Jornal Concelho de Palmela | Edição 33

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SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº33| PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 19.02. 2019

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

PINHAL NOVO É A FREGUESIA QUE SE SEGUE NAS SEMANAS DESCENTRALIZADAS DO EXECUTIVO CAMARÁRIO P.2

ATUALIDADE

P.3

‘MILA’ É UM DOS MAIS RECENTES ELEMENTOS DOS BOMBEIROS DE ÁGUAS DE MOURA. A SIMPÁTICA GATINHA FOI ABANDONADA NO QUARTEL E É AGORA A MASCOTE DA CORPORAÇÃO

SETÚBAL

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FONTE DE NEGREIROS SEM REQUALIFICAÇÃO POR ESTAR EM TERRENOS PRIVADOS. POPULAÇÃO PREOCUPADA COM FALTA DE OBRAS

MONTIJO

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MONTIJO PREPARA-SE PARA MAIS UMA EDIÇÃO DA SEMANA DA J UVENTUDE 2019 COM A II MOSTRA DE BANDAS

M

uito novo veio de Serpa para Palmela e por aqui ficou, onde trabalhou e abriu os seus negócios no ramo da restauração. António Orelhas e Ana Cardoso apostaram recentemente num novo espaço de restauração, e o JCP foi descobrir quais as iguarias que nos oferece o Dom Rodrigo

“Com alma Alentejana e coração em Palmela”

P.8/9

António Orelhas Aposta na gastronomia local


PRIMEIRA HORA // 19 FEVEREIRO 2019

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Pinhal Novo é a freguesia que se segue das “Semanas Descentralizadas” DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

Os totós que todos tentam imitar! É triste ver que existem pessoas no mundo que só querem ver os vizinhos, concorrentes, amigos e até conhecidos no <<mó debaixo>>. Eu e a equipa com quem trabalho hoje em dia ingressámos no ramo dos media locais e depois regionais em 2006, e a partir desse ano muita gente só nos quis ‘enterrar’, desde falarem mal dos media que tínhamos junto de autarcas até muito recentemente alguém andar por aí a pregoar aos quatro ventos que tinham sido fundadoras do JCP, sim, já falei nessa situação num dos meus editoriais, nunca é demais lembrar essas cenas que para mim, são cenas tristes, mas que não nos deixam indiferentes a tudo isso... Depois de ouvir, comecei a fazer contas e consegui apurar que as ditas pessoas teriam sido “pseudo-fundadoras” ou melhor “falsas fundadoras” com 14 anos, uma idade muito inocente nem ainda se lembravam de ingressar neste mundo nem serem fundadoras de coisa alguma, mas adiante. Hoje quero falar-vos de outros “rótulos” que nos atribuíram: <<os três totós>>, sim, porque em Palmela quem tenha um projeto editorial será <<família Forsyte>> ou <<totós>> de serviço, mas o mais giro disto tudo é que esses tais <<totós>> ainda ensinam alguma coisa a quem se pensa profissional na área. Em todos os projetos em que estamos inseridos, projetos que uns foram de administração minha, outros não, como o caso do JCP, todos esses arrancaram com alguma atribulação, mas de edição para edição vai melhorando e pelos vistos tem feito com que a nossa “concorrência”, alguma dela, nos copie em quer que seja, ou no layout, ou no pedido de press ou até na correria às bancas para deixar os seus jornais primeiro do que o JCP, mas isso não nos preocupa, sabem porquê? Pois, é orgulho para mim e para a equipa que lidero, sabermos que a nossa “concorrência” anda atenta, e até seguem a nossa lista semanalmente dos locais onde deixamos os vosso jornal. Mas de uma coisa temos ainda mais orgulho, são estes <<totós>> que tem ensinado os concorrentes em quase todas as áreas, desde os layouts, às entrevistas, passando pelas reportagens e finalizando nos locais de entrega. Para nós, na terra existe sempre espaço para todos e sem atropelos. Aos nossos leitores quero deixar-vos uma palavra de apreço, muito obrigado por nos lerem semana após semana, são já 33 edições que fazemos sempre a pensar em vocês! Boa semana e boas leituras!

Executivo camarário visita empresas e organizações da freguesia A EXEMPLO DA INICIATIVA ANTERIOR O EXECUTIVO LIDERADO POR ÁLVARO AMARO (CDU) INICIOU A SEMANA COM A INICIATIVA “SEMANAS DESCENTRALIZADAS” DESTA FEITA EM PINHAL NOVO

À noite decorrerá a habitual reunião pública descentralizada

Semana do Pinhal Novo com visitas diárias a empresas e organismos locais

Miguel Garcia

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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semana iniciou-se com mais uma iniciativa da “Semana Descentralizada” organizada pela Câmara Municipal de Palmela, desta vez a freguesia contemplada com a visita do executivo camarário é a de Pinhal Novo, O presidente da Câmara Municipal, Álvaro Amaro, adiantou na última reunião pública que a semana da freguesia de Pinhal Novo – 18 a 22 de fevereiro – vai ser dedicada a visitas e reuniões com agentes culturais, económicos e associações da freguesia.

O executivo durante a manhã de quarta-feira (20) irá realizar várias visitas a obras e empresas locais. À noite no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Pinhal Novo o executivo reúne-se em reunião pública para debater sete pontos na ordem de trabalhos, mas antes a voz é do público

que poderá colocar os seus problemas ao presidente e restante vereação. A semana termina no dia 22 de fevereiro com o habitual encontro com os jornalistas para o balanço da visita.

FOTO DA SEMANA

Recordar para Viver com Memória! Decorria o ano de 2010 quando esta recordação foi tirada numa visita à escola básica Zeca Afonso, Pinhal Novo, na iniciativa inserida no programa municipal “Semanas Descentralizadas”. A foto fez-nos recuar no tempo e dedicar nesta edição uma recordação com alguma saudade dessas visitas na companhia da então presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente. Passados 9 anos mudou muita coisa inclusive a presidência que agora é dirigida por Álvaro Amaro, que nesta altura – 19 de maio de 2010 – era vereador do urbanismo. Fica o registo fotográfico de outros tempos.

Ana Teresa Vicente a receber uma flor das mãos do corpo docente da Escola Básica Zeca Afonso, Pinhal Novo

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Miguel Garcia | Isabel de Almeida | Pedro Carvalho | Júlio Duarte | João Aguiar Cadete | Elsa Peres Cronistas: António Correia | Tiago Machado | Fátima Brinca | António Vinagre Direção de arte & design: Ricardo Silva Serviços Administrativos: Paulo Martins Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Pinhal Novo Contactos: 212 362 317 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Email Geral: geral@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


19 FEVEREIRO 2019 // ATUALIDADE

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O Harry Potter da doçaria encontra-se em Palmela...

Nuno Gil é o “Harry Potter” dos doces DEPOIS DE VÁRIOS DOCES QUE CRIOU COMO O PASTEL DE CHOCO OU O PASTEL DE MOSCATEL, NUNO GIL NÃO PÁRA DE CRIAR MAGIA E DESTA FEZ CHEGAR À VITRINE UM DOS DOCES QUE PROMETE SER UM MIMO NA DOÇARIA DE UMA REGIÃO QUE SE ESQUECEU DA TÍPICA MAÇÃ RISCADINHA Miguel Garcia

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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arar é morrer já diz o ditado e não se aplica ao chef doceiro Nuno Gil que é já considerado o “Harry Potter” da doçaria regional e que com as ideias que desenvolve tem promovido alguns produtos regionais de Palmela. Faz experiências, expõe as suas ideias até chegar ao objetivo que pretende, depois da ideia estar formada, o chef doceiro coloca tudo em prática e conjuga o pra-

zer ao equilíbrio e “voilá” um doce nasce dessa determinação que coloca em prática. Uma das ultimas apostas e que já conquistou alguns provadores foi o pastel de maçã riscadinha, uma fruta que caiu no esquecimento de muitos mas que Nuno Gil conseguiu reavivar com as suas mãos de “ouro” e criatividade, com uma parceria que detém com uma produtora de maçã riscadinha, Paula Castro, que o JCP já visitou a sua produção. Recentemente o mestre doceiro apostou num novo doce, os Miminhos de Maçã Riscadinha, e quem já provou já apelidou o doce de “Quindim de Maçã”. Esta iguaria é feita com a fruta desidratada e conjuga o doce do açúcar com a acidez da maçã riscadinha. Os Miminhos podem ser encontrados na Casa Mãe Rota de Vinhos, Retiro Azul, na petisqueira Sem Horas ou na Casa das Tortas, em Azeitão.

Depois de algumas iguarias na doçaria de Nuno Gil, o chef apresenta agora os Miminhos de Maçã Riscadinha

Nuno Gil na apresentação do bombom de moscatel

Dirigentes da Volta da Pedra apresentam novos desafios

Elsa Peres

elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

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s sócios, os dirigentes e atletas participaram nas comemorações dos 46 anos da emblemática coletividade da Volta da Pedra, com o presidente da Assembleia, José Manuel Coutinho, a destacar “somos uma casa com história, nomeadamente a nível do BTT e este aniversário é muito importante para a nossa terra”. O Grupo da Volta da Pedra, lembrou “nasceu no tempo do Estado Novo e essa decisão revelou a coragem do nascimento desta instituição em 1973”. O presidente da Volta da Pedra, Jorge Mares, recordou a formação da coleti-

vidade, quando “ainda não havia sede, mas existia uma enorme carolice para jogar futebol em todos os cantos pelados” e “esta casa cresceu e deu muitos campeões ao clube, basta olhar para a sala de troféus, uma das mais bonitas e recheadas do concelho de Palmela”. Jorge Mares não escondeu a emoção ao frisar “até esta sede tem história quando foi construída num terreno cedido pela câmara e as pessoas mobilizaram-se em peditórios para angariarem os materiais de construção, que ergueram o edifício”, que “é a única associação existente na Volta da Pedra, onde a população pode conviver”. “Vamos avançar com a criação do polidesportivo” O presidente diretivo enalteceu o trabalho da equipa que “está sempre disponível para colaborar no trabalho da nossa coletividade, dando o exemplo de que desistir é perder” e avançou com os próximos objetivos “continuar com o ciclismo, avançar com a prática do futebol de cinco e sete, já adquirimos as balizas e as redes” e apelou ao vereador do Desporto, Luís Calha, “esperamos contar com o apoio da Câmara para a criação do polidesportivo para podermos atrair os jovens para a prática desportiva, para que a coletividade

CRONISTA

No dia em que a porta voou

Aniversário do clube dos campeões

O GRUPO DA VOLTA DA PEDRA É UM CLUBE COM HISTÓRIA COM UMA SALA DE TROFÉUS QUE ESTÁ CHEIA DE CONQUISTAS, QUE SÃO O EXEMPLO DE TANTAS E TANTAS VITÓRIAS DOS SEUS CAMPEÕES. MAS OS DIRIGENTES DO ÚNICO CLUBE DESTA ZONA DA FREGUESIA DE PALMELA SONHAM COM OUTROS DESAFIOS E PRETENDEM ALARGAR AS SUAS ATIVIDADES À PRÁTICA DO FUTEBOL.

Fátima Brinca

46 anos de história social, cultural e desportiva na Volta da Pedra, Palmela

seja o espaço de referência de muitos moradores”. Jorge Mares não “acredita que o associativismo esteja em crise, pois a crise passa pela desmotivação das pessoas, mas esta casa existe para contrariar esse derrotismo”. “O Grupo da Volta da Pedra é um exemplo do associativismo” A comemoração de aniversário incluiu também o reconhecimento aos atletas Davide Inácio, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em BTT, Pedro Ribeiro e José Manuel Maia. Também Rogério Almeida, vice presidente das Coletividades de Cultura e Desporto, enalteceu o trabalho desenvolvido pela Volta da Pedra, com

“muita confiança e determinação levando por diante a difícil tarefa de dirigir o clube” e apelou “à criação de parcerias entre as coletividades”. Uma opinião partilhada por Paulo Bandola, representante da Junta de Freguesia de Palmela, que destacou “uma palavra de reconhecimento para esta instituição que ao longo destes 46 anos tem levado a Volta da Pedra pelos lugares de Portugal”. Para o vereador do Desporto “esta coletividade é um exemplo e uma referência do associativismo e temos a noção do percurso trilhado que tem promovido o desporto e a área social”. Luís Miguel Calha prometeu “analisar a criação do polidesportivo” e deu uma palavra de “reconhecimento e confiança para o futuro da coletividade”.

Durante anos fiz reportagens por todo o Algarve, fazendo directas, que me obrigavam a viagens frequentes. Para espantar o sono que, por vezes me atacava, a fotógrafa despejava-me garrafas de água sobre a cabeça para eu não adormecer ao volante. Naquele dia a reportagem era sobre um casal de jovens, que tinha aparecido morto, na encosta da serra. Depois das habituais perguntas para descobrir o local, onde teríamos que fazer fotografias, uma velhota com toda a simpatia mostrou-se disponível para acompanhar-nos. No interior do carro explicou-nos que corriam boatos, que quem matara o casal de jovens, tinham sido uns holandeses, que moravam na encosta da serra e que se dedicavam ao tráfico de droga. Portanto, alertou a velhota, tínhamos que ter cuidado. Lá fomos as três no velho Ford, percorrendo um caminho estreito, ladeado de alfarrobeiras. Depois de fazermos as fotos, apareceu na frente do carro um homem de cabelos enormes, com um aspecto de meter medo ao susto, de caçadeira em punho e com ar de poucos amigos. A velhota amedrontada avisou-nos “vamos embora é o holandês que acusam do crime”. O caminho estreito não nos dava alternativa, se não recuar à velocidade que pudéssemos. Os nervos e o medo acabaram por apanhar um ramo de alfarrobeira, que se engatou na porta, sem que tal situação fizesse com que parássemos. Continuámos a recuar e a velha porta não resistiu à força do ramo, acabando por voar do carro. O holandês meteu a arma à cara e disparou para o muro de uma quinta, deixando uma mancha de tinta. A situação acabou em clima de alegria com o holandês sobre quem recaíam os boatos do crime, a largar a arma de “paintball” e a trazer-nos a porta até ao carro. Ainda foi simpático ao ponto de nos ajudar a segurar a porta com arames, para pudermos fazer a viagem de regresso.


ATUALIDADE // 19 FEVEREIRO 2019

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Motorista é do Pinhal Novo

ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

As fontes que Palmela tinha Dá-me vontade de começar esta crónica com a letra duma moda do Cante. É assim: “Benditas sejam as fontes Saudades tuas Linda jovenzinha Solitárias p’los caminhos De noite sem lua Minh’alma caminha Onde vão matar a sede Meu bem adorado Da minh’afeição As almas dos pobrezinhos Tenho-as eu guardadas No meu coração…” Desculpem uma sugestão: Leiam primeiro, de seguida, o que está a tipo grosso; depois, da mesma maneira, o que está em itálico; agora, de seguida, do princípio ao fim. Não digam que não é um entrelaçado muito bonito. As fontes sempre foram cantadas como lugar muito especial para encontro de namorados. Nesta moda, o que se canta sobre as fontes, em letra mais negra e (os meus antigos alunos lembram-se disto) em redondilha maiorversos de 7 sílabas, esconde a conversa de namoro, aqui em itálico e versos de 5 sílabas – É uma obra de arte! Só aqui falta a música. Mas vamos às fontes solitárias pelos caminhos. Em Palmela também há. Elas encontram-se à beira das estradas que dantes ligavam a vila ao mundo. Comecemos pela Fonte Nova, na estrada mais antiga que vinha de Setúbal, a trepar pela encosta do castelo. Em muitas alturas devia vir mesmo a calhar uma barrigada de água, ali, para gente e animais. Tem esse nome, não porque fosse a mais recente, qualquer fonte tem séculos. Julgo que esse nome lhe veio devido a obras que lhe deram tanque para lavar roupa e uma cobertura com pilares de ferro: hoje só restam eles e o tanque; a água já lá não chega, fica mais acima na mina. Essas obras, embora já de há muitos anos, andarão por pouco mais de um século. Vamos a seguir à Fonte da Pipa, ali na Baixa de Palmela. Há uma data de séculos, antes do século XVI, o caminho de Setúbal para Palmela começou a fazer-se por Aires: passou a ser muito útil essa fonte e, mais acima, a Fonte de Aires, à beira da estrada que, passando pela Quinta da Glória e pela Quinta de Buenos Aires, vinha dar à Alameda, perto da igreja de S. Pedro. No século XVI Dom Jorge, Grão Mestre da Ordem de Santiago, manda

fazer a Estrada da Cobra e o caminho de Setúbal passa a fazer-se por aí, onde encontramos três fontes: a Fonte de Beber, a Fonte da Senhora Santana e a… não sei se escrevo o nome dela… mas é o nome que ela tem: a Fonte do Cagalhão . Peço desculpa a quem se escandalize, mas ela não tem culpa do nome que tem e, deixá-la no esquecimento por causa do nome, não estava certo. Ela nascia onde agora há um poço na adega da Casa Atalaia, corria por onde hoje é o Centro Social e ia dar à Estrada da Cobra. Hoje corre junto ao muro dessa estrada, desviando-se para o Vale dos Barris mesmo junto à Fonte de Beber. Já agora dou a minha opinião sobre este nome para a fonte. Dantes a rua Hermenegildo Capelo era uma vala natural que vinha desde a zona onde é a Câmara. Era limite da parte mais antiga de Palmela e, para essa vala era deitado o lixo, os despejos etc. Teve até finais do Sec. XIX o nome de Rua da Água Russa ou Rua dos Lagares, porque por ela escorria a água vinda dos lagares, e estes eram bastantes. Quando vinham as enxurradas, todos os lixos que nela estavam, inclusive os restos do interior dos habitantes, eram levados até à ribeira dos Barris, na Baixa de Palmela. Alguns ficavam junto a essa fonte que ficava à beira da estrada e daí lhe terá vindo o nome. Quem vinha de Setúbal para Palmela, em certas alturas devia encontrar a ribeira pouco limpa na Baixa. Daí que em Setúbal, quando se queria mandar alguém a um certo sítio, se dizia: Vai p’ra Palmela. Isso até vem nuns versos do Calafate. Vamos a outras fontes: Fonte do Martinho – perto da Fonte de Beber(?) Fonte da Carranca – na Carranca Fonte do Chitas – Na Quinta de São João, ao lado das Façalvas Fonte da Estrada do Samouco Fonte da Água Férrea – Na Baixa de Palmela, no Monte Pavor Fonte da Água Férrea (outra) – na Quinta de São João, onde hoje são os prédios da Av. da Liberdade Fontinha do Olho d’Água – no Caminho do Olho d’Água, parte da antiga Estrada da Moita(?), fonte que foi degradada por particulares. Ninguém a restaura? NR: Ainda não acabamos este tema; só p’rà semana. António Correia

Motorista dos TST imobilizou o autocarro para ajudar idosa TUDO ACONTECEU NA PASSADA SEXTA-FEIRA NA ZONA DA COVA DA PIEDADE, O MOMENTO FOI FILMADO POR QUEM ESTAVA NUM CAFÉ E O VÍDEO JÁ É UM SUCESSO NAS REDES SOCIAIS Júlio Duarte

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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ouco se sabe da identidade do motorista do autocarro da empresa Transportes Sul do Tejo (TST) que já é considerado um “herói” para muitos cibernautas que visualizaram o vídeo que foi colocado no Facebook e que contou com mais de 20 mil visualizações. O momento é captado por uma cliente que estava na altura num café em frente a uma rua muito movimenta-

Imobiliza autocarro para ajudar idosa

da e a situação dá-se quando um autocarro dos TST pára e vê-se o motorista sair do veículo para ajudar a senhora com cerca de 90 anos a atravessar a rua. Depois do ato de ajuda, o motorista volta ao veículo e segue a sua rota. Segundo alguns contactos que tivemos por parte de populares, o motorista é de

Pinhal Novo, tentamos obter mais informações sobre a sua identidade mas não conseguimos. Ficou registado o momento de ajuda e de solidariedade que o profissional teve para com uma senhora que estava com dificuldades em atravessar a rua.

Primeira fase do Jardim José Maria dos Santos dura quatro meses

Paragem rodoviária passa para a zona do auditório AS OBRAS DA EMPREITADA DE REMODELAÇÃO DO JARDIM JOSÉ MARIA DOS SANTOS, EM PINHAL NOVO JÁ FORAM ADJUDICADAS POR CERCA DE 282 MIL EUROS E TERÃO A DURAÇÃO DE QUATRO MESES, SENDO INTERCALADAS COM OS EVENTOS QUE ALI IRÃO DECORRER. A PRIMEIRA FASE INCLUI COMO DESTAQUE A DESLOCALIZAÇÃO DA PARAGEM RODOVIÁRIA E ABRIGOS PARA A ZONA DO AUDITÓRIO AO LIVRE. Elsa Peres

Câmara de Palmela aposta na modernização do Largo José Maria dos Santos, Pinhal Novo

elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

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s reclamadas obras da requalificação do Jardim José Maria dos Santos foram finalmente adjudicadas numa empreitada que envolve um investimento de cerca de 282 mil euros. As obras, como teve o cuidado de alertar o presidente Álvaro Amaro, “terão o prazo de execução de 120 dias e serão intercaladas com os eventos que irão decorrer no espaço”. Esta primeira fase, revelou o presidente da Câmara, “terá uma intervenção em 2540 metros quadrados, envolve a substituição do atual lago por

dois elementos de água mais eficientes, de menor profundidade e incluindo cascata com repuxos”, para além da “remodelação do pavimento para promoção da acessibilidade” com o “reforço do estacionamento na zona limítrofe”, apostando na “manutenção e valorização dos elementos simbólicos, nomeadamente, busto e coreto, além da beneficiação de infraestruturas”. Mas o destaque da primeira fase aposta na deslocalização da atual paragem rodoviária e abrigos, que se localizam em frente do triângulo dos Pinheirinhos, para junto da zona

do auditório ao livre. Esta intervenção tem como objetivo preparar a construção de uma interseção giratória na ligação à Alameda Alexandre Herculano, numa segunda fase. A segunda fase, ainda sem data anunciada, irá integrar a restante área de jardim com ligação ao Largo da Mitra (do lado sul), para valorização de todo o espaço com circulação eficiente e acessível. Nesta fase será também intervencionada o espaço de cafetaria do Pinto.


19 FEVEREIRO 2019 // PUB

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Nova operacional é a “delicia” do quartel

‘Mila’ a mascote dos Bombeiros de Águas de Moura Carmo Torres

informação@jornalconcelhodepalmela.pt

A corporação dos Bombeiros de Águas de Moura, tem uma operacional muito especial. A Mila, uma gatinha tartaruga com cerca de seis meses, chegou e conquistou estes ‘soldados da Paz’. “Durante o dia ela anda por todo o quartel, quer é galderice e brincadeira, mas à noite gosta muito de subir as escadinhas e vai deitar-se com o pessoal e para não estar a incomodá-los, eu levo-a para a central de comunicações e ela tira grandes sonecas em cima de mim” explica ao JCP a Sub-Chefe Benvinda Felício. Quem conhece melhor a Mila é António Alberto, Adjunto de Comando, é um dos bombeiros da corporação que a encontrou “debaixo de uns contentores onde tínhamos água, perto do final do Verão do ano passado. Ouvimos miar

e lá estava ela, muito pequenina. Fomos lá busca-la e acabámos por ficar aqui com ela.” A Mila também já foi esterilizada e vacinada. “Quem tomou essa iniciativa, fui eu, o Moreira e a Sofia, e a partir daí toda a gente colaborou e por isso a Mila é de todos, e é como uma pessoa. Aqui brinca, come e dorme e faz a vida dela à vontade. Nunca fez nenhuma traquinice, está educada.” O Comandante Rui Laranjeira sublinha que “a esta gata saiu-lhe a ‘sorte grande’. E ainda por cima ela tem na pelagem as cores do nosso logotipo, o preto e o dourado, o que a torna ainda mais especial. Ao início quando me apresentaram a Mila para ficar no quartel fiquei um pouco céptico, mas também me deixei conquistar rapidamente por ela. Já circula por todo o quartel, até visita a minha secretária, e acho que toda a gente se encantou e tem tudo corrido extremamente bem.”

Confessa que “nunca fui muito apologista de termos animais aqui nos bombeiros, porque no passado tivemos algumas experiências menos boas, sobretudo com cães, porque no início é tudo muito engraçado, mas depois há responsabilidades e dão trabalho. Mas a Mila é dócil, brincalhona e gosta de estar com o pessoal na sala de estar e também participa nos exercícios que aqui fazemos. Os gatos têm a particularidade de serem muito asseados, ela tem o caixotinho dela sempre para fazer as necessidades, independentemente do local onde esteja no quartel, tem sempre um ponto com água e comida e as noites passa-as onde lhe apetece, mas desconfio que tem um espaço na central de comunicações, porque já encontrei lá uma mantinha…” A Mila é também presença na página do Facebook dos Bombeiros de Águas de Moura, “e nota-

A Mila conquistou o coração de todos os bombeiros de Águas de Moura, até do próprio comandante Rui Laranjeira

Mila gosta de brincar, mas o seu forte é a fotografia, aqui em ação

mos que as reações das pessoas são muito positivas. A nossa política de comunicação também não incide muito sobre a nossa actividade operacional directa, embora publiquemos as ocorrências numa rela-

ção de parceria com a comunicação social, mas o que gostamos mesmo de partilhar é o nosso dia a dia enquanto bombeiros e a Mila já faz parte desse quotidiano.”


ALERTAS & RECADOS // 19 FEVEREIRO 2019

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Moradores apelam Iluminação de passagens de nível por respostas

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aniversário da Junta de Freguesia de Pinhal Novo não serviu de entrave às queixas que nos chegam por mail ou até em contatos di-

retos, em que os moradores querem respostas sobre situações que se vivem na maior freguesia do concelho, mas também em outras zonas.

Abatimento está quase resolvido As obras para eliminar o abatimento na Rua da Lagoa da Palha decorreram mais que o previsto, mas estão em vias de conclusão. Os moradores desta movimentada artéria aplaudem a decisão, pois os congestionamentos provocados pelo abatimento do piso causavam

enormes transtornos a quem ali vive. Há mesmo quem não compreenda a demora de intervenção, mas a obra não foi da responsabilidade da autarquia, mas sim da Simarsul.

Os pais de Paula Santos residem na Rua do Alentejo e a filha acercou-se de nós para

fazer uma queixa “qualquer passagem de nível sem guarda é um perigo, mas quando está

mergulhada na escuridão a insegurança aumenta” e conclui “a resolução da situação deve ser da responsabilidade da REFER, mas será que a câmara não pode fazer uma forcinha?” A iluminação desta passagem de nível e das existentes no Poceirão e em Fernando Pó foram reivindicadas durante muito tempo pela Câmara de Palmela e, depois de muitas insistências, o presidente da autarquia anunciou “finalmente fomos ouvidos pela REFER que irá proceder à iluminação das três passagens de nível”.

Intervenção na Avenida Padre Nabeto Maria Helena Santos quis saber “qual o ponto da situação do projeto para a intervenção na Avenida Padre Nabeto” e a resposta chegou célere “a obra irá decorrer a partir de Maio e já está tudo orçamentado”, revelou o presidente da câmara. Esta moradora aproveitou para lançar um alerta “devia haver mais fiscalização sobre os despejos nos contentores, pois há tempos assisti a uma senhora a pôr vidros enormes no sítio dos lixos comuns”. O presidente explicou “temos uma empresa de fiscalização que controla a recolha de monos, mas o vidro tem que ser entregue em desti-

no apropriado” e acrescentou “temos tido resultados que já originaram processos de contra ordenação, mas gostávamos

que cada cidadão assumisse as suas responsabilidades porque a imagem da nossa terra é a imagem de quem cá mora”.

Escola de Cabanas: à terceira será de vez Multas na Rua de S. Julião O morador Manuel Gomes, residente na principal rua de Cabanas, não compreende porque “demoram tanto as obras da escola”, pois “os outros estabelecimentos de ensino em Aires e Águas de Moura já estão concluídos há meses”. E interroga-se “será que os nossos meninos não merecem uma escola em condições?”. O presidente Álvaro Amaro es-

clareceu na sessão de câmara que “tivemos que lançar três concursos, porque a empresa que venceu o primeiro interrompeu as obras”. Depois do segundo concurso ter ficado deserto, a autarquia lançou um ajuste direto para a realização das obras e o edil de Palmela acredita que à “terceira será de vez para que a requalificação da Escola de Cabanas seja uma realidade”.

Joaquim Ribeiro, residente na Rua de S. Julião, foi à sessão queixar-se de “ter levado mais uma multa, mas gostava de saber onde é que as pessoas que ali moram podem estacionar as viaturas?” Apesar de ainda não haver uma solução, o presidente da Câmara anunciou que “o eixo da Rua de S. Julião é uma escapatória usada pelos condutores”, mas “temos uma proposta para que seja criado um espaço de estacionamento ordenado no Retail”, mas a situação “só será resolvida depois do primeiro semestre deste ano”.

E nesta edição é tudo, mas continuem a enviar os vossos alertas & recados.


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ENTREVISTA // 19 FEVEREIRO 2019

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Dom Rodrigo um nome a não esquecer...

«Quando chegamos onde chegamos, nunca o fizemos sozinhos»

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ntónio Orelhas é proprietário do restaurante Dom Rodrigo, localizado em Palmela, que emprega oito pessoas e que nas avaliações online obteve uma classificação perto das cinco estrelas pelo «óptimo serviço, boa localização, simpatia e acima de tudo boa comida». É este empresário da restauração que falou sobre a sua experiência neste ramo ao JCP. Como nasceu o seu gosto pelo mundo da restauração? Nasceu por uma necessidade. Quando era miúdo, sendo de uma família numerosa de Serpa, Alentejo, quando não atingi o 9.º ano de escolaridade como a minha mãe queria, ela decidiu que me iria encontrar trabalho para que pudesse ajudar a sustentar a casa. Nessa altura, o que me arranjou foi emprego na indústria hoteleira. Comecei com cerca de 14 anos a lavar louça na cozinha, passados uns anos, passei a trabalhar ao balcão a tirar umas bicas e depois passei para empregado de mesa, já com cerca de 19 anos de idade.

anos, vim cá fazer provas e regressei a Serpa. Passadas três semanas chamaram-me para vir trabalhar na Pousada de Palmela. Foi uma experiência muito, muito boa. Foi uma grande escola, porque tinha e ainda tem bons chefes de sala e de cozinha, e aprendi muito durante os três anos que lá estive. Aliás, por todos os sítios por onde andei sempre aprendi muito. Depois acabei por ficar por Palmela, fui trabalhar no Retiro Azul durante alguns anos como empregado de mesa. Depois resolvi estabelecer-me por minha conta, em 1999, na Pastelaria Mimos, em sociedade com um cunhado. Depois deixei a minha quota nessa e estabeleci-me com a Padaria Pastelaria M7, onde estive doze anos a trabalhar so-

E o que o trouxe até Palmela? Estava a trabalhar na minha terra, na que ainda hoje é uma grande casa, a Cervejaria Lebrinha, e um rapaz meu amigo estava aqui a trabalhar na Pousada de Palmela disse-me que estavam a aceitar pessoas. Tinha na altura 26 zi-

O empresário quer passar os seus ensinamentos ao seu filho

nho. Foi uma outra experiência positiva, porque ao longo destes anos sempre trabalhei com boa gente e que me foram ensinando muito. O que o levou a abrir o Dom Rodrigo? O espaço que ficava aqui ao lado do M7 era um quintal, e eu disse à minha esposa que devíamos fazer alguma coisa dessa área. Fui falar com algumas pessoas sobre a possibilidade de se fazer aqui um restaurante e g arantiram-me que podia ser feito. Como queria avançar mais um

António Orelhas empresário que apostou no investimento na parte histórica de Palmela

bocado para a parte dos peixes e carnes grelhados, o que não podia fazer no M7, porque era um espaço muito pequenino, resolvi então meter mãos à obra e abrir o Dom Rodrigo. Tenho também a sorte de ter c o migo

às vezes com muito mau feitio, e reconheço que é um bocadinho difícil de trabalhar comigo. Neste momento somos oito pessoas a trabalhar aqui, contando comigo, mas foi outra das minhas apostas: a criação de postos de trabalho em Palmela. O que deu origem ao nome Dom Rodrigo? Andámos a estudar o nome para o restaurante, e como tenho esperança que o meu filho um dia pegue no negócio, decidimos colocar o nome dele, com o Dom. A Ana, a minha mulher, achou bem e pensámos que o pode vir a ajudar no futuro, se ele quiser seguir com o restaurante.

duas pessoas que trabalharam muito na altura do M7 e continuam agora comigo, que me têm ajudado muito há treze anos e com quem tenho aprendido também muita coisa. Quando chegamos onde chegamos, nunca o fizemos sozinhos. Temos sempre pessoas que nos ajudam a chegar a esse ponto e a alcançar o sucesso. Acha que é um empresário exigente? Sou muito exigente. E

Fez um grande investimento, não receou a falta de retorno? O investimento já vai em 160 mil euros, com a construção do novo espaço, maquinaria nova, etc. Foi um investimento muito grande, mas necessário. Estamos com oitenta lugares sentados. Mas ao longo deste tempo tenho sentido que, sobretudo aos fins-de-semana, estamos a trabalhar bem, com muita gente de fora e também muita gente de Palmela. O sábado é então o dia mais forte quer aos


19 FEVEREIRO 2019 // ENTREVISTA almoços, quer aos jantares. Durante a semana estava a contar que isto mexesse bem, por causa das pessoas que trabalham cá, e que os fins-de-semana fossem mais fracos, mas não. São dias de muito movimento. E em termos de localização, está satisfeito? Sim, estamos bem localizados, e chegam-nos muitos clientes encaminhados da área de hotelaria. Acho que foi também uma boa aposta, tendo em conta que isto não passava de um quintal cheio de ervas e papoilas. Na decoração da sua casa, nota-se a preocupação em mostrar os vinhos. Em quais aposta mais? O Dom Rodrigo tem algo muito bom que é o seguinte: só com os vinhos do concelho de Palmela, consigo fazer uma boa carta de vinhos. Contacto com algumas adegas directamente, como a Ermelinda Freitas, a SIVIPA, a Ana Maria Lobo, e isso também cria aproximação. O concelho tem neste momento uma gama tão vasta de vinhos brancos, tintos e licorosos, que conseguimos fazer uma boa carta, sem ir buscar a mais lado nenhum. E é uma forma de retribuir e agradecer a esta terra que me dá de comer. Qual o prato que procuram mais? Durante a semana, é o prato do dia e grelhados, porque es-

tão também com horários mais limitados. Durante o fim-de-semana, são sobretudo os peixes grelhados, principalmente na sexta-feira à noite e nas refeições de sábado. Uma das minhas grandes apostas sempre foi trabalhar na base dos grelhados e por isso, logo que entra aqui, tem uma grande montra de peixe. E também temos uma boa oferta de carnes grelhadas no carvão. Temos também alguns pratos de Palmela, como o coelho com feijão, e caldeiradas ou massas de peixe por encomenda. Das carnes temos uma especialidade que é o medalhão de porco com banana flamejada. Sente apoio das entidades locais e autarquias? Sim. Sinto esse apoio no sentido de que eles realizam e promovem eventos que sabemos que vão atrair muita gente a Palmela e que beneficiam quem tem uma ‘porta aberta’. Benefício muito dos espectáculos no São João à noite, e aos fins-de-semana, quer dos que vêm ver, quer das equipas dos artistas. Da parte da autarquia tem havido também uma preocupação grande em fazer a divulgação do restaurante. Posso dizer que quase todas as semanas me telefonam para participar nos eventos, seja da fogaça, do moscatel, etc, e eu participo em algumas dessas iniciativas, consoante acho que também promovem o movimento do restaurante. Houve o fim-de-semana do coelho com feijão, que servi-

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mos aqui, mas como sei que essa é uma altura em que as pessoas procuram mais o peixe grelhado, optei por não participar. Claro que gostava de ter mais algumas coisas, que se pudesse trazer mais pessoas a Palmela, mas também não me posso queixar muito. O que poderia mudar? Penso que uma das coisas que poderia mudar, e peço desculpa se vou ferir alguém, mas era criar-se mais condições para as pessoas virem morar para o centro histórico da vila. Dinamizar o centro histórico devia ser outro propósito. Eu costumo dizer que as pessoas vêm a Palmela para visitar o castelo, mas sobem a estrada do cemitério e descem a estrada do cemitério, porque quem não conhece, tem muita dificuldade de vir com os carros para o meio da vila. Para quem tem uma casa aberta, é um bocado constrangedor, sentir que as pessoas vão visitar o castelo, mas não passam pelo meio da vila, não é só o castelo e tem muito mais que ver. É difícil ser empresário em Palmela? Como em todo o lado. Temos os impostos para pagar, temos muitas despesas, temos sempre de trabalhar muito. Por outro lado, temos de dinamizar o nosso negócio e de nos esforçar muito, como em tudo na vida, para atingir os nossos objectivos.

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Dom Rodrigo saiu em tipo de homenagem ao filho de António Orelhas


MONTIJO // 19 FEVEREIRO 2019

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Autarquia do Montijo aceita competências Tiago Machado PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

Viaturas a gasóleo por muitos anos. Existe algum consumidor que não queira mudar para a utilização de uma tecnologia mais limpa, eficiente, barata e sustentável? Porque as pessoas têm consciência e porque os agentes económicos (consumidores, empresas e Estado) tendem a tomar decisões racionais.Nos nossos dias, a consciencialização sobre o ambiente tem vindo a pressionar o poder político sobre a mudança do paradigma da tecnologia automóvel. Hoje, como no princípio, o objetivo é elétrico. Mas, a história ensina-nos que as necessidades das pessoas e das empresas estão primeiro: assegurar deslocação, de preferência com a maior autonomia possível e com o menor impacto no ambiente. Colocar a questão na dicotomia gasolina-gasóleo é um raciocínio curto. O desafio centra-se na eficiência energética e ambiental, de redução de custos, garantindo autonomia. A fiscalidade sobre o tipo de combustível dificilmente fugirá à atual matriz. O transporte rodoviário de mercadorias depende do gasóleo. E essa é uma das razões de proteção dos valores residuais (leia-se, o valor de um usado no momento da troca) dos carros a gasóleo. A solução de um veículo híbrido pode ser interessante se a autonomia elétrica for interessante para utilização em circuito urbano, ativando a combustão em estrada. Tanto melhor se for um híbrido que combine com motor de combustão a gasóleo, pois isso poderá combinar um consumo elétrico barato, com o combustível mais barato, podendo obviar futuras restrições ao diesel nas cidades, que possam vir a ser impostas. A escolha recairá no “elétrico” quando a autonomia for a adequada, quando o preço for o adequado e quando os tempos de carregamento de baterias forem reduzidos, o que ainda não sucede: os tempos de espera tornam a solução pouco viável. Se adicionarmos à equação a tecnologia do hidrogénio, como forma de assegurar autonomamente a produção elétrica (que tem feito caminho no Japão e em alguns países do centro e norte da Europa), concluímos que, nem a evolução da valorização dos carros é linear, nem acontecerá de repente. Por tudo, é sensato admitir que a mudança de paradigma tecnológico nos transportes é um processo. E é dinâmico: por certo, o gasóleo de hoje não será o de amanhã, como não tem comparação com o gasóleo do passado.

Câmara aprova transferência de competências para a AML Carmo Torres

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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oi aprovada na Câmara Municipal do Montijo a proposta do acordo prévio do município do Montijo, enquanto membro da Área Metropolitana de Lisboa (AML), para assunção em 2019, por parte da AML, das competências previstas nos decretos-leis sectoriais referentes à Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto. O município do Montijo aceita desta forma a transferência, em 2019, de todas as competências em diversas áreas, como a saúde, a educação e a cultura, considerando que estas competências «irão reforçar e aprofundar a autonomia local, respeitando os princípios da subsidiariedade e da descentralização administrativa como base na reforma do Estado» refere uma nota da autarquia montijense. O presidente da Câmara Mu-

nicipal do Montijo, Nuno Canta, e o executivo socialista esclareceram que sempre defenderam a transferência de competências para o município, como forma de aproximar os serviços públicos das populações e como estratégia de afirmação do poder local democrático. Quanto à questão relativa à transferência para a área metropolitana, que tem de ser, obrigatoriamente, objeto de deliberação dos órgãos municipais, o presidente da Câmara defendeu que o processo de descentralização de competências só fica completo no respeito pelo princípio da legalidade, isto é, a transferência de competências para a área metropolitana só se opera após prévia deliberação dos seus órgãos deliberativos, Câmara e Assembleia Municipal, nesse sentido. Para as entidades intermunicipais, como a AML, os diplomas

Rússia dá 19 prémios a vinhos do Montijo

Transferência de competências aprovada na Câmara do Montijo

sectoriais já publicados são seis e referem-se à promoção turística, justiça, projetos financiados por fundos europeus e programas de captação de investimento, apoio aos bombeiros voluntários, educação e saúde. A concessão do acordo prévio do município ao exercício pelos

órgãos da AML das já referidas competências foi aprovada com os votos favoráveis do PS, os votos contra da CDU, tendo o vereador do PSD optado por ausentar-se no momento da votação.

Inscrições vão decorrer até Março

“Mala” da Adega de II Mostra de Bandas Pegões recheada de Semana da Juventude prémios 2019 FOI NO MAIS IMPORTANTE EVENTO DA EUROPA QUE A ADEGA COOPERATIVA DE PEGÕES FOI DISTINGUIDA COM 19 PRÉMIOS AOS SEUS VINHOS A CONCURSO Donatilia Braço Forte

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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PRODEXPO 2019 que se realizou em Moscovo, na Rússia, galardoou a Adega de Pegões com 19 prémios na edição deste ano. O mais conceituado concurso da Europa do Leste atribuiu à adega do concelho do Montijo vários prémios aos seus vinhos que estiveram em destaque neste que é um dos maiores e mais importantes concursos de vinho na Europa. O “PRODEXPO STAR” – 2º prémio mais alto do concurso – foi atribuído ao vinho Vinhas de Pegões Syrah, um dos poucos vinhos portugueses que obtiveram este prémio. Mas o leque de prémios trazidos na bagagem da Adega de Pegões não se ficou por este

vinho, a empresa vinícola obteve mais onze medalhas de ouro e sete de prata com destaque para o “Sobreiro de Pegões”, “Rovisco Pais”, “Alto Pina” e “Adega de Pegões”, obtiveram nove das onze medalhas de ouro. Esta não é a primeira vez que a Adega de Pegões traz na sua bagagem prémios da extrema importância para a região, em 2017 a empresa obteve o “Grand Prix Prodexpo” que destacou o “Adega de Pegões Syrah”, prémio mais alto que é atribuído no evento organizado do género na Rússia.

1 -Colheita Seleccionada Branco-Profis.Nova 2- Colheita Seleccionada Tinto-Profis.Nova

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Montijo prepara-se para receber a Semana da Juventude 2019

A II Mostra de Bandas Semana da Juventude 2019, organizada pelo Gabinete da Juventude da Câmara Municipal do Montijo, tem como objetivo incentivar a criatividade artística e musical dos jovens bem como a promoção e divulgação de novos talentos na área musical. Esta Mostra permite aos participantes a apresentação pública dos seus trabalhos na

Semana da Juventude e à banda vencedora a participação no Festival da Liberdade. Podem participar bandas amadoras, sendo aceites todas as correntes musicais em temas originais ou covers. As inscrições estão abertas até 15 de Março e podem ser obtidas mais informações através do email juventude@mun-montijo.pt


19 FEVEREIRO 2019 // SETÚBAL

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Autarquias sem puderem intervir

Fonte de Negreiros está em terreno privado ALGUNS MORADORES DE AZEITÃO SONHAVAM EM REQUALIFICAR A FONTE DE NEGREIROS, MAS AS AUTARQUIAS DE SETÚBAL E SESIMBRA, NÃO PODEM INTERVIR NO ESPAÇO, QUE FAZ PARTE DE UM TERRENO PRIVADO. ELSA PEREZ

ELSA.PEREZ@jornalconcelhodepalmela.pt

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m Fevereiro de 2018, uma equipa de voluntários denominada “Felisbela” e com o lema “Querer é poder”, muniu-se de pincéis e tintas para uma operação de limpeza e reabilitação na Fonte de Negreiros, junto à Estrada Nacional 10, no limite da freguesia de Azeitão. A área envolvente da fonte foi limpa, as paredes pintadas e embelezou-se a zona da torneira com pedras decorativas. O grupo “Felisbela” colocou, inclusivamente, um azulejo com o brasão da Freguesia de Azeitão, que de imediato foi mandado retirar pelos autarcas da Junta. Os voluntários manifestaram-se

descontentes com a situação, pois a sua ação tinha como objetivo dinamizar a Câmara de Setúbal e a Junta de Freguesia de Azeitão para uma rápida intervenção, apesar de terem sido informados previamente de que estariam a haver negociações com a autarquia de Sesimbra para a reabilitação da Fonte de Negreiros e do espaço envolvente, bem como da estabilização da linha de água. A informação dava conta que a Câmara de Sesimbra estaria a “desenvolver um projeto de arranjo paisagístico para a zona limítrofe do seu território que faz fronteira com Setúbal, e, por isso, faz todo o sentido que a zona da Fonte de Negreiros seja alvo igualmente de intervenção”. A Câmara de Setúbal, através do adjunto da vereação, esclarecia ainda que pretendia “contemplar no projeto de requalificação, uma passagem pedonal sobre a linha de água para que os moradores possam usufruir de todo o espaço sem condicionantes”. Para a equipa de voluntários não

Sonho da requalificação da fonte fica dependente do proprietário havia tempo a perder e procedeu à reabilitação da Fonte de Negreiros, mas a Junta de Freguesia de Azeitão, depois da realização de diligências

Intervenção sem produtos químicos

chega agora à conclusão que a fonte localiza-se num terreno privado e não pode intervir no espaço. O proprietário do terreno e da

respetiva fonte terá ficado certamente agradado com a intervenção dos voluntários, que deram uma certa dignidade à carismática fonte.

O projeto digital apresentado pela AMRS conta com a parceria do ICNF

Câmara adquire equipamento Identidade da Arrábida para remoção de ervas daninhas já está disponível online A AUTARQUIA DE SETÚBAL ADQUIRIU UM NOVO EQUIPAMENTO COM TRATAMENTO TÉRMICO PARA REMOÇÃO DE ERVAS DANINHAS NAS ZONAS URBANAS, CUJA INTERVENÇÃO NÃO UTILIZA PRODUTOS QUÍMICOS. A INTERVENÇÃO INOVADORA COMEÇOU NAS CALÇADAS E ESPAÇOS PÚBLICOS DE AZEITÃO. Elsa Peres

Elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

A

Câmara de Setúbal adquiriu um equipamento de monda térmica para remoção de infestantes em espaços urbanos, que funciona sem recurso à utilização de produtos químicos. O equipamento envolveu um investimento de cerca de 42 mil euros, que terá uma comparticipação de metade do custo do Fundo Ambiental do Ministério

do Ambiente e Transição Energética. A autarquia sadina, que já tinha deixado de usar produtos fitofarmacêuticos, utilizando roçadeiras para combater as ervas daninhas, avançado agora com a via térmica, medida inovadora na Península de Setúbal. O equipamento está a ser usado

na área da Freguesia de Azeitão, que aposta assim em controlar as ervas daninhas em calçadas e noutros locais do espaço público. No entanto a Câmara de Setúbal irá avançar com a utilização nas restantes freguesias do concelho.

Novo equipamento em ação nas ruas urbanas do concelho

Novo site apresenta a Arrábida e a sua beleza natural

A Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) apresentou na semana passada a nova identidade virtual da Arrábida. O site está disponível para que os cibernautas possam conhecer mais de perto toda a beleza da região envolvida pela Arrábida. O novo site conta com a participação e parceria do Instituto de Conservação da Natureza e

das Florestas e dos municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra. No site o cibernauta pode ficar ainda a conhecer todo o processo de candidatura da Reserva da Biosfera da UNESCO, cujo projeto divide-se em três áreas que podem ser consultadas como Arrábida, Candidatura e Projetos. O site está disponível em https://arrabida.amrs.pt


CASOS DE POLÍCIA // 19 FEVEREIRO 2019

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Jovem morre com tiro na testa

PJ admite que confronto entre gangues esteja na origem de homicídio no Seixal UM CONFRONTO ENTRE GANGUES DE BAIRROS RIVAIS PODE ESTAR NA ORIGEM DO HOMICÍDIO DE UM JOVEM DE 20 ANOS, HOJE DE MADRUGADA, NO PARQUE DE ESTACIONAMENTO DE UM SUPERMERCADO, NO SEIXAL, DISTRITO DE SETÚBAL, REVELOU FONTE DA POLÍCIA JUDICIÁRIA (PJ). LUSA

A

mesma fonte avançou à Lusa que já há suspeitos identificados, todos “residentes na zona, em bairros diferenciados”, embora a investigação esteja ainda numa fase inicial e seja tudo “muito prematuro”. “Na zona da Quinta da Princesa, Arrentela e Jamaica há grupos de indivíduos e os bairros estabelecem alguma rivalidade. Basta que haja

peripécias entre eles para depois haver retaliações quando estão em maioria. Ainda não é possível confirmar [que foi isso que aconteceu], até porque, à partida, o suspeito estaria sozinho e é muito prematuro olhar para o que se passou aqui”, explicou à Lusa fonte da PJ. Segundo este elemento da polícia de investigação criminal, porém, mesmo que ainda seja difícil “identificar os suspeitos pela sua zona de residência”, o confronto entre gangues é a possibilidade admitida. Segundo aquela autoridade, o homicídio, a tiro, ocorreu no parque de estacionamento do supermercado E.Leclerc, na Amora, e vitimou um jovem com 20 anos. A PJ não conseguiu indicar quantas pessoas estavam no local quando ocorreu o crime, e adiantou que, apesar de já estar a ouvir testemunhos, “ainda não há detenções”. “Estamos a fazer diligências para

reconstruir a ocorrência”, referiu. Um jovem foi hoje de madrugada morto a tiro junto a uma zona de diversão noturna na Amora, Seixal,

segundo fonte oficial da direção nacional da PSP. O oficial de serviço à Direção Nacional da PSP hoje de manhã

disse à agência Lusa que o homicídio, a tiro, ocorreu pelas 06:30, tendo a PJ iniciado investigação.

PJ acredita que crime foi praticado devido a confronto entre gangues

Droga vinda da Colômbia em contentor de bananas

Ministério da Administração Interna castiga militar da GNR

350 quilos de cocaína Punido por usar golpe apreendidos no Porto de Setúbal ‘mata leão’ nas Finanças HOMEM CONDUZIA UM CARRO FURTADO E SOB O EFEITO DE ÁLCOOL, FOI TRAÍDO POR UMA OPERAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO RODOVIÁRIA DA GNR Miguel Garcia

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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Autoridade Tributária e Aduaneira, em parceria com a Polícia Judiciária de Setúbal, levaram a cabo uma das maiores apreensões de droga no Porto de Setúbal.

A ação policial decorreu no terminal multiusos, Tersado, quando as entidades detetaram um contentor de bananas e ananases que também trazia cerca de 350 quilos de cocaína escondida em mochilas desportivas. A cocaína chegou a Setúbal através do contentor proveniente da Colômbia, no navio Cala Pedra, contendo para além das bananas, a droga que está avaliada em cerca de 20 milhões de euros. O navio Cala Pedra, proveniente de Puerto Moin, na Costa Rica,

saiu do Porto de Setúbal na noite de quarta-feira. As autoridades não efetuaram qualquer detenção, mas estão a tentar perceber quem foi o remetente do carregamento que partiu do país sul-americano e qual o seu destinatário em Portugal. Em Dezembro, também já fora encontrada cocaína num navio afeto à mesma linha de serviços que escala semanalmente no Porto de Setúbal.

do Montijo

Cumpre dever e é castigado pelo MAI

Novo equipamento em ação nas ruas urbanas do concelho

Um imigrante brasileiro que estava a insultar os funcionários das Finanças do Montijo, em maio de 2017, foi neutralizado por um militar da GNR que na altura estava de folga e no mesmo local a tratar de documentos. A neutralização do homem foi efetuada por um golpe de ‘mata leão’, deixando o imigrante inconsciente. Jair Costa que na altura estava a fazer um direto no Facebook filmou o ataque a que foi sujeito.

Eduardo Pinto, militar da GNR, viu agora a sanção ser aplicada com uma suspensão de 120 dias, suspensa na execução por um ano. Em comunicado, o Ministério da Administração Interna adiantou que o militar foi punido por “incumprimento do dever de proficiência e do dever de zelo”, uma vez que não agiu segundo os “critérios de legalidade nem cortesia e de respeito pelos membros da comunidade”.


19 FEVEREIRO 2019 // ABC DA BICHARIA

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Será que a tecnologia é compatível com os gatos?

Os gatos e a tecnologia SERÁ QUE O SEU GATO ESTÁ APTO PARA PARTILHAR O SEU ESPAÇO COM AS TECNOLOGIAS QUE TEM EM SUA CASA? VAMOS DESVENDAR UM POUCO DESSA MATÉRIA NESTE ARTIGO Miguel Garcia

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

E

sta será o primeiro texto jornalístico nesta que será uma rubrica toda ela dedicada aos animais domésticos, aqui vamos deixar-vos algumas curiosidades e conselhos veterinários ao longo das semanas. Hoje vamos falar-vos sobre os gatos e a tecnologia. Ao longo dos tempos e da história, os gatos domésticos foram obrigados a adaptar-se à convivência de todas as inovações que o homem foi introduzindo no seu ambiente. Inovações essas que têm vindo a alterar o interior das casas desde que o gato é um animal doméstico. Desde a utilização primitiva do fogo até aos tablets, os gatos têm vindo a ter contacto direto com todo o tipo de novidades que temos introduzido nas nossas e nas vidas deles. Mas, apesar de algumas inovações permitirem uma diversão par-

tilhada, outras podem representar um risco e, no que diz respeito às tecnologias mais recentes, estas criaram uma certa distância entre o felino e o dono. Desde os primórdios da existência do homem na terra e os primeiros gatos domésticos, que tiveram contato com o fogo, os bichanos foram-se adaptando ao longo das gerações a conviver com os métodos de evolução humana. Sabemos que nem todos os gatos são iguais e, por isso, cada um reage de uma maneira diferente e têm estímulos diferentes também. Tudo depende da socialização que o gato tenha e do grau de familiaridade que esteja habituado a ter com o dispositivo em causa. Podemos dar como exemplo os aparelhos que são do nosso dia a dia, como a máquina de lavar roupa, o aspirador ou mesmo a televisão ou o rádio. A máquina de lavar roupa quase sempre representa um risco para o gato, se não nos apercebermos que o bichano esteja dentro do tambor e o resultado será provavelmente fatal. Já a televisão é uma fonte de entretenimento para o gato, pois alguns até passam algum tempo a observar as imagens,

especialmente aquelas que tenham outros animais. O mais comum dos gatos não presta muita atenção ao televisor, mas alguns até se sentem bem entretidos a olhar para as imagens. Os aparelhos que não são bem-vindos para os gatos, são os aspiradores, pois o barulho intenso que produz causa medo no animal, mas existem gatos que

Associação Sobreviver alvo de assalto

700 quilos de ração furtada da Associação Sobreviver O abrigo da Associação Sobreviver foi alvo de um assalto e furtado ração de cão o que deixou a associação sem meios para alimentar os animais recolhidos. O assalto aconteceu na passada sexta-feira e do local foram levados cerca de 700 quilos de ração. Na página do Facebook é notório ler o lamento deixado pelos responsáveis daquela associação: “Ainda escolheram apenas os sacos grandes de cão” prosseguem com o lamento “ficámos com ração de cão apenas para dois dias. Felizmente os nossos patudos estão todos bem. Uma menina que fugiu já foi resgatada! Estava aterrorizada!”. Apelam ainda para quem possa ajudar na entrega de ração que o faça na Vet R’in Area – Clinica Veterinária na Avenida Bento Jesus Caraça, em Setúbal. A Associação Sobreviver foi fundada em junho de 2012 e atua

Abrigo arrombado pelos ladrões que levaram 700 quilos em ração

junto de animais de rua na região de Setúbal, com o apoio frequente e continuado aos animais recolhidos pelo Canil Municipal de Setúbal, o trabalho desta asso-

ciação vai mais longe e promove ainda a adoção responsável, prestando-lhes cuidados veterinários garantindo assim o bem-estar dos animais.

sobem para o aspirador, como se de um meio de transporte se tratasse, para brincar, e até há gatos que se deixam aspirar, o que pode parecer ser bastante agradável para eles, pois até se trata de um massajador. Outro aparelho perigoso para o seu gato é o fogão, pois torna-se um risco de o gato se queimar, mais no caso das placas

vitrocerâmicas em funcionamento, onde a chama não se vê, mas o calor está lá. Mas nem tudo na tecnologia é má para os gatos, também existe tecnologia que pode fazer o seu gato brincar, como o ponto luz de lazer onde o alcance da luz é uma tentação.

De pequenininho e grandinho é que se aprende...

Como acostumar o seu cão a responder pelo nome É muito fácil acostumar os cachorros a virem quando se chama pelo nome, seja ele baby ou adulto. Vamos deixar-lhe aqui algumas dicas: 1 – Chame pelo nome do seu cão sempre nas coisas positivas, como refeições, guloseimas (apropriado para cães) e miminhos. 2 – Tente nunca usar outros apelidos no início para que ele fixe bem o nome que você escolheu 3 – Não use nunca o nome do cachorro para se zangar com ele, por exemplo: “Tobias, não!” ou “Não Tobias!”. Use o nome do seu cão sempre e apenas para coisas positivas. 4 – Nunca use o nome do seu cão em tom de zangado ou chateado, utilize sempre uma voz branda, calma e alegre. Caso tenha adotado um cão que já veio com o nome de “batismo” e se quiser trocar o nome do ani-

mal, isso é totalmente possível. Primeiros dias, tenha sempre consigo um miminho, depois vá chamando pelo novo nome até que o seu cão venha ao som da sua voz e através do novo nome. Nunca chame o animal pelo nome antigo, pois vai confundi-lo.


DESPORTO // 19 FEVEREIRO 2019

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Palmelense imparável

Diego Zaporo ocupa 3º lugar do pódio

Equipa de Jaime Margarido impõe goleada em Setúbal

Pinhalnovense queixa-se penalti “para rir”… O PINHALNOVENSE FOI A CASA DO AMORA ONDE PERDEU POR DUAS BOLAS A UMA. A EQUIPA LIDERADA POR LUÍS MANUEL MANTEVE O EMPATE ATÉ AO PERÍODO DE COMPENSAÇÃO DE SEIS MINUTOS COM O ÁRBITRO A ASSINALAR PENALTIE.

Jaime Margarido acredita em ‘milagres’

Ainda mal refeito da eliminação da Taça da AFS, a equipa do Palmelense viajou até à cidade do Sado para impor goleada de cinco bolas a uma ao FC de Setúbal. O treinador do Palmelense destacou “finalmente tivemos uma pontinha de sorte e jogámos com uma certa raiva pelo injusto afastamento da Taça da AFS”. Na primeira parte o Palmelense foi para intervalo a ganhar por duas bolas a uma, mas no regresso marcou mais três golos. Uma mão cheia de golos que “repõe justiça nas excelentes partidas, onde a falta de sorte fez questão de marcar presença”, revelou Jaime Margarido. Os golos do Palmelense foram marcados por Mira, Valter (bisou na partida), Silva e Edi. No próximo domingo o Palme-

lense recebe o Barreirense. Processo disciplinar? Na partida da Taça da AFS o jogo terminou em clima de contestação ao árbitro da partida, que “inventou” um penalti que penalizou a equipa do Palmelense, que tudo fez para passar à fase seguinte. O árbitro terá apresentado uma queixa de agressão, que deixou atónitos os dirigentes do Palmelense. O treinador Jaime Margarido, que foi expulso nesse jogo, assim como toda a equipa técnica, confessa o seu espanto “pelos vistos também a agressão não foi vista por ninguém, tal como aconteceu com o penalti, mas estamos a aguardar o relatório do árbitro para podermos tomar uma posição”.

Atletas disfrutaram da paisagem do parque natural da Arrábida

Centenas de atletas correram no Palmela Trail O PINHALNOVENSE FOI A CASA DO AMORA ONDE PERDEU POR DUAS BOLAS A UMA. A EQUIPA LIDERADA POR LUÍS MANUEL MANTEVE O EMPATE ATÉ AO PERÍODO DE COMPENSAÇÃO DE SEIS MINUTOS COM O ÁRBITRO A ASSINALAR PENALTIE. Miguel Garcia

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A vila de Palmela encheu-se na manhã do passado domingo em que centenas de pessoas participaram no Palmela Trail, para descobrir os trilhos que a região dispõe para provas deste tipo. Os vários participantes iniciaram a prova na avenida 25 de Abril e percorreram os trilhos da Serra do Louro.

A fase final, uma fase mais dura, foi a subida das encostas do Castelo de Palmela, mas a diversão e o companheirismo estiveram sempre presentes no espirito dos atletas. A prova foi dividia em duas distâncias – Controlo Zero/K20 +, K9+ e a Caminhada. A madrinha da Palmela Trail foi Pauline Vie que demonstrou também estar em boa forma física e capaz de superar qualquer obstáculo.

O

Pinhalnovense foi até ao campo do Amora disposto a lutar pela vitória. Diego Zaporo, que já ocupa o 3º lugar do pódio de melhores marcadores com 13 golos, converteu a grande penalidade assinalada pelo árbitro quando o Pinhalnovense perdia por uma bola a zero, e a partida manteve-se empatada até aos 90+6’. O árbitro tinha dado sete minutos de compensação e quando esta estava a chegar ao fim, foi assinalada uma grande penalidade contra o Pinhalnovense. O lance passou-se na área com os dois jogadores a disputarem a bola e o da equipa da casa atirou-se para o chão, sendo assinalada a grande penalidade que deu a derrota à equipa azul e branca. Os adeptos do Pinhalnovense brindaram o árbitro com apupos, que de imediato terminou o jogo. O Pinhalnovense ocupa agora o 10º lugar com 30 pontos e na próxima jornada recebe o 1º de Dezembro. O Olímpico do Montijo ocupa

Amora FC ganha em tarde de glória

Um Pinhalnovense forte mas sem golos

a 7ª posição, depois de ter perdido por três bolas a uma em casa do Olhanense. O Olímpico no próximo domingo recebe a equipa do Redondense. No pódio dos melhores golea-

Dérbi concelhio mobiiza adeptos

dores, que é liderado por Gonçalo Gregório, do Casa Pia, com 22 golos, seguido de Beto, do Olímpico com 15 e de Diego Zaporo do Pinhalnovense com 13.

Águas de Moura reforça terceiro lugar O Águas de Moura, que nesta época regressou ao futebol, sendo brindado com o relvado sintético no Campo do Olival, continua a ser a equipa surpresa, com excelentes resultados frente a equipas mais credenciadas e mais experientes. A equipa tem contado com forte apoio dos adeptos, e mais uma vez houve casa cheia no Olival. No último domingo a equipa de Águas de Moura defrontou o dérbi concelhio com o Lagameças, a quem impôs uma derrota por três

bolas a uma. Também o Quintajense, outra das equipas regressada à competição, foi até ao campo do Melindense, onde venceu por duas bolas a zero. A equipa do Águas de Moura reforço o terceiro lugar, onde tem apenas menos um ponto, que o segundo classificado, o Alcacerense. No próximo domingo o Águas de Moura vai jogar com o Juventude Cercalense, enquanto o Lagameças recebe o Melindense e o Quintajense joga em casa com o Estrela de Santo André.


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800

CONCELHO MIL DE PALMELA

4 WC | 7 QUARTOS | 7 VARANDAS | 2 JARDINS | 4 SALAS


HORA DO FECHO // 19 FEVEREIRO 2019

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Acidente nas Lagameças faz dois feridos Um acidente ao fim da tarde do passado domingo fez dois feridos que foram assistidos no local pelos Bombeiros de Águas de Moura. O alerta foi dado pelas 19h48 e foram mobilizados para a EM533, via que

liga Lagameças ao Lau, quatro operacionais apoiados por duas viaturas. A GNR esteve no local e está a investigar as causas do acidente.

Pinhal Novo vê nascer a sua primeira rádio web

Rádio da Vila nasce na vila de Pinhal Novo A PENSAR NA POPULAÇÃO O PROJETO FOI PENSADO E REPENSADO E VAI NASCER JÁ NO PRÓXIMO MÊS DE MARÇO

A Rádio da Vila promete estar atenta aos problemas locais

Júlio Duarte

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A colisão entre dois veículos obrigou ao congestionamento na EM533

É um projeto recente e foi criado com conteúdos focados sobre a freguesia de Pinhal Novo e o concelho de Palmela, uma das caras da Rádio da Vila é conhecida no meio da radiodifusão por já ter passado por algumas das rádios no setor de informação, mas para já ainda não vamos desvendar tudo sobre esta nova rádio que aposta no digital. Com a primeira emissão prevista para o próximo dia 11 de março, a Rádio da Vila pretende assinalar os 31 anos da elevação de Pinhal Novo a vila.

Os programas já estão a ser desvendados aos poucos nas redes sociais e vamos esperar para ouvir esta nova rádio que

será a primeira no concelho de Palmela.

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