EMUspNDecOiaDAl VINHA E DO VINHO
Especial Setúbal uma “ Península decada pelos ar m região de do mundo” melhores vinhos
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DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº42 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 23.04. 2019
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991
98 ANOS DE HISTÓRIA MUSICAL
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RENATO BAPTISTA É JOVEM PRESIDENTE DE UMA COLETIVIDADE QUE TRATA CARINHOSAMENTE COMO “A CASA”
11 MONTIJO
A CIDADE PREPARA-SE PARA RECEBER UMA VEZ MAIS AS COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL
12 SETÚBAL
15 DESPORTO
14 EM DESTAQUE
CÂMARA MUNICIPAL PREPARA REGULAMENTO PARA TARIFAR NOVOS ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO NA CIDADE
PINHALNOVENSE VOA DO ANGRENSE PARA O CONTINENTE COM UMA DERROTA DE TRÊS BOLAS
A SEMANA FICOU MARCADA COM O HOMICÍDIO DE UM HOMEM DE 62 ANOS NO BAIRRO DA SUL PONTE, EM PINHAL NOVO
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Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
PRIMEIRA LINHA 3
Editorial
O Bairro dos sonhos que virou um pesadelo Foi um dos primeiros bairros a ser construído nas décadas de 80 em Pinhal Novo, um bairro que na altura foi o local escolhido por muitos moradores que vieram de várias zonas do país e que ao longo dos anos se foi degradando
REPORTAGEM
Miguel Garcia
N
asceu nas décadas de 80 e foi um dos primeiro lotes de apartamentos de terceiro andar a serem construídos na então freguesia de Pinhal Novo, o bairro da Sul Ponte assim batizado pelo seu construtor, as Construções Sul Ponte administradas pelo empresário Antero, que na altura começaria a dar uma nova cara à zona mais a poente de Pinhal Novo com a construção de vários blocos denominados por Bloco A, B e C, mais tarde viria a construir um dos últimos blocos que está situado na zona mais a centro da urbanização, o Bloco D. Para habitar os novos apartamentos de tipologia de T1 ao T4 chegaram várias pessoas oriundas do Norte e do Alentejo, mas também gentes locais que procuravam uma vida melhor com uma casa que para a altura seria a ideal. Os prédios foram sendo habitados e na altura apartamentos foram comprados entre os 900 contos a mil contos. Rápidamente a procura viria a encher os apartamentos disponível, os anos foram passando e alguns moradores foram vendendo as habitações naquela que foi uma das mais
importantes habitações da freguesia na altura. Os anos foram passando e a qualidade de vida do bairro foi-se degradando, com a chegada de novos moradores. A falta de segurança e a crise viria a dar uma reviravolta na qualidade de vida dos moradores. António Pires já vive no bairro desde 89 lembra o sossego que era: “Sabe, viver aqui era como viver no paraíso nessa altura, todos se conheciam, sempre havia algumas desavenças entre vizinhos, como é natural viver em comunidade é complicado, mas vivia-se bem”, lembrando ainda “conseguíamos ter os nossos filhos a brincarem nestas ruas até altas horas e não nos preocupávamos, mas agora – fechando o sorriso – é muito difícil vivermos aqui”, salienta que criminalidade existe em toda a parte, mas o bairro da Sul Ponte deixou de ser local para se conseguir habitar com segurança. Matilde Guilherme, outra moradora consegue-nos descrever os tempos de hoje no bairro que quase sempre é noticia, ou nos media ou nas conversas de café. “Noite sim, noite não temos sempre confusão, olhe a última vez eram 3h30 da manhã de uma quinta-feira andou tudo à porrada, tiveram que chamar a GNR, e a força de interven-
ção quando chegou nem lhes perguntou por onde eles quiseram”, esta moradora aponta o dedo às autoridades que nada fazem para minimizar a falta de policiamento no bairro, “compreendemos que os militares da GNR aqui em Pinhal Novo são poucos, o que isto queria é como fizeram há uns anos atrás que chegaram aqui ao Pinhal Novo e os levaram para um sitio qualquer e deram-lhes até cansar”, lembra a moradora que habita perto do bairro desde 1994. O bairro da Sul Ponte tem sido um local com algum enfoco nas noticias, a última ocorrência foi de um homicídio na passada semana, onde um homem de 86 anos disparou contra um vizinho de 62 anos acabando por lhe tirar a vida. Tudo por quezílias do passado, brigas passadas que acabaram com a morte de uma pessoa que para os amigos e vizinhos não se metia com ninguém e nem era de confusões. O JCP apurou no local que a grande falta é de policiamento no bairro, pois a falta de presença das autoridades policiais dá mote ao crime que possa existir num bairro que já foi o paraíso da vila de Pinhal Novo.
DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO
A Pide Camuflada...
H
oje início este meu editorial em memória de todos aqueles que lutaram por um país livre e democrático, mas que atualmente de livre e de democrático pouco tem. Ao longo do meu texto vão conseguir reparar que haverá frases pintadas de azul, pois para alguns senhores de colarinho branco, este editorial seria tratado com a infame ‘caneta azul’ como muitos outros naquele passado que agora dizem abominar, mas como se diz na gíria popular <<só lhe veste a pele quem é mesmo o lobo>> com todo o meu respeito por esses animais que são os lobos ibéricos. Há dias tive a infeliz informação de que os meus editoriais são uma “afronta” para certos e determinados senhores que se vão gabando de defenderem uma democracia livre, aqueles senhores que no dia de 25 de Abril fazem questão de exibir o belo e o bendito do cravo ao peito, mas que de democratas pouco ou nada têm, infelizmente. São os tais que, se conseguissem deitar abaixo este e outros jornais que não seguem as linhas que lhes agradam, já não estaria cá JCP nem Diário do Distrito nem Correio da Manhã nem SOL nem Ana Leal, nem a exercer estariam os seus profissionais que fazem um jornalismo de investigação e que colocam tudo a “nu” para que a opinião pública possa ter acesso a noticias que não tinha antes do 25 de Abril de 1974. Fico deveras perplexa com o que vou escutando da boca de certos senhores com a mania de superioridade, que de forma quase subtil vão lançando “ameaças” quando as coisas não lhes correm de feição. Podemos dizer que em pleno século XXI a “Pide” parece ter voltado, mas desta feita camuflada. Quando há pessoas que não compartilham das mesmas ideias lá está a “Pide” pronta para entrar em ação, mas felizmente para a Liberdade de Expressão e infelizmente para esses tirantes, esta não está tão activa como aquela que passava nas ruas e ruelas antes do 25 de Abril, onde se conseguia ler na carrinha “A viúva das Viuvinhas”. A tentativa de recuperarem essa “Pide” é bem mais espalhafatosa e menos eficaz, tentando tudo por tudo para apanhar as pontas soltas, levantando calúnias aos cidadãos e jornais que criticam o seu mau trabalho, podemos mesmo dizer que é a “Pide” do século XXI. Felizmente agora já nada conseguem fazer pela calada da noite, nem escondidos atrás da capa de autoridade da antiga “Pide”, porque os tempos são outros, e tecnológicos, onde aquilo que dizem fica registado em som e vídeo e pode até ser assistido em direto por dezenas de pessoas. Também a tal capa de autoridade não lhes dá o mesmo acoitamento como desejariam, porque acima deles ainda há um Estado de Direito que pode demorar em atuar, mas atua. E, para mal dos seus pecados, há ainda outra coisa que muitos gostariam de eliminar: chama-se ‘opinião pública’ e cada vez mais atenta também graças a esses avanços tecnológicos. Por fim, deixo apenas uns versos de José Barata Moura dos quais muitos de vós se lembrarão, e tenho esperança que no dia 25 de Abril, quando esses que refiro abrirem a boca para cantar o ‘Grândola Vila Morena’, sejam estes versos que lhes venham à memória, enquanto exibem o vibrante cravo vermelho, que será sempre «um grito vermelho num campo qualquer». Cravo Vermelho ao peito A muitos fica bem Cravo Vermelho ao peito A muitos fica bem Sobretudo faz jeito… Boas leituras!
Cronica
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DESTAQUE
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
Judas queimado em Palmela
FÁTIMA BRINCA CRONISTA
A visão futurista do meu pai
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nda me lembro de uma frase do meu pai, que continua plena de atualidade. O meu pai, quando manifestei o desejo de ir estudar (fui a primeira mulher a tomar tal ousadia na minha terra), lutou contra a intransigência da minha mãe, que queria mandar-me para a costura. Nessa altura, já lá vão quase 60 anos, o meu pai expressou o seu pensamento “a rapariga vai estudar porque o futuro deste país será das mulheres”. A minha mãe usou de todos os argumentos, pois a sua menina teria que ir para Setúbal, ela que nunca saíra da terra, mas depois de muito refilar, acabou por ceder à minha vontade, muita apoiada pelo meu pai. E se o meu pai hoje fosse vivo ficaria satisfeito por ver que a sua visão futurista tinha razão de ser. Ainda me lembro dos tempos da Movauto, onde existia apenas uma mulher chefe. Mas os tempos mudaram. As mulheres começam a ser desafiadas a enfrentarem situações, que revelam a sua capacidade de intervenção em várias áreas e também na política. O concelho de Palmela é disso um exemplo. Pela primeira vez a Assembleia Municipal será dirigida por uma mulher. Mas ganhámos também três presidentes nas Freguesias de Quinta do Anjo, do Pinhal Novo e no Poceirão/Marateca. Como se vê o meu pai era um homem de visão futurista e acabou por ser o meu “salvador”, pois tenho a certeza que seria uma péssima costureira!
Autarcas recebem recados…e o JCP foi premiado Centenas de pessoas viveram a tradição da Queima de Judas, que antes de arder deixou recados aos autarcas e alertou para os problemas ambientais, antes de ser brindado com a sessão de fogo de artifício. CULTURA
Redação | FB
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noite da Queima de Judas prometia ser animada para as centenas de pessoas que se concentraram no Largo de S. João para assistirem à leitura do último testamento e à sessão do fogo de artifício. O evento começou com a leitura do testamento da Sociedade Palmelense Os Loureiros, que em inspiradoras quadras deu recados aos autarcas e personalidades de Palmela. Depois de rebombar dos bombos, surgiram as prendas com dedicatórias, que começaram com “Adilo vereador/ muitos anos de vereação/ grande fotógrafo amador/ tem Palmela no coração”, seguindo-se a “Fernanda Pésinho/ menina sempre elegante/ trata todos com carinho/ com sorriso gratificante”. O vereador socialista “Pedro Taleço/ senhor da iluminação/ sem querer saber qual o preço/ mas candeeiro em pisca pisca é que não”. Os presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara também receberam recados, “presidente Jorge Mares/ que gosta de poesia/ correndo ou caminhando não pares/ em prol da freguesia” e “ao presidente Amaro/ da política e da canção/ fica com um pequeno reparo/ ponha Pal-
O primeiro JUDAS a arder foi nos Loureiros mela no coração”. Francisco Cardoso, presidente da AFS, também foi lembrado “ao Chico que é artista/ deixou a Misericórdia/ na Federação é visionista/ na procissão criou discórdia” e também houve “viva a Festa das Vindimas/ a melhor de Portugal/ muitos riram das suas rimas/ mas venha a Maria Leal”. O JCP também recebeu prenda “ao Jornal Concelho de Palmela/ grande família de obreiros/ uma caneta p’ra lapela/ oferta dos Loureiros”. O testamento dos Lou-
reiros terminou com um último recado “Queima de Judas é tradição/ mas a autarquia deve repensar/ se apenas palha é motivação/ para o ano cá voltar”. “O Judas és tu e sou eu” Os participantes percorrem as ruas do Centro Histórico, que durou quase três horas, enquanto incendiavam os diversos Judas espalhados em locais estratégicos, antes de chegarem ao Largo de S. João, onde no enorme ecrã se podia ler a mensa-
gem “Refugiados sejam bem vindos” e se espalhavam computadores, que foram queimados, enquanto se regavam as sementes de vida. No terraço da antiga Rádio PAL, As Avózinhas lutavam contra o som deficiente para se fazerem ouvir, numa luta que não venceram. Os alertas para a preservação do ambiente foram tema do filme, que passava imagens de guerra e destruição, com o ator de serviço a gritar “o Judas sou eu, o Judas és tu/ queimamos um pouco do que sou/ para dar lugar ao que aí vem”. A Queima de Judas terminou com críticas a quem “defende a violência” e a exigir “mais transportes e melhores estradas” e a lembrar “as obras no castelo”, terminando com o anúncio das festas que aí vêm, do Mercado Caramelo, Mostra de Vinhos, Festival de Gigantones, Festa das Vindimas e Feira Medieval. A sessão de fogo de artifício encerrou o evento, enquanto se degustavam os couratos, as entremeadas e as bifanas regadas com imperial.
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Cronica
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ATUALIDADE
Dadores de Sangue do Poceirão comemoram 25 anos
ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR
Ora vamos lá voltar às estradas antigas (nº 23 )
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Ti Chico Latério diz que a estrada mais antiga de Palmela era aquela que vinha de Lisboa até à porta do castelo. Será mesmo assim? Talvez haja aqui qualquer coisa de verdade. Uma das estradas para vir de Lisboa a Palmela, além da Estrada de Coina por onde andámos na crónica anterior, era a Estrada do Samouco. Vinha-se de Lisboa de barco até à praia do Samouco; de lá a estrada vinha até Palmela, subia a vila, seguia pela Terra Pão, passava, segundo penso, entre as casas de Álvaro Cardoso e Agostinho Batata Doce, atravessava a atual Rua dos Aviadores… e a que foi rua Nova de S. João, agora R. General Amílcar Mota, e ia até ao Passo da Formiga. Na Quinta dos Caracóis, quinta antiga, nascia a Azinhaga que dava continuidade à estrada até à porta do castelo, passando pelo Touril, por uma estalagem da Ordem de São Santiago que ficaria perto da Igreja de São Pedro e lá seguia até ao castelo. A Quinta do Samouco, que toda a gente conhece, e também a Quinta da Atalaia têm esses nomes porque nasceram junto à estrada que de Palmela levava até ao Samouco e também à Atalaia. Perto da Quinta do Samouco nascia a Estrada dos Carvalhos, que ligava a Estrada do Samouco à Estrada da Moita, a qual passava pela Quinta do Olho d’Água; lá continua a fonte, desprezada é certo, e lá continua a quinta. É verdade que isto são coisas de que já ninguém se lembra, mas não faz mal falar delas. Se for verdade que a Calçadinha, na encosta do castelo, era uma antiga estrada romana, o Ti Chico Latério não terá toda a razão ao afirmar que a Estrada do Samouco é a mais antiga. Mas ele não se vai zangar connosco. Vamos até Setúbal para fazermos o caminho de volta até Palmela. Porquê assim? Ora, porque a subir é que se vê o que é andar. Talvez por essa razão é que a subida até Palmela foi mudando de estrada. Vamos lá então, mas agora guiados por um antigo pároco da freguesia de Santa Maria do castelo, que já não existe por a igreja ter caído com o terramoto de 1755. Como é que aparece aqui esse guia? É muito simples: em 1758 surgiu a decisão de fazer um dicionário geográfico de Portugal. Para tanto foi enviado um conjunto de perguntas a todos os párocos do país, a que deviam responder. O dicionário nunca chegou a ser completado, mas as respostas ficaram guardadas e hoje são uma extraordinária fonte de informações. O nosso guia não falou da Calçadinha e ela merece uma referência: tinha também uma fonte lá no alto, a Fonte Nova, certamente por ter sido alvo de obras aí pelo século XIX; chegando a Palmela, às Portelas, seguia pela atual rua Heliodoro Salgado, antiga rua de Santo António e ligava com a estrada da Moita no largo do Terreiro que foi a antiga entrada de Palmela. O nosso guia disse que antigamente as pessoas vinham de Setúbal para Palmela pela estrada de Aires, mas que no sec. XVI o Mestre da Ordem de Santiago, D. Jorge, filho de D. João II, mandou fazer a que hoje se chama Estrada da Cobra (por causa das curvas todas que tem), para as pessoas, com cavalgaduras e carroças, não terem de dar uma volta tão grande por Aires. É curioso: mais uma vez, também a estrada de Aires ladeada de fontes (fonte da Pipa, de Aires) e de quintas (quinta da Beselga, da Amoreira, da Glória, de Buenos Aires…) Chegámos a Palmela. Até para a semana.
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
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s Dadores de Sangue do Poceirão vão comemorar no próximo dia 25 de abril o seu 25º aniversário, e para assinalar a data a instituição vai realizar entre as 9h00 e as 13h00 uma recolha de sangue na Escola Primária de Poceirão e depois segue-se o almoço piquenique no Jardim Ferreira da Costa. Pelas 15h00 está previsto o cantar de parabéns, uma iniciativa que conta com o apoio da União de Freguesias de Poceirão e Marateca e Câmara Municipal de Palmela.
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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TEMA DE CAPA
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
«A música é que alimenta esta casa» Renato Baptista, presidente da Sociedade de Instrução Musical de Quinta do Anjo, e Susana Alves, vice-presidente da colectividade, falam ao JCP como tem sido a sua direcção numa colectividade prestes a festejar os 98 anos de existência, e que tratam carinhosamente como ‘a casa’ entrevista
Miguel Garcia | Carmo Torres | Foto by Diário Imagem
Renato Baptista, como se inicia uma aventura destas? No fundo foi apenas um assumir de responsabilidade, porque já fazia parte desta casa desde os meus oito anos, e estávamos a ver que a dinâmica da Sociedade se estava a perder. Custava-me muito ver as portas desta casa fechadas, e alguns amigos instigaram-me para entrar nesta aventura, mas de início, e sendo sincero, não me via com o cargo de presidente. No entanto, essas mesmas pessoas fizeram-me ver que podia ser a pessoa certa nesta fase, porque agora precisamos de uma equipa que, acima de tudo, preserve o passado desta casa e toda a sua cultura e história, mas também com ideias novas para dinamizar esta casa, que irá completar a 24 de Junho os seus 98 anos. Tenho muitas ideias para esta casa, gostava muito de dar vida à Sociedade e pensei que podia estar na altura de avançar com essas ideias. Como tem sido trabalhar com esta nova direcção, na sua maior parte gente jovem? Tem sido um privilégio. Temos uma equipa dos 22 aos 60 anos de idade, todas mui-
to diferentes, mas esse foi o meu objectivo, ter essa diversidade, com pessoas que compreendessem e sentissem a história desta casa e outras que tivessem novas ideias e puxassem para uma outra dinâmica.
Quando assumiu a presidência, como encontrou a situação da Sociedade? Encontrei uma casa fechada. Tinha algumas actividades internas, porque felizmente a música aqui nunca morreu e
é a música que alimenta esta casa. Mas a casa estava fechada a pessoas do exterior e o nosso principal objectivo neste mandato de dois anos, é abrir as portas a todos. A nível financeiro e depois de
todas as actividades que fizemos no início do ano, já conseguimos ter uma pequena recuperação, ainda não está completamente saudável, mas já podemos sobreviver. Em relação aos projectos de construir um novo edifício, são viáveis? Esse projecto nunca me chegou oficialmente e não podemos prometer o que não conseguimos fazer. O nosso objectivo para estes dois anos é dinamizar esta casa, e num próximo mandato, até com uma nova direcção, que poderá ter elementos da actual, poderemos vir a ponderar esse projecto. Que actividades oferece agora a Sociedade? Neste momento temos a actividade mais antiga da casa, a sua Banda Filarmónica; temos uma Orquestra de Música Ligeira que foi criada há alguns anos, que saiu durante algum tempo, mas aqui retornou; e temos ainda o Grupo de Guitarras e a Escola de Música.
speciaDAl VINHA EMUNDO E DO VINHO
“ Península de Setúbal uma região demarcada pelos melhores vinhos do mundo”
Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
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Editorial
DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO
Palmela...Terra Mãe de Vinhos
Estudo da Deco destaca vinhos da Península de S
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almela continua a ser uma terra de gente ligada ao mundo rural, de gente humilde se criaram as melhores terras onde se plantaram as melhores cepas que deram e dão os melhores vinhos do Mundo. Palmela é um ícone de puro conhecimento, uma terra que tem tudo de bom e até tem o melhor vinho do mundo, foram homens e mulheres que a pulso fizeram desenvolver um setor que estava quase esquecido, num qualquer campo de nevoeiro, onde as cepas eram meras cepas e o vinho, esse, era tratado a granel nas adegas. Foi o saber que levou à adaptação ao longo dos tempos para entrar nos hábitos dos fãs dos vinhos que são muitos por esse mundo fora. A grande evolução veio do pulso e do trabalho árduo de empresários que apostaram numa visão mais longínqua, e na década de 90 os vinhos de Palmela começaram a tomar um caminho que nem sonhavam o que viria por aí. Estamos em 2019 e o que temos? Temos os melhores vinhos do mundo, temos uma tecnologia de ponta no setor e investimentos a surgirem com novas empresas no concelho que apostaram num território que estava quase perdido no tempo, com as cepas velhas, onde as rugas do tempo faziam adivinhar quantos anos estas tinham. Os campos foram fertilizados, as vinhas velhas trocadas por novas e nasceu a nova era do mundo da vinha e do vinho! Palmela és Terra Mãe de Vinhos!
A Deco Proteste fez um estudo de mercado sobre os melhores vinhos tintos a se comercializados a 2€. A Península de Setúbal revelou-se a região com bons vinh
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Península de Setúbal tem-se destacado no setor vinícola nos últimos tempos, a aposta é forte e os vinhos da região não se ficam atrás dos tão afamados vinhos de outras regiões do país, nomeadamente Norte e Alentejo. A Deco Proteste recentemente realizou um estudo de mercado onde destacou os 6 melhores vinhos tintos abaixo de 2€, e lá está a Península de Setúbal a marcar presença. Contudo, o estudo da Deco Proteste vem também quebrar o mito de que todo o bom vinho, tem de ser caro. E a verdade é
que existem nesta região 3 vinhos que se destacam pela qualidade e pelo preço. A Deco Proteste realiza, frequentemente, estudos que ajudam os consumidores a fazer as suas escolhas na hora de comprar, e neste estudo foram submetidos a teste mais de 300 vinhos. Mais de 100 vinhos brancos e quase 200 tintos e ainda cerca de 40 de outros tipos – espumantes e rosés. Entre os 6 melhores vinhos a preços abaixo dos 2€ estão o Adega de Pegões 2017, um vinho Regional Península de Setúbal cor ruby composto com castas
Castelão ( 80%), Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Nacional ( 20%). Uma produção do ano de 2017 e que pode permanecer em ótimas condições durante 5 anos. O Adega de Pegões 2017 pode acompanhar com pratos de bacalhau, carnes vermelhas e grelhados. O seu aroma a frutos vermelhos é um complemento ao paladar, macio e com taninos de uma excelente qualidade. Pode ser adquirido por 1,79€. De terras de Fernando Pó, Palmela, chega-nos a boa notícia de que o vinho com dominação “Palmela” também pode ser en-
contrado abaixo preço no m do, 1,79€ e o consumidor levar consigo um vinho pro do pela Casa Ermelinda Fre com uma excelente relação lidade/preço, a merecer o e ço na procura deste tinto. Um vinho jovem produzid ano 2017 e que vai proporc uma boa experiência em rentes sentidos no paladar. vinho apresenta-se com um rubi que apaixona qualquer enquanto o aroma a frutos melhos antecede um sabo tenso com um fim de boca dável. O “Palmela” conjug bem com pratos de caça, ca
Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
Setúbal
erem hos a preços reduzidos
mercapode oduzieitas e o quaesfor-
do no cionar dife. Este ma cor r um, s veror inagraga-se arnes
grelhadas, bacalhau entre muitas outras iguarias. Fonte do Nico, um nome a decorar, vinho de terras de Santo Isidro de Pegões, Montijo, um vinho de 2017 e que possuiu um sabor memorável na sua prova. Com 12,5% de valor de teor de álcool a Fonte do Nico não se fica atrás de qualquer um dos vinhos a teste. O seu sabor dá-se na perfeição com pratos de bacalhau, carnes de caça entre outros. O preço de prateleira é de 1,79€.
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Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
XIX Concurso de Vinho da Península de Setúbal
Sessenta medalhas premeiam os melhores entre duas centenas de participantes O XIX Concurso de Vinhos da CVRPS realizou-se no cenário idílico da Tapada da Ajuda, envolvendo produtores, instituições e autarcas, onde as adegas da Península de Setúbal foram distinguidas com medalhas de ouro e prata.
O presidente da CVRPS, Henrique Soares, destacou a presença dos presidentes das Câmaras de Setúbal, Palmela e Sines, bem como os representantes das autarquias do Montijo e Almada, tendo lembrado que a Península de Setúbal por “estar integrada na AML acaba por ser penalizada com a redução significativa de apoios comunitários”. O presidente da CVRPS lembrou que “a viticultura dá um contributo significativo na proteção ambiental” e este ano “a meta a atingir será alcançar os mil milhões de exportações”. “Estamos numa grande região”
Cooperativa Agricola de Pegões destacou-se pela qualidade dos seus vinhos PRÉMIOS
Redação | FB
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entrega de prémios do Concurso de Vinhos da Península de Setúbal rumou, pelo segundo ano consecutivo a Lisboa, depois da Estufa Fria, o palco escolhido foi o cenário idílico da Tapada da Ajuda. A cerimónia apresentada pela fadista Diamantina (ex- apresentadora da RTP), que durante cerca de três horas, relatou a longa lista de vencedores. O concurso contou com a participação de 201 vinhos, onde os 33 produtores da Península conquistaram 60 medalhas. A Casa Ermelinda Freitas e a Adega de Pegões estiveram no topo das classificações com a adega de Fernando Pó a receber a distinção para o Melhor Vinho Tinto e Regional da Península de Setúbal e adega do concelho do Montijo a Melhor Pontuação para o Vinho Branco. A adega da Bacalhoa recebeu o Prémio para o Melhor Rosado. Este ano, pela primeira vez, foi atribuído o Prémio para o Vinho mais Pontuado da Costa Alentejana, que foi entregue pelo presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, à Herdade da Arcebispa. José Maria da Fonseca venceu o Prémio para o Melhor Vinho a Concurso. A Adega Assis Lobo recebeu a Medalha de Ouro para o Melhor Vinho com a Denominação Palmela. Os vinhos mais pontuados do concurso (‘Os Melhores’), foram para o José Maria da Fonseca 20 anos, que recebeu duas distinções Melhor Vinho a Concurso e Melhor Vinho Generoso. A Casa Ermelinda Freitas arrecadou a medalha de Melhor Vinho Tinto com o Merlot Reserva 2016. O Me-
lhor Vinho Branco foi atribuído ao Encostas da Arrábida Reserva 2017, da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões. O prémio de Melhor Vinho Rosado foi para o Bacalhôa Roxo - 2017, da Bacalhôa Vinhos de Portugal. As adegas de Palmela receberam Medalhas de Ouro, que foram para a Casa Ermelinda Freitas (5), Adega de Pegões (4), Quinta do Monte Alegre e a Adega de Palmela. As adegas de Palmela foram premiadas também com as Medalhas de Prata , Venâncio da Costa Lima (2), Quinta do Piloto (2), ASL Tomé (1), Filipe Palhoça (2), Adega de Palmela (2), Adega Assis Lobo (1), Adega Camolas (1), Sivipa (1) e Casa Ermelinda Freitas (9). “Mais apoios comunitários”
Presidente da CVRPS ao lado direito destacou a presença das Câmaras Municipais convidadas
Leonor Freitas a receber o prémio da Câmara do Montijo A proprietária da Casa Ermelinda Freitas, com adegas localizadas em Fernando Pó, começou por destacar a realização do concurso em Lisboa porque “queremos dar a conhecer que estamos numa grande região, onde os pequenos produtores se afirmam cada vez mais com a qualidade dos seus vinhos” e “queremos que o turismo que se tem afirmado na capital, vá até ao meio rural, que fica aqui tão perto”. O facto da Casa Ermelinda Freitas ter sido a adega mais premiada, é encarado por Leonor Freitas como fruto de “muito trabalho e termos uma boa equipa, boas uvas e muito amor no que fazemos, para além de estarmos numa grande região”. Mas considera que “os produtores estão de parabéns, mas também a CVRPS e as câmaras do distrito, que contribuem para a resposta social de ajuda para que aqueles jardins de vinhas não desapareçam”. Também o presidente da Adega Cooperativa de Pegões, Mário Figueiredo, destacou as medalhas que “nos foram atribuídas e que premiam a qualidade dos bons vinhos que fazemos”.
Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
«Portugal tem um papel cada vez mais visível no sector da viticultura mundial» Membro da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal – CVRPS há 28 anos, e engenheiro agrónomo, Henriques Soares explica ao JCP as funções desta entidade fundada por produtores e engarrafadores da península de Setúbal. tanto quanto esperado. Mas o mercado do vinho é muito volátil e muito concorrencial, umas vezes em subida e outras com descidas. O que interessa no nosso caso, e isso é evidente pelos dados, é que a linha tem sido sempre em crescendo.”
REPORTAGEM
Miguel Garcia | Carmo Torres
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omos uma entidade privada com funções públicas, constituída em 1991. Todo o nosso orçamento e receitas advêm dos serviços de certificação, controlo dos vinhos com as marcas colectivas e da promoção que prestamos aos nossos clientes, os produtores/engarrafadores de vinhos da península de Setúbal que querem usar as marcas colectivas ‘Moscatel de Setúbal’ (DO) e ‘Moscatel Roxo’ (DO), ‘Vinhos de Palmela’ (DO) e ‘Vinhos da Península de Setúbal’ (IG), sendo que a CVRPS foi pioneira neste processo como uma das primeiras Entidades Certificadoras a surgir em Portugal em 2008.” A Assembleia Geral da CVRPS é constituída por 11 entidades que representam a produção e o comércio. “Os quatro produtores são as duas adegas de Pegões e Palmela; a AVIPE – Associação de Viticultores do Concelho de Palmela e um produtor/engarrafador da região, cujo critério de escolha é por ser o que mais certifica, e que no nosso caso é a Herdade da Barrosinha. Em representação do comércio temos 7 empresas: a Casa Ermelinda Freitas, a José Maria da Fonseca, a Bacalhôa, a Venâncio da Costa Lima, a SIVIPA, a Herdade da Comporta e a Xavier Santana.” Em cada região vinícola existe uma organização como a CVRPS, “constituída de raiz com base exclusivamente privada, cujas funções são auditadas pelo Instituto da Vinha e do Vinho, mas a tutela mais directa até acaba por ser o Governo, através do Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação”. A região vitivinícola da Península de Setúbal é a terceira região “na relação entre o que produzimos e o que certificamos, e isso é um dado consolidado, porque setenta por cento do que a região produz é comercializado de forma certificada, o que é muito bom, mas ainda temos uma margem para crescimento. Os nossos objectivos para os próximos anos é aumentar o volume de vendas, seja no mercado nacional ou em exportação, bem como aumentar o preço médio. Nos últimos três anos a região conseguiu subir 3 cêntimos no valor médio, o que pode não parecer muito, mas é muito difícil aumentar preços no mercado dos vinhos.” A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) tem como objectivo garantir a origem, a qualidade e genuinidade dos vinhos bem como a sua promoção e do património vitivinícola da região. Uma das formas de o alcançar passa pela rastreabilidade de cada garrafa, possível através da informação impressa em cada «Selo de Garantia». “O «Selo de Garantia» apresenta o Decreto-Lei que nos reconhece, duas letras e sete números que são atribuídos a cada
Sucesso dos vinhos nacionais…
garrafa ou embalagem, identificando-os de forma única. Nos vinhos com denominação de ‘Origem e Denominação Geográfica’ há duas rastreabilidades: a que cada produtor/ engarrafador está obrigado a garantir, respeitando um conjunto de obrigações legais nessa matéria, e uma outra adicional, que tem a ver com a origem dos vinhos e que compete à CVRPS, e é esse o foco principal do nosso serviço, que nos permite depois construir um orçamento de raiz privada, complementado no caso da promoção e internacionalização com candidaturas a fundos públicos.” Promoção internacional Para Henrique Soares “a importância da CVRPS na região é equivalente à das outras entidades nas regiões vinícolas. Uma das nossas funções é a promoção dos produtores, no mercado nacional e externos, e nos últimos anos concentrámo-nos em Angola, Brasil, China, e desde 2018 começámos também a fazer acções nos Estados Unidos. O nosso orçamento de promoção é complementar ao orçamento das empresas para essa actividade, porque algumas delas têm mais verba disponível para o fazer.” O caminho da exportação dos vinhos portugueses “começou com as ex-colónias, devido à capacidade de autossuficiência nessa matéria”. Segundo Henriques Soares “hoje em dia em termos de produção agro-alimentar o vinho é a mais importante produção agrícola enquanto fileira única. Depois temos as frutas e os hortícolas, mas esses são já um conjunto de produtos.” E reforça que “o vinho tem essa capacidade que os outros produtos não têm, que é levar o nome do país lá fora, porque sejam de que zona forem, não deixam de ter bem explícito em cada garrafa «vinho de Portugal», pu-
xando assim pela imagem do país.” Nos últimos anos “esta tem sido uma exportação muito importante e em números redondos, passámos de cerca de 500 milhões de euros de exportação para um pouco mais de 800 milhões, um crescimento acentuado. Não sei se há igual noutros sectores no nosso país. Tendo em conta que Portugal é um pequeno país no contexto mundial do vinho, não temos quotas muito elevadas nos mercados, mas temos vindo a crescer e até a ultrapassar países que produzem muito mais do que nós, e Portugal tem um papel cada vez mais visível no sector da viticultura mundial.” Em termos de exportações, a nota positiva vai para “a Polónia, que conta com a presença da empresa Jerónimo Martins, e o Reino Unido, que é um caso singular, porque não sendo produtor é um dos grandes mercados importadores dos nossos vinhos e é também um grande formador de opinião para todo o mundo, porque as revistas inglesas sobre o tema têm muito peso no mercado. Face a algum abrandamento económico que este ano se tem vindo a fazer mais sentir na União Europeia, notámos algum decréscimo nos Países Baixos, Alemanha e Suécia, embora continuando a ser mercados muito relevantes.” Já fora da União Europeia, “o mercado do Brasil foi extraordinário, já tínhamos subido significativamente em 2017 e voltámos a subir em 2018, mas na China mantivemos a nossa quota. Voltámos a crescer no Canadá e nos Estados Unidos, que são grandes produtores de vinho, e não apenas na zona da Califórnia, mas também importam muito, porque não produzem o suficiente para o consumo que têm. Apenas em Angola, que já foi um grande importador, mas que devido às dificuldades financeiras e cambiais do país, não crescemos
O vinho sempre foi uma produção fundamental em Portugal, mas nos últimos anos cada vez as atenções estão focadas nos vinhos nacionais, conquistando inúmeras medalhas em concursos internacionais. “Esta cultura do vinho vem ainda do Estado Novo, com a célebre frase de que ‘consumir vinho era dar de comer a um milhão de portugueses’. Neste momento não serão um milhão mas várias centenas de milhar vivem do sector vinícola. No entanto, temos de ter em conta que o seu consumo é sempre muito influenciado pelos ciclos económicos. Não sendo um produto essencial, depende sempre muito do crescimento ou abrandamento das respectivas economias. O que aconteceu após a nossa integração na União Europeia, com os apoios que o país recebeu para a restruturação das vinhas e posteriormente para a promoção dos vinhos nos mercados externos, levou o sector a um caminho progressivo para alcançar o estatuto que hoje tem. Isso a par com a restruturação e renovação das adegas e formação de técnicos na área da viticultura e da enologia, fez subir o patamar da qualidade dos vinhos portugueses.” Henriques Soares salienta ainda a importância da globalização do negócio ligado ao vinho. “Trata-se de um negócio cada vez mais concorrencial, porque as outras regiões vinícolas do país também vendem vinho na nossa região, e os nossos são vendidos nessas regiões, porque é assim que o mercado funciona.” Dos vinhos nacionais prefere “os vinhos da península de Setúbal. Aprecio todos os vinhos, mas estes são claramente os meus preferidos, até porque trabalhando com o sector e conhecendo muito bem os vinhos desta região, quando penso em adquirir um vinho é difícil ver noutras regiões vinhos tão bons quanto os nossos e pelo valor destes”. Este é outro aspecto que destaca “porque procuramos melhorar o retorno para as empresas, vendendo o vinho ao melhor preço e isso também atrai os consumidores, porque sabem que têm qualidade a preços muito apelativos”. … ‘segredos’ dos vinhos da Península de Setúbal Se todos os sucessos têm segredos, os vinhos da região de Setúbal não são excepção. “Os segredos são uma mistura de vários factores: por um lado os solos que temos na região, por outro lado o clima; também
Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
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16-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
as castas, que variam de região para região, sendo que a nossa região é muito marcada pela Castelão, Fernão Pires e Moscatel de Setúbal. Actualmente temos muito mais castas, algumas designadas como ‘internacionais’, de origem francesa que aqui dão muito bons vinhos. Esse complexo das condições edafoclimáticas, o conjunto dos solos e clima e a intervenção do homem, plantando castas diferentes e depois transformando as uvas em vinho em cada região, são a multiplicidade de factores que fazem a singularidade dos vinhos da região de Setúbal, assim como das outras regiões demarcadas, e que é essencialmente o principal aspecto do qual vive o negócio do vinho. As pessoas estão sempre dispostas a experimentar novos vinhos, de novas regiões, com novas castas, e isso aumenta a curiosidade mas também garante a fidelidade dos consumidores.” O sucesso destes vinhos tem atraído novos produtores, um pouco por toda a região, confirma Henriques Soares. “Apesar da diminuição a nível nacional de produtores, em termos relativos tem vindo a aumentar a sua implementação, em Palmela, Setúbal e no Montijo, embora ainda sem a visibilidade dos mais antigos, e temos de ter em conta que a história do vinho ‘pesa’. Em Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines também têm surgido novos projectos já neste século e hoje em dia esse é também uma área que vai, sobretudo por via da novidade dos produtores, sendo importante para compor a região.” Destaca ainda “a consolidação que fizemos nestes quase trinta anos na Península de Setúbal e que leva a que os nossos vinhos sejam dos mais preferidos do consumidor por aqui. Posso dizer que ‘em casa’ já ganhámos, mercê do trabalho que tem vindo a ser feito e que vamos continuar a fazer. Mas agora estamos num novo patamar de visibilidade de âmbito nacional, sendo que a região nesse contexto passou a ser a terceira ou quarta preferida pelos portugueses.” Um estudo da DECO Proteste distinguiu os vinhos nacionais pela boa qualidade e baixo preço, e na listagem dos seis melhores incluía um tinto da Adega de Pegões, Fonte do Nico e da Casa Ermelinda Freitas. Vendidos abaixo de dois euros. “Primeiro que tudo temos de nos congratular por ter produtores da região a fazer parte desse estudo com o grau de independência da Deco. Por outro lado, acho que esses vinhos merecem mais do que o valor a que são vendidos, mas há uma relação óbvia entre o volume de garrafas de uma dada marca e o preço a que se consegue vender. E embora os vinhos baratos sejam de todas as regiões, mas se os da nossa é que são os escolhidos, significa que são os melhores.” E venham os moscatéis Imagem de marca da Península de Setúbal, os vinhos moscatéis estão na moda e a sua produção tem vindo a crescer exponencialmente. “Desde 2000 a produção, certificação e venda de vinhos moscatéis na região cresceu na ordem dos 70 por cento, e embora em alguns anos tenha estagnado, a tendência tem sido sempre de subida. A categoria moscatel enquanto vinho licoroso, diferente de um Porto ou de um Madeira, é a única categoria de vinhos licorosos em Portugal que continua a crescer. Não é fácil captar novos públicos para o consumo dos
vinhos, e em particular para os licorosos, pelo seu maior teor alcoólico, que implica também todas as questões de saúde e segurança relativas ao consumo de álcool. No entanto a categoria ‘moscatel’, de Setúbal e do Douro, tem tido a capacidade de captar novos públicos, uma camada mais jovem, e para vários momentos de consumo. Temos vindo a conseguir diversificar a nossa oferta com um leque de produtos para várias ocasiões com os moscatéis mais jovens e os mais amadurecidos que podem ser consumidos às sobremesas ou em cocktails e em
comprado na propriedade é de imediato liquidado na tesouraria, ao contrário de outros canais de distribuição.” Defende por isso que “a venda do vinho na adega é a melhor forma de negócio que existe e temos de continuar a fazer crescer esse sector”. A região conta ainda com dois espaços para a divulgação do vinho da região, a Casa Mãe Rota dos Vinhos e da Casa da Baía “dois pontos muito importantes, embora com dinâmicas diferentes, mas com investimento das autarquias de Palmela e Setúbal, o que
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de calor que em Agosto de 2018 prejudicou seriamente as vinhas. “Tivemos uma perda de cerca de 10 por cento, na área global de vinha, mas houve produtores com perdas na ordem dos 60 a 70 por cento, e no concelho tivemos desses casos extremos. Ter castas diversificadas também é importante porque se uma delas tiver um problema, a produção fica assegurada com as restantes, e isso também se vê quando ocorrem fenómenos climáticos como os ‘escaldões’, porque cada casta resiste de forma diferente, consoante o seu ciclo vegetativo, se estão mais ou menos maduras. As vinhas são plantas resistentes e recuperam dessas situações. Esta diversidade de castas na região levou-nos a resistir melhor aos efeitos globais do ‘escaldão’.” Em relação às perdas, explica que “a produção reporta sempre ao ano anterior, e 2017 tinha sido um ano com uma vindima muito grande. Tivemos em 2018 uma quebra relevante, porque 10 por cento é uma quebra significativa, mas que não foi tão grave como na altura pareceu, ficando a produção na média do que a região costuma produzir.” XIX Concurso de Vinhos da Península de Setúbal
momentos especiais, o que aumentou o seu consumo, o que para nós é uma ótima noticia.” «Enoturismo é um grande complemento comercial» O projeto ‘CV3 – Criação de Valor na Vinha e no Vinho’ criado pela AESE Business School e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, aponta para que o turismo seja a principal alavanca de crescimento do sector do vinho em Portugal, com o enoturismo a proporcionar um aumento de vendas que pode chegar aos 50%. “O Enoturismo é um grande complemento comercial para todas as adegas em todos os países onde se produz vinho, porque permite duas coisas que são insubstituíveis: que as pessoas conheçam a exploração vinícola e a sua história, e por vezes até contactem com os produtores e enólogos; e permite que provem os vinhos, levando-os à compra, criando-se um laço que não existe quando se compra uma garrafa num supermercado ou garrafeira. O segundo ponto, não menos relevante, tem a ver com o facto de que o vinho que é
muito nos apraz. A primeira, como o nome indica, é o espaço central de dinamização da nossa rota de vinhos, uma rota que conta já com 23 ou 24 produtores que aderiram ao enoturismo. Trata-se de um espaço muito conhecido, criado em 2000, e procurado para aquisição de vinhos e produtos regionais. Tem esse duplo papel de montra/porta de entrada para quem chega à região e quer conhecer melhor este sector e de captar clientes para as adegas que integram a sua rota. A Casa da Baía é um centro de promoção enoturística, num local privilegiado na cidade de Setúbal, com cerca de nove anos de existência, onde o comércio de vinho tem vindo a crescer todos os anos, e com um espaço mais alargado de promoção de produtores, porque ali estão representados quase o dobro dos produtores.” Dificuldades na produção Apesar do crescimento e reconhecimento do sector, nem tudo tem sido fácil para os vinhos portugueses, sobretudo por questões que ninguém pode controlar, como é o caso da meteorologia. Exemplo disso foi a onda
Em Portugal, segundo os dados da consultora Nielsen, de entre os vinhos certificados mais consumidos estão os da Península de Setúbal, mantendo-se como a terceira região vitivinícola de preferência nacional. O reconhecimento dos vinhos vai além dos consumidores e daí a importância de concursos nacionais e internacionais. No dia 15 de Abril decorreu no Pavilhão de Exposições da Tapada da Ajuda, em Lisboa a entrega de prémios do XIX Concurso de Vinhos da Península de Setúbal. “Sei que houve alguns comentários por esta cerimónia ter passado, há dois anos, a decorrer em Lisboa, mas a escolha do local é decidido pela Assembleia Geral, em plano de actividades, de forma pacífica e nenhum dos produtores ficou surpreendido com isso.” Relativamente ao local escolhido para a entrega de prémios do Concurso, “essa é uma questão que vamos amadurecendo e decidindo ano a ano. Enquanto os produtores, como parece ser o caso, acharem que esta mudança foi interessante, iremos continuar por Lisboa, porque para além de contarmos com a imprensa local e regional do distrito de Setúbal, passámos a contar também com a presença de mais imprensa nacional. Este ano tivemos ainda um conjunto relevante de compradores das duas grandes insígnias, a Sonae e Jerónimo Martins, de profissionais do sector como sommeliers e escansões de restaurantes, que não se deslocavam a Palmela nas edições anteriores.” Garante no entanto que “não é um assunto definitivo e podemos um dia voltar a ter a cerimónia em Palmela ou noutro local, embora sem perder de vista que somos uma ‘região’ que tem Palmela como território central pela área de vinha e número de adegas, mas nenhuma região depende de um único concelho.” A edição deste ano do Concurso também atribuiu prémios a pequenos produtores, o que Henriques Soares explica como “sempre têm sido contemplados, mas este ano houve mais porque passámos de 26 empresas em 2018 para 33 em 2019, e de 85 vinhos para 201. Há medida que temos mais empresas e mais vinhos a concorrer, os prémios vão-se diluindo por mais produtores.”
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Especial MUNDO DA VINHA E DO VINHO
TEMA DE CAPA
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
Gostaríamos ainda durante este mandato de dinamizar um grupo de teatro/revista, se houver oportunidade. Esta casa faz sentido com a Banda Filarmónica, obviamente que nos tempos que correm não é fácil ter elementos, mas tentaremos tudo para a manter. E que iniciativas estão programadas durante o seu mandato? Já tivemos várias iniciativas, como o Dia dos Namorados, o Carnaval, o Dia da Mulher. Temos prevista agora a Feira da Bagageira, nesse sentido já abrimos a porta ao público. Tivemos o concerto de Primavera com a nossa banda e a banda da Capricho, saiu daqui uma caminhada com o apoio da Junta de Freguesia em que as pessoas foram também recolhendo lixo pelo caminho, tivemos um Quiz organizado pela CAFI. Vamos ter aqui também um
concerto da nossa orquestra alusivo ao 25 de Abril, que foi solicitado pela Câmara Municipal. Temos também o Bar-Metro, que é muito importante, com concessão do bar que está aberto todos os dias. Ao longo do ano vão sendo dinamizadas actividades com outras entidades da zona, que aqui vêm fazer as suas festas, como os Escuteiros, o Quintajense, o Grupo Motards, enfim, a nossa porta está aberta a todos. Depois há também as saídas dos nossos grupos para outras zonas do concelho e do país, para dar a conhecer a nossa música lá fora. De que forma os sócios e a população está a aderir a esta nova dinâmica da Sociedade? No caso do evento que fizemos para o Dia dos Namorados, esgotou rapidamente, mas como foi o primeiro, pen-
sámos que isso aconteceu por se tratar de uma novidade. Mas depois tivemos outro bom exemplo com o Carnaval, em que nos foi dito que há mais de 15/20 anos que não se via aqui um Carnaval assim. Outra aposta ganha foi com o Bar-Metro, sendo que o bar da Sociedade estava encerrado há alguns meses. Os concessionários tinham algum receio de falta de clientes, mas o que é certo é que tem estado sempre cheio. Tudo isto nos tem surpreendido muito. A população tem sido incansável no apoio dado à Sociedade e a esta direcção, quer particulares, quer entidades comerciais grandes e pequenos, que se uniram para nos ajudar nesta fase para que esta casa continue. Em relação aos sócios, temos cerca de mil inscritos, mas vamos fazer um levantamento para actualizar essa base
de dados e até saber quantos têm as quotas em dia. E têm apoios institucionais para ajudar a manter a Sociedade? Até agora o apoio logístico quer da Câmara Municipal de Palmela, quer da Junta de Freguesia da Quinta do Anjo tem sido muito, nunca nos negaram nada. Têm reconhecido o nosso trabalho e não temos qualquer razão de queixa. Em breve celebram o aniversário, o que está a ser preparado? O dia de aniversário, 24 de Junho, irá contar com o momento solene e um concerto da Banda Filarmónica, e no fim-de-semana seguinte vamos recuperar uma tradição antiga, que já não se faz há algum tempo, que será um jantar de gala de aniversário. E que projectos já estão
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delineados para o futuro? O meu grande desejo é que daqui a dois anos terminarmos este mandato com as portas abertas à comunidade e com a casa cheia. E desejo também que quem pegar nessa direcção não tenha de enfrentar as mesmas dificuldades que tivemos quando aqui entrámos, e que venha com a mesma força e vontade. Quanto a projectos, temos vários, começando com algumas obras que a sede necessita, que avançaram com base no apoio que foi pedido aos órgãos autárquicos (sendo que a sede da Sociedade está classificada como Monumento de Interesse Municipal). Temos muitas ideias, mas também estamos abertos a outras que nos cheguem, desde que sejam viáveis, porque não somos megalómanos.
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SOCIEDADE
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
Autarcas preocupados com Centro Social de Palmela
Saudações ao 25 de Abril e 1º Maio marcam sessão A última ordem de trabalhos da sessão de câmara foi antecedida de três moções do 25 de Abril e do 1º de Maio das bancadas da CDU e do PS. A sessão ficou também marcada por manifestações de preocupação dos autarcas sobre a situação que se vive no Centro Social de Palmela.
SOCIEDADE
Redação | FB
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presidente Álvaro Amaro apresentou a moção da CDU, que saúda o aniversário do 25 de Abril e o 1º de Maio e “apela à participação de todos nas múltiplas iniciativas comemorativas, bem como a uma intervenção quotidiana plena nas suas comunidades”. A moção foi aprovada por unanimidade. Também o PS apresentou duas moções, uma ao 25 de Abril por Raúl Cristóvão e outra ao 1º de Maio por Mara Rebelo. Também estas duas moções foram aprovadas por unanimidade, com o vereador do PSD/CDS, Paulo Ribeiro, a sublinhar que “é importante que tenhamos a noção de que a liberdade e o 1º Maio fazem-se no dia-a-dia para uma sociedade mais justa e mais fraternal”. Já a vereadora do MIM, Palmira Hortense, considerou que “só quem viveu o 25 de Abril consegue entender o que foi o período antes dessa data” e não deixou de lamentar que “todos os trabalhadores, não possam viver plenamente essa data, porque estão a trabalhar nas grandes superfícies”. Também Raúl Cristóvão apelou aos munícipes para “não irem às compras nas
grandes superfícies nos dias 25 de Abril e 1º de Maio, para que percebam que somos nós os verdadeiros reguladores destas situações”. Antes da ordem de trabalhos foram aprovadas saudações às adegas do concelho pelos prémios recebidos, ao Doce da Bina, pela medalha de ouro obtida com os Esses de Azeitão e os Binários de Laranja, no 8º Concurso Nacional de Doçaria Simples Tradicional Portuguesa, em Santarém. Centro Social de Palmela mobiliza preocupações O vereador Adilo Costa manifestou a sua preocupação face ao encerramento do polo do Poceirão por parte do Centro Social de Palmela. O autarca foi alertado pelos pais das crianças, que “não foram informados do encerramento da creche a partir de 31 de Julho”, adiantou, acrescentando “reunimos com o Centro Distrital de Setúbal para encontrarmos alternativas para a creche e jardim de infância” e “a câmara disponibilizou-se para trabalhar com as famílias e proceder ao alojamento das crianças nas instituições de Lagameças e em Cajados”. O vereador Paulo Ribeiro, do PSD/CDS quis saber “se podemos esperar a resolução deste problema”, enquanto Mara Re-
Executivo preocupado com a situação do centro social de Palmela belo, vereadora do PS, manifestou-se “muito preocupada e muito triste”, lembrando que o Centro Social de Palmela “está com dificuldades há muitos anos e apesar da nossa solidariedade, lamento que não tenha havido uma intervenção antes”. A autarca socialista lembra o que “também aconteceu nos Brejos do Assa”. Apesar da gestão “ser privada e com acompanhamento da Segurança Social, a Câmara tinha obrigação de acompanhar a situação” e “a dívida de quase um milhão de euros não apareceu nem um, nem em dois, nem em três anos”. O vereador Adilo Costa lembrou
que “as IPSS foram enganadas com a descentralização de competências”, mas apesar de “não termos competência nesta área, queremos fazer parte da solução já há bastante tempo” e “encaminhámos a situação da creche para as duas instituições”, onde “os trabalhadores que vão embora terão prioridade para serem amas”. Câmara nomeia novo representante na ADREPES Isabel Conceição pediu para cessar a sua representação na ADREPES, cargo para que tinha sido nomeada em No-
vembro de 2017. A representação da autarquia passa a ser assegurada por Joaquim Carapinha Carapeto. Luís Miguel Calha apresentou a proposta, que contou com os votos a favor da CDU e do MIM e as abstenções do PS e do PSD/CDS. O vereador elogiou o trabalho de Isabel Conceição, que até 2018 “desenvolveu 135 projetos, de mais de 10 milhões de euros e que envolveram a criação de mais de uma centena de postos de trabalho”.
Trabalhadores das fábricas de Palmela da Visteon e Hanon Systems podem endurecer luta Ausência de acordo entre trabalhadores e administrações pode levar a um braço de ferro entre as duas entidades SOCIEDADE lusa
A União de Sindicatos de Setúbal (USS) já admitiu um “endurecimento das formas de luta” dos trabalhadores das fábricas da Visteon e da Hanon Systems, em Palmela,
face à ausência de um acordo com as administrações das duas empresas. “Depois de várias semanas de greves parciais de uma hora por turno, que tiveram início no passado mês de março, as administrações da Hanon e da Visteon continuam muito distantes das reivindicações
dos trabalhadores, que exigem um aumento salarial mínimo de 50 euros”, afirmou Luís Leitão, coordenador da USS. De acordo com o sindicalista, os trabalhadores das duas fábricas de componentes para o setor automóvel vão ter de decidir o que fazer face ao impasse negocial, mas
“uma das possibilidades é o agravamento das formas de luta nas duas fábricas”. Luís Leitão referiu ainda que a Hanon Systems propõe um aumento mínimo de 25 euros e um aumento de 2,5% para salários superiores a 1.000 euros e que a Visteon propõe aumentos salariais de 2,5% e
um prémio anual de 300 euros. Estas propostas foram consideradas insuficientes pelos trabalhadores das duas empresas. A agência Lusa tentou várias vezes ouvir as administrações das duas empresas desde o início das paralisações parciais iniciadas no passado mês de março, sem sucesso.
MONTIJO
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Montijo assinala 45.º aniversário da ‘Revolução dos Cravos’ A
Montijo com vasto programa no 25 de Abril
s comemorações do 45.º Aniversário da Revolução do 25 de Abril, no Montijo, vão contar com momentos institucionais, música e desporto, num conjunto de atividades que tem como ponto alto a inauguração da nova Praça Pública, junto à Monumental Amadeu Augusto dos Santos. O programa de comemorações tem início no dia 24 de abril, às 21h30, no Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA), com o espetáculo ‘As Canções da Minha Vida’ que junta Fernando Tordo à Banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro do Montijo numa viagem aos temas intemporais deste cantor português. A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhete (2 por pessoa). No dia 25 de abril, este ano o habitual hastear das bandeiras ao som da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários do Montijo terá lugar junto ao edifício da Galeria Municipal, pelas 9h00. De seguida, às 10h00, será inaugurada a nova Praça Pública junto à Monumen-
tal Amadeu Augusto dos Santos. Nos últimos meses, esta zona da cidade esteve em obras num investimento que resultou das obrigações impostas pelo Município do Montijo no âmbito das obras da Urbanização Nª Sr.ª da Atalaia. Pelas 11h00, junto ao Monumento de Homenagem aos Combatentes do Ultramar, o Núcleo do Montijo da Liga dos Combatentes irá realizar a deposição de coroas de flores. As comemorações do 25 de Abril incluem várias atividades desportivas: No Alto Estanqueiro, a partir das 9h30, vai decorrer a 14.ª edição do Passeio de BTT Rota Saloia, e no centro do Montijo, a Corrida e Caminhada da Liberdade, a partir das 10h00, com inscrição gratuita. Para finalizar, no dia 25 de abril, às 16h00, no auditório da Galeria Municipal terá lugar a habitual Sessão Solene, com intervenções do presidente da Câmara Municipal, da presidente da Assembleia Municipal e de representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal.
Apresentação do livro ‘Base Aérea n.º 6: 65 anos de memórias’ A Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva, no Montijo, recebe a apresentação do livro ‘Base Aérea: 65 anos de memórias, 1953-2018’, da autoria do Capitão de Polícia Aérea Pedro Gonçalves Ventura, no próximo dia 23 de abril, a partir das 18h00. A Câmara Municipal do Montijo assinala, assim, o Dia Mundial do Livro e do Autor e o Dia Mundial da Aviação e Cosmonáutica, duas datas que se celebram durante o mês de abril, com a apresentação de uma obra onde coexistem a história nacional e a história local, dando a conhecer de forma detalhada e consistente a história da Base Aérea n.º 6 (BA6), sediada no território do
Montijo, e a sua importância e contributo para o desenvolvimento e afirmação do nosso concelho. Com nota prévia do Dr. Jorge Sampaio, ao longo das suas 320 páginas, a obra ‘Base Aérea: 65 anos de memórias, 1953-2018’ pretende homenagear os homens e as mulheres que serviram e servem a Força Aérea na BA6, e a sua história que remonta à Aviação Naval. O livro não se assume como uma obra que retrata, somente, alguns dos momentos que marcaram a história da BA6, mas também aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a história da Força Aérea, ao longo de mais de seis década de existência.
Livro conta a história da BA6
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SETÚBAL
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
Câmara de Setúbal aprova Prestação de Contas A autarquia sadina aprovou na última sessão pública a Prestação de Contas, onde se refere que, comparativamente ao ano anterior, registou um acréscimo de 9 por cento, motivado, essencialmente, pelo aumento das receitas de capital em cerca de 8,1 milhões de euros. AUTARQUIAS
Redação | FB
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Prestação de Contas 2018 foi aprovada na última sessão da autarquia, com a presidente Maria das Dores Meira a afirmar que a proposta “demonstra a continuidade do esforço de equilíbrio financeiro com contenção da despesa e garantia de receita” e que “a receita orçamental do município, comparativamente ao ano anterior, registou um acréscimo de 9 por cento, motivado, essencialmente, pelo aumento das receitas de capital em cerca de 8,1 milhões de euros”. A receita total, destaca a proposta, “atingiu o montante de 88,9 milhões de euros, enquanto as cobranças totalizaram os 88,8 milhões de euros, o que se traduz num incremento de 9 por cento”. O Orçamento de 2018 cumpriu os princípios de equilíbrio financeiro onde se realça que foram previstos “os recursos necessários para cobrir todas as des-
pesas” e que “as receitas correntes devem ser pelo menos iguais às despesas correntes”. Na Prestação de Contas 2018 realça-se que o “ativo municipal apresenta um acréscimo de 5,4 milhões de euros, enquanto os fundos próprios e passivos registam um valor de 411 milhões de euros”. Os pagamentos em atraso tiveram uma redução de 12 por cento e apresentam um montante de 54 milhões de euros, enquanto houve uma redução da dívida total em 306 mil euros, sendo atualmente de 11 milhões de euros. Na proposta apresentada pela presidente da câmara sublinha-se que a “aposta forte de Setúbal no setor turístico, com a realização de investimentos qualificadores que se traduzem na melhoria da qualidade de vida das populações, no reforço da atratividade da cidade e no aumento da confiança dos agentes económicos”. A edil revela também que houve uma aposta na “integração de 138 trabalhadores precários
no mapa do quadro de pessoal através do PREVPAP – Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na
Administração Pública”. A proposta será analisada e debatida na próxima sessão ordinária da Assembleia Municipal
de Setúbal, no dia 29, às 19h30, na Sala de Sessões dos Paços do Concelho.
Aumento de receitas em mais de oito milhões de euros
Mais estacionamento pago na cidade O Regulamento Municipal de Estacionamento Público Tarifado e de Duração Limitada no Concelho de Setúbal foi aprovado em reunião pública de câmara. A proposta aponta ainda para a construção de três parques de estacionamento subterrâneos. SOCIEDADE
Redação | FB
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regulamento aprovado na sessão da quarta-feira passada será aplicado na contratualização da nova Concessão para o Estacionamento Tarifado e de Duração Limitada e da construção de três parques de estacionamento subterrâneos no concelho. Para além da proposta de Regulamento Municipal de Estacionamento Público Tarifado e de Duração Limitada, foi também aprovada a alteração à tabela do Regulamento de Taxas e Outras Receitas Municipais. O Plano de Ação, realça “como principais ações a implementar a organização da oferta de estacionamento, o controlo do estacionamento de longa duração, a reserva de oferta para
Construção de três parques subterrâneos utilizadores específicos, a melhoria da eficácia da fiscalização do estacionamento ilegal
e a formalização da oferta de estacionamento na via pública”. Na zona central de Setú-
bal serão implementadas três zonas de estacionamento limitado e tarifado e haverá a
expansão do estacionamento tarifado da cidade à envolvente das estações de caminho de ferro, que será ampliada para nascente e para sul da cidade, de modo a evitar a procura gerada pela nova interface, com o consequente estacionamento ilegal, nas zonas residenciais e na sua envolvente. O Estacionamento Tarifado e de Duração Limitada contempla também a expansão à zona a sul da avenida Luísa Todi e haverá a criação de uma nova oferta de estacionamento em parque/bolsa, através da formalização de alguns espaços que são atualmente utilizados como bolsas de estacionamento informal e que terão tarifas mais reduzidas para promover a sua utilização quotidiana.
ALERTAS & RECADOS
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
Que venha o 25 de Abril…
Na Lagoa da Palha foi o descalabro
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odos reconhecemos que foi uma semana extremamente dura com as filas enormes para os combustíveis, onde se viveu uma autêntica paranoia. Uma preocupação que revelou ser exagerada, mas havia quem assim o não entendesse,
face à ponte que se avizinhava e que punha em causa as miniférias que tinham como destino o Algarve. Mas tudo passou e já se sonha com mais um feriado, que envolve mais uma ponte, mas para assinalar a revolução dos cravos.
anúncio da greve dos motoristas de substâncias perigosas transformou-se numa desenfreada corrida às bombas de gasolina. Os mais desatentos assistiram a filas de quilómetros onde as bombas da Lagoa da Palha foram um exemplo de como os portugueses estão dependentes
do carro, não só para trabalhar, mas mais para passear. Enfim a greve passou e lá foram a caminho do Algarve para se revigorarem do grande susto. António Santos deixa o alerta revoltado porque “tive que encostar a carrinha e deixar de trabalhar, porque os meus conterrâneos de forma
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egoísta não se lembraram que fazer umas miniférias não são caso de vida ou morte”. E acrescenta “o trabalho ficou por fazer, mas isso não lhes importa porque atestaram as viaturas para o que consideraram ser o merecido descanso”.
Rotunda…não é rotunda!
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eonel Machado, residente na Asseiceira, na freguesia de Poceirão enviou-nos um alerta para o perigo de uma suposta rotunda no cruzamento da rua da Etiópia com a rua de Necredos. A talhe de foice, a situação foi
A Estrada está um nojo
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aria da Conceição Pinto alertou-nos para o estado em que se encontra o prolongamento da Rua Bartolomeu Dias, que “tem buracos enormes e se tornou intransitável para quem procura esta via para fugir ao trânsito da EN10”. Esta residente em Montinhoso, que também “está uma desgraça”, revelou que alguém “colocou uma lona onde se lia ‘olhe o nojo de
Estrada …respeito sr. Presidente” Esta estrada tem sido alvo de frequentes recados e alertas, mas se a solução passa pela colocação de gravilha para tornar a via transitável, o presidente Álvaro Amaro esclareceu que a “conservação do pavimento está delegada na Junta de Freguesia de Pinhal Novo, mas só poderá ser feita após a regularização da Ribeira da Salgueirinha”.
abordada pela vereadora do MIM, Palmira Hortense, na última sessão de câmara, que alertou que “existem contentores no meio de uma suposta rotunda”. A Câmara, já tinha conhecimento da situação, mas vai
providenciar para garantir a segurança no local. E esta semana ficamos por aqui, mas prometemos na próxima edição publicar os alertas sobre as passadeiras sumidas, que aguardam pela renovação de pintura.
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FLAGRATES DELITO
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
“Guerra” de vizinhos acaba em tragédia Aconteceu no Bairro da Sul Ponte, em Pinhal Novo
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Desavenças entre vizinhos acaba em tragédia no Pinhal Novo
m homem foi detido por militares da GNR de Pinhal Novo na passada quinta-feira depois de ter atingido a tiro um outro homem no hall de entrada do Bloco A. O JCP apurou através de vizinhos que os homens moravam no segundo andar daquele bloco e que as quezílias eram habituais, tendo o agressor já ameaçado com uma forquilha a esposa da vítima. Na tarde de quinta-feira o agressor, de 86 anos de idade, terá esperado pela vítima, que atingiu com um tiro na zona do peito, e o homem ainda conseguiu descer até ao rés-do-chão, onde foi auxiliado por outro vi-
zinho até à chegada dos meios de socorro. Os militares da GNR chegaram ao local em poucos minutos e detiveram o homem de 86 anos de idade, que não ofereceu resistência. Já a vítima, um homem de 62 anos foi assistido no local pelos bombeiros e uma equipa da VMER de Setúbal, e devido aos ferimentos foi transportado para o Hospital de S. José, em Lisboa. A investigação ficou a cargo do Núcleo de Investigação Criminal da Guarda Nacional Republicana, depois da Polícia Judiciária ter estado no local também a recolher provas.
Cão atirado de carro GNR apreende armas de fogo em contexto de violência na Quinta do Anjo doméstica em Palmela Crime * Um canídeo foi atirada fora de uma viatura na zona das Colinas da Arrábida Alerta * Procuram-se FAT ou adotante e ainda quem possa conhecer o animal. ANIMAIS
Carmo Torres
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cão que mostramos na foto foi no passado dia 18 de abril atirado de um automóvel numa rotunda na zona das Colinas da Arrábida, na freguesia de Quinta do Anjo, Palmela. O abandono ocorreu cerca
das 21h30 e testemunhas que posteriormente recolheram o animal, descrevem que o cão foi atirado pela porta da viatura, juntamento com sacos de entulho, mas não conseguiram identificar a matricula. O cão está agora recolhido, e procura uma Família de Acolhimento Temporário ou adotante.
Crime * O Núcleo de Investigação e Apoio Específicas apreendeu duas armas de fogo Violência Doméstica * Apreensão decorreu no âmbito de um processo de violência doméstica que ocorria no concelho de Palmela
Armas apreendidas no decorrer da busca domiciliária
PALMELA
Carmo Torres
DR
Foi abandonado nas Colinas da Arrábida
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Comando Territorial de Setúbal da GNR, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas, apreendeu no passado dia 17 de abril, 2 armas de fogo no
âmbito de um processo de violência doméstica, no concelho de Palmela. No decorrer da investigação que durou um mês, a GNR apurou que a vítima, de 32 anos, sofria agressões físicas, psicológicas e ameaças por parte do seu ex-companheiro, de 38 anos. Existindo a suspeita do indiví-
duo ser possuidor de armas de fogo, a GNR deu cumprimento a dois mandados de busca domiciliária, que culminaram na apreensão de 2 caçadeiras, 1 pistola de alarme e 4 cartuchos. O suspeito foi presente a juiz que decretou a medida de coação mais leva, ficando com termo de identidade e residência.
FUTEBOL
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Jornada com jogos antecipados
Pinhalnovense sofre derrota com o Angrense Os jogos foram antecipados devido aos festejos da Páscoa e o Pinhalnovense, que jogou na sexta-feira santa, perdeu em casa do Angrense por duas bolas a zero. O Olímpico não teve melhor sorte na deslocação ao líder Praiense onde foi derrotado por três bolas a uma. futebol
Redação | FB
A
s comemorações da Páscoa obrigaram às antecipações dos jogos, com o Pinhalnovense a jogar com o Angrense na Sexta-Feira Santa e a ser derrotado pela equipa insular por 2/0. O Casa Pia, que jogou também na última sexta-feira, impôs pesada derrota ao Redondense por 4/1. No sábado realizaram-se os restantes jogos, com o Olha-
nense a deslocar-se a Ferreiras impondo uma goleada aos alentejanos por 5/0 e o Sport Ideal a ganhar em casa por 3/0 ao 1º Dezembro. Nas restantes partidas de sábado registaram-se empates do Sacavenense/ Moura (2-2), Vasco da Gama Vidigueira/ Louletano (1/1), Armacenenses/ Amora (1/1) e Oriental/ Real (0/0). Na classificação geral pouco se alterou, com o Praiense a ser cada vez mais líder com 71 pontos, seguido do Oriental com 61 e do Real com 60. O Pinhalnovense ocupa a 12ª posição com
39 pontos e o Olímpico está em 9º lugar com 43. Na lista de melhores marcadores o pódio continua a ser ocupado por Gonçalo Gregório, do Casa Pia com 22 golos, com Beto do Olímpico a ocupar a segunda posição com 20 e Diego Zaporo do Pinhalnovense a manter-se em 3º lugar com 16. Os jogos da Série D do Campeonato de Portugal estão de regresso a 28 de Abril com o Pinhalnovense a receber em casa o Vasco da Gama da Vidigueira e o Olímpico a jogar com o Oriental.
Pinhalnovense perde jogo nos Açores
Campeonato Distrital da 1ª Divisão
Desporto para todos
Palmelense joga a 25 de Abril
Tome nota a sua agenda
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bril é um mês de desporto no concelho de Palmela, onde haverá desporto para todos. Pinhal Novo Atletismo No lado sul do Pinhal Novo volta a realizar-se Correr a Liberdade em 1974 metros. A iniciativa decorre no dia 25 de Abril, às 9h30, junto ao monumento 25 de Abril.
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s jogos da 25ª jornada foram adiados para o dia 25 de Abril, com exceção do encontro entre O Grandolense e o União Banheirense, com os alentejanos a vencerem por 3/0. O União Banheirense afunda-se cada vez mais na tabela, tendo apenas seis pontos e já tem guia de marcha para a segunda divisão distrital, em companhia do FC de Setúbal, que ocupa a 15ª posição com os mesmos pontos. O campeonato é liderado pelo Fabril do Barreiro com 61 pontos, seguido do Alcochetense com 48, Vasco da Gama de
Sines ocupa a terceira posição com 44, com o União de Santiago com os mesmos pontos em quarto e o Oriental Dragon é quinto com 43. Os jogos a realizar a 25 de Abril inseridos na 25ª jornada são os seguintes: União de Santiago – Palmelense Alcochetense – Beira Mar de Almada Oriental Dragon – Moitense Fabril do Barreiro – Cova da Piedade B Alfarim – Barreirense Vasco da Gama de Sines – Charneca da Caparica Sesimbra – FC Setúbal
Judo O Encontro Municipal de Judo irá decorrer no dia 27 de Abril, às 15h00, numa iniciativa integrada no Programa de Desenvolvimento do Judo. Ginástica Atividade Aberta de Zumba no dia 27 de Abril, às 14h30, na Praça da Independência. Mas pela manhã, às 10h30, haverá também Atividade Aberta de Zumba, organizada pela Sociedade Filarmónica Loureiros, no Largo de S. João, em Palmela. Águas de Moura Yoga O Centro Comunitário de Águas
de Moura continua a promover aulas de yoga, todas as segundas-feiras, às 18h00. Ginástica No Pavilhão Multiusos decorrem aulas de Ginástica todas as terças e quintas-feiras, às 20h00. Poceirão Karaté No Centro Cultural do Poceirão realizam-se aulas de Karaté para crianças com mais de seis anos, às terças e quintas-feiras, às 18h00. Yoga Também no mesmo espaço decorrem aulas de yoga, às quartas e sextas-feiras, às 18h00.
Aprovado em sessão de câmara
Autarcas saúdam atletas
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a sessão de câmara da última quarta-feira, o vereador do Desporto, Luís Miguel Calha, apresentou saudações aos atletas Rui Narigueta e João Bragadeste, que se destacaram na modalidade de duatlo. O atleta Rui Narigueta, residente no Pinhal Novo, sagrou-se Campeão Nacional de Duatlo, no grupo idade 40/44, no Campeonato Nacional Individual de Duatlo de Torres Vedras. O atleta pinhalnovense, que faz parte da equipa Outsystems Olímpico de Oeiras, ficou também em 10º lugar na classificação absoluta e obteve o 2º lugar na classificação por equipas. João Bragadeste, residente na Quinta do Anjo, sagrou-se Campeão Nacional de Duatlo, grupo idade 30-34 anos, no Campeonato que decorreu em Torres Vedras. O atleta quintajense obteve ainda o 6º lugar na classificação absoluta e venceu a classificação por equipas ao serviço do Clube Praças da Armada.
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