Jornal Concelho de Palmela | Edição 29

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23 JANEIRO 2019 // ATUALIDADE

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SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº29 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | QUARTA-FEIRA | 23.01. 2019

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

AUTOMOBILISTAS DESESPERAM EM HORA DE PONTA NO TROÇO QUE LIGA A VILA DE PALMELA À VOLTA DA PEDRA, O CAOS É VIVIDO ENTRE O PERÍODO DA MANHÃ E AO FIM DO DIA. A CAUSA É A SINALIZAÇÃO LUMINOSA QUE NÃO DÁ “VAZÃO” AO TRÁFEGO RODOVIÁRIO P.2

Filipe Cardoso é a figura que se segue na rúbrica “Oh Gente da Minha Terra”. O conhecido empresário e enólogo abriu as portas da Quinta do Piloto um espaço onde a história e a natureza se cruzam com o aroma dos bons vinhos produzidos na empresa de família à já várias gerações.

“O Enólogo que trata o vinho por tu” P.6 e 7

SETÚBAL

P.11

SETÚBAL CONTINUA A SER UM DOS DESTINOS MAIS ESCOLHIDO PELO TURISTAS. A CIDADE ACABA DE RECEBER UM PRÉMIO DE TURISMO

MONTIJO P.12

ECONOMIA

AEROPORTO FAZ DISPARAR OS PREÇOS DO IMOBILIÁRIO NA CIDADE E EM TODA A REGIÃO DA MARGEM SUL DO TEJO

AUTOEUROPA TESTA TRANSPORTE FERROVIÁRIO ENTRE PALMELA E ESPANHA

P.4


PRIMEIRA HORA // 23 JANEIRO 2019

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Câmara de Palmela de “olho” nos despejos de monos DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

“Bem prega Frei Tomás, faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço” Hoje começo o meu editorial com um ditado antigo: “Bem prega Frei Tomás, faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço”, um ditado um pouco adaptado por mim para as circunstâncias de que vou falar. Muito se fala nos últimos tempos dos trabalhadores precários que as empresas privadas contratam, os tais recibos verdes, contra os quais certos partidos tanto manifestam na Casa da Democracia mas depois vamos analisando concelho a concelho e conseguimos ver que não é só nos privados que existem trabalhadores precários. Mais de 80% dos trabalhadores que trabalham em autarquias, serviços públicos entre outros organismos do Estado, são prestadores de serviços sem qualquer regalia, sem qualquer apoio por parte do empregador. Ora vejamos, muito recentemente várias autarquias da região foram contratando ex-presidentes, técnicos, operacionais e afins que entraram no desemprego ativo, mudaram-se as cores, mudaram-se os usos e costumes, e uma serie de outros trabalhadores foram para o desemprego. Claro que autarquias na sua maioria da Península de Setúbal funcionaram como Centros de Emprego para alguns desses recém-desempregados, mas analisando atualmente a situação desses prestadores de serviços, nenhum entrou nos quadros das autarquias. Todos sabemos que será muito difícil atualmente empregar trabalhadores nas autarquias ou organismos públicos devido à lei que foi imposta pelos nossos regentes – TROIKA –, e o que fizemos? Empregamos, mas em sistema de precariedade. O que admira muito a opinião pública é que a maioria desses precários estão a laborar em autarquias geridas por aqueles que tanto defendem os trabalhadores e até têm o slogan: “Basta de Chantagens e Submissão!... Emprego. Direitos. Produção. Soberania”, mas o que resta é que a precariedade mora em muitos lugares geridos por aqueles que tanto apregoam serem defensores dos trabalhadores. Boa semana e boas leituras!

Campanha de sensibilização arranca com cartazes novos O CONCELHO DE PALMELA É UMA REGIÃO BASTANTE PROCURADA POR QUEM DECIDE DESPEJAR OS MONOS E RESTOS DE JARDIM VINDOS DE OUTROS CONCELHOS, MAS A AUTARQUIA ESTÁ ATENTA AOS INFRATORES E PROMETE UMA LUTA MAIS “CERRADA” A QUEM NÃO CUMPRIR COM A LEI. Donatilia Braço Forte

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Andamos a colocar placas novas de aviso ao depósito de monos, mas para alguns a placas só servem para fazer sombra a esses despejos”, lamentou o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, no dia do balanço da Semana Descentralizada de Marateca. O concelho de Palmela é o fruto proibido, mas apetecido dos infratores que decidem procurar alguns pontos para despejo de monos, restos de jardins e obras. O JCP percorreu alguns pontos

mais escondidos e conseguiu verificar que existem zona isoladas que são autênticos locais de despejo desses infratores que muitas vezes não são apanhados pela fiscalização camarária nem pela SEPNA da GNR. O problema está a preocupar os autarcas, só na União de Freguesias de Poceirão e Marateca, a junta de freguesia recolheu mais 237 toneladas de monos do que o ano 2017, num total de 845 toneladas transportadas até aos aterros da Amarsul localizados no concelho da Moita. Álvaro Amaro explicou que “apesar do reforço da recolha e das ações de sensibilização e fiscalização, os infratores continuam a depositar neste concelho milhares de monos, e até parece gozarem com os alertas que temos junto a alguns locais”. Recentemente a GNR, através do seu Núcleo SEPNA, realizou uma ação de fiscalização, que o JCP acompanhou com a vereadora Fernanda Pésinho, responsável pelo pelouro dos resíduos sólidos e ambiente e em Cajados num despejo

Campanha de sensibilização já arrancou por todo o concelho com a colocação de placas informativas

ilegal, elementos da GNR conseguiram detetar através de faturas deixadas no local de quem poderia ser o possível infrator. O nosso jornal sabe que é muito raro casos como esse, pois os infratores não deixam qualquer identificação no local que possam ser usadas para investigação pelas autoridades. A Câmara Municipal de Palmela

está a preparar uma campanha de sensibilização para chegar mais perto da população com a informação necessária de onde e quando devem colocar os monos e restos de jardins. A colocação de placas de informação já está a decorrer em alguns pontos críticos, mas outras formas de sensibilização vão começar a chegar à casa dos munícipes.

Hora de ponta dificulta acesso na EN 379 e 252

Sinalização luminosa dificulta trânsito em Palmela NERVOS EM FRANJA, APITOS E MUITA FALTA DE CIVISMO É O QUE SE ENCONTRA DIARIAMENTE NAS ENTRADAS E SAÍDAS DE PALMELA... HÁ QUEM DIGA QUE AS ROTUNDAS CONSTRUÍDAS NA VOLTA DA PEDRA EM NADA RESOLVEM A QUESTÃO DO CAOS NO TRÂNSITO... Donatilia Braço Forte

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caos é vivido diariamente pelos automobilistas que cruzam as Estradas Nacionais 379 e a 252, ambas ligam as vias de comunicação rodoviária à vila de Palmela. Muito recentemente uma das bandeiras de luta da Câmara de Palmela era a construção por parte das Infraestruturas de Portugal de uma rotunda na Volta da Pedra que ano após ano foi servida por sinalização luminosa e que recentemente ali foi construída pelo promotor do supermercado que se implantou no local como contrapartida. No entanto, já está provado por todos os que que ali passam diariamente que estaem nada veio melhorar o trânsito

em horas de ponta. Mais a poente a autarquia já teria assumido e realizou a construção de outra rotunda, desta vez perto das antigas instalações da Unicervi que agora deram lugar a outra superfície comercial, a conhecida rotunda da garrafa, mas que também ela não dá ‘vazão’ em manhã e fim do dia complicados. O grande problema continua por resolver: o caos que é vivido diariamente naquele troço, é em grande parte provocado pela sinalética luminosa em Aires, e que por vezes faz com que as longas filas de trânsito sejas extensas e durem aquilo que parecem horas, levando a que a paciência de quem cruza a via vá ao limite do desespero, com acessos nas rotundas totalmente bloqueados. O JCP ouviu Jaime Rodrigues, especialista em tráfego rodoviário, e que aponta o dedo às Infraestruturas de Portugal. “É necessário que a IP faça uma análise prévia e de rápida resolução quanto ao número de veículos motorizados que passam diariamente nestas duas vias e também veja quantos entram ali em baixo (Portagens da A2) nestas horas”. Para Jaime Rodrigues é importante uma avaliação de cálculo e tentar desmobilizar a IP na questão das portagens que implementou naquele pequeno circuito de pouco mais de 6

quilómetros e que dura cinco minutos até chegar à cidade de Setúbal. “Sem a retirada das portagens o utilizador para chegar a Setúbal terá que pagar 0,45 cêntimos todos os dias, fazendo as contas, ao fim do mês sairá do bolso do utilizador cerca de 9,90 euros, estamos só a falar de uma viagem de ida, mais o combustível poderá chegar aos 15 ou 16 euros”. Jaime Rodrigues afirma ainda que “mesmo assim com as portagens não sei se o utilizador não pouparia em optar mesmo assim pela A2. Pois horas de desgaste e o parar e

arrancar das viaturas, o valor certamente será igual ou um pouco mais se escolhesse a A2 como alternativa”. O JCP sabe que uma das lutas da Câmara de Palmela é que a IP retirasse as portagens de Palmela, o que iria facilitar bastante a descompressão de tráfego na EN379 e 252, mas o braço de ferro entre as duas entidades tem durado ao longo dos anos, sem grande êxito, e até que esse braço de ferro quebre, as horas de ponta e caos vão continuando no dia a dia de quem utiliza aquelas vias.


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União de Freguesias preocupada com a degradação da original Igreja de S. Pedro

Executivo camarário prometeu estudar o caso DURANTE A INICIATIVA “SEMANA DESCENTRALIZADA” À MARATECA A PRESIDENTE DA UNIÃO DE FREGUESIAS DE POCEIRÃO E MARATECA MOSTROU-SE PREOCUPADA COM O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA ANTIGA E ORIGINAL IGREJA DE S. PEDRO, UM EDIFÍCIO QUE ESTÁ CONTÍGUO AO CEMITÉRIO DE MARATECA E QUE APRESENTA TOTAL ABANDONO Miguel Garcia

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original Igreja de S. Pedro da Marateca já conheceu dias melhores em outras décadas. Depois de desativado para atividades religiosas, o edifício religioso ficou à mercê da sua sorte e das pi-

lhagens que aconteceram durante algum tempo até ficar totalmente “despido” de relíquias. Foi durante a “Semana Descentralizada” àquela localidade que o executivo de Álvaro Amaro (CDU) abordou a hipótese de ocorrer uma requalificação profunda no edifício e reabilitar o mesmo para servir de apoio ao cemitério que se localiza ao lado. A Igreja que era a original daquela localidade está ao abandono há mais de um século e foi a “herança” recente que ficou na União de Freguesias de Poceirão e Marateca. Em comunicado, o Município de Palmela diz <<comprometer-se>> a realizar um <<trabalho profundo de levantamento das necessidades da Igreja>> para que possa encontrar uma linha de apoio que vá permitir uma candidatura a fundos co-

Municípios Portugueses do Vinho

Edifício de antiga Igreja é património da União de Freguesias

munitários para a sua recuperação e reabilitação. Álvaro Amaro, presidente da autarquia, explicou na última sexta-feira que “todo o trabalho que

seja realizado naquele espaço terá que ser acompanhado por técnicos de arqueologia e de conservação e restauro. Vamos ver o que conseguimos fazer daquele espaço”.

Soluções para palmeiras de Pinhal Novo

Adega Fernão Pó Câmara apresenta recebe Associação estudo aos moradores A Aldeia Vinhateira de Fernando Pó foi palco da primeira reunião do Conselho Diretivo e a Mesa da Assembleia Intermunicipal da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), que se realizou na passada semana, nas instalações da Adega Fernão Pó. Na reunião participaram eleitos e técnicos do município de Palmela, autarcas do Cartaxo, Cadaval, Ponte de Lima, Lagoa e Peso da Régua, que será a Cidade do Vinho em 2019. Os participantes abordaram diversos assuntos, desde o calendário de atividades para 2019 à aprovação do Regulamento da Cidade do Vinho 2020. O Plano do Enoturismo foi também um dos temas abordados com o objetivo de definir uma estratégia nacional ao longo deste ano para

implementar em 2020, para promoção da oferta enoturística nacional. A Câmara de Palmela aproveitou para dar a conhecer a paisagem da região, marcada pelos “jardins-de-vinhas”, promover o contacto com algumas empresas produtoras e partilhar a experiência enriquecedora da Rota das Vinhas do Pó - uma parceria com a CP e outras entidades. O projeto Centro Rural Vinum foi dado a conhecer, a nível do desenvolvimento de um centro de inteligência/investigação na área da vitivinicultura, bem como um conjunto de outras valências que permitam ancorar serviços e imprimir uma nova dinâmica cultural e económica, afirmando o potencial de Fernando Pó como autêntica aldeia vinhateira.

As Palmeiras em Vila Serena e Monte Novo voltam a estar na atualidade

A Câmara de Palmela vai reunir com os moradores para apresentar as conclusões do estudo realizado pelo Laboratório de Patologia Vegetal, do Instituto Superior de Agronomia. A reunião irá realizar-se com os moradores da Vila Serena e Monte Novo, no dia 25 de Janeiro, próxima sexta-feira, às 21h00, na Junta de Freguesia de Pinhal Novo. Este encontro tem como objetivo promover uma discussão esclarecida com a população, de forma a encontrar as melhores soluções para as palmeiras exis-

tentes no local, garantindo a qualidade e a segurança do espaço público. Esta é a segunda reunião realizada pelos técnicos do Laboratório, que já em Outubro de 2018, tinham participado numa sessão de esclarecimento em Pinhal Novo, onde alertaram para o elevado risco de rotura de várias palmeiras nestas urbanizações, bem como em Val’Flores. Nessa altura os técnicos alertaram para a necessidade urgente de intervenções e remoção de alguns espécimes, face à sua condição fitossanitária.

Fátima Brinca CRONISTA

O filme do engate! Como jornalista vivi experiências, que nunca mais se esquecem. Naquele dia fui incumbida de fazer uma reportagem sobre a prostituição que existia, na zona do Marco do Grilo. Na zona da auto-estrada parei o jipe e pedi à fotógrafa que fizesse fotos, às “meninas” que exerciam a sua função no pinhal. O cenário que vislumbrámos era ideal para fazer um “filme” completo da atividade. A fotógrafa colocou na mira da máquina uma das jovens, que “engatava” motoristas naquela zona. A “menina” em causa angariou o cliente e, a partir daí, a fotógrafa ia batendo chapas, enquanto o casal se encaminhava para um local previamente marcado no pinhal. Depois de tirar as roupas, o casal praticou o acto, sob a mira da fotógrafa, encantada pela riqueza das imagens. Até o pormenor da garrafa de água utilizada para lavar os resíduos deixados pelo acto sexual foi fotografado. Mais tarde, acercámo-nos da mulher da vida, que fora protagonista das fotografias e perguntámos porque estava naquela atividade. A jovem apenas disse que precisava de sustentar os filhos e mais não acrescentou porque o chulo atento às nossas manobras acercou-se rapidamente. Para evitarmos problemas abalámos com rapidez do local, crentes que as fotografias que tínhamos permitia-nos realizar um verdadeiro filme, de como atuavam as mulheres da vida naquele local. Nesse tempo ainda não havia computadores e pegámos na máquina de escrever contando com todos os pormenores, que seriam ilustrados com fotografias, do filme do engate. Depois da peça feita fomos até ao laboratório para proceder à revelação do rolo. Aí deparámos com a mais cruel das desilusões: a máquina não tinha rolo. Eu e a fotógrafa não queríamos acreditar no azar que nos batera à porta. O filme do engate traduziu-se num enorme fiasco, porque a máquina não tinha rolo. O desespero da fotógrafa era indescritível, enquanto murmurava inconformada “era o filme de uma verdadeira história de engate”, “era a reportagem fotográfica da minha vida”, “nunca mais tenho uma oportunidade destas”, etc. A menina da vida fácil nunca soube que tinha perdido a oportunidade de ser protagonista anónima de um dos melhores filmes de engate. A fotógrafa nunca mais de esqueceu da lição e sempre que partia para uma reportagem a primeira coisa que via era se o material a usar estava todo operacional.


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Semana Descentralizada na Marateca Tiago Machado PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

Trabalhar a partir de casa, será o futuro nas empresas? De acordo com um estudo realizado sobre o impacto sócio-económico do trabalho flexível (trabalho apartir de casa) nas empresas e pessoas, há a previsão de que em 2030 entre 9% a 13% do emprego estará associado a espaços de trabalho flexíveis na maioria das economias. Como se percebe a eviolução tecnológica vai permitir cada vez mais essa tendência. No caso do trabalho (apartir de casa), espera-se que este irá trazer benefícios a pessoas, empresas, economia e ambiente. Nos tempos que correrm muitas empresas implementam o teletrabalho porque este oferece uma resposta a vários problemas. Por exemplo, para as empresas, podem ter maior atratividade no recrutamento, flexibilidade de pessoal, satisfação no trabalho e fidelidade organizacional, para além de menores custos de instalações (escritórios). A minimização das deslocações permite poupança de tempo, e de custos logísticos, ambientais e de desgaste das infraestruturas locais. Para além disso, ajuda os funcionários a obter um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal (especialmente aqueles com filhos) e, nalguns casos, a poupar custos em roupa mais formal. Contudo, também podem haver desvantagens. Uma óbvia é a falta de contacto pessoal com colegas e outras pessoas com quem se tenha de interagir, podendo prejudicar a comunicação e disponibilidade para imprevistos. Outras incluem, por exemplo que os trabalhadores que trabalham apartir de casa também podem gerar mais conflitos em casa porque levam o trabalho “para casa”, já que o trabalho pode interferir na família. Um aumento no trabalho apartir de casa também pode levar a que haja mais isolamento que se não for compensado pode ter um efeito negativo.Tendo em conta todos estes aspetos, dependendo das pessoas e das situações, pode haver um nível de intensidade do trabalho apartir de casa cujos efeitos para as empresas sejam mais negativos. Para ser eficaz, o trabalho apartir de casa exige o apoio organizacional aos funcionários, envolvendo as chefias, colegas e subordinados. Para além disso, trabalhar eficientemente a partir de casa exige uma forte capacidade de planeamento de trabalho e competências de disciplina e autorregulação que possam permitir que as pessoas funcionem efetivamente num ambiente (casa) que lhes proporcione um grande controle. Na prática, o incentivo ao trabalho apartir de casa é positivo, mas não é “pau para toda a obra” nem para todos, tem de ser bem gerido para as situações certas e com as pessoas certas, com o binómio autonomia-responsabilidade.

Escolas e saneamento com obras em destaque A PRIMEIRA SEMANA DESCENTRALIZADA DESTE ANO CONTEMPLOU A FREGUESIA DE MARATECA E O EXECUTIVO MUNICIPAL DEU DESTAQUE ÀS ESCOLAS E SANEAMENTO... AS VISITAS COMEÇARAM NAS OBRAS DA ESCOLA DE CAJADOS, QUE SE INICIARAM NA SEMANA DA FREGUESIA DO ANO PASSADO Elsa Peres

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Semana Descentralizada à Freguesia de Marateca começou com a visita às obras na Escola Básica de Cajados, com vista à requalificação do logradouro, que está perto de ser concluída. A obra, destacou o vereador da Educação, Adilo Costa, apostou em “criar, de raiz, um conjunto de jogos tradicionais no pavimento” e o Espaço de Jogo e Recreio, “terá um novo brinquedo, um espaço com relva sintética para a prática lúdica e desportiva e está prevista a plantação de novas árvores

para sombreamento e prolongamento dos muros”. A melhoraria da oferta lúdica dos recreios do 1.º ciclo e do pré-escolar envolve o valor de cerca de 68 mil euros e a escola passa a contar com seis salas, das quais quatro são dedicadas ao 1.º ciclo e duas a jardim-de-infância, num total de 70 crianças (50 1.º ciclo e 20 pré-escolar). Escola de Águas de Moura mobiliza alunos (subtítulo) A EB Águas de Moura integra o projeto “Eu Participo” que tem contado com a participação dos alunos, que na reunião com a Câmara e a Junta de Freguesia, colocaram um conjunto de questões e propostas de melhoria para a sua escola. A autarquia deu também a conhecer o projeto de requalificação do Centro Comunitário de Águas de Moura, que já está aprovado, mas apesar de ainda não haver resposta à candidatura apresentada, a câmara revelou que irá avançar com o procedimento concursal para que a obra avance neste primeiro trimestre

Escola de Cajados foi um dos locais de visita do executivo

do ano. Saneamento para 380 moradores Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, anunciou também que a obra de saneamento para Cajados, “está a ser analisada com grande atenção pois é bastante complexa e onerosa, e iremos avançar, de forma faseada” e revelou

que “as áreas prioritárias são a Travessa 1.º de Maio, a Rua 25 de Abril, um troço junto à Estrada Nacional 10 e um troço da Rua 5 de Outubro”, que “abrange 380 habitantes, num total de 90 ramais, com entrega no sistema da Gâmbia da empresa Águas do Sado”. A pavimentação da Travessa 9 de Março, sublinhou, “é uma obra que só avançará em Junho, após a Revisão do Orçamento de 2019”.

Autoeuropa testa transporte ferroviário até Espanha

Primeiro transporte ferroviário já foi realizado entre Palmela e Santander A EMPRESA ALEMÃ DA VOLKSWAGEN JÁ FEZ O PRIMEIRO CARREGAMENTO DE AUTOMÓVEIS POR VIA FERROVIÁRIA, O COMBOIO TRANSPORTOU ATÉ SANTANDER, NORTE DE ESPANHA, 150 CARROS VOLKSWAGEN T-ROC Donatilia Braço Forte

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epois de ter abandonado o transporte ferroviário que fez durantes os primeiros anos de existência da fábrica Volkswagen em Palmela, a Autoeuropa está de volta à ferrovia. No passado sábado voltou a circular nos carris que foram instalados naquela unidade, um comboio com 15 vagões que transportou em cada 10 carros. A viagem iniciou-se às 14:11 e a composição chegou por volta das 12:00 de domingo ao porto de Santander. A operadora ferroviária Medway adiantou que “o transporte está a ser testado para avaliação da empresa alemã, não havendo indicação por parte da Autoeuropa se os tes-

Fábrica de Palmela testa transporte ferroviário até Espanha

tes são para continuar”. Com o transporte experimental que se realizou no passado fim-de-semana, a Autoeuropa quer testar a via ferroviária como uma alternativa ao transporte a partir do Porto de Setúbal, mas a empresa não confirma se irá efetuar mais testes do mesmo tipo. Em cima da mesa está o “estudo

de uma alternativa” que poderá ser uma forma de resolução para problemas de mau tempo ou de crise como a última que foi vivida no Porto de Setúbal com a greve dos estivadores, que durou várias semanas, condicionando as operações de exportação da Autoeuropa.

AGRADECIMENTO

Esposa, Filhos , Noras, Netos e restante família vêm por este meio na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, agradecer a todos os que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. A missa do 7° dia será no próximo Sábado às 19:00 h, na Igreja de São Paulo em Setúbal.


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O QUE HÁ DE MELHOR PARA O SEU MELHOR AMIGO PINHAL NOVO

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OH GENTE DA MINHA TERRA // 23 JANEIRO 2019

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Quinta do Piloto

«A marca está a afirmar-se pela sua qualidade» FILIPE CARDOSO É O ACTUAL ENÓLOGO E GERENTE DA QUINTA DO PILOTO, UM PROJECTO VINÍCOLA QUE NASCEU COM HUMBERTO CARDOSO, QUANDO ESTE DECIDIU APLICAR NESSE NEGÓCIO OS LUCROS OBTIDOS COM A VENDA SUA EMPRESA RODOVIÁRIA, A AUTO-CARS PALMELENSE. DURANTE DÉCADAS, A PRODUÇÃO OBTIDA NAS HERDADES DA FONTE DA BARREIRA, LAU E ALBOAL ERA VENDIDA A OUTRAS MARCAS DA REGIÃO, O QUE VIRIA A MUDAR QUANDO FILIPE CARDOSO TOMOU A SEU CARGO A GESTÃO DESTA ADEGA EM 2010. Carmo Torres

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COMO CORREU O ANO DE 2018 PARA A QUINTA DO PILOTO?

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m termos vitícolas não foi um ano fácil, foi muito complicado. Todos os anos temos vindo a assistir a diferentes fenómenos climáticos cada vez mais extremos. Em Agosto tivemos uma vaga de calor anormal na nossa região, que deu um ‘escaldão’ na vinha e queimou muita uva. Esse ‘escaldão’ causou-nos prejuízo, porque esperávamos um ano de grande produção, mas mesmo assim obtivemos uma boa produção. Isto leva-nos a pensar se a Natureza não se encarrega de equilibrar as coisas, porque sem essa vaga de calor a produção até poderia ter sido demasiada. Na região a quebra de produção andou à volta de quinze por cento e na Quinta do Piloto foi de cerca de dez por cento em relação a 2017, mas o que produzimos foi de boa qualidade.

O enólogo gere a Quinta do Piloto com alma e coração

Em termos dos nossos projectos como a venda de vinhos engarrafados, está a correr tudo bem, foi um ano de crescimento e de muita exportação, que actualmente já representa cinquenta e cinco por cento da nossa comercialização, o que é muito bom. Ao nível do enoturismo, a nossa loja aqui na Quinta representa mais de trinta por cento da comercialização dos nossos vinhos, também muito positivo. Do total da produção cabe depois cerca de vinte e tal por cento ao nosso distribuidor nacional de produtos engarrafados. A marca está a afirmar-se

Os vinhos começam a tomar conta do mercado nacional e internacional

cada vez mais pela sua qualidade, o que a tem levado a ser facilmente identificada em todo o país. NO ENTANTO A QUINTA DO PILOTO JÁ TEM VÁRIOS ANOS DE HISTÓRIA. A Quinta do Piloto pertence há vários anos à minha família e passou por diversas etapas, sendo que com as partilhas é que ela chegou ao que é agora. A primeira sociedade vitícola foi a ‘Humberto Silva Cardoso e Herdeiros’, do meu bisavó que a formou. Depois passou para Carpal e agora é Quinta do Piloto, mudanças que tiveram a ver com as partilhas, pessoas que vão saindo da sociedade, mas é uma empresa muito antiga que tem estado sempre entregue à mesma família desde o início do século passado. Em 2010 nasceu este projecto «Quinta do Piloto» com um projecto ligado ao enoturismo e aos vinhos engarrafados, que começámos em 2013. Actualmente a empresa é gerida por mim, pela minha irmã e pela minha prima, e durante o ano temos cerca de nove a doze pessoas a trabalhar nas quintas e nas adegas, número que aumenta na altura das vindimas.

QUAL A ÁREA DE VINHA DA QUINTA DO PILOTO? Temos um total de duzentos hectares de vinhas, cerca de vinte hectares de vinhas velhas, com mais de 75 anos, situadas na zona do Poceirão, e estão divididas em duas casas agrícolas. Ainda é uma área considerável. QUE INFLUÊNCIA TÊM OS FENÓMENOS NATURAIS NA QUALIDADE DA VINHA? Acaba sempre por ter alguma influência sobre a vinha, por isso é que há anos piores e outros melhores. Todo o clima que se faz sentir em toda a época em que a uva está a amadurecer, irá reflectir-se no produto final. Se tivermos uma temperatura mais homogénea sem grandes oscilações, o resultado será um produto de muito melhor qualidade. Anos em que ocorram grandes oscilações térmicas, como o ano de 2018, irá sempre reflectir-se na produção desse ano. No entanto, como no caso da Quinta do Piloto produzimos uma grande quantidade de vinho, cerca de um milhão e meio de litros de vinho, e a nossa parte de engarrafados ainda só

representa cerca de cinquenta mil garrafas, conseguimos sempre orientar a melhor parte da produção para as nossas garrafas, e não reflectimos no produto final os problemas que temos durante a campanha vitivinícola. No ano de 2018 verificámos que tivemos uma rebentação muito mais tardia, e com o ‘escaldão’ ocorreu uma paragem da maturação, o grau apareceu muito mais tarde. Como não choveu, não houve grandes problemas, porque se estas têm aparecido nos finais de Setembro ou princípios de Outubro, isso poderia vir a revelar-se um problema grave na nossa produção, o que nos permitiu esperar que o grau aparecesse. OS PRODUTORES ESTÃO A PREPARAR-SE PARA ESTAS SITUAÇÕES? Cada vez temos de estar mais preparados. Actualmente existem diversos tipos de seguros que cobrem estes fenómenos extremos, o que não acontecia no passado. No nosso caso, não tínhamos, mas serviu-nos de lição e já estamos a tratar disso. Portanto, cada vez há mais meios e mecanismos para que se possa contornar os prejuízos


23 JANEIRO 2019 // OH GENTE DA MINHA TERRA

7 para oferecer ao público, o que acho importante para dinamizar a nossa Quinta. MAS A TRADIÇÃO TAMBÉM TEM UM PAPEL IMPORTANTE NA VIDA DA QUINTA DO PILOTO, COMO A ADIAFA E O PIQUENIQUE S. ANTÓNIO. COMO NASCERAM ESSAS IDEIAS?

Quinta do Piloto é uma quinta com história no coração da serra de S. Luís

que são causados. Todos os anos observamos diferentes fenómenos extremos, o ‘escaldão’ de 2018 pode não tornar a repetir-se tão cedo. Temos de estar preparados para tudo e ao clima que nos rodeia. Outra hipótese pode ser a mudança de castas, mas isso iria demorar muito tempo, porque temos um tipo de castas que estão muito adaptadas aos escaldões, excepto o moscatel de Setúbal, que é a que mais sofre com esses golpes de calor, mas a qual é impensável deixar de ter esta casta. E COMO É SER EMPRESÁRIO NO CONCELHO DE PALMELA? Não é fácil. O concelho de Palmela tem empresas muito grandes, e depois para empresas mais pequenas colocam-se alguns problemas. Sendo nós uma empresa vitivinícola, estamos numa região conhecida pelos seus bons vinhos, boas uvas e boas condições para a fabricação de vinhos, o que é muito positivo. Mas estamos tão perto de Lisboa, e vivendo também do turismo e do enoturismo, penso que ainda há muitos passos a dar. Palmela está ainda muito fechada a novos projectos. Falta iniciativa empresarial maioritariamente privada, que abram novos espaços de comércio, novos restaurantes, ou outros estabelecimentos que pudessem dinamizar a parte antiga da vila. No caso dos restaurantes, que apostem nos produtos da região, do vinho aos queijos, porque as pessoas que nos visitam querem provar as coisas que são produzidas cá. Já vão

existindo alguns locais com essa aposta, mas falta mais dinâmica. Por outro lado, devia ser feita maior reabilitação em casas antigas porque essa zona está degradada e envelhecida. Poderíamos ter uma dinâmica semelhante a Óbidos, mas para chegarmos aí ainda temos muitos passos a dar e não é fácil. Esse desenvolvimento iria auxiliar todas as outras empresas que se encontram na região, e também as de vitivinicultura. E neste caso há que ‘tirar o chapéu’ aos empresários do ramo porque quase todos apostaram no enoturismo, com a criação de lojas, visitas às adegas e espaços, mas falta a vila acompanhar esse investimento que foi feito.

uso de produtos locais e de coisas com valor acrescentado, porque a nossa região é conhecida pelos vinhos, mas depois falta a aposta em produtos de qualidade e diferenciadores. Penso que tanto a Confeitaria de São Julião como a Quinta do Piloto têm feito um pouco esse trabalho e já estão a ser reconhecidos por isso. E PROJECTOS PARA O FUTURO? Este ano iremos lançar o ‘Vinha dos Pardais’ branco, que será um dos melhores vinhos brancos da nossa região, e vamos sair com os moscatéis velhos, de dez e vinte anos, produtos que vão alicerçar ainda

mais a qualidade dos nossos vinhos. Estamos também a preparar mais duas adegas abertas para visitas, uma dedicada ao Moscatel, onde iremos fazer o envelhecimento destes, e com uma zona de garrafeira para os vinhos tintos; e uma nova adega para o fabrico de moscatel na parte superior da Quinta, nuns depósitos antigos que ali temos. O projecto vai iniciar-se em Fevereiro e queria ver se tinha a parte dos moscatéis a funcionar até ao final do ano, para quando houver o lançamento dos moscatéis de dez e vinte anos, coincidir também com a inauguração desse espaço. Esta é a nossa dinâmica, de ter constantemente algo novo

São tradições que já estavam na família há muitos anos e que sempre foram muito respeitadas internamente, mas não estavam abertas ao público. A partir do momento que abrimos a nossa loja e tivemos os vinhos engarrafados, foi algo para que quisemos abrir à comunidade. Queremos partilhar as nossas tradições e isso é que preza a nossa riqueza, porque esta vive das tradições. Quanto mais antiga é uma casa, mais dessas tradições tem e essas devem ser transmitidas para quem nos vem visitar. Adegas há muitas, mas adegas com tradições centenárias não há assim tantas. Queremos que as pessoas que aqui vêm se sintam bem e vivam um bocadinho do que foi o nosso passado, e que também o consigamos recuperar um pouco. E vê-se que é isso que as pessoas querem porque a adesão a estas iniciativas tem sido muito boa. Para as ADIAFAS as reservas esgotam até ao final de Agosto e o piquenique de Santo António cada vez tem tido mais gente e todos os anos tem esgotado, e a Quinta proporciona esse convívio nos seus espaços externos e numa altura de bom tempo. PESSOALMENTE, VIA-SE A FAZER ALGO DIFERENTE DE SER ENÓLOGO? Não, não me via. (risos). Acho que estou na profissão certa para aquilo que gosto de fazer. Não me vejo a fazer outra coisa.

ESSE DINAMISMO É PROTAGONIZADO TAMBÉM PELA QUINTA DO PILOTO NAS APOSTAS QUE TEM FEITO, COMO O BOMBOM DE MOSCATEL. COMO TEM SIDO A ACEITAÇÃO? Bastante bem. É um produto mais sazonal, que vai de Novembro à Páscoa, mas que tem o seu ponto máximo de vendas no Natal. É um produto que já entrou no imaginário das pessoas, que o procuram por curiosidade e depois porque gostaram do que provaram. Há quem venha de propósito à Quinta comprar, mas depois também o encontra noutros locais. Foi uma parceria de sucesso, porque o Nuno Gil é uma pessoa muito criativa e que muito tem feito pela nossa região. Juntaram-se duas empresas dinâmicas, que produzem qualidade e apostam na autenticidade, no

Filipe Cardoso, enólogo da Quinta do Piloto e SIVIPA


LOCAL // 23 JANEIRO 2019

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Na freguesia rural de Marateca

Fernando Pó

Turismo e vinhos atraem investidores Arranjos exteriores A ALDEIA DE FERNANDO PÓ avançam para concurso ESTÁ A SER ALVO DE ATRACÃO DE INVESTIDORES, COM DESTAQUE PARA AS VERTENTES TURÍSTICAS E VINÍCOLAS. UMA EMPRESA FAMILIAR DE AGROTURISMO E ALOJAMENTO LOCAL ESTÁ A NASCER NA QUINTA DE SANTO ANTÓNIO, ENQUANTO NO CENTRO DA ALDEIA, AS RUÍNAS DE UMA ANTIGA ADEGA, DERAM O RIGEM À SOCIEDADE AGRÍCOLA ROTAS DUPÓ.

O concurso público para a empreitada de arranjos exteriores de Fernando Pó, na freguesia de Marateca, vai avançar envolvendo um preço base de cerca de 140 mil euros. A obra cofinanciada por fundos comunitários, no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa, inclui a intervenção dos dois lados da linha férrea, a melhoria de pavimentos e a criação de estacionamento, pequenas áreas verdes e de esta-

da com mobiliário urbano e sinalética. O acesso ao apeadeiro será beneficiado com rampa, corrimões e guarda corpos com o objetivo de passar a ter um espaço público mais acessível, funcional e identitário, garantindo mais qualidade de vida a quem vive na aldeia, e preparado para receber as/os visitantes que exploram a localidade e arredores, seja de comboio, de autocarro, de bicicleta, a pé ou de automóvel.

Redação

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A

Quinta de Santo António recebeu há dois anos a empresa Humus Farm, da responsabilidade do jovem casal Ana e Bruno Costa, que trocou a vida agitada de Lisboa pela saudável aldeia de Fernando Pó. Os jovens investidores plantaram um novo pomar e uma horta de forma biológica. A Humus Farm aposta também na vertente do alojamento local, onde tem sete quartos, mas desenvolve desafios

na área dos eventos, restauração, artes, cultura e vinho biológico. CASA DUPÓ RENASCE DE UMA ADEGA EM RUÍNAS A Casa Dupó, uma nova adega, nasceu de ruínas antigas no centro da aldeia onde o proprietário Manuel Pinto de Oliveira utiliza os 23 hectares de vinha para usar as uvas na fabricação de vinho de superior qualidade. O proprietário e a esposa seleciona-

ram métodos de produção tradicionais, em cubas de tipo argelino e prensas de madeira. O “Dupó Tinto 2017”, que está no mercado engarrafado e em bag-in-box, resultou da combinação das castas Castelão, Syrah e Alicante Bouschet , com uma produção de 160 mil litros. A Casa Dupó irá apostar também na fabricação de vinho branco e no enoturismo, cuja sala de visitas e provas está a ser concluída.

A Foto da Semana é...

Morte de Fonseca Ferreira

Autarcas de Palmela aprovam voto de pesar Os autarcas do concelho de Palmela aprovaram um voto de pesar pelo falecimento de António Fonseca Ferreira, que foi vereador da Câmara pelo Partido Socialista, no mandato 2009-2012 e presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Na moção recorda-se o currículo de Fonseca Ferreira, que era “natural de Trancoso, distrito da Guarda, e iniciou a sua carreira no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, tendo seguido, depois, para o Fundo de Fomento da Habitação, onde foi Diretor de Serviços, e mais tarde, foi Diretor Municipal e Assessor do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa”. O destacado socialista presidiu, durante mais de uma década, à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e esteve à frente da Empresa Arco Ribeirinho Sul, entre 2010 e 2011”. Fonseca Ferreira, refere o documento, “iniciou a sua atividade política nas Associações de Estudantes de Coim-

Fernando Pó vai receber obras paisagistas

A Charneca: não da Caparica, mas sim da Lagoa da Palha!

Autarcas apresentaram moção pela morte de Fonseca Ferreira

bra e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e destacou-se enquanto resistente antifascista, tendo integrado a Comissão Democrática Eleitoral, primeiro no Porto, em 1969, e mais tarde, na Comissão Nacional, em 70/71, o que lhe valeu 30 dias na prisão de Caxias e a condenação a cinco anos de prisão (remíveis em dinheiro), na sequência de julgamento em Tribunal Plenário. A cumprir serviço militar em Mafra, e mais tarde, no Lumiar, a atividade po-

lítica valeu-lhe novo castigo, em 1973, recebendo ordem de cumprimento do serviço militar, em regime disciplinar, em Moçambique. Desertou para França, onde obteve asilo político, regressando a Portugal apenas em Dezembro de 1974. Em 1976, fundou o Grupo de Intervenção Socialista, com Jorge Sampaio e João Cravinho”. Dirigiu vários Planos de Pormenor, PDM’s e Planos Estratégicos.

Monumento serve para foliões brincarem ao Carnaval

Ao longo das semanas o JCP irá destacar a foto que mais interesse na opinião pública suscita. Esta é a que dá o “pontapé” de arranque desta nova rúbrica. Tem o aspeto da proa de uma qualquer embarcação do Sado ou do Tejo, mas a fundamentação prestada por um autarca, que na

RECORDAR PARA VIVER

Misericórdia de Palmela: Quase cinco séculos de solidariedade Santa Casa da Misericórdia de Palmela foi criada no ano de 1529, destacando-se no serviço e apoio com solidariedade a todos os que preci-

sam, bem como à realização de atos de culto católico, de harmonia com o seu espírito tradicional, informado pelos princípios do humanismo e da

doutrina e moral cristãs. A Santa Casa da Misericórdia de Palmela tem o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, sendo

considerada uma entidade da economia social, nos termos da respetiva Lei de Bases, e natureza de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública.

altura era presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, é que a “espécie” de monumento simboliza a Charneca (termo de um vasto horizonte de terras), o que resta é que o dito monumento tem servido de base para efeitos natalícios e carnavalescos.


23 JANEIRO 2019 // PUB

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DESPORTO // 23 JANEIRO 2019

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Campeonato de Portugal

Olhanense surpreendido em casa O Olhanense em casa tem complicado os jogos aos adversários, mas não conseguiu armar a habitual teia ofensiva perante um Pinhalnovense motivado, sabendo das dificuldades que iria encontrar, numa fase ascendente da equipa de Ivo Soares, que vinha de quatro vitórias consecutivas. Apesar de ter sofrido um golo a equipa do Pinhalnovense ganhou asas, com os avançados Álvaro Jaló e Diogo Tavares a marcarem e a darem a vitória à equipa visitante. No próximo domingo, o Pinhalnovense recebe o Armacenenses, ainda sem o ponta de lança Diego, mas contará com o regresso de Martim Águas. O Pinhalnovense subiu ao 11º lugar da tabela com 26 pontos, que continua a ser liderada pelo Praiense com 42 pontos.

A AUTARQUIA DE SETÚBAL APROVOU NA PRIMEIRA SESSÃO DESTE ANO A APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA DA PRAIA DA FIGUEIRINHA, NA ARRÁBIDA, AO GALARDÃO DE BANDEIRA AZUL, PELO DÉCIMO PRIMEIRO ANO CONSECUTIVO. Juca Meireles

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JALÓ E DIOGO TAVARES DÃO VITÓRIA AO PINHALNOVENSE A equipa de Luís Manuel rumou ao Algarve, onde conseguiu vencer o Olhanense, numa excelente partida, com os avançados Álvaro Jaló e Diogo Tavares a fazerem os golos dos visitantes. JUCA MEIRELES

OLÍMPICO GOLEIA VASCO DA GAMA DA VIDIGUEIRA

A equipa do Pinhalnovense apresentou-se no Campo do Olhanense sem o seu principal marcador Diego Zaporo, castigado com dois jogos, e Martim Águas, que regressa na próxima partida.

O Olímpico do Montijo deslocou-se à Vidigueira para golear o Vasco da Gama por quatro a uma. A equipa do Montijo ocupa o 7º

lugar com 29 pontos e no próximo domingo recebe o Ferreiras. OS RESTANTES RESULTADOS DA JORNADA 18 FORAM OS SEGUINTES: Redondense vs. Amora 1-2 Sacavenense vs. Praiense 1-2 1º Dezembro vs. Moura 2-0 Ferreiras vs. Angrense 1-0 Casa Pia vs. Louletano 2-1 Armacenenses vs. Real 1-4

Jogos do próximo domingo, dia 27 de Janeiro: Amora – 1º Dezembro Louletano – Olhanense Real – Redondense Oriental – Vaso da Gama da Vidigueira Praiense – Sp. Ideal Angrense – Sacavenense

Campeonato Distrital da 1ª Divisão

Azuis e branco vão ao Algarve ganhar

Quartos de Final da Taça AF Setúbal “Sousa Martins”

Líder Fabril Palmelense recebe derrota Palmelense Cova da Piedade B O Palmelense foi jogar a casa do líder Fabril, que venceu pela margem mínima de uma bola a zero. Na próxima jornada o Palmelense recebe no Campo Cornélio Palma, a equipa do Vasco da Gama de Sines. CAMPEONATO DISTRI-

TAL DA 2ª DIVISÃO Lagameças ganha dérbi concelhio na Quinta do Anjo O Quintajense recebeu a equipa do Lagameças perdendo por duas bolas a três. Nos outros encon-

tros o Águas de Moura foi empatar a zero no campo do Alcacerense. O líder Comércio e Indústria infligiu pesada derrota de oito bolas a zero ao Melidense, enquanto o Samouquense venceu o Juventude Cercalense por dois a zero.

Rapazes do Palmelense preparam-se para jogo da taça AF Setúbal

O sorteio dos quartos de final da Taça AF Setúbal “Sousa Marques” já se realizou e o calendário dos jogos a disputar dia 10 de Fevereiro serão os seguintes:

Jogo suado para o Palmelense

Jogo 1: Barreirense vs. Oriental Dragon Jogo 2:

Monte da Caparica vs. Banheirense Jogo 3: Palmelense vs. Cova da Piedade B Jogo 4: Alcochetense vs. Grandolense As meias finais disputam-

-se a 19 de Abril e irão pôr frente a frente: - O vencedor do Jogo 2 com o vencedor do Jogo 1 - O vencedor do Jogo 3 com o vencedor do Jogo 4 A final disputa-se no dia 1 de Junho


23 JANEIRO 2019 // REGIÕES SETÚBAL

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Casa da Baía ´a melhor experiência local no distrito

Setúbal acumula prémios de Turismo SETÚBAL CONTINUA A ACUMULAR PRÉMIOS NA VERTENTE TURÍSTICA E, RECENTEMENTE, FOI O CASO DO GALARDÃO ATRIBUÍDO PELO GUIA TRAVEL & HOSPITALITY, QUE DISTINGUIU A CASA DA BAÍA – CENTRO DE PROMOÇÃO TURÍSTICA COMO A “MELHOR EXPERIÊNCIA LOCAL” NO DISTRITO DE SETÚBAL EM 2019. Elsa Peres

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etúbal tem sido distinguida com diversos prémios conquistados nos últimos anos em diferentes esferas de intervenção, que apresenta a região como destino turístico de excelência. As distinções alcançadas em áreas como turismo, ambiente, cultura e urbanismo, que vão ser postas à prova com a participação de Setúbal na FITUR – Feira Internacional de Turismo, em Madrid, Espanha. Um dos maiores certames turísticos irá decorrer até ao dia 27, o município afirma-se com objetividade, partilhando um conjunto de

prémios nacionais e internacionais cou, a que acresce distinções, em 12 na European Consumers Choice, que reconhecem a riqueza ímpar de categorias, a nível distrital, de mar- resultado da votação de 10 mil uticas, produtos e serviços de entida- lizadores daquela página da interSetúbal. net, oriundos de 136 países e que Nas distinções de Setúbal des- des públicas e privadas. taca-se a “Marca Estrela” da escolheram o areal sadino de Bloom Consulting, que destaca entre 280 zonas balneares do a subida mais relevante da região continente europeu. de Lisboa na edição 2018 do Setúbal tem também Portugal City Brand Ranking, as sete maravilhas do país, estudo que avalia a atratividade como a sardinha assada sedos concelhos portugueses. Setubalense, eleita, em 2011, túbal ocupa um lugar no Top uma das “7 Maravilhas da 10 dos municípios mais apelatiGastronomia”, enquanto em vos para viver, visitar e investir. 2010 o Portinho da Arrábi O concelho setubalense conda foi reconhecido como quistou também em 2018, seis uma “7 Maravilhas Naturais prémios na primeira edição do de Portugal”, na categoria Portugal Cinco Estrelas, desti“Praias e Falésias”. nado a reconhecer a excelência O Mercado do Livramendos recursos nacionais, nomeato foi colocado em 2015 na damente nas categorias “Cozilista de elite das praças de nha Tradicional”, com o choco peixe mais famosas do plafrito, “Doçaria Regional”, com neta. as tortas de Azeitão, e “Vinhos”, O “Le Vif/L’Express”, com o Moscatel de Setúbal. newsmagazine belga de peMas a paisagem única de Seriodicidade semanal, com túbal contempla a vertente das uma tiragem média próxima Setúbal eleita como melhor destino gastronómico “Praias”, com Galapinhos, “Redos 100 mil exemplares, que servas, Paisagens e Barragens”, destacou, em 2015, Setúbal com o Parque Natural da ArrábiRecorde-se que Galapinhos foi como uma das “Dez cidades mais da, e “Serras e Montanhas”, com a eleita a “Melhor Praia da Europa seguras para viajar sozinho”. Serra da Arrábida, foram categorias em 2017”, galardão do portal EuroA revista WINE – A Essência do nas quais Setúbal também se desta- pean Best Destinations, integrado Vinho elegeu Setúbal como “Des-

tino Gastronómico do Ano 2015”, na Gala Os Melhores do Ano, enquanto o movimento I Support Street Art colocou o mural “Rapaz dos Pássaros”, de Sérgio Odeith, executado numa das empenas do Auditório José Afonso, como um dos melhores murais do mundo em 2014. Setúbal conquistou também o “Prémio Cidade Limpa”, graças aos índices de qualidade obtidos na área do ambiente, quanto à higiene e limpeza urbana, distinção feita em 2018 pela Associação Humana Portugal, que realçou a eficiente gestão de resíduos e o fomento do desenvolvimento sustentável e recebeu também, em 2018, o Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta”, atribuído pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, pelo trabalho desenvolvido na promoção no concelho sadino do uso deste meio de transporte. Para além de marcar presença na FITUR, em Espanha, Setúbal marcará presença na ITB – Feira de Turismo de Berlim, na Alemanha, e no Salão Mundial de Turismo de Paris, em França, que se realizam em Março.

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LINHA SOS // 23 JANEIRO 2019

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Aeroporto acelera comércio imobiliário no Montijo

Preços das habitações aumentaram na cidade DESDE O ANÚNCIO DO GOVERNO EM INSTALAR A PLATAFORMA AEROPORTUÁRIA DE APOIO AO HUMBERTO DELGADO NA CIDADE DO MONTIJO QUE FEZ DISPARAR O NEGÓCIO DO IMOBILIÁRIO NAQUELA CIDADE. Donatilia Braço Forte

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proximidade a Lisboa e os bons acessos são as principais razões que estão a levar a que muitas pessoas procurem casa na margem sul do Tejo, nomeadamente na cidade do Montijo e concelhos vizinhos. O preço dos imóveis subiu acima da média nacional e as obras que estavam paradas desde 2011 estão de volta. Só na cidade do Montijo os investidores estão a comprar lotes inacabados para requalificar e vender, mas não é só no Montijo que o aceleramento aconteceu, já em Alcochete o cenário não é diferente, havendo habitações que estão a ser vendidas por 250 mil euros a 500 mil euros. Segundo Pedro Jonas, consultor imobiliário, todos querem

aproveitar este motor de arranque que é o aeroporto, o consultor explicou ao JCP que “estamos a viver uma nova era do ramo da construção civil e do imobiliário, e todos queremos ganhar com esta situação, vejamos, eu há quatro anos atrás vendia uma casa por 80 a 100 mil euros, hoje consigo vender um T2 na cidade do Montijo por 200 a 500 mil euros. Claro que estamos a falar em habitações consideradas de luxo”. Segundo Pedro Jonas os clientes são do mais variado, “tenho clientes de classe média e alta, estes últimos procuram zonas como Alcochete, mas esse concelho nunca foi difícil de vender, pois é o ‘Estoril’ da margem sul do Tejo”. Para Fernanda Dias, também consultora imobiliária, as regiões dos concelhos vizinhos também estão a ser uma das descobertas para novos habitantes. “Tenho pessoas que estão apostadas em adquirir habitações na zona de Pinhal Novo, Quinta do Anjo, Moita e Barreiro”, questionada de o porquê da procura nesses sítios a resposta é clara “são zonas que estão a pou-

Aeroporto faz subir preços das casas na margem sul do Tejo

cos quilómetros da infraestrutura aeroportuária e as acessibilidades são boas. Estamos entre 5 a 10 minutos do Montijo, quer do Pinhal Novo, quer da Moita, um pouco mais do Barreiro, mas a acessibilidade aqui é boa e rápida, falo da A33”, disse. Em Pinhal Novo, concelho de Palmela, conseguimos ver alguns

investidores a arrancarem com mais habitações, só em Val’Flores, sítio em que a construção estava adormecida, já vão com cerca de 9 fogos construídos, a zona das vivendas está a ‘acordar’ também, com apartamentos que rondam os 60 a 90 mil euros, mas que podem chegar aos 160 mil euros.

Já no concelho da Moita e Barreiro os preços de um T1 rondam os 50 a 100 mil euros, mas referir de que são habitações em segunda mão. São já vários os investimentos imobiliários, uns nacionais e outros estrangeiros que procuram investir numa região que está a caminho de receber o aeroporto.

Groundforce prevê investir 2,5 M€ em 2019

A empresa acredita que vai operar no novo aeroporto O INVESTIMENTO PARA ESTE ANO É ELEVADO E A EMPRESA QUE OPERA EM TERRA PREVÊ VIR A OPERAR NO FUTURO AEROPORTO COMPLEMENTAR DO MONTIJO Miguel Garcia

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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garantia de investimento foi avançada pelo presidente executivo da empresa que opera em ‘handling’ – assistência em terra – Groundforce, Paulo Neto Leite, que está convicto de que a empresa está em condições de operar no futuro aeroporto do Montijo.

“Está em curso um conjunto de investimentos para 2019, estimamos um investimento na ordem de 2,85M€ para este ano”, disse o presidente executivo em declarações à Lusa. A empresa em 2018 totalizou <<6,4 milhões de euros>> em equipamentos, condições de trabalho, uniformes entre outros investimentos essenciais para a laboração da empresa. O dirigente salientou de que a empresa está de olhos postos no novo aeroporto que irá nascer na BA6 do Montijo, e que em 2022 irá começar a receber voos civis, pois explica que em “2018 a Groundforce venceu o concurso internacional de atribuição de licenças de atividade nos aeropor-

tos de Lisboa, Porto e Faro”, por um período de sete anos e que não será difícil vencer a sua permanência no novo aeroporto do Montijo. Garantiu ainda que a empresa está apta para agarrar novos projetos e manter os atuais, uma vez que o aeroporto Humberto Delgado vai também sofrer intervenções, o que se vai traduzir em um “aumento do número de movimentos assistidos e dos passageiros transportados”. As condições de trabalho para os colaboradores (da Groundforce) também está garantida, para que possam prestar um melhor serviço aos clientes, garante o responsável.

Groundforce com olhos postos no Montijo


23 JANEIRO 2019 // ALERTAS & RECADOS

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Transportes a menos e buracos a mais…

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Estrada que liga Águas de Moura a Poceirão está em péssimo estado e necessita de uma urgen-

te intervenção. Esta artéria é utilizada por milhares de viaturas e os buracos ainda pequenos, têm que ser re-

parados para evitar que se transformem em verdadeiras armadilhas.

Apanhar o autocarro do circuito para ir a pé Meia dúzia de utentes, todos de idade avançada, apanharam o autocarro que faz o Circuito Urbano do Pinhal Novo, para virem para o lado norte do Pinhal Novo. A viatura no seu remangue mangue chegou à Casa do Peixe, ali perto da antiga Pluricoop, e pifou. O pobre moto-

rista lá conseguiu abrir a porta para as pessoas puderem sair. E pronto lá foram todos a pé, numa situação que já aconteceu algumas vezes. É caso para se dizer: os transportes não existem e os poucos que há avariam a meio do caminho.

Vírus pode levar ao abate de algumas palmeiras No alerta enviado por José Marques, residente no Monte Novo, refere-se uma preocupação que tem a ver com o “eventual abate de mais palmeiras, que estarão doentes”. Ainda não chegou ao nosso conhecimento se esse abate irá acontecer, mas sabemos que a câmara de Palmela vai realizar um debate com os moradores de Monte Novo e Vila Serena, no dia 25 de Janeiro, às 21h00, na sede da Junta de Freguesia de Pinhal Novo. Nesse debate serão dadas a conhecer as conclusões do Laboratório de Patologia Vegetal, que tem como objetivo promover uma discussão com a população para encontrar soluções para as palmeiras existentes no local, garantindo a qualidade e a segurança do espaço público.

Presidente da Marateca lança alertas

Para quando o monumento com as pedras do arco da ponte

Ao contrário dos moradores, que se mantiveram em silêncio na sessão descentralizada em Águas de Moura, apesar de vários desafios do presidente da câmara, a presidente da Marateca, Cecília de Sousa, apresentou diversos alertas, nas áreas da rede viária, da sinalização, saneamento, limpeza de árvores, o despejo ilegal de fossas e transportes públicos. A deposição ilegal de monos e verdes em alguns pontos da freguesia, como destacou a autarca, que explicou “ter havido o reforço da recolha e das ações de sensibilização e fiscalização”. Também o presidente Álvaro Amaro entendeu referir “somos o concelho da Área Metropolitana de Lisboa com mais resíduos per capita”, destacando que a Junta “recolheu, no ano que passou,

mais 237 toneladas do que em 2017, num total de 845 toneladas”.

Recuperação da Igreja de S. Pedro da Marateca

Manuel Oliveira aproveitou o último mercado mensal do Pinhal Novo para se acercar de nós e perguntar: “por acaso não sabe quando vão dar uso às pedras que foram retiradas do antigo arco da estação?” e com tristeza

apontou: “já viu ali estão elas no mais completo abandono”. Residente em Pinhal Novo, o antigo ferroviário continuou o seu lamento: “não tenho nada contra o monumento do dador de sangue, mas segundo

ouvi numa reunião, as pedras iriam ser utilizadas numa homenagem aos ferroviários e até hoje nada foi feito…”. O recado deste morador aqui fica… para que seja respondido por quem souber.

O último alerta veio também da presidente Cecília de Sousa, que quis saber qual a hipótese de requalificação da Igreja de S. Pedro da Marateca, junto ao cemitério. A igreja está abandonado há mais de um século e em muito más condições. O presidente da Câmara de Palmela prometeu “realizar um trabalho profundo de levantamento do que existe e das necessidades”, para “tentar encontrar uma linha de apoio que permita uma candidatura a fundos comu-

nitários para recuperação da Igreja, com respetivo acompanhamento arqueológico e trabalhos de conservação e restauro”.


PUB // 23 JANEIRO 2019

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PALMELA

ONDE ESTAMOS? Estes são os locais onde poderá encontrar o seu jornal FREGUESIA DE PINHAL NOVO PINHAL NOVO Papelaria Pinha Verde Biblioteca Municipal Papelaria do Intermarché Papelaria Servialcaide Piscinas Municipais Canofer Materiais de Construção Civil Tabacaria Casa Ventura Clube Desportivo Pinhalnovense – Campo Santos Jorge Junta de Freguesia Papelaria Nova Centro de Saúde Zeca Afonso Cooperativa Agrícola PinhalNovense (Loja) Churrasqueira O Forno Drogaria Luz & Guerreiro Churrasqueira O General Frango Papelaria Pena Branca Espaço Ferro – Centro Comercial Dovari Pastelaria Bambi – Vale Flores Associação de Moradores da Cascalheira Posto de Abastecimento Repsol – Olhos de Água CARREGUEIRA

Estação Rodoviária dos TST Cafetaria/Papelaria Retiro Azul Junta de Freguesia Drogaria Central Café Largo do Duque Casa Assis Lobo Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Restaurante Correio Mor Supermercados Coviran Restaurante Dom Rodrigo Cine-Teatro São João Biblioteca Municipal Visual Modas Casa Mãe Rota de Vinhos Papelaria Camolas Posto de Abastecimento dos Bombeiros Voluntários de Palmela Casa do Benfica Associação Reformados e Pensionistas de Palmela Papelaria Nova Turma Café Dona Xícara Papelaria Aquarela Pastelaria Largo da Feira Pastelaria Mimos AIRES Posto de Abastecimento Repsol Aires/Norte Posto de Abastecimento Repsol Aires/Sul Café do Grupo Desportivo Airense Café Pastelaria O Jardim Café Doce Espiga VOLTA DA PEDRA Papelaria Intermarché Palmela Café Bombom Grupo Desportivo da Volta da Pedra Continente Modelo de Palmela

Café Esperança Supercentro JC Armazéns de Adubo CAJADOS Posto de Abastecimento de Cajados AgroCajados MARATECA Posto de Abastecimento Cepsa Marateca/Norte Posto de Abastecimento Cepsa Marateca/ Sul Supermercado Amanhecer Papelaria Lança FERNANDO PÓ Supermercado Baêta Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó LAGOA DO CALVO Associação Recreativa e Instrutiva 1º Janeiro da Lagoa do Calvo POCEIRÃO Pronto a Comer Tachos & Panelas Café Xeque Mate Supermercado Amanhecer Junta de Freguesia Café Central Café Salvador Cooperativa Agrícola de Poceirão Restaurante A Moagem Restaurante A Cepa 2000 Restaurante O Montalegre Posto de Abastecimento Cepsa (EN4) AROEIRA Coletividade de Vila Nova de Aroeira

ALGERUZ Café âncora & Serrano

CONCELHO DO MONTIJO

LAU

MONTIJO

Café Seca Adegas Armazém Biona Armazém Fernando Ratão

Papelaria Madeira – Estrada Nova Tabacaria Moderna – Praça da República Junta de Freguesia Restaurante Martinho Flor do Cais

Café Flor do Campo Café Janita Café da Carregueira

FREGUESIA DE QUINTA DO ANJO

LAGOA DA PALHA

BAIRRO ALENTEJANO

Café Lagoa Grupo Desportivo da Lagoa da Palha Posto de Abastecimento Repsol Café Cancela

FREGUESIAS DE POCEIRÃO E MARATECA LAGAMEÇAS

FAIAS

Papelaria do Bairro Alentejano Sociedade do Bairro Alentejano

Posto de Abastecimento Repsol

MARQUESAS

CONCELHO DE ALCOCHETE

ARRAIADOS

Associação de Moradores das Marquesas

Grupo Desportivo de Valdera

VILA AMÉLIA

SAMOUCO Papelaria Sandra

PALHOTA

Posto de Abastecimento Cepsa

Papelaria Servialcaide Posto de Abastecimento Cepsa OLHOS DE ÁGUA Casa de Pasto Pelixo Centro Comunitário dos Olhos de Água Associação de Moradores dos Olhos de Água FREGUESIA DE PALMELA LAGOÍNHA Casa das Febras Restaurante do Posto de Abastecimento BP Restaurante Os Potes

CABANAS Papelaria de Cabanas Grupo Desportivo Cabanense Churrasqueira O Forno QUINTA DO ANJO Papelaria Q-Tal – Portais da Arrábida Golden Coffee Café Larau Papelaria de Quinta do Anjo – Largo Matos Fortuna Junta de Freguesia Espaço Afinidades – Horácio Simões

CONCELHO DE SETÚBAL SETÚBAL Papelaria da Avenida Luísa Todi – Hotel Mar & Sol Quiosque do Esperança Papelaria da 5 de Outubro Estação Rodoviária TST Papelaria Mil Folhas – Aranguês AZEITÃO Papelaria do Intermarché de Azeitão Papelaria Ardina de Azeitão


23 JANEIRO 2019 // CULTURA & TRADIÇÕES

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Bênção das Fogaças cumpre tradição em Palmela

“Festa de Santo Amaro tem o simbolismo do Povo” PADRE CASIMIRO FOI O SACERDOTE QUE PRESIDIU À HOMILIA DA PASSADA TERÇA-FEIRA, 15 DE JANEIRO, EM QUE SE FESTEJA EM PALMELA O “DIA DE SANTO AMARO” NA IGREJA DE SÃO PEDRO QUE ACOLHE A TRADICIONAL BÊNÇÃO DAS FOGAÇAS Miguel Garcia

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odos os anos a Confraria Gastronómica de Palmela organiza uma cerimónia popular que já teve melhores dias em outros tempos, em que os mais antigos senhores de Palmela levavam até à Igreja de Palmela as suas fogaças com várias formas – animais, arvores, pessoas, partes do corpo – para que fossem benzidas como forma de promessa que os devotos tinham feito ao seu santo padroeiro, Santo Amaro. A tradição foi-se perdendo ao longo dos tempos e até mesmo interrompida alguns anos, mas os confrades da Confraria Gastronó-

mica de Palmela reavivaram a memória dos mais jovens retomando muito recentemente essa tradição. No passado dia 15 de janeiro, o relógio marcava as 18:00 e a homilia habitual começou pelas mãos do padre que substituiu o atual pároco de Palmela. Padre Casimiro começou por lembrar que não estava muito à vontade para falar da história da tradição, mas que com o relembrar de uma tradição é a melhor <<maneira de agradecimento a Deus>>, o pároco explicou a importância das tradições que normalmente estão ligadas à religião, “mesmo sendo festas pagãs, estão sempre ligadas ao povo e à devoção que tem por Deus”. No final da homilia deu-se lugar à Bênção das Fogaças sob o olhar atento do vereador Luís Calha (cultura) e do presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Jorge Mares. As fogaças foram colocadas à venda e o dinheiro reverteu para as obras futuras na zona do telhado da Igreja.

Tradição reavivada pela Confraria Gastronómica de Palmela

Dia da Irmandade celebra-se no próximo sábado

Canha celebra Dia da Irmandade A forte tradição religiosa que Canha tem sempre ligada à Irmandade e ao Voluntariado deu lugar a que todos os anos a 26 de janeiro o Dia da Irmandade fosse comemorado naquela localidade, no concelho do Montijo. No próximo sábado todos os caminhos rumam até à pequena freguesia de Canha para mais uma comemoração desse dia importante para as gentes da terra. Pelas 11:00 terá lugar na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira a missa que será acompanhado com o Coro da Igreja e o da Santa Casa da Misericórdia de Canha.

Uma hora mais tarde, dá-se início à Conferência do Governo Diocesano com o tema “Irmandade e Voluntariado”. Durante a tarde as comemorações continuam com o batismo e tomada de posse dos novos Confrades e Membros do Grupo Desportivo e a celebração dos aniversários dos Grupos fundados nesse dia: Grupo Gastronómico São Sebastião Sabores e Saberes da Terra (Canha); Rancho Folclórico e Etnográfico São Sebastião Danças e Cantares da Freguesia de Canha (cerimónia de passagem do grupo a membro efetivo da Fede-

ração do Folclore Português) e do Grupo Desportivo de São Sebastião (Canha).

Haverá ainda lugar para atuação dos Ranchos de Canha e das Praias do Sado. Já ao fim da tar-

de haverá atividades no Grupo Desportivo de São Sebastião.

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PUB // 23 JANEIRO 2019


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