhor, um doce de comer e chorar por mais. Mas nem só os pastéis e fogaças fazem parte do leque de trabalhos de doçaria do Chef Gil. Em 2016 nasceu uma parceria entre a Confeitaria S. Julião e a Quinta do Piloto, de cuja conjugação nasceu o Bombom Moscatel, um produto também ele feito de muita imaginação e dedicação que tem deliciado quem o prova. Foi em 1992 que Nuno Gil se iniciou na atividade hoteleira e restauração. Confessa que antes dessa data o “bichinho” já morava consigo e na altura abandonou a vida militar na Marinha Portuguesa e passou a ingressar nas escolas de especialidade – em Setúbal e Lisboa – na que seria para ele mais uma aventura.

Algum tempo mais tarde o Chef é convidado para integrar uma formação para ativos, promovida pela Câmara Municipal de Palmela, formação que viria a mudar a página da gastronomia na região. Nuno Gil apresentou ideias ao então presidente, Carlos Sousa, e a partir dessa data nunca mais parou com o desenvolvimento da doçaria regional. No seu curriculum, o mestre conta com um leque vasto de doçaria como o Pastel Santiago, Pastel Moscatel, o D. Filipe, os Palmelenses, os Caramelos, Pastel de Maçã Riscadinha e agora recentemente o Pastel Choco, para além do Bombom de Moscatel que foi apresentado em novembro de 2016. Também muito recentemente o Chef apresentou um novo pastel nas comemorações do aniversário da Marateca. Nuno Gil é um Chef pasteleiro que coloca o saber, a arte e dedicação nos produtos que deliciam quem os prova.


O FAROL // EU AUTARCA ME CONFESSO // 7

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

SOCIALISTA BRUNO GRAZINA DEFENDE NOVA POLÍTICA DE URBANISMO

DR

ELSA PERES

ELSA.PERES@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

Bruno Grazina, eleito na Freguesia de Pinhal Novo pelo Partido Socialista gostava que se avançasse com a construção do mural/monumento para a colocação do antigo arco da estação e defende “é preciso uma política de urbanismo que anteveja o crescimento populacional que irá surgir com a criação do novo Aeroporto no Montijo”. O jovem socialista Bruno Grazina, eleito na Freguesia de Pinhal Novo, traça objetivos e defende medidas para o território, onde o futuro aeroporto no Montijo terá influências no território do concelho, com especial incidência na maior freguesia. Jornal Concelho de Palmela – Qual o balanço que faz deste primeiro ano do mandato? Bruno Grazina - Creio que as últimas eleições autárquicas alteraram por completo o quadro político da freguesia de Pinhal Novo. Pela primeira vez houve mais eleitores a votar pela mudança do que aqueles que votaram pela continuidade da CDU no poder, atribuindo a esta coligação o pior resultado de sempre na Freguesia. Contudo, por força da dispersão de votos nas várias candidaturas que pretendiam mudança em conjugação com o facto da atribuição de mandatos ser feita pelo método da média mais alta D’Hondt, a CDU continuou com maioria absoluta na Freguesia. Registou-se ainda uma preocupante taxa de abstenção, que se cifrou nos 57,01%. Na prática, apenas 18,89% dos eleitores inscritos votaram de facto na CDU. Os restantes 81,11% não votaram ou votaram noutras candidaturas. Isto é representativo? Creio que não. Não obstante, o Executivo da Junta de Freguesia e a Mesa da Assembleia de Freguesia continuam a ser “monocolores”. Os protagonistas já denotam algum cansaço (quer em ideias quer na execução das mesmas) e creio que estas questões implicam que até ao momento se tenham registado poucas diferenças em relação aos mandatos anteriores naquelas que são as políticas fulcrais para a Freguesia. Isto apesar da oposição (e em particular a equipa dos eleitos do PS) ser bastante activa e participativa, apresentando constantemente reparos a diversas ocorrências e propostas como a realização de Assembleias de Freguesia descentralizadas (e a sua transmissão em directo na net), a actualização do site e páginas nas redes

sociais, a abertura à intervenção dos vários grupos de eleitos nos eventos institucionais da Junta de Freguesia, no fundo propostas que visam uma maior proximidade, transparência e abertura da governação local, bem como um reforço do peso político da própria Assembleia de Freguesia, que na minha opinião continua a ser escasso. E isso verifica-se empiricamente: todas estas propostas que referi foram aceites por unanimidade mas, infelizmente, tardam em ser executadas. “Construção do mural/monumento com o antigo arco da ponte”(subtítulo) JCP – Que problemas gostaria já de ter visto resolvidos? BG - Aquilo que qualifico como os problemas estruturais da Freguesia e que, alguns, mesmo não dependendo directamente da autarquia, poderiam já ter sido resolvidos se existisse maior diálogo e cooperação institucional. A questão da Vala da Salgueirinha, a criação de alternativas ao trânsito na Nacional 252, a existência de cerca de 90km de aceiros na Freguesia, o debate sobre a possível deslocalização/desmantelamento da Torre Cottinelli Telmo de forma a que a Estação Ferroviária possa funcionar em pleno com as 6 linhas que foram projectadas, a construção do mural/monumento com o antigo arco da ponte e a reabilitação do edifício Santa Rosa são várias das questões que já se colocam há bastante tempo. Tempo mais que suficiente para terem sido tomadas providências no sentido de debate e de execução de soluções. JCP – Que projetos gostava de ver concretizados nos próximos meses? BG - A curto prazo creio que seria importante resolver os problemas das recolhas de resíduos sólidos urbanos e monos que se têm registado na freguesia e no concelho. Talvez fosse de considerar um reforço e/ou uma mudança das entidades que actualmente detêm a adjudicação da execução desses

serviços em outsourcing. Também no imediato poderiam ser aproveitadas as condições meteorológicas favoráveis para a realização de reparações e repavimentações da rede viária, antes que chegue o Inverno e as condições climatéricas agravem o estado dessas vias. Seria ainda importante um maior investimento nas zonas rurais da freguesia. Há muitos locais que parecem esquecidos e seria fundamental que tivessem um maior acompanhamento autárquico. A médio prazo seria importante uma mudança do paradigma das políticas autárquicas de urbanismo. É preciso uma política de urbanismo que anteveja o crescimento populacional que irá surgir com a criação do novo Aeroporto no Montijo. A tendência do crescimento tem sido sobretudo através da construção de novas habitações, mas não podemos descurar a existência de zonas com habitações devolutas na vila de Pinhal Novo. Creio que é necessária intervenção da autarquia no sentido de obter um equilíbrio do parque habitacional e a criação de um programa de apoio e incentivo à reabilitação urbana seria um bom ponto de partida. “Falta de ideias e de ‘energia’ de responsáveis da CDU” (subtítulo” JCP – A atual maioria da Câmara tem contribuído para uma melhor gestão no concelho de Palmela? BG - Creio que os eleitos do actual Executivo da Câmara Municipal de Palmela têm melhor preparação e mais capacidade que muitos eleitos de Executivos de mandatos anteriores. O PS tem procurado dar o seu contributo de forma responsável e ponderada, apresentando propostas e acções diferenciadoras. Contudo, o Executivo continua a ser maioritariamente composto por membros da CDU. E acredito que o facto de alguns desses responsáveis da CDU já exercerem funções políticas há sucessivas décadas geram a falta de ideias e de “energia” que se sentem por todo o Concelho. JCP - Que análise faz do trabalho da descentralização das competências? BG - Não encaro a questão da descentralização de competências como um bicho-papão. A descentralização permitirá dar respostas com maior proximidade para as populações e isso traz possibilidades de realização de um trabalho muito positivo. Penso que os trabalhos legislativos decorreram e continuam a decorrer com toda a normalidade, ouvindo as várias entidades interessadas, procurando chegar à melhor produção legislativa possível. Mas seria importante que houvesse mais acção das freguesias e dos municípios no processo. Sinto que muitas autarquias estão a acompanhar os acontecimentos de

braços cruzados e vão simplesmente apontando o dedo de vez em quando. Podiam e deviam assumir um papel mais proactivo no processo. É preciso avaliar as necessidades dos territórios e a capacidade de cada entidade para dar respostas, sendo também fundamental contabilizar quais as necessidades orçamentais desde já. Posteriormente será fácil a estas autarquias dizerem que as verbas não serão suficientes. Mas de facto nenhuma terá contabilizado previamente quais as verbas necessárias. A criação de comissões de acompanhamento da descentralização de competências no município e nas freguesias seria a minha sugestão para fazer esse trabalho desde já. JCP – Quais as expetativas do novo executivo da JF de Pinhal Novo? BG - Tendo em conta que a composição do executivo é praticamente a mesma do mandato anterior não qualificaria propriamente este executivo como “novo”. Não tenho dúvidas que todas e todos os membros do executivo exercem as suas funções com boas intenções e boa vontade. Mas isso não chega. Creio que tem sido visível que existe muita falta de preparação e “bagagem” em muitas matérias. É visível o desconhecimento e falta de informação constantes sobre temas importantes. Muitos desses mesmos temas foram debatidos em reuniões de mandatos anteriores onde estive presente e tenho memória e informação sobre os mesmos. Às vezes pergunto-me como é que é possível que eu me recorde dessas informações e quem exerce um mandato a tempo inteiro (e é remunerado por isso) não esteja dentro dos assuntos. Em suma, acho que a CDU presta um mau serviço público às populações em todo o concelho e o Pinhal Novo é a vanguarda dessa má gestão. Gostaria de ver a vila onde nasci e sempre vivi na vanguarda por bons motivos e não apenas pelos maus. Assim, há que continuar a tentar fazer com que isso mude. JCP – Uma frase que defina a freguesia de Pinhal Novo…. BG - “Pinhal Novo a cidade e a concelho!” Currículo Nome: Bruno Grazina Idade: 27 anos Cargos que já ocupou: Membro da Assembleia de Freguesia de Pinhal Novo (2017-actualmente), membro da Assembleia Municipal de Palmela (2013-2017), Presidente da JS Palmela (2012-2015), membro da Comissão Política Concelhia do PS Palmela (2009-2017), membro do Secretariado do PS Palmela (2011-2017), membro do Conselho de Escola da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2013-2014).


8 // O FAROL // ALERTAS & RECADOS

PONTOS NEGATIVOS “SALVOS” PELA ARTE DE RUA Os Alertas & Recados não se ficam apenas por situações negativas. Felizmente também há pontos positivos, que registamos com satisfação. Mas comecemos pelas situações negativas….

TRÂNSITO PÁRA, ARRANCA E VOLTA A PARAR

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

A MODA LAMENTAVELMENTE PEGOU… E VIROU LIXEIRA

A moda nem sempre funciona pela positiva. O que se passa na Rua Afonso de Albuquerque, no lado sul do Pinhal Novo, é de bradar aos céus. Os contentores enchem-se e os moradores (ou não) colocam os resíduos à volta, criando verdadeiras lixeiras. A imagem é elucidativa e obriga a perguntar: que se passa para tanto lixo? Quem souber que responda ou melhor atue para evitar estas imagens negativas.

CONTENTOR FORA DO SÍTIO

Os condutores exigem uma solução urgente para acabar com o engarrafamento na nova rotunda na Volta da Pedra. Quem realizou as obras “esqueceu-se” que havia um estreitamento junto à casa dos pneus, onde existe a paragem dos autocarros. E os condutores sofrem a bom sofrer, quando o autocarro estaciona para receber e deixar os passageiros. Todo o trânsito pára face à rua estreita. Na hora de ponta é uma verdadeira tragédia, no pára, arranca e volta a parar. Os autarcas já foram alertados e na última Assembleia Municipal, o presidente Jorge Mares pediu a intervenção da Câmara.

O nosso leitor Miguel lança um pertinente alerta: “ali na rua para a estação de Palmela está um contentor à beira do pinhal, onde ninguém mora e 200 metros mais à frente falta, pelo menos, mais um contentor”. E lança o repto: “será que os serviços de fiscalização ainda não viram esta situação?” Também a dona Elvira Santos refere “tenho uma familiar que mora perto da Quinta do Corvo e tem que percorrer algumas centenas de metros para despejar o lixo. Lá mais à frente está um contentor no pinhal, quando se vira para a Urbanização Casas da Quinta, que não serve ninguém”.

ARTE DE RUA EMBELEZA QUINTA DO ANJO

IMAGEM DEGRADANTE E ANTI AMBIENTAL

Mas este concelho também tem, felizmente, coisas lindas e que temos que destacar. O Manel Montanhão, gosta de ser assim conhecido, fez questão de nos enviar duas obras de arte, referindo “a minha aldeia está linda e é um exemplo de imagens que deviam ser aplicadas em outras zonas”. A iniciativa do MAU, que apostou na arte urbana e transformou paredes feias e degradadas em verdadeiras obras de arte, na aldeia da Quinta do Anjo. “Um exemplo a seguir…” é o desafio do Manel Montanhão.

Gabriel Melo utiliza o comboio, que apanha na estação de Palmela, confessa a sua revolta “este carro queimado está ali há mais de dois meses. Um vizinho meu já reclamou junto da Câmara, mas ninguém tira dali o ‘esqueleto’ do carro”. Para este munícipe “a imagem não abona nada a favor de quem tanto diz defender o ambiente” e apela “tirem lá o carro, que já serve de gozo a quem viaja comigo e me diz: então moras ali ao pé do carro queimado?”

E por hoje fechamos este espaço, mas continuem a mandar os vossos Alertas & Recados, que continuaremos a publicar.


Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

O FAROL // PUB // 9


10 // O FAROL // ASSOCIATIVISMO

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

PALMELA

FADOS À SOLTA NO GRUPO DESPORTIVO DA VOLTA DA PEDRA O Património da Humanidade vai estar em destaque já no próximo dia 3 de novembro numa Grande Noite de Fados na Volta da Pedra, Palmela.

Participação de mais de meia centena de carros antigos

ADEGA DE PALMELA RECEBE EVENTO COM BRINDE DE MOSCATEL ELSA PERES

ELSA.PERES@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

“Lá vêm eles a apitar…” gritam os trabalhadores da Adega Cooperativa de Palmela, onde o moscatel fresquinho se prepara para o tradicional brinde. Entre os mais entusiastas está o novo presidente da Adega de Palmela, Ângelo Machado, que substituiu José Manuel Coutinho. Os 51 carros antigos são autênticas “obras de arte” e nada melhor para os receber que um moscatel de excelência da Adega Cooperativa de Palmela. A iniciativa organizada pelo “primo” Gabi, antigo presidente da Junta de Freguesia, contou com a colaboração da Associação de Carros Costa Azul. Marco Pais, vice-presidente da Associação traça o percurso da iniciativa, que se concentrou no Largo de S. João, e “como já é tradição viemos até à Adega para fazermos um brinde com moscatel. Vamos seguir para o Poceirão, Águas de Moura, Alcácer do Sal, Grândola e terminamos em Santiago do Cacém”. O novo presidente da Adega de Palmela, Ângelo Machado, sublinha “continuamos a apoiar esta iniciativa, pois é uma forma de divulgar a empresa/cooperativa, os nossos produtos e a nossa estrela que é o moscatel”, mas deixa um lamento “tivemos uma quebra na produção do moscatel entre 30 a 40 por cento, que equivale a menos de um milhão de quilos de uva, mas onde a qualidade não irá quebrar segundo o nosso enólogo”. E lá foram a apitar, depois do brinde de moscatel, os condutores levaram uma garrafa de moscatel para a viagem.

O Grupo Desportivo da Volta de Pedra vai realizar uma vez mais uma Grande Noite de Fados. Pelo palco vão passar nomes conhecidos como Deolinda de Jesus, Valter Palma e Marlene Vila Nova, fadistas que vão ser acompanhados à guitarra portuguesa por Rui do Cabo e à viola por Albano Almeida.

As reservas já estão a decorrer e podem ser feitas pelos telefones 915 137 856, 919 872 875, 969 032 603 ou 919 872 815. Uma noite que vai homenagear a alma do povo português.

// O FAROL // PUB

I

ESTAMOS TODAS AS SEMANAS NAS BANCAS DOS CONCELHOS DE PALMELA, MONTIJO E SETÚBAL


O FAROL // SETÚBAL EM FOCO // 11

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

Aniversário da Casa da Cultura

SEIS ANOS A RENOVAR A DINÂMICA CULTURAL A Casa da Cultura tem contribuído ao longo dos seis anos de existência para renovar a dinâmica cultural que se vive no concelho de Setúbal. A presidente Maria das Dores Meira lembrou que “aqui é assegurada a continuidade da identidade setubalense”, que começou com como sede do Círculo Cultural. A edil destacou a participação de José Afonso, que “se empenhou na construção da cidade sem ameias com que também ele sonhou, continua-se a construir um concelho mais coeso e qualificado, a fazer mais e melhor cidade, mais Setúbal”. A Casa da Cultura, lembrou Dores Meira, resultou de “uma forte aposta no desenvolvimento do concelho com um investimento de 2 milhões e 540 mil euros, comparticipados em 65 por cento por fundos comunitários, através do POR Lisboa, ao abrigo do QREN”. A presidente da Câmara de Setúbal destacou a aposta do município no desenvolvimento cultural local, que passou “pela criação de novos equipamentos e pela recuperação de outros, nomeadamente do Fórum Municipal Luísa Todi, da Casa da Baía, do Cinema Charlot – Auditório Municipal, da Casa do Corpo Santo, do Quartel do 11 e do Convento de Jesus”. O aniversário da Casa da Cultura incluiu um concerto de Pop Dell’Arte e com a apresentação de uma nova publicação cultural, o “Guarda-Rios”. A Casa da Cultura foi inaugurada a 5 de Outubro de 2012 e já realizou mais de dois mil eventos, aos quais assistiram cerca de 50 mil espetadores.

Homenagem ao salineiro

FREGUESIA DO SADO INAUGURA MONUMENTO ELSA PERES

ELSA.PERES@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

de Freguesia do Sado e a Câmara A escultura do salineiro AdeJunta Setúbal estão a perpetuar numa esda autoria de Pedro Marques, que passa a fazer parte do cultura definiu em aço e inox as figuras de três património da freguesia salineiros durante o processo de extração FREGUESIA DO SADO INAUGURA MONUMENTO do sal. do Sado, como forma de Para a presidente da Câmara Setúbal, das Dores Meira, trata-se de uma homenagear e recordar Maria homenagem, “mais do que justa, é uma uma profissão que mar- obrigação”. A edil recorda que “os salineiros e as salineiras setubalenses terão cou o contexto económi- sido, em tempos que não estão assim tão os representantes de uma das co e social no Estuário distantes, profissões que mais mão de obra terão absorvido na região. Profissão penosa, do Sado. de grande desgaste, foi a responsável por boa parte da riqueza setubalense no passado”. A escultura passa a integrar a requalificação urbanística da rotunda, localizada na Rua Principal de Praias do Sado. A Junta de Freguesia do Sado tem patente ao público uma exposição fotográfica de Américo Ribeiro, com imagens cedidas pela Câmara Municipal, e utensílios de trabalho nas salinas.

Forte da Albarquel

OBRAS AVANÇAM EM RITMO ACELERADO As obras de remodelação do Forte de Albarquel já começaram a nível de acessos com a Fundação Helen Hamlyn a assumir a responsabilidade da contratação da empresa que executará a recuperação do forte. A Câmara de Setúbal ficará responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra. O contrato assinado pela autarquia com a Fundação, que assumirá o montante de 770 mil euros, ao abrigo da lei do mecenato, prevê a requalificação do Forte, que será utilizado como equipamento cultural.


12 // O FAROL // MONTIJO EM FOCO

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

O MISTÉRIO DA BATATA EM SARILHOS GRANDES ARQUEOLOGIA | Uma escavação arqueológica na necrópole de Sarilhos Grandes resultou em descobertas surpreendentes. APRESENTAÇÃO | Os resultados vão ser apresentados no dia 27 de Outubro, na Galeria Municipal do Montijo e podem mudar a forma como encaramos a História. No dia 27 de outubro, sábado, às 15h00, a Galeria Municipal do Montijo, vai receber a conferência ‘Sarilhos Grandes na Expansão Portuguesa’ que contará com a presença da equipa de investigadores, constituída por Paula Alves Pereira, Ana Luísa Santos, David Gonçalves, Alice Toso, Álvaro Monge Calleja, António P. Coutinho, Luciana Sianto e Ricardo Godinho. Em 2008, foi realizada uma escavação arqueológica na necrópole de Sarilhos Grandes. Dez anos depois, a equipa de investigadores e a Câmara Municipal do Montijo vão apresentar os surpreendentes resultados desta investigação. Entre os dados inéditos que vão ser revelados está a presença de restos alimentares e de parasitas recuperados da região do abdómen de quatro indivíduos, que incluem amido de

batata e parasitas documentados pela primeira vez na Europa neste período. Os dados sobre o consumo humano de batata são de particular relevo porque dois destes indivíduos foram datados de 1324-1625 D.C. e a data mais antiga conhecida da introdução da batata em Portugal é de 1643 D.C. (embora a introdução da batata na Europa seja conhecida historicamente desde 1567 D.C). Após a palestra, será inaugurada a exposição ‘Sarilhos Grandes entre dois mundos: o Oriente e o Ocidente’, que estará patente até 31 de dezembro, de carácter itinerante, que pretende dar a conhecer o trabalho que foi realizado pela equipa de investigadores, assim como a participação direita de sarilhenses e montijenses na Expansão Portuguesa.

Processo arqueológico Em 2008, no decurso de uma intervenção da SIMARSUL, foi realizada uma escavação arqueológica de salvaguarda no Largo da Igreja de Sarilhos Grandes que incidiu sobre a necrópole (cemitério) da Igreja de São Jorge e Ermida de Nossa Senhora da Piedade. Foram exumados 21 esqueletos e, desde então, tem sido realizada investigação bio arqueológica para analisar os vestígios recuperados. A esta investigação acresce, ainda, a existência de documentos históricos que registam a participação direta de sarilhenses e de montijenses na expansão portuguesa para Ocidente (o Novo Mundo, América) e Oriente (Ìndia). Rui Cotrim de Castanheda, capitão da 2.ª armada de Vasco da Gama à Índia e sepultado na Ermida da Nossa Senhora da Piedade, é um dos mais notáveis exemplos dos sarilhenses envolvidos na expansão portuguesa.

«CLEO» SERÁ APRESENTADO NO PRÓXIMO SÁBADO NO MONTIJO LIVRO | «Cleo» conta a história de uma cadela muito especial e da luta dos seus tutores contra os seus problemas de saúde SOLIDARIEDADE | Cada exemplar vendido contribui para ajudar uma instituição de protecção animal. A autora Sandra Pestana vai apresentar o seu livro «Cleo», no sábado, dia 20 de Outubro, a partir das 16h00, na Galeria Municipal do Montijo. A apresentação é organizada pela Argus - Associação de Defesa dos Direitos e do Bem Estar Animal. Sandra Pestana nasceu em 1969, em Benguela, Angola, veio para Portugal em 1975 e vive em Lisboa, depois de ter residido no Brasil e em Barcelona. A sua grande paixão por animais, particularmente por cães, foi o mote para se lançar neste projeto, eternizando a

sua cadela Cleo e os dezasseis anos de intensas vivências comuns. Este livro é também um grito e um modesto contributo para uma sociedade mais justa, em que os animais sejam tratados com a dignidade e respeito que merecem, tema que assume para a autora um grande significado pessoal. O valor da venda de cada exemplar reverte para uma instituição de apoio aos animais abandonados. A Argus - Associação de Defesa dos Direitos e do Bem Estar Animal é uma associação recente, criada este ano no Mon-

tijo, e que pretende divulgar situações de animais abandonados do Montijo, promover a sua adopção e realizar iniciativas que alertem para as necessidades de bem-estar animal.

Contactos: https://www. facebook.com/argus.montijo/ e argusmontijo2017@ gmail.com


O FAROL // CASOS DE POLÍCIA // 13

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

// CRÓNICA | A ESQUINA DAS PALAVRAS

“A SÍNDROME BRIDGET JONES” – OU UM PEQUENO PERCURSO REFLEXIVO SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO ISABEL DE ALMEIDA

ISABELDEALMEIDA@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

É já sobejamente conhecida, em termos de cultura popular, a personagem Bridget Jones, saída da pena da escritora Britânica Helen Fielding, dona de um sentido de humor e uma vivacidade na escrita que são a sua imagem de marca. Escrito em 1995, o livro rapidamente se tornou um sucesso, tendo sido adaptado ao cinema (e contando já com sequelas) pelo que o universo feminino moderno está bem familiarizado com Bridget Jones, uma mu-

lher solteira em luta constante pela sua independência profissional e financeira, a braços com uma tendência para o excesso de peso e para o uso excessivo de cigarros, livros de auto-ajuda e crises existenciais normalmente agudizadas sempre que, por imposição social, se vê confrontada com as perguntas incómodas das amigas dos pais em festas de família, muito na seguinte linha: “Tens namorado?”, “ Quando te casas?”, “Nada de bebés ainda?”. Eterna romântica, embora o tente disfarçar, a verdade é que, no seu íntimo, Bridget acaba por também sentir necessidade de antecipar o seu futuro da forma politicamente correcta, seguindo a fórmula mais clássica ou tradicional, nos termos da qual deverá namorar, encontrar o parceiro romântico ideal com o qual deverá casar-se, que lhe deve dar as alegrias da maternidade, e a somar a tudo isto, encontrar ainda tempo para ser uma verdadeira super-mulher, ou seja, ter tempo e paciência para cuidar da sua imagem física e da casa, apostar na carreira e tornar-se uma executiva de sucesso, e não descurar os compromissos sociais e familiares inerentes aos variados contextos em que se move. Claro que, desejavelmente, todos estes feitos que mais se assemelham à versão feminina e contemporânea dos 12 trabalhos de Hércules, todas estas metas devem estar alcançadas antes dos trinta e cinco ou quarenta

anos, sob pena de se ser olhada “de lado”, e comentada em surdina nas festas ou convívios locais como “solteirona”, “falhada” e outras elogiosas palavras e expressões! Pois bem, focando-nos no momento inicial da vida da personagem, com o qual somos confrontados no livro “O Diário de Bridget Jones”, é forçoso concluir que esta visão da mulher jovem mas a caminho da meia-idade (se calhar já não tão jovem assim, será?!) brilhantemente caricaturada pela escritora Helen Fielding, continua bem presente na mente de muitas gerações do século XX, tendo resistido à mudança para o século XXI. Muitas mulheres, por si próprias (embora nem sempre de forma consciente), se revêem em Bridget Jones, e passam pelos mesmos dramas desta personagem, sendo confrontadas por terceiros (familiares, amigos, conhecidos) com perguntas intrusivas sobre o seu percurso pessoal, escolhas e opções de vida, e sentindo o peso da culpa se não correspondem, tantas vezes, ao estereótipo da “boa mãe de família e mulher bem-sucedida em todas as vertentes da sua vivência quotidiana”. Cada ser humano é livre de escolher o próprio caminho e desde que este não passe pela prática de actos ilícitos, ninguém tem o Direito de julgar ou recriminar, não existem modelos ideais de vida, as metas variam naturalmente de pessoa para pessoa, e devemos ser donos do nosso mundo,

da nossa vida, das nossas opções, das nossas alegrias, victórias e conquistas, na medida em que, tantas vezes, quanto enfrentamos dificuldades, as vozes mais críticas quanto à vida alheia são as que mais depressa fogem perante a perspectiva de ajudar a vencer obstáculos. A próxima vez que sentir que alguém lhe está a impor a ”Síndrome Bridget Jones” responda à altura, use um sarcasmo contido que não possa ser interpretado como má educação, mas seja firme e não dê a ninguém o poder de afectar ou criticar o seu livre-arbítrio. As escolhas e respectivas consequências são parte do património pessoal e inalienável da identidade de cada ser humano! “ Você é livre para fazer as suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.” Pablo Neruda

ALCOCHETE

DEZENAS DE MARISCADORES IDENTIFICADOS PELA GNR BIVALVES | O Destacamento de Controlo Costeiro de Lisboa da Unidade de Controlo Costeiro da GNR identificou 40 mariscadores ilegais APREENSÃO | Foram ainda apreendidas duas embarcações que serviam de apoio na apanha de bivalves e cerca de mil quilos de ameijoa-japonesa.

As vilas de Alcochete e Samouco foram os locais escolhidos para uma operação de fiscalização levada a cabo pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR. A operação decorreu no passado dia 11 de outubro no Estuário do Tejo, na qual as autoridades costeiras inspecionaram várias embarcações e artefactos de pesca. A GNR conseguiu identificar cerca de 40 pessoas que se dedicam à apanha de bivalves no Tejo e ainda apreendeu duas embarcações que serviam de apoio aos mariscadores e cerca de 1850 quilos de amêijoa-japonesa. A operação centrou-se na captura ilegal dos bivalves, através da arte de pesca da ganchorra, tendo aquela força de segurança apreendido ainda 2 ganchorras para embarcações, 13 ganchorras de mão e ainda

9 botijas de ar comprimido e 2 fatos de mergulho. A operação ainda conseguiu identificar dois indivíduos que não estavam legais no país, ficando um notificado para abandonar o país de forma voluntária e outro para comparecer na delegação do SEF em Setúbal, com o objetivo de regularizar a sua permanência em território nacional. Para além dos militares do Destacamento de Controlo Costeiro de Lisboa da GNR, a operação contou ainda com o apoio de militares do Destacamento Territorial do Montijo, do GIOP e Unidade de Intervenção, num total de 70 militares. Elementos do SEF e do ICNF também participaram na fiscalização. Os bivalves apreendidos foram devolvidos ao seu habitat natural por se encontrarem vivos.


14 // O FAROL // QUATRO LINHAS

Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

Taça da AFS Sousa Martins

PALMELENSE PASSA À SEGUNDA FASE JUCA MEIRELES

INFORMACAO@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

Um jogo bem disputado com o Palmelense a falhar um penalti, mas com Funa a fazer o golo da vitória frente ao Alcochetense e a passar em 1º lugar à segunda fase da Taça da AFS Joaquim Sousa Martins. No próximo domingo inicia-se o Campeonato Distrital da I Divisão com o Palmelense a receber o FC Setúbal. O Palmelense confirmou o favoritismo da sua série ao ficar em primeiro lugar na primeira fase da Taça da AFS Sousa Martins, tendo derrotado o Alcochetense por um a zero, com um golo de Funa, nos minutos iniciais da etapa complementar. A equipa comandada por Jaime Margarido teve oportunidade de passar para a frente do marcador ao beneficiar de um penalti, quando o cronómetro assinalava 25 minutos, mas Simo não conseguiu bater o guardião alcochetense Vital, que foi brindado com o primeiro amarelo da partida. Na primeira parte as duas equipas jogaram taco a taco, com o Palmelense a ter uma ligeira ascendência, mas sempre com o guardião Vital muito atento a travar as investidas do plantel da casa. O jogo foi para intervalo com o placard a registar o nulo, mas no início da etapa complementar, o Palmelense entrou de rompante e Funa recebeu o cruzamento do sub capitão Fialho, e inaugura o marcador a atirar de cabeça e a bater Vital. O campo Cornélio Palma, com uma exce-

Filme do jogo 12’ – Excelente iniciativa de Funa que não consegue bater Vital 16’ - O capitão João Pereira puxa dos galões e atira de fora da área com a bola a passar ao lado 17’ – Gaspar consegue “enganar” a defesa da casa, mas atira por cima da trave 25’ – Penalti a favor do Palmelense com Simo a atirar para a defesa de Vital 25’ – Vital recebe o primeiro amarelo da partida 32’ – Paragem no jogo para assistência

lente assistência, brindou com aplausos Swelihle, que aos 53 minutos, num delicioso pormenor técnico, atirou de calcanhar e a bola a passar a rasar o poste da baliza. O jogo tornou-se mais viril de parte a parte e o árbitro a mostrar que não estava para contemplações e a brindar o alcochetano Mimi com amarelo aos 57 minutos e dois minutos depois novo cartão desta vez para Funa. O Palmelense continuava a ser mais pressionante e Valter pegou na bola, avançou vários metros e obriga Vital a uma defesa difícil com as pontas da luva. Em ambas as balizas brilhavam os guardiões, primeiro Vital e depois Chusso, que evita o golo da igualdade aos 73 e aos 86 minutos. As paragens “obrigaram” o árbitro a dar seis minutos de compensação, mas o golo de Funa deu os três pontos ao Palmelense, que passou em primeiro lugar na série, onde passam também à fase seguinte, o Barreirense, o Comércio e Indústria e o Alcochetense. a Vital 46’ – Etapa complementar começa com Funa a marcar e a inaugurar o marcador 53’ – Excelente pormenor técnico de Swelihte, que atira de calcanhar e a bola a rasar a baliza de Vital 57’ – Carga durinha de Mimi, que é brindado com amarelo 59’ – Funa recebe amarelo por carga 62’ – Excelente investida de Valter, que obriga Vital a mais uma grande defesa 63’ – Sai Nelson Cruz e entra Baixinho na equipa do Alcochetense 65’ – Nova substituição nos visitantes, com a saída de Ismael e a entrada de Jallon

67’ – Substituição no Palmelense com saída de Valter e a entrada de Rocha 73’ – Chusso sempre muito atento evita o golo do empate 74’ – Carga sobre Chusso, que tem que ser assistido 78’ – Sai Migalhas e entra Sandro no Alcochetense 82’ - Sai Funa lesionado e entra Samith 90´ - Sai Simo e entra Edmilson Árbitro dá 6’ de compensação 94’ – Amarelo para Paiva do Alcochetense 95’ - Expulsão do treinador do Alcochetense, Pedro Duarte por protestos

Início do Campeonato da I Distrital No próximo domingo, dia 21 de Outubro, inicia-se o Campeonato Distrital da I Divisão, com o Palmelense a receber o FC de Setúbal. Os restantes jogos da 1ª jornada são: Moitense – Charneca da Caparica Sesimbra – Cova da Piedade Grandolense – Oriental Dragon União Banheirense – Barreirense Alcochetense – Vasco da Gama de Sines Beira Mar de Almada – GD Alfarim União de Santiago – Fabril do Barreiro

VITÓRIA CURTA PARA MUITO AMORA FC Previa-se um jogo equilibrado mas apenas o resultado foi equilibrado. O Amora FC entrou com o pé no acelerador e aos 9’ Joca cruzou com régua e esquadro para Fidalgo mas valeu Diogo Arreigota a negar o golo amorense. O guarda-redes montijense esteve muito em jogo, evitado aos 15’ mais um golo após defender um forte remate de Gildo e depois a sair aos pés de Bienvenu Nga a evitar a recarga. O golo adivinha-se e aos 22’ Fidalgo rematou por entre guarda-redes e um defesa e ainda contou com ajuda de Bruno Jesus que introduziu a bola na sua baliza após a bola bater no poste. Aos 24’ Joca ganhou outra vez espaço, cruzou rasteiro mas Bienvenu Nga e Fidalgo falharam a ementa para a baliza por milímetros. O Olímpico do Montijo empatou aos 28’ por Bruno Jesus, de cabeça, que assim corrigiu o auto-golo minutos antes. Na segunda parte o Amora FC voltou a entrar melhor e chegou ao golo aos 52’, por Bienvenu Nga. Edson cruzou para a grande área, Gildo cabeceou ao de leve e o número 99 amorense cabeceou para as redes. O jogo podia ter ficado decidido aos 58’ quando Bruno Jesus fez penalty sobre Fidalgo e viu o cartão vermelho. Na marcação da grande penalidade Joca não conseguiu marcar e deu esperança ao Olímpico do Montijo. O líder da série D do Campeonato de Portugal continuava a desperdiçar golos e aos 74’

De derrota em derrota…

PINHALNOVENSE DESCE PARA ZONA DE DESPROMOÇÃO Depois da saída do treinador Ricardo Cravo, o Pinhalnovense ainda não conseguiu ganhar e já está na zona de despromoção

Discutia-se a liderança na Medideira mas o Amora FC não deu muitas hipóteses ao Olímpico do Montijo. Apesar do resultado escasso de dois a um, a equipa amorense desperdiçou muitas oportunidades, jogou mais de 30 minutos contra 10 mas não evitou o sofrimento nos últimos minutos. a melhor jogada: Bruno Langa cruzou para o segundo poste, Diogo Tavares assistiu Joca que falhou em falso devido ao relvado. Pouco depois Diogo Tavares e Fidalgo tiveram tudo para marcar mas o guarda-redes do Montijo voltou a ser fantástico. Nos últimos minutos o Olímpico apostou no futebol directo e só após o apito final se respirou de alívio na Medideira. O Amora FC alargou para três pontos a diferença para o segundo, que é agora o SC Praiense. Amora FC 2 – 1 C. Olímpico Montijo Campeonato de Portugal Série D 18/19 – Jornada 8 Estádio da Medideira, Amora Amora FC: Patrick Costinha, Adérito, Tiago Duque, Bertrande Valentão, Bruno Langa, Edi Tavares, Edson Castro, Joca (Edgar Marcelino 78’), Ruben Fidalgo (Lacão 85’), Gildo Lourenço, Bienvenu Nga (Diogo Tavares 61’) Treinador: Litos C. Olímpico Montijo: Diogo Arreigota, Carlos Bebé (Zé Lúcio 61’), Vumi Mpasi, Diogo Branco, Pedro Batista, Hélio Roque (Rafa 80’), Andre Gomes, Marcelo Castro, Bruno Jesus, Tiago Targino (Ednilson 70’), Norberto Betuncal Treinador: David Martins Intervalo: 1 - 1 Marcadores: 1-0 Bruno Jesus (AG) 22’; 1-1 Bruno Jesus 28’; 2-1 Bienvenu Nga 52’ Expulsão: Bruno Jesus 58’

ocupando o 15º lugar com 8 pontos. Na deslocação a Moura, a equipa do Pinhal Novo averbou nova derrota por duas bolas a uma. A Série D do Campeonato de Portugal é liderada pelo Amora com 19 pontos, que venceu o Olímpico, que ocupava a segunda posição e desceu para o 5º lugar, sendo ultrapassado pelo Praiense com 16 pontos, Casa Pia e Real com 15. A equipa do Montijo tem também 15 pontos. Na próxima jornada, que se realiza a 28 de Outubro, o Pinhalnovense recebe o Real e o Olímpico do Montijo joga em casa com o Moura.


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Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

Onde pode encontrar-nos às terças-feiras Freguesia de Pinhal Novo

Freguesia de Palmela

PINHAL NOVO Papelaria Pinhal Biblioteca Municipal Papelaria do Intermarché Papelaria Servialcaide Piscinas Municipais Canofer Materiais de Construção Papelaria Nova Junta de Freguesia Clube Desportivo Pinhalnovense (Bar) Centro de Saúde – Guerra Junqueiro Centro de Saúde – Zeca Afonso Churrasqueira O Forno Churrasqueira General Frango Papelaria Pena Branca Associação de Reformados e Pensionistas Centro Comercial Dovari (Espaço Ferro) Associação de Moradores do Bairro da Cascalheira

LAGOÍNHA Casa das Febras Posto de Abastecimento BP Amazónia Hotel

LAGOA DA PALHA Café Lagoa (Lagoa da Palha) Grupo Desportivo da Lagoa da Palha Posto de Abastecimento Repsol (Lagoa da Palha) Café Cancela VALDERA Grupo Desportivo de Valdera PALHOTA Papelaria Servialcaide (Cruzamento da Palhota) Posto de Abastecimento Cepsa – Palhota Farmácia Cordeiro (Palhota) OLHOS DE ÁGUA Posto de Abastecimento Repsol (Olhos de Água)

LAU Café Seca Adegas Armazém Biona Armazém Fernando Ratão

União de Freguesias de Poceirão e Marateca

PALMELA LAGAMEÇAS Pastelaria Mimos Café Esperança Continente de Palmela Supercentro Quinta do Piloto JC Carlos Armazém de Adubos Estação Rodoviária TST Cafetaria Retiro Azul CAJADOS Junta de Freguesia Posto de Abastecimento Drogaria Amilcar de Cajados Café da Forca Sociedade Filarmónia Palmelense AgroCajados “Loureiros” MARATECA Cine-Teatro São João Posto de Abastecimento Biblioteca Municipal Cepsa Norte Casa Mãe Rota de Vinhos Posto de Abastecimento Papelaria Camolas Cepsa Sul Sociedade Humanitária Supermercado Fernanda Esfola Palmelense Papelaria Lança Posto de Abastecimento PRIO

(Bombeiros Voluntários) Casa do Benfica Edificio do Urbanismo da CMP Papelaria A Nova Turma Café D. Xícara AIRES Posto de Abastecimento Repsol Aires Norte Posto de Abastecimento Repsol Aires Sul Café Pastelaria Jardim Café Doce Espiga VOLTA DA PEDRA Papelaria Intermarché ALGERUZ Café Âncora & Serrano Grupo Desportivo Estrelas de Algeruz

FERNANDO PÓ Supermercado Baêta Associação Cultural de Fernando Pó LAGOA DO CALVO Associação Recreativa e Instrutiva 1.º Janeiro da Lagoa do Calvo POCEIRÃO Pronto a Comer Tachos & Panelas Café Xeque Mate Supermercado Amanhecer Centro Cultural do Poceirão Junta de Freguesia Posto de CTT Cooperativa Agricola Café Central Café Salvador

Restaurante Cepa 200 Restaurante Montalegre Bombas da Cepsa (EN4)

Freguesia de Quinta do Anjo BAIRRO ALENTEJANO Papelaria do Bairro Alentejano Sociedade do Bairro Alentejano MARQUESAS Associação de Moradores das Marquesas VILA AMÉLIA Posto de Abastecimento Cepsa Posto de Abastecimento GALP CABANAS Centro de Dia de Idosos das Cabanas Papelaria das Cabanas Grupo Desportivo Cabanense Pronto a Comer O Forno QUINTA DO ANJO Papelaria Q-tal? (Portais da Arrábida) Golden Coffee (frente ao CRJ de Quinta do Anjo) Café Serra Papelaria de Quinta do Anjo (Frente à Junta de Freguesia) Espaço Afinidades – Horácio Simões Junta de Freguesia Centro de Atendimento da CMP – Quinta do Anjo OLHOS DE ÁGUA Centro Comunitário dos Olhos de Água Associação de Moradores dos Olhos de Água Café Flor do Campo

Concelho do Montijo MONTIJO Papelaria Madeira (Estrada Nova) Tabacaria Moderna na Praça da República Galeria Municipal Posto de Turismo Junta de Freguesia Estação Rodoviária dos TST Loja Florineve na Estação Fluvial da Transtejo SAMOUCO Papelaria Sandra SARILHOS GRANDES Papelaria Bomba – Lançada

Freguesia de Canha Bombeiros Voluntários (Café) Café Castelo Café Patarra

Concelho de Setúbal SETÚBAL Quiosque do Esperança Papelaria Avenida 5 de Outubro Biblioteca Municipal Papelaria Mil Folhas – Aranguês

Freguesia de Azeitão Papelaria do Intermarché Piscinas Municipais Papelaria do Largo do Rossio O Forno da Vila


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Jornal Concelho de Palmela | 16 de Outubro de 2018

CONCERTO DE ANIVERSÁRIO SOCIEDADE FILARMÓNICA PALMELENSE “LOUREIROS”- PALMELA

GRUPO CORAL BANDA DE MÚSICA

166º ANIVERSÁRIO 1852 - 2018

ENTRADA LIVRE Organização:

Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”

apoio:

Largo dos Loureiros, nº1 2950-207 PALMELA 212350178 – geral@loureiros.org

XIV FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA PALMELA “TERRA DE CULTURA”

BANDA SINFÓNICA LA ARMÓNICA DE BUÑOL

19

OUT 21H30

(Valência – Espanha)

CINE TEATRO SÃO JOÃO - PALMELA

Direcção: JOSÉ TELLO ESPERT

ENTRADA LIVRE

Organização: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Largo dos Loureiros, nº1 2950-207 PALMELA 212350178 – geral@loureiros.org

apoio:


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