Jornal Concelho de Palmela | Edição 39

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Especial festival queijo, pão e vinho

SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº39 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 02.04. 2019

Montijo

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

P.11

Estudo de Impacte ambiental do novo aeroporto estará pronto em Abril

SETÚBAL P.13 Gastronomia setubalense leva até Lisboa pratos confecionados com os peixes de Setúbal

Paixão, amor e memórias fazem nascer grandes doces com produtos típicos P.8/9

AROEIRA

P.6

Vereadores do PS visitam exploração de ovinos que foi atacada por cães vadios

“Ando sempre com um bloco e uma caneta para apontar as ideias que me surgem”

Desporto

P.15

Palmelense continua a somar e a marcar depois de ter goleado o Banheirense


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Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 2 de Abril de 2019

primeira linha Editorial

DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

As compra (delas)... Estamos a caminho de um ano do renascimento de um título histórico no concelho de Palmela. O Jornal Concelho de Palmela para uns e o JCP para outros voltou a “acordar” de longos anos de paragem e do desaparecimento do seu fundador, Carlos Monteiro, mas o grupo PRESSWORLD pegou no título e fez-se à estrada erguendo um jornal que foi e é amado no concelho. Pelas informações que nos têm chegado ao longo destes 10 meses de existência, temos dado voz ao povo que nos tem feito chegar as suas queixas e os seus alertas. Somos para muitos o jornal do povo, porque apontamos o que está bem e o que está mal. Não somos aquele Órgão de Comunicação Social que se curva ao poder político, tanto acompanhamos a esquerda como acompanhamos a direita e o centro, o que nos importa é saber estar no mercado e sem submissão ao poder político, o que para muitos era o desejável, que o JCP estivesse curvado aos seus pés e com ordens superiores para publicar o que mais lhes daria alcance e projeção, mas (in) para uns e felizmente para nós, não somos assim. Continuaremos a trabalhar em prol das populações e estamos aqui para apontar o dedo ao bem e ao mal, pois é essa a nossa linha editorial escolhida pelo grupo em que estamos inseridos. Podemos perder alguns apoios institucionais e ver ‘más caras’, por não nos curvarmos, mas temos dignidade, temos orgulho e acima de tudo respeito pela nossa profissão que é de informar para o público e para a opinião pública. Somos o JCP! Em término gostaria de deixar aqui o convite para que no próximo fim de semana visitem a 25ª edição do Festival Queijo, Pão e Vinho em S. Gonçalo, Cabanas. Divirtam-se e sejam felizes!

Populações vão ser ouvidas pela Câmara de Palmela

“Eu participo!” está de volta a todas as freguesias ENTRE 8 E 12 DE ABRIL O EXECUTIVO AUTÁRQUICO VAI PERCORRER AS FREGUESIAS DE PALMELA COM O OBJETIVO DE OUVIR AS POPULAÇÕES, AS SUAS IDEIAS E PREOCUPAÇÕES. UMA INICIATIVA NO ÂMBITO DO PROJETO “EU PARTICIPO”. local

Júlio Duarte

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sta é a primeira fase do processo de participação de todos os cidadãos do concelho de Palmela no programa “Eu Participo!” edição 2019, projecto que é promovido pela Câmara Municipal de Palmela, e que arranca este ano em abril, com reuniões descentrali-

zadas nas diferentes freguesias. Ao todo estão agendadas cinco reuniões entre o executivo liderado por Álvaro Amaro (CDU) e as populações, que vão decorrer entre os dias 8 e 12 de abril, pelas 21h00. A primeira realizar-se-á no Pavilhão Multiusos de Águas de Moura, seguindo-se Poceirão, Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo. O executivo pretende com esta iniciativa recolher propostas de intervenção para o ciclo de trabalho de 2019, e as propostas apresentadas pela população serão depois analisadas e em setembro são inseridas algumas no GOP 2019-2022. Em comunicado a Câmara de Palmela salienta ainda de «que o projeto “Eu Participo!” foi pioneiro em Portugal, tendo sido impor-

tante na educação para a cidadania e pelo interesse crescente da popu-

População ouvida pelo executivo com pelouros

lação na vida ativa do concelho».

Empreitadas arrancaram em Pinhal Novo e Quinta do Anjo

52.500 euros para remodelar rede nas freguesias de Pinhal Novo e Quinta do Anjo A Câmara Municipal de Palmela adjudicou, por cerca de 52.500 euros, a empreitada de remodelação na rede de águas, execução essa que está a ser realizada na zona norte de Pinhal Novo e no Bairro dos Marinheiros. Esta obra consiste na segmentação da rede, para que, quando for necessário fechar a água, em intervenções de emergência ou programadas, os trabalhos sejam executados com maior celeridade, eficácia, menor desperdício de água, permitindo, também, detetar mais facilmente situações de rutura de condutas. Já no Bairro dos Marinheiros a intervenção vai custar aos cofres da autarquia cerca de 48 mil euros.

Câmara de Palmela aposta na modernização de redes de água

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Fátima Brinca | Isabel de Almeida | João Aguiar Cadete | Júlio Duarte | Miguel Garcia Cronistas: António Correia | Fátima Brinca | Tiago Machado Direção de arte & design: Ricardo Silva | MD Consulting Serviços Administrativos: Paulo Martins | Gustavo Perez Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Palmela Contactos: 212 362 317 | 918 853 667 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@ jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


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Primeira linha Reunião pública é já amanhã

Executivo municipal reúne-se em Palmela VÃO ESTAR NOVE PROPOSTAS EM CIMA DA MESA PARA DISCUSSÃO E APROVAÇÃO, DESTACANDO-SE A PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO FINANCEIRO A ONG EM MISSÃO DE EMERGÊNCIA EM MOÇAMBIQUE POLÍTICA

Miguel Garcia

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O executivo camarário de Palmela vai reunir-se esta quarta-feira (3) no Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela para a realização da habitual reunião pública. Em cima da mesa vão estar nove proposta para discussão e votação, destacando-se a proposta três que será a atribuição de apoio financeiro às ONG em missão de emergência em Moçambique.

Executivo reúne-se no Auditório da Biblioteca Municipal

Nesta tarde também vai-se discutir e aprovar uma terceira alteração ao Orçamento 2019 e GOP 2019-2022, um Orçamento e GOP aprovados recentemente mas que já contam

com a terceira alteração. As doações e outros apoios vão marcar também a tarde dos autarcas que estão nos comandos da Câmara Municipal de Palmela.

Fátima Brinca CRONISTA

As dificuldades económicas, que atingiam a vida de meus pais, obrigavam-me a criar alternativas, que ajudassem a custear os meus estudos na Secundária de Setúbal. No velho celeiro lá de casa “montei” uma escola, com um quadro de ardósia na parede, uma mesa comprida e dois bancos corridos. Depois da escola recebia os adultos para os ensinar a ler e a escrever e puderem fazer o exame da quarta-classe, que os habilitava a tirar a carta de condução. Os meus 15 anos não permitiam que habilitasse os adultos a exame, mas o Delegado Escolar, apercebendo-se do meu esforço, assinava os papéis fechando aos olhos à exigência da idade. Um dia em conversa confessei-lhe que gostava de escrever umas coisas e ele, que era proprietário do semanário “Distrito de Setúbal”, lançou-me o repto para escrever um artigo sobre mulheres. Entusiasmada, mal cheguei a casa, acendi o candeeiro a petróleo, peguei na caneta e escrevi sobre o trabalho duro das mulhe-

A formiga tem catarro! res rurais. Meti o artigo num envelope e deixei-o no “Distrito de Setúbal”. Um dia antes de sair o jornal fui chamada ao director, que, com um sorriso irónico, mostrou-me a apreciação do censor de Setúbal, que com lápis azul sublinhara a frase: “As mulheres trabalhadoras rurais são mal pagas pelo trabalho duro que fazem”. O lápis azul do capitão Almeida escrevera em letras garrafais “A formiga já tem catarro”. O artigo saiu, sem as anotações, claro, mas o director do “Distrito de Setúbal” considerou que tinha sido uma vitória pessoal, a sua publicação. Depois sucedeu-se outro artigo que se intitulava “Carregueira, terra esquecida” e, finalmente, conheci o meu amigo Aníbal de Sousa, que me convidou para escrever para a “Voz de Palmela”. Agora com 70 anos a viver tantas dificuldades penso que tudo começou num dia longínquo em que o capitão Almeida me lançou aquela espécie de desafio “afinal a formiga já tem catarro”.

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destaque Vereadores do PS preocupados com a situação na Aroeira

Ataques de cães vadios preocupam vereação do PS Palmela SÃO JÁ CINCO OS ATAQUES QUE OS REBANHOS DO JOVEM NUNO BRONZE, CRIADOR NA VILA NOVA DA AROEIRA SOFRERAM. OS VEREADORES DO PS ESTIVERAM NO LOCAL PARA CONHECER AS RAZÕES E O QUE FEZ A CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA SOBRE O CASO QUE ESTÁ A LEVAR AO DESESPERO O JOVEM CRIADOR LOCAL

Donatilia Braço Forte

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Os vereadores do Partido Socialista (PS) de Palmela estiveram numa das explorações do criador de ovinos, Nuno Bronze, ficando a saber a realidade do problema que atualmente o criador está a passar. Nuno Bronze começou por explicar que já ocorreram cinco ataques àque-

le rebanho que se encontra numa propriedade localizada na zona das Passarinhas, Aroeira, os prejuízos são avultados e o criador expressa a revolta que sente com algumas palavras mais revoltadas e aponta o dedo à inerência da Câmara Municipal de Palmela. “O primeiro ataque que este rebanho sofreu foi em janeiro, tinha este espaço com vários borregos que já estavam na engorda para serem encaminhados para o mercado quando sete cães os atacaram. Fiquei sem cinco borregos nesse ataque e com ovelhas mordidas e feridas”. Para Nuno Bronze, os ataques seguintes podiam ter sido evitados, quando afirma de que “depois do primeiro ataque ter saído na comunicação social, e a GNR ter participado à Câmara Municipal de Palmela, tive a visita do médico veterinário municipal e de uma técnica que estiveram aqui a falar comigo e a resposta dos senhores foi que iriam resolver a situação. Passaram, três meses do

primeiro ataque e já sofri mais quatro até agora”. Para o vereador Raul Cristovão, a situação é complicada para o criador, pois os prejuízos que já teve poderiam ter sido evitados, mas a resposta da autarquia também não é muito fácil, uma vez que o Centro de Recolha Oficial Animal (CROA) está esgotado. “Temos um espaço que lhe chamamos CROA e que só tem 8 boxes e essas 8 boxes estão repletas”, adianta Pedro Taleço, também vereador do PS que acompanhou a visita com Raul Cristovão. Para os vereadores do PS o que agora importa é resolver a situação para evitar mais perdas, e ficou a promessa de serem eles o “motor de pressão” junto do executivo de minoria CDU liderada por Álvaro Amaro. “Iremos apresentar na próxima reunião pública a nossa questão sobre esta situação, mas nada mais conseguimos fazer”, lamentou.

Vereadores do PS estiveram na propriedade onde aconteceu o ataque

Raul Cristovão prometeu fazer “pressão” junto da Câmara de Palmela

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sociedade Quinta do Anjo capital do Queijo, Pão e Vinho

Conversa com uma oliveira velha (nº 20)

Festival decorre no próximo fim de semana ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

Gosto de conversar com velhotes. Esta palavra não leva nenhum sentimento de desprezo, até porque pertenço a esse lote; vai, pelo contrário, carregada de simpatia, de carinho, de curiosidade e desejo de aprender com o seu saber feito de experiência de viver. Fui então conversar com uma oliveira antiga, minha vizinha, na zona de Chibanes/ São Brás. Há muito tempo que a conheço. Penso que terá sido plantada pelos romanos; oliveiras de Azeitão foram estudadas por entendidos que lhes atribuíram a idade aproximada de dois mil anos; esta tem um aspeto mais monumental; será mais antiga? - Ora, vizinha, gostava de conversar consigo, mas começo por não saber o seu nome… - Os que me plantaram aqui chamavam-me OLIVA; era este o meu nome em latim, a língua dos romanos. - Então, Dona Oliva, sabe mais ou menos há quanto tempo vive neste sítio? - Ao certo não sei; já lá vai tanto tempo. Ainda me lembro que os romanos andavam em guerra com os cartagineses, porque tanto Roma como Cartago queriam dominar no Mediterrâneo. Foram guerras que duraram tempo que se farta - Isso foi antes de Cristo, aí há uns 2.200 anos! - Nessa altura Troia ainda era só uma ilha; mas já lá havia uma grande fábrica de um produto feito de peixe, o garum, uma espécie daquilo a que vocês hoje chamam paté de sardinha; isso era exportado para todo o império romano. Já que falei disso, fico vaidosa com a importância do oleum feito com o meu fruto e das minhas colegas que dantes povoavam estes sítios. O nosso oleum era usado para fazer o garum; e também para a alimentação, para alumiar à noite, como medicamento em massagens, para abrilhantar o cabelo e até para os atletas se untarem para a luta livre. -Tão útil que foi ao longo de tanto tempo! Mudando de assunto, Dona Oliva, durante dois mil anos ou mais, já ouviu falar uma data de línguas, não é verdade? - É verdade, é. Quem me plantou aqui, já não me lembro bem, mas penso que falava latim, pois à medida que fui crescendo e durante muitos séculos, foi essa a língua que ouvi. Depois, já eu tinha aí uns setecentos ou mais anos, apareceram uns povos a falarem doutra maneira, penso que visigodos. Mais tarde apareceram os árabes, já eu devia ter quase mil anos. A língua já era outra. Mas foi por causa dela que o meu fruto se passou a chamar azeitona e o oleum azeite. Só há cerca de uns novecentos anos é que comecei a ouvir falar outra língua que se foi transformando no português. Ainda bem que aqui veio falar comigo, porque há tanto tempo que não vejo ninguém que venha apanhar a minha azeitona e não oiço ninguém falar;

até já pensei que tivesse havido mais mudanças. - Não, Dona Oliva, não houve mais mudanças de povo nem de língua; a vida é que mudou muito. Outra coisa: com a idade que tem, conheceu ou deu pela existência de gente antiga importante no nosso país? - Olhe, ver gente importante não vi, porque não vieram aqui onde estou; mas, eu ia –me apercebendo de quem passava por perto porque, no silêncio que reinava, todo o ruído era notado. Depois, quem vinha aqui trabalhar no campo ia comentando o que se passava e eu dava conta de tudo. Lembro-me de ter ouvido as cavalgadas de D. Afonso Henriques na estrada aqui da encosta da serra, na altura em que ele conquistou Palmela. Também me dei conta dos movimentos do Condestável Nuno Álvares Pereira; uma vez andou por aí à caça, apanhou um javali e, por pirraça, foi deixá-lo, às escondidas, em Almada, ocupada pelos castelhanos. Dei-me conta da cavalgada pela estrada aqui perto que ia direito a Coina. - Dona Oliva, não a vou maçar mais a puxar pela sua memória; teria muita coisa a contar, de conversas, namoros que foi vendo com agrado… enfim. Mas só mais uma perguntinha: lembra-se de quantos donos já teve? . Já foram tantos! Para um cálculo, faça as contas a um dono de 25 em 25 anos, isto é, de geração em geração. Em 100 anos dá uns 4, em mil uns 40, em dois mil uns 80. Talvez aí à volta de uns 100. - A senhora é boa em contas; e, sabe quem é o seu dono actual? - Sei, sim senhor: é o sr. Duarte Machado, de Setúbal. Tem-me aqui bem resguardada, fora do alcance dos caçadores que, para tirar coelhos das tocas que faziam junto dos troncos de colegas minhas, lhes lançaram fogo e deram cabo delas. Também estou fora do alcance daquela gente que só olha para coisas antigas para as venderem e fazerem dinheiro- Aqui estou segura e posso continuar a viver. Obrigado, Dona Oliva. Foi um prazer este encontro com as suas memórias. Continue a passar bem. Fiquei a pensar: “Escultura viva! Ser quase divino, Há dois milénios A florir e a dar azeite. Deixa que à tua volta nos sentemos E escutemos dentro de nós A História e as histórias De tantas eras que atravessaste Sempre, silenciosamente, Aqui. Continua e leva contigo a memória de nós P’lo tempo fora”.

O FESTIVAL ASSINALA 25 ANOS E IRÁ CONTAR COM 55 EXPOSITORES ONDE PODEM SER DEGUSTADOS OS MELHORES VINHOS, QUEIJOS, COM DESTAQUE PARA O QUEIJO DE AZEITÃO, PÃO, FRUTA, MEL E DOÇARIA, NOS DIAS 5, 6 E 7 DE ABRIL. GASTRONOMIA REDAÇÃO | FB

O

s 25 anos do Festival do Queijo, Pão e Vinho serão assinalados com algumas novidades num vasto programa que inclui 36 atividades, com destaque para a gastronomia, a música, dança, desporto, tosquia e corrida de ovelhas e o concurso do Queijo de Azeitão, Queijo Seco e Manteiga de Ovelha. A Quinta de Barreiros irá oferecer diversas atividades equestres, enquanto a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril

Fim de semana recheado de produtos de excelência

irá promover alguns workshops no programa Especial Gastronomia. As entradas têm um custo simbólico de um euro e os dirigentes do Festival apostam na preservação da ovelha de raça saloia com a iniciativa a ser lançada pela Arcolsa “Adote uma Saloia”. O desafio será lançado às empresas a adotarem uma Ovelha Saloia,

contribuindo com uma pequena joia e um valor mensal destinado a comparticipar a sua alimentação e os cuidados necessários. que nos fez chegar em janeiro afirmava de que «estava agendada uma nova deslocação ao local e que iria manter contacto com o proprietário das ovelhas» o que não aconteceu.

Programa do Festival Sexta-Feira, 05 de Abril 15h00 - Abertura 18h00 - Inauguração 22h00 - Orquestra de Guitarras da Sociedade de Instrução Musical de Quinta do Anjo 24h00 - Encerramento Sábado, 06 de Abril 10h00 - Passeio “Terras Queijo, Pão e Vinho” 14h00 - “A Magia do Circo” Museu do Ovelheiro 16h30 - Tosquia de ovelhas mecânica e manual junto ao Picadeiro 17h00 - Demonstração de Dança Clássica – Ballet, classes de infantis Tenda da Gastronomia 17h00 - “Ponho as mãos a mexer para aprender” Museu do Ovelheiro 17h30 - Demonstração de Dança, atividade do “50+ Programa de Exercício” 17h30 - Corrida de Ovelhas Ovinódromo 18h00 - Grupo Coral 1.º de Maio do Bairro Alentejano 20h00 - Sevilhanas Garnacha, classe infantil 21h00 - Sevilhanas Garnacha 22h00 - Patrícia Duarte e João Eiró 24h00 - Encerramento Domingo, 07 de Abril 9h00 - Passeio de Bicicleta Estrada Bike Nutricion Passeio de BTT 14h00 - “A Magia do Circo” Museu do Ovelheiro 16h30 - Tosquia de ovelhas mecânica e manual Junto ao Picadeiro 17h00 - “Ponho as mãos a mexer para aprender” Museu do Ovelheiro 17h00 - Grupos Corais Alentejanos: Ausentes do Alentejo e Modalentejo Tenda da Gastronomia

17h30 - Corrida de Ovelhas Ovinódromo 18h00 - Entrega de Prémios do Concurso de Queijo de Azeitão/DOP, Manteiga de Ovelha e Queijo Seco Tenda da Gastronomia 21h00 - Encerramento Especial Gastronomia Dias 06 e 07 de Abril 10h00 - “Aprender a fazer queijo e pão no Museu...” Uma experiência única… Local: Museu do Ovelheiro Duração: 2h00 Programa: Sessão de conhecimento do processo de fabrico do Queijo de Azeitão e também de produção de pão. Prova de queijos e vinhos da Península de Setúbal 16h00 - Workshop “Aprender a fazer o pão” pelos Moinhos Vivos de Palmela Local: Museu do Ovelheiro Duração: 1h00 Dia 06 de Abril 11h30 - Workshop de panificação pelos alunos do curso de Produção Alimentar em Restauração da ESHTE Pão de Queijo de Azeitão, pão com sultanas maceradas com vinho Moscatel, massas elaboradas com massa Madre feita com sumo de uva Local: Auditório Duração: 1h00 12h30 - Workshop de Cozinha pelos alunos do curso de Produção Alimentar em Restauração da ESHTE Saberes e Sabores do Prado ao Prato Local: Auditório Duração: 1h00 13h30 - Workshop de Pastelaria pelos alunos do curso de Produção Alimentar em Restauração da ESHTE Tarte de Maçã Riscadinha com crumble de maçã desidratada e canela. Queijadas de requeijão com vinho Moscatel Roxo. Local: Auditório Duração: 1h00 17h00 - Laboratório do Gosto Uniões perfeitas entre queijo e vinho: as Denomina-

ções de Origem Local: Auditório Duração: 1h30 Programa: Sessão com prova de vinhos da Península de Setúbal, acompanhada por degustação de Queijo de Azeitão, pela AVIPE e Confraria do Queijo de Azeitão Dia 07 de Abril 15h00 Show Cooking com produtos regionais Makro e ACPP, representadas pelo Chef Celso Padeiro da Equipa Sénior de Competição Culinária ACPP. Local: Auditório 17h00 - As Ostras e o Espumante! O casamento perfeito... Local: Auditório Duração: 1h30 Programa: Workshop de esclarecimento sobre a Ostra Portuguesa, modo de produção, benefícios, formas de apresentação e degustação com harmonização vínica Programa Equestre - Escola de Equitação “Quinta dos Barreiros” Dia 05 de Abril 21h30 Equitação de Trabalho Prova de Maneio em Velocidade Dia 06 de Abril 10h00 - Equitação para todos Gincana 15h30 - Apresentação de Coudelarias Coudelaria Carlos Ameixa - Moura Coudelaria Carlos Silva - Sobral de Monte Agraço Quinta dos Pinheiros – Azeitão 17h30 - Batismos Equestres 21h30 - Gala Equestre Alma Ibérica Dia 07 de Abril 10h00 - Competição Poule de Dressage 16h00 - Batismos Equestres Cortejo a Cavalo Festival Queijo, Pão e Vinho 2019 Pelas ruas da Freguesia 18h00 - Chegada do Cortejo ao Recinto do Festival


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tema de capa As inspirações do chef...

‘Todos nós temos um caminho a percorrer e este deve ser o meu’ NUNO GIL, FUNDADOR DA ‘CONFEITARIA SÃO JULIÃO’, E PRESIDENTE DA CONFRARIA GASTRONÓMICA DE PALMELA, FALA DA SUA PAIXÃO E DO SEU PERCURSO DE QUASE DUAS DÉCADAS NO SECTOR DA DOÇARIA REGIONAL, QUE PASSOU POR TRABALHAR COM O EMBLEMÁTICO CHEF SILVA, DE QUEM FALA COM EMOÇÃO, E CONFESSA AINDA QUE ‘ANDO SEMPRE COM UM BLOCO E UMA CANETA PARA APONTAR AS IDEIAS QUE ME SURGEM’. ENTREVISTA

MIGUEL GARCIA E CARMO TORRES

Quem é o Nuno Gil, apresentado por si próprio e de onde nasce a sua inspiração? O Nuno Gil é uma pessoa que tem um ‘joelho’ de criativo e que tudo que faz ou se propõe fazer, tenta fazer da melhor maneira possível. Tenho uma grande inspiração pelo Chef Silva, e grande parte das coisas que faço, dedico-as a ele, porque muito do meu percurso ficou a dever-se ao Chef Silva, com quem tive o privilégio de trabalhar e privar. Por isso é que lhe dedico muito do que faço e sempre que posso, falo dele e do seu trabalho. Também já notei que os nossos sentimentos se reproduzem no que fazemos… e isto acontece com todos, mas por vezes há maior consciência disso. Por isso tento sempre trabalhar num estado de espírito mais calmo e gosto de o fazer ao som de música clássica, que relaxa e descontrai. Trabalho sozinho e a minha companhia é a música.

Qual foi o primeiro prémio que recebeu? Eu estava na cozinha do Retiro Azul, quando a Região de Turismo Costa Azul promoveu o primeiro Concurso .de Gastronomia, já lá vão muitos anos, e o restaurante foi convidado a participar. Aderiram com as especialidades que a casa tinha, mas faltava um doce, porque não tinham uma especialidade nesse campo e deram-me a oportunidade de criar uma sobremesa. A pouco e pouco fui pesquisando e foi assim que nasceu o bolo conventual de Sant’Iago. O júri anónimo veio cá, provou tudo, e passados dois meses recebeu-se uma carta registada a dar os resultados. E o engraçado é que o bolo conventual de Sant’Iago que tinha sido criticado, foi o único que ganhou prémio de todas as propostas de pratos e entradas do restaurante, ficando em segundo lugar no concurso. Na altura e hoje ainda acho que o prémio foi atribuído por uma ‘entidade superior’, para ensinar a muita gente que critica os outros que por vezes essas pessoas têm mais mérito do que pensam. Mais tarde vim a conhecer o Chef Silva que me disse ter sido um dos membros do júri e me explicou que só não fiquei em primeiro lugar porque ele achou o bolo um pouco duro, e que eu devia ter aplicado outro modo de confeção. E ainda hoje faço esse bolo da forma como o Chef Silva me ensinou e por isso ele continua sempre comigo. Qual a sua opinião sobre as iniciativas e concurso que a autarquia de Palmela promove em torno da gastronomia e doçaria? Acho que é sempre importante a existência de concursos, porque leva a que as pessoas tomem coragem para mostrar as

suas receitas publicamente. No entanto, continuo a achar que quando se realizam dois tipos de concursos, há que diferenciar ‘o trigo do joio’, sem sentido pejorativo, mas é preciso separar os que são profissionais e que têm uma porta aberta, estando por isso a defender um nome; e os que fazem as receitas antigas e originais, mas que o fazem a título caseiro. É por isso que um Benfica não joga com um Palmelense, porque há diferenças. Como nasceu a Confraria Gastronómica de Palmela? A determinada altura vim fazer uma formação aqui em Palmela, promovida pela Câmara Municipal na Escola Secundária, e deparei-me com um enorme património gastronómico e muitos apontamentos que as pessoas me levavam. Na altura estavam a criar-se as primeiPublicidade

ras confrarias e falei com o Chef Silva para o pôr a par do potencial que tinha descoberto e da possibilidade de se criar aqui uma confraria, o que ela achou ‘uma grande ideia’. Na altura o presidente da Câmara Municipal era o Carlos Sousa, que também aderiu à ideia. E disto tudo nasceu uma relação de amizade com o Chef e a família dele, vêm cá jantar e eu costumo ir ao restaurante da nora, e não vou mais porque ela depois nunca me deixa pagar a despesa. Qual foi o momento mais marcante na sua carreira na culinária? Bem, tenho de dizer isto: quem está na Marinha de guerra, é maquinista naval, a lidar com a mecânica e com motores, passar para a hotelaria e doçaria, é praticamente o oposto. Mas recordo-me que quando estava ain-

da na Marinha, uma parte do meu tempo livre era passado a ler receituários. Na altura até pensava que era um super e até num aniversário da minha então namorada, a Sandra, fui eu que fiz o jantar… fui buscar receitas daquelas muito complicadas e o resultado foi muito mau… ia ouvindo os convidados a dizer mal, e achei que eram só maldizentes, mas depois quando fui provar, verifiquei que era mesmo mau. Cometera um erro crasso: fazer as coisas complicadas sem experimentar primeiro. Nunca se deve fazer isso, temos de experimentar até mesmo seguindo uma receita, porque podem existir falhas na revista ou livro. Que novidades podemos esperar em termos de doces? Há sempre novidades, primeiro porque há coisas que acho por natureza que de-


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Tema de capa vem ser apresentadas e que nascem da continuação de produtos que promovem a região. Por um lado, isso por vezes dificulta o trabalho, porque é mais fácil fazer uma iguaria apenas com determinado produto, do que criar muitas. Mas todos nós temos um caminho a percorrer e este deve ser o meu. Sobre as novidades, vou tendo ideias e vou apontando, por isso é que ando sempre com um bloco e uma caneta, porque na idade já não vamos para novos. As próximas ideias que quero executar em breve, estavam já na gaveta há muito tempo, o papel em que as apontem até já estava assim para o amarelo (risos). Um deles é o Bolo de Mel da Arrábida, que no meu entender tem uma seleção de tudo o que é da região e nasce um pouco das nossas histórias, porque me lembro de algumas receitas que me foram dadas por um senhor, que me dizia que eram da minha avó, e uma delas era o bolo de mel, que abundam na Arrábida. Nessa receita que me deram, além do mel, especiarias, frutos secos e da canela, constava também o ‘vinho doce’, como antigamente se designava o Moscatel. Outra receita que estou a preparar, na sequência dos ‘miminhos de maçã riscadinha’, são os ‘miminhos de laranja’. Também me foi lançado um desafio por umas pessoas oriundas dos Açores, e que têm aqui um pequeno negócio com produtos oriundos das ilhas, no sentido de criar um pastel e um bombom de ananás. Uma das recentes novidades foi o ‘pastel de choco’, como foi a aceitação desse produto? O pastel de choco nasceu no final do ano passado, por iniciativa da Câmara Municipal de Setúbal que me convidou a participar no Festival do Peixe e com o repto que todos os participantes confecionassem um doce com

peixe. Aparentemente é algo quase impossível, porque doce e o salgado do peixe parecem não combinar. E se isso é difícil há que contornar o assunto, e por uma analogia consegui chegar ao ‘pastel de choco’, cujo ingrediente principal é a batata doce da Comporta e depois um elemento da tinta de choco para lhe dar o nome. E como surgiram os ‘miminhos de maçã riscadinha’? A maçã riscadinha é outro dos produtos da nossa região, que surge entre julho e agosto, consoante a meteorologia, portanto muito sazonal, e por isso também a produção dos miminhos o é. Há muito tempo que tinha a ideia de fazer alguma coisa, primeiro seria um pastel usando o puré da fruta, mas depois percebi que se trata de um produto muito sazonal. Ano após ano surgia sempre a questão de como usar a maçã, e novamente tivemos de pensar fora do habitual, ou seja, do uso da fruta fresca. Daí surgiu a interessante parceria com a Paula Castro, com o ‘Pomar da Vinha’, que tem o conhecimento e a fruta, e foi ela que teve a ideia de desidratar a fruta e deu-ma para a usar, e foi a partir daí que surgiram os ‘mimos’, com uma receita diferente, dando o aspecto de um quindim, brilhante e desembrulhado. E foi dos doces em que vi mais interesse pelas redes sociais, e até na comunicação social. Agora é altura, com a Paula Castro, fazermos uma avaliação de como as coisas correram, do que vai ser necessário este ano em termos de maçã desidratada e até onde poderei ir com a produção dos ‘miminhos’. Tem dificuldade em ter acesso à ‘maçã riscadinha’? No passado, lembro-me que toda a gente que tinha vinha, tinha árvores de maçã riscadinha, incluindo a minha avó, e depois

praticamente se perdeu. Actualmente os produtores limitam-se a vender a fruta fresca, mas não têm projectos para a sua conservação, em compotas ou outros. Os produtores do ‘Pomar da Vinha’ conseguiram aumentar a produção desta, e transformar esse produto para durar fora da época, e com o projecto da Paula Castro, conseguiu-se alongar a época desta, permitindo aceder a este produto todo o ano. Outras das suas criações são o ‘Pastel Caramelo’ e o ‘Pastel de Ginja’. Como surgiram essas ideias? O ‘Pastel Caramelo’ nasce da tradição caramela, como o diz o nome e trata-se de um pastel de feijão branco. Achei interessante fazer algo que estivesse ligada com a região de Pinhal Novo e Rio Frio e das pessoas que vieram para cá trabalhar de outros pontos do país e aqui ficaram, bem como da famosa ‘Sopa Caramela’, usando um dos seus ingredientes. Em relação ao ‘Pastel de Ginja’, as pessoas têm ideia de que a ginja é mais um fruto do centro do país, mas aqui já houve muita tradição em Palmela. Um dos livros que estudei foi o ‘Licores de Portugal’, no qual vem expresso a grande quantidade de ginjeiras que aqui havia, e cito «de Palmela e Azeitão, passando pela serra de São Luís». Havia um senhor que comprava toda a produção desta zona aos produtores, trabalhava-a e descaroçava-a e depois vinham cá os galegos de Lisboa, das casas das ginjinhas, para comprar essa ginja e fazer o licor de Ginja. Quem me contou esta história, porque ainda se recorda dessas visitas ao seu pai, foi o Humberto Cardoso. Outra ideia que foi apresentada na Bênção das Fogaças, foi a fogaça com o chocolate. Como surgiu a ideia de conjugar os dois produtos? Publicidade

A ligação da fogaça com o chocolate, tem a ver com a ligação que já tenho com o chocolate e bombons que fui apresentando. Trabalhando com ambos os produtos, era mais do que natural que um dia cobrisse uma fogaça com um pouco de chocolate amargo e parece que a conjugação enriquece a receita. Já apresentou os bombons de Moscatel, os bombons de Porto, e quando virão os bombons de licor de laranja? Ainda faltam os bombons de aguardante Vila Palma! Mas essa é uma receita que está na calha há bastante tempo e acho que será uma associação magnifica. Não lançamos logo todos os produtos por causa também dos custos que estes têm. A pastelaria é algo de muito vasto, e um pasteleiro não é obrigatoriamente um chocolateiro. São áreas completamente diferentes, mas quando se gosta e se sente paixão por isto, é bom conhecer um bocadinho de cada área, mas à medida que fui estudando essa arte, percebi que era um trabalho muito difícil. O chocolate é uma matéria muito diferente das massas de pastelaria, e depois é algo que só de nome já coloca as pessoas em alerta, porque 99,9 por cento das pessoas gosta ou adora chocolate. Para fazer bombons é preciso ter bases e formação e foi por isso que a fui fazer a Lisboa, porque já tinha intenção de vir a fazer bombons de Moscatel. Quando apresentou o bombom de Moscatel na Quinta do Piloto há cerca de dois anos, notou-se uma enorme emoção da sua parte. Quer falar disso? Já passaram dois anos, mas a pergunta continua a fazer sentido. Quando nós fazemos as coisas com paixão e trabalhamos um produto com coração, e num determinado momento somos postos à prova por uma complexidade dos convidados que estavam ali presentes, de particulares a entidades, e todos eles me elogiaram, se o sentido de responsabilidade de ali estar já era grande, ainda aumentou. E quando tive oportunidade de falar isso notou-se porque fiquei muito sensibilizado. Parte do feedback que recebe é dos seus clientes, mas também apresenta os seus produtos nas redes sociais, como tem sido essa recepção? Gosto de ouvir e ler as críticas, porque estas só nos enriquecem, mesmo as negativas, embora até agora não tenha recebido nenhuma.

Há coisas que se nota maior interesse, como os ‘miminhos de maçã riscadinha’, que teve um sucesso fantástico. Depois tenho também clientes que me chegam por essa via, como é o caso da parceria que tenho com o ‘Sem Horas’, um estabelecimento que abriu em Setúbal. É explorado por um casal que já tinha experiência de outras casas, e é agora um caso de sucesso, porque tiveram a coragem de fazer um investimento muito avultado na baixa da cidade, que estava muito apagada, e que veio dar luz àquela zona do Largo da Misericórdia. Contactaram-me porque viram os meus produtos pelo Facebook, e só me disseram isto: ‘já fizemos um trabalho de pesquisa, mas queremos vender apenas produtos seus’. E desta parceria tivemos um excelente resultado.

O Pedro está a pegar num produto que adoro, o pão, e num sítio magnifico. E se a minha Confeitaria e a Quinta do Piloto dermos o tal empurrãozinho, pode renascer a padaria dos Moinhos.

Relativamente a outras parcerias que tem feito, têm corrido bem? Desvio-me um bocadinho de parcerias que estão apenas viradas para a parte comercial e prossigo sozinho, para que possa daí ter melhores benefícios. Gosto de fazer parcerias, mas estas nascem também do facto de conhecermos as pessoas e de, a pouco e pouco, desenvolver o que cada um sabe fazer melhor. Nessa perspectiva o negócio fica um bocadinho dividido e corre bem. No que respeita à parceria com a Quinta do Piloto, nasceu da amizade já bastante longa com o Filipe Cardoso, através da Confraria. Ele também tinha um projecto completamente diferente, e os factores conjugaram-se para nascer o bombom de Moscatel. Na altura do lançamento notei que outros produtores e a comunidade podem ter ficado a pensar que o meu trabalho seria em exclusividade com esse parceiro, e até uma certa comunicação social ligou o bombom exclusivamente à Quinta do Piloto. Mas também não ando aqui para publicitar só o meu trabalho, mas aquele projecto nasceu de uma parceria de duas empresas: a Confeitaria São Julião e a Quinta do Piloto. Outra parceria está prestes a surgir com o Pedro Lima, que está a apostar na revitalização dos Moinhos de Vento e na padaria. Ele esteve na Escola de Hotelaria como eu, e também estagiou no Retiro Azul. E daí nos conhecermos. Quando vejo alguém a pegar em algo que gosta, e que está no início quase ao jeito de uma ‘brincadeira’, acho que temos a obrigação de lhe dar um ‘empurrãozinho’ pela positiva.

Como é ser reconhecido pela comunicação social, quer local quer nacional? É verdade. O meu trabalho tem sido muito divulgado, felizmente, e encaro isso como um reconhecimento do meu trabalho. Para se ter sucesso, é preciso saber, ser persistente e ser esforçado. E se acharmos que o trabalho está a ser positivo, é preciso continuar. E da minha parte, sei que tem sido acima de tudo muita persistência para chegar até aqui.

De todos os doces que lançou no mercado, qual é o seu favorito? Considero todos os doces que tenho apresentado, pela sua história e por tudo o que está ligado à sua confeção, como algo muito meu. Este é o resultado de mais de vinte anos de trabalho, é um pouco do meu sangue que aqui está também. Como mais emblemático, tem de ser o bolo conventual de Sant’Iago, que criei para o concurso da Costa Azul e que durante os vinte anos que trabalhei no Retiro Azul era a sobremesa mais apreciada.

Sente-se invejado? Sem comentários. Mas não me preocupo com essas coisas negativas. Todos nós nas nossas vidas temos os que olham por nós e os que olham para nós. Projectos e desejos para o futuro? Os projectos vão nascendo todos os dias, quando as ideias vão surgindo, e umas concretizam-se e outras não, ou ficam ‘na gaveta’. Uma coisa é certa, só vamos onde temos de ir. E uma pessoa amiga, há uns tempos, disse-me isto: ‘não te preocupes se vais conseguir ou não, tenta apenas fazer o teu trabalho e da melhor maneira, aquilo que tiver de ser teu, será’. Os meus desejos? Saúde e Felicidade. Sem saúde ninguém consegue ter nada na vida, mas também tentar ser feliz, mesmo que seja algo momentâneo. E fazer de tudo para que as pessoas me recordem, quando um dia for para o «outro sítio», como uma pessoa que ajudou sempre o seu próximo, naquilo que pude.


10 Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 2 de Abril de 2019

tema de capa Assembleia Municipal Extraordinária

Deputados da CDU e do BE rejeitam delegação de competências A PROPOSTA PARA A REJEIÇÃO DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS APRESENTADA PELO PRESIDENTE DA CÂMARA DE PALMELA CONTOU COM OS VOTOS FAVORÁVEIS DA CDU E DO BE, ENQUANTO O PS E MIM VOTARAM CONTRA. OS DEPUTADOS DO PSD E DO CDS ABSTIVERAM-SE PERMITINDO QUE A PROPOSTA FOSSE APROVADA. PODER LOCAL REDAÇÃO | FB

A

delegação de competências foi rejeitada na sessão extraordinária da Assembleia Municipal, tal como tinha acontecido na última reunião descentralizada da Câmara de Palmela. O presidente da câmara de Palmela, Álvaro Amaro, explicou a proposta de rejeição aos deputados municipais, alegando que no Governo “dão com uma mão e retiram com outra” e as autarquias “não podem passar cheques em branco sem saber o que aí vem”. A Assembleia, relembra o autarca, deve “continuar a reclamar a definição do montante financeiro, como aconteceu com o anterior pacote” e garantiu “este processo não tem o mínimo de coerência”, explicando “dos 308 municípios, 105 recusaram a totalidade das competências, enquanto 133 aceitaram algumas competências e 70 aceitaram a totalidade”. “O senhor presidente da câmara tem é medo”

O deputado municipal socialista, José Carlos de Sousa, reconheceu que a delegação de competências “não é um processo limpo e transparente, mas se Palmela não gastar todos os cartuchos ficará de fora” e lembrou “o presidente da câmara devia referir que 203 municípios aceitaram, mas o que o senhor tem é medo e não percebo para onde vai, pois estamos a falar de um caminho de pedras, para fazer um castelo…” “Estas transferências não são de competências, mas de incompetências” Para a deputada centrista Rosa Pinto “isto não é uma transferência de competências…não havendo formas de financiamento, criando-se comissões técnicas à posteriori e onde tem que haver mais meios” e a centrista desafiou “acabem com as direções gerais, porque ainda vêm aí os castelos”. Rosa Pinto garantiu “estas transferências não são de competências, mas de incompetências e votamos pela abstenção”, explicando “não votaremos a proposta da câmara porque fala na criação de regiões” e terminou com um desabafo “afinal parece que a geringonça não se entende”. O deputado do BE, Carlos Oliveira explicou a votação “a favor da proposta da câmara porque uma descentralização a sério só será feita com a regionalização”. “Saber descentralizar e com meios financeiros” (subtítulo) O deputado socialista José Manuel Silvério começou por reconhecer “quando estão as três ve-

Assembleia Municipal não passa Transferência de Competências

readoras (Mara Rebelo, Fernanda Pésinho e Palmira Hortense) essa bancada tem outra luz”. O socialista lançou o aviso “todos devemos estar disponíveis para a delegação de competências e devemos estar todos de boa fé”, mas “todos sabemos o que é melhor para o nosso concelho e saber descentralizar e com que meios financeiros”. A deputada da CDU, Cristina Moura, considerou que “esta delegação de competências denota uma falta de seriedade, a nível da segurança alimentar e bem estar animal” e lança o alerta “isto é igual a uma esquizofrenia politica de castelos de areia”, concluindo ”deverão refletir bem o que isto vai representar no dia-a-dia”. “A lei da separação das freguesias devia ter sido criada em Junho” A presidente da União das Fre-

guesias do Poceirão e Marateca, Cecília Sousa alertou que o Governo está a “transferir problemas para as autarquias, que não podem assumir a descentralização de competências sem apoios financeiros”. A falta de competência do Governo é lembrada, dando como exemplos “o posto médico de Poceirão e de Aguas de Moura estiveram fechados um mês por falta de médicos e a situação não foi resolvida” e “a separação das freguesias cuja lei devia ter sido criada em Junho de 2018 e nada foi feito”. O presidente da câmara entende que “o PS andou a dormir e deixou para o ano de legislatura uma trapalhada feita à pressa” e critica a Associação de Municípios Portugueses, que “devia ter realizado um Congresso Extraordinário, mas o Conselho Diretivo não teve a coragem de o marcar”. “A delegação de compe-

tências pode matar muitas oportunidades” A presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente encerrou as intervenções manifestando “receio que a história do Poder Local não venha a ganhar nada com esta delegação de competências” e lembrou que devem-se “dar aos cidadãos a igualdade de oportunidades, dos direitos, do serviço público”, interrogando-se “qual será manta de retalhos, que iremos dar a uma futura regionalização?”. Ana Teresa Vicente concluiu “a delegação de competências não é um avanço, mas pode matar muitas oportunidades” e “não vejo grande oportunidade de repartir competências em bocadinhos”. A proposta de rejeição das competências foi aprovada com os votos a favor da CDU e BE, a abstenção do PSD e CDS, e os votos contra do PS e do MIM. Publicidade

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Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 2 de Abril de de 2019

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montijo Estudo de impacto ambiental será entregue ainda este mês

ANA remete para segunda semana de abril entrega do Estudo de Impacte Ambiental A ANA - AEROPORTOS DISSE À LUSA QUE O ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL (EIA) DO AEROPORTO DO MONTIJO ESTÁ EM CONCLUSÃO E SERÁ ENTREGUE À AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE ATÉ AO FINAL DA SEGUNDA SEMANA DE ABRIL ECONOMIA lusa

“A ANA - Aeroportos de Portugal confirma que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) está em fase de conclusão e será entregue à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) até ao final da segunda semana de abril”, disse fonte oficial, em resposta à agência Lusa. A mesma fonte refere que, “apesar de não haver nenhum prazo”, a gestora dos aeroportos está “a fazer o necessário para entregar brevemente o EIA à APA, correspondendo, assim, à estimativa apontada no início do ano”. Em causa está a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projeto Aeroporto Complementar do Montijo e Respetivas Acessibilidades, que foi encerrado pela APA em 25 de julho, a pedido da ANA, que justificou esta solicitação com a necessidade de aprofundamento do estudo”.

O estudo “é um trabalho de grande exigência e a ANA não se poupará a esforços para assegurar” que o documento “integra todos os elementos que suportem uma decisão sustentada”, afirmou hoje a fonte da ANA, acrescentando que o trabalho em curso tem sido “aprofundado” e “realizado em conjunto com várias entidades, atendendo aos requisitos e informação de suporte exigidos, procurando um consenso necessário a um trabalho desta natureza”. A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 e inclui a extensão da atual estrutura Humberto Delgado (em Lisboa) e a transformação da base aérea do Montijo. Em 04 de janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que serão cumpridas integralmente as eventuais medidas de mitigação que venham a ser definidas pelo estudo de impacto ambiental para o aeroporto complementar do Montijo. “O estudo de impacto ambiental está a ser concluído pela ANA - Aeroportos [de Portugal]. A informação que temos da parte da empresa é de que o entregará no primeiro

Aeroporto vai ser instalado na BA6 do Montijo

trimestre de 2019”, afirmou, na altura, Pedro Marques aos jornalistas, em Mangualde. O primeiro-ministro, António Costa, também já disse que apenas se aguarda o EIA para ser “irreversível” a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando haver consenso nacional sobre o projeto. Em 11 de janeiro, António Costa admitiu que “não há plano B” para a construção de um

novo aeroporto complementar de Lisboa caso o estudo de impacto ambiental chumbe a localização no Montijo e voltou a garantir que “não haverá aeroporto no Montijo” se o estudo de impacte ambiental não o permitir. Em 08 de março, a associação ambientalista Zero anunciou que tinha interposto uma ação judicial contra a APA, para que seja efetuada uma

Avaliação Ambiental Estratégica ao novo aeroporto do Montijo. Em comunicado divulgado na altura, a Zero referiu que desde o início do processo para a escolha de um local para a construção do novo aeroporto tem alertado para a necessidade de uma Avaliação Ambiental Estratégica, em vez de uma Avaliação de Impacto Ambiental.

Executivo de Nuno Canta (PS) visita Atalaia e Alto Estanqueiro

Executivo camarário visita União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia Esta terça-feira, 2 de abril, na União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia, o executivo da Câmara Municipal do Montijo termina o ciclo de visitas às freguesias e uniões de freguesias do concelho. Acompanhado pelo executivo da junta de freguesia, o executivo municipal pretende dar particular atenção às questões sociais, procurando estar mais próximos dos problemas que

afetam a população da freguesia. Durante o dia, estão a decorrer visitas às instituições de solidariedade que contribuem para as respostas sociais existentes na freguesia, bem como a visita a outros locais da freguesia e abordar temas relacionados com o espaço público como a requalificação do Largo da Feira na Atalaia, a recolha e deposição de lixo grosso, a ligação por

ciclovia da Atalaia ao Montijo e a conclusão das pavimentações de ruas no Bairro Miranda, no Bairro da Boa Esperança e na Estrada do Pinheiro, na zona do Alto Estanqueiro-Jardia. Às 21h00, na delegação da Junta de Freguesia, no Alto Estanqueiro, terá lugar uma reunião com a população para escutar os seus anseios e responder às suas preocupações e/ ou sugestões.


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Visite-nos na 25ª Edição do Festival Queijo, Pão e Vinho


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Setubal No Pavilhão Carlos Lopes

Escola Amiga da Criança

Setúbal marca presença com Selo distingue 23 aulas e receitas locais de peixe escolas de Setúbal A GASTRONOMIA SETUBALENSE PARTICIPA PELA PRIMEIRA VEZ NO EVENTO PEIXE EM LISBOA, QUE SE REALIZA ENTRE DIA 4 E 14 DE ABRIL, NO PAVILHÃO CARLOS LOPES, NA CAPITAL. GASTRONOMIA Redação | FB

A Câmara de Setúbal irá participar, pela primeira vez, no âmbito da marca Setúbal Terra de Peixe, que, desde em 2015, divulga gastronomia sadina, sobretudo com o peixe, e estimula a restauração local e a sua participação em atividades de promoção do concelho enquanto destino turístico de excelência, no evento Peixe em Lisboa. A participação sadina começa com sessões de confeção ao vivo e degustação, no dia 4, às 18h00, com a participação da DocaPesca, que desenvolve uma sessão de promoção do pescado nacional e disponibiliza a cozinha para a realização das

aulas. No dia 5, às 21h30, haverá degustação de pratos trabalhados de forma criativa, onde os chefs Célia Rodrigues e Luís Barradas confecionam ostras em canja, em conserva com algas do Sado, de escabeche e com vinagrete de azedas e salicórnia. O chef Mickael Moreira participará nos dias 6 e 7, às 17h00, com choco e camarão, servidos com puré de topinambur e molho de champanhe e salmonete acompanhado com espuma de ervilhas, presunto e molho de fígado. O chef João Oliveira leva um prato de robalo em cama de pimentos e cavala abraseada com salada de rebentos de soja, no dia 9, às 21h30, enquanto o chef Miguel Batista apresenta choco frito em sêmola de milho, servido com risoto de choco, e bacalhau lascado em cama de húmus, polvilhado com salsa, no dia 10, às 21h30. Ricardo Vitali, das Conservas Belmar, irá dar a provar aos visitantes quatro pratos criativos como o re-

Setúbal recebe selo das Escolas Amigas das Crianças

buçado de cavalinha salteado com ervas frescas, salada de ovas de sardinha à colher, cavalinhas em vinagrete picante de conserva regadas com laranja e lima e tosta de sardinha temperada com limão, pimentos e coentros, no dia 12, às 21h30.

Vinte e três escolas de Setúbal tiveram os seus projetos distinguidos com o selo Escola Amiga da Criança, na primeira edição da iniciativa da Confederação Nacional daças Associações de Pais (CONFAP), da LeYa e do Psicólogo Eduardo Sá. O selo Escola Amiga da Criança tem como objetivo distinguir escolas que concebem e concretizem ideias extraordinárias para um desenvolvimento mais feliz da criança no ambiente escolar.

A segunda edição da iniciativa Escola Amiga da Criança, que reconhece, partilha e estimula projetos educativos nas categorias de Alimentação, Saúde e Ambiente; Cidadania, e/ou inclusão; Digital; Envolvimento família/comunidade; Espaços Escolares; Segurança; e Atividades extracurriculares e/ou interdisciplinares tem as candidaturas abertas para direções, professores, pais e alunos das escolas até dia 5 de Abril.


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Alertas & recados

Obras são acompanhadas com tristeza

Nos alertas que recebemos esta semana registamos algumas situações envoltas em tristeza por parte de alguns moradores, que não se conformam com a eliminação do lago, no Jardim José Maria dos Santos, no Pinhal Novo.

….Lago desaparece

O progresso (?) tem destas coisas e nem sempre é bem encarado

pelos mais tradicionais, exemplo disso é o desabafo que recebemos

de João Carreira. Este morador do Pinhal Novo deixa no ar o lamento “moro no Pinhal Novo há mais de meio século e sempre convivi com o lago no Jardim José Maria dos Santos, que vejo desaparecer debaixo de terra e entulho”. Mas este morador não consegue entender porque “vão aqui colocar a paragem de autocarros, neste principal espaço verde da minha vila do coração”. João Carreira termina num desabafo triste “acompanhei as movimentações das máquinas de lágrimas nos olhos e até julguei ver a tristeza de José Maria dos Santos, no alto do seu pedestal” e “não consigo entender que os pinhalnovenses não se tenham manifestado contra desta decisão”.

Jardim (?) das Cabanas sem beleza António Reis enviou-nos um recado, onde manifesta preocupações sobre o futuro do Jardim das Cabanas, que “é um lugar de referência dos cabaneiros, mas parece continuar tristemente esquecido, onde aqueles troncos de árvores continuam a ser a principal decoração”. Este morador lamenta que “o lago nunca mais tenha água, nem a proveniente da chuva, que não tem marcado presença”. Para o morador residente nas Cabanas “o jardim frente à Igreja já merecia o tratamento

que lhe desse dignidade e que nos trouxesse orgulho”. O morador lança o apelo ao presidente da Junta, que “sei ser um aman-

te desta terra e que pode com a sua mestria devolver-nos o nosso jardim de tão saudosas recordações”.

Caros leitores por hoje terminamos estes alertas, denúncias e recados, que continuaremos a publicar na próxima semana.

Parque Infantil não pode ser aberto à comunidade A Câmara de Palmela e a Junta de Freguesia de Quinta do Anjo chegaram a pôr a hipótese de abrirem ao público o Parque Infantil da Escola do Bairro Alentejano, nomeadamente aos fins de semana. O morador Joaquim Miranda alerta “sou frontalmente contra tal decisão, que levará à destruição do local, como tem acontecido no espaço exterior da coletividade”. A falta de segurança, acrescenta o morador, “não dará condições para que o Parque Infantil continue a ser uma imagem de marca deste estabelecimento de ensino”. “A comunidade que ali se instalou na zona faz da rua e dos passeios um mar de lixo com churrascos ao ar livre, como se os espaços públicos fossem seus”, denuncia Joa-

quim Miranda, que alerta “imagino o que fariam do Parque Infantil das nossas crianças”.

Matadouro terá futuro?

Nuno Samina confessa-se um amante das caminhadas, que faz diariamente, pelas terras de Quinta do Anjo. Este morador alerta-nos para a degradação em que “se encontra o antigo matadouro da Quinta do Anjo, na rua Jaquim (assim mesmo com este erro) Duarte Simões”. Numa das caminhadas, confessa “passei por este local e gostaria que me informassem se está prevista alguma

intervenção neste edifício que se degrada com o tempo e que faz parte da história da nossa querida aldeia”. Podemos informar este leitor caminheiro, que está prevista a assinatura de um protocolo com os escuteiros da Quinta do Anjo, que irão reabilitar o edifício para ali desenvolverem as suas atividades num futuro próximo.


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desporto Antes do dérbi entre vizinhos…

Pinhalnovense empata com vice líder NO CAMPO SANTOS JORGE O PINHALNOVENSE BATEU-SE GALHARDAMENTE COM O SEGUNDO CLASSIFICADO DA SÉRIE D DO CAMPEONATO DE PORTUGAL, TENDO EMPATADO A UMA BOLA COM O ORIENTAL.A MAIOR ENCHENTE DA ÉPOCA, COM O ORIENTAL A MOBILIZAR MAIS DE UMA CENTENA DE ADEPTOS, PROPORCIONOU UM AMBIENTE DE FESTA, NUMA CONVIDATIVA TARDE DE SOL. FUTEBOL Redação | FB

A forte comitiva de mais de 100 apoiantes do Oriental proporcionou uma excelente casa ao Pinhalnovense, que não se amedrontou nem com os bombos, nem com a claque de apoio aos lisboetas. O Pinhalnovense apresentou-se com o guardião Paulo Ribeiro, que atirou para o banco Pedro Carvalho, enquanto Alain foi promovido a capitão e jogou os 94 minutos da partida. Também um facto pouco habitual foi a substituição do ponta de lança, Diego Zaporo, muito desgastado, que saiu aos 78’. O Pinhalnovense foi a primeira equipa a marcar por Diogo Tavares, quando estavam decorridos 35 minutos,

colocando o Pinhalnovense na frente, resultado com que foi para o intervalo. Na etapa complementar o Oriental mostrou porque ocupa o 2º lugar da tabela e é um dos candidatos à subida e aos 60’ empata a partida com golo do capitão Henrique. Os excelentes reflexos de David Grilo evitaram que Feiteira voltasse a marcar para a equipa da casa, quando estavam decorridos 78’ da partida, que voou para a defesa da tarde. Na outra baliza Paulo Ribeiro não deu hipóteses aos avançados do Oriental que testaram a eficácia do guardião do Pinhalnovense, aos 23’, 89’, 90’+1’ e 90’+2’ O jogo terminou numa verdadeira festa de convívio entre jogadores e adeptos de ambas as equipas a fazer inveja a muitos profissionais, que com atitudes negativas fazem de certos jogos um verdadeiro campo de batalha. No próximo domingo, o Pinhalnovense desloca-se ao Montijo para defrontar o Olímpico, que empatou no campo do Real. A série D do Campeonato de Portugal continua a ser liderada pelo Praiense, 64 pontos, seguido do Oriental com 57 e do Real com 55. No pódio dos melhores marcadores continua Gonçalo Gregório, do Casa Pia com 22 golos, seguido de Diego Zaporo, do Pinhalnovense, com 16 e de Beto do Olímpico do Montijo, também com 16.

Pinhalnovense nunca baixo a “guarda”

Resultados da Jornada

Pinhalnovense, 1 – Oriental, 1 Real, 0 – Olímpico, 0 Olhanense, 0 – Sp Ideal, 2 Louletano, 2 – Angrense, 0 1º Dezembro, 1 - Sacavenense, 0 Redondense, 1 – Ferreiras, 2

Moura, 1 – Vasco da Gama da Vidigueira, 4 Amora, 2 – Praiense, 0 Casa Pia, 1 – Armacenenses, 2

Ninguém pára o Palmelense

Equipa de Jaime Margarido atira Sesimbra para o 3º lugar O PALMELENSE CONTINUA A MOSTRAR NO CAMPO CORNÉLIO PALMA QUEM MANDA É A EQUIPA DE JAIME MARGARIDO E DEPOIS DA GOLEADA AO BANHEIRENSE, VOLTA A GANHAR POR 2/0 AO SESIMBRA, QUE DESCE PARA O 3º LUGAR NA TABELA CLASSIFICATIVA DO CAMPEONATO DISTRITAL DA 1ª DIVISÃO. FUTEBOL Redação | FB

Apesar de ainda falhar com alguma frequência, o Palmelense mostra que

a jogar em casa continua a ser muito forte seja a disputar os jogos com as equipas do fundo da tabela, seja com aquelas que ocupam os lugares de topo. No jogo do último domingo, a equipa de Jaime Margarido impôs-se de forma convincente frente ao Sesimbra, que ocupava o segundo lugar da classificação liderada pelo Fabril do Barreiro, e aos 21’ Valter, um verdadeiro “diabo em campo”, que luta com vigor e dinamismo e marcou o primeiro para o Palmelense. E com os adeptos da casa a gritarem em coro “ninguém pára o Palmelense/ ninguém pára o Palmelense”, que aos 33’, Swelle, embalado pelo grito de guerra marcou o segundo.

Na etapa complementar os jogadores da casa não conseguiram concretizar as oportunidades perdidas perante um Sesimbra, que apesar de lutar para inverter o resultado, também não conseguiu marcar. O Palmelense ocupa agora o 11º lugar com 28 pontos, enquanto o Sesimbra foi ultrapassado pelo Real, que passou a ocupar o 2º lugar com mais um ponto (42) que o Sesimbra (41). O líder continua a ser o Fabril do Barreiro com 55 pontos. No próximo dia 7 de Abril, o Palmelense desloca-se até à cidade de Almada para defrontar o Beira Mar. Palmelense está imbatível


16 Jornal Concelho de Palmela Terรงa-feira, 2 de Abril de 2019

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