Jornal Concelho de Palmela | Edição 41

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SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº41 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 16.04. 2019

RIO FRIO

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

P..3

Venda pode ser concretizada dentro de poucos dias e poderá ficar nas mãos de empresário português. O futuro negócio ainda não é conclusivo

P.11 MONTIJO “Não existe plano B” quem o diz é António Costa que se foca na construção do novo aeroporto na Base Aérea 6

SETÚBAL

ESPAÇO MOSCATEL É um local de referência em Pinhal Novo P.8/9

P.12

Concelho recebe o prémio Marca Estrela por registar a subida mais relevante da região de Lisboa

PALMELA

P.10

Presidente do Palmelense FC quer que o clube cresça no futuro e já sonha com a II Liga Nacional


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Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

No Diário do Distrito a noticia é ao milésimo de segundo, com profissionais do jornalismo sempre em ação, destacando as notícias nacionais e do seu distrito.

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16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PRIMEIRA LINHA

Herdade de Rio Frio pode ficar em mãos portuguesas São oito as propostas entregues por empresários interessados naquela que já foi a “Joia da Coroa” nacional. A melhor proposta entre as oito é de um português que oferece um pouco menos de 36 milhões de euros pela compra da herdade ECONOMIA

Donatilia Braço Forte

J

á foi considerada uma das maiores herdades do país com uma dinâmica nunca vista em algum ponto do território nacional. Rio Frio é uma herdade do século XIX herança do latifundiário José Maria dos Santos, por lá passaram a família Lupi que continuou a fazer daquela herdade a “Joia da Coroa” nacional. Em tempos conturbados como o 25 de abril, a herdade foi começando a deteriorar-se, a família Lupi deixou o seu “reinado” para as mãos do empresário da empresa Socar que ainda geriu a herdade alguns anos, e em 2007 a compra dá-se por um grupo de empresários ligados ao ramo imobiliário e homens de confiança de Oliveira e Costa, dono do BPN, banco esse que viria a cair em desgraça em menos de seis meses e os empréstimos, esses, não viriam a ser pagos pelos três empresários detentores da maior herdade histórica nacional. Com o caso a chegar agora ao Banco de Portugal e ao Ministério Público, a herdade de Rio Frio volta a ser manchete em jornais nacionais e regionais, com a notícia de que já foram entregues oito propostas para a compra da herdade, do ex-BPN. A melhor proposta corresponde a um português, que fez uma oferta ligeiramente abaixo do valor da avaliação da propriedade, cujo valor já foi avançado pela edição online Dinheiro Vivo e corresponde a uma oferta de 36 milhões de euros. A notícia é de 20 de fevereiro deste ano, mas até agora nada mais se soube da aceitação por parte do júri; se entrega a herdade por esse valor ou não. Em causa estão 3.300 hectares que foram colocados à venda em concurso em novembro do ano passado.

Compra englobava empreendimentos turísticos

Uma das maiores herdades do país Em fevereiro a noticia do Dinheiro Vivo dava conta que na semana a seguir o vencedor do concurso seria chamado para a assinatura do contrato de promessa de compra e venda, mas o que se sabe é que a herdade de Rio Frio continua à deriva com cerca de 100 milhões de euros em dívida a cre-

dores e que o Estado português irá assumir 60 milhões de euros de empréstimo ao Millennium BCP. A decisão final da venda vai caber ao Ministério das Finanças que não se pronunciou ao nosso pedido de esclarecimentos. O que se sabe atualmente é que as sociedades cons-

tituídas estão insolventes e que existe um gestor de insolvência que nada informa à massa credora de Rio Frio. A propriedade não inclui o famoso Palácio de Rio Frio que está situado num terreno contíguo e atualmente está nas mãos do Novo Banco.

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Editorial

DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

O Feijão Frade...

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muito usual na gíria dizermos todos que aquele ou aquela têm duas caras como o <<Feijão Frade>> e na realidade é o que acontece demais na sociedade civil em que vivemos. Hoje o meu editorial centra-se na clientela e no clubismo, ora vejamos, eu sou jornalista – sem pseudo – desde 2006, já lá vão treze anos que ando nestas andanças do jornalismo com carteira profissional, pois isso foi logo uma das condições “impostas” pela minha camarada Isabel de Almeida, quando chegou ao primeiro projeto em papel, tratou logo de colocar a malta com carteira emitida pela Comissão de Carteira Profissional de Jornalista. Mas como já referi, já lá vão treze anos que ando nestas andanças do jornalismo local e regional e muito recentemente tive uma formação sobre como praticar o jornalismo em Portugal e num dos módulos vinha lá mencionado de que o jornalismo não deve ter clientela nem clubismo, mas será que isso é aplicado a todos os Órgãos de Comunicação Social? Eu como diretora de vários media locais e regionais, sempre pautei por não ter esses favoritismos, o que está bem é para ser noticiado, mas o que está mal também é. É isso que faz o verdadeiro jornalismo e o verdadeiro jornalista, não é estar a tomar partido de ninguém... ”Há e tal eu não faço isto porque estou solidária com fulano X ou Y”, “Há e tal eu sou deste ou de outro clube”, claro que todos nós temos as nossas cores políticas e os nossos clubes, mas na hora da verdade não podemos ter duas caras como o <<Feijão Frade>>, é assim que se deve de praticar o puro jornalismo, seja ele nacional, regional ou local. No entanto, e infelizmente, é precisamente isso que mais vemos em certos meios de comunidades minúsculas, pois se não estás do meu lado, estás tramado, não levas publicidade. Então muitos que por aí andam têm que ser submissos às clientelas e aos clubismos, ou então já sabem que perdem os apoios que os mantêm a funcionar. Boa semana e boas leituras!


Cronica

FÁTIMA BRINCA CRONISTA

O caminho faz-se caminhando…

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jornalista faz reportagens, entrevistas e notícias, mas, por vezes também pode ser protagonista e passar para o outro lado da barreira. Neste último sábado aceitei o desafio lançado por Ricardo Cardoso e Céu Campos e fui até à Popular FM, onde respondi a perguntas das mais diversas durante duas curtas horas, no Programa Cultural “Arestas de Vento” Nunca tinha sido protagonista de uma entrevista, onde os sentimentos atingiram os limites, com a emoção a dominar as palavras. Pode-se dizer que abri as páginas do livro da minha vida. Confesso, que já participei em três ou quatro entrevistas, para jornais, para uma televisão regional e até para um livro, mas sempre sobre temas emblemáticos como o 25 de Abril, mas nunca sobre o meu estado de alma e sobre a minha vida. A entrevista de Ricardo Cardoso foi brilhantemente conduzida com pormenores, um tanto ou quanto poéticos, de Luís Filipe Estrela. Por vezes andamos mais carentes e mais sensíveis e esta entrevista foi feita numa altura em que a minha vida está a dar uma grande volta, para melhor ou para pior só o tempo o dirá. Mas quero que saibam que é muito mais difícil, e eu que o diga, ser entrevistada, do que realizar entrevistas e essas considero que as faço com certa facilidade. Para mim a profissão de jornalista é uma paixão, que vivo e respiro, sem conseguir sentir de outra forma. O caminho faz-se caminhando e o poeta Sebastião da Gama soube descrever em toda a plenitude com o poema “O sonho comanda a vida”, a paixão de uma vida e a minha é continuar a ser jornalista. E quando a morte chegar, que eu a receba a escrever.

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DESTAQUE

Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

Receitas tiveram o maior crescimento desde 2009 A sessão extraordinária da última quarta-feira abordou apenas dois pontos na ordem de trabalhos para aprovação prestação das contas da câmara e da empresa municipal Palmela Desporto. A sessão ultrapassou mais de quatros horas de debate. PODER LOCAL Redação | FB

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sessão extraordinária para aprovação de contas contou com as substituições na bancada socialista de Mara Rebelo por António Braz e do MIM, com Palmira Hortense a substituir o vereador José Calado. O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro explicou a prestação de contas, referindo que a proposta “é uma sumula da nossa atividade” e destacou o “crescimento 46,4 milhões, que é o maior desde 2009”, onde a “taxa de execução da receita foi de 108,1% sendo a mais elevada de sempre”. Nos destaques da receita estão impostos como o IMT com mais 1,9 milhões de euros, a derrama com mais 703 mil euros e as vendas de serviço com mais 454 mil euros. A nível dos impostos Indiretos o destaque vai para o IMI com mais 358 mil euros. Álvaro Amaro realçou que “os números apontam para a saúde financeira do município”, onde houve “um aumento do valor de transferências para as freguesias”, não deixando de ironizar “pagámos mais 188 mil euros para os famigerados apoios de equilíbrio financeiro”. Paulo Ribeiro critica “houve menor eficácia em investimentos” O vereador do PSD/CDS, Paulo Ribeiro, começou por elogiar a equipa que “fez o documento que nos permite avaliar o que fizeram e o que nos prometeram” e considerou “houve um crescimento dos impostos diretos e indiretos e uma menor eficácia em gastar receitas em investimentos para o bem estar dos cidadãos com as obras adiadas”, para além de frisar “gasta-se menos nas funções sociais, na habitação social e na cultura”, mas em contra partida “gasta-se cada vez mais valores nas reparações de viaturas”. O autarca da Palmela Mais criticou “os gastos com a Península Digital, que se man-

CDU justifica contas em 4 horas de reunião têm”, destacando “ o aumento do absentismo na doença natural cresceu” e ironizou “mas há uma diminuição na atividade sindical que passou de 140 dias para 78 dias e os 671 de greve passaram para uma grande subida para os plenários”. Para o autarca social democrata “os autarcas da maioria CDU não aceitaram reduzir mais o IMI porque gostam de arrecadar dinheiro, numa gestão onde acumulam dinheiro e não gastam”. E lembrou “não cumprem o que prometem e factos são factos, pois quando apresentam o orçamento vendem-nos um mundo cor de rosa” e apesar “dos senhores terem dinheiro, não têm capacidade de avançar com o que prometem”. Também o vereador socialista Pedro Taleço, destacou “o excelente trabalho feito pelos serviços”, mas lamentou “continuamos sem perceber o trabalho da Península Digital”. Já a vereadora do MIM, Palmira Hortense reconheceu “muito foi feito, mas muito mais podia ter sido feito e mantemos a nossa abstenção”, porque “há muita receita, mas deviam gastar o dinheiro em benefício das populações”. António Braz, confessou que os socialistas “ficam preocupados com a inércia de investimentos”, nomeadamente “em projetos inovadores para a educação, onde apenas fo-

ram criadas as bolsas de estudo propostas pelo PS” e concluiu “as medidas sociais têm que ser vistas como medidas prioritárias”. O vereador Raúl Cristóvão reafirmou “a qualidade deste documento feito pela equipa de Paulo Pacheco” e fez questão de lembrar que “a redução do IMI permite-nos concluir que podemos reduzir neste mandato. Há problemas que não entendemos porque não têm resolução mais rápida”. O vereador socialista relembrou que “a autarquia de Palmela entendeu que as candidaturas da UE são importantes, mas temos que dar respostas mais rápidas a nível da rede viária e da mobilidade”. O vereador Luís Miguel Calha acusou a oposição de “não ter propostas coerentes e que põem em causa a saúde financeira do município”. O presidente Álvaro Amaro concluiu o debate lembrando “ o investimento está cá porque trabalhamos muito”, dando como exemplo “não é por acaso que somos considerados a melhor rota de vinhos”. A prestação de Contas foi aprovada com os votos a favor da CDU, as abstenções do PS e do MIM e o voto contra do PSD/CDS. Palmela Desporto com resultados positivos A segunda proposta a ser debatida na sessão extraordiná-

ria foi o relatório e prestação de contas da empresa municipal, que foi aprovado por maioria, com as abstenções do PS e do MIM e o voto contra da coligação Palmela Mais (PSD/CDS-PP). A empresa Palmela Desporto teve um resultado líquido positivo no valor de 6.266 euros. Na proposta destaca-se que “em todos os equipamentos geridos pela Palmela Desporto, desde a Piscina Municipal de Palmela, Piscina Municipal de Pinhal Novo, Pavilhão Desportivo Municipal de Pinhal Novo e Campo de Jogos Municipal de Palmela houve um aumento do número médio de utilizadores mensais nas atividades regulares” e estes equipamentos desportivos “receberam mais de 3.600 participantes em eventos e atividades pontuais”. Para o Município de Palmela os excelentes resultados “resultam de uma gestão pautada por uma dinâmica crescente, mas também pela exigência, rigor e contenção financeira” e a maioria lembra que a empresa municipal “tem vindo a diversificar e a qualificar, cada vez mais, a sua oferta e tem hoje um papel importante na construção da política desportiva municipal, em parceria com a Autarquia, juntas de freguesia, comunidade educativa, agentes associativos, desportivos e sociais e um conjunto de atletas de renome do Concelho”.


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NESTE DOMINGO DE PÁSCOA, TINTO RESERVA PARA O PAI, Vereadores do PS estiveram na propriedade onde aconteceu o ataque BOMBONS DE AGUARDENTe PARA A MÃE. Porque a história repete-se, não há Páscoa sem o tradicional borrego no forno. E nada melhor do que um Adega de Palmela Tinto Reserva, Vale Raul CristovãoBarris prometeu fazer “pressão” junto da Câmara de PalmelaVilla Palma Tinto Reserva dos Syrah ou a acompanhar.

Este ano, a nossa história ganha um novo capítulo, com os Bombons de Aguardente Villa Palma. À venda na Loja da Adega de Palmela, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos em Palmela e na Casa da Baía em Setúbal.

Vinhos com História

Seja responsável. Beba com moderação.

16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Cronica

ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

Estradas antigas de Palmela (nº 22 )

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A conversa com Dona Oliva deixou-me a pensar. Ela disse que D. Afonso Henriques tinha passado pela estrada na encosta da Serra do Louro e que D. Nuno Álvares Pereira se tinha dirigido a Almada pela estrada de Coina. Nem um nem outro usaram a atual estrada que leva a Azeitão, que ainda não existia, foi contruída no tempo de Fontes Pereira de Melo, finais do séc. XIX. Quais seriam, então, as estradas antigas que ligavam Palmela ao resto do mundo? Antes de avançar tenho de dizer que não sou especialista em História. Deixem-me fazer uma comparação: sou assim como um rafeiro atrevido armado em cão de caça, fareja numa moita, num silvado, mas muitas vezes não há coelho nenhum. Também tenho um certo faro para algumas coisas e faço afirmações que podem levar os estudiosos e investigadores a aprofundarem assuntos para que chamo a atenção. O resultado pode ser sim ou não. Ora, o meu “faro” levou-me às conclusões que seguem. A estrada atual – Palmela, Azeitão, Almada, Lisboa – não existia, então, por onde era o caminho? A estrada da meia encosta da Serra do Louro era uma delas, nascia ali ao pé do chafariz, seguia até ao começo da serra, na ponta da Alameda onde era o Penedo, passava pela Quinta do Piloto, pela Quinta Queimada, pela Quinta do Anjo (quando era apenas uma quinta e não a povoação que é hoje), pela Quinta das Torres… ia até Sesimbra. Reparem que os antigos “montes” da Quinta do Anjo (daí vem o nome de montanhões) se encostavam bastante a essa estrada, onde também havia pontos de água ao longo dela, nomeadamente a Fonte do Sol, para lá do que hoje é Cabanas, que nessa altura ainda não existia. Quintas e fontes nas estradas… mas, atenção: as estradas procurou-se que passassem por onde havia fontes, as quintas passaram a existir junto a estradas que já havia. A esta estrada, no meu entender, vinha dar a estrada de Coina. Isso mesmo: Dona Oliva tinha razão ao dizer que Nuno Álvares Pereira tinha seguido por ela para ir deixar o javali a Almada. Essa informação vem na Crónica do Condestabre. Portanto é verdade. As pessoas vinham de Lisboa de barco até Coina, apanhavam a atual estrada velha de Coina que vinha dar a Palmela, ali junto à Quinta do Piloto: aquele caminhozito que sobe encostado à Colónia de Férias da EDP, é o que resta dessa estrada naquele sítio. Passaria por onde é hoje Palmela Village, subiria até à zona de São Brás.. ah! a capela de S. Brás! Também era uma pequena hospedagem para acolher quem andava pelos caminhos e por norma as capelas de S. Brás situavam-se fora das povoações, mas perto, para proteger as populações contra as doenças. Com tanta informação já quase nos perdemos no caminho. Vamos subir mais um pouco. Imagino que esta estrada vinha de onde é a Quinta do Anjo até às Alfaçanhas, subia até São Brás onde já estávamos; daqui seguia em direção ao que é hoje o Palmelense mas, no cruzamento junto à casa de oração de Santa Rafaela, Quinta de São José, subia até à Quinta do Piloto (na altura não havia separação entre Piloto de Baixo e Piloto de Cima) e encontrava a estrada da Serra do Louro. Como já estamos cansados de tanto andar, e andar à procura, vamos ficar por aqui. P’rá semana vamos a outras estradas antigas de Palmela, se os meus leitores tiverem pachorra para isso.

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ATUALIDADE

Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

Palmela prepara-se para receber Queima do Judas A vila histórica de Palmela vai receber no próximo sábado a tradicional Queima do Judas, onde o movimento associativo do concelho vai percorrer as ruas e ruelas da vila deixando recados em cada recanto do Centro Histórico. A iniciativa marcada para as 21h30 tem início como habitualmente junto aos Loureiros onde será queimado o primeiro boneco de 15, sendo o percurso animado pelo Bardoada – Grupo do Sarrafo.

Ao longo do percurso haverá várias paragens para a “queima do boneco”. Uma tradição que foi recuperada em 1995, a Queima do Judas tem origens pagãs, na qual se celebra a chegada da Primavera. A iniciativa termina no Largo S. João, com a Orquestra e os Diabos do Bardoada a fazerem um brilhante espetáculo com fogo de artificio, e no fim é lido o testamento da Câmara Municipal com a Queima do seu judas.

Proibido estacionar ou circular: Corte e condicionamento de vias Dia 20 de abril (sábado), das 20h00 às 00h00 · Avenida dos Bombeiros Voluntários de Palmela · Largo 5 de Outubro · Rua Luís de Camões · Largo do Município · Praça Duque de Palmela · Rua do Castelo · Largo D. Afonso Henriques · Travessa da Saboaria · Rua da Saboaria · Travessa do Arrabalde · Rua do Brochado

Queima do Judas percorre ruas e ruelas do Centro Histórico de Palmela

· Largo D. João I · Rua da Ladeira · Rua Mouzinho de Albuquerque · Rua Hermenegildo Capelo · Largo do Mercado · Rua 31 de Janeiro · Rua Heliodoro Salgado · Rua Joaquim Brandão · Largo Marquês de Pombal · Rua Almirante Reis · Rua do Passadiço · Rua Jaime Afreixo · Rua Serpa Pinto · Rua Coronel Galhardo · Rua Augusto Cardoso · Largo do Passo da Formiga · Rua de Olivença · Largo de São João Batista Proibição de estacionamento de veículos

Dia 20 de abril (sábado) das 14h00 às 00h00 · Largo dos Loureiros · Largo do Município · Praça Duque de Palmela · Largo D. Afonso Henriques · Largo D. João I · Largo do Mercado · Rua Hermenegildo Capelo · Rua 31 de janeiro · Rua Heliodoro Salgado · Largo Marquês de Pombal · Rua Joaquim Brandão · Largo Passo da Formiga · Rua de Olivença A infração estará sujeita a penalização (reboque e coima).

Mercado Caramelo

Centenas participam na apresentação O Mercado Caramelo foi apresentado no final da tarde do passado domingo, que contou com a presença de centenas de pessoas, que quiseram degustar a sopa caramela CULTURA

Redação | FB | Foto by Diário Imagem

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oje até parece que estamos no Mercado Caramelo do antigamente” destacou o presidente da organização, destacando o elevado número de presentes, que aceitaram o convite para degustarem a sopa caramela. Também o presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Manuel Lagarto, destacou a envolvência da população com o evento, que “se valoriza todos os anos e que este ano contará com a participação da Arcolsa, que está a desenvolver a proteção da raça saloia e irá mar-

car presença com a ordenha e tosquia das ovelhas de raça saloia”. Os organizadores do Mercado Caramelo agradeceram à Câmara de Palmela por “retirar o lago, que nos dá mais espaço para as iniciativas” e anunciaram que a rua da estação “será ocupada pelos espaços de gastronomia”. Também o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, explicou que “as obras que estão a nascer em torno desta centralidade serão suspensas até dia 8 de Julho para receber o Mercado Caramelo, as comemorações do 25 de Abril, as Festas do Pinhal Novo e o Festival de Gigantones”, mas “serão retomadas a 8 de Julho

Animação, quadro etnográficos e muita gastronomia durante três dias em grande força para a cons- O Mercado Caramelo irá detrução de dois jogos de água, correr nos dias 10, 11 e 12 de pavimentos renovados e mo- Maio. biliário urbano”.


16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

«O lema do Espaço Moscatel é ‘para estar e relaxar’» Ricardo Maçarico, descendente de famílias ligadas à vitivinicultura, abriu há seis anos um espaço de referência no Pinhal Novo, o ‘Espaço Moscatel’, sobre o qual o JCP foi descobrir um pouco mais

entrevista

Miguel Garcia | Carmo Torres | Foto by Diário Imagem

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icardo Maçarico é um empresário que apostou numa aventura em Pinhal Novo, o jovem empresário conta-nos a sua história... Como nasceu a ideia de agarrar este projecto no Pinhal Novo? Nasceu quando eu procurava algo para investir no ramo da hotelaria, e surgiu a notícia de que iria abrir um concurso público lançado pela Câmara Municipal de Palmela para um espaço de café, bebidas e esplanada no Pinhal Novo. Fui estando informado e fui a essa hasta pública, e consegui ficar com o ‘Espaço Moscatel’ com um período de exploração de 25 anos. Tive a sorte de abrir um dos primeiros espaços deste género e daí tive a possibilidade de o criar como eu queria. Isso foi muito bom, embora com algumas situações que tivemos de ultrapassar, mas posso dizer que este espaço está a noventa por cento ao meu gosto. Tratou-se de um investimento na ordem dos cem mil euros, seguramente. Acha que ainda falta alguma coisa neste espaço? Tentamos sempre algo que gostaríamos de fazer, até porque as coisas evoluem. Agora fiz umas pequenas alterações e os clientes gostaram, no entanto, não mudava muito mais. O nosso lema é ‘para estar e relaxar’ e por isso tentamos fazer tudo para criar um bom ambiente para os nossos clientes. Aqui um factor muito importante é que entre Junho e Setembro monto uma esplanada na parte de trás, sob umas árvores que nessa altura têm folha e criam um espaço muito agradável, e propício até para as famílias trazerem os filhos que ali podem estar a brincar. Mas faltava ali um parque infantil, embora tenhamos outro por aqui, mas este tipo de equipamentos nunca é demais.

Quem sabe um dia consigo convencer quem de direito. E porque optou por algo ligado ao Moscatel e não ao vinho em geral, vindo de famílias ligadas aos vinhos? É verdade, tanto o meu pai como os meus avós tinham negócios ligados ao vinho, nomeadamente a SIVIPA, que agora também passou para mim, porque sou sócio. Mas o ‘Espaço Moscatel’ surgiu na altura em que eu procurava algo e acabei por construir tudo o que aqui está e até agora tem sido uma aposta ganha. Em relação ao nome tem a ver com a minha ligação aos vinhos e porque o Moscatel é a bebida de eleição no concelho. Aliás a procura do Moscatel aqui superou as minhas expectativas. Ouvia falar que aquilo que se consumia mais no Pinhal Novo era a Ginja, mas fiquei surpreendido com a adesão ao Moscatel, que se consome muito mais.

Espaço Moscatel é uma aposta ganha

No entanto, concorda que os vinhos vieram ajudar bastante este tipo de negócios? Neste espaço o vinho é essencial, e o próprio nome convida os clientes a provar os moscatéis que aqui temos, que são de várias casas do concelho. Além dos moscatéis, que especialidades têm neste espaço? Temos o bombom de moscatel, os pastéis de moscatel, os pastéis de gila, confecionados pela Confeitaria S. Julião, do Nuno Gil, que também nos auxilia com os seus produtos regionais, como as fogaças da região, SS de Azeitão, etc. E são produtos com muita procura, sobretudo os pastéis do Nuno são procurados por clientes para levar para fora e para oferecer. Nestes seis anos o que mais o marcou? O que me marcou essencialmente foram os clientes que têm vindo cá fielmente ao longo destes anos. Cria-se uma empatia e uma amizade muito

Ricardo Maçarico também é uma cara conhecida no mundo vinícola

Na entrega de prémios CVRPS


TEMA DE CAPA

16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

especial, sentem-se aqui em casa e isso era também o que eu pretendia. E é também pelos clientes que este ano, que comemoramos a «meia dúzia», estou a ponderar uma celebração, que normalmente não fazemos, mas com alguma animação até do espaço. Sendo natural de Palmela, porque optou pelo Pinhal Novo para o seu negócio? Estamos no concelho de Palmela e temos várias terras completamente distintas umas das outras. Palmela é diferente do Pinhal Novo, sendo que a primeira tem uma população mais envelhecida e está um pouco ‘parada’, ao passo que o Pinhal Novo tem uma agitação e uma vida própria muito dinâmica, com gente mais jovem e muito mais activa. Vamos fazer seis anos em Setembro e considero que foi um excelente negócio, num local fantástico, numa zona central do Pinhal Novo e com muitos serviços em redor que ajudam a criar essa dinâmica. No entanto, Palmela também tem boas potencialidades, é preciso é saber fazer e acertar. Agora arranjei um espaço meu no centro, a Pizaria da Vila, e convidei umas pessoas para explorarem, que embelezaram ainda mais e está a

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ser um sucesso. Além destes negócios, ainda tem tempo para alguns outros projectos? Sou vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Palmela, e tenho alguns negócios no ramo do imobiliário. Acha que o concelho de Palmela precisa de mais empreendedores? Claro que sim, são sempre bem-vindos. E se calhar até há mais pessoas com ideias, mas depois faltam alguns apoios para esses que estão com vontade de arriscar. Mas isso faz parte do país que temos, que não apoia muito as novas ideias e sobretudo os jovens. É difícil ser empresário em Palmela? Depende da situação. Quando já temos uma base, e um pequeno impulso para começar, torna-se mais fácil. Como vê o turismo em Palmela e no Pinhal Novo? Penso que já começa a existir algum movimento turístico no Pinhal Novo, mas ainda há muito para fazer. Ao nível do concelho, existe esse turismo, mas ainda estamos longe de grandes números. Um dos empreendimentos futuros de que muito se fala

O empresário abraçou o projeto da hotelaria muito recentemente é o novo aeroporto no Montijo. Acha que isso pode ajudar ao desenvolvimento do turismo no concelho? Acho que essa é uma excelente notícia, e isso já sente aqui no Pinhal Novo com uma grande corrida a compra de habitações. Os preços aumentaram nesta área, mas

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tudo isso faz mexer toda a economia em redor. Projectos e desejos para o futuro? Ando à procura de outro negócio na área da hotelaria, mas não será na margem sul, será em Lisboa, embora possa vir a ter por cá um ‘apên-

dice’. Será uma área com cafetaria mas também com vinhos. Mas ainda é algo que vou tentar. Em relação a desejos, a nível pessoal que tudo continue como até aqui, e a nível mais geral, que o concelho de Palmela evolua bastante no bom sentido.


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TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

Palmelense em jantar histórico

Presidente quer o clube na II Liga Nacional Os 95 anos do Palmelense foram vividos num salutar convívio onde não faltaram os dirigentes do Pinhalnovense e com o presidente João Paulo Santos a fazer o balanço dos últimos anos e a definir como principal objetivo “quando comemorarmos o centenário queremos estar na segunda liga” DESPORTO

Redação | FB | Foto by Diário Imagem

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jantar de aniversário do Palmelense reuniu mais de 200 pessoas na sala dos Loureiros e envolveu uma manifestação de salutar convívio, entre associados, atletas, dirigentes, instituições, autarcas e parceiros desportivos, com destaque para o presidente do Pinhalnovense, António Sousa e para Francisco Cardoso, presidente da AFS. A dança, a habilidade futebolística de pequenos craques e as cantorias animaram o evento, onde foram distinguidos os sócios de 15 e 25 anos, antes das intervenções, que marcaram um aniversário, onde a gastronomia aqueceu o ambiente entre os participantes. Presidente faz balanço dos últimos anos João Paulo Santos não escondeu a emoção do momento ao lembrar “chegámos em 2015 e fomos recebidos por um pelado”, mas no final do ano “inaugurámos o relvado sintético”. Mas as obras não vão parar, destacou o presidente palmelense, anunciando os objetivos para 2019 como “a construção de uma caldeira de água, pois a atual tem 50 anos e ainda funciona a lenha, que envolve um investimento de 30 mil euros, a construção da sede no Cornélio Palma com um custo de 100 mil euros e a recuperação dos balneários da bancada

com um orçamento de 56 mil euros”. Mas João Paulo Santos quer transformar em realidades a construção da pista de atletismo, pois o Palmelense “regressou ao atletismo e já tem 20 atletas federados, onde apostamos numa pista com quatro corredores, uma pista de saltos e uma caixa de lançamentos, com um investimento de 83 mil euros”. Um campo de futebol de 5 coberto e a iluminação led fazem também parte dos objetivos e o presidente lembra “investimos um milhão de euros no campo Cornélio Palma, que está registado e pertence ao Palmelense”. “Temos 15 equipas em competição” A aposta na certificação dos treinadores e os atletas federados, que subiram de 184 para 272, com 15 equipas em competição são realidades no renovado Palmelense, que será um dos clubes acreditados pela FPF na escola de formação, que mobiliza mais de 300 miúdos. Em jeito irónico não deixa de confessar “se tivéssemos o comboio a parar no centro de Palmela, os jogadores federados ficavam por aqui e não chegavam ao Pinhal Novo”, mas mesmo assim “somos o 7º clube do distrito e o maior do concelho a nível de atletas federados”. Na sua intervenção, o presidente da AFS, Francisco Cardoso, destacou “gostei muito da presença do Pinhalnovense e tal como disse o António Sousa a

causa é a mesma e no distrito temos que trabalhar mais em parceria, porque se os sete mil atletas que não estão filiados o fizessem estaríamos em terceiro lugar, em vez do sétimo”. “O Palmelense passa por um enorme dinamismo” O presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Jorge Mares, reconheceu “o trabalho feito pelos atuais dirigentes com enorme dinamismo, que nunca aconteceu antes e o presidente tem toda a legitimidade para ser ambicioso”, porque o Palmelense “é a nossa referência como clube da nossa terra”. “Estamos a viver uma noite de paixões” O vereador do Desporto, Luís Miguel Calha, destacou “estamos a viver uma noite de paixões entre amigos imbuídos do mesmo espírito de apoio a esta instituição que é o Palmelense, que leva o nome desta terra por esse país fora”. O autarca reconheceu que o Palmelense “em passado, tem presente e um futuro promissor com o envolvimento de todos”. Luís Calha destacou “o espírito de união e registo a presença do presidente do Pinhalnovense, pois não faz sentido que o movimento associativo esteja de costas voltadas”. Como mensagem de futuro assinala-se o cartaz luminoso onde se refere “em 2024 (ano do centenário) o Palmelense estará na 2ª Liga”.

João Paulo, presidente do Palmelense afirmou que o clube está a viver paixões

Várias associações do concelho entre os convidados dos 95 anos do Palmelense FC

Leroy e Conforama apostam na cidade do Montijo Um investimento de milhares de euros vai remodelar o Retail do Montijo que estava fechado há anos

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ontijo está na moda e a procura de empresas para se instalarem na cidade tem vindo a crescer nos últimos tempos. O anúncio do novo aeroporto por parte do Governo e da Vinci também foi o motor de arran-

que para os investimentos começarem a surgir na margem sul do Tejo, e propriamente na cidade do Montijo. Construído na mesma época do Fórum Montijo, o Retail Montijo foi um edifício que esteve encerrado

estes anos. Muitos projetos se alavancaram para o espaço, mas que ficaram na gaveta. Este ano o grupo da empresa Leroy Merlin e a Conforama decidiram apostar na cidade e aproveitar a área considerável que

constitui aquele espaço do Retail. Para além de terem concluído a fusão com o grupo AKI, a Leroy Merlin chega agora com uma loja à cidade do Montijo onde o investimento é de largos milhares de euros.

Já a marca portuguesa Conforama também vai abrir a sua loja ao lado da marca francesa, o JCP tentou saber junto da empresa qual o investimento, mas até à hora do fecho desta edição não conseguimos obter qualquer esclarecimento.


MONTIJO

16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Estudo de Impacte Ambiental está concluído ANA Aeroportos concluiu na passada sexta-feira o Estudo de Impacte Ambiental para o novo aeroporto complementar

TRANSPORTES Lusa

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ANA – Aeroportos de Portugal disse hoje à Lusa que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do aeroporto do Montijo está concluído. “A ANA confirma que, de acordo com o prazo previsto, o EIA está finalizado e a ser submetido, sendo a submissão feita através de carregamento do EIA na plataforma da Agência Portuguesa do Ambiente”, afirmou fonte oficial da gestora dos aeroportos portugueses em resposta à agência Lusa. Em 29 de março, a ANA disse à Lusa que o EIA do aeroporto do Montijo estava em conclusão e seria entregue à Agência Portuguesa do Ambiente até ao final da segunda semana de abril.

A mesma fonte referiu, na altura, que, apesar de não haver qualquer prazo, a gestora dos aeroportos estava “a fazer o necessário para entregar brevemente o EIA à APA, correspondendo, assim, à estimativa apontada no início do ano”. Em causa está a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projeto Aeroporto Complementar do Montijo e Respetivas Acessibilidades, que foi encerrado pela APA em 25 de julho, a pedido da ANA, que justificou esta solicitação com a necessidade de aprofundamento do estudo. A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 e inclui a extensão da atual estrutura Humberto Delgado (em Lisboa) e a transformação da

base aérea do Montijo. Em 04 de janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que serão cumpridas integralmente as eventuais medidas de mitigação que venham a ser definidas pelo estudo de impacto ambiental para o aeroporto complementar do Montijo. O primeiro-ministro, António Costa, também já disse que apenas se aguarda o EIA para ser “irreversível” a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando haver consenso nacional sobre o projeto. Em 11 de janeiro, António Costa admitiu que “não há plano B” para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa caso o estudo de impacto ambiental chumbe a localização no Montijo e voltou a garantir que “não haverá aeroporto no Montijo” se o es-

Estudo de Impacto Ambiental entregue à APA tudo de impacte ambiental não o permitir. Em 08 de março, a associação ambientalista Zero anunciou que tinha interposto uma ação judicial contra a APA, para que seja efetuada uma Avaliação Ambiental Estratégica ao novo aeroporto do Montijo.

Em comunicado divulgado na altura, a Zero referiu que desde o início do processo para a escolha de um local para a construção do novo aeroporto tem alertado para a necessidade de uma Avaliação Ambiental Estratégica, em vez de uma Avaliação de Impacto Ambiental.

Montijo é o plano A, B e C do Governo para instalar o aeroporto A ANA Aeroportos já entregou o estudo de impacte ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente, o relatório alerta para problemas de ruído excessivo e riscos para várias espécies de aves, mas o Governo e a Vinci não mudam de estratégia

SOCIEDADE

Júlio Duarte

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Governo e a empresa gestora da ANA Aeroportos não estão dispostos a abrir mão da nova localização do aeroporto complementar ao da Portela na Base Aérea n.º 6 no Montijo. A decisão está tomada e António Costa afirmou em janeiro não haver <<plano B>> para a instalação da plataforma aeroportuária que irá auxiliar o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. O Governo e a Vinci vão mesmo avançar com a construção do novo aeroporto na base aérea do Montijo, embora o Estudo de Impacte Ambiental tenha algumas reservas quanto ao excesso de ruido e riscos para várias espécies de aves que se instalaram nos ramais do Tejo. Resultado final que não agrada ao Governo nem à Vinci, mas ambos mantém a construção

no Montijo, apresentando algumas soluções para os problemas que são apontados nas avaliações do estudo. Construir o novo aeroporto complementar no Montijo terá sempre impedimentos ambientais, segundo uma fonte ligada à ANA, mas adianta que “existem sempre métodos para eliminar os impedimentos e diminuir esses problemas”, não explicando quais os métodos a utilizar. Monte Real e Alverca fora de questão Muitos são os autarcas e políticos que defendem a instalação do Portela + 1 em Monte Real ou em Alverca, Pedro Santana Lopes, da Aliança, defendeu a semana passada de que Alverca poderia ser uma opção mais vantajosa para Portugal e até para a própria região, ficando o projeto mais em conta e os turistas centralizados na região de Lisboa.

Governo e Vinci garantem que aeroporto é no Montijo Da parte dos autarcas da margem sul, a defesa tem ido para a hipótese de o aeroporto ir para o Campo de Tiro de Alcochete, hipótese avançada no passado mas que o Governo também tinha abandonado.

Mas a Vinci e o Governo já referiram que essas localizações estão fora dos horizontes de ambas as entidades. Montijo é a opção correta devido à proximidade com Lisboa e ter pistas em paralelo, o que

vai permitir a descolagem ou aterragem de dois aviões em simultâneo, o que não acontecerá em Alverca. Já em Monte Real a distância foi motivo de eliminação.


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SETÚBAL

Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

Setúbal no Top 10

Com a participação de 36 restaurantes

Cidade Sadina é uma das mais apelativas para viver

Semana da Caldeirada está a chegar

Setúbal foi distinguida em 2018 com o prémio Marca Estrela, registando a subida mais relevante da região de Lisboa, e este ano o concelho sadino reforça, o lugar no Top 10 nacional, subindo uma posição no ranking geral dos concelhos mais atrativos do país ECONOMIA

Redação | FB | Foto by Diário Imagem

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etúbal consolidou em 2019 a posição no Top 10 nacional dos municípios mais apelativos para viver, visitar e investir ao subir ao 9.º lugar no Portugal City Brand Ranking. Em 2018 Setúbal foi distinguida com o prémio Marca Estrela, por registar a subida mais relevante da região de Lisboa, o concelho sadino reforça, este ano, o lugar no Top 10 nacional, subindo uma posição no ranking geral dos concelhos mais atrativos do país. O Portugal City Brand Ranking, agora na sexta edição, é um documento apresentado pela empresa Bloom Consulting sobre a performance de marca dos 308 municípios portugueses, concretamente nas áreas do Turismo, Negócios e Talento. Setúbal, ao longo das várias edições, tem demonstrado subidas consistentes nos parâme-

Festival da Caldeirada invade restaurantes

Festival da Caldeirada invade restaurantes tros avaliados, o que permitiu ao concelho ascender do 13.º lugar na tabela geral, em 2013, ao 9.º, em 2019, sendo o único concelho a registar subida de posição no Top 10, na lista que continua a ser liderada por Lisboa, seguida, respetivamente, de Porto, Cascais e Braga. Nos outros lugares do Top estão Coimbra, em 5.º lugar, Sintra, em 6.º, Funchal, em 7.º, e Faro, 8.º. O 9º lugar do concelho de Se-

túbal teve em atenção os critérios de avaliação nas categorias “Negócios”, o 15.º, no de “Visitar”, registando uma subida de duas posições, e o 13.º, no de “Viver”. No ranking de dimensão regional, com Setúbal a ser enquadrado no referente a “Lisboa”, o concelho sadino mantém inalterada a quarta posição, logo a seguir a Lisboa, Cascais e Sintra.

Amigos do Bairro Santos Nicolau

João Praia conquista prémio do Melhor Vestido de Chita

Os restaurantes de Setúbal vão participar na Semana da Caldeirada entre 27 de Abril e a 5 de Maio, que inclui também uma degustação comentada. Em destaque irão estar ementas com os melhores peixes em 36 restaurantes de referência GASTRONOMIA Redação | FB

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rinta e seis restaurantes vão oferecer ementas diversificadas onde a caldeirada será rainha, no evento que começa a 27 de Abril e se prolonga até 5 de Maio. A Semana da Caldeirada inclui também uma degustação comentada para o último dia, 5 de Maio, às 10h00, na Casa da Baía, conduzida pelo chef Rui Praxedes, do restaurante “O Praxedes”. A lista de paricipantes inclui A Casa do Peixe, A Vela Branca, Adega do Zé, Adega dos Garrafões, Baía do Sado, Baluarte do Rio, Bombordo, Café com C, Cais 56, Casa do Mar, Casa Lagarto, Churrasquinho do Sado, Copa d’Ouro, Duarte dos Frangos, Mar Salgado,

Nova Taberna o Pescador, Novo 10, Bote, Cantinho dos Petiscos, Convés, Douradinho, Pescador II, Praxedes, Saca-Rolhas, Saveiro, Velho Fernando, O Miguel, Poço das Fontainhas, Restaurante Bar Mar, Restinguinha, Retiro da Algodeia, Ribeirinha do Sado, Solar do Marquês, Taberna de Azeitão, Tasca da Fatinha e Tasca do Xico da Cana. A Semana da Caldeirada, explica a autarquia sadina, “integra um calendário de eventos gastronómicos dinamizado pelo município no âmbito da marca Setúbal Terra de Peixe com o objetivo de divulgar sabores e tradições da cozinha setubalense e, em simultâneo, estimular a restauração local e promover o concelho enquanto destino turístico de excelência”.

ECONOMIA

Redação | FB | Foto by Diário Imagem

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jovem Ana do Mar, de 13 anos, venceu o VI concurso Miss Vestido de Chita 2019, com um vestido da autoria de João Praia, presidente do Grupo de Amigos do Bairro Santos Nicolau. O concurso teve organização da União Recreativa e Desportiva das Pontes, e no final a vitória foi para o Bairro Santos Nicolau, com Ana do Mar, de 13 Anos, a apresentar um vestido é de autoria de João Henrique Praia e da costureira Inês Cardinali, da Retrosaria Italiana da Baixa da Banheira.

João Praia é o grande vencedor deste concurso de Vestido de Chita A jovem modelo foi maqui- do vestido tiveram o apoio de lhada e penteada por Gui- André Filipe. lherme Silva e os acessórios

Caldeirada pode ser apreciada em 35 restaurantes da cidade de Setúbal


FLAGRANTES DE DELITO

16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

Mota furtada em Lisboa é recuperada no Pinhal Novo pela GNR Militares da GNR de Pinhal Novo, recuperaram a mota que havia sido furtada em Lisboa. A operação ocorreu no passado dia 10 de abril CRIME

Carmo Torres

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GNR do Pinhal Novo recuperou no passado dia 10 de abril uma mota que havia sido furtada em Lisboa. Foi no decorrer de uma ação de patrulhamento, que os militares visualizaram a mota de um valor avultado no interior de uma residência, em comunicado, a GNR adianta que a residência pertence a um indivíduo suspeito de furtos e após várias diligências os militares conseguiram apurar que se tratava do bem furtado em Lisboa. No decorrer de uma busca domiciliária, a GNR apreendeu ainda a moto, dois capacetes

e 175 doses de haxixe. O suspeito, um homem de 29 anos, foi detido, constituído arguido e sujeito à medida de coa-

ção menos gravosa, Termo de Identidade e Residência. O caso foi comunicado ao Tribunal Judicial de Setúbal.

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Homem detido por plantação da cannabis em apartamento penhorado Um homem de 41 anos foi detido por cultivar cannabis dentro de um imóvel que estava penhorado em Azeitão

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ilitares do Posto Territorial de Azeitão da GNR, na sequência de uma ação de penhora a um imóvel, foram chamados ao local por suspeita de prática de atividades ilícitas no seu interior, tendo, durante as diligências, verificando que o imóvel estava transformado numa estufa de cultivo de plantas cannabis. O imóvel que está inserido num bloco de apartamentos tinha um sistema sofisticado de iluminação e extração de ar, o que possibilitava o cultivo em diferentes estados de maturação. Foi através do NIC da GNR de Setúbal que foi efetuada uma operação de vigilância que culminou com a detenção de um

homem de 41 anos de idade, em flagrante delito, pela prática do crime de tráfico de produto estupefaciente. O indivíduo reside numa outra habitação e utilizava este imóvel somente para a produção do produto estupefaciente. Foram apreendidos 56 pés de plantas cannabis, 136 doses de liamba, 2 extratores de ar e respetivas condutas, diversas lâmpadas de aquecimento, fertilizantes e material relacionado com a atividade do cultivo, os militares conseguiram ainda apreender 550 euros em numerário. O suspeito foi presente ao Tribunal de Setúbal que ficou com a medida de coação menos gravosa, Termos de Identidade e Residência.

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www.cm-palmela.pt

ORG.:

Juntas de Freguesia e Movimento Associativo


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ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019

Multas revoltam REFER dá o exemplo… moradores de U Fernando Pó

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população da aldeia vinhateira anda revoltada com a “chuva” de multas que tem “inundado” a Rua da Sociedade, em Fernando Pó. Os moradores não queriam acreditar quando viram as suas viaturas,

mais de uma dezena, com o amaldiçoado papelinho equivalente ao pagamento de 30 euros. As “vítimas” foram surpreendidas com tal ação e nem os donos dos estabelecimentos, que tinham o carro à porta escaparam.

m morador da Rua Ferreira Lopes lançou o alerta há um mês, onde denunciava o mau cheiro provocado por uma rutura junto ao canavial, no terreno pertencente à REFER. O mora-

dor criticava também a falta de limpeza do canavial, que seria da responsabilidade da Câmara de Palmela. A REFER tomou nota do recado e não só fez a reparação do cano, como procedeu

à limpeza do canavial no seu terreno. Mas o canavial de enormes proporções, continuam se ser limpo. O morador não se conforma e volta a alertar para a situação.

Aldeia vinhateira inundada de multas

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s moradores da aldeia de Fernando Pó nunca tinham visto nada assim e nem queriam acreditar, que numa rua sem qualquer sinalização a proibir o estacionamento, cerca de uma dezena de viaturas estavam multadas. As viaturas dos comercian-

tes também não foram poupadas perante a revolta dos moradores, que se mostram incrédulos com a ação policial. O JCP esteve no local para ouvir os protestos dos moradores, que já pediram a intervenção da Câmara de Palmela.

Para que não restem dúvidas O perigo está de regresso

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ntónio Carvalho, residente no Padre Nabeto, lança um alerta pertinente sobre a vala existente à entrada do bairro. Este morador denuncia o mau cheiro, mas o pior perigo vem da falta de sinalização, que na

escuridão da noite é uma autêntica armadilha para quem por ali circule. A Câmara de Palmela já em tempos colocou ali fitas, mas agora o local está sem qualquer sinalização e é urgente resolver a situação.

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pedido de dois moradores da aldeia vinhateira publicamos esta foto para ilustrar a Rua da Sociedade, cujos condutores foram alvo de multas.

A rua com mais de seis metros de largura, onde o trânsito flui em segurança, foi palco de tantas multas, não se consegue entender porquê… Os leitores do JCP que tirem

as devidas ilações sobre a situação que provocou a revolta nesta zona rural da União das Freguesias de Poceirão e Marateca.


FUTEBOL

16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Campeonato de Portugal – Pinhalnovense, 4 – Sacavenense, 2

Confiança excessiva do Pinhalnovense deu asas aos visitantes O Pinhalnovense esteve a ganhar por quatro bolas a zero, mas quando faltavam pouco mais de 10 minutos o Sacavenense encheu-se de brio e reduziu o resultado com dois golos. O guardião da equipa da casa ficou muito mal na fotografia com as facilidades que deu aos adversários futebol

Redação | FB | Foto by Diário Imagem

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equipa de Luís Manuel entrou a todo o vapor com várias oportunidades de golo, que, finalmente foram concretizadas aos 15 minutos, com Bandeira a inaugurar o marcador. Apesar de se manter com dinamismo e impulsionado pelo capitão Alain, o Pinhalnovense voltou a marcar aos 52’ com Diogo Tavares a isolar-se e a atirar de cabeça para o canto direito da baliza, sem hipóteses de defesa para o guardião sacavenense Cardoso. O Sacavenense tentava travar o ímpeto atacante da equipa azul

e branca, que numa excelente combinação de Diogo Tavares com Bandeira volta a marcar aos 67’. Bandeira assumia-se como o melhor em campo e bisou na partida com um excelente golo, subindo o resultado por três bolas a zero. O jovem Martim Águas, que tinha o pai a assistir ao jogo, começou a partida no banco, entrando na etapa complementar esteve em jogo apenas 15 minutos, mas saiu lesionado. O Pinhalnovense passou a jogar com mais calma e aos 82’, João Guilherme aproveita uma bola rechaçada por Cardoso, para atirar uma bomba e fazer os 4/0. Os adeptos da equipa da casa acreditavam na goleada, mas eis que o Sacavenense se en-

che de brio e cresce na partida, onde só faltou a pontaria. Mas Mota tirou um “coelho da cartola” e aos 87’ bate o guardião Paulo Ribeiro, que podia ter feito melhor. Nos últimos minutos da partida só dá Sacavenense, que já em tempo de compensação marca o segundo golo por Mota, com Paulo Ribeiro a ser mais uma vez protagonista pela negativa num autêntico frango. O jogo, que teve 4’ de compensação, só terminou quase 10 minutos depois. O Pinhalnovense na próxima partida desloca-se às ilhas para defrontar o Angrense. O Olímpico recebeu o Angrense com a partida a registar um empate. Nesta jornada as equipas insulares do Sp Ideal, do An-

Pinhalnovense derrota visitantes em casa grense e do Praiense vieram até ao continente empatando todos os jogos. O Olímpico viaja até à

Campeonato da Distrital da I Divisão

Alcochetense impõe goleada ao Palmelense

Praia da Vitória para defrontar o Praiense na próxima jornada.

Regresso do Campeonato Disrital da II Divisão

Águas de Moura cilindra Melindense

O J

Alcochetense provoca adeptos do Palmelense

aime Margarido considera o resultado “enganador”, que “correu de feição ao Alcochetense, que concretizou as quatro oportunidades em golos na primeira parte”. O treinador palmelense garante que “o jogo correu muito mal a que não foi indife-

rente a mudança do guarda-redes e a nossa falta de eficácia”. Na etapa complementar o Palmelense entrou melhor e aos 47’ Scara marcou para a equipa da casa, mas teve outra oportunidade cinco minutos depois, que não foi concretizada. O poder de

Palmelense sofreu derrota em casa concretização do Alcochetense foi de enorme eficácia, pois nas cinco vezes que foi à baliza do Palmelense marcou. Este mês foi o último jogo que o Palmelense jogou no Campo Cornélio Palma, onde só regressa em Maio. No dia 25 de Abril joga em casa do

União de Santiago, no dia 28 irá defrontar o Grandolense. Dia 5 de Maio joga no campo do Oriental Dragon e regressa a casa para defrontar o líder Fabril no dia 12 de Maio. Jaime Margarido destaca “um calendário muito difícil, mas iremos continuar a lutar”.

Águas de Moura assinalou o regresso dos jogos do Campeonato da II Distrital impondo pesada derrota de 6/3 à equipa do Melindense. Os outros resultados ditaram a vitória do Lagameças por 3/2 frene ao líder Comércio e Indústria e a derrota do Quintajense por 1/3 com o Alcacerense.

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Fátima Brinca | Isabel de Almeida | João Aguiar Cadete | Júlio Duarte | Miguel Garcia Cronistas: António Correia | Fátima Brinca | Tiago Machado Direção de arte & design: Ricardo Silva | MD Consulting Serviços Administrativos: Paulo Martins | Gustavo Perez Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Palmela Contactos: 212 362 317 | 918 853 667 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@ jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


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Jornal Concelho de Palmela | 16-04-2019


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