9 JANEIRO 2019 // ATUALIDADE
1
DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº27 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | QUARTA-FEIRA | 9 .01. 2019
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991
HOMEM ACUSADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUIS AGREDIR ELEMENTOS DA PSP NUMA OPERAÇÃO DE APOIO Á VÍTIMA P.13
ATUALIDADE P.4
retiro azul um espaço de
histórias e recordações
P.6-7
Olímpia Pereira recorda os tempos áureos em que trabalhava lado a lado com o marido e deram continuidade a um espaço com história em palmela
JANEIRAS TRAMADAS PELO FRIO QUE SE FEZ SENTIR NA VILA DE PALMELA PRIMEIRA HORA P.2
PRIMEIRA REUNIÃO DO EXECUTIVO DE PALMELA REALIZA-SE HOJE
SETÚBAL P.11
CALAFATE RECORDADO PELOS ROTÁRIOS DE SETÚBAL NUMA CERIMÓNIA ONDE FALTOU A PRESENÇA DE AUTARCAS LOCAIS
PRIMEIRA HORA // 9 JANEIRO 2019
2
ECONOMIA DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO
Ano Novo... Aumentos Novos! Esta é a primeira edição do Jornal Concelho de Palmela (JCP) de 2019, e aqui estamos nós depois de uma breve paragem para voltarmos à companhia de todos vós semana após semana, e para levar de forma gratuita as principais noticias da atualidade local e regional, neste que temos todos esperança de ser um ano de prosperidade, mas também de grande agitação no campo da política nacional e até mesmo local. 2019 será um ano que registará um novo ciclo na Europa e a seguir para a Casa da Democracia portuguesa, com as eleições europeias (maio) e legislativas (outubro), e quando o distrito de Setúbal será novamente “invadido” pelos candidatos a São Bento com promessas e mais promessas, mas o povo, esse, já terá o seu voto destinado ao escolhido. 2018 não foi um ano fácil para os portugueses, várias tragédias assolaram o país e a região em particular, levando um filho da terra de Palmela num trágico acidente de aviação e enchendo a Igreja Matriz de Palmela numa última homenagem prestada por várias figuras do INEM, política e organizações. Mas também foi um ano muito marcado por várias perdas de figuras conhecidas, no último dia do ano chega a notícia que todos não queriam receber, Mestre Joaquim Bastinhas, figura imparável no toureio a cavalo deixou a tauromaquia mais pobre com o seu falecimento. Muitas foram as lutas que 2018 travou, umas bem sucedidas outras não, é o caso da manifestação dos Coletes Amarelos Portugueses, a exemplo com os Franceses, em que um pequeno grupo de pessoas tentou demonstrar os descontentamentos que passam, e o Governo lá deu mais uma vez uma prenda a todos os portugueses, o aumento do ordenado mínimo nacional que passou a ser de 700 euros. O povo, esse, lá se foi divertindo na noite de 31 para 1, esquecendo os próximos aumentos que já eram anunciados, mais 45 cêntimos na fatura da água e aumentos nas portagens entre outros que vão sendo feitos com algum disfarce, mas para acalmar as hostes, os reformados também não ficam para trás e recebem aumentos entre os 6 e 41,8 euros, uma pequena miséria para quem recebe a reforma mínima, que vai sobrevivendo com a ajuda das instituições e dos familiares. Ano Novo, aumento novo, mas só para os bens de primeira necessidade, porque ordenados “Já ERA”! Esperamos que o 2019 nos traga algo de novo. Bom Ano e continuem a procurar o JCP, porque é o seu jornal gratuito.
Autoeuropa volta a laborar DEPOIS DA FALHA NO FORNECIMENTO DE MOTORES A GASOLINA, OS TRABALHADORES DA AUTOEUROPA FORAM “OBRIGADOS” A PARAR A PRODUÇÃO E REGRESSARAM NA PASSADA SEXTA-FEIRA ÀS LINHAS DE MONTAGEM. Donatilia Braço Forte
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
empresa alemã Volkswagen instalada em Palmela foi ‘obrigada’ a parar a produção das várias linhas de montagem depois de uma falha de fornecedor na entrega de motores a gasolina As máquinas pararam no dia 22 de dezembro e o silêncio invadiu as instalações da Autoeuropa. Na passada sexta-feira (4) os trabalha-
dores voltaram ao trabalho depois desse período de paragem. Fonte ligada à empresa disse que a paragem de produção na empresa Autoeuropa em nada teve a ver com a greve dos estivadores do Porto de Setúbal, assegurando que a paragem de produção se deveu à falta de resposta em tempo útil de alguns fornecedores em entregar os motores na fábrica de Palmela. Autoeuropa exportou 13 mil veículos Diogo Marecos, gerente da Operestiva adiantou à Lusa que depois do conflito laboral entre patrões e estivadores a Autoeuropa ainda exportou <<13 mil veículos>> a partir do Porto de Setúbal, entre o dia 14 e 31 de dezembro de 2018.
Produção de volta à fábrica de Palmela
“Neste momento, a Autoeuropa tem cerca de 1.500 viaturas no Porto de Setúbal e mais oito mil em diversos parques secundários,
designadamente na Base Aérea do Montijo” acrescentou o responsável da Operestiva.
Calafate: nunca fiz Executivo de Palmela reúne hoje mal a ninguém! RECORDAR PARA VIVER A INAUGURAÇÃO DO BUSTO A CALAFATE OCORREU EM DEZEMBRO DE 1968, NO PARQUE DO BONFIM. HOJE DECORRIDOS 50 ANOS LEMBRAMOS O POEMA DE ANTÓNIO MARIA EUSÉBIO, PORQUE RECORDAR É VIVER.
AUTARQUIAS LOCAIS
O poema aqui fica: “Nunca fui mal procedido Nunca fiz mal a ninguém Se acaso fiz algum bem Não estou disso arrependido Se mal pago tenho sido São defeitos pessoais Todos seremos iguais No reino da eternidade Na balança da igualdade Deus sabe quem pesa mais…”. Executivo Municipal apresenta seis propostas na primeira reunião de 2019
DEPOIS DAS FESTIVIDADES NATALÍCIAS E DE FIM DE ANO, O EXECUTIVO CAMARÁRIO DE PALMELA REALIZA A PRIMEIRA REUNIÃO PÚBLICA DE 2019. UMA REUNIÃO QUE COMEÇA COM TRÊS PROCESSOS DISCIPLINARES. Miguel Garcia
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
O
Calafate recordado pelos Rotários
Executivo liderado por Álvaro Amaro (CDU) vai reunir-se hoje no Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela, na que será a primeira reunião do ano da Câmara Municipal.
A ordem de trabalhos apresenta-se na primeira reunião com seis pontos, sendo que três propostas são relativas aos processos disciplinares com aplicação de sanção. Para além dos processos, o Executivo do Município de Palmela vai ainda apreciar e discutir a gestão de despesas com pessoal para 2019, a constituição de fundo de maneio para este ano para a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho e por fim a constituição de fundo de maneio para 2019. A reunião terá início às 15:00 desta quarta-feira.
Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Miguel Garcia | Isabel de Almeida | Pedro Carvalho | Júlio Duarte | João Aguiar Cadete | Elsa Peres Cronistas: António Correia | Tiago Machado | Fátima Brinca | António Vinagre Direção de arte & design: Diário Design Serviços Administrativos: Paulo Martins Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Pinhal Novo Contactos: 212 362 317 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Email Geral: geral@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: FIG – Coimbra Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18
9 JANEIRO 2019 // ATUALIDADE
3
NDSBVP realiza primeira recolha de sangue de 2019 37 dadores de sangue na primeira colheita do ano em Palmela O NÚCLEO DE DADORES DE SANGUE DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE PALMELA ENCERROU O ANO DE 2018 COM MAIS DE 400 DADORES A ADERIREM ÀS INICIATIVAS QUE SÃO PROMOVIDAS POR AQUELE NÚCLEO. ESTE ANO ESTÃO PREVISTAS SEIS RECOLHAS E O OBJETIVO É SUPERAR OS NÚMEROS DO ANO PASSADO Donatilia Braço Forte
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
o longo de 2018 o Núcleo de Dadores de Sangue dos Bombeiros Voluntários de Palmela (NDSBVP) concretizaram sete recolhas de sangue na freguesia de Palmela sendo que dessas recolhas resultaram mais de 400 dadores que aceitaram o convite do núcleo e doaram sangue. Este ano ainda agora arrancou e o NDSBVP já realizou a sua pri-
meira recolha de 2019, no passado sábado, dia 5 de janeiro, no Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela. O JCP conversou com Carlos Ribeiro, um dos responsáveis do núcleo que adiantou “o ano passado correu bem, tivemos cerca de 400 dadores ao longo das nossas ações, mas este ano queremos superar o número do ano passado”. Para o NDSBVP é importante a sensibilização junto da comunidade local, e considera que existe atualmente ainda algum “tabu” nas pessoas em doar sangue, mas a ‘desmontagem’ desse tabu passa pela sensibilização também dos núcleos e associações de dadores de sangue. O NDSBVP contou na manhã do passado sábado com dadores habituais mas também jovens que pela primeira vez quiseram ajudar a salvar uma <<vida futura>>. Helena Fruta já é uma das veteranas na doação de sangue, ex-
Primeira mulher Provedora toma posse Misericórdia de Palmela
Mensagem de Ano Novo
O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO MONTIJO
C
Elsa Peres
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
M
Palmela ao longo do ano ainda vai receber várias colheitas, a próxima será no dia 7 de março entre as 15:00 e as 19:00 na Farmácia de Palmela (junto ao Pingo Doce), e para este ano estão agendadas seis colheitas de sangue.
Há quem considere que a vaidade é um defeito. Eu vejo a situação por dois prismas. Se a vaidade for um sentimento, que revele a nossa necessidade de nos enaltecermos deve ser encarada como um defeito. Mas também teremos que fazer uma outra análise. Se nos enviam mensagens a sentir a nossa ausência, então aí teremos que pensar que a vaidade tem uma certa razão de existir. Portanto, sinto-me vaidosa por sentir a solidariedade dos amigos, que se manifestaram preocupados com a maldita gripe que me afetou durante a época festiva e teima em continuar. Mas para as invejosas aqui vai a minha mensagem: não é uma gripe que me vence…pois estou pronta para a luta de mais um ano que agora começou. Este ano será de desafios, que prometo alcançar para tristeza de algumas e satisfação de muitas, porque estou viva, mesmo com o PDI a crescer. Tal como a mensagem que me mandaram e irei cumprir escrupulosamente: Lutar, alertar, denunciar e escrever para ser feliz!
Nuno Canta
NO DIA EM QUE TOMOU POSSE, MARIA JOÃO OLIVEIRA, ASSINALOU OS 54 ANOS, SENDO A PRIMEIRA MULHER PROVADORA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PALMELA. A NOVA PROVEDORA ENCARA AS NOVAS FUNÇÕES COM “ESPIRITO DE MISSÃO E SERVIÇO”.
aria João Oliveira é uma conceituada engenheira, empresária, mulher dedicada ao movimento associativo, nos Loureiros e na Associação da Festa das Vindimas, que está há quatro anos como dirigente da Santa Casa da Misericórdia de Palmela, que encara as funções de Provedora com “um profundo espírito de missão e serviço”, assente
CRONISTA
A vaidade é um defeito?
Colheitas um caso de sucesso em Palmela
plicou qual o seu objetivo: “Estou aqui hoje como estou sempre quando posso, porque acho importante ajudarmos quem precisa um dia de nós”, esse é um dos objetivos principais que deve de mover todos aqueles que doam sangue.
Fátima Brinca
Francisco Cardoso passou o testemunho à nova Provedora
em três sentimentos “justiça, verdade e amor”. A nova Provedora promete dar seguimento ao trabalho realizado pela instituição ao longo de quase 500 anos, que a “Misericórdia tem feito em prol da comunidade e dos mais desprotegidos e que mais precisam”. O acto de posse decorreu
na tarde de segunda-feira, na Igreja de S. Pedro, completamente cheia, onde foram também empossados os restantes elementos da Assembleia Geral presidida por Alberto Trovão do Rosário e do Conselho Fiscal, presidido por Fernando Martins.
omeço por desejar que 2019 seja para todos um ano marcado por mudanças positivas, por sucessos pessoais e profissionais, mas também por momentos de solidariedade e de fraternidade, valores essenciais para uma sociedade mais coesa e justa. Esta época do ano é propícia à reflexão sobre as nossas ações, sobre os projetos concretizados, numa lógica de avaliação daquilo que foi feito, mas também de projeção do futuro e de novos desafios. Tal como muitos de nós, também a vida de uma cidade, de um concelho é feita de momentos de viragem. Em 2019, Montijo prepara-se para os primeiros passos de um novo ciclo, com o investimento do novo Aeroporto do Montijo
que irá, certamente, projetar-nos para um momento de crescimento e desenvolvimento sem paralelo na nossa história. Enquanto comunidade, este será um novo e decisivo desafio que só estaremos à altura se conseguirmos continuar neste caminho de proximidade, união reciprocidade, em que todos – autarcas, instituições, empresas e cidadãos – são fundamentais para a construção de um Montijo mais moderno, coeso, sustentável, solidário e competitivo. A todos deixo uma palavra de confiança e esperança para o ano de 2019, fazendo votos que, tanto pessoal como coletivamente, seja um ano de prosperidade e de sucesso.
ATUALIDADE // 9 JANEIRO 2019
4
Tempo frio afasta população
ANTÓNIO CORREIA
COLABORADOR
Mas quem era esta gente?
O NOSSO COLABORADOR ANTÓNIO CORREIA DELICIA-NOS COM A PRIMEIRA CRÓNICA DE 2019 NUMA VIAGEM CHEIA DE HISTÓRIA PELAS FIGURAS POPULARES DO PRESÉPIO, QUE ORNAMENTARAM, ATÉ AO DIA DE REIS, O CENTRO HISTÓRICO DE PALMELA. O JCP DESAFIA-VOS A LER ESTA VERDADEIRA PEÇA HISTÓRICA DA VILA DE PALMELA. As figuras do presépio da vila que têm a ver com a nossa terra, merecem uma crónica que mexa com a memória da rapaziada que ande pela banda dos 80 anos. Quem era essa gente que mereceu representação para enfeitar, e bem, a nossa vila? Por onde vamos começar? Pela primeira figura que nos aparece. Um burro a beber água no chafariz e a dona. Quem é ela? Podiam ser umas quantas aguadeiras, mas a que ficou na memória de todos foi a Maria Galega (não se esqueçam que o seu nome verdadeiro era Maria Júlia Cardoso, como frisou o Ti Chico Latério!) e o burro o Ocarário. Mas as más línguas dizem que quando ela se danava com o burro insultava-o de tudo, que até o nome soava de maneira esquisita. Subimos a vila e, na praça do Duque, encontramos o Ti Agripino a vender sorvetes. Eram tão bons! Fez-nos lembrar o Ti Baltasar dos barquilhos, mas nada de enganos. Logo ali bem perto, sentado num degrau da igreja da Misericórdia, estava o “velho das cordas” Não se sabia bem o seu nome nem donde era. Alguém deve saber. Foi imagem que povoou as nossas ruas, serviu para meter medo aos miúdos durante alguns anos até que desapareceu, tão de repente como apareceu. Subindo até à Câmara, virando à direita está lá ao cimo um amola tesouras. Quem não se lembra, em qualquer canto do país, do som da gaita do amola tesouras. Quando se ouvia, dizia-se logo: “Está de chuva”. É que ele amolava tesouras, reparava chapéus de chuva, etc. Este do presépio de Palmela tinha nome e era do Pinhal Novo. Havia um outro que vinha da Galiza e percorria também o país de lés- a- lés. Descendo em direção à igreja de São Pedro, encontramos logo um acendedor de candeeiros, um “caga lume”, como era designado pelo povo. Era do tempo em que não havia nas ruas luz elétrica, mas candeeiros a petróleo ou a gás. Há quem se lembre ainda de alguém que tenha sido “caga lume” em Palmela? Mais abaixo, mesmo junto à Câmara, temos o Hipólito do petróleo mais a sua
Janeiras divertidas e com críticas
carroça encarnada e a mula; era mula ou burra? Fica o assunto para discussão. Falta-lhe uma coisa, e logo na altura da goleada ao Braga: a bandeira do Glorioso. Mais uns passos damos com um vendedor de suspiros. Tem ares de homem crescido mas, por norma, quem vendia suspiros eram rapazotes. O Ti Chico Latério defende que os suspiros eram doces característicos de Palmela e que o melhor vendedor de todos era o Henrique Pastoria; andava rua abaixo, rua acima, e quem fazia os melhores suspiros era a Ti Otília. A razão porque havia assim tantos suspiros era porque quase toda a gente tinha umas galinhas e nessa altura as pessoas comiam bastantes gemadas, talvez para fazer face a uma certa pobreza na qualidade da alimentação. Dos ovos, ao fazerem as gemadas, guardavam as claras e, quando havia certa quantidade, toca de fazer suspiros e de pôr os miúdos a vendê-los. Na conversa alguém confessou que se punha à espreita que a galinha pusesse o ovo, roubava-o, fazia a gemada e deixava a clara e as cascas no ninheiro; a mãe julgava que eram as galinhas que comiam os ovos e toca de lhes cortar ou queimar o bico. Que histórias! Na varanda da Câmara está um fulano a tocar buzina. Na véspera do Dia de Reis havia quem tocasse buzinas à noite, para esperar os Reis, na Esplanada, onde vinha dar a estrada de Setúbal - a Calçadinha, na entrada de outras estradas de acesso à vila muito, muito antigamente; tal era a zona do chafariz, onde vinham dar as estradas de Azeitão/Sesimbra e estrada do Moita, e a zona da Azinhaga, atual rua dos Bombeiros Voluntários, onde vinha dar a estrada do Samouco. Ao ver essa figura fiquei a pensar se não seria um pregoeiro. Esse sim, era figura em Palmela; Ti Chico diz que o melhor de todos foi o Adelino do Zé s’teguia. Mas houve outros: o Mataliano que era de Setúbal mas veio para Palmela, o Zé Pouca Roupa, o Lourenço da Tigela, filho da Maria Galega …Mas isso fica também para discussão entre a rapaziada dos 80. Há mais duas figuras muito interessantes. A Mestra (tiveram uma função importante em Palmela, as mestras, quando a escola do ensino primário dava primeiros passos) e a “Tigrafista”, como era conhecida, ficou tão célebre. Mas houve outras; mais um assunto para a conversa da juventude desse tempo. A última figura de que Palmela se lembra ainda, era a do leiteiro que ia de porta em porta, com a vaca atrás e nada de bilhas, a vaca era a bilha donde se tirava o leite fresquinho ou quentinho, como queiram. Além do João Malhadinho quantos mais leiteiros houve? Fiquem a falar disso. Até à próxima.
A TRADIÇÃO DAS JANEIRAS REGRESSOU A PALMELA NA NOITE FRIORENTA DE DOMINGO, QUE MOBILIZOU POUCA GENTE PARA ASSISTIR ÀS CANTORIAS DAS SETE ASSOCIAÇÕES QUE PARTICIPARAM E QUE MERECERAM OS AGRADECIMENTOS DO PRESIDENTE ÁLVARO AMARO POR “TEREM MANTIDO AS JANEIRAS COM A PUJANÇA DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO”. Elsa Peres
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
tradição das Janeiras regressou às ruas de Palmela na noite de domingo, onde o frio resolver marcar presença e dificultar o acender da fogueira, que nem o petróleo conseguiu vencer. O desfile dos grupos corais começou nos Paços do Concelho e depois de percorrer as ruas do Centro Histórico, concentrou-se junto ao Cinema S. João, onde se cantaram as Janeiras e deram as boas festas aos autarcas. O presidente Álvaro Amaro agradeceu a participação das sete associações, realçando “a pujança do movimento associativo, que tem mantido a tradição das Janeiras”, que “transmite uma mensagem de paz” e concluiu “iremos ter boas notícias para o concelho de Palmela”. Ao ritmo da música alentejana participaram no evento o grupo Modalalentejo, da Quinta da Marquesa e os Ausentes do Alentejo. O Centro Social de Palme-
la usou a música do Toy “toda a noite” para entoar com as vozes bem afinadas “comandadas” por Carlos de Sousa, atual presidente da instituição, a dar o mote “vou cantar, vou dançar/ nas Janeiras eu vou arrasar/ toda a noite, toda a noite/ Vou beber, vou-me rir/ só não vou poder conduzir/ Esta noite…esta noite/ oh…oh.. oh”. Mas os autarcas também não foram esquecidos, onde “o Adilo está bem/ o Calha parece bem/ Todo o mundo aqui está bem/ Com o nosso Álvaro…com o nosso Álvaro”. E a música “Já fui ao Brasil” aqueceu a noite fria com o refrão a puxar ao bairrismo palmelense “já fui a Setúbal/ Lisboa e Tondela/ mas não há Janeiras/ como em Palmela”. Seguiu-se a Associação dos Idosos de Palmela, que ao ritmo do Cochicho ergueu as vozes em coro num afinado refrão “rapaziada vamos lá sair de casa/ e venham todos na brasa/ para cantar as Janeiras/ rapaziada tragam vozes afinadas/ vivam as mulheres casadas/ e as raparigas solteiras” e terminou com ofertas de “um abraço especial/ e oferecer com carinho/ um miminho/ À Câmara Municipal/ Nesta maré de esperança e bonança/ ao alvor dum novo dia/ Em liberdade com dignidade/ saudamos com amizade/ a Junta de Freguesia”. Os Escoteiros também marcaram presença e mais uma vez as músicas de Toy estiveram em destaque. Loureiros atentos e com muitas críticas A Sociedade Filarmónica Pal-
melense “Loureiros” não brinca em serviço e as Janeiras são o pretexto para diversos alertas, que na cantoria bem afinada lembra as figuras do presépio “a mestre telegrafista/ que está muito bem composta/ na torre uma boa vista/ a franja da Beatriz Costa”. Também não esquecem o presidente da Junta de Freguesia “Noite fria de Janeiro/ somos terra com bons ares/ é um autarca porreiro/ presidente Jorge Mares”. A falta de iluminação de Natal
também não escapou às criticas “entidades estão presentes/ no largo de São João/ O Natal era perfeito/ com outra iluminação” e lembraram “a amiga Ana Teresa/ de uma alegria sem par/ cantamos com a certeza/ que nos vai apreciar”, sem esquecer “ao Álvaro Amaro presidente/ boas festas vimos dar/ Loureiros dizem presente/ nas Janeiras a cantar”. A Humanitária terminou as cantorias enquanto lembrava o moscatel, que foi saboreado como manda a tradição para acompanhar o bolo rei.
9 JANEIRO 2019 // PUB
5
ENTREVISTA // 9 JANEIRO 2019
6
Tiago Machado PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Os Nórdicos atacam turismo em Portugal e .....Palmela ? OS NÓRDICOS ( FILANDESES, NORUEGUES, SUECOS E DINAMARQUESES) DÃO PREFERÊNCIA A PORTUGAL PARA COMPRA DE SEGUNDA CASA. PORTUGAL DESTRONOU A ESPANHA E PASSOU A SER O DESTINO MAIS PROCURADO PELOS NÓRDICOS PARA A COMPRA DE CASA NO ESTRANGEIRO. Assim, segundo os dados da pesquisa, Portugal passou a ser o destino mais procurado. E isto deve-se essencialmente aos problemas verificados em Espanha, como uma série de escândalos imobiliários, corrupção, excesso de oferta de casas e legislação duvidosa. No mês passado, Portugal tinha ultrapassado França e Itália, passando da quarta para a segunda posição na lista dos destinos mais procurados. Apesar de algum receio de um novo aparecmento de uma crise económica global, as pesquisas de casas à venda no estrangeiro mantêm-se sólidas, o que demonstra que o desejo de os nórdicos terem uma habitação fora do seu país está mais intenso do que nunca. Arrastado pelo turismo a nível nacional e tendo em conta as valências históricas, arquitectónicas e de localização, Palmela, custa a despontar e a criar sustentabilidade num sector âncora em outras regiões, sem a nossas potencialidades. Como tal existe aqui um papel importante por parte do poder politico mas não menos importante da própria comunidade no sentido de promover condições para que o investimento privado estrangeiro seja captado. Pois só através desta ferramenta é que podemos resfriar a chamada desactivação da zona histórica, na esfera comercial e habitacional. As vilas históricas com qualidade de vida, com bom clima e a poucos minutos de um aeroporto internacional são procuras primárias por parte dos turistas nórdicos. Cabe a nós ( aqui o nós é o mais lato possível) agarrar essa oportunidade e através de parcerias, através de eventos internacionais , bem como uma promoção estratégica, catapoltando a economia local e fundamentalmente mitigar aquilo que é um efeito sombrio de ausência de gentes (turisticas e não turistas) nas ruas de Palmela.
“Fomos muito felizes sempre a trabalhar juntos” Ó GENTE DA MINHA TERRA HÁ LOCAIS ICÓNICOS QUE SÃO MARCA REGISTADA DE CERTAS LOCALIDADES, MAS MUITOS DELES CHEGARAM A ESSE ESTATUTO MERCÊ DAS PESSOAS QUE NELES TRABALHARAM E CRIARAM A SUA IMAGEM. É O CASO DO MÍTICO RESTAURANTE ‘RETIRO AZUL’ EM PALMELA. INICIALMENTE FUNCIONANDO COMO CAFÉ – BAR, CONFORME COMPROVAM FOTOS QUE REMONTAM A 1907, ESTA CASA QUE JÁ COMPLETOU 111 ANOS, FOI DURANTE ANOS CONSIDERADO UM RESTAURANTE DE LUXO.
Carmo Torres
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
N
atural de Palmela, a actual proprietária D. Olímpia Pereira, com 76 anos, recorda-se do Retiro Azul original “que servia os melhores pastéis de nata de que há memória. Quando completei a quarta classe, a minha mãe deixou-me vir cá abaixo (morava na zona histórica de Palmela) para vir comer um e nunca me esqueci disso. Eram feitos por um pasteleiro numa casinha pequena quase em frente e de forma muito artesanal mas eram deliciosos.” D. Olímpia Pereira recebe-nos na sua casa, construída pelo marido, António Pais Pereira, no piso superior do restaurante, e que guarda as memórias “de uma vida que sempre foi muito feliz. Foram 52 anos de casamento que terminaram com o falecimento de António Pereira em Setembro de 2016, e dos quais relembra “os momentos lindos que vivemos, e por isso é que eu digo sempre a toda a gente: vivam a vida,
aproveitem cada momento e sejam felizes. E é com um largo sorriso, embora de lágrimas nos olhos, que recorda como foi o encontro com o seu ‘Ninho’, “eu só podia ser sempre uma mulher feliz porque tenho tantas histórias bonitas na minha vida. Ele tinha um quarto alugado e passava pelo local onde eu estava e reparava em mim mas eu nem ligava a isso, foi perguntar informações minhas ao patrão e soube que além da seguradora, eu estava a trabalhar nas bilheteiras do cinema, para onde fui quando fiz 18 anos. Um dia ele chegou lá mas em vez de ir ao guichet, veio à porta e eu atrapalhada que estava com uma meada de linha,
disse: ‘não se importa de segurar aqui?’, mas sem maldade nenhuma. Ele pegou, e no fim pediu-me namoro. Eu fiquei sem resposta, só disse que tinha de falar com os meus pais. Mas fiquei muito contente, porque ele era muito bonito só que nunca pensei que fosse a mim que ele quisesse. Os meus pais não queriam muito porque nessa altura não se gostava que as raparigas casassem com ‘rapazes de fora’. Mas valeu-me um tio que estava no Brasil e que quando cá veio foi comigo e com a minha mãe a Lisboa e a Corroios falar com familiares do António, que o gabaram muito.” Casaram no dia 19 de Maio de 1963, na igreja de Palmela, “um dia tão bonito. Fomos para o copo-de-água nos Caceteiros,. Casados de fresco “fomos morar para uma casa a estrear, a mais cara de Palmela, custava a renda 450 escudos, e depois o próprio senhorio achou que era demais e baixou o valor. Mas o meu marido ganhava bem e eu fiquei em casa, durante dez anos. Depois construímos uma casa num terreno ao pé da minha mãe, a seguir comprou outros terrenos e fez duas vivendas, quando era nova dizia sempre que havia de ter um carro e uma casa, e era natural porque era sonhadora e sempre lutei para ter isso, tive dois empregos e por isso conseguimos também fazer
a vida que quisemos, viajamos muitos.” Uma das grandes paixões de D. Olímpia Pereira são os bordados, os quais expõe com orgulho nas paredes da sua casa. “Para mim a felicidade era poder estar sentada sossegada junto à porta de casa da minha mãe e bordar. Comecei a trabalhar com 14 anos, na agência de Seguros Augusto Real, que ficava ao pé da Câmara Municipal e no primeiro mês ganhei cinquenta escudos de ordenado, o que foi uma fortuna para mim. Nesse dia saí dali e fui à loja do Gama, comprar linhas e pano de lençol para bordar. Mas quando cheguei a casa, o meu pai queria que devolve-se o que comprei de material para bordar porque achava que o dinheiro era para trazer para a casa, mas eu entendia que tinha de começar a fazer o meu enxoval. O meu pai era uma joia, mas naquele tempo as pessoas eram muito agarradas ao dinheiro.” História de sucesso António Pereira explorou durante décadas o restaurante no qual trabalhou sempre como empregado de mesa. “Ele era natural de Troviscais Fundeiros, em Pedrógão Grande e veio para Lisboa com 16 anos. Depois foi fazer a tropa para Setúbal, onde estava na messe de oficiais.
9 JANEIRO 2019 // ENTREVISTA Aos fins-de-semana e feriados vinha de lá em bicicleta para o Retiro Azul como empregado de mesa, para ganhar um extra, e o Sr. Esteves sempre gostou muito dele” recorda a esposa. “Na altura ganhava-se muito bem como empregado de mesa, tinha dez por cento das receitas e ainda as gratificações, porque era muito simpático e eu dizia-lhe que ele era o ‘melhor empregado de mesa de Setúbal’.” A determinada altura, surgiu a vontade de ter um negócio próprio “e ainda esteve quase a ficar com o restaurante das Pontes, mas quando já tinha tudo encaminhado outra pessoa ofereceu mais e ficou com o negócio, mas ainda bem que isso aconteceu porque depois ficámos com o Retiro Azul, com outro sócio, o Zé Lopes “Padeiro”. Lá se fez o negócio, em Outubro de 1973. O meu marido não sabia dizer que não, fosse a pedirem-lhe dinheiro ou para ser fiador ou outros favores e não via maldade em ninguém, acreditava muito nas pessoas, mas teve algumas desilusões. Ainda no tempo da sociedade foi comprado “ao Xavier Santana o prédio do restaurante, que era uma casa velha, e onde também moraram os antigos donos, e foi aí que o meu marido fez esta casa.” A ela calhou-lhe começar a trabalhar no restaurante já com cerca de 31 anos, depois de ter saído dos anteriores empregos por decisão do
marido, devido à saída do cozinheiro. “O Bazílio foi para a Guiné e eu achei que não valia a pena estar a contratar outra pessoa” e acabei por conseguir dar conta da cozinha mas também por causa da minha teimosia, porque entendi que se tinha dito que conseguia, não podia depois dar parte de fraca.” Foram tempos em que o Retiro Azul trabalhava quase todos os dias a todo o vapor. “Tínhamos entre 17 e 18 empregados, 6 empregados de mesa, 6 pessoas na cozinha comigo, 4 ao balcão, 2 mulheres na copa e 3 na limpeza.” Ficou conhecida na cozinha pela ‘caldeirada de cataplana’ e pelo molotov. “Não sabia a receita, foi por tentativa e erro, tantos que me saíram mal mas lá acertei e depois vendíamos às dúzias. As pessoas estavam habituadas a vir cá comer a tortilha e o frango, filetes e bifes de cebolada, porque o anterior dono era galego e servia esses pratos.” Em 1994 foram feitas obras de fundo no restaurante, que deram uma nova vida ao restaurante”. O seu gosto apurado levava-a a tentar sempre melhorar também a decoração do espaço. “Andava sempre a fazer arranjos, a inventar coisas, colocar flores frescas nas mesas no Verão, e velas no Inverno.” Considera que “foi muito fácil trabalhar com o marido. Ele é que percebia de hotelaria e eu fazia a escrita”.
7
Outra ajuda que teve no restaurante foi a de Nuno Gil, hoje seu genro e reconhecido mestre doceiro em Palmela. Quando veio para o restaurante, começou a aproveitar a cozinha para fazer o doce conventual e a fazer experiências, a vender, e agora tem o negócio dele. Nessa altura trabalhávamos muito, feriados, fins-de-semana, festa das Vindimas, dia de Natal e de Ano Novo mas eu estava feliz porque estava com a pessoa que amava mais no mundo, e por isso tornou tudo muito fácil. Ganhos Há cerca de 27 anos a derrocada do muro na rua Hermenegildo Capelo, “numa noite de chuvada e de muito movimento no restaurante, e em que muitos fugiram sem pagar”, permitiu ao casal comprar em hasta pública o terreno e nele construir o Hotel Varandazul. Outro negócio que levou avante foi o fornecimento de almoços para a empresa ‘Controldata’. “Vieram pedir-nos para servirmos cerca de 40 refeições diárias, com sopa, prato e sobremesa. E isto durou uns três anos, até a Controldata fechar.” “O nosso restaurante, tirando algumas excepções nunca foi muito frequentado pelas pessoas da vila, os nossos clientes eram do Barreiros, Setúbal, Montijo etc, porque achavam que era muito caro, e isso era um engano. Tinha a fama de ser para elites, embora depois da obra alguns tenham vindo cá para ver as mudanças.” “ Decidi usar o espaço de cafetaria para abrir a tabacaria, com três vitrinas altas só para louças e brinquedos e outras para as bijuterias e pequenas coisas. Vendia tanto, sobretudo na altura do Natal!”. A mercadoria ia buscar a Lisboa “de comboio porque eu tinha medo de levar o carro, e depois vínhamos carregadas de sacos e sempre com dificuldade em apanhar táxis em Lisboa, porque eles não paravam quando nos viam carregadas. A minha nora ficava escondida com os sacos e eu mandava parar, para não nos deixarem em terra. Depois fui-me habituando e levava o carro para o Martim Moniz, no Bem Formoso. E ia a Espanha comprar brinquedos, como os bebés carecas e outros, que eram um sucesso, tinha
tanta encomenda. Íamos de autocarro. Nem sempre corria bem, porque os carabineiros andavam sempre a ver se descobriam contrabando e depois tínhamos de ir à casa da fronteira e dizer para quem eram as coisas. Uma das senhoras, a caseira da quinta, só dizia que era para o neto, e para a neta, e o polícia perguntou-lhe quantos netos tinha e ela tão atrapalhada não soube responder!”. Antes do falecimento de António Pereira, o Retiro Azul chegou a estar encerrado “durante três anos, as pessoas falavam que, se ia perder o ex-libris de Palmela, que não devia fechar, mas foi uma boa opção. Depois de analisar algumas propostas para arrendar o restaurante, de acordo com os meus filhos, resolvi arrendar”. Mantém actualmente a gestão do café-papelaria. “Tenho quatro empregados”. Afirma que nunca pensou em vender o Retiro Azul e “felizmente as coisas estão a correr
bem”. A apoia-la tem os dois filhos e os netos. “Os meus filhos todos os dias me vem dar um beijinho e os netos vêm cá almoçar muitas vezes. E é o facto de ter uma boa família que me permitiu gerir a perda do meu marido, e por isso também tudo faço para os ver felizes. Estão sempre a dizer-me para aproveitar tudo, ir em viagem, comer o que me agrada, até porque com a idade que tenho é preciso aproveitar tudo. Os momentos mais complicados vive-os ao serão. “Quando venho para casa, falta aquela pessoa com que conversar. Por vezes tenho algo engraçado para contar e penso: ‘ah, tenho de ir contar esta ao Ninho’ e depois caio em mim.” Só não mantenho a gestão do restaurante, embora tenha a certeza de que conseguia mas é muito trabalho e os meus filhos acham que é altura de eu descansar.”
DESPORTO // 9 JANEIRO 2019
8
Seleção de Setúbal conquista 1º lugar Torneio Nacional Interassociações – Futebol Feminino O CAMPO DO OLIVAL, EM ÁGUAS DE MOURA, COM O RECÉM INAUGURADO RELVADO SINTÉTICO, RECEBEU NO ÚLTIMO FIM DE SEMANA, OS JOGOS DO GRUPO 6 DA FASE ZONAL DO TORNEIO NACIONAL INTERASSOCIAÇÕES DA SELEÇÕES FEMININAS SUB 17, ONDE A SELEÇÃO DA AFS CONQUISTOU O 1º LUGAR, AO VENCER AS EQUIPAS DA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE BEJA E DA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DO ALGARVE. Redação
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
O
Futebol Feminino continua a estar em destaque na região de Setúbal, com a equipa do Quintajense a brilhar, fazendo-se
representar na Seleção da AFS com seis jogadoras. O Torneio Nacional Interassociações contou com três equipas no Grupo 6 da Fase Zonal das seleções femininas de sub 17, cujos jogos decorreram no último fim de semana, no relvado sintético da Campo do Olival, em Águas de Moura. A seleção da AFS ganhou o primeiro jogo, com vitória de uma bola a zero, frente à Associação de Beja, tendo o golo sido marcado por Mara Pereira, do Palmelense. No último sábado realizou-se o jogo da seleção setubalense com a associação do Algarve, onde Vilhena inaugurou o marcador para as algarvias, mas Inês Pinto, do Quin-
tajense, deu a volta ao resultado, bisando na partida, com golos aos 17 e aos 21 minutos. A seleção da AFS ficou classificada em 1º lugar com duas vitórias e vai integrar o grupo das associações qualificadas para disputar o título nacional. “Entrámos no mapa dos eventos desportivos” Os dirigentes do Águas de Moura não pouparam elogios a Francisco Cardoso, presidente da Associação de Futebol de Setúbal (AFS), por “ter escolhido o nosso campo para a realização do Torneio, pois inaugurámos recentemente o nosso relvado sintético e esta iniciativa deu-nos nome a nível dos eventos desportivos”. E a provar o destaque, as bancadas repletas de muito público feminino, bem como muitos adeptos, que se concentraram
Campeonatos Distritais
A equipa do Algarve foi a primeira a marcar
em redor do campo. Seleção da AFS A seleção da AFS treinada por João Pedro Valente integrou as seguintes jogadoras: Ana d’Água (guarda-redes), Inês Pinto, Inês Pires, Carlota Almeida,
Lícia Cruz e Cíntia Veiga, do Quintajense; Mara Pereira, do Palmelense; Beatriz Painço e Beatriz Sebastião, do Paio Pires; Maria Correia e Iris Folques, do Amora; Mariana Borralho e Catarina Costa, do Barreirense e Inês Moreira, da Escola de Futebol de Setúbal.
Campeonato de Portugal
Pinhalnovense com Equipas de Palmela começam ano com derrotas excelente segunda
parte consente empate
O
Palmelense, que até começou bem o jogo frente ao Grandolense, acabou por ser derrotado, nos últimos minutos da partida, que se realizou no último domingo, no Campo Cornélio Palma. De pouco valeu o golo de Rui Carreira, tendo o Palmelense perdido por duas bolas a uma. No próximo domingo o Palmelense recebe o Oriental Dragon. Mas se o Palmelense a disputar o Campeonato Distrital da I Divisão e que conseguiu passar aos quartos finais da Taça de Portugal da AFS, saiu derrotado, também as três equipas do Distrital da II Divisão não forma além de derrotas, neste início do ano. O Águas de Moura na deslocação ao Estrela de Santo André foi goleado por quatro bolas a zero. Já o Lagameças também foi goleado por cinco bolas a uma no Campo do Alcacerense, enquanto o Quintajense perdeu por um golo frente ao Samouquense.
Derrotas nos distritais
No próximo domingo, o Águas de Moura recebe o Comércio e Indústria, enquanto o Lagamento joga em casa com o Samouquense. De pouco valeu o golo de Rui Carreira, tendo o Palmelense perdido por duas bolas a uma. No próximo domingo o Palmelense recebe o Oriental Dragon. Mas se o Palmelense a disputar o Campeonato Distrital da I Divisão e que conseguiu passar aos quartos de final da Taça de Portugal da AFS, saiu derrotado, também as três equipas do Distrital da
II Divisão não foram além de derrotas, neste inicio do ano. O Águas de Moura na deslocação ao Estrela de Santo André foi goleado por quatro bolas a zero. Já o Lagameças também foi goleado por cinco bolas a uma no Campo do Alcacerense, enquanto o Quintajense perdeu por um golo frente ao Samouquense. No próximo domingo, o Águas de Moura recebe o Comércio e Indústria, enquanto o Lagameças joga em casa com o Samouquense.
NA PRIMEIRA INCURSÃO DA EQUIPA DO FERREIRAS À BALIZA DO PINHALNOVENSE REGISTOU-SE O PRIMEIRO GOLO DOS VISITANTES, QUANDO ESTAVAM DECORRIDOS 21 MINUTOS DE JOGO. O PINHALNOVENSE CONTINUOU A DOMINAR A PARTIDA COM DIEGO A FAZER O GOLO DO EMPATE AOS 40 MINUTOS. Juca Meireles
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
pesar do sol radioso, o frio intenso fazia-se sentir no Campo Santos Jorge, com a equipa do Pinhalnovense a dominar a partida nos primeiros 20 minutos. No minuto seguinte, na primeira investida à baliza da equipa azul e branca, Guilherme Machado aproveita uma desatenção do Pinhalnovense e inaugura o marcador. Nos minutos seguintes o Pinhalnovense voltou a dominar
e na primeira oportunidade Diego Zaporo, fez o gosto ao pé, ao fuzilar com um golaço o guardião Duarte, quando estavam decorridos 40 minutos. Na etapa complementar o Pinhalnovense continuou a dominar, mas a falta de eficácia continuou até aos 67 minutos, quando depois de um livre premiado com amarelo a Ryel, o capitão Bruno Grou não “perdoou” e marcou o segundo para o Pinhalnovense. Apenas as bolas perdidas iam criando situações de perigo na baliza da casa, que dominava com sucessivas jogadas de perigo, mas a pontaria desafinada ou as defesas de Duarte, mantinham o jogo com a vitória mínima para a equipa azul e branca. Mas os prognósticos devem fazer-se apenas no fim do jogo e já na etapa de compensação, Diogo Palma marca o golo da igualdade, num empate muito consentido pela equipa de Luís Manuel, que no próximo domingo desloca-se ao campo do SP Ideal.
Destaques do Jogo 04’ – Excelente iniciativa de Grou, que adiantou um pouco a bola 06’ – Falta sobre Rao Bin e na sequência do livre Feiteira atira com frieza, mas a bola perde-se pela linha lateral 21’ – Primeira jogada do Ferreiras junto à baliza de Pedro Carvalho com Guilherme Machado a marcar para os visitantes 26’ – Perdida incrível de Diego, que subiu mais alto, mas não conseguiu bater o guardião Duarte 30’ – Excelente investida de Martim Águas com a bola a passar a rasar o poste da baliza 40’ – Diego atira um pontapé com garra, que fuzila o guardião Ferreiras para o golo da igualdade 57’ – Excelente iniciativa de Guilherme Machado, que deixa por terra dois jogadores do Pinhalnovense, atirando bola traiçoeira com Pedro Carvalho a defender com as pontas da luva 65’ – Subida de Diego a atirar a bola ligeiramente ao lado 67’ – Amarelo para Ryel e na sequência do livre Grou marca o segundo para o Pinhalnovense 78’ – Excelente cruzamento de Grou com Miguel Angelo a cabecear e Diogo Paulo a evitar o 3º para o Pinhalnvense 86’ – Três insistências do Pinhalnovense com a baliza do Ferreiras a passar por apuros 92’ – Já no período final da compensação Diogo Palma não desiste da bola e vê a sua insistência premiada com o golo do empate
9 JANEIRO 2019 // PUB
9
MONTIJO // 9 JANEIRO 2019
10
Isabel de Almeida COLUNISTA
ANO NOVO…VIDA VELHA! Estamos em 2019, grande parte dos Portugueses percorreu os centros comerciais na azáfama habitual de encontrar o presente ideal para todas as pessoas perante as quais se sente existir tal dever social. Também não faltaram os célebres jantares de Natal de amigos, de empresas, de instituições, onde, tantas vezes, bem esmiuçando sociologicamente o contexto, encontramos diversos focos de hipocrisia, de “socialmente correcto”, de “parece mal não comparecer, pois posso ficar na lista negra da popularidade”. Outro factor apanágio da época festiva que terminou no dia de Reis – a seis de Janeiro - ´é a caridadezinha festiva, aquela que se implanta, qual vírus bondoso em muitos cérebros que se esquecem, naturalmente, que os alvos de tais ajudas têm necessidades e precisam de apoio não apenas nesta época, mas numa linha de continuidade. Aviso a anotar nas agendas desde Janeiro: as crianças, os idosos, os animais e todos os carenciados em geral não precisam de ajuda apenas em Dezembro, precisam de reunir todos os apoios particulares e institucionais que consigam reunir ao longo de todo o ano, precisam que o Estado e outras instituições olhem para eles não como meros números de frias estatísticas, mas como seres vivos com necessidades básicas que carecem de ser satisfeitas! Quantas vezes uma ideia inteligente de aproveitamento de recursos que, por norma são perdidos, faria toda a diferença na vida de tanta gente, e friso, não apenas em Dezembro…?! Agora que passou a verdadeira histeria festiva, é tempo de refazermos contas à vida, pensar que teremos de contar com as tradicionais subidas nos preços de bens e serviços de primeira necessidade: combustíveis, transportes, bens alimentares, carga fiscal, etc. O sonho de Natal acabou, podemos voltar a guardar nas caixinhas metodicamente etiquetadas os enfeites dourados, os presépios de família, o pai Natal e quejandos! Também se recomenda uma visita corajosa à balança, pois aconselham as normas de alimentação saudável e de mente sã em corpo são que se comece o necessário detox! Importante, sim, é fazermos todos nós Portugueses um exercício de reflexão conjunta, com o seu quê de “exame de consciência” e tentarmos perceber porque motivo temos um pais que, também ele recuperado da ilusão causada pelo encadeamento das luzes de Natal, caminha para o mais absoluto descalabro financeiro e social, com sectores chave em protesto, e que deixam como danos colaterais irreversíveis efeitos nefastos na vida dos cidadãos que são meros e comuns mortais, e que não têm Direito a qualquer regime de excepção… Pensemos para onde caminham os sistemas de saúde, judicial, financeiro, dos transportes e combustíveis! Bem Vindo sejas 2019, welcome to our world
PSD quer ouvir ministro da Defesa e chefe do Estado-Maior da Força Aérea Em causa estão as implicações do novo aeroporto nas missões da FAP OS SOCIAIS-DEMOCRATAS QUEREM OUVIR OS ESCLARECIMENTOS DO MINISTRO DA DEFESA E DO CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA FORÇA AÉREA SOBRE AS IMPLICAÇÕES QUE POSSAM SURGIR COM A IMPLANTAÇÃO DO NOVO AEROPORTO NA BA6, NAS MISSÕES DO RAMO QUE ESTÃO SEDIADAS NAQUELA BASE MILITAR DO MONTIJO Miguel Garcia
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
O
requerimento já seguiu na passada segunda-feira para serem ouvidos na comissão parlamentar de Defesa o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior da Força Aérea sobre quais as implica-
ções que possam vir afetar a operacionalidade da BA6 do Montijo. Em causa está o facto de que naquela base militar estão sediados a frota de aviões de transporte C130 Hercules, a frota de C295M com missões de transporte, vigilância marítima de busca e salvamento, os Falcon 50 e os helicópteros Merlin EH 101, de busca e salvamento e o apoio aos helicópteros Lyny, da Marinha. O PSD quer saber se irá haver uma deslocalização total ou parcial das frotas e quem irá custear a eventual transferência de aeronaves, mas também quer saber em que ponto está o processo de negociação com a ANA – Aeroportos de Portugal. No requerimento apresentado pelo PSD, o documento sublinha que a construção do novo aeroporto no Montijo implicará “necessariamente
uma reorganização da operação dos meios” da Força Aérea e a adaptação do dispositivo às novas circunstâncias operacionais do Montijo. O custo para deslocalizar as aeronaves militares da base do Montijo custará cerca de 200 milhões de euros e demorará entre dois a três anos. João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, defendeu que a operação
militar e civil na base do Montijo é compatível, referindo ainda que futuras aeronaves da FAP, KC-390, vão operar a partir do Montijo. Parte do AT1, aeródromo militar em Figo Maduro, na Portela, será transferido para o Montijo, segundo o plano do Governo. Já os aviões C-295 e os C-130 vão para bases como Sintra e Beja.
“Aquilo não vai ser um aeroporto, vai ser um apeadeiro” Jerónimo de Sousa considera projeto do novo aeroporto como “apeadeiro” DECLARAÇÕES DE JERÓNIMO DE SOUSA AGITAM PODER POLÍTICO LOCAL E NACIONAL QUANDO APELIDOU DE “APEADEIRO” O NOVO AEROPORTO COMPLEMENTAR DO MONTIJO Miguel Garcia
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
F
oi na Vidigueira (Beja) que o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, declarou no seu discurso para militantes e apoiantes, que o novo aeroporto do Montijo irá ser um <<apeadeiro>> ou um <<aeroportozinho>>. Num almoço convívio na região alentejana, Jerónimo de Sousa apontou “baterias” ao Governo de António Costa depois de ser conhecida a data para a assinatura do acordo entre o Estado e a ANA – Aeroportos de Portugal: “Aquilo não vai ser um aeroporto, vai ser um apeadeiro para beneficiar um grande grupo económico, a da Vinci francesa, em que fazem um aeroportozinho”, para o secretário-geral do PCP, o país precisa de um “aeroporto maior, numa perspetiva de desenvolvimento económico”. O responsável do PCP apontou
ainda o dedo à rapidez com que o Governo anunciou a assinatura do acordo, que decorreu ontem na Base Aérea do Montijo, local que vai receber a plataforma aeroportuária complementar ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Mas outras críticas foram deixadas por Jerónimo de Sousa na Vidigueira, como o caso das privatizações, apontando o dedo à privatização da ANA – Aeroportos de Portugal: “Entregaram durante 50 anos a concessão a essa multinacional”, a Vinci, que é agora a dona “dessa gestão de todos os aeroportos do país” e “fazem um aeroportozinho ali no Montijo”. As palavras de Jerónimo de Sousa não caíram bem aos autarcas da região que defendem a instalação da plataforma aeroportuária no Montijo, e o JCP sabe junto de fontes do PS que as declarações do secretário-geral do PCP não foram bem recebidas, comparando o comunista com Mário Lino que na altura de ministro das obras públicas, também caraterizou a margem sul do Tejo como “deserto”. Segundo a edição online do Diário do Distrito são muitos os autarcas do PCP que defendem atualmente a instalação do aeroporto complementar em Beja, já que no Governo de Sócrates
Jerónimo de Sousa classifica aeroporto do Montijo como apeadeiro
foi construída aquela infraestrutura aeroportuária em pleno coração do Alentejo, essa ideia começou a ter alguma formação depois do Campo de Tiro de Alcochete não ser uma solução financiável por parte de parceiros da empresa que agora gere os aeroportos nacionais. Autarcas do Oeste querem aeroporto na OTA Outra ideia que parece estar a tomar grandes proporções e até já defendida de novo por algumas individualidades da região é a instalação do aeroporto naquela região e que já apresentaram alternativas credíveis em que afirmam que a OTA é a melhor solução ao aeroporto
de Beja, Campo de Tiro de Alcochete e Montijo. Autarcas e empresários daquela região defendem a instalação do novo aeroporto na OTA porque é uma mais valia para a economia da zona. Mas a luta pelo novo aeroporto não se fica pela OTA, um outro grupo de empresários e autarcas da região de Leiria também defende a ideia de que o Governo poderá procurar instalar o aeroporto na Base Aérea de Monte Real, depois do avião do Papa Francisco ter escolhido aterrar naquela base militar, por a mesma ficar a poucos quilómetros de Fátima. Os autarcas da região viram uma oportunidade para reclamar junto do Ministério das Infraestruturas um olhar mais atento para aquela região.
9 JANEIRO 2019 // SETÚBAL
11
Descerramento da placa dos 50 anos Rotários homenageiam Calafate
Elsa Peres
Os Rotários de Setúbal, a que se associaram largas dezenas de pessoas, lembraram António Maria Eusébio, o Calafate, com o descerramento de uma placa dos
ntónio Chitas, presidente do Rotary Club de Setúbal, lembrou a figura de Calafate, cujo busto existente no Parque do Bonfim foi oferecido há 50 anos pela instituição. A data foi agora lembrada pelos rotários de Setúbal, que descerraram uma placa, que contou com a presença de familiares do Calafate e do arquiteto Castro Lobo, de poetas, técnicos da cultura da Câmara, atores, entre eles José Nobre, que incarnou a figura do homenageado. Nenhum dos autarcas da autarquia esteve presente. Na homenagem promovida pelos Rotários lembrou-se que “António Maria Eusébio, calafate de profissão, foi um carismático autor popular, que, embora simples e iletrado, relatou em poemas e cantigas a evolução do burgo setubalense na transição do século XIX para o século XX”. O Calafate garante em poema “nunca fiz mal a ninguém/ se acaso
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
50 anos, junto ao busto do poeta. Os autarcas de Setúbal primaram pela ausência, onde José Nobre assumiu o papel de Calafate.
CALAFATE
A
José Nobre encarnou Calafate
fim algum bem/ não estou disso arrependido/ se mal pago tenho sido”. As comemorações do bicentenário do nascimento de António Maria Eusébio vão continuar até Novembro deste ano, com as próximas iniciativas a realizarem-se no dia 12 de Janeiro,
às 16h30, na Biblioteca Municipal com a apresentação pública de nova edição do Concurso de Poesia Popular. No dia 24 de Janeiro, às 21h00, na Casa da Baía, realiza-se a conferência “António Maria Eusébio, o Calafate, vida e obra”, por João Reis Ribeiro.
S. Sebastião candidata a Eco-Freguesia
Crianças ganham dois novos parques infantis
Criação de uma comunidade mais sustentável
Equipamentos requalificados
A Junta de Freguesia de S. Sebastião (JFSS) é candidata ao galardão Eco-Freguesias XXI, prémio que reconhece as freguesias que oferecem melhor qualidade de vida aos seus habitantes, criando uma comunidade mais sustentável. A maior freguesia do concelho de Setúbal participa no projeto da Associação Bandeira Azul da Europa, com o objetivo de se fomentar “como agente do desenvolvimento sustentável à escala local e, simultaneamente, de cativar a participação dos seus fregueses neste percurso”. Para o presidente Nuno Costa a candidatura “constitui um compromisso, inequívoco, do empenho e motivação da Junta de Freguesia na implementação de práticas e hábitos amigos do ambiente, no território, contribuindo para um desenvolvimento sustentável da comunidade”. O autarca anuncia também que a Junta de Freguesia de S. Sebastião
“é também candidata ao Selo Verde - certificado de qualidade ambiental atribuído pela Câmara Municipal de Setúbal, em parceria com a ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida que tem por objetivo a promoção e reconhecimento das boas práticas ambientais implementadas nos diversos sectores da sociedade do concelho de Setúbal, no-
meadamente, escolas, empresas, juntas de freguesia e movimento associativo”. A par de diversas iniciativas, a Junta está empenhada na execução do Plano de Ação para a Energia Sustentável do Município de Setúbal (PAESS) que pretende reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) do concelho em mais de 20% até 2020.
Nuno Costa quer autarquia eco
A Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra procedeu à substituição dos brinquedos dos antigos parques infantis do Bairro da Cooperativa, nas Pontes, e da Gâmbia, localizado junto do Centro Desportivo, Cultural e Recreativo. Os dois parques infantis “O Cantinho da Criança”, nas Pontes, e “Alegria da Criança”, na Gâmbia, receberam intervenções no montante de 33 mil euros, realizadas
por administração direta, com recursos próprios da Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, e com apoio da Câmara Municipal. O presidente da Junta de Freguesia, José Belchior, que o objetivo “é proporcionar espaços de recreio e lazer com as melhores condições de conforto e segurança para usufruto das crianças e famílias da freguesia”. Para além da coloca-
Parques com melhores condições
ção de novos brinquedos, também os antigos pavimentos foram substituídos por novos pisos de borracha, adequados a parques infantis, mais versáteis e seguros para as brincadeiras das crianças. O novo mobiliário urbano, bancos de jardim e zonas verdes passam a fazer parte de ambos os parques, e em Gâmbia haverá um circuito de máquinas de manutenção física para adultos.
Crianças ganham novo Cantinho
ARTES & ESPETÁCULO // 9 JANEIRO 2019
12
Concerto de Reis encheu Igreja de Palmela Loureiros e Gospel deliciaram público em Palmela VOZES DO CORAL DOS LOUREIROS E O CORO GOSPEL DE AZEITÃO OUVIRAM-SE NA IGREJA DE SÃO PEDRO, EM PALMELA Donatilia Braço Forte
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
noite fria não meteu medo ao público que esteve presente na Igreja de São Pedro, em Palmela, na noite do passado sábado onde assistiu a um grande concerto de Reis. A iniciativa foi organizada pela Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” que contou com a
presença do Coro Gospel da vizinha Azeitão. O Grupo Coral da S.F.P Loureiros que contou com a direção de Filipa Palhares e lembrou algumas canções de natal, mas a grande surpresa esteve reservada para o fim com o Coro Gospel sob a direção de John Fletcher a deliciar todos os presentes cantando em conjunto com o coro organizador. A Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” já habitou a comunidade a testemunhar grandes eventos culturais e este foi um desses eventos.
Tradição volta a cumprir-se na Atalaia Santuário de Atalaia recebe Cantares ao Presépio ESTE É O SEGUNDO ANO QUE O SANTUÁRIO MARIANO DE NOSSA SENHORA DE ATALAIA RECEBE NA NOITE DE SÁBADO O “ENCONTRO DE CANTARES NO PRESÉPIO” Miguel Garcia
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
C
omo já vem sendo um hábito o Grupo Folclórico de Danças e Cantares da Fonte da Senhora, Alcochete, reúne vários grupos folclóricos para cantar ao presépio no Santuário de Nossa Senhora de Atalaia. Este ano a tradição volta a ser cumprida e todos os caminhos no
próximo sábado vão rumo à localidade de Atalaia, Montijo, para se cumprir uma vez mais a tradição. A iniciativa terá início pelas 21:00 e contará com a presença do rancho organizador, o Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa (Arganil) e o Grupo Etnográfico Danças e Cantares do Minho (Lisboa).
Raquel Matos apresenta livro no Museu da cidade do Montijo Escritora montijense apresenta obra na Casa Mora O MUSEU MUNICIPAL CASA MORA VAI RECEBER NO PRÓXIMO SÁBADO (12) O LANÇAMENTO DE UMA OBRA LITERÁRIA DE UMA ESCRITORA DA CIDADE “O LEGADO OCULTO” Redação
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
Câmara Municipal do Montijo está a dar voz aos escritores montijenses, e no próximo sábado as portas do Museu Municipal Casa Mora vão abrir para a apresentação do primeiro livro da jovem autora montijense, Raquel Matos. “O Legado Oculto” é um romance policial editado sob a chancela da Chiado Books e re-
trata momento conturbados na alta sociedade londrina do século XIX. A autora que nasceu em 1998 na cidade do Montijo e onde estudou até 2006 sempre demonstrou gosto especial pela literatura desde tenra idade e a grande paixão pela escrita reflete-se no seu primeiro livro.
9 JANEIRO 2019 // CASOS DE POLICIA
13
SETÚBAL
Heroína e arma tramam suspeitos de 46 e 49 anos
SETÚBAL
Ameaça agentes da PSP e é detido
A PSP DE SETÚBAL DETEVE DURANTE O FIM DE SEMANA DOIS INDIVÍDUOS, UM POR POSSE DE PRODUTO ESTUPEFACIENTE (HEROÍNA) E OUTRO POR POSSE DE ARMA BRANCA. A primeira detenção foi realizada por elementos daquela força de segurança no passado domingo, aquando de uma abordagem repararam que o homem de 46 anos de idade transportava consigo cerca de 16 doses daquele produto estupefaciente. Já na madrugada desta segunda-feira, pelas 01:40, o patrulhamento da PSP deteve um homem de 49 anos de idade, com uma arma proibida na via pública. O homem foi intercetado após uma denuncia de ameaça de arma branca.
Foi durante uma ação de apoio a uma vítima de violência doméstica que um homem de 43 anos de idade foi detido, por ter resistido e coagido os elementos da PSP que estavam a
acompanhar o apoio à vítima. O homem reagiu com ameaças e injúrias aos agentes, acabando por ser detido e presente a Tribunal de Setúbal.
SETÚBAL
A fuga à polícia...
REGIÃO
Detido na Moita por ameaçar com arma branca
Podia ser o título de um qualquer filme de ação em Hollywood mas aconteceu no passado sábado em Setúbal quando um jovem de 28 anos de idade foi mandado parar por uma patrulha da PSP, numa ação de fiscalização rodoviária, se colocou em fuga. A PSP desencadeou uma opera-
ção para intercetar o veículo onde o suspeito seguia, que acabou por ser imobilizado junto às portagens da Ponte 25 de Abril (Almada). O jovem acabou detido por várias infrações realizadas durante a fuga e por conduzir sem habilitação legal para o efeito.
O HOMEM FOI DETIDO PELA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA (GNR) DEPOIS DA DENÚNCIA DE UM GRUPO DE PESSOAS QUE ESTAVAM NUM ESTABELECIMENTO DE DIVERSÃO NOTURNA Em comunicado a GNR avançou que no passado sábado, dia 5 de janeiro, um homem de 31 anos foi detido por militares do Posto Territorial da Moita, depois de uma denúncia de um grupo de pessoas a quem exibiu várias armas brancas que transportava dissimuladas à volta da cintura. O homem terá ameaçado algumas pessoas que estavam junto a um estabelecimento de diversão noturna, a quem pediu produtos estupefacientes que lhe foram negados.
Face à ocorrência, os militares detiveram o homem no local, tendo apreendido cinco armas
brancas. O detido foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.
Todas as quartas-feiras numa vanca perto de si
ALERTAS & RECADOS // 9 JANEIRO 2019
14
O JCP é um caso de sucesso… Nesta primeira edição de 2019 vamos procurar dar destaque a todos os alertas & recados que nos chegaram nestas duas
semanas de paragem. Não queremos deixar de destacar as preocupações dos leitores perante a nossa para-
gem, que se deveu apenas ao facto dos feriados de Natal e do Ano Novo, pois o JCP vai continuar.
Bancos mais dignos dão mais beleza O alerta da nossa Maria Palmeloa encontrou eco na Junta de Freguesia de Palmela. Esta munícipe queixou-se da degradação dos bancos na Alameda 25 de Abril, que não dignificava a principal entrada da vila de Palmela. O presidente Jorge Mares, sempre atento às queixas e sugestões
dos seus fregueses, aproveitou as festividades para mandar arranjar os bancos, que estão dignos e dão mais beleza, para além de puderem ser utilizados por quem gosta de usufruir do belo espaço. Alerta dado, alerta cumprido, que em época natalícia até teve um cheirinho a milagre!
Vandalismo continua a marcar presença Nesta primeira edição de 2019, o Vandalismo faz questão de marcar presença com a destruição dos ecopontos existentes, na Rua José Saramago, no lado sul do Pinhal Novo. O ano novo chegou cheio de promessas, mas os vândalos continuam a fazer do dia a dia uma prática anticívica que lesa o erário público de uma forma gritante. Luísa, moradora na Quinta do Pinheiro interroga-se revoltada: “Será que ninguém consegue travar esta gente?” Apesar de termos comprovado que as forças policiais andaram na rua, os vândalos conseguiram enganar a vigilância e deitaram fogo aos ecopontos.
Estrada da cobra continua a ser uma armadilha A Câmara fez avisos e colocou um sinal de estrada sem saída, na Estrada da Cobra, enquanto decorrerem as obras de restauração das Encostas do Castelo. Mas não bastam os avisos, que muita gente ou
quase ninguém respeita. Na verdade impõe-se uma medida mais interventiva, que passa pelo encerramento da Estrada da Cobra, antes, que algumas das pedras soltas possam provocar uma tragédia.
Deficientes esquecidos Capela de S. João a caminho da reabilitação
O estacionamento caótico na avenida do Palmelense, não só em dias de escola, mas também nas tardes de futebol foi tema de muitos alertas & recados, que “obrigaram” a câmara a alterar a situação. A autarquia tomou a decisão de colocar sinalização, que obriga a que o esta-
cionamento se faça apenas no sentido ascendente da referida artéria. Tal decisão peca apenas num pormenor: os locais de estacionamento para deficientes, que se localizavam junto ao portão da escola, foram também transferidos para a parte ascendente, o que prejudica
os cidadãos de mobilidade reduzida. Na última sessão de câmara do ano passado, o vereador Raúl Cristóvão apelou à câmara que mantenha os lugares para os deficientes onde estavam anteriormente. A Câmara prometeu analisar a situação.
O Bispo de Setúbal, D. José Ornelas anunciou com satisfação que a reabilitação da Capela de São João Baptista “está a caminho da reabilitação, pois já assinámos o protocolo com a Câmara de Palmela para a realização das obras”. A boa nova é um motivo de alegria para Palmela, pois o edifício estava em acentuado estado de degradação, tendo a autarquia colocado fitas de alerta, devido à queda de alguns pedaços de reboco, na parte dianteira da capela, enquanto nas traseiras são evidentes as fissuras.
9 JANEIRO 2019 // PUB
15
PALMELA
ONDE ESTAMOS? Estes são os locais onde poderá encontrar o seu jornal FREGUESIA DE PINHAL NOVO PINHAL NOVO Papelaria Pinha Verde Biblioteca Municipal Papelaria do Intermarché Papelaria Servialcaide Piscinas Municipais Canofer Materiais de Construção Civil Tabacaria Casa Ventura Clube Desportivo Pinhalnovense – Campo Santos Jorge Junta de Freguesia Papelaria Nova Centro de Saúde Zeca Afonso Cooperativa Agrícola PinhalNovense (Loja) Churrasqueira O Forno Drogaria Grazina Churrasqueira O General Frango Papelaria Pena Branca Espaço Ferro – Centro Comercial Dovari Pastelaria Bambi – Vale Flores Associação de Moradores da Cascalheira Posto de Abastecimento Repsol – Olhos de Água CARREGUEIRA
Estação Rodoviária dos TST Cafetaria/Papelaria Retiro Azul Junta de Freguesia Drogaria Central Café Largo do Duque Casa Assis Lobo Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Restaurante Correio Mor Supermercados Coviran Restaurante Dom Rodrigo Cine-Teatro São João Biblioteca Municipal Visual Modas Casa Mãe Rota de Vinhos Papelaria Camolas Posto de Abastecimento dos Bombeiros Voluntários de Palmela Casa do Benfica Associação Reformados e Pensionistas de Palmela Papelaria Nova Turma Café Dona Xícara Papelaria Aquarela Pastelaria Largo da Feira Pastelaria Mimos AIRES Posto de Abastecimento Repsol Aires/Norte Posto de Abastecimento Repsol Aires/Sul Café do Grupo Desportivo Airense Café Pastelaria O Jardim Café Doce Espiga VOLTA DA PEDRA Papelaria Intermarché Palmela Café Bombom Grupo Desportivo da Volta da Pedra Continente Modelo de Palmela
Café Esperança Supercentro JC Armazéns de Adubo CAJADOS Posto de Abastecimento de Cajados AgroCajados MARATECA Posto de Abastecimento Cepsa Marateca/Norte Posto de Abastecimento Cepsa Marateca/ Sul Supermercado Amanhecer Papelaria Lança FERNANDO PÓ Supermercado Baêta Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó LAGOA DO CALVO Associação Recreativa e Instrutiva 1º Janeiro da Lagoa do Calvo POCEIRÃO Pronto a Comer Tachos & Panelas Café Xeque Mate Supermercado Amanhecer Junta de Freguesia Café Central Café Salvador Cooperativa Agrícola de Poceirão Restaurante A Moagem Restaurante A Cepa 2000 Restaurante O Montalegre Posto de Abastecimento Cepsa (EN4) AROEIRA Coletividade de Vila Nova de Aroeira
ALGERUZ Café âncora & Serrano
CONCELHO DO MONTIJO
LAU
MONTIJO
Café Seca Adegas Armazém Biona Armazém Fernando Ratão
Papelaria Madeira – Estrada Nova Tabacaria Moderna – Praça da República Junta de Freguesia Restaurante Martinho Flor do Cais
Café Flor do Campo Café Janita Café da Carregueira
FREGUESIA DE QUINTA DO ANJO
LAGOA DA PALHA
BAIRRO ALENTEJANO
Café Lagoa Grupo Desportivo da Lagoa da Palha Posto de Abastecimento Repsol Café Cancela
FREGUESIAS DE POCEIRÃO E MARATECA LAGAMEÇAS
FAIAS
Papelaria do Bairro Alentejano Sociedade do Bairro Alentejano
Posto de Abastecimento Repsol
MARQUESAS
CONCELHO DE ALCOCHETE
ARRAIADOS
Associação de Moradores das Marquesas
Grupo Desportivo de Valdera
VILA AMÉLIA
SAMOUCO Papelaria Sandra
PALHOTA
Posto de Abastecimento Cepsa
Papelaria Servialcaide Posto de Abastecimento Cepsa OLHOS DE ÁGUA Casa de Pasto Pelixo Centro Comunitário dos Olhos de Água Associação de Moradores dos Olhos de Água FREGUESIA DE PALMELA LAGOÍNHA Casa das Febras Restaurante do Posto de Abastecimento BP Restaurante Os Potes
CABANAS Papelaria de Cabanas Grupo Desportivo Cabanense Churrasqueira O Forno QUINTA DO ANJO Papelaria Q-Tal – Portais da Arrábida Golden Coffee Café Larau Papelaria de Quinta do Anjo – Largo Matos Fortuna Junta de Freguesia Espaço Afinidades – Horácio Simões
CONCELHO DE SETÚBAL SETÚBAL Papelaria da Avenida Luísa Todi – Hotel Mar & Sol Quiosque do Esperança Papelaria da 5 de Outubro Estação Rodoviária TST Papelaria Mil Folhas – Aranguês AZEITÃO Papelaria do Intermarché de Azeitão Papelaria Ardina de Azeitão
HORA DO FECHO // 9 JANEIRO 2019
16
Nova tradição na Dadores de Sangue ganham monumento praia do Ti’ João
Pinhal Novo
Banho de Ano Novo no Seixal
O MONUMENTO AO DADOR DE SANGUE SERÁ INAUGURADO NO DIA 12 DE JANEIRO, ÀS 15H00, NA AVENIDA DOS FERROVIÁRIOS, EM PINHAL NOVO (2.ª ROTUNDA NO SENTIDO SUL-NORTE). O Monumento ao Dador de Sangue, da autoria de Thierry Ferreira, resulta de uma parceria da Câmara de Palmela com a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Pinhal Novo, para prestar homenagem a quem, de forma altruísta, contribui para a saúde e o bem coletivo, através da Dádiva Benévola de Sangue. A instalação celebra o 20.º aniversário da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Pinhal Novo, e reco-
Foto arquivo
nhece o trabalho de todas as associações e pessoas que abraçam esta nobre causa no concelho de Palmela. A escultura é composta por duas peças – o “Circuito” e a “Gota” – que representam o sistema circulatório do corpo humano e uma gota de sangue em suspensão.
O monumento irá contribuir para o enriquecimento do espaço público da vila de Pinhal Novo, numa zona moderna, que acolhe, nas proximidades, algumas instituições sociais, como o Núcleo de Combatentes e o Motoclube.
CONVOCATÓRIA Ao abrigo do número três do artigo 17º dos Estatutos, é convocada a Assembleia Geral da COOPHANJO Cooperativa de Hablitação e Serviços, C. R. L, para reunir em sessão ordinária no próximo dia 19 de Janeiro de 2019, nas instalações da COOPHANJO stitas na Avª. Guerra Junqueiro, nº.17C em Quinta do Anjo: 1ª Assembleia ás 21.00h com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Um: Análise e Votação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2019. Ponto Dois: Ajustamentos/alterações aos Estatutos face á legislação relacionada com prestação de serviços e admissão de cooperadores coletivos. Ponto três: Exclusão de cooperadores. 2ª Assembelia ás 21.30h com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Exploração Café sala convívio.
Quinta do Anjo, 02 de janeiro de 2019 O Presidente da Mesa de Assembleia Geral (António Albino Alpendre Sousa )
A praia do Ti’ João, no Seixal, recebeu na manhã de 1 de Janeiro o banho do Ano Novo, uma iniciativa que o organizador pretende vir a tornar-se uma tradição. “A ideia surgiu-me no dia 16 de Dezembro, em casa e pelas duas da manhã numa noite sem sono” conta Júlio Afonso que confessou estar surpreendido com a adesão de uma iniciativa que nunca tinha ocorrido no Seixal. O banho foi pontual, e pelas 10h00 um grupo de cerca de vinte homens (apesar de inscritas, as duas senhoras não compareceram) já fazia o aquecimento na praia do Ti João, no Seixal, para depois mergulharem nas águas do rio Judeu, vigiados de perto por um barco com dois nadadores salvadores dos Bombeiros Mistos do Concelho
do Seixal. Depois, para aquecer o corpo e a alma, seguiu-se um petisco de febras grelhadas e algum álcool, após um banho nas instalações da Associação Náutica do Seixal.
“Foi muito pouco tempo de preparação, mas o balanço é muito positivo, até estava a contar com menos pessoas, e apesar de tudo esta malta aderiu bastante bem”, explicou Júlio Afonso.
“Agora, tenha eu vida e saúde isto vai repetir-se, porque queríamos que passasse a ser uma tradição nesta terra onde não nasci mas onde moro há muitos anos. O tradicional banho de Carcavelos começou com seis pessoas, por isso isto tem pernas para andar. Não é nada do outro mundo, é mais uma brincadeira com um grupo de pessoas que gosta de se divertir.” Júlio Afonso destacou também “o apoio moral da Câmara Municipal e da Junta da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires”, e ainda “dos Bombeiros Mistos do Seixal, da Associação Náutica, da PSP, da Sociedade União Seixalense, do Lisboa à Vista, Mundet Factory, Letras e Talhares, Catedral dos Coiratos, mais do que eu estava à espera.”