Jornal Concelho de Palmela | Edição 35

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SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº35 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | QUARTA-FEIRA | 6.03. 2019

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

PRISÃO PREVENTIVA PARA O AUTOR DO DISPARO CONTRA MILITAR DA GNR EM CABANAS P.14

HORA DO FECHO

CVRPS TROCA P.11 PALMELA POR LISBOA PARA PROMOÇÃO DOS VINHOS DA PENÍNSULA

“Lema é salvar uma vida é um direito de todos” P.8 e 9

R

ui Torres é um dos coordenadores do Núcleo de Dadores de Sangue dos Bombeiros Voluntários de Palmela que esteve à conversa com o JCP e contou-nos

como nasceu aquele núcleo que tanto tem dado à sociedade civil com as suas colheitas de sangue que realiza ao longo do ano na freguesia de Palmela

DESPORTO

P.15

PALMELENSE DE VOLTA ÀS VITÓRIAS DANDO ALEGRIAS AOS SEUS ADEPTOS

SETÚBAL

P.12

SIMULACRO TESTA MEIOS AUTÁRQUICOS DA CIDADE NUMA OPERAÇÃO ESTUDADA PELOS VÁRIOS AGENTES DA PROTEÇÃO CIVIL MONTIJO

P.11

CARNAVAL ENCHE AS RUAS DA CIDADE COM CENTENAS DE VISITANTES QUE NÃO QUISERAM PERDER PITADA DO CORSO DE 2019


PRIMEIRA HORA // 6 MARÇO 2019

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Sessão da Assembleia Municipal ao ritmo de moções DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

Os dinheiros públicos... Esta semana o meu editorial vai falar-vos do que se passou na última Assembleia Municipal de Palmela e da forma displicente como são gastos os dinheiros públicos. Teresa Marto, membro da bancada da Coligação Palmela Mais, retirou da sua mala cinco boletins municipais, que informam de toda a atividade da Câmara Municipal aos munícipes, e referiu de que todo aquele material foi encontrado num caixote de lixo do condomínio do seu prédio, sito em Pinhal Novo. A história ainda ficou mais alarmante quando no uso da palavra, o Presidente da Câmara Municipal referiu de que aquilo não seria tão grave como a colocação de boletins municipais em casas abandonadas e em ruínas que se encontram no Centro Histórico de Palmela. Um assunto que nos deixou a pensar como são geridos atualmente os dinheiros de todos os contribuintes do concelho de Palmela e não só. Tive curiosidade e fui pesquisar quanto pode custar uma publicação de alta qualidade como tem o boletim municipal “Palmelainforma” e deparei-me com um contrato por consulta prévio datado de 26 de setembro de 2018 com um valor de 8.736 euros para a execução de 3 edições do documento informativo. Fazendo as contas às 3 edições – 15 mil exemplares/edição – a Câmara Municipal de Palmela paga 2.242,24€ + IVA de cada edição impressa, muito dinheiro para que os distribuidores não façam a entrega como deve de ser e em lugares próprios. Uma preocupação que deveria ser partilhada por todos os munícipes deste concelho pela necessidade de estarem atentos aos dinheiros que são gastos pelo Município, se são ou não bem aproveitados. A minha opinião é de que faz sempre falta informação, mas também faz falta uma fiscalização apertada, neste caso fiscalização na distribuição do boletim municipal “Palmelainforma”. Gostaria de deixar neste final a informação de que o Jornal Concelho de Palmela está a ser distribuído excecionalmente à quarta-feira, pois o Carnaval assim nos obrigou. Boa semana e boas leituras!

Deputados pediram esclarecimentos sobre situações A SESSÃO DA ÚLTIMA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, CUJA ORDEM DE TRABALHOS APONTAVA PARA SER RÁPIDA, ACABOU POR SER ALARGADA COM A DISCUSSÃO DAS MOÇÕES E OS PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO, MAIS DE TRINTA, DOS DEPUTADOS MUNICIPAIS Elsa Peres

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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s moções e pedidos de esclarecimento dos deputados marcaram o andamento demorado da sessão, que começou com a moção sobre o Dia Internacional da Mulher apresentada pela bancada da CDU, aprovada por unanimidade, onde se apelava “às mulheres deste município de Abril que demonstrem a urgência de lutar para que os direitos das mulheres se cumpram”. Da bancada do PSD/CDS veio a moção/proposta que defende a Prevenção e Combate à Violência Doméstica, aprovada por unanimidade, que entre outras sugestões “recomenda a criação de um gabinete de apoio à vítima, inclusive crianças, num espaço da câmara municipal”. A terceira moção foi apresentada por Tânia Ramos do BE, que apontava para “o combate à violência de género” e sugeria medidas ao Governo, nomeadamente a “alteração das molduras penais para os crimes de violência doméstica, sexual e contra menores” e “aplicação das medidas de coação, proibição de contacto e imposição de condutas ao crime de perseguição, pois é um pas-

so para garantir a proteção da vítima durante a fase de inquérito”. A moção foi aprovada com os votos a favor do BE, MIM e PS e as abstenções da CDU e do PSD/CDS. Voto de pesar Maria Rosa Pinto, da bancada do PSD/CDS apresentou um voto de pesar pela morte do empresário vinícola Horácio Santos Simões, que foi aprovado por unanimidade. O empresário recebeu no ano passado a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro e a preponente da moção não resistiu a comentar “ainda bem que demos a condecoração antes de falecer”. Deputados pedem explicações sobre problemas O deputado socialista José Carlos Sousa considerou “uma falta de sentido de responsabilidade e de estética o tipo de iluminação que não se coaduna com nada na ciclovia”. O deputado alertou também para a necessidade de “reequacionar a situação dos semáforos no cruzamento da Infante D. Henrique com a rua António Sérgio, para que não se perca tanto tempo, pois neste sítio não havia congestionamento de trânsito”. Teresa Marta, da Coligação Palmela Mais, trouxe uma longa lista de alertas, onde destacamos os “elevados preços praticados pela Palmela Desporto e não existe vantagem alguma para utilizarmos os serviços públicos de natação no concelho de Palmela”.

Teresa Marta levantou alguns problemas do concelho

Membros da Assembleia Municipal de Palmela aquecem noite em Palmela

A deputada manifestou ainda uma grande preocupação “porque há um número significativo de pessoas a pedirem nas entradas das superfícies comerciais de Pinhal Novo”. O bloquista Carlos Oliveira quis saber “porque estão paradas as obras da ciclovia”. Também a deputada centrista Rosa Pinto apresentou várias situações, entre elas “quando é que temos acesso ao relatório sobre o Espaço Fortuna”, “qual a situação do Mercado de Quinta do Anjo, da Socar e da Urbanização da Quinta do Outeiro”. O deputado José Manuel Silvério (PS) quis saber “se está prevista a repavimentação da estrada de ligação do Poceirão à Loja Nova”. O presidente Álvaro Amaro esclareceu as questões: A iluminação na ciclovia “é feita com lâmpadas led”, enquanto os semáforos no cruzamento da Infante D. Henrique/António Sérgio “foram colocados a pedido da urbanização Quinta de Matos” e “os congestionamentos acontecem também onde não há semáforos, mas deixaram de haver reclamações desde que afinámos os semáforos”. O edil esclareceu que a abordagem dos preços praticados na empresa municipal “é falaciosa porque se esquece de mais de mil crianças carenciadas que vão à natação”, mas “se os preços dos privados são tão bons não estejam preocupados com a Palmela Desporto”. O edil informou que as “obras da ciclovia estarão concluídas em finais deste mês”. Álvaro Amaro prometeu fazer

“chegar à Assembleia as contas da ADREPAL” e “iremos lançar o concurso para a requalificação da Quinta do Outeiro”. Sobre o ponto da situação do Mercado de Quinta do Anjo “em breve teremos notícias sobre a intervenção no telhado e na pintura”. A intervenção na Estrada de ligação do Poceirão à Loja Nova, revelou Álvaro Amaro, “terá que ser repavimentada por troços com recurso a um empréstimo”. Pontos Positivos da sessão Os deputados da oposição pediram explicações de mais de três dezenas de problemas que afetam o concelho, o que demonstra a atenção com que seguem atentamente a vida da comunidade. Destacamos também a apresentação de moções sobre a violência doméstica que continua a afetar cada vez mais vítimas. As moções apresentaram também sugestões ao executivo para combater este flagelo. Pontos Negativos O poder de síntese não é uma das qualidades do presidente da Câmara, apesar dos constantes alertas de Ana Teresa Vicente. Nesta sessão teve mais um seguidor, o socialista José Carlos de Sousa, que quis mostrar que sabia todos os passos da lei de igualdade de género. Como diria o Diácono Remédios popularizado por Herman José “não havia nexecidade…”.

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Miguel Garcia | Isabel de Almeida | Pedro Carvalho | Júlio Duarte | João Aguiar Cadete | Elsa Peres Cronistas: António Correia | Tiago Machado | Fátima Brinca | António Vinagre Direção de arte & design: Ricardo Silva Serviços Administrativos: Paulo Martins Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Pinhal Novo Contactos: 212 362 317 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@jornalconcelhodepalmela. pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Email Geral: geral@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


6 MARÇO 2019 // ATUALIDADE

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Vinhos da região de Setúbal aposta na SISAB 2019

Península de Setúbal quer aumentar exportação de vinhos PREVISÕES DOS PRODUTORES APONTAM PARA UM CRESCIMENTO NO MERCADO NACIONAL E NAS EXPORTAÇÕES Ana Rita Rebelo

Fotos: Diário Imagem

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volume de vendas dos vinhos da Península de Setúbal deverá continuar a crescer este ano a um ritmo idêntico àquele que se tem assistido, assumem os empresários ouvidos pelo Jornal Concelho de Palmela. Os produtores querem aumentar as exportações e estimam grandes encomendas em países estratégicos como os Estados Unidos, Angola e Brasil. “A Penísula de Setúbal está numa rota positiva. Somos, atualmente, a terceira região com maior volume de vendas de vinhos em Portugal. Temos excelentes condições para dar que falar no país e, em poucos anos, nos mercados de exportação”, garante Filipe Cardoso, enólogo e administrador da Sociedade Vinícola de Palmela (SIVIPA), em declarações ao JCP, à margem do 24ª Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas, que decorreu de 25 a 27 de fevereiro, em Lisboa. No ano passado, as vendas da SIVIPA cresceram 5% face a

2017, atingindo um volume de faturação de, praticamente, um milhão e 800 mil euros. Para esta subida muito contribuiu a recuperação do mercado angolano, que vinha a registar perdas desde 2015, seguido da China, Brasil, Inglaterra, Dinamarca e Holanda. Em 2019, prevêem aumentar em 20% a faturação, num ano em que preparam a entrada no Canadá. Filipe Cardoso levanta um pouco mais um pano e destaca ainda o lançamento de um vinho branco com 10 anos e do moscatel Terras do Sado. Contas feitas, também Hélder Galante, diretor da Malo Wines, está satisfeito com os números. Reconhece, no entanto, que a primavera chuvosa e a onda de calor de agosto em 2018 afetaram-lhe a colheita, com as castas tintas a registarem uma quebra “significativa”. Mesmo assim, e graças à performance dos portugueses e de mercados como a China, Japão e Angola, o ano foi de fartura. As vendas cresceram 35%, totalizando um milhão e 100 mil euros. Segundo adianta, a Malo Wines vai investir este ano na promoção dos seus vinhos nos Estados Unidos, mercado que é apontado como “uma oportunidade”, porque “tem maior poder de compra”. Quanto a novidades,

será lançado um moscatel roxo e uma aguardante bagaceira. Já Joana Vida, da Venâncio da Costa Lima, prevê um cenário mais moderado. “Somos uma empresa nacional com 100 anos. Faz parte dos nossos objetivos incrementar as exportações, mas estamos conscientes de que será mais difícil porque não tínhamos histórico”, diz. Atualmente, as exportações deste produtor representam apenas cerca de 15% do total das vendas. Do lado da Adega de Palmela, Ricardo Rosa admite vir a duplicar ou triplicar as vendas, que registaram um crescimento de 10% em 2018, para oito milhões de euros. “Vendemos todo o vinho que tínhamos na adega”, realça, sublinhando que no topo dos países que mais consumem os vinhos estão Portugal, com 85% da quota de mercado, China, Brasil e Angola. Para o responsável, a chave do sucesso está na melhoria da qualidade das vinhas e dos equipamentos, a par de um trabalho de promoção, no qual têm investidos dois milhões de euros. Este ano, deverão apresentar ao mercado três marcas próprias e registadas. A América do Norte e a Europa do Norte são o principal target dos novos produtos.

Vinhos da Península de Setúbal apostam em mercados internacionais

SOCIEDADE FILARMÓNICA PALMELENSE “LOUREIROS” Convocatória Ao abrigo do Art.º. 44 dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Sociedade Filarmónica Palmelense "Loureiros" a reunir no próximo dia 19 de Março do corrente ano, pelas 20:30h, na sede da Colectividade, no Largo dos Loureiros em Palmela, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º - Deliberar sobre a aprovação do Relatório e Contas – 2018 2º - Eleição dos Corpos Sociais para o Biénio de 2019-2020. Conforme estabelece o Art.º. 43 dos Estatutos, se à hora marcada não estiver presente o número legal de sócios, funcionará a referida Assembleia uma hora depois, com qualquer número de associados presentes e a mesma Ordem de Trabalhos.

A partir deste momento e até 72 horas antes da data e hora da Assembleia, a Mesa da Assembleia Geral, encontra-se apta a receber listas de sócios, que se queiram candidatar à Eleição para os Corpos Sociais, sendo as mesmas subscritas por um número mínimo de pelo menos, vinte e cinco associados. Das listas deverão constar os nomes completos e legíveis, o número de sócio dos candidatos e cargos a que se candidatam. Palmela, 20 de Fevereiro de 2019 P´lo Presidente da Assembleia Geral Victoriano José Pereira da Costa Coelho

Largo dos Loureiros, nº 1 2950-207 PALMELA. Tef. 212 350 178 / 210 841 799 Fax 212 350 178 www.loureiros.org - email: geral@loureiros.org

SISAB uma montra gigante de promoção aos vinhos da região


ATUALIDADE // 6 MARÇO 2019

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Coligação Palmela Mais apresenta voto de pesar Fátima Brinca CRONISTA

O Pinto brincalhão Esta crónica é dedicada ao meu amigo Pinto, que comigo viveu momentos de luta, já lá vão quase 50 anos, na empresa Movauto. Confesso que foi com um enorme orgulho, que integrei algumas comissões de trabalhadores, onde vencemos muitas lutas, tivemos muitas vitórias e também alguns dissabores. As reuniões, aquelas malditas reuniões, onde se discutiam tostão a tostão, mais uma reivindicação, menos um desconto, enfim tudo para benefício dos trabalhadores, que pouco ou nada tinham e era tempo de ter o que mereciam. O meu amigo Pinto lembra-se de episódios caricatos, que acabavam por resultar em brincadeiras engraçadas, que ainda hoje guardamos no baú das memórias. A crónica hoje relembra um episódio, que o Pinto teve a simpatia de me recordar. Enquanto decorria mais uma cansativa reunião entre a comissão de trabalhadores e a administração, o director da empresa ligou para Lisboa para saber o resultado das conversações e atendeu-a a secretária da administração. Pensando estar a falar com a autora destas crónicas perguntou: “Fátima Brinca ?”. Do outro lado, a secretária que também era Fátima respondeu-lhe com certa deselegância “aqui a Fátima não brinca!”. Perante tal resposta o director da empresa desligou o telefone e a secretária foi até à administração queixando-se “o director da Movauto não foi nada educado, pois perguntou-me se eu era Fátima Brinca, eu respondi-lhe que não me apetecia brincar e ele desligou-me o telefone”. A risota foi geral e lá foram feitas as explicações, com a secretária a ter que telefonar para o director a pedir-lhe desculpa e a dizer que ia fazer a ligação à Fátima Brinca. Não sei se o episódio caricato teve influência, mas a reunão acabou rapidamente com a aprovação das reivindicações exigidas pelos trabalhadores.

PSD e CDS apresentam voto de pesar por falecimento de empresário vinícola A BANCADA DA COLIGAÇÃO PALMELA MAIS (PSD/CDS) APRESENTOU, NA ÚLTIMA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, UM VOTO DE PESAR A HORÁCIO SIMÕES. ROSA PINTO DEIXOU NO AR RECADOS ÀS HOMENAGENS QUE O MUNICÍPIO DE PALMELA TEM REALIZADO Miguel Garcia

Fotos: Diário Imagem

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oi através da bancada da Coligação Palmela Mais (PSD/ CDS) que o voto de pesar ao falecimento do empresário vinícola, Horácio S. Simões, foi apresentado. Rosa Pinto (CDS) foi quem leu o documento, deixando nos “intervalos” algumas considerações à forma como como o Município de Palmela tem selecionado os homenageados aquando da entrega da medalha do concelho.

Coligação Palmela Mais deixa “recados” aos membros da Assembleia Municipal

“Horácio Simões recebeu a medalha do concelho ainda vivo, e, é em vida que se devem fazer as homenagens”, referiu a responsável do CDS em Palmela. Empresário vinícola, Horácio

Todas as terças-feiras numa banca perto de si SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA

S. Simões tinha 97 anos e morreu a 14 de fevereiro deste ano. O voto de pesar lembra ainda o percurso que o empresário realizou na Casa Agrícola Horácio Simões e na Sociedade Vinícola

de Palmela (SIVIPA), sendo reconhecido o seu mérito pela Câmara Municipal em 2017 com a atribuição da medalha de mérito, Grau Ouro.


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CULTURA & ASSOCIATIVISMO // 6 MARÇO 2019

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Associativismo Local

«Vamos tentar elevar esta casa ao nível que já teve no passado» MÁRIO RUI, PRESIDENTE DO GRUPO DESPORTIVO E RECREATIVO AIRENSE, FAZ AO JCP UM BALANÇO DE UM ANO DE MANDATO E APRESENTA AINDA ALGUNS DOS PROJECTOS PARA O FUTURO. Carmo Torres

Fotos de Diário Imagem

Qual o balanço que faz deste primeiro ano de mandato? Posso dizer que tem sido um mandato positivo. Em primeiro lugar, o ano de 2018 foi um ano difícil, em que tínhamos agarrado neste espaço com imensas dívidas. Algumas das direções que passaram por cá esqueceram-se dessas dívidas e voltaram-se para outros contextos, mas esta direção entendeu que devíamos honrar essas dívidas, se o Airense deve, tem de pagar, e foi isso que fizemos. Neste momento temos as dívidas todas saldadas e conseguimos terminar o ano com um pequeno saldo positivo. O ano de 2019 será o ‘ano I’, em que vamos apostar em muito mais espectáculos e em novas actividades, e vamos tentar elevar esta casa ao nível que já teve há muitos anos atrás.

res eram mais próximas, estavam mais dispostas para colaborar e trabalhavam muito em prol das actividades. Os fundadores e anteriores direções começaram com um pequeno espaço e foram-no acrescentando a pouco e pouco até chegar ao que é hoje. Em relação às actividades que foram sendo feitas, entre elas o concurso dos ‘Vestidos de Chita’, era algo a que os airenses aderiam imenso, mas agora desacreditaram-se um pouco porque as direções que têm passado por aqui estavam apenas uns meses e acabavam por encerrar o espaço. Numa colectividade ou associação, quando as coisas são interrompidas ou não seguem o seu percurso normal, automaticamente as pessoas começam a perder a sua afectividade e afastam-se. Neste momento estamos a tentar dar a volta a tudo isso, a agarrar nisto e impulsionar as actividades, trabalhando para que as pessoas de Aires voltem ao Airense, porque o clube é deles, não é nosso, estamos apenas de passagem. Virão a seguir outras direcções que farão o mesmo ou melhor, impulsionando até novas actividades.

Em que ponto está a construção de uma nova sede? Continua nos nossos horizontes. Neste momento já falámos com a vereadora do urbanismo, em que lhe apresentámos um dos projectos que teve o parecer da Câmara Municipal, mas no qual têm de ser feitas alterações e teremos de ter para isso a medição exacta do terreno, algo que vamos pedir aos serviços camarários. A nossa actual sede está num espaço alugado desde 1956, e para o qual até tínhamos um outro projecto para dar continuação a este espaço, mas teria sempre de ter o aval do proprietário. Acho que poderíamos fazer daqui algo que poderia vir a dar muitos frutos, tanto para o Airense como para o proprietário. A história do Airense é muito rica. Como vê o antigo e actual Airense? O Airense era o clube desta população de Aires, mas que também tem vindo a crescer muito, e uma parte passou a ser praticamente dormitório. Antigamente as pessoas de Ai-

Quantos sócios tem o Airense? Actualmente temos 222 sócios, mas pagantes temos cerca de 25 a 30 por cento. E somos uma colectividade que vai sobrevivendo com as poucas actividades que aqui desenvolvemos. E em relação à oferta de activi-

Mário Rui fez o balanço do primeiro ano de presidência dades, o que preparam? Temos a porta aberta e queremos que todos venham até ao Airense, participem e se divirtam. Na área cultural estamos a preparar imensas actividades, entre bailes, noites de karaoke, festa dos santos populares para os quais já temos contratos fechados. No dia 2 de Março teremos o Nuno Lopes e estamos a preparar as comemorações do 25 de Abril e o almoço do 1.º de Maio, o Dia da Mulher, festas de Halloween e passagens de Ano. Ponderamos regressar aos concursos de vestidos de chita, algo que em tempos teve muito sucesso. Eram as mães que faziam os vestidos para as filhas, que vinham depois desfilar, e algo a que as pessoas de Aires aderiam em massa. Já tivemos aqui bailes e no Dia dos Namorados também fizemos uma festa, que contou com pessoas de mais idade, porque os mais novos não aderiram tanto, mas o que é certo é que as pessoas se divertiram. E no campo do desporto? Em termos desportivos, temos o taekwondo e a ginástica a funcionar durante a semana. No primeiro caso temos alguns miúdos, e em Março vamos avançar com uma campanha junto das escolas e igreja para cativar mais alunos e para dar conhecimento de que o Airense tem esta actividade. No caso da ginástica, a adesão

não foi a que esperávamos, até porque no passado chegámos a ter duas classes, cada uma composta por vinte a trinta pessoas, mas ainda não atingimos esse patamar, mas estamos confiantes que iremos conseguir. E em relação às festas de Aires? Aí temos de separar um pouco as coisas. As festas podem ter tido início com o Airense, mas haveria uma comissão à parte que fazia a gestão. Neste momento não temos condições para fazer essas festas com a grandeza que já chegaram a ter. Contam com apoios institucionais? Apresentámos já o nosso plano de actividades à Câmara Municipal de Palmela dentro dos prazos estipulados. O ano passado tivemos comparticipações nas actividades e ao nível desportivo e neste momento pensamos que voltaremos a ter esse apoio. Lamentavelmente o ano passado a Junta de Freguesia de Palmela, apenas uma reunião que tivemos com eles afirmaram que iriam fazer um protocolo connosco, mas para nosso espanto, fomos informados que este ano, de novo, o Airense não teria protocolo com essa entidade, porque esse protocolo foi feito com outra associação. Mas se conseguimos sobreviver num ano em que tínhamos

imensas dívidas, provavelmente também iremos sobreviver sem apoios este ano, trabalhando muito e criando novas actividades que possam atrair os airenses e não só a visitarem o clube e com isso suportar as despesas que o clube tem. Por ser presidente do Airense e ter um cargo político na Assembleia de Freguesia, pode estar a ser prejudicado? Não queria pensar nas coisas nesses moldes. Temos de saber separar as águas, até porque o senhor presidente da Junta de Freguesia também é presidente de uma associação, que não vai deixar de ter um protocolo que já existe há algum tempo, antes mesmo de ele ser presidente da Junta. A instituição Airense, ou outra qualquer, não tem qualquer ligação com o facto de eu ou qualquer outro elemento da direcção, ter cargos políticos. E desejos para o futuro? São simples: que as pessoas de Aires acreditem em nós, e estamos aqui para desenvolver um trabalho em prol da cultura e do desporto, lutando para atingir um objectivo não apenas a que nos propusemos, mas também os objectivos que a população espera de nós. E deixo o convite para que nos venham visitar e conhecer estes projectos.


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ENTREVISTA // 6 MARÇO 2019

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Núcleo de Dadores de Sangue dos Bombeiros de Palmela prestam ato cívico em todas as suas colheitas

ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

‘A dádiva de sangue é um acto cívico’

Hoje a crónica ‘cheira mal’ Nas conversas que um grupo foi tendo ao longo de uns 4 anos, procurámos ver, nas nossas memórias, as mudanças trazidas pelo tempo. Pode parecer estranho, mas um dos temas sobre que nos debruçámos foi o que está relacionado com os nossos cocós e chichis. Não sei bem como começar porque corro o risco de ser malcriado. Se usasse o latim eu diria: “o que mudou desde o cacatorium à casa de banho”. Mas dirão: “Mas porque raio vem p’ra aqui o latim?” Era para não escrever cagadoiro, que é assim que se diz em português, e não há palavra com o mesmíssimo valor que a substitua. Sendo assim, vamos lá: O que vai do cagadoiro à casa de banho. Houve tanta mudança nos últimos sessenta, setenta anos. Vejamos: Quando éramos novitos (estou a referir-me a gente da minha idade; tudo na casa dos 80!) a começar logo de manhã ou p’lo dia adiante, era ver o pessoal a esconder-se agachado atrás de muros, valados, etc, a aliviar a tripa. Lembro-me que o meu avô, já velhote e trôpego, tinha um cagadoiro (assim mesmo) privativo, tapado com uns cavacos, ao fundo dum quintal. Era tosco mas dava-se ao respeito! Nada de brincadeiras da miudagem por ali perto… o respeitinho é sempre bonito. O pessoal feminino, em casa tinha o penico (é assim mesmo o nome técnico); era também para o masculino, chichis e o resto, quando havia desarranjos de noite. O que era deixado na rua lá ficava às moscas e a secar ou, a fazer de ratoeira a quem, descuidado, o pisasse, e a incomodar o olhar e o nariz a quem passasse. O que era feito no penico passava para a tigela da casa. Neste caso houve alguma evolução nos costumes. É que, mais antigamente, havia gente – mulheres escravas ou livres mas muito pobres, que vinham fazer o despejo com um calhandro, isso mesmo; era um vaso cilíndrico,

normalmente metálico, com duas asas, que era transportado à cabeça. É daí que vem a palavra calhandreira, porque quem ia fazer esses despejos, fazia-o por uma porta das traseiras, se a houvesse, e pelo que via e ouvia ficava a saber os segredos da casa; segredos que, evidentemente, não guardava para si. O despejo era feito para um vazadouro fora da povoação, para um estrumeiro, montureira etc. Isso já não era dos nossos tempos; a juventude dos 80 já é do tempo do Manel Agostinho, com a carroça que tinha em cima um bidon e que, como bom profissional, passando pela porta de toda a gente, fazia o despejo da tigela da casa para o bidon, a que alguns chamavam o tinteiro. Houve antes outro que, mais conhecido como jardineiro, o José Ferreira que também andou com a carroça dos despejos, mas que não deixou histórias. Hoje ficamos com uma contada pelo Sebastião Fortuna, da Quinta do Anjo: “Um dia, por alturas do Natal, o Manel Agostinho chega à porta da senhora Augusta, esposa do Rnhónhó, na Rua do Passadiço, para fazer o despejo, mas a referida senhora tinha-se esquecido de deixar a tigela da casa à porta. E ele, como profissional que não armava conflitos, chama: “ Ó srª Augusta, srª Augusta!” E lá vem ela agarrada à tigela da casa, a pedir desculpa pelo esquecimento. “Ora essa, não tem mal nenhum”; e lá fez o despejo. A srª Augusta agradecida e porque o Manel Agostinho era merecedor, trouxe-lhe uma mão cheia, não sei se de filhoses se de coscorões num bocado de papel pardo. Ele aceitou agradecido, sem sequer lavar as mãos (!), pô-los na caixa da carroça para ir comer com os amigos, talvez na taberna da Pé Frita”. Não fui malcriado, pois não? Nem sabem o trabalho que isso deu. P’rá semana continuamos. Peço desculpa se alguém teve de torcer o nariz.

Parte da equipa do NDSBVP

RUI TORRES E CARLOS RIBEIRO, COORDENADORES DO NÚCLEO DE DADORES DE SANGUE DOS BOMBEIROS DE PALMELA, CONTAM AO JCP O PERCURSO DESTE GRUPO DE DADORES QUE ORGANIZA RECOLHAS POR TODO O CONCELHO. Carmo Torres e Miguel Garcia

INFORMACAO@JORNALCONCELHODEPALMELA.PT

Como nasceu a ideia de criar este Núcleo de Dadores de Sangue dos Bombeiros de Palmela? Nasce porque a filha da Maria Alda teve um problema de saúde e precisava de uma transfusão de sangue e não havia em Palmela ninguém que pudesse participar com essa dádiva. Na altura pediu-se à D. Rosa Ricardo, do Pinhal Novo, se nos ajudava a resolver este problema e assim conseguimos obter dadores e a rapariga foi salva. Foi assim que nasceu este núcleo a 10 de Agosto de 2008, que faz sete colheitas por ano em todo o concelho de Palmela que divulgamos através da nossa página no Facebook ou das lonas que colocamos em locais estratégicos. Actualmente a equipa é composta por três elementos preponderantes e que complementam todo o trabalho, o Hélder Paizinho, o Carlos Ribeiro e o Rui Torres. Cada um tem a sua forma de estar

e de encarar o Núcleo, mas depois remamos todos no mesmo sentido, sendo que o Carlos e o Hélder são os que ‘comandam as tropas’. A ligação depois com os Bombeiros de Palmela é feita pelo Carlos Caçoete e a D. Júlia. Temos também voluntários como a Joana Botelho, que nos ajudam muito, e mais cinco pessoas que estão sempre connosco. Felizmente não temos dificuldades em arranjar voluntários e em cada colheita surge sempre alguém que está interessado em nos ajudar. E como foi a aceitação deste núcleo por parte da população? Ainda hoje temos uma certa dificuldade em que as pessoas aceitem, respeitem e participem nas dádivas de sangue. A dádiva de sangue é um acto cívico, mas é ainda muito difícil. Não sei se tem a ver com problemas de mentalidade, conservadorismo ou se nos falta alguma religiosidade. Digo isto porque se formos ao norte de Portugal, nas campanhas chegam a estar duzentos dadores numa manhã. Aqui em Palmela para arranjar trinta ou quarenta, é complicadíssimo. E depois não há cultura dos mais velhos darem sangue e por isso os mais novos também não seguem esse caminho. Só vão dar sangue se os pais também derem. No meu caso (Rui Torres) sinto-me privilegiado, porque na campanha que fizemos durante a Festa

das Vindimas, as minhas duas filhas vieram dar sangue pela primeira vez, o que me entusiasmou porque não estava à espera e elas deram-me aquele presente. Mas no Facebook temos dezenas de gostos em cada campanha, mas quando chega ao dia, não aparecem… às vezes até pomos em causa os horários. Se temos uma colheita aos sábados, das 9h00 às 13h00, se a pessoa trabalha durante toda a semana, nesse dia quer ficar um pouco mais de tempo na cama, é o miúdo que vai jogar, é o dia das compras… Estamos a ponderar mudar os horários para dias de semana, tipo das 17h00 às 20h00, altura em que a pessoa sai do trabalho, já foi buscar os filhos à escola e levar para outras actividades e tem ali um ‘tempo morto’ até à hora de jantar. O que os levou a juntarem-se aos Bombeiros de Palmela e não se formarem como associação? Isso teve a ver com o facto de a D. Rosa Ricardo, aquando da campanha para salvar a rapariga, nos ter pedido que nos associássemos aos Bombeiros. E depois há toda uma panóplia de gastos para formar uma associação, temos de ter uma sede, e não temos verbas para isso. Ao associarmo-nos aos bombeiros não somos associação, somos apenas um núcleo e integramos o regulamento interno da Associação Humanitária dos Bombeiros.


6 MARÇO 2019 // ENTREVISTA Desta forma até temos mais a ganhar, porque temos ali instalações para sede e disponibilizam o salão nobre para fazermos as recolhas, embora nesta altura seja muito frio porque é um espaço muito grande. Temos também percorrido o concelho para encontrar outros espaços e estar mais próximos da população. Quando o Núcleo surgiu, já existiam no concelho os grupos de dadores de Pinhal Novo e do Poceirão. Como é o vosso relacionamento? Apostamos numa relação mais aberta. Por exemplo, não gostamos de celebrar aniversários, porque essa ocasião devia servir para aprender algo mais sobre as dádivas e o sangue, não para almoços convívio. Para isso já existe a nível nacional o Dia do Dador de Sangue, que o IPS celebra, e que temos andado a estudar como poderemos levar os nossos associados a essa celebração, e todos os anos tentamos levar um ou dois dadores por convite. Sei que é insuficiente, seria bom irmos de autocarro mas temos de caminhar devagar. Outra coisa interessante é que alguns desses convidados depois tornam-se nossos voluntários. Mas ainda há algum ‘tabu’ em relação à dádiva de sangue? Há muita gente que tem o problema relacionado com a seringa. E muitas ainda não estão completamente sensibilizadas para a importância de que os hospitais tenham reservas para servir quem lá chegar. Há muitos miúdos que nos dizem que só dão sangue se o pai ou mãe precisarem. Isto é um bocado a cultura que têm dentro de casa, mas depois quando eu falo com eles e lhes explico que, se eles tiverem um acidente, e os pais não puderem dar, também podem não vir a receber de outra pessoa, ficam a pensar no assunto. Mas notamos alguma resistência no crescimento do número de dadores, apesar de as pessoas estão a aderir e a abrir cada vez mais a sua ‘veia’ à nossa causa. É tudo muito lento e quase chegamos a ter vontade de desistir algumas vezes. Só que depois aparece uma ou outra campanha, como a

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que tivemos no início do ano em Janeiro num sábado, e em que tivemos 35 dadores e até o IPS nos deu os parabéns. Onde fazem as recolhas? Temos protocolos com a Farmácia da Volta da Pedra, cuja equipa está muito ligada à questão da dádiva de sangue, devido a um familiar que necessitou de transfusões, a quem também se deve a Associação de Dadores na Quinta do Anjo. Disponibilizam-nos um espaço muito moderno e tem sido uma surpresa pela positiva e ajuda também o facto de estar uma superfície comercial ao lado, o que com a divulgação certa, atrai pessoas para as recolhas, e tem sido muito positivo. Na primeira experiência que ali fizemos, tivemos 39 dadores e durante a tarde de um dia de semana. A próxima será a 7 de Março, das 15h00 às 19h00. Outros protocolos são com a Biblioteca Municipal de Palmela, onde têm sido incansáveis, e com a Igreja na altura da Festa das Vindimas, para ver se através do padre conseguimos angariar mais dadores. Têm uma parceria também com a Escola Secundária de Palmela, o que os levou a isso? No caso da Escola Secundária de Palmela, temos miúdos já com 18 anos, a idade em que podem começar a doar sangue e serve também como sensibilização para os jovens. Temos tido ali muito boa aceitação, na última campanha tivemos 45 dadores, o que é muito bom, porque as dádivas raramente chegavam às vinte. As colheitas já eram lá feitas através do Instituto Português do Sangue, e a partir do momento em que fizemos a parceria com a professora Célia Cercas, através do PES – Programa para a Saúde, o número de colheitas aumentou. No entanto ainda notamos alguns miúdos que ainda têm alguma renitência em doar sangue. Mas como têm uma disciplina de saúde e a professora Célia Cercas insisti nesta temática, há sempre aqueles que começam a aderir e levam os outros. Isso pode dever-se a uma falta de informação por parte das entidades competentes?

Dádiva de sangue em palmela

Em Palmela por ano realizam-se em média 7 colheitas de sangue

A informação existe. O Instituto Português do Sangue faz um enorme esforço nesse campo, a única coisa com que não estou de acordo é a existência de duas Federações com o mesmo objetivo em algo que é altruísta. O IPS poderia fazer mais qualquer coisa para que se passasse apenas a uma Federação e assim tudo corresse mais facilmente. O Rui Torres é professor na Moita, tem tido alunos seus a virem a Palmela dar sangue? Sim. Estou colocado no Bairro Alentejano, onde também fazemos recolhas. Com esses meus alunos tenho sido um bocado ‘mauzinho’ porque aplico a mesma técnica de dizer-lhes que também não lhes daria sangue se um dia precisassem porque não sou familiares, sempre que eles me dizem que só dão ao pai ou à mãe. Não será pedagogicamente a forma mais correcta de abordar a questão, mas o que é certo que depois me aparecem nas campanhas alguns desses alunos, e mais engraçado, levam consigo os pais também a dar sangue. Deixaram, no entanto, de fazer recolhas no Bairro Alentejano, o que levou a essa decisão? O IPS, para fazer as recolhas ao fim-de-semana, impõe como condição que tenhamos no mínimo 40 dadores. No Bairro Alentejano, andavam sempre entre os 20 a 21 dadores apenas. Mas é uma luta que estamos a ter junto do IPS, porque queremos voltar a essa localidade, nem que seja propondo à Associação de Dadores da Quinta do Anjo para que façam mais uma colheita anual, fazendo uma terceira no Bairro Alentejano, mas reconhecemos que é um bocado complicado. Quais são os critérios para doar sangue? O importante é a pessoa ser saudável. Os homens podem dar sangue de três em três meses e as mulheres de seis em seis. Tem de ter

idade superior a 18 anos (até aos 60 anos se for a primeira dádiva) e ter peso igual ou superior a 50kg. Antes de cada dádiva, o dador responde a um inquérito onde lhe são colocadas várias perguntas do foro mais íntimo, sobre intervenções cirúrgicas e outras, e depois vão à triagem, onde são feitos testes à hemoglobina e é medida a tensão arterial, tem uma breve conversa com um médico que o dá então como capaz (ou não) para a dádiva. Mas há questões que a pessoa pode omitir, claro, não controlamos tudo. O que vai acontecer é que, quando o sangue chega ao IPS para ser tratado, e verificar-se que afinal há problemas e que a pessoa mentiu no questionário, esse dador será informado disso, embora todo o processo seja sigiloso.

Não sei classificar isto… o que levou as pessoas a aderir em massa à campanha que seria também para apoiar a criança, e depois não aparecerem numa campanha regular.

O Núcleo também tem feito campanhas para angariação de dadores de medula óssea, com casos específicos. Fale-nos um pouco disso. Esses são também os tais momentos que nos dão forças para continuar. Tivemos conhecimento de um miúdo, chamado Xavier, que precisou de um transplante de medula óssea. Fizemos uma parceria com o Centro Social da Quinta do Anjo e associámos essa campanha às colheitas que já tínhamos marcadas. E uma delas, na Biblioteca de Palmela, às 23h00 ainda tínhamos gente a querer inscrever-se para dador e assim ajudar o pequeno Xavier. Foi algo incrível, das melhores que tivemos, embora tenha de dizer que tivemos divulgação nacional através do Correio da Manhã. Mas depois vem a parte negativa: duas semanas depois fizemos uma recolha numa segunda-feira na Escola Secundária de Palmela, e infelizmente o Xavier tinha morrido na sexta-feira e o seu funeral fora no sábado. E nessa recolha não apareceu praticamente ninguém.

Os dadores têm alguns benefícios, quais são estes? De cada vez que um dador vai ao Centro de Saúde não paga as taxas. A determinada altura esse benefício foi retirado, mas voltou a ser aplicado. Antigamente eram dadas mais benesses aos dadores de sangue. O Núcleo já tentou também fazer uma recolha nas Oficinas da Câmara Municipal de Palmela, dando como ‘prémio’ aos dadores uma tarde de folga, fizemos essa proposta à autarquia ainda na altura da gestão da presidente Teresa Vicente, mas ainda aguardamos resposta. Mas a grande vantagem é cada dador ter a consciência de que com esse gesto, pode e está a salvar vidas. E acho que se cada dador soubesse quem salvou, seria outro incentivo para aumentar o número das dádivas.

O mês de Março é também o Mês do Sangue, que iniciativas têm para esta altura? Este é também o mês da Juventude, o ‘Março a Partir’, e tentamos captar a atenção para este assunto desses jovens. Infelizmente não tem corrido muito bem porque embora existam mais de trinta associações a participar no ‘Março a Partir’, e se apenas um elemento de cada associação viesse dar sangue, obteríamos um número ‘bonito’ na campanha que fazemos este mês. Mas não é o que acontece, dizem-nos que sim, mas depois quando chega a altura, não vão às dádivas.

Que mensagem poderia deixar aos leitores do JCP? Dar sangue tem de ser um acto cívico. Não interessa a quem vamos salvar, interessa que não dá quem quer, mas quem pode.


ALERTAS & RECADOS // 6 MARÇO 2019

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Moradores queixam-se do mau cheiro

O

s Alertas continuam a chegar através de mail

ou até quando nos abordam no supermercado e nos desafiam a ver esta ou

Praceta com promessa esquecida

aquela situação que põe em causa a qualidade de vida das populações.

Quem acaba com o mau cheiro da vala? Na Rua Ferreira Lopes, que não tem saída, existe uma vala que não se sabe muito bem a quem pertence, que deita um cheiro horrível, para desespero dos moradores da Urbanização Quinta de Matos. O alerta do morador, que nos levou até ao local, confessa “já denunciámos a situação mas ninguém nos ouve” e explica “deve ter rebentado um cano, localizado para além do portão da REFER, e o cheiro nauseabundo infiltra-se nas nossas casas e nas nossas narinas”.

Moradores da Praceta Antero de Quental contactaram-nos para lembrar uma promessa antiga, quando Álvaro Amaro assumiu a presidência Câmara de Palmela, que iria reabilitar a praceta Antero de Quental. O por-

ta voz destes moradores confessa “ficámos satisfeitos com as obras dos logradouros, que estão a decorrer nas traseiras da Rua 25 de Abril, mas queremos também que seja cumprida a promessa antiga”.

Autarcas têm nome de aceiro

Depósito do gás sem proteção

Queremos agradecer aos nossos leitores os alertas, mas também a um amigo que nos fez chegar esta fotografia, tirada durante a visita à Freguesia de Pinhal Novo. O Raúl Cristóvão (vereador)

e o Raúl Prazeres (autarca do executivo da Junta de Freguesia) fizeram questão de assinalar a visita com uma fotografia no Aceiro…do Raúl. Se o nosso Fernando Pessa fosse vivo diria “E esta…hei!”

Outro dos alertas tem a ver com o depósito de gás localizado também ao fundo da rua Ferreira Lopes, que não tem vedação e um morador revela “já ali vi miúdos a quererem abrir a porta e acho que deviam resolver esta situação”. Mas este morador alerta também “a casota nem sequer está sinalizada com um sinal de perigo, mas mesmo oculto ele está lá”.

Quem corta o canavial? E continuamos nesta zona que não tem só mau cheiro, mas também uma selva amazónica de canas. Mais um morador a queixar-se “há oito anos que não cortam o canavial”. Este morador interroga-se “se há multas para os proprietários que não limpam os terrenos, não haverá também uma lei que penalize quem deixa crescer esta

autêntica selva amazónica?” Este morador desespera por uma solução, mas confessa “não sei a quem pedir intervenção: à câmara ou à Refer?”. E termina “seja quem for que tem a responsabilidade que resolva a situação!”

…E terminamos com um recado Para terminar deixamos um recado aos nossos leitores: não se esqueçam ao Enterro do Zé Bacalhau, que deixa um testamento recheado de prendas a tan-

ta gente, que se realiza hoje (quarta-feira, às 21h00, junto ao Coreto). É Carnaval ninguém leva a mal, mas muita gente vai ficar com as orelhas a arder!


6 MARÇO 2019 // MONTIJO

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Centenas nas ruas do Montijo

Última hora...

Carnaval volta à cidade Concurso de e enche as ruas

Vinhos da CVRPS regressa a Lisboa

FORAM CENTENAS DE VISITANTES QUE ENCHERAM NO PASSADO DOMINGO E TERÇA-FEIRA AS RUAS DA CIDADE DO MONTIJO PARA VER PASSAR O CARNAVAL DE 2019

O Concurso deste ano da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) volta a realizar-se na capital, no dia 15 de Abril. O sucesso registado no ano passado, em que a CVRPS escolheu a Estufa Fria, em Lisboa para realizar o Concurso, volta a ser aposta para a promoção dos vinhos da região. O presidente da CVRPS, Henrique Soares revelou em

Júlio Duarte

nformacao@jornalconcelhodepalmela.pt

P

elo terceiro ano consecutivo, depois de alguns anos de interregno, o Carnaval do Montijo está de volta, fruto do trabalho que um grupo de homens e mulheres coloca em prática e que atraiu centenas de visitantes às ruas da cidade no passado domingo e terça-feira gorda. O corso carnavalesco da cidade do Montijo contou com nove carros alegóricos, cada um contava uma história do quotidiano da cidade, havendo mesmo lugar a um desses carros que retratou o vereador do PSD, João Afonso e os autarcas da cidade, Nuno Canta (presidente da Câmara Municipal) e Fernando Caria (presidente da União de Freguesias). A sátira deste ano foi em volta da corrupção que se vive em território

nacional, mas outros temas se destacaram, como a conservação e preservação da natureza, as tauromaquias e o aeroporto com os seus flamingos. A organização adiantou ao JCP de que todas as associações locais foram convidadas e marcaram presença com centenas de figurantes. O carnaval da cidade do Montijo voltou para cativar o público como se comprovou nos dois dias de festividades, estando as ruas da cidade cheias de pessoas que aproveitaram o bom

primeira mão ao JCP que o Concurso “irá realizar-se no dia 15 de Abril, mas ainda estamos a negociar o local onde terá lugar o evento”. Os produtores de vinhos da Península de Setúbal voltam a rumar à capital face ao sucesso registado com a deslocalização do Concurso, que antes tinha lugar no Castelo de Palmela.

tempo de fim de semana e rumaram até à eterna AldeGallega.

Mulheres vão ser reconhecidas pela autarquia

Montijo assinala Dia Internacional da Mulher O município do Montijo vai assinalar o Dia Internacional da Mulher com um conjunto de iniciativas até ao dia 28 de Março. No dia 8 de Março, vai ter lugar a cerimónia de entrega de Medalhas de Distinção de Mérito Municipal a mulheres que se destacaram na área do turismo no concelho, no edifício da Galeria Municipal, a partir das 18h00, que terá ainda um apontamento musical pelo Grupo Gerações. Na terça-feira, 12 de Março, às 15h00, decorre a palestra «Mulheres que Marcaram a História de Portugal», na sala da Assembleia Municipal na Galeria Municipal, com a oradora Professora Doutora Ana Pessoa, do Instituto Politécnico de Setúbal e no dia 28 de Março, o mesmo espaço recebe a conferência «Igualdade e Cidadania – descriminações que persistem», numa organização da Câmara Munici-

pal do Montijo e da Plataforma Supraconcelhia da Península de Setúbal da Rede Social. Duas exposições vão também ser inauguradas no âmbito do Dia Internacional da Mulher: dia 9 de Março, sábado, tem lugar na Galeria Municipal do Montijo, às 16h00, a inauguração da exposição ‘Elementa’

de Mariana Marote, uma jovem artista com alguma raízes no Montijo e que em 2013 recebeu o Prémio Aquisição da Bienal de Cerveira; dia 15 de Março, inauguração da exposição ‘Estipêndio Enjorcado’ de Vanda Palma, às 18h00 no Museu Municipal Casa Mora.

Autarquia vai destacar mulheres na área do turismo

Henrique Soares presidente da CVRPS aposta uma vez mais na cidade de Lisboa para promoção dos vinhos da Península de Setúbal

Miss Capital da Flor procura-se A cidade do Montijo já está à procura de uma candidata a Miss Capital da Flor 2019. A gala de eleição está marcada para o próximo dia 11 de maio no Cinema Teatro Joaquim de Almeida.

As jovens interessadas em representar a cidade e dignificar a flor já se podem inscrever. As informações podem ser pedidas através do email: miss.capital.flor@gmail.com.


SETÚBAL // 6 MARÇO 2019

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Simulacro na Praça do Brasil

Carnaval no Bairro Santos Nicolau

Quem não sabia ficou assustado

Cegada continua a animar os foliões

Elsa Peres

nformacao@jornalconcelhodepalmela.pt

O

simulacro da ocorrência de um sismo fez soar as sirenes de aviso do sistema de alarme nos serviços municipais na Praça do Brasil, e autarquia explicou a iniciativa que “teve como objetivo testar a resposta de evacuação geral e autónoma dos cerca de noventa funcionários do município que trabalham naquele edifício, distribuídos por quarenta gabinetes e dispostos por três pisos”. A iniciativa foi coordenada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e pela Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, que “conduziram para o local uma viatura plataforma multiusos, com alcance em altura e dotada de materiais para salvamento e resgate, e com a colaboração de várias entidades”.

Funcionários municipais aprendem como se proteger em caso de catástrofe

Muitos populares ficaram amedrontados com o aparato, que começou com a evacuação de pessoas do terceiro piso para o rés do chão. Os funcionários recebiam ordens de evacuação, enquanto outros aguardavam a vez de saída dos gabinetes, permanecendo agachados com mãos sobre a cabeça, protegidos debaixo das mesas e a aguardar a ordem de saída. A ação realizou-se com extrema rapidez ao longo de sete

minutos e o comandante dos Bombeiros Sapadores, Paulo Lamego destacou a importância do simulacro que serve para “verificar se o sistema funciona, mas também sobre a forma como as pessoas sabem agir num caso destes, e corrigir aquilo que não se faz bem”. A ação que se realizou na Praça do Brasil decorreu em paralelo com simulacros em todas as escolas públicas do concelho.

Concurso da Grande Marcha de Setúbal

Este ano o tema é “200 anos de Calafate”

Dina Barco e José Condinho foram os autores da grande marcha do ano passado

As inscrições para o concurso “Grande Marcha de Setúbal 2019” estão a decorrer até ao da 29 de Março e o vencedor receberá o prémio de dois mil

O Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau irá estrear a Cegada Carnavalesca “Que Cegada de Velório”, hoje dia 5 de Março, às 21h00. O espetáculo da autoria de João Praia será cantado ao vivo pelo fadista Nuno Rocha, acompanhado por Manuel Zorro e Carlos Pinto. Para além da participação das viúvas do Bairro Santos Nicolau, a tradicional cegada conta com os artistas revisteiros João Praia, Cindy Santos, Gina Simplício, Paula Oliveira e Cláudia Coelho.

e quinhentos euros. A composição constituída por letra e música será cantada nos desfiles pelas coletividades participantes no Concurso das

Marchas Populares de Setúbal. O tema da Grande Marcha deste ano será “Os 200 anos de Calafate ” e conforme estabelece o regulamento “as composições concorrentes têm de ser inéditas e respeitar cumulativamente uma lista de critérios, concretamente as letras serem em língua portuguesa, versarem sobre o tema “Setúbal”, serem alusivas aos Santos Populares e não conterem referências publicitárias. A música deve obedecer ao género marcha popular”. Os trabalhos a concurso devem conter um exemplar da composição musical gravada em CD com canto. A Câmara aconselha os concorrentes a consultarem o regulamento do concurso “Grande Marcha de Setúbal”, disponível na Divisão de Cultura da autarquia.

Elementos da Cegada

No Dia Mundial do Teatro

Espelho Mágico leva à cena musical infantil A 35.ª produção da companhia setubalense Espelho Mágico – GATEM, Cooperativa Cultural, o musical infantil “Dona Natureza”, que alerta para a necessidade de preservação do meio ambiente, irá estrear, no dia 9, às 21h00, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro. A peça para maiores de 3 anos tem encenação de Miguel Assis, cenografia e figurinos

de Céu Campos, alerta os mais novos para consciencialização ambiental, particularmente para a poluição ambiental e lixo tóxico. Uma segunda sessão será apresentada no dia seguinte, às 17h00. No dia 11, às 11h00, haverá uma sessão especial para grupos escolares, com reservas através do contacto telefónico 965 051 347.

Espetáculo estreia na principal sala da cidade


6 MARÇO 2019 // ABC DA BICHARADA

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As nossas escolhas responsáveis

As responsabilidades assumidas para ter um animal UM ANIMAL É UM ELO DE UNIÃO À NATUREZA, QUE NOS AJUDA A VALORIZAR EMOÇÕES MUITO IMPORTANTES NA VIDA COMO A GENEROSIDADE, A DEDICAÇÃO, A AMIZADE E O ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO, ASSIM COMO A FORTALECER O SENTIDO DE RESPONSABILIDADE. Miguel Pinto

de tudo, deverá fazê-las compreender que um animal não é um brinquedo. No caso das pessoas idosas, cuidar de um animal adulto ou senior poderá ser uma excelente opção para ambos. Não só será mais seguro para o tutor, por serem animais tendencialmente mais calmos e com menores necessidades de exercício, como o próprio animal poderá usufruir de uma vida mais tranquila e de um tutor mais presente.

nformacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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este artigo vamos tentar ajudá-lo na escolha de um animal que se adeque a si e ao seu estilo de vida. Serão colocadas algumas questões que pensamos serem importantes na tomada desta decisão, que uma vez tomada deverá ser definitiva. Os animais não são objetos. Não nos podemos esquecer que são seres vivos como nós, capazes de se moldar ao nosso estado de espírito, sendo sempre possível contar com eles. Qual a esperança média de vida do seu futuro animal? Diferentes espécies e raças têm diferentes médias de vida. Por norma, os cães de porte pequeno tendem a viver entre 14 a 19 anos, enquanto que os de porte maior têm uma esperança média de vida inferior. Os felinos podem viver até aos 15 e mesmo aos 20 anos. Os roedores (hamsters, porquinhos da India, etc.) têm uma vida mais curta, durando apenas alguns anos. Nas aves a esperança média de vida é muito variável, sendo que os papagaios podem viver 50 a 70 anos. Devo optar por um animal bebé, ou por um adulto? Se tem crianças, deve ter em consideração a idade e o nível de maturidade das mesmas antes de acolher um animal bebé e mais delicado. E acima

Quanto tempo tem disponível para o novo membro da família? Todos os animais necessitam de atenção e de tempo para serem educados, cuidados e estimulados. Determinadas espécies precisam de mais atenção do que outras. O mesmo se aplica para diferentes raças e idades. Higiene, cuidados com o pelo, exercício, brincadeira, treino e passeios são exemplos de rotinas que deverão passar a fazer parte do seu dia a dia. Lembre-se que apesar de chegar a casa cansado por ter estado todo o dia a trabalhar, o seu melhor amigo esteve todo o dia à sua espera. Esperou por esse momento em que pode usufruir da sua companhia e em que pode ser feliz consigo, naquele pedaço de tempo que falta para terminar o dia. Tem condições em casa para acolher um animal? A sua casa também deve ser um fator a ter em conta. É grande, pequena, com ou sem espaço exterior? Se acolher um animal, ele terá acesso a todas as áreas? O espaço que terá à disposição será suficiente? E seguro? Está disposto a que algumas das suas peças de decoração favoritas possam sofrer danos? E os pelos? Há animais com maiores necessidades de espaço do que outros, e deverá ter isso em consideração na sua decisão. Os cães são animais sociais, e como

tal precisam de sentir e de estar em diferentes ambientes, com cheiros diferentes, com pessoas e animais diferentes, para poderem ser animais equilibrados e felizes. Um dos erros mais frequentes é um tutor não passear um cão de porte pequeno “porque ele não precisa” ou “porque tem medo”. Todos os cães precisam de conhecer novos ambientes, animais e pessoas, para saberem que não devem ter medo. Outro erro comum é o tutor pensar que por ter um quintal não precisa de passear o cão. Um cão que vive num quintal e não vai à rua, é como um cão que vive num apartamento sem ir à rua. É um cão que não convive com outros cães ou pessoas e que não conhece outra realidade. Os gatos, por sua vez, são animais territoriais. Cada um tem o seu território que gere como entende, onde só entra outro gato se ele assim entender. Por isso, nem sempre vários gatos se dão bem. É preciso ter em conta que a sua casa tem de ter espaço para que cada gato tenha o seu território, de forma a diminuir os conflitos e as frustrações de todos. O ambiente deve ser enriquecido com arranhadores e brinquedos que estimulem o seu gato a ter uma vida mais ativa. Animais em que a sua natureza seja respeitada são animais equilibrados, e animais equilibrados são animais felizes. E em relação ao orçamento? Alimentos, roupas, brinquedos, cuidados de higiene, e cuidados de saúde (vacinas, desparasitações) podem pesar no orçamento mensal. Informe-se

antes de tomar a decisão. Além das despesas previstas, não deve deixar de ter em conta que podem surgir situações com as quais não está a contar, tais como visitas inesperadas ao veterinário, tratamentos e medicamentos mais ou menos dispendiosos, cirurgias ou internamentos. Outro aspeto a ter em conta é o período de férias. Se não pode levar o seu melhor amigo consigo, há serviços de petsitting e hotéis que poderão cuidar dele na sua ausência. Quanto tempo está em casa? Se está em casa ou tem tempo livre, pode ter qualquer animal de estimação. No entanto, se passa muito tempo no trabalho ou em viagem, deve pensar muito bem antes de tomar uma decisão, pois os animais de companhia exigem tempo, dedicação e muita atenção. Gosta de fazer exercício? Cada animal tem as suas necessidades de exercício. Se pensar em acolher um cão, seja ele cachorro ou adulto, deve pensar em fazer passeios ou caminhadas diários. Caso não possa ou não pretenda uma vida mais ativa, opte por um gato, hamster ou peixe. Que tipo de cuidados veterinários existem na sua zona? Além dos cuidados básicos, deve ter em consideração a possibilidade de ter uma emergência com o seu melhor amigo. Deve saber onde pode levar o

seu animal quando for preciso atendimento veterinário. Se pondera ter um animal exótico, entre os quais se classificam os pequenos mamíferos, aves, répteis e peixes, verifique se e onde pode ter acesso a um veterinário especializado nesta área, tanto para consultas de rotina e profilaxia, como em situações de emergência. Tem alguma alergia? Muitos animais são abandonados ou entregues a canis ou associações porque um familiar é alérgico. Antes de levar um animal para sua casa, certifique-se de que ninguém no seu agregado familiar é alérgico. Uma solução poderá ser passar algum tempo com um animal em casa de um amigo ou em alguma associação. A decisão de partilhar a vida com um animal de companhia é uma das mais importantes que vai tomar na vida, devendo ser bem ponderada. Estará a assumir a responsabilidade de cuidar de um outro ser vivo, que em tudo dependerá de si. Se está certo de que será capaz de proporcionar atenção adequada à espécie, raça e idade do seu novo melhor amigo, um lugar adequado e seguro, cuidados de saúde (profiláticos e terapêuticos), uma boa alimentação, boas condições de higiene, regras e educação, tempo para prática de exercício, então aproveite e usufrua de tudo o que ele tem para lhe dar em troca. Cão, gato, pequeno mamífero, peixe ou réptil... amor com amor se paga.


CASOS DE POLICIA // 6 MARÇO 2019

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Abate de sobreiros leva autoridades a atuarem em Setúbal

Dois homens foram identificados por abate ilegal de sobreiros A GNR LOCALIZOU OS DOIS HOMENS NO LOCAL ONDE ESTAVAM A ABATER DE FORMA ILEGAL OS SOBREIROS, QUE ACABARAM IDENTIFICADOS PELAS AUTORIDADES Donatilia Braço Forte Foto GNR

A

GNR identificou dois homens de 42 e 31 anos que estariam na altura a abater de forma ilegal sobreiros no

concelho de Setúbal. O Núcleo de Proteção Ambiental da GNR recebeu uma denúncia, levando a que os militares surpreendessem os suspeitos a cortar um sobreiro adulto, num terreno sem autorização do proprietário, e nas imediações, os militares conseguiram verificar de que mais sobreiros tinham sido cortados, o que levou à suspeita de abate ilegal e furto de madeira. Os militares conseguiram ain-

da apreender duas motosserras, bidons de gasolina, duas cintas, um par de luvas e uma corda com 37 metros, material que serviu para a ajuda do abate das árvores. Os suspeitos foram notificados com um auto notícia por contraordenação de corte de sobreiros sem a devida autorização e o Tribunal de Setúbal já foi informado do crime ambiental.

Crime em Palmela

De pequenino é que se aprende...

Prisão preventiva para Alunos dos Batutes aprendem comportamentos homem que ameaça ambientais militar em Palmela HOMEM QUE APONTOU CAÇADEIRA DE CANOS SERRADOS A MILITARES DA GNR EM PALMELA FICOU EM PRISÃO PREVENTIVA Carmo Torres

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

F

icou com medida de coação de prisão preventiva o homem de 43 anos que a 11 de fe-

vereiro apontou uma caçadeira de canos serrados a militares do Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE), o que os obrigou a efetuar um disparo, atingindo o suspeito num braço. O homem foi detido pelo Núcleo de Investigação Criminal de Setúbal, no passado dia 26 de fevereiro sob o cumprimento

de um mandado de detenção, onde o suspeito é indiciado pelo crime de homicídio na forma tentada. O suspeito, tendo agora recuperado do ferimento, foi detido por militares da GNR, e presente ao Tribunal de Setúbal, viu ser aplicada pelo juiz a medida de coação de prisão preventiva.

Militares da GNR detiveram o autor do disparo

Foi na Escola de 1º Ciclo EB de Batutes, na freguesia de Palmela, que elementos do Núcleo de Proteção Ambiental e da Seção Prevenção Criminal e de Policiamento Comunitário da GNR estiveram no passado dia 28 de fevereiro a ensinar aos alunos comportamento ambientais e de prevenção a fogos florestais e rurais. A ação de sensibilização abordou várias temáticas, como a conservação ambiental, a prevenção de incêndios rurais em espaço florestal e rural, como ainda o comportamento correto e adequado para em caso de emergência como devem de atuar. Em comunicado enviado ao JCP a GNR salienta de que as <<ações de sensibilização>> junto dos mais pequenos servirão para que a mensagem também seja ela passada pelas crianças aos pais e familiares. Na ação de sensibilização participaram 43 alunos, com idades entre os 7 e os 9 anos.

Elemento da GNR a explicar aos alunos os importantes comportamentos ambientais que devem ter no dia a dia


6 MARÇO 2019 // DESPORTO

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Vitória sem espinhas

Palmelense segue de vento em popa A EQUIPA LIDERADA POR JAIME MARGARIDO PARECE TER ENCONTRADO O CAMINHO DAS VITÓRIAS E FOI ATÉ AO CAMPO DO CHARNECA DA CAPARICA PARA IMPOR UMA CONVINCENTE DERROTA DE QUATRO BOLAS A DUAS. O PALMELENSE CHEGOU AOS TRÊS A ZERO, MAS A EQUIPA DA CASA RECOMPÔS-SE MARCANDO DOIS GOLOS, COM JOÃO PEREIRA A REFORÇAR A VITÓRIA DOS VISITANTES POR QUATRO A DOIS Carmo Torres

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

O

Palmelense entrou no caminho das vitórias e foi até ao campo do Charneca da Caparica para ganhar por quatro bolas a duas. A equipa de Jaime Margarido terminou a primeira parte a ganhar por 2/0, com golos mar-

cados por Valter e Scara. No inicio da etapa complementar Fialho marcou o terceiro para o Palmelense, mas o Charneca não baixou o braços e reduziu a desvantagem marcando dois golos. O jogador palmelense João Pereira puxou dos galões e marcou mais um golo, estabelecendo o resultado final em 4/2 a favor dos visitantes. No próximo domingo, dia 10 de Março, o Palmelense recebe a equipa do Cova da Piedade B e Jaime Margarido deixa o aviso “será um jogo para ganhar para fazermos justiça ao jogo da Taça, pois não merecíamos ser eliminados”. A 18ª jornada foi recheada de golos com destaque para o Alcochetense, que foi a casa do FC Setúbal impor uma derrota de 5/1, o Vasco da Gama de Sines jogou com o vizinho Grandolense ganhando por 4/2, um resultado igual ao

Empate com sabor a vitória

do Palmelense, que jogou na Caparica, enquanto o adversário do próximo jogo da equipa de Jaime Margarido, o Cova da Piedade B, ganhou em casa por 3/0 frente ao Banheirense.

Palmelense de volta às grandes vitórias

Os resultados da Jornada 18 foram os seguintes: Charneca da Caparica, 2 – Palmelense, 4 Cova da Piedade B, 3 – União Banheirense, 0 Moitense, 1 – Sesimbra, 2 FC Setúbal, 1 – Alcochetense, 5 Alfarim, 1 – União de Santiago, 2 Fabril do Barreiro, 3 – Oriental Dragon, 2 Vasco da Gama Sines, 4 – Grandolense, 2

Campeonato Distrital da II Divisão

Diego Zaporo marca Equipas de Palmela mais um golo sofrem goleadas O Pinhalnovense foi até ao Algarve onde conseguiu um empate com sabor a vitória no campo do Louletano. Diego Zaporo marcou mais um golo, aproximando-se rapidamente do segundo lugar do pódio dos melhores marcadores. Na deslocação que fez ao campo do Louletano, a equipa de Luís Manuel conseguiu arrecadar um ponto, num empate por 1/1, com Diego Zaporo a marcar mais um golo, já são 15 da sua conta pessoal, aproximando-se rapidamente do segundo lugar do pódio, ocupado por

Beto do Olímpico com 16. O Olímpico do Montijo foi a casa do 1º Dezembro, onde sofreu uma derrota convincente por 3/0. No próximo domingo, o Pinhalnovense recebe o Moura, no Campo Santos Jorge e o Olímpico joga em casa com o Amora. O Praiense continua a liderar a série D do Campeonato de Portugal com 58 pontos, enquanto o Olímpico ocupa o 8º lugar com 37 pontos e o Pinhalnovense está no décimo lugar com 32.

Equipas de Palmela com dia de “azar”

Autor do golo para os azuis e brancos

Nesta jornada a sorte não acompanhou as equipas do concelho com o Lagameças a ser goleado por 3/0 em casa do Estrela de Santo André. O Quintajense teve uma deslocação difícil ao Comércio e

Indústria e o atual líder impôs uma pesada derrota de 4/0. Nesta jornada folgou o Águas de Moura, que no próximo domingo recebe no Campo do Olival, o Melidense, que goleou no último sábado o Juventude

Cercalense por 5/3. O Lagameças recebe o actual líder Comércio e Indústria e o Quintajense joga em casa com o Alcacerense que ocupa o 2º lugar.


PUB // 6 MARÇO 2019

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ELEM E NTA M A R I AN A M A R OT E 9 MARÇO A 20 ABRIL 2019 GALERIA MUNICIPAL DO MONTIJO

Galeria Municipal do Montijo Rua Almirante Cândido dos Reis, 12 • Montijo Segunda a Sábado Entrada Gratuita 09h00 - 12h30 / 14h00 - 17h30


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