Jornal Concelho de Palmela | Edição 34

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SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº34 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 26.02. 2019

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

VENDA DA HERDADE DE RIO FRIO PODE SER INTERROMPIDA DEPOIS DE UMA PROVIDÊNCIA CAUTELAR INTREPOSTA POR UM DOS CREDORES ATUALIDADE

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REUNIÃO PÚBLICA DESCENTRALIZADA EM PINHAL NOVO MOBILIZA POUCO PÚBLICO

CULTURA

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AMIGOS DE BACO PREPARAM CARNAVAL EM PINHAL NOVO. O JCP ESTEVE À CONVERSA COM RUTE MOREIRA QUE APONTA O DEDO À FALTA DE APOIOS MONTIJO

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eonor Freitas muito jovem começou por ingressar no negócio de família e rapidamente o gosto pela vinha e o vinho se apoderaram da empresária que tanto orgulho tem da sua geração e do local onde construiu um autêntico império. Agora os olhares são outros e o norte é a grande conquista da Casa Ermelinda Freitas P.8/9

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VINCI FINANCEIA A RELOCALIZAÇÃO DAS AERONAVES DA FAP NA BASE AÉREA DO MONTIJO NO VALOR DE 100 MILHÕES DE EUROS

Uma empresária que marcou o sector do vinho

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PRIMEIRA HORA // 26 FEVEREIRO 2019

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Venda da Herdade de Rio Frio pode ter os dias contados DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

A Queda de um Império Esta semana o meu editorial vai relembrar outros tempos, tempos esses em que era tudo mais fácil e onde as pessoas viviam de outra maneira. Posso dizer que a humanidade, amizade e a cooperação estava sempre presente na vida e nos hábitos das gentes desses tempos. Posso ainda dizer que se os nossos antepassados voltassem a estes tempos ficariam, como se diz na gíria, ‘para morrer’. A exemplo disso, posso afirmar que o benfeitor José Maria dos Santos seria um desses antepassados a morrer novamente se cá viesse. Pois o latifundiário foi quem desenvolveu as terras que hoje são as de Pinhal Novo e de Rio Frio, levou anos a construir uma terra para depois as deixar aos colonos dessa altura. A Herdade de Rio Frio era um mundo novo, um mundo à parte de tudo aquilo que se vivia na altura no território, a evolução agrícola prometia na altura fazer história, era uma evolução de vanguarda, foi pensada para produzir para os seus e também para o PIB do país, uma herdade que para aqueles tempos era o fenómeno estrondoso, uma autêntica cidade, não faltava um hospital, uma escola, um posto da GNR, habitações para os trabalhadores e acima de tudo não faltava trabalho. A Herdade de Rio Frio foi considerada a herdade com a maior vinha do mundo e um montado de sobro invejável, mas os tempos foram decorrendo e os sucessivos donos não conseguiram aproveitar o que aquela terra dava e poderá dar, a aposta desta última administração acabou por cair por terra, o turismo ficou na gaveta, sobrevivendo o hipismo e o mundo equestre. Agora as notícias são menos animadoras e a incerteza paira sobre a “cabeça” de uma das herdades mais importantes desta região e até do país. Deixo-vos aqui um dos versos feitos para o saudoso jornal “Linha do Sul” do meu avô, Garcia Fernandes Pelicho que possivelmente já antevia o que se iria passar de futuro...

No tempo do outro dono; Hoje estás ao abandono Porque não te sabem administrar.

Herdade de Rio Frio, Ao que havias de chegar... Ai trabalhei com tanto brio Para nada aproveitar. Já te andam a retalhar As melhores parcelas que tinhas, Eras a rainha das vinhas

Texto escrito por Garcia Fernandes Pelicho sob o título “RIO FRIO O PASSADO E O PRESENTE” datado de 21 de março de 1984

Viam-se teus gados a pastar Nessas vargens de verdura, Era uma perfeita loucura Ir o monte visitar, Que se está a degradar Com telhados a cair. Eu já nem posso lá ir, E querem saber porquê? Pró meu coração não se sentir Por tudo quanto ali vê. No trigo e nos arrozais Era tua a primeira; Em cortiça e em madeira Ainda rendias mais. Em carne a superior. Tudo te dava valor De Valdera ao Poceirão, Tua parcela de vinha, Uva preta e molinha Da melhor selecção. Só do Alentejo é que vinham Os carros para carregar; Era o esmagador a esmagar P´ra encher o teu depósito. Vinha gente de propósito P´ra ver as tuas maneiras E no Verão as tuas eiras As máquinas a debulhar, As carretas a carregar O pão das tuas geiras. Levavam-se muitos dias Nessa labuta sem parar. Havia pessoal a trabalhar Num convívio de alegria Nesses teus lindos campos, No tempo do José Maria dos Santos, Viam-se manadas de cavalos E éguas a acompanhar, Touros para tourear, E tinhas outros regalos. Eras tu a preferida Com essa labuta de salientar. Foste sempre merecida Do teu progresso continuar; Tinhas de tudo produção Que dava p´rá exportação. Estiveste sempre a aumentar Com lavras de regadio. Mas, herdade de Rio Frio, Ao que havias de chegar...

Providência cautelar pode travar a venda da Herdade de Rio Frio MUITO SE TÊM ESCRITO NOS ÚLTIMOS DIAS SOBRE A INSOLVÊNCIA DAS SOCIEDADE AGRÍCOLA DE RIO FRIO E DA CASA AGRÍCOLA DE RIO FRIO, A SEMANA PASSADA AS NOTÍCIAS VOLTAM A “ASSOMBRAR” O FUTURO DAQUELA QUE JÁ FOI A MAIOR HERDADE DO PAÍS E DA REGIÃO CARMO TORRES

FOTOS: DIÁRIO IMAGEM

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venda da Herdade de Rio Frio (HRF), que está quase concluída nos próximos dias, depois da liquidação ter sido declarada encerrada na passada quarta-feira pelo tribunal, está agora a ser contestada judicialmente e a decisão judicial deve ser conhecida muito em breve. A contestação partiu de José Joaquim Lupi, por alegadamente estar a ser transacionada “à margem do processo de insolvência” decretado pelos tribunais, mas pelo meio do processo de insolvência da Sociedade Agrícola de Rio Frio (SARF) e da Casa Agrícola de Rio Frio (CARF) já este ano foram interpostos outros requerimentos e tendo por alvo atos praticados pelo adminis-

trador de insolvência, Pedro Pidwell. Rui Encarnação é autor de alguns desses requerimentos, e representa duas empresas credoras. Ao DN explicou que contesta <<aspetos de natureza procedimental que não foram devidamente acautelados>> por Pedro Pidwell, como a ausência de publicitação pública dos bens e direitos que integram a massa insolvente para conhecimento de todos os credores. De acordo com a lei e por terem hipotecas sobre ativos da SARF, os credores BCP e Parvalorem têm prioridade na atribuição das verbas geradas pela liquidação da massa insolvente relativamente aos chamados credores comuns, e esperavam receber pelo menos 40 milhões pela venda da Herdade, que não inclui o Palácio de Rio Frio, que pertence ao Novo Banco. Os 169 credores com direito a pouco mais de 10% (cerca de 10 milhões de euros) dos créditos reconhecidos, representados por um universo de meia centena de advogados, têm questionado o administrador da insolvência, considerando que este apenas está a defender os interesses do BCP e da Parvalorem.

FOTO DA SEMANA

Recordar para Viver com Memória! Porque nunca é demais recordar memórias de outros anos e porque estamos em ano de Festival Internacional de Gigantones, o JCP recorda nesta edição o FIG de 2007. Estávamos a 2 de julho de 2007 e 12 anos se passaram com um evento cultural que continua a encher as ruas da vila de Pinhal Novo no mês a seguir às tradicionais Festas Populares. O evento é bianual e já foi apresentado ao público da capital, 2019 está de volta e vamos lá esperar pelas surpresas que nos vão deixar este ano.

Um dos momentos do FIG nas ruas de Pinhal Novo

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Miguel Garcia | Isabel de Almeida | Pedro Carvalho | Júlio Duarte | João Aguiar Cadete | Elsa Peres Cronistas: António Correia | Tiago Machado | Fátima Brinca | António Vinagre Direção de arte & design: Ricardo Silva Serviços Administrativos: Paulo Martins Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Pinhal Novo Contactos: 212 362 317 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Email Geral: geral@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


26 FEVEREIRO 2019 // ATUALIDADE

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Semana da Freguesia marcada por novidades

Autarquia faz balanço das obras

Fátima Brinca CRONISTA

A SEMANA DA FREGUESIA DE PINHAL NOVO TERMINOU COM A CÂMARA DE PALMELA A FAZER O BALANÇO, ONDE ESTIVERAM EM DESTAQUE AS OBRAS QUE ESTÃO A DECORRER NESTE TERRITÓRIO. ELSA PERES

informação@jornalconcelhodepalmela.pt

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s obras da ciclovia, da Unidade de Saúde e dos logradouros foram visitadas, com os presidentes da Câmara de Palmela e da Junta de Freguesia a fazerem o balanço de uma semana recheada de novidades. A segunda fase da ciclovia estará concluída em finais de Março e os logradouros das Ruas 25 de Abril e Infante D. Henrique, estão a ser alvo da colocação do estaleiro, para a criação de mais de duas dezenas de lugares de estacionamento para os moradores. As obras da Unidade de Saúde, depois de terem sofrido um atraso inicial, têm a conclusão agendada para finais de Junho, sendo ainda alvo de alteração no projeto, para dotar os espaços exteriores de mais lugares de estacionamento e de um ginásio do ar livre. Empresa OVO investe no Pinhal Novo Os dirigentes da empresa OVO – Soluções Ambientais foram alvo da visita e deram a conhecer as atividades que irão desenvolver nas antigas instalações da Electro Arco, anunciando uma empresa onde “produzimos e comercializamos contentores para resíduos e serviços relacionados e somos líderes de mercado de ecopontos”. Os novos empresários, que

vieram do concelho da Moita, explicaram que a “OVO é uma das quatro empresas que constituem o Grupo R&C, de capital 100% nacional, com presença em seis países e cerca de 300 trabalhadores”. No momento, revelam apenas a OVO “está já a operar nas instalações de Pinhal Novo, nas áreas de montagem, serigrafia e armazenamento, enquanto decorrem as obras de adaptação do edifício, com 15 mil metros quadrados de área de implantação, para a transferência das várias unidades de produção”. Os autarcas deslocaram-se também ao Aceiro do Marcolino, onde o presidente Álvaro Amaro revelou “está a decorrer a empreitada de infraestruturação, no valor de 51 mil euros, que permite criar 37 novos ramais de águas residuais”. A pavimentação, acrescentou, “será a próxima intervenção já adjudicada por 207 mil euros, num total de cerca de dois quilómetros, facilitando a distribuição de trânsito naquela área rural” e concluiu “recorde-se que, no ano passado, já havíamos investido no local 50 mil euros na remodelação da rede de abastecimento de água”.

A rádio não é o meu forte

Executivo visitou várias empresas da freguesia

Empresa inovadora instala-se na Rua do Montinhoso A empresa líder de mercado Colicapela reabilitou as antigas instalações da Agaérre, na Rua do Montinhoso, onde está a funcionar com cerca de três dezenas de trabalhadores. O empresário Constantino Capela veio de Corroios para se instalar no Pinhal Novo, para anunciar “dedicamo-nos ao fornecimento e montagem de estruturas de grandes dimensões em madeira lamelada”, em que

Obras de beneficiação nascem em Pinhal Novo

“apostamos em ofertas de grande relevo e qualidade, com obras executadas um pouco por todo o país e no estrangeiro, de pavilhões desportivos e estâncias turísticas a igrejas e plataformas logísticas e industriais”. A aposta desta empresa inovadora passa por “soluções de habitação

modular, à medida, com projeto chave-na-mão e instalação em cerca de 24 horas, poderão revolucionar o paradigma da habitação no futuro, com menores impactos no ambiente e maior flexibilidade”, sublinhou.

Festival Queijo, Pão e Vinho já mexe em terras de Cabanas

25º Festival Queijo, Pão e Vinho conta com o apoio da autarquia de Palmela A GRANDE MONTRA DOS PRODUTOS REGIONAIS DE PALMELA TODOS OS ANOS EXPOSTOS DURANTE TRÊS DIAS EM SÃO GONÇALO, CABANAS, ONDE O QUEIJO SE CONJUGA COM O PÃO E NÃO FALTA O BOM VINHO, JÁ ESTÁ EM PREPARAÇÃO Por MIGUEL GARCIA FOTO: DIÁRIO IMAGEM

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odos os anos os caminhos rumam até terras de São Gonçalo, Cabanas, na freguesia de Quinta do Anjo, para três dias de muita animação e divulgação dos

queijos de Azeitão, pão de Quinta do Anjo e vinhos de toda a região de Palmela. Este ano o evento celebra 25 anos de existência e realiza-se entre os dias 5 e 7 de abril, nos pavilhões cedidos à Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida (ARCOLSA). A Câmara Municipal de Palmela aprovou na última reunião pública um apoio financeiro de 4 mil euros que vão ser entregues à associação para a realização do evento. Em comunicado a autarquia refere ainda que para além do apoio financeiro a câmara municipal irá dispensar apoio logís-

O certame todos os anos reúne milhares de visitantes que apreciam os produtos regionais tico e técnico avaliado em 9.300 euros. Milhares de visitantes visitam o certame todos os anos, um festi-

val que já se assume como <<elemento fulcral do desenvolvimento turístico do concelho>>.

Talvez por pertencer a uma geração em que não existam rádios locais, estas não são o meu forte. Os jornais e o cheiro a tinta são a minha paixão e, por mais experiências que tenha feito em rádio, estas não mudaram a minha forma de pensar. Tenho um enorme respeito pelos radialistas que trabalham nas rádios locais, mas continuo a pensar que o trabalho é completamente diferente e cada um deve estar nas funções, para as quais está vocacionado. Na gíria popular será como afirmar “cada macaco no seu galho”. A minha primeira experiência de rádio acabou por influenciar esta forma de pensar. Ainda existia a rádio “Arremesso”, na Baixa da Banheira, e o meu colega Luís Zuzarte desafiou-me a fazer uma entrevista a uma fadista, oriunda do Porto e residente no Barreiro. Talvez para fazer o favor ao colega instalei-me no estúdio com os auscultadores na cabeça e, depois das saudações da praxe, perguntei à fadista: “então como veio do Porto para a cidade do Barreiro?” A fadista sorriu e respondeu com convicção “vim de comboio”. O técnico de som, que já foi presidente da câmara, soltou uma sonora gargalhada, enquanto metia música, perante a minha silenciosa aflição. O trauma foi de tal monta, que continuo assustada com o microfone. Talvez porque as experiências marcaram-me, pois ainda fiz debates na Popular FM e na Rádio Voz de Setúbal, onde trabalhei com o Rogério Severino de quem continuo a ter tantas saudade.


ATUALIDADE // 26 FEVEREIRO 2019

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Bombons de aguardente já são um sucesso

Adega Cooperativa de Palmela aposta nos bombons de aguardente ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

O trabalho que a água deu…

TUDO ACONTECEU NA PASSADA SEXTA-FEIRA NA ZONA DA COVA DA PIEDADE, O MOMENTO FOI FILMADO POR QUEM ESTAVA NUM CAFÉ E O VÍDEO JÁ É UM SUCESSO NAS REDES SOCIAIS Júlio Duarte

Antes de avançar com a crónica de hoje, há que dar conta de um resto de poços para não haver reclamações. Ora temos então: Um poço, na que foi a sede do Palmelense, cavado no roço, com 12 metros de fundo e ainda com água. Houve outro, o poço do Chitas, na parte de baixo do Moinho dos Fetais, hoje desaparecido O poço do Anastácio, com tanque, no Samouco. Na rua Augusto Cardoso, nº 39, na casa que foi do Saul Cordeiro. Um comum a dois donos, situado na estrema do Isidorinho do Merlo e do Jacinto Pereira, na Travessa do Brasão. Tinha 32 metros de fundo. Na Quinta da Fonte da Pipa, Baixa de Palmela, há três poços. Poços e minas, quem os fez? Começaram por ser os vedores a indicarem os lugares em que era viável abrir um poço ou uma mina… A gente nova talvez nunca tenha ouvido falar em vedores, os homens (sempre os homens) que eram capazes de perceber onde passavam veias de água. Em Palmela também os havia: Ti Zé Ferreira e Ti Chico Latério (o computador está a dizer que esta palavra não existe, mas ele não sabe que é assim que se diz em Palmela o nome que em grego é eleuthérios. Esta palavra quer dizer “que fala e procede livremente, generoso, nobre, liberal, próprio de homem livre, libertador”. Isto até dá para tirar o chapéu!). Continuando, esses senhores, meus mestres, ainda conheceram o Trovão do Rosário, pai do professor que conhecemos, Acácio Pestana Pereira - Ti Acácio Naícha, Joaquim Oliveira Cardoso, irmão do Ti Chico Latério, e Paulo Coelho, ainda vivo. Depois do vedor vinham os poceiros: eram técnicos especializados que tinham aprendido com quem sabia. E não é qualquer um que é capaz de abrir um poço e de o deixar com as paredes bem seguras,

sejam elas no roço ou forradas de tijolo ou pedra. Também os houve em Palmela mas os meus amigos só se lembram de três, de quem não sabem bem o nome: José Nabo - da Volta da Pedra, José Maria – de Aires e o Ciclone; deste sabe-se a alcunha e a razão dela, mas nada mais.(*) Que mais nos faz lembrar a água? Ora, lavadoiros, hortas… E quem não se lembra dos lavadoiros? O da Senhora Santana, o da Fonte de Beber, o da Fonte Nova, que eram eram públicos. Mas havia também o do Martinho - aí pagava-se uns tostões para se lá ir e cada pedra na volta do tanque tinha a sua utilizadora, o da Carranca, do Valério, do Anastácio, no Samouco… Dantes a água vinha de fontes, poços, minas, hoje vem da rede. Dantes era tirada com corda e balde, picota, noras, moinhos, bombas à manivela…hoje há os motores. Dantes havia caleiras e aquedutos, mesmo pequenos como os que vemos, bonitos, nas quintas da Várzea, hoje há canalizações. Dantes havia lavadoiros, hoje há tanques pequenos nos quintais e varandas e máquinas de lavar. A vida está muito mais facilitada, mas, para namorar, a torneira na parede ou na ponta do cano não substitui a fonte. A técnica não resolve tudo, lá isso não !!! António Correia (*)- Amigo permita-me que acrescente aqui mais um poceiro: o meu tio Joaquim, o caramelo, que veio da Fonte da Vaca para se instalar na Quinta do Real, ali perto do Palmelense. Era conhecido pelo poceiro caramelo e pai do Carlos (secretário da Assembleia Municipal de Palmela e vice-presidente do Bombeiros de Palmela) e do Joaquim Silvino Caçoete (foi vereador e é presidente da Associação de Agricultores e eleito da Assembleia Municipal).

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ouco se sabe da identidade do motorista do autocarro da empresa Transportes Sul do Tejo (TST) que já é considerado um “herói” para muitos cibernautas que visualizaram o vídeo que foi colocado no Facebook e que contou com mais de 20 mil visualizações.

O momento é captado por uma cliente que estava na altura num café em frente a uma rua muito movimentada e a situação dá-se quando um autocarro dos TST pára e vê-se o motorista sair do veículo para ajudar a senhora com cerca de 90 anos a atravessar a rua. Depois do ato de ajuda, o motorista volta ao veículo e segue a sua rota. Segundo alguns contactos que tivemos por parte de populares, o motorista é de Pinhal Novo, tentamos obter mais informações sobre a sua identidade mas não conseguimos. Ficou registado o momento de ajuda e de solidariedade que o profissional teve para com uma senhora que estava com dificuldades em atravessar a rua.

Bombons de aguardente Villa Palma são um sucesso

Noite fria e de futebol…

Sessão no Pinhal Novo não mobilizou moradores A SESSÃO DESCENTRALIZADA REALIZOU-SE NA PASSADA QUARTA-FEIRA, NA SEDE DA JUNTA DE FREGUESIA DE PINHAL NOVO, CONTANDO APENAS COM DUAS DEZENAS DE PESSOAS NO PÚBLICO, ENTRE OS QUAIS ELEITOS DA FREGUESIA E DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL. A NOITE FRIORENTA E O FUTEBOL TERÃO AFASTADO OS MORADORES, TENDO HAVIDO “CINCO CORAJOSOS” QUE APRESENTARAM PROBLEMAS ANTES DA ORDEM DE TRABALHOS. Júlio Duarte

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sessão contou com a presença de António Braz, vereador socialista, que substituiu a vereadora Mara Rebelo, e começou com o balanço da Semana de Freguesia feita pelo presidente da autarquia, Álvaro Amaro. Depois das intervenções dos munícipes, que lamentaram a falta de limpeza no Pinhal Novo, enquanto Marina Teles, da Associação de Moradores Entre Ruas, manifestava algumas preocupações, nomeadamente na demora da mudança dos postes de iluminação da EDP, o risco da queda dos muros, na Rua dos Ferroviários e a necessidade de passadeiras e lombas no Aceiro dos Arraiados. Um morador residente no Bairro Lencastre queixou-se das dificuldades de mobilidade, porque os carros ocupam os passeios. Antes da ordem de trabalhos foram aprovadas saudações a atletas e um voto de pesar ao empresário Horácio dos Santos Simões. O vereador socialista Raúl Cristóvão, que acompanhou a visita à freguesia, congratulou-se com o “crescimento da vila e a obra da Unidade de Saúde”, mas desafiou a maioria CDU

a “ser mais pró-ativa para as intervenções nos logradouros e nos aceiros, onde ainda há muito por fazer”. O autarca socialista confessou “tem um aliado para lutar pela variante à EN 252, para que seja feita o mais depressa possível, pois ontem já era tarde”. Festival Queijo, Pão e Vinho A Câmara de Palmela aprovou, por unanimidade, na reunião pública de 20 de Fevereiro, a atribuição de um apoio financeiro de quatro mil euros à Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida (ARCOLSA), para a organização do 25.º Festival do Queijo, Pão e Vinho, em parceria com representantes dos setores vitivinícola, panificação e doçaria. A autarquia contribui, ainda, com o montante de nove mil e trezentos euros para a realização e organização do evento com apoios logísticos e técnicos. O Festival Queijo, Pão e Vinho decorre entre os dias 5 e 7 de Abril em S. Gonçalo, Cabanas. Russos deliciados com vinhos da adega de Fernando Pó Os autarcas de Palmela aprovaram por unanimidade uma saudação à Casa Ermelinda Freitas, que obteve 18 medalhas, doze de ouro, quatro de prata e duas Expo Stars, na ProdExpo 2019, em Moscovo, na Rússia. Os vinhos premiados foram: 2 Medalhas ProdExpo Vinhas do Fava 2017 Merlot Reserva 2016

12 Medalhas de Ouro: Syrah Reserva 2016 Valoroso Reserva 2016 Quinta da Mimosa 2016

Valoroso Chardonnay 2018 Vinhas do Rosário Syrah 2017 Baía de Troia Castelão 2017 Vinha do Torrão Reserva 2015 Dona Ermelinda Reserva 2016 Vinha da Valentina Reserva 2016 Cabernet Sauvignon Reserva 2015 Valoroso Cabernet Sauvignon 2017 Valororo Reserva (Touriga Nacional & Syrah) 2017

4 Medalhas de Prata:

Rocksand Shiraz 2016 Flor De La Mar Tinto 2017 Valoroso Cabernet Sauvignon 2017 Vinha da Valentina Premium Tinto 2017

Voto de pesar por Horácio Santos Simões

Um voto de pesar pelo falecimento de Horácio Santos Simões, fundador da Casa Agrícola Horácio Simões, em Quinta do Anjo, homenageado pela autarquia com a atribuição, em 2017, da Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, foi aprovado por unanimidade. Na moção referia-se que “a Quinta do Anjo e o Concelho de Palmela perderam Horácio Santos Simões, fundador da secular Casa Agrícola Horácio Simões e patriarca de uma família há muito reconhecida no mundo vitivinícola. Tinha 97 anos e mantinha-se ativo, de forma atenta e sagaz, procurando participar nos processos da empresa que perpetua o seu nome e que legou às gerações seguintes”. O empresário vinícola, refere-se, “foi membro fundador da SIVIPA, Sociedade Vinícola de Palmela, em 1964, e apostou na produção de vinho por processos artesanais e tradicionais e na defesa das castas autóctones da região”. A Câmara Municipal de Palmela expressou “o seu pesar pelo falecimento de Horácio Santos Simões, endereçando à sua família as mais sentidas condolências”.


26 FEVEREIRO 2019 // PUB

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CULTURA // 26 FEVEREIRO 2019

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Rute Moreira presidente da Associação Carnavalesca “Amigos de Baco” salienta que...

«Os Amigos de Baco já tiveram melhores dias» RUTE MOREIRA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO AMIGOS DE BACO, CONTOU AO JCP COMO SE ESTÁ A PREPARAR MAIS UM CARNAVAL NO PINHAL NOVO MAS TAMBÉM OS PROBLEMAS QUE TÊM VINDO A ENFRENTAR PARA MANTER ESTA TRADIÇÃO QUE JÁ SOMA 25 ANOS. Por MIGUEL GARCIA E CARMO TORRES Fotos: DIÁRIO IMAGEM

Como se está a preparar o Carnaval deste ano? Vai ser como todos os anos, com a participação de várias associações como o Rancho do Pinhal Novo, o Rancho da Lagoa da Palha, os ‘Dance Project’ da Palhota, o Fitness, alunos da Caixa de Pandora e da SFUA com a professora de dança, elementos dos Bardoada - Grupo do Sarrafo e ainda estou à espera de algumas confirmações. Contamos este ano com cerca de seis a sete carros alegóricos e perto entre quinhentos a seiscentos participantes. O desfile terá lugar apenas na terça-feira, a partir das 15h00 e vamos fazer o mesmo percurso dos outros anos. A saída é junto ao quartel dos Bombeiros do Pinhal Novo, desce a Avenida da Liberdade até à Rua António Santos Jorge, dá a volta ao jardim e sobe novamente para o quartel. Este ano o tema volta a ser livre. Já fizemos cortejos com temas definidos, mas na altura correu melhor porque o fundo de maneio era suficiente, porque tínhamos o apoio da Câmara Municipal, o que não acontece agora. Porque é que já não realizam o corso ao domingo? Porque o fundo de maneio não é suficiente. Esta é a nossa principal dificuldade, apesar termos alguns patrocínios e de procurar ajuda junto do comércio local, mas as despesas este ano elevaram-se muito mais. Este ano tivemos de pagar li-

cenças que, em dez anos que estou à frente do grupo, nunca nos tinham sido solicitadas. Nunca nos explicaram que, por exemplo, para o Carnaval sair à rua, era necessária uma licença da Sociedade Portuguesa de Autores. Este ano teremos também de pagar à GNR, algo que em 25 anos temos sido beneficiados. Somos uma associação sem fins lucrativos, não cobramos entradas no cortejo e tudo isto se torna muito complicado. E que apoios têm do comércio local? Temos tido sempre os lanches oferecidos pela Mafraria, e a nível de águas para os participantes, o ‘Primus’ também nos apoia. Neste momento ainda estou à espera de outras respostas. Isto é tudo muito a conta-gotas. Temos tido também sempre o apoio da Associação Humanitária dos Bombeiros de Pinhal Novo, que este ano voltaram a ajudar-nos com os cartazes de divulgação. Quais têm sido os principais problemas? O fundo de maneio. Esperamos poder continuar, mas também gostaríamos que a autarquia, à semelhança de outros concelhos como no Montijo, se chegasse à frente e nos possa dar uma ajuda. Noutros concelhos as associações que organizam os cortejos têm como principal patrocinador a Câmara Municipal, o que em Palmela não acontece. Aqui existe um ‘bolo’ mas um Carnaval não se faz com mil euros, atribuído o ano passado e este, que em 2019 foi quase todo para as licenças. E da parte da Junta de Freguesia também não temos qualquer apoio. Como podemos pagar os carros alegóricos e os tecidos para os fatos, que são feitos por nós? Este ano tenho um orçamento de quatro mil euros, com um apoio de mil euros por parte da Câmara Municipal…

Corso que vai sair na terça-feira de carnaval

Rute Moreira apela a mais apoios autárquicos

Também não temos ainda uma sede. Já nos falaram nisso ‘por alto’, a proposta era arranjarem uma sala numa escola na zona mais rural, mas isso está fora de questão porque a Associação sempre foi no Pinhal Novo, nasceu na Tasca do Chico. Além disso, não íamos poder fazer lá nada, porque precisamos de espaço para elaborar os carros alegóricos em cima dos reboques. Não precisamos de um local só para reuniões e guardar o espólio, até porque o meu pai quando foi presidente teve de vender muitos dos fatos, porque se estavam a estragar e não tínhamos espaço para guardar tudo. O que vamos sempre precisar é de um espaço grande. Recentemente tiveram eleições, o que se alterou? Eu continuo como presidente. Mas entraram algumas caras novas, que já nos acompanhavam, e que vieram para a Associação e para os seus corpos gerentes este ano. Neste momento estamos a trabalhar nove pessoas neste projecto, que reunimos, discutimos o que podemos fazer e falamos depois com as associações para saber quem quer participar. Esta é também uma postura nossa, ter sempre as portas abertas para todos. Infelizmente alguns não vêm até nós e outros, sobretudo dos que fundaram os Amigos de Baco, não nos acompanham, e depois também há algumas divergências. Uns concordam com o que fazemos, outros não concordam, e isso causa algumas quebras. A determinada altura chegámos a convidar esses fundadores, que ainda estão entre nós, para participarem num enterro do Bacalhau,

o que foi aceite. Nestes dez anos como presidente, como vê o Carnaval no Pinhal Novo e também o trabalho da Associação? Perdeu-se um bocadinho por cá o espírito de Carnaval e os Amigos de Baco já tiveram também dias melhores. Creio que foi no ano em que eu entrei para a presidência que houve a suspensão de subsídios por parte da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, e tive de entrar com dinheiro do meu bolso para o corso desse ano. Nessa altura tivemos de reduzir muito o que se fazia, passámos a fazer coisas mais pequenas, mas depois começámos a ‘esticar’ um pouco mais, até porque nos sentimos revoltados com essa retirada de apoios e quisemos mostrar do que somos capazes. Não entendo o porquê desses cortes, apenas voltámos a receber alguma coisa em 2017 e nessa altura foram quinhentos euros. Temos de apresentar sempre o plano de actividades, que já foi entregue, no qual consta o orçamento que precisamos, todas as contas, o que gastamos no Carnaval e nas Marchas, as actas, os estatutos, etc. E tudo isso tem sido sempre apresentado na Câmara Municipal. Já ponderaram mudar o percurso do corso? O ano passado discuti isso com o antigo comandante da GNR a hipótese de mudarmos o percurso para o outro lado da linha, mas dessa forma íamos perder muito dos patrocínios que tenho do comércio local. O corso ter lugar na Avenida dos Ferroviários tinha muitas vantagens, como o estacionamento e

o espaço para os visitantes, sendo também um corte de vias menor, mas depois fui falar com os patrocinadores que me afirmaram que deixariam de apoiar a Associação se fizéssemos essa alteração. Sabe quantas pessoas o vosso cortejo atrai ao Pinhal Novo? Não. Sei que são imensas pessoas que nos visitavam nos dois dias de cortejo, mas não tenho dados sobre os números. Mas é praticamente sempre o mesmo número de pessoas, não notamos decréscimo. O ano passado pensámos que teríamos uma queda significativa por causa do crescente sucesso dos cortejos no Montijo, mas isso não aconteceu, talvez porque as pessoas fossem lá no domingo e depois optassem por vir ao Pinhal Novo na terça-feira Gorda. E como vai ser a Quarta-feira de Cinzas? Ainda estamos a trabalhar nisso. O que precisam os Amigos de Baco para o futuro? Mais apoio, mas concreto, não apenas de ‘boca’. Falar todos falam, fazer é que é um bocado difícil. É muito triste ter de chegar ao pé das outras associações e dizer que ‘não posso continuar a dispensar dinheiro para comparticipar as vossas presenças no corso, é preciso que sejam vocês a assumir a despesa’. Mas tivemos de tomar esta atitude. Gostava também de ter uma escola de samba, mas é preciso termos fundos para isso e uma sala para ensaiar, embora esta já nos tenham sido oferecida.


26 FEVEREIRO 2019 // PUB

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ENTREVISTA // 26 FEVEREIRO 2019

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Conquista de 260 prémios em 2018

Casa Ermelinda Freitas à conquista do Norte O ANO DE 2018 FOI DE SUCESSO PARA A ADEGA LOCALIZADA EM FERNANDO COM A CONQUISTA DE 260 PRÉMIOS. MAS A CASA ERMERLINDA FREITAS APOSTA EM “VOAR” MAIS ALTO E PARTE À CONQUISTA DO NORTE, COM A FUTURA PRODUÇÃO DE VINHOS VERDES NO MINHO. Redação

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A Casa Ermelinda Freitas terminou o último ano com a conquista de 260 prémios e iniciou 2019 com distinções, onde a mais relevante foi o Prémio de Agricultura 2018 na categoria empresas. Leonor Freitas, gerente da Casa Ermelinda Freitas, faz o balanço do ano passado e traça objetivos para o futuro. JCP - Que balanço em termos de produção faz do ano 2018? Leonor Freitas - 2018 Foi um ano muito trabalhoso devido as condições climatéricas, mas devido à nossa excelente equipa e também à grande qualidade da região que a Casa Ermelinda Freitas esta inserida, acabou por ser um bom ano pois os nossos consumidores continuaram a acreditar nos nossos vinhos bem como na qualidade da uva produzida, que embora sendo menor quantidade, foi de ótima qualidade. JCP - O ano também se refletiu na conquista de novos prémios? LF - O ano de 2018 brindou-nos com mais prémios

Empresa aposta no norte

contabilizando um total de 260 prémios, não há dúvida que foi mais uma afirmação e reconhecimento da qualidade dos nossos vinhos. Tanto a nível nacional e internacional houve o reconhecimento dos nossos vinhos: fomos premiados Rússia no evento ProdExpo, onde o nosso CEF Merlot Reserva obteve o prémio “GRAND PRIX” – Cisne de Ouro (Melhor Vinho Tinto da ProdExpo 2018), o CEF Moscatel Roxo de Setúbal Superior

2010 ficou no Top 10 Melhores Moscatéis do Mundo, no Concurso de Vinhos Crédito Agrícola o nosso CEF Shyra Reserva foi destacado com a medalha de ouro, etc…. “Queremos poder premiar todos os nossos amigos e consumidores com os melhores vinhos” JCP - Quais as expetativas para 2019? LF - Espero continuarmos a trabalhar cada vez mais em

2019. Continuarmos a poder corresponder às espectativas dos nossos consumidores e criar cada vez mais condições para os nossos colaboradores e esperamos que os vinhos correspondam a qualidade dos nossos consumidores e continuem a ser premiados a nível nacional e internacional. Começamos o ano com uma grande distinção onde o espumante Casa Ermelinda Freitas Bruto Branco foi considerado

um dos 50 Melhores Espumantes do Mundo de 2019.o Fomos distinguidos no início do ano com o Prémio Agricultura 2018 na produção em método tradicional na categoria empresas. Todos estes prémios servem para reforçar a qualidade que a Casa Ermelinda Freitas procura sempre que faz um vinho, de modo a poder premiar todos os seus amigos e consumidores com os melhores vinhos aos melhores preços.

Forte investimento na aldeia vinhateira de Fernando Pó destaca vinhos pelo mundo

Casa Ermelinda Freitas nas causas solidárias


26 FEVEREIRO 2019 // ENTREVISTA

Papa Francisco fica deliciado com vinho Leod`Honor

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“Vamos apostar no vinho verde” JCP – Que novidades estão a perspetivar para este ano? LF - A Casa Ermelinda Freitas é uma casa dinâmica sempre em busca de melhorar a oferta ao consumidor, e como temos plantado novas castas vamos sempre ter novidades.

Todas as terças-feiras numa banca perto de si SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA

Dando como primeiro grande destaque que está a ser lançado agora no mercado o nosso novo Monovarietal CEF Carménère Reserva, em homenagem ao Chile. Uma casta do mundo o caménère assemelha-se bastante em termos olfativos ao Cabernet Sauvignon com notas de pimento e fruta preta. Com estágio de 12 meses em barrica, apresenta-se um vinho denso macio, mas elegante é um vinho diferente para pessoas diferentes que gostam dos sabores do mundo. Como novidade temos uma pequena quinta na região do Douro o que nos vai poder permitir aumentar o nosso portfólio com vinhos do Douro e a quinta do Minho que nos vem complementar com o vinho verde. Novas regiões, novos vinhos que embora em pequena quantidade iram reforçar a oferta ao nosso consumidor. Apelamos para que os nossos consumidores possam nos visitar marquem a sua visita (www.ermelindafreitas.pt), pois ai poderão ver as vinhas, a produção, e degustar os nosso vinhos, a nossa história, e conhecer assim melhor a nossa região e a nossa história.


ALERTAS & RECADOS// 26 FEVEREIRO 2019

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Lajetas perigosas O problema do cocó de cães não é o pior…

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pesar de considerarmos que deve haver maior civismo dos donos dos canídeos, que não apanham o cocó dos animais, o vandalismo ultrapassa as preocupações de quem quer viver

com qualidade de vida. Os moradores de Pinhal Novo não se revêm nas atitudes de certa gentinha que destrói o verdadeiro conceito da arte de rua. A moradora Lina Silva está no

seu direito de protestar contra o cocó dos cães, mas a falta de civismo dos donos dos animais, não se reflete em toda a vila, pois, felizmente, vemos muitos cidadãos a apanhar os dejetos.

Buracos inundam prolongamento da rua João Melo já nos tinha alertado para o estado em que se encontra o prolongamento da Rua Bartolomeu Dias, mas a situação foi também denunciada pelo vereador José Calado, do MIM. Os muitos buracos tornam esta via intransitável, quando podia servir como alternativa de escape a quem faz compras na superfície comercial. O presidente da Junta, Manuel Lagarto reconhece a pertinência do alerta, mas explica “estamos a aguardar pelo início das obras da reabilitação da Ribeira da Salgueirinha, pois esta artéria irá ser alargada e só depois procedermos às obras da rede viária”.

causa de raízes das árvores, mas também da utilização abusiva em alguns espaços”. O presidente Álvaro Amaro anunciou “temos a intenção de fazer um estudo para a conservação da Praça, com especial enfoque nas zonas de circulação”. Os autarcas da Junta de Freguesia andaram na sexta-feira a fiscalizar o espaço, antevendo-se para breve uma intervenção.

Coimas pesadas para o vandalismo

Terreno abandonado serve de viveiro de flores Júlia Silva fez questão de nos enviar um alerta, que considera “pela positiva, pois nem tudo é negativo”. Esta leitora destaca a utilização de um terreno, que “estava abandonado e cheio de ervas daninhas, que se transformou num

Manuel Maia, Joaquim Costa e Luísa Balseiro enviaram-nos alertas sobre o perigo que constituem as lajetas soltas, na Praça da Independência, no Pinhal Novo. Um dos moradores garante “já vi ali caírem pessoas”. O problema foi abordado durante a Semana Descentralizada, com a câmara a reconhecer “a existência de lajetas danificadas na Praça da Independência, por

espaço de flores”, junto à ecopista. Herlander Vinagre, autarca do executivo da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, revelou “trata-se um empresário que veio do Leste para usar o terreno para a plantação de roseiras e hortenses, para

serem, posteriormente, vendidas”. O terreno abandonado, explica, “foi limpo e serve de viveiro contribuindo para a economia local”.

Na sexta-feira passada, o Pinhal Novo hasteou a bandeira da Rede das Vilas e Cidades de Excelência, mas a grande preocupação do morador Vítor Gomes era evitar que as personalidades presentes na cerimónia vissem a parede exterior das traseiras do Auditório Municipal. No final do evento o morador pediu que o JCP publicasse um alerta sobre o vandalismo em forma de desenhos (?) e frases degradantes com que os vândalos fazem questão de colocar no

património que é de todos. Este morador desafia a Câmara para “aplicar coimas pesadas a quem destrói o nosso património”. Este morador destaca a “importante colaboração dos (IN)Diferentes que têm feito pinturas de qualidade nos bancos e na caixas de iluminação, ao contrário dos parasitas, que não fazem e ainda destroem o trabalho dos que valorizam a imagem da nossa terra”.


26 FEVEREIRO 2019 // MONTIJO

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Canha recebeu visita do executivo camarário

Executivo inicia visitas às freguesias do Montijo O dia 21 de fevereiro marcou a primeira visita do executivo da Câmara Municipal do Montijo no âmbito do ciclo de visitas que estão a ser realizadas às freguesias e uniões de freguesias do concelho, e contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e dos vereadores Maria Clara Silva, Ricardo Bernardes e Sara Ferreira. A primeira visita foi realizada à freguesia de Canha, e iniciou-se com uma reunião na sede da junta, com o executivo da freguesia liderado por Armando Piteira a dar nota das suas principais preocupações, nomeadamente intervenções pontuais na Escola Básica de Canha como a reparação do telheiro de acesso às casas de banho e pinturas diversas; a reparação de calçadas; e a extensão da rede de abastecimento de água a zonas isoladas da freguesia, em particular nas Latadas. Houve, ainda, lugar à verificação in loco de alguns investimentos executados ou a executar na freguesia, com destaque para a nova ETAR de Canha. Seguiu-se a visita à Santa Casa da Misericórdia, aos Bombeiros Voluntários e à Casa do Povo de Ca-

nha, instituições que contribuem para as respostas sociais existentes na freguesia, assumindo um papel preponderante na integração social, no combate à exclusão e no apoio à população de maior vulnerabilidade. Na Santa Casa da Misericórdia de Canha, a direção solicitou o apoio da câmara e da junta para a realização de intervenções no edifício. Na Casa do Povo de Canha, a obra do futuro lar foi referenciada como o principal objetivo da instituição. O presidente da câmara afirmou que irá equacionar todas as questões e, dentro das possibilidades da autarquia, apoiar as instituições. Nos Bombeiros Voluntários de Canha foi abordada a necessidade de uma nova uma ambulância de emergência pré-hospitalar, que a câmara já assumiu o compromisso de apoiar a sua aquisição; e levantada a questão da criação de uma Equipa de Intervenção Permanente para o socorro aos cidadãos, processo que a câmara se encontra a ultimar com o Ministério da Administração Interna. A visita prosseguiu ao final da tarde, na sede da junta, numa reunião com os munícipes para os autar-

Presidente da Câmara do Montijo reunido com agentes locais

cas escutarem as suas sugestões e encontrar, em conjunto, soluções para os principais problemas que preocupam a população da Freguesia de Canha, com o presidente da câmara a sublinhar que todos são essenciais para a construção da freguesia e do concelho. Os munícipes presentes levantaram questões do foro pessoal, mas também abordaram problemas mais genéricos como os transportes públicos e a desertificação da vila. A interioridade e a desertificação da vila são outros temas que preocupam munícipes e autarcas, com o

presidente da câmara a expressar a sua convicção que só “com investimento, público e privado, se poderá alterar este cenário. A câmara tem estado empenhada neste processo, exemplo disso é o investimento do novo Estabelecimento Prisional que o Estado pretende implementar na antiga Herdade Gil Vaz, e dá sempre luz verde a todos os investimentos privados que se queiram instalar na freguesia, desde, claro, que cumpram os requisitos legais”. A próxima visita do executivo municipal terá lugar no dia 7 de março, à Freguesia de Sarilhos Grandes.

Aeroporto do Montijo

FAP terá financiamento da Vinci para relocalização das aeronaves da BA6 do Montijo A Força Aérea Portuguesa vai dispor de 100 milhões de euros para a relocalização das aeronaves na sequência da construção do aeroporto complementar no Montijo, financiados pela concessionária, anunciou hoje o ministro da Defesa Nacional. A Vinci irá suportar as despesas com a reestruturação do aeródromo militar de Figo Maduro que ficará noutro local do aeroporto Humberto Delgado, no valor de 28 ME, disse João Gomes Cravinho, quando respondia a perguntas dos deputados na comissão de Defesa Nacional, numa audição a requerimento do PSD sobre as implicações para a operação da Força Aérea da construção do aeroporto complementar na base aérea nº 6,

no Montijo. De acordo com o ministro, a concessionária suportará as “obras nas áreas concessionadas e também as obras nas bases de Beja e Sintra”, consideradas necessárias para receber as aeronaves que terão de sair do Montijo. O governante anunciou a criação de uma “equipa de projeto” para “acompanhar de forma transversal todas as dimensões” da deslocalização das aeronaves da FAP. O ministro frisou que o financiamento será disponibilizado apenas quando e se houver luz verde para avançar com a construção do novo aeroporto, ou seja, só depois do estudo de impacte ambiental. “Não avançaremos com relocalização aeronaves sem ter a certeza que

Direitos Reservados”

FAP com financiamento garantido para a deslocalização das aeronaves

o novo aeroporto é no Montijo. Se não for no Montijo, a Força Aérea continuará lá (na base n.º 6)”, disse. João Gomes Cravinho confirmou ainda que o Campo de Tiro de Al-

cochete vai manter-se, frisando que é compatível com o novo aeroporto, e permite uma poupança de cerca de 242 milhões de euros.

Tiago Machado PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

A má gestão da ADSE O lucro faz, de facto, tão parte dos privados como a demagogia da política. Mas os problemas da ADSE - os problemas para os beneficiários do subsistema, os funcionários públicos e a suas famílias - têm bastante mais a ver com a actuação do Estado e a gestão da própria ADSE do que com os privados. Foi a má gestão da ADSE, com influência directa da política, que permitiu a desatualização cada vez maior das tabelas de preços convencionadas com os prestadores privados. Esta inércia negocial - com o intuito de empurrar más notícias para os beneficiários com a barriga - levou à falta de transparência que a ADSE agora denuncia com vigor: os privados carregam no custo de alguns serviços para compensar outros que, por vezes, nem estão contemplados na tabela. Rever as próteses sem rever a tabela global é querer ter o bolo e comê-lo - impor uma correção retroativa desses valores parece, de facto, ilegal. É a má gestão da ADSE que permite um subsistema que incentiva os consumos mais frequentes e não vitais dos seus doentes - cobrando co-pagamentos baixos para óculos, consultas e afins - e que, ao mesmo tempo, cobra co-pagamentos altos por cuidados de saúde críticos e inevitáveis (cirurgias graves). Quem diz que se preocupa com a sustentabilidade do subsistema tem obrigatoriamente de olhar para os incentivos nele estabelecidos - e deve compará-los, por exemplo, com os da concorrência das seguradoras. É a má gestão da ADSE que, em cima de incentivos mal desenhados, não controla exaustivamente as prescrições aos beneficiários, não avalia a tecnologia nova usada nos tratamentos e não zela pela aplicação de políticas que garantam o melhor custo-benefício.É a má gestão política, e também da ADSE, que permite que os excedentes do subsistema sejam usados para financiar outros fins que não as despesas de saúde dos seus beneficiários. Estes excedentes existem desde que os funcionários públicos perderam a ADSE como um benefício extra, pago em parte pelos contribuintes, e passaram a suportar na íntegra o seu subsistema de saúde. Vou citar uma auditoria do Tribunal de Contas, de 2016: “Verificou-se a apropriação, pelo Governo da República, dos excedentes da ADSE, provenientes do aumento da taxa de desconto para 3,5%, para financiar o Serviço Regional de Saúde da Madeira, tendo assim sido utilizados € 29,8 milhões dos excedentes da ADSE, consignados aos quotizados da ADSE, para financiar necessidades públicas, descapitalizando a ADSE. Foram ainda suportados pela ADSE encargos que devem ser suportados pelo Estado, tal como o faz para os restantes cidadãos”.Perante estas falhas, a resposta da ADSE e da política - do Governo e dos partidos à esquerda - é denunciar os grupos privados como os maus da fita. É mais fácil fazer isto do que admitir erros ou desagradar aos beneficiários-eleitores, como lhes chamou o editor do Negócios, Manuel Esteves. Com tanto em jogo nas negociações - para os grupos privados, para a ADSE e para o Governo - é possível que se chegue a um acordo. Mas para qualquer beneficiário preocupado com o seu subsistema, o foco não deve ser apenas uma negociação bem conduzida com os prestadores privados - deve ser a gestão e a tutela política dessa gestão. Sobre isso fala-se muito pouco.


SETÚBAL // 26 FEVEREIRO 2019

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Concurso para atribuição de lugares

Marchas Populares

Feira de Sant’iago decorre Duas coletividades regressam este ano durante 16 dias O concurso para atribuição de lugares na Feira de Sant’iago já foi definido e a comissão organizadora lembra que pode alterar “o número de lugares definidos para os diversos setores, se o número de pedidos de inscrição o justificar e se a planta de ordenamento da feira o permitir”.A Feira de Sant’Iago realiza-se ao longo de 16 dias, entre 20 de Julho e 4 de Agosto com o recinto a funcionar de segunda a quinta-feira, das 18h00 à 01h00, com o horário a ser alargado até às 02h00 na sexta-feira. Ao fim de semana, a feira abre às 16h00, encerrando no sábado às 02h00 e no domingo à 01h00. As inscrições para participação no certame são feitas entre 1 e 29 de Março no secretariado da Feira de Sant’Iago, a funcionar no Ninho de Novas Iniciativas Empresariais de Setúbal, no edifício do Mercado do Livramento. O período para apresentação de propostas a lugares no recinto pelos concorrentes, cujos pedidos de inscrição foram admitidos, decorre entre os dias 15 a 30 de Abril. As propostas entregues no pra-

AS MARCHAS POPULARES ESTÃO DE REGRESSO A SETÚBAL, COM A PARTICIPAÇÃO DE OITO COLETIVIDADES, ENTRE ELAS O PRAIENSE E A PALHAVÃ, QUE ESTIVERAM AUSENTES NOS ÚLTIMOS ANOS ELSA PERES Fotos: CMS

Espaço da Feira de Santiago remodelado para novos setores

zo estipulado são abertas, por setor de atividade, a 7 de Maio, na Sala de Sessões dos Paços do Concelho, ato reservado aos interessados. As taxas referentes à participação na Feira de Sant’Iago 2019 são obrigatória e integralmente pagas na tesouraria da Câmara Municipal de Setúbal no prazo de cinco dias úteis após afixação de edital com lista de

O concurso das Marchas Populares de Setúbal conta este ano com a participação de oito coletividades do concelho, que se apresentam em Junho, na Avenida Luísa Todi e na Praça de Touros Carlos Relvas. Na edição deste ano participam o Clube Recreativo Palhavã e União Desportiva do Praiense, que estão

de regresso, a Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, o Grupo Desportivo Independente, Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, Núcleo dos Amigos Bairro Santos Nicolau, Núcleo Bicross Setúbal e União Desportiva e Recreativa das Pontes. Os desfiles das marchas irão decorrer dias 22 de Junho, com o desfile de apresentação na Avenida Luísa Todi, e 28 e 29, com desfiles a competição, na Praça de Touros Carlos Relvas. Para além das marchas a concurso haverá participações especiais das marchas da APPACDM de Setúbal e marchas infantis da União Desportiva e Recreativa das Pontes e da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense.

lugares a adjudicar. O edital da Feira de Sant’Iago 2019 define ainda que os comerciantes que pretendam ocupar o parque de apoio a feirantes devem manifestar essa vontade, por escrito, no ato de contratualização.

De Setúbal a Marrocos à boleia de uma boa causa

Universitários setubalenses vão distribuir bens doados nas escolas marroquinas

Ana Rita Rebelo Fotos: CMS

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A tradição das Cegadas

Carlos Crispim e Bruno Frazão são os autores dos textos

DOIS JOVENS ESTUDANTES DE SETÚBAL PARTIRAM, NA PASSADA SEXTA-FEIRA, PARA UMA VIAGEM DE NOVE DIAS PELO DESERTO DE MARROCOS, ONDE VÃO ESTAR A DISTRIBUIR BENS ÀS ESCOLAS ATÉ AO PRÓXIMO DIA 3 DE MARÇO

ernardo Barreto, de 21 anos, e Gonçalo Rosa, de 20, estudantes de engenharia, formam “Os Areias” e são uma das duplas protagonistas da oitava edição da UniRaid, uma prova solidária destinada a universitários de vários países. Na bagageira de um Renault Twingo com mais de 20 anos, decorado com imagens da cidade, levam 110 quilos de bens doados, como mate-

As crianças vibram com as marchas populares

Dois jovens estudantes setubalenses à busca da aventura solidária em terras de Marrocos

rial escolar, roupa e brinquedos, em caixas de cartão. “O mínimo era 40 quilos e nós vamos levar 110”, conta Gonçalo, que só lamenta não poder contribuir com mais porque “já não cabe”. Os preparativos desta aventura levaram um ano. “Comecei a ver fotografias da edição passada e fiquei logo entusiasmado. Fiz uma pesquisa e perguntei ao meu primo se alinhava em ir comigo nesta viagem”, lembra o jovem, que esteve reunido com o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Setúbal na

Praça do Bocage, de onde deram início à prova. “É com muito orgulho que vemos iniciativas como esta a projetar o nome da cidade pelo mundo”, afirma, em declarações ao Jornal Concelho de Palmela, o vereador Pedro Pina. O UniRaid, iniciativa de origem espanholha, reúne este ano cerca de 15 equipas portuguesas, cada uma composta por dois elementos. A viagem é realizada em veículos com mais de 20 anos e tração a duas rodas.

A ACTAS em parceria com o Grupo Desportivo Independente faz reviver as Cegadas na cidade do Sado. A tradição carnavalesca conta com as cegadas com uma dupla de criadores, com a “Cegada da Velha guarda” com textos de Carlos Crispim e “Cegos, surdos e quase mudos” com textos de Bruno Frazão. Os temas em torno de temas da atualidade prometem divertir o público em quase duas horas de espetaculo, versado, rimado e acompanhado à viola e à guitarra de Manel Carlos Casalão e Carlos Pinto. Os atores participantes são Alcides Soares, Bruno Frazão, Joaquim “Bife”, Miká Nunes, Dulce Marcos, João Oliveira, Elias Chaves, Catarina Chaves, Clara Magalhães

e Sara Margarida. O próximo espetáculo das Ceada realiza-se no 03 de Março, às 16 h00.


26 FEVEREIRO 2019 // SEGURANÇA

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Apartamento estava em obras de remodelação

Atropelado na zona do Fórum Montijo

Queda de parede causa dois feridos em Setúbal

Ferido leve em atropelamento O alerta chegou aos meios de socorro pelas 20h20 da passada sexta-feira, um atropelamento rodoviário junto ao Fórum Montijo provocou um ferido leve. Segundo fonte dos bombeiros do Montijo a vítima terá ficado com algumas escoriações

AS CAUSAS DA QUEDA DA PAREDE DE UM APARTAMENTO ESTÁ A SER INVESTIGADA PELAS AUTORIDADES. O ACIDENTE CAUSOU DOIS FERIDOS, UM DELES COM GRAVIDADE, TUDO ACONTECEU NA PASSADA QUARTA-FEIRA NUM PRÉDIO NA CIDADE DE SETÚBAL

sendo assistido pelos operacionais no local e transportada para o Hospital do Barreiro. Para o local foram mobilizados dois operacionais e uma ambulância, a GNR esteve no local e está a investigar as causas do acidente.

ÚLIO DUARTE

nformacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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ois homens ficaram feridos, um deles com gravidade, depois da queda de uma parede num apartamento na praceta Manuel Nunes de Almeida, em Setúbal. Tudo terá acontecido pelas 11h06 da passada quarta-feira, quando dois trabalhadores da construção civil estavam no nono andar do número 17 e uma das paredes terá caído atingindo os trabalhadores. Os meios foram acionados para o local com 17 operacionais apoiados por 8 viaturas dos bombeiros e da

PSP. As causas do acidente estão a ser

investigadas pelas autoridades.

Reforço de uma nova viatura marca aniversário dos Sapadores

Direitos Reservados

A vítima ficou com escoriações

Acidente aconteceu na sexta-feira à noite

Sapadores de Setúbal Ciclista fica assinalam 233.º aniversário ferido em colisão

na Palhota Direitos Reservados

créditos: CMS A capacidade operacional da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal (CBSS), reforçada com um novo veículo, foi destacada, na manhã de dia 21, pelo vereador da Proteção Civil e Bombeiros da Câmara Municipal de Setúbal, Carlos Rabaçal, nas comemorações dos 233 anos da instituição, nos Pa-

Vereador da Proteção Civil saúda bombeiros

ços do Concelho. “Setúbal tem assistido na última década a importantes mudanças no sistema municipal de proteção e socorro”, disse, sublinhando o empenho municipal para “manter viva esta companhia de bombeiros, sempre com todo o sentido de responsabilidade que é exigível a quem tem

de gerir recursos sempre escassos”. O recado de Rabaçal dirigia-se ao Governo, a quem lembrou que espera ver concluído o processo de progressão nas carreiras dos sapadores, congelado pelo anterior executivo, e critica pela falta de um estatuto socioprofissional dos bombeiros profissionais.

A vítima já é conhecida das autoridades pelo mesmo tipo de acidentes

Uma colisão entre um veículo ligeiro e um velocípede terá provocado um ferido, o acidente ocorreu pelas 20h58 da passada sexta-feira na Estrada Municipal 533 (Estrada dos Espanhóis) na zona da Palhota, em Pinhal Novo. Os bombeiros receberam o alerta e mobilizaram para

o local 9 operacionais apoiados por 3 meios terrestres. O JCP apurou junto de fonte policial de que o ciclista estava com álcool no sangue, o homem foi assistido no local pelos bombeiros de Pinhal Novo e transportado à unidade hospitalar.


DESPORTO // 26 FEVEREIRO 2019

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Empate no jogo e nas expulsões

Visitantes podiam ter levado goleado

1º Dezembro marca Palmelense bate Barreirense aos 96 minutos A equipa de Jaime Margarido realizou um jogo de luxo frente ao Barreirense e a vitória de 2/1 só peca por escassa. Os golos do Palmelense foram mar-

O PINHALNOVENSE NÃO CONSEGUIU SEGURAR A VITÓRIA, SOFRENDO O GOLO DO EMPATE NO ÚLTIMO MINUTO DOS SEIS DADOS PELO ÁRBITRO CARLOS CABRAL, QUE SAIU DO CAMPO SANTOS DEBAIXO DE UM ENORME CORO DE ASSOBIOS. OS TREINADORES DE AMBAS AS EQUIPAS FORAM EXPULSOS E DIEGO ZAPORO FOI CARREGADO DENTRO DA ÁREA, MAS O ÁRBITRO IGNOROU A GRANDE PENALIDADE. JUCA MEIRELES

Pinhalnovense viu empate ao último minuto

Fotos: DIÁRIO IMAGEM

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ma tarde soalheira que merecia mais adeptos, com a equipa do Pinhalnovense a começar a partida ligeiramente adormecido nos primeiros quinze minutos, mas a partir daí mostrou ao 1º Dezembro que quem manda no Santos Jorge são aos azuis e brancos. Depois de algumas faltas durinhas, que o árbitro não assinalou, com a entrada de Marco Bicho, que substituiu o lesionado Carlitos, Feiteira coloca a redondinha na cabeça de Diego Zaporo e o ponta de lança inaugura o marcador. O 1º Dezembro empata a partida aos 42 minutos, de uma forma caricata, pois o guardião do Pinhalnovense atirou a bola para a marcação de um livre, que não foi assinalado pelo árbitro, e Meireles faz o golo do empate. Um minuto depois Diego é carregado na área ficando por assinalar uma grande penalidade. Quase a terminar a primeira parte, o treinador Luís Manuel recebeu ordem de expulsão

do árbitro e foi fazer companhia ao treinador do 1º Dezembro, Bruno Alvares que também tinha sido expulso. Aos 10 minutos da etapa complementar Álvaro Jaló marca o segundo golo perante uma grande explosão de alegria dos adeptos. O jogo continua em ritmo acelerado, com os jogadores a serem brindados com amarelos, o árbitro dá seis minutos de compensação e no último minuto César Medina marca o golo da igualdade perante um enorme coro de protestos, pois o golo foi precedido de uma falta não assinalada pelo juiz da partida. Na próxima jornada o Pinhalnovense desloca-se ao campo do Louletano, enquanto o Olímpico do Montjo, que venceu por 3/1 o Redondense, irá defrontar o 1º de Dezembro. Momentos do jogo 13’ – Falta dura sobre Carlitos do Pinhalnovense

21’ – Amarelo para Álvaro Jaló 35’ – Amarelo para o capitão do 1º Dezembro, Luisinho 38’ – Sai Carlitos ressentido de carga dura, entra Marco Bicho 40’ – Diego marca 1º golo da partida 42’ – Golo de Meireles, que empata a partida 43’ – Diego carregado na área e fica por assinalar uma grande penalidade 44’ – Luís Manuel, treinador do Pinhlnovense é expulso 45’ – Amarelo para Diego 53’ – Amarelo para Romário 58’ – Golo de Álvaro Jaló e o Pinhalnovense passa para a frente 61’ – Substituição de Ary por Canina 79’ – Sai Serge Brou do 1º Dezembro e entra Dinis Franco 85’ – Sai Diego e entra Diogo Tavares 90+2’ – Amarelo para João Guilherme 90+4’ – Amarelo para Álvaro Jaló 90+6’ – Golo do empate de César Medina

Campeonato da II Divisão Distrital

Águas de Moura impõe mais uma goleada A equipa do Águas de Moura, que regressou esta época à prática do futebol, foi ao campo do Juventude Cercalense para impor uma goleada de 4/1. O Lagameças deslocou-se ao Melindense conseguindo conquistar um

cados por Scara, aos 17’ e Valter, aos 45’. O Barreirense reduziu aos 85’. No próximo dia 2 de Março o Palmelense desloca-se ao campo do Charneca da Caparica.

ponto com o empate de 1/1. O Quintajense ofereceu excelente réplica ao Estrela de Santo André com os visitantes a ganharem pela margem mínima de 2/3. No dia 2 de Março, o Lagameças vai jogar ao campo

do Estrela de Santo André, enquanto o Quintajense tem uma deslocação difícil ao campo do Comércio e Indústria, o actual líder.

Barreirense sai derrotado do campo Cornélio Palma

Natação Adaptada

Simone Fragoso e João Cruz sagraram-se Campeões Nacionais A Câmara de Palmela aprovou uma saudação aos nadadores da Palmela Desporto, Simone Fragoso e João Cruz, Campeões Nacionais de Natação Adaptada. Na saudação destaca-se que “João Cruz e Simone Fragoso, nadadores da Palmela Desporto, conquistaram seis (6) títulos nacionais e bateram cinco recordes nacionais, no Campeonato Nacional de Inverno de Natação Adaptada, que decorreu na Guarda, nos dias 16 e 17 de Fevereiro. João Cruz sagrou-se Campeão Nacional de Inverno e bateu os recordes nacionais nos 100m mariposa, 200m estilos e 50m livres, na classe S12. Por sua vez Simone Fragoso, sagrou-se Campeã Nacional de Inverno e bateu os recordes nacionais nos 100m bruços na classe S5 e nos 50m mariposa em Absolutos (classe S1 a S14) e na classe S5”.

Ricardo Pires sagra-se Campeão Nacional de Cadetes

A Câmara Municipal de Palmela aprovou uma saudação ao judoca Ricardo Pires, do Judo Clube Pinhal Novo, que se sagrou campeão no Campeonato Nacional de Cadetes, realizado no dia 9 de Fevereiro, em Portimão. A saudação refere: “O judoca Ricardo Pires, do Judo Clube Pinhal Novo, sagrou-se Campeão Nacional de Cadetes, na categoria -50kg, no Campeonato Nacional de Cadetes. Para além do título alcançado Ricardo Pires foi selecionado pela Federação Portuguesa de Judo para participar na Taça da Europa de Fuengirola – Málaga, Espanha, que se realizou nos dias 16 e 17 de Fevereiro. Esta prova conta para o apuramento para o Campeonato da Europa de 2019, que se realiza em Junho, em Varsóvia, na Polónia”.


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