SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº38 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 26.03. 2019
Montijo
P.11
Alunos da EPM cozinham para restaurante do estabelecimento de educação
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991
Licor de Laranja
renasce pelas mãos de um jovem setubalense
P.8/9
“Este é um hobby mas que um dia, quem sabe, pode vir a ser o nosso negócio” SETÚBAL
P.12
Parque do Creiro passa a ter cogestão autárquica
P.6
POCEIRÃO
P.6
Ataque a rebanhos Deixa criador desesperado na Aroeira
Desporto
P.11
Chuva de golos no Palmelense FC dita vitória ao clube da casa
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Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 26 de Março de 2019
ATUALIDADE Editorial
DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO
As pupilas do senhor presidente! Esta semana o meu editorial centra-se nas preferências coletivas de alguns presidentes, isto porquê? Pois a semana passada ficou marcada com dois momentos menos bons por parte de uma pessoa que tem um cargo político importante e que onde está pode agradecer ao voto do povo que votou em si, mas a postura de “rei na barriga” continua. Nos meus tempos de meninice lembro-me de um filme português intitulado “As pupilas do senhor reitor” um homem que andava sempre rodeado de pessoas que faziam tudo para o agradar, os chamados “lambe botas do senhor reitor”. No século XXI ainda existe quem pense que seja um “senhor reitor” qualquer e que pode fazer o que quer, até não dar atenção aos cidadãos, aqueles que votaram e o colocaram no cargo onde está nos dias de hoje. Aqui não existem <<pupilas>> nem consideramos ninguém <<senhor reitor>>, porque “lambe botas” isso se existe, porque existe, não será aqui no JCP nem nos outros medias do grupo PRESSWORLD, não temos feitio nem fomos formados para passar a mão por cima de ninguém. Tudo o que se faz neste grupo de comunicação social é informar do bom e do mau, não temos culpa é que os tais <<senhores reitores>> não façam o seu trabalho exemplar para que venha plasmado nas páginas dos nossos jornais. Sabemos que por não sermos as pupilas nem os pupilos do senhor presidente, temos sido “castigados”, mas preferimos ser “castigados” do que sermos “lambe botas” dos tais <<senhores reitores>>, estamos aqui para informar os leitores. Aproveito ainda para deixar aqui uma última nota: <<senhores reitores/presidentes/burocratas todos os jornalistas dos media do grupo PRESSWORLD são profissionais credenciados pela Comissão de Carteira Profissional de Jornalista, por isso, um pouco de mais respeito nas conferências de imprensa, pois podem não estar os jornalistas que conheceis, mas podem estar Fotojornalistas>>. E já agora agradeço a compreensão de todos os nossos leitores em estarem a “levar” com um editorial destes, mas de vez em quando é preciso. Boas leituras! Boa semana!
Com mais de mais de meia centena de alertas
Sessão mobiliza comunidade da freguesia OS MORADORES DOS BAIRROS ALENTEJANO E DOS MARINHEIROS DERAM UM ENORME EXEMPLO DE CIDADANIA MOBILIZANDO DURANTE TRÊS HORAS PEDIDOS DE EXPLICAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE SITUAÇÕES COM OS AFLIGEM. OS PROBLEMAS DE SEGURANÇA, ILUMINAÇÃO, REDE VIÁRIA E A FALTA DE TRANSPORTES ESTIVERAM EM DESTAQUE E QUE ENGLOBARAM MAIS DE MEIA CENTENA DE ALERTAS local
Redação e FB
S
e as sessões descentralizadas de Marateca e Pinhal Novo ficaram marcadas pela fraca participação dos munícipes, na Freguesia de Quinta do Anjo, os moradores mobilizaram a noite de quarta-feira durante quase três horas. As preocupações começaram com a intervenção de Teresa Monjardim que alertou para o perigo que “correm sete crianças para apanharem a carrinha escolar e enfrentam a velocidade dos carros que circulam na Rua das Fontainhas”. A moradora sugeriu a colocação de lombas, mas o presidente da Associação Miguel Martinho explicou que o problema só se
resolve com a aplicação de multas. Já Leandro de Almeida, ex-presidente da Associação das Marquesas 3, pediu melhor iluminação do polidesportivo, com o presidente Álvaro Amaro a explicar “não somos nós que definimos a colocação da iluminação”, mas acredita que “a substituição das lâmpadas antigas irá avançar com mais rapidez”. Obras sem ter fim… A antiga vice-presidente da Câmara e atual eleita na Assembleia de Freguesia, residente no Bairro Alentejano, começou por referir “não vou falar de miudezas e penso não ser pretensiosa ao pedir a cobertura do polidesportivo no Bairro dos Marinheiros” e alertou para a intervenção na rua dos Três Concelhos, feita pela câmara do Barreiro, que ao “desviar o trânsito pesado causou danos na via e abriu buracos”. Francisco Colaço fez questão de avisar “trago aqui uma lista com alguns problemas e começo com as obras, que nunca mais têm fim para o fornecimento de água” e continuou “não existem placas de sinalização em muitas ruas”. Álvaro Amaro prometeu analisar as situações lembrando “somos o maior concelho com rede viária”. O presidente da ARPIBA pediu a ajuda da câmara para “a conclusão das obras do Centro de Dia”. Joaquim Miranda avisou “vou falar de pormenores miúdos, como aque-
Três horas de muita atividade popular
le lote, que pertence á Câmara e está cheio de silvas, na Rua da Quinta” e alertou “os senhores do Barreiro levaram o sinal de trânsito e agora só trouxeram o tubo”. Este morador queixou-se também do estacionamento que foi proibido para os moradores e alertou para que o “Parque Infantil da Escola não seja aberto aos fins de semana por questões de segurança, pois instalou-se uma comunidade que destrói tudo e faz churrascos em plena rua”. Bruno Fernandes da Rocha alertou para a instalação de antenas de uma operadora de comunicações, que está a
fazê-lo sem autorização dos donos dos terrenos. O proprietário de um armazém na Quinta da Salmoura pediu que fosse colocada alguma brita para dar condições ao acesso de terra batida, enquanto Joaquim Sanheiro alertou para a necessidade de rebaixamento de passeios para que as pessoas em cadeiras de rodas possam ter melhores condições de mobilidade. Mara Ascenção alertou para a rua, que fica do outro lado da Quinta da Marquesa, que “é um autêntico lamaçal e tem falta de iluminação” apesar de já “ter pago os postes à direção da AUGI”.
Com mais de mais de meia centena de alertas
Dormidas aumentaram em 2017 nos três concelhos SÃO TRÊS OS CONCELHOS INSERIDOS NA ZONA DA ARRÁBIDA QUE VIRAM AS DORMIDAS AUMENTAR EM 2017. PALMELA, SETÚBAL E SESIMBRA REGISTARAM 615 MIL DORMIDAS NESSE ANO E SUPERARAM AS EXPETATIVAS DO ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DE LISBOA TURISMO
DONATILIA BRAÇO FORTE
Os números das dormidas são animadores para os três concelhos que se inserem na zona da Arrábida, o balanço foi feito por Jorge Humberto, da Entidade Regional de Turismo de Lisboa (ERTL) que disse aos jornalistas que “de acordo com os últimos dados disponíveis referentes a 2018, os concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra tiveram um total de 615 mil dormidas na hotelaria”. O responsável da ERTL salientou ainda que só em Setúbal as unidades hoteleiras registaram 300 mil dormidas,
Palmela foi o concelho que ficou em terceiro lugar com 100 mil, já que Sesimbra registou 200 mil. Jorge Humberto admitiu que o trabalho no setor do turismo nos concelhos referidos tem levado a que se verifique um aumento significativo do número de dormidas, referindo que <<excederam as expetativas da ERTL>>, mas advertiu ser preciso diversificar mais a oferta nos produtos regionais. O responsável da ERTL adianta no entanto haver uma pedra no caminho: “para competirmos a nível nacional e
internacional precisamos de mais conteúdos”, defendendo uma <<maior diversidade>> na oferta de produtos característicos da região, dando alguns exemplos: as caminhadas na serra, os circuitos de enoturismo, a observação de golfinhos ou outras, apontando como bom exemplo a recuperação do Convento de São Paulo, obra assumida pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), pois a infraestrutura estava em ruínas e que se transformou numa nova oferta cultural e turística da região de Setúbal e da Arrábida.
Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Miguel Garcia | Isabel de Almeida | Pedro Carvalho | Júlio Duarte | João Aguiar Cadete | Elsa Peres Cronistas: António Correia | Tiago Machado | Fátima Brinca | António Vinagre Direção de arte & design: Ricardo Silva Serviços Administrativos: Paulo Martins Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Pinhal Novo Contactos: 212 362 317 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Email Geral: geral@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18
Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 26 de Março de 2019
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ATUALIDADE Festival do Queijo, Pão e Vinho assinala 25 anos
Vamos adotar uma Saloia? O FESTIVAL VAI ASSINALAR OS 25 ANOS COM A INICIATIVA INÉDITA PARA PRESERVAR A RAÇA SALOIA, ONDE A ARCOLSA VAI LANÇAR O DESAFIO “VAMOS ADOTAR UMA SALOIA?”. O DESAFIO SERÁ LANÇADO ÀS EMPRESAS QUE IRÃO PAGAR UMA JOIA SIMBÓLICA E UMA MENSALIDADE PARA A RAÇÃO DO ANIMAL. FESTAS & ROMARIAS Redação e FB
O
presidente da Arcolsa, Francisco Macheta anunciou uma iniciativa inovadora para assinalar os 25 anos do Festival Queijo, Pão e Vinho “queremos criar uma reserva genética da ovelha saloia, cuja raça está a reduzir drasticamente na nossa zona, onde existem apenas
dois mil animais e desafiámos as empresas a adotar uma saloia”. O dirigente da organização do Festival explica “essa adoção envolve o pagamento de uma joia e uma mensalidade para assegurar a ração das ovelhas”. O Festival conta também com iniciativas vocacionadas para as crianças, que através da realização de workshops podem aprender a fazer o queijo e o pão, mas outras atividades continuam a ser referência no evento, com destaque para a tosquia, a corrida das ovelhas e o 3º Concurso de Queijo de Azeitão, queijo seco e da manteiga. Este ano o Festival conta com a participação de 55 expositores, 41 produtores, entre os quais 10 queijarias, 17 adegas, quatro padarias, a que se juntam a doçaria e os licores. O presidente da Junta da Quinta
do Anjo, António Mestre, destaca “o evento continua a contar com a participação da comunidade e das associações da freguesia” e garante “iremos continuar a percorrer um caminho, que assegure o festival por mais 25 anos e apostamos em garantir as necessárias infraestruturas”. Para o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, o “evento com um quarto de século de existência, continua a sua consolidação e valorização em parceria com a Arcolsa” e “permitam-me a imodéstia mas quando o Festival surgiu há 25 anos foi uma aposta ganha, onde criámos uma marca para um evento de referência, que temos obrigação de continuar”. O Festival irá decorrer de 5 a 17 de Abril, nas instalações da Arcolsa, em S. Gonçalo, e se o S. Pedro o permitir poderá ultrapassar os 17 mil visitantes.
CRONISTA
A separação
Festival acolhe todos os anos cerca de 15 a 17 mil visitantes
Energia solar chega ao Poceirão
Suíços apostam em investimento de 28 milhões no Poceirão GRUPO SUÍÇO APOSTA NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS EM TERRENOS LOCALIZADOS NO POCEIRÃO AMBIENTE
JÚLIO DUARTE
A
Fátima Brinca
Smart Energy Invest está a preparar-se para instalar uma central solar em terras de Poceirão, Palmela. O grupo suíço vai investir naquela freguesia cerca de 28 milhões de euros na construção da infraestrutura que irá ocupar 52 hectares - cerca de 2 quilómetros - de área junto à A2. A capacidade da central é produzir por ano cerca
de 70 mil megawatt/hora (MWH) de energia solar, o que vai equivaler a um consumo médio anual de 32 mil famílias. Esta será mais uma central a instalar na região e a terceira a ser instalada no concelho de Palmela, havendo já uma central localizada na Quinta do Anjo e outra na freguesia de Pinhal Novo. Nos últimos anos o investimento nas energias renováveis aumentou, mas também os investimentos de grupos estrangeiros têm procurado instalar-se neste território. Recentemente foi inaugurada uma central do género na vizinha localidade de Pegões.
A RTP Memória está a transmitir uma série fantástica “Conta-me como foi…”, que retrata cenas da sociedade portuguesa, antes do 25 de Abril. Não resisto a contar a forma como eram separados os miúdos das miúdas, nas aulas da Primária. No meu tempo ainda não havia a escola oficial e as crianças aprendiam numa escola particular, onde era professor o senhor Romão. A única sala da escola recebia os meninos e meninas, mas quando se desconfiava, que o inspector escolar ia aparecer, as miúdas fugiam para a casa, que servia de habitação ao professor. A fuga tinha razão de ser, porque o professor não podia ter alunos e alunas misturados. As meninas tinham que ser separadas dos meninos, assim mandavam as leis do Estado Novo. Na nossa inocência de crianças, a medida era encarada com alegria, porque dia em que se suspeitava que o inspector escolar ia aparecer, não havia aulas e, como devem calcular, isso enchia-nos de satisfação. Claro, que ontem como hoje, havia sempre quem se aproveitasse da situação, porque quem não ficava nada satisfeito eram os rapazes, que tinham que ter aulas. Um dos miúdos, o Manelito, que era mestre em provocar desmaios, começou a atirar-se para o chão, sempre que havia a ameaça da vinda do inspector. Nas primeiras vezes, o professor até acreditou nos desmaios, mas depois começou a desconfiar e resolveu tramar o “artista”. Por debaixo da secretária colocou um balde cheio de água e, dias depois, quando surgiu a ameaça da vinda do inspector, esperou que o Manelito ensaiasse o desmaio. Este não se fez tardar e o professor Romão sacou do balde cheio de água, que despejou em cima do artista. O Manelito teve que assistir ao resto das aulas, molhado que nem um pinto. O “castigo” serviu-lhe de lição e, apesar de haver mais “visitas” do inspector, os desmaios do Manelito acabaram por encanto.
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Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 26 de Março de 2019
destaque Terceira Semana das Freguesias
Autarcas dedicam visitas à Quinta do Anjo EMPRESAS, OBRAS E PROJETOS FORAM AS ÁREAS ESCOLHIDAS PELA CÂMARA DE PALMELA, QUE FEZ O BALANÇO DAS INTERVENÇÕES E DEU A CONHECER EMPRESAS DE SUCESSO, QUE OPERAM NA FREGUESIA DE QUINTA DO ANJO LOCAL
Redação e FB
A
terceira Semana Descentralizada realizou-se na freguesia de Quinta do Anjo, com a empresa Olinec a dar início à visita, que tem a sede na Maia, no Porto e sucursal na Urbanização Vila Amélia. A empresa dedica-se à venda, reparação e manutenção de equipamentos pesados, que aponta para uma faturação de quatro milhões neste ano. A empresária continuou o negócio do avô e escolheu o concelho de Palmela para investir e não se arrepende de o ter feito. A jovem empresária de 31 anos alerta o presidente da Câmara para um senão, que passa pela “falta de placas com os nomes das ruas, o que nos causa alguns constrangimentos”. Obra envolve três concelhos A obra do projeto UP 10, que
envolve os concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra, irá promover melhor mobilidade e já está a decorrer. O projeto envolveu um custo de 100 mil euros, que inclui a ligação à rotunda da Makro, onde já se trabalha na ciclovia e nos passeios, depois de se ter procedido à realização das ligações de água, seguir-se-à a colocação da sinalização. A visita continuou até à Rua das Laranjeiras, onde havia graves problemas de circulação, que envolveu um investimento de 95 mil euros, que incluiu a pavimentação e o arranjo de passeios. Centro de Dia da ARPIBA A colocação da primeira pedra do Centro aconteceu há menos de um ano, em finais de Abril do ano passado e o presidente da Associação, José Brita, lamenta que a Segurança Social “não tenho dado ainda um cêntimo e apenas de limitou a aprovar o projeto”. O dirigente associativo confessou “esperamos que a Segurança Social abra os cordões à bolsa”, pois “apenas temos contado com o apoio da câmara e dos amigos e associados que têm colaborado”. Laboratório e distribuidor de produtos animal O BIO 2 instalou-se em 2006, em
Obra atrasada custa aos cofres dos concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra 100 mil euros. Uma obra que é feita com muitos anos de atraso
Projeto da rotunda a ser construída junto ao acesso da A2, em Vila Amélia
Brejos Carreteiros, dedicando-se à distribuição de produtos veterinários de norte a sul do país. A empresa dá trabalho a 65 colaboradores, todos residentes no concelho de Palmela. Os empresários, que vieram da zona da Malveira, têm aumentado de forma significativa a faturação, e o único problema que a empresa enfrenta é a deficiente recolha de resíduos da responsabilidade da Amarsul. Quinta do Cerrado trabalha com centenas de turistas A visita terminou na Quinta do Cerrado, um alojamento local, que
recebe centenas de turistas oriundos de 35 países. Pedro Cardoso procedeu à reabilitação de uma casa de 1850, tendo capacidade para quatro pessoas. Os preços ao longo do ano são de 45 euros para quatro pessoas por noite. O alojamento localiza-se na Estrada dos Canórios e os turistas confecionam as refeições recorrendo aos produtos da horta biológica. A próxima Semana de Freguesia irá decorrer em Palmela, no mês de Maio.
Investimento de 620 mil euros
Janela abre-se para a Arrábida A CÂMARA DE PALMELA DEU A CONHECER O PROJETO INTERMUNICIPAL DA PRARRÁBIDA – JANELA DA ARRÁBIDA DE PALMELA, COFINANCIADO PELA POLISBOA 2020, ONDE A AUTARQUIA PALMELENSE TERÁ UM INVESTIMENTO DE 620 MIL EUROS E CONTA COM A PARTICIPAÇÃO TAMBÉM DAS CÂMARAS DE SETÚBAL E SESIMBRA. O PROJETO APOSTA EM FAZER A ARTICULAÇÃO DO EDIFICADO COM A NATUREZA. TURISMO
DONATILIA BRAÇO FORTE
A
aposta turística no concelho de Palmela aposta num espaço de excelência que terá
como principal referência, o Espaço Fortuna, para a implantação do Projeto Prarrábida- Janela da Arrábida Palmela, que envolve as autarquias de Palmela, Setúbal e Sesimbra. A autarquia de Palmela será cofinanciada pelo programa PoLisboa 2020, num montante de 620 mil euros, cujo plano estratégico irá avançar no segundo semestre deste ano. O presidente da Câmara de Palmela revelou “iremos trabalhar neste território sensível em rede com as autarquias de Setúbal e Sesimbra, com a requalificação e articulação do património edificado com a vertente natural”. Isabel Conceição, presidente da ADREPES, explicou “iremos intervir numa zona de merendas, na criação de estruturas para o
caravanismo, para aluguer de bicicletas e uma intervenção profunda no espaço da olaria”, mas também destaca o acesso ao Espaço Fortuna, que “passará a ser feito pela Estrada dos Canórios”. Teresa Palaio, diretora do Urbanismo, explicou em pormenor o projeto “deste lugar de memória, em que apostámos na política dos 4 R’s: reabilitar, reutilizar, reduzir os impactes e reciclar”. Para além da nova entrada de acesso, adianta, “o projeto inclui lugares de estacionamento para autocaravanas, carros ligeiros, zona de bicicletas, autocarros e para cidadãos com mobilidade reduzida” e “teremos zonas para o Jardim dos Sentidos, para o Prado e o Bosque, onde serão preservadas as 125 espécies arbóreas e uma zona de árvores como
Projeto requalifica todo o espaço Fortuna na Quinta do Anjo
se fosse uma grande quinta, que inclui ginjeiras, maça riscadinha, pereiras e oliveiras”. A sinalização e painéis explicativos será
feita em madeira e com azulejos artesanais fabricados na olaria, que será totalmente renovada.
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sociedade Este é o quarto ataque que o rebanho de Nuno Bronze sofre
Criador de ovinos desesperado ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR
Tantos lagares… e as oliveiras em Palmela? (nº 19) Houve tantas em Palmela. Hoje, se olharmos para o Vale dos Barris, o olival prende-nos a atenção. É certo que não foi sempre assim. Ainda há dias observava uma fotografia antiga, aí com talvez mais de 80 anos, e o olival grande ainda lá não existia, data do tempo de Humberto Cardoso. É pena que ele hoje esteja ao desprezo. Irá continuar nesta situação? As oliveiras na nossa terra estão destinadas a ser apenas árvores de jardim (e até são bonitas para isso?), estão destinadas a dar o espetáculo da floração no início do verão e a carregar de azeitona que deixará no chão tanto azeite que se vai perder na terra. São árvores velhas que, julga-se, já deram o que tinham a dar. Agora só ocupam espaço nas terras em que viveram e produziram, até que as arranquem e dêem cabo delas. Se isso não acontecer, podem durar séculos. Veio-me agora à cabeça uma ideia: comparo estes olivais a lares de idosos, a uma sociedade de reformados que, se aproveitados nas potencialidades que ainda têm, podiam ser uma fonte de riqueza social; mas não é isso que acontece. Para isso era preciso imaginação, cultura, determinação e mais coisas que fazem falta ao nosso viver… Há tanto tempo que as oliveiras “habitam” Palmela e arredores; Azeitão tem o seu nome ligado a elas. Há uma, a menos de 2 quilómetros da vila, que tem um tronco com 11 metros de perímetro. É certo que está todo escavado; uma mula passava-lhe por dentro a lavrar. Mas não está escaqueirado, não é uma árvore aos bocados. Por quem teria sido plantada? Pelos romanos, há mais de dois mil
anos? Terá sido antes de Jesus Cristo? Os entendidos, e há gente dessa na Universidade de Trás os Montes, poderiam dar-nos uma certeza; porque não dar os passos para isso? No Espaço Fortuna há outra oliveira do mesmo tempo, para ali transplantada por Sebastião Fortuna com apoio da Câmara Municipal; o tronco secou, mas da raiz bravia em que um dia foi enxertada rebentou um zambujeiro, hoje já bem crescido. Se não derem cabo dele poderá durar mais uns milhares de anos! Ali bem perto, uma outra durante anos teve o seu tronco, todo oco, a servir de capoeira de galinhas; a dona dessa altura tapava os buracos com uma rede e a capoeira estava feita. Mais adiante, na encosta da Serra do Louro, entre Quinta do Anjo e Cabanas, temos ainda a oliveira gorda. Todas elas são velhinhas; devem ter muita coisa para contar. Para isso é preciso ir ter com elas, meter conversa, saber escutá-las. Não seria giro fazer um roteiro para visitas pedestres, acompanhadas por guias, dentro dum projeto de turismo cultural? Nunca se pensou que, à semelhança do que acontece com a seleção de vinhos de vinhas velhas, se produzir azeite de oliveiras milenares, destinado a turismo gastronómico gourmet? Talvez desse rendimento e trouxesse estima por oliveiras que, no nosso país, deram azeitona durante séculos ou milénios e continuam a fazê-lo. Ideia maluca? Mesmo assim, aqui fica ela. E aqui ficamos nós hoje. Para a semana vamos conversar com uma dessas oliveiras. Vai ser giro.
DESDE JANEIRO ATÉ À MADRUGADA DE SEXTA-FEIRA QUE AS AUTORIDADES COMPETENTES NADA FIZERAM PARA TRAVAR OS ATAQUES AOS REBANHOS DO JOVEM CRIADOR NUNO BRONZE. O CRIADOR ESTÁ EM DESESPERO SEM SABER O QUE PODE FAZER SOCIEDADE
MIGUEL GARCIA
É
o quarto ataque ao rebanho de Nuno Bronze, os últimos dos quais ocorreram nas madrugadas de quinta-feira e na passada sexta-feira, quando o criador foi alertado por um vizinho de que o rabanho estava a ser alvo de mais um ataque de cães. “Quando cheguei aqui à propriedade eram 5h45 da manhã e ainda consegui travar um desses cães, são os mesmos que atacaram as ovelhas e borregos em janeiro e fevereiro”. Este já é o quarto ataque sucessivo que uma matilha de cães faz ao gado ovino do jovem criador: “Já não sei o que fazer mais”, lamenta Nuno Bronze com a mão agarrada ao peito, após poucos minutos de conversa com a equipa do JCP o ar atento e ao mesmo tempo de espanto do criador é notória. “Ali está mais um borrego morto”, emotivo dirige-se para o
Nuno Bronze está em desespero com os sucessivos ataques
portão do parqueamento e a poucos passos está perto do borrego, um animal que foi desventrado e a cabeça desaparecera. “Eu não aguento isto da forma em que está, ninguém faz nada
Ataque de quinta-feira fez cinco borregos mortos
e eu com estes prejuízos não aguento mesmo”. Em janeiro, aquando do primeiro ataque, o criador participou o caso às autoridades policiais que estiveram no local retiraram provas e encaminharam o caso para o tribunal e para a Câmara Municipal de Palmela. Passado um tempo, o veterinário municipal fez-se acompanhar ao local com uma técnica, ficando a promessa de que a autarquia iria proceder em conformidade, com a recolha da matilha de cães que se concentram perto de uma das propriedades de Nuno Bronze. “Os cães estão aqui perto e sei de fonte segura que alguém lhes dava comida, mas depois deste caso sair nos jornais, essa pessoa ou pessoas deixaram de os alimentar”. Nos primeiros ataques sofridos, algumas ovelhas ficaram feridas das mordidelas dos cães e alguns borregos morreram, mas desta vez o caso foi mais complexo e grave, para além de uma ovelha ter sido o alvo pela segunda vez dos cães, os borregos com menos de seis meses foram mortos e alguns comidos. Suspeita-se de que os animais tenham deixado de ser alimentados e agora sob o efeito da fome, ataquem para comer, como fizeram a alguns borregos. Foi a 27 de janeiro deste ano que em resposta a pedidos de esclarecimentos do JCP sobre os ataques, a Câmara Municipal de Palmela dava conta de que «o Município de Palmela foi alertado para a situação pela GNR de Canha, tendo sido reportada a existência de sete cães de porte médio (seis cães com cerca de seis meses de idade e um com dois anos) na Herdade da Carrasqueira – Passarinhas, Aldeia Nova da Aroeira», pros-
seguindo «pressupõe-se que os cães têm dono, já que, pelas fotografias que nos chegaram parecem bem tratados e não têm fome, pois atacam as ovelhas mas não se alimentam. Em conjunto com a GNR, estamos a procurar identificar o dono». No entanto, desde 27 de janeiro que o caso ficou dentro de uma qualquer gaveta numa das entidades competentes. A informação que a CMP nos presta ainda na mesma resposta é que «o médico veterinário municipal e a equipa do Centro de Recolha Oficial de Animais de Palmela já realizaram duas deslocações ao local que não deram frutos, porque não foram avistados os cães». O que se resta é que os ataques têm continuado e os prejuízos já são avultados para o criador que está em desespero, sobretudo após este último ataque que deixou cinco borregos mortos e uma ovelha ferida. O proprietários do rebanho assegurou à nossa equipa de que não teve mais contactos por parte da Câmara Municipal de Palmela, estando só no local na passada sexta-feira uma patrulha da GNR de Canha que informou de que a equipa de Ambiente iria ao local para ver o cão que ficou retido na propriedade, mas porque até às 17h00 de quinta-feira não apareceu, Nuno Bronze acabou por soltar o animal. Ficando este ataque uma vez mais impune e a justiça a funcionar de uma forma lenta e sem identificar culpados, já a autarquia de Palmela no email que nos fez chegar em janeiro afirmava de que «estava agendada uma nova deslocação ao local e que iria manter contacto com o proprietário das ovelhas» o que não aconteceu.
Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 26 de Março de 2019
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Visite-nos na 25ª Edição do Festival Queijo, Pão e Vinho
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Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 26 de Março de 2019
entrevista
«Como setubalense lembro-me de ouvir falar do doce, das casquinhas, mas nunca do licor» ANDRÉ LOPES É UM JOVEM QUE FEZ RENASCER O FAMOSO LICOR DE LARANJA DE SETÚBAL. LICENCIADO EM HISTÓRIA E MILITAR NA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA, ENVEREDOU POR AQUILO QUE ENCARA POR ENQUANTO COMO «UM HOBBY» E CONTA AO JCP COMO FOI ESSA AVENTURA. ENTREVISTA
MIGUEL GARCIA E CARMO TORRES
Como enveredou por esta aventura de criar o licor de laranja? Já tive esta ideia há vários anos. Sou licenciado em História e resolvi escrever um livro acerca da cidade, onde descobri esta ligação com a laranja. Como setubalense que sou, lembro-me de ouvir falar do doce de laranja, das casquinhas, mas nunca tinha ouvido falar do licor. Comecei a investigar e descobri que este tinha desaparecido na década de setenta. Era feito em Lisboa pela Fábrica Âncora, comprando as laranjas aqui, e depois vendiam o licor em Setúbal. Achei também que era um bom produto para ser novamente lançado neste nicho de mercado, e por isso fiz outras pesquisas sobre a forma de fabrico e fui descobrindo que era algo exequível de voltar a produzir. E perante tudo isto, considerei que podia voltar a lançar esta tradição. E ainda me lembro dos meus avós terem uma garrafa deste licor na prateleira mais alta lá da casa, para eu não lhe chegar, e como eu muitos setubalenses ainda têm memória do licor e da imagem, que tentámos manter no actual rótulo. Porquê o licor de laranja e não outro produto típico? Porque os típicos e conhecidos doces de laranja ou casquinhas, ainda há quem os fabrique, e este licor não era fabricado há cerca de cinquenta anos. Também foi um desafio diferente, pegar em algo que não existia já, e por isso sou o único
André Lopes é o jovem empreendedor que fez renascer o Licor de Laranja que produz para comercialização este produto. Quis realmente fazer algo de novo. Como geriu a sua profissão com este negócio? Parecem dois mundos diferentes, não é? Mas tento conciliar as duas actividades, e nos meus dias de folga este é o meu part-time, mas encaro-o mais como um hobby. Sempre que tenho férias ou folgas dedico-me a este passatempo, mas espero que os papéis se venham a reverter e o que agora é um passatempo passe a ser uma actividade principal. E o trabalho é dividido com a minha companheira, futura esposa. Posso até dizer que não multei ainda ninguém por excesso de álcool que tenha bebido o meu licor de laranja, que tem 18% de álcool, mas também quem bebe é apenas um ou dois cálices.
É difícil encontrar matéria-prima? Não, de todo. Na zona de Palmela há muita laranja, menos em Setúbal. É um produto facilmente acessível, de qualidade e a bom preço. Compramos apenas laranja da região, de Brejos do Assa, Algeruz, Baixa de Palmela, Quinta da Várzea, embora num total que não chega a meia tonelada. Por enquanto. De que forma é produzido o licor de laranja? Quando apresentámos este produto, em Dezembro de 2017, essa primeira produção fora produzida numa fábrica no Algarve, que trabalhava com pequenas quantidades. Esta foi uma experiência sobre a qual aprendemos muito e agora estamos a melhorar a cada nova produção. Agora estamos na Adega For-
tuna, na Quinta do Anjo, vai fazer dois anos e já ali foram feitas duas produções, esta última a ser lançada em breve. Apanhamos as laranjas em Janeiro/Fevereiro, e depois as cascas ficam em repouso no álcool que é comprado pela Lima Fortuna, durante dois a três meses e depois é que é feita a produção em Abril/Maio, altura em que é lançada a nova produção, porque está no ponto ideal para a sua comercialização e apanha também a época de Verão. Como tem funcionado essa parceria? De forma espectacular. Conseguimos conciliar a minha marca com a experiência que eles têm na produção de licores e tem estado a correr muito bem. Todas as nossas garrafas são numeradas e o limite é fazer dez mil por ano. Ainda não atingimos esses valores, só che-
gámos às mil e poucas por ano. Mas mesmo que o negócio corra muito, muito bem, o nosso limite será sempre as dez mil garrafas. E aceitação por parte do público? É difícil entrar no mercado com um produto novo. As pessoas não conhecem e depois estamos numa região em que estão todos mais virados para os vinhos e moscatéis e não tanto para os licores, excepto os setubalenses porque ainda nutrem muito carinho pela memória deste produto. Temos mais clientes entre os estrangeiros que os portugueses. Mas com alguma insistência vemos depois que as pessoas recebem este produto de bom-grado e depois de o estabelecimento receber, expor e vender o produto, fazem novas encomendas, o que significa que há procura dos clientes finais.
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entrevista Nas feiras em que participamos é que se nota logo o feedback das pessoas e esse tem sido ‘brutal’. Provam e gostam ou quando não apreciam, explicam-nos em que podemos melhorar. É também nesses eventos, por enquanto apenas locais, que conseguimos escoar a maior parte do nosso stock. Até agora contabilizamos a venda de duas mil e poucas garrafas, com o preço de feira de 15 euros. Temos vindo a notar um crescimento, não a pique, mas que posso considerar «estável». Também costumamos fazer passatempos com as pessoas, através das redes sociais, onde fazemos grande parte da divulgação. Em termos de apoios institucionais, têm tido? Tivemos um apoio inicial com a divulgação do licor e a apresentação em alguns órgãos de comunicação social de Setúbal, mas desde essa parta até agora não tivemos grande alavancagem dos órgãos institucionais. A vossa divulgação tem passado também pela imagem dos
rótulos. Como acontece essa escolha? Não tem sido fácil. Escolhemos sempre motivos icónicos ligados a Setúbal, depois fazemos uma votação online e são os nossos seguidores das redes sociais quem escolhe a imagem vencedora. Além de criar uma interação com as pessoas, ajuda a que o público não se canse por ver sempre a mesma imagem nas garrafas. Para a produção deste ano, já estamos a pensar no próximo rótulo, vamos apresentar três hipóteses e depois serão colocadas online em Maio para a votação. E depois leva também a que surjam os colecionadores destas garrafas, sei que há pessoas que estão desejosas que saia a deste ano para juntarem às duas anteriores. E assim conseguimos vender duas garrafas a um cliente, porque uma será para beber e outra para guardar, algumas já com a ideia de as venderem daqui a cem anos. Torna-se também algo divertido e as pessoas gostam de coisas diferentes. Também já fiz um tipo de concurso para que as pessoas que tenham garrafas antigas no-las
apresentem e recebem uma garrafa do nosso licor, mas até agora só dei uma garrafa, a uma senhora levou à apresentação dentro de uma caixa de madeira uma garrafa que terá cerca de 70 anos. Tem sido difícil encontrar pessoas com garrafas antigas, mas acredito que as nossas também serão assim guardadas no futuro. Onde pode ser adquirido o Licor de Laranja de Setúbal? Em relação às vendas, por agora está apenas disponível em Palmela na Casa Mãe Rota dos Vinhos, e estamos a negociar com outros locais. Em Setúbal já está em bastantes lojas icónicas como a Casa da Baía, o Moinho da Mourisca, Doces Suspiros, Setúbal em Arte e em vários cafés e também em dois restaurantes no Seixal. É mais fácil para mim deslocar-me a Setúbal, mas isso só pode ser feito nas minhas folgas, e o nosso objectivo é chegar em breve a Lisboa, através de algumas garrafeiras de renome que queiram ter lá o nosso produto. Por enquanto não temos como objectivo que venha a ser vendido
em supermercados, porque é um produto de qualidade, totalmente natural e que leva meses a ser produzido, e por vezes as pessoas até acham caro. Mas nunca posso dizer «não» ao dia de amanhã, embora tenha noção que ao fazê-lo vou perder os actuais intermediários, e o meu objectivo é mantê-los. Este é um produto muito virado para os turistas, daí ter o rótulo em português e inglês, porque este também procura algo diferente, porque já conhecem os vinhos e os moscatéis de cá. Sei que os franceses e os belgas são os que mais procuram este licor, que podem ser turistas ou já cá residem, mas que gostam muito. Relativamente ao preço, é o mínimo que podemos fazer, porque como produtor tenho de cumprir uma série de burocracias, assim como o Lima Fortuna, porque se trata de um produto com álcool, que a par do tabaco, são das mais fiscalizadas. E projectos para o futuro? Ainda não posso adiantar muito, mas face ao bom feedback que
estamos a receber das pessoas, já estamos a preparar mais novidades, tendo como matéria-prima também a laranja, mas é ainda uma experiência. Se correr mal, não a apresentamos este ano, mas se correr bem, deverá ser lançada no início do Verão, se calhar novamente na Casa Baía em Setúbal e espero que menos nervoso do que quando fiz a apresentação do Licor de Laranja. O que posso dizer é que é algo completamente diferente e que não existe no mercado. Posso anunciar que vamos fazer uma parceria com confeiteiras de Setúbal que actualmente produzem alguns produtos à base de laranja como doces ou casquinhas, mas numa base muito caseira. Estamos em negociações para essa parceria. Por outro lado, espero poder continuar a crescer e continuar a divulgar a imagem de Setúbal e de Palmela, porque as laranjas são de cá e o licor é produzido também cá. Ter objectivos e ambição não é mau e nada é impossível.
O novo licor conjuga-se com outros produtos da região
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alertas & recados Semana após semana os leitores do JCP vão deixando os seus alertas e recados aqui para que possam chegar às entidades oficiais e competentes os problemas e preocupações das suas localidades, e a rubrica já é um êxito...
É preciso oferecer a tinta? O alerta vem de Mariana Cunha, moradora na Praça da Independência, na vila de Pinhal Novo. A leitora começa por dizer que se sente envergonhada com tanto esquecimento por parte dos autarcas que estão a governar o concelho de Palmela e até a própria freguesia de Pinhal Novo, a questão é uma simples placa que identifica o local onde estamos. “A placa está cá, mesmo um pouco escondida, mas ela está cá, só o que lhe falta é a tinta para pintar as letras que já estão velhas e cansadas de tanto esperar”. A leitora apela à Câmara Municipal de Palmela ou a Junta de Freguesia de Pinhal Novo para que tenham a preocupação de pintar a placa da Praça da Independência.
Árvore serrada, tronco e ponto de luz salientes O mesmo leitor do anterior alerta também aponta o dedo ao cenário que se pode verificar nesta foto: temos um bocado de árvore que foi serrada há algum tempo atrás e um ponto de luz no estado em que se pode verificar. Luís Dias localiza-nos o ponto crítico – ao lado da Biblioteca Municipal de Pinhal Novo em direção ao mercado municipal –, mas não nos consegue informar
se o ponto de luz está ligado ou não, o que se pode verificar é que o espelho da luz está partido, a caixa de ferro danificada e tudo acessível a uma criança que passe por ali e decida brincar neste quadrado. Quanto à segurança dos idosos e crianças está à vista, um pequeno tronco acima da linha do passeio e uma caixa também ela acima da linha do passeio. Fica o alerta e recado.
Passadiço ou trampolim do cai cai! Continuamos com alertas e recados vindos da freguesia de Pinhal Novo, desta vez Luís Dias é um dos munícipes que contactou o JCP para deixar aqui o seu alerta e desagrado. O leitor relata que enquanto passeava junto ao café que está instalado perto da Biblioteca Municipal teve o cuidado de avisar o filho – uma criança de 6 anos – para que tomasse em conta algumas lajes que estão desniveladas. Enquanto ia avisando o filho, Luís teve que socorrer uma idosa
que esbarrou numa dessas lajes e caiu. Existem várias nesse local no estado que estão na foto, fica o alerta para que a Câmara Muni-
cipal de Palmela possa solucionar o mais breve possível o problema que pode ser bastante grave um dia destes.
O esquecido do autarca! De Aires chega-nos o último alerta da semana, Tiago V. é morador na Rua do Airense e escreve-nos o seguinte: “boa tarde, não sou muito destas coisas, mas acho que os nossos autarcas andam um pouco esquecidos para os lados da localidade de Aires, sou morador aqui na Rua do Airense há 20 anos e pelo menos há uns 5 anos que a calçada delimitadora da via está neste estado. Para o leitor a culpa também
poderá ser em parte de quem estaciona os carros, mas só com um pesado de mercadorias as pedras poderiam levantar, o que não é o caso, pois a rua em questão não é transitável a pesados. Tiago V. deixa o alerta e um recado à Junta de Freguesia de Palmela para que comece a preocupar-se com o bem-estar dos fregueses de Aires.
Acessibilidade difícil aos moradores dos moinhos Este alerta chega-nos de Palmela, um leitor que não quis ser identificado, morador na zona dos moinhos da Serra do Louro adianta que já foram pedidas várias vezes às autarquias a resolução do problema que é muito simples: a colocação de pó de pedra e o tapar das crateras que existem no acesso de
nome: Roteiro dos Moinhos, e o problema fica resolvido até às próximas chuvas, pois para este morador é uma aventura levar o carro até à sua casa com o caminho neste estado. Fica aqui o alerta para que quem de direito possa resolver em minutos a situação
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montijo Foi numa operação de fiscalização da GNR que o marisco foi detectado
GNR apreendeu 850 quilos de amêijoa-japonesa em Pegões A GNR apreendeu na passada quinta-feira 850 quilos de amêijoa-japonesa (ruditapes philippinarum) com um valor comercial aproximado de 8 500 euros, na localidade de Pegões. Os bivalves iriam ser introduzidos no consumo fora do território nacional, sem que fossem acompanhados de qualquer documento de registo, que
atestasse a zona de captura e o controlo higiossanitário. Os bivalves, por ainda se encontrarem vivos, foram devolvidos ao habitat natural. A fiscalização foi realizada através do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Fonte da Telha, e teve como objetivo diminuir as atividades de apanha desta espécie no estuário do
Tejo e a sua posterior comercialização. Sem o devido período de depuração, a elevada concentração de toxinas presentes nos bivalves constitui-se como um grave risco para a saúde pública.
Marisco apreendido pelas forças de segurança quando circulavam rumo a Espanha
Restaurante da EPM forma alunos de hotelaria
EPM conta com novo espaço de restauração aberto ao público A Escola Profissional do Montijo (EPM) inaugurou no dia 20 de março de 2019 o Restaurante de Aplicação, no Círio Novo da Atalaia. O almoço inaugural contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta e da vice-presidente, Maria Clara Silva, entre outros convidados. O Restaurante de Aplicação é um novo projeto pedagógico da EPM, com supervisão pedagógica do Chef Óscar Cabral, que visa dotar os formandos do Curso de Cozinha e Pastelaria de mais competências técnicas, sociais e de organização. João Martins, presidente do Conselho de Administração da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo/Escola Profissional
do Montijo referiu que este projeto está «numa fase inicial» e agradeceu, em especial, a colaboração da Confraria da Sopa Caramela que colaborou no evento e aos alunos: «São os educandos que fazem a escolas sem os que aqui hoje estão e todos os outros que pela escola já passaram, a escola não seria possível». Nuno Canta enalteceu o trabalho desenvolvido por alunos, professores e direção da EPM. «É uma enorme alegria poder estar aqui presente e testemunhar o vosso trabalho. Dão expressão a tudo aquilo que Montijo, enquanto terra, somos e queremos ser por isso deixo-vos palavras de congratulação, orgulho e de incentivo.» O novo restaurante está aberto à comunidade escolar, às quartas e sextas feiras.
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setúbal Jogos do Futuro da Região de Setúbal apresentados hoje
Luisão será o patrono do evento Os Jogos do Futuro da Região de Setúbal serão hoje apresentados na Biblioteca da Moita e o ex-futebolista do Benfica, Luisão será o patrono da iniciativa, que irá decorrer nos dias 14, 15 e 16 de Junho. Os Jogos terão um embaixador em cada concelho, onde se contam personalidades como Miguel Minhava, ex-basquetebolista internacional, jogador do Benfica, Galitos FC e FC Barreirense, atual treinador da equipa sénior feminina do Grupo Desportivo da Escola Secundária de Santo André/Barreiro; o Mestre Silvestre Fonseca, 79 anos, o mais velho praticante de halterofilismo (ou levantamento de peso olímpico) em Portugal e, também, treinador; Nelson Costa, ex-futebolista profissional e atualmente treinador dos escalões de formação no Seixal Clube 1925 e Durval José Correia Pinto, atual treinador de futebol de praia do Grupo Desportivo de Sesimbra, ex-internacional da modalidade, treinador e ex-treinador de equipas municipais nos JFRS nas modalidades de futebol de 7, futebol de 11 e futebol de praia, tendo vencido o escalão de iniciados de
futebol de praia na última edição dos Jogos. Os Jogos do Futuro são dirigidos a jovens, raparigas e rapazes, nascidos entre 2001 e 2010, numa organização conjunta dos municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal e Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), com a parceria do Desporto Escolar, movimento associativo popular e associações distritais de modalidades aderentes, sendo os palcos das 25 modalidades distribuídos pelos nove concelhos da Região. Em destaque estará a participação de três mil atletas divididos em 25 modalidades desde Andebol, Atletismo, Basquetebol, Boccia, Canoagem, Futebol de 11, Futebol de 9, Futebol de 7, Futebol de Praia, Futsal, Hip-Hop, Hóquei em Patins, Judo/Judo Adaptado, Karaté (Shotokan), Natação, Orientação, Patinagem Artística, Rugby, Surf Adaptado, Skate, Ténis, Ténis de Mesa /Ténis de Mesa em Cadeira de Rodas, Vela, Voleibol (Feminino) e Xadrez.
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Luisão é o patrono dos jogos do futuro
Jogos do Futuro da Região de Setúbal apresentados hoje
Parque de estacionamento do Creiro
Câmara cria grupo de gestão Litoral Setúbal
Câmara de Setúbal e ICNF asseguram gestão
O DESENVOLVIMENTO, INTERVENÇÃO E VALORIZAÇÃO DA ORLA COSTEIRA DO CONCELHO VÃO TER O APOIO DO GRUPO DE GESTÃO DO LITORAL SETÚBAL. A AUTARQUIA SADINA REALÇA QUE O PRINCIPAL OBJETIVO “É AGILIZAR OS PROCESSOS DE DECISÃO E INTERVENÇÃO DAS DIFERENTES ENTIDADES COM COMPETÊNCIA TERRITORIAL NA ORLA COSTEIRA DO MUNICÍPIO, DE ACORDO COM AS SUAS FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES”. AMBIENTE
Redação e FB
O grupo do Litoral Setúbal será criado através de um protocolo, explica a autar-
quia, para implementação de “mecanismos de parceria que estabeleçam procedimentos expeditos de articulação, nomeadamente nos domínios da análise e do controlo administrativo nas matérias respeitantes à orla costeira municipal”. O principal objetivo é agilizar os processos de decisão e intervenção das diferentes entidades com competência territorial na orla costeira do município, de acordo com as suas funções e responsabilidades. Na proposta aprovada na sessão de câmara da última quarta-feira destaca-se “no atual contexto pluri-institucional torna-se difícil a gestão coerente, eficaz e uniforme das praias do concelho, face à multiplicidade de serviços envolvidos e entidades externas com intervenção
e competências específicas nesta área.” No protocolo aprovado entre a Câmara, a APA, a APSS, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Associação Baía Tejo e a Capitania do Porto de Setúbal, considera-se que deverá ser criada a “necessária articulação institucional e administrativa entre as partes, para a facilitação operacional e decisória das intervenções a realizar”.
A Câmara de Setúbal e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) assinaram um protocolo para a cogestão do parque de estacionamento do Creiro, na Arrábida, onde haverá uma cooperação recíproca entre as duas entidades, no âmbito do Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida. O protocolo surge depois da implementação do programa Arrábida Sem Carros, no verão de 2018, com o objetivo de disciplinar e melhorar as condições de acesso às praias. A proposta aprovada pelos autarcas sadinos aposta em dar continuidade ao desenvolvimento da estratégia, que se destina a “resolver um problema grave de segurança rodoviária que sub-
Luisão é o patrono dos jogos do futuro
siste há vários anos, com a implementação de um plano de mobilidade segura e sustentável, associado à requalificação das zonas balneares”, onde se inclui a aposta no transporte público de qualidade e nos modos suaves de circulação e na limitação do uso do transporte individual, a par do combate
ao estacionamento irregular. O ICNF irá ceder a gestão do referido parque de estacionamento, com uma área aproximada de 6385 metros quadrados, que passará a integrar o plano de mobilidade desenvolvido pela Câmara de Setúbal.
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empresas & economia
Alemanha considera Adega de Pegões como melhor cooperativa de Portugal ALEMÃES ENTREGAM PRÉMIO DE MELHOR COOPERATIVA PRODUTORA DE VINHOS EM PORTUGAL A ADEGA DE PEGÕES
Poceirão recebe a maior central solar internacional
Investimento suíço chega ao Poceirão ainda este ano O PROJETO VAI OCUPAR UMA ÁREA ELEVADA DE HECTARES E FICA SITUADA A 3 QUILÓMETROS DA ALDEIA DE POCEIRÃO
VINHOS Miguel Garcia
Foi no famoso concurso Berliner Wein Trophy 2019, na Alemanha que a Adega de Pegões foi distinguida com o prémio de melhor Cooperativa Produtora de Vinhos em Portugal. A empresa fez o anuncio à comunicação social através de um comunicado onde adianta que neste <<concurso foram obtidos ainda mais 7 medalhas de Ouro e 3 de Prata>> destacando-se os vinhos “Rovisco País Premium”, “Adega de Pegões Trincadeira”, “Adega de Pegões Touringa Nacional”, “Adega de Pegões Alicante Bouschet” e a “Adega de Pegões Grande Reserva”, que obtiveram 5 das 7 medalhas de Ouro. Em dois meses a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões conquistou um total de 58 Prémios, 4 Grandes Medalhas de Ouro, 32 de Ouro e 22 de Prata.
ECONOMIA Miguel Garcia
S
erá através da empresa Smart Energy Invest que irá instalar no Poceirão uma central solar, o grupo suíço vai instalar numa área de 52 hectares a sua central solar que produzirá eletricidade capaz de abastecer cerca de 32 mil famílias. O projeto a instalar na localidade terá 40 megawatts(MW)
de potência, e vai ocupar cerca de 2 quilómetros de área junto à A2. Por ano a central está capacitada para produzir cerca de 70.491 megawatt/hora (MWh) de energia solar, o que equivale ao consumo médio anual de 32 mil famílias. O investimento previsto pela Smart Energy Invest é de 28 milhões de euros, equivalente a um custo de 700 mil euros por MW. Portugal tem apostado nas energias renováveis como solução de um ambiente melhor, só nos últimos anos o território tem visto ser instaladas várias centrais solares, ao lado do Poceirão também existe uma das maiores centrais do país, situada na localidade de Pegões.
Protocolo com a Casa Ermelinda Freitas
Sustentabilidade ambiental aposta na redução do consumo da água O DIA DA ÁGUA FOI ASSINALADO EM PALMELA COM A CERIMÓNIA DE ASSINATURA DO PROTOCOLO, QUE ASSEGURE AS CONDIÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE PLANO DE AÇÕES DE MODO A GARANTIR O PRÉ-TRATAMENTO DOS EFLUENTES RESULTANTES DO PROCESSO PRODUTIVO DA ADEGA. O PROTOCOLO FOI SUBSCRITO PELA CÂMARA DE PALMELA, PELA CASA ERMELINDA FREITAS, PELA SIMARSUL E PELA AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE/ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO ALENTEJO. AMBIENTE REDAÇÃO E FB
Leonor Freitas, gerente da Casa Ermelinda Freitas, assinou o protocolo com a câmara de Palmela, a Simarsul e a Agência Portuguesa do Ambiente, no simbólico Dia da Água, para a implementação de Plano de Ações de Modo a Garantir o Pré-Tratamento dos Efluentes Resultantes do Processo Produtivo da Adega. A empresária vinícola começou por lembrar “tive sempre muitas preocupações ambientais e há 10 anos apostei na criação de uma Etar, pois tenho a noção da riqueza e da importância da água”. A gerente da Casa Ermelinda Freitas destaca “temos contado com a colaboração dos nossos funcionários para a redução de consumo da água”. Leonor Freitas prometeu “tudo fazer para incentivar outras
entidades para a redução no consumo desse preciso líquido” e “irei cumprir todas as metas do protocolo em nome da inovação”. André Pereira, da Agência Portuguesa do Ambiente, em representação do presidente Mesquita Machado, revelou “chegámos muito rapidamente a um acordo para o protocolo, que vai ter um impacte de defesa no Estuário do Sado e estou muito satisfeito com esta parceria”. António Ventura, presidente do Conselho de Administração da Simarsul destacou “a postura da Câmara de Palmela e da Casa Ermelinda Freitas, que olharam para este protocolo como uma mais valia e não como um custo”. O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro terminou as
Momento da assinatura de protocolo
intervenções realçando que “é preciso enfrentar os problemas com decisões e soluções acertadas, que são importantes para o futuro”. O autarca concluiu lembrando que
“o principal objetivo do protocolo é a sustentabilidade ambiental com a prevenção nos efeitos negativos do ambiente com a criação de outra visão”.
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Mundo auto
Mazda2 1.5 SKYACTIV-G 90 cv
A MARCA LANÇA O RENOVADO 2, E COMO SEMPRE ASSOCIA-LHE UMA MÍSTICA SEMPRE PRÓPRIA, BASEADA NUMA FORMA DIFERENTE DE CONCEBER O AUTOMÓVEL – A LIGAÇÃO ENTRE CONDUTOR E AUTOMÓVEL QUE O TORNAM UNICO. O JINBA ITTAI – A UNIÃO ENTRE CAVALO E CAVALEIRO REFORÇA O SENTIMENTO DE UNIÃO QUE A ºMAZDA COLOCA NOS SEUS MODELOS DE QUE NUNCA VIAJAMOS SOZINHOS. OU O DESENHO KODO – ALMA DO MOVIMENTO - FILOSOFIA DE INSUFLAR VIDA E PERSONALIDADE NO DESENHO DO MAZDA 2. MUNDO AUTO JORGE FARROMBA
E
de facto o desenho exterior mesmo sendo uma continuação do modelo anterior, transporta agressividade com robustez, desportividade com rigor, e é nesses detalhes que a marca volta a reposicionar o modelo. Não é difícil não gostar do modelo, mas a estética é sempre discutível de pessoa para pessoa e por isso, deixo ao leitor essa avaliação. O
2 continua a ser um dois volumes com a traseira sobrelevada mas sobretudo onde o desenho tanto frontal como traseiro transmite com as óticas, a grelha e a forma da tampa da bagageira um aspeto jovial e musculado. No interior e mesmo tratando-se do modelo de acesso da marca, o espaço interior é mais que suficiente, os plásticos demonstram qualidade acima da média mesmo sendo rígidos, a montagem dos mesmos situa-se num bom nível. O acesso ao interior é muito facilitado pelo ângulo das portas e os bancos são os habituais num modelo que discute o trânsito citadino mas que não se amedronta com a estrada; confortáveis e com apoio lateral q.b.. A opção da marca, como é apanágio de muitas outras recai num écran central (touch) que controla a quase totalidade das funções do veículo e um joystick e alguns botões na consola central que permitem aceder ao écran através deles. A posição de condução revela a simbiose que a marca procurar alcançar de bem estar ao volante e é algo que se sente assim que se acede ao habitáculo. O posicionamento do volante face ao banco, os pedais alinhados com o banco e o volante, a possibilidade do ponta tacão no pedal do acele-
rador e travão, a manete da caixa de velocidades, precisa e curta (a recordar o MX-5) não são só meros detalhes mas a forma encontrada pela marca para se posicionar no mercado Na hora de dar ao botão de start (a chave pode ficar nas variadas espaços dispersos no habitáculo) percebe-se que o 2 se comporta com grande destreza e rigor em cidade e estrada. A direção é precisa, direta e comunicativa, o motor é solicito, os travões são potentes e o comportamento do chassis e suspensões são extremamente saudáveis.
Se pensarmos que a Mazda tem fundadas esperanças no sucesso comercial do modelo, o ensaio demonstra isso mesmo, pois o citadino 2, é um exemplo de um produto que foi pensado, diria eu, “de cima para baixo”, ou seja, recebendo da restante gama tudo o que de bom ela incorpora, para oferecer um produto que respeite a essência da marca e os pergaminhos da mesma. Preço final: Entre os 14.000€ e 22.000€ com motores 1.5 de 75Cv, 90cv e 115Cv Modelo ensaiado: Mazda 2 1.5 90Cv Advance Navi – 18.800€
Características: Nível de equipamento: Advance avi Matrícula: 91-VN-79 Cor: Azul Dynamic
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desporto Goleadas do Palmelense, União de Santiago e Oriental Dragon
Praiense, 4 – Pinhalnovense, 1
Equipa de Jaime Margarido impõe Insulares impõem pesada derrota á equipa pesada derrota ao Banheirense de Luís Manuel
A EQUIPA DO PALMELENSE FEZ UMA EXIBIÇÃO DE ENCHER O OLHO, FRENTE AO BANHEIRENSE, QUE APENAS CONSEGUIU MARCAR DE PENALTI. A DUPLA SCARA E FIALHO DELICIOU OS ADEPTOS COM UMA PRIMEIRA PARTE DE LUXO, ENQUANTO OS RESTANTES GOLOS FORAM MARCADOS POR VALTER DIAS E HUMBERTO, QUE FECHOU A CONTAGEM NA ETAPA COMPLEMENTAR. FUTEBOL REDAÇÃO | FB
O
Palmense entrou a todo o gaz e no primeiro minuto do jogo, Fialho inaugurou o marcador, na sequência de uma jogada de entendimento com Scara, que cruzou com conta peso e medida, com o guardião Wilson a limitar-se a ir buscar a bola ao fundo das redes. A equipa de Jaime Margarido estava imparável e seis minutos depois a dupla de sucesso voltou a fazer magia no Cornélio Palma, com cruzamento de Fialho para golo de Scara. Na primeira investida que o Banheirense fez à área do Palmelense, o árbitro assinalou grande penalidade depois de um ligeiro toque no avançado Bruno Macedo, que chamado a converter o castigo máximo, reduziu para a equipa visitante. O árbitro não seguiu o mesmo critério quando aos 21’ Scara foi puxado na área do Banheirense e não foi assinalada falta.
O Pinhalnovense sofreu um verdadeiro ciclone dos Açores com a derrota de 4/1 imposta pelo atual líder Praiense, da Praia da Vitória. A equipa de Luís Manuel não conseguiu impor o seu jogo e os insulares foram sempre os mais esclarecidos, vencendo e convencendo, no jogo realizado no passado domingo. Também o Olímpico do Mon-
tijo, apesar de jogar em casa, não conseguiu vencer o Louletano, com os algarvios a vencerem pela margem mínima de 1/0. O Pinhalnovense joga em casa no próximo domingo com o Oriental, enquanto o Olímpico irá deslocar-se ao campo do Real. A partir do próximo domingo, os jogos passam a realizar-se às 16h00.
Palmelense estava decidido a ganhar nesta tarde
Mas o Palmelense queria mais e aos 36’ jogada de entendimento entre Scara e Valter, com este a não perdoar e a marcar o 3º golo para a equipa da casa, resultado com que terminou a primeira parte. Na etapa complementar os adeptos gritavam por “Gilberto” de seu nome Humberto, que acabou por substituir o desgastado Valter, aos 72’ que fez uma excelente partida. O Humberto/ Gilberto quis dar uma alegria perante o apoio dos adeptos e aos 87’, depois de uma jogada de insistência marca o quarto golo do Palmelense. O terceiro treinador do Banheirense, Arsénio Franco, sofreu uma categórica derrota afundando ainda mais o atual lanterna vermelha. Esta jornada ficou marcada pelas goleadas impostas pelo Palmelense ao União Banheirense por 4/1 com idêntico resultado do União de Santiago frente ao Charneca da Caparica. A maior goleada teve como protagonista o Oriental Dragon por 5/1 fren-
te ao FC de Setúbal. O Vasco da Gama de Sines foi a única equipa a ganhar fora por 2/1 em casa do Sesimbra, que continua no 2º lugar da tabela classificativa, que é liderada pelo Fabril do Barreiro. No próximo domingo, o Palmelense joga novamente em casa com o Sesimbra, mas a partida irá decorrer já com o horário de Verão, às 16h00. Resultados da Jornada Palmelense, 4 – União Banheirense, 1 Oriental Dragon, 5 - FC de Setúbal, 1 União Santiago, 4 - Charneca da Caparica, 1 Alcochetense, 1 – Cova da Piedade B, 0 Beira Mar de Almada, 2 – Moitense, 0 Fabril do Barreiro, 3 – Alfarim, 0 Sesimbra, 1 – Vasco da Gama de Sines, 2 Grandolense, 2 – Barreirense, 1
Pinhalnovense derrotado em terras dos Açores
Entre 1 e 5 de Abril
Jogos Desportivos Escolares contam com mais de mil jovens
Participação de 15 coletividades
Pinhal Novo será capital da ginástica As classes de ginástica de 15 coletividades, escolas e ginásios da região vão apresentar-se no Pavilhão Desportivo Municipal de Pinhal Novo, nos dias 30 e 31 de Março, a partir das 13h45, no IV PINHALNOVOGYM. Integrada no Programa de Desenvolvimento da Ginástica. O evento conta com a apresentação de modalidades como a Acrobática, Dança, Trampo-
lins, Ginástica de Grupo, Rítmica e Sénior, entre outras, onde participam atletas masculinos e femininos do Clube Desportivo Pinhalnovense, Grândola Sports Clube, Colégio A Palmeira, Escola Secundária de Pinhal Novo, Associação Gymno-desportiva do Montijo, Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, Colégio do Vale, Sociedade Recreativa do Bairro
da Bela Vista, Ginásio Clube do Montijo, Escola Secundária da Baixa da Banheira, Agrupamento de Escolas Augusto Cabrita, Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, Academia Unik Gymdance, Escola Secundária do Monte da Caparica e Grupo Desportivo e Recreativo “Os Leças” do Barreiro.
Jogos escolares reúnem alunos do concelho de Palmela em várias modalidades
Mais de mil alunos das Escolas Básicas Hermenegildo Capelo (Palmela), José Maria dos Santos (Pinhal Novo) e José Saramago (Poceirão) e das Escolas Secundárias c/ 3.º Ciclo do Ensino Básico de Palmela e Pinhal Novo participam no 1.º Período da Fase Inter-escolas dos Jogos Desportivos Escolares, que se realiza entre 1 e 5 de Abril.
As modalidades que estarão em prova são o Basquetebol 3x3, Ténis de Mesa, Voleibol 4x4, Orientação, Badminton, Softbol, Futsal 5x5, Atletismo e Andebol 5x5, que irão decorrer nos espaços desportivos das escolas, no Campo de Jogos Municipal de Palmela e no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal.
16 Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 26 de Março de 2019
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exposição
Estipêndio Enjorcado Vanda Palma 15 março a 11 maio 2019 Museu Municipal Casa Mora
Av. dos Pescadores, n.º 52 - 2870 -114 Montijo De terça a sábado 09h00 - 12h30 | 14h00 - 17h30 E-mail: cultura@mun-montijo.pt