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Especial
ALDEIA VINHANTEIRA DE FERNANDO PÓ NO INTERIOR DO SEU JORNAL
Abigail Van Buren
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DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº43 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 30.04. 2019
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991
BEIRÃ SONHADORA E LUTADORA QUE AMA O ASSOCIATIVISMO
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SUSANA ALVES É UMA BEIRÃ QUE ADOTOU A QUINTA DO ANJO COMO SUA CASA, ENTROU NA POLÍTICA POR MERO ACASO E ATUALMENTE FAZ PARTE DO EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA. DIZ-SE SONHADORA E AMA O QUE FAZ
10 MONTIJO MINISTRO DAS INFRAESTRUTURAS E HABITAÇÃO AFIRMOU QUE UMA SOLUÇÃO ALTERNATIVA AO MONTIJO PARA O NOVO AEROPORTO DE LISBOA SERÁ SEMPRE “MUITO PIOR”
11 SETÚBAL ENA ELEGEU A SEMANA PASSADA OS ÓRGÃOS SOCIAIS QUE VÃO COMANDAR A AGÊNCIA DE ENERGIA DA ARRÁBIDA POR TRÊS ANOS. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PASSA A SER PRESIDIDIO PELA CÂMARA DE SESIMBRA
15 DESPORTO MANUTENÇÃO ASSEGURADA COM CHUVA DE GOLOS MARCADOS NO SANTOS JORGE. A EQUIPA AZUL E BRANCA TIROU A “BARRIGA DE MISÉRIAS” E OS GOLOS VIERAM CAIDOS DOS CÉUS
2 EM DESTAQUE
PRESIDENTE DA CÂMARA DE PALMELA É O VISADO EM TRÊS FAIXAS QUE FORAM COLOCADAS EM VÁRIOS PONTOS DA VILA DE PINHAL NOVO
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PRIMEIRA LINHA
Jornal Concelho de Palmela | 23-04-2019
Polémica
Três faixas colocadas acusam presidente da Câmara de Palmela de nada fazer Vereadora do MIM já tinha feito reparo sobre uma das faixas colocadas na curva da estrada de acesso ao supermercado Continente em Pinhal Novo, que alertava para o mau estado do caminho que dá acesso aos armazéns POLÉMICA Miguel Garcia
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mas pretas e outra branca, são as faixas que apareceram nas últimas duas semanas no lado sul da vila de Pinhal Novo, com recados para o presidente da Câmara Municipal de Palmela. A primeira faixa foi denunciada pela vereadora do MIM, Palmira Hortense, que pediu esclarecimentos na primeira reunião de abril ao presidente, Álvaro Amaro, sobre se tinha <<conhecimento>> da faixa localizada junto ao acesso do supermercado Continente, na vila de Pinhal Novo. O presidente adiantou que “quanto aquilo que lá põem é como outras coisas que põem
em alguns jornais, nós vamos dando conta do assunto até que qualquer dia temos que tomar outras medidas”, não adiantando muito mais sobre a faixa negra que tinha a mensagem <<OLHE O NOJO DA ESTRADA RESPEITO Sr. PRESID.>>.
As outras duas faixas foram colocadas na entrada de acesso aos armazéns localizados junto à pequena ribeira da Salgueirinha e junto ao troço que costuma inundar, esta com a mensagem de << VALA SALGUEIRINHA 25 ANOS DE MENTIRA NÃO
SENTE VERGONHA PRESI.>>. Uma fonte junto do PCP adiantou ao JCP que estão a ser feitas diligências para apurar as responsabilidades e os autores da colocação das faixas, mas que até agora não deram resultados. O JCP contactou com o Tribunal
Espaço de Memórias
Os Moinhos da Serra! CRÓNICA Pedro Lima
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embro-me desse dia como se fosse hoje, a catequese da Quinta do Anjo tinha organizado um passeio a serra. Eu não devia ter mais de 9 anos e estava muito feliz de ir passear àquele local mítico com o meu grupo de amigos. Só que havia uma surpresa reservada para todos, entrar pela primeira vez num moinho a funcionar, logo após termos andado uns 2 quilómetros chegamos perto do gigante de vento. Tinha um idoso com uma boina já gasta, uma camisa aos quadrados suja de branco, e andava sempre a ralhar connosco para ficarmos longe das velas. Eu já tinha visto as velas a andar a roda do parapeito da minha janela, mas nunca tinha visto de perto, foi espetacular, ouvir o vento
bater nas velas e a madeira a fazer barulho. Quando chegou a nossa vez de entrar, um mundo novo estávamos para descobrir, foi muito giro, dentro do moinho havia umas escadas que mais parecia os degraus de uma torre do Castelo eram muito difíceis de subir e o barulho era tanto que mal nos conseguíamos ouvir, tinha uma pequena nuvem branca que brilhava com o sol. Quando descemos consegui ver um baloiço da farinha, era uma caixa com uma rede que o moleiro colocava lá o trigo depois de moer e ficava horas a brincar com ele até cair um pó mais fino. Adorei, foi uma experiência que me ficou para sempre na memória, pois para mim não foi só uma visita ao moinho, tornou-se num conjunto de emoções que me marcou e que vive até aos dias de hoje comigo.
de Contas para saber mais esclarecimentos sobre o visto que é aguardado pela Câmara Municipal de Palmela para arrancar com a obra na ribeira da Salgueirinha, mas até ao fecho desta edição não conseguimos obter quaisquer esclarecimentos.
23-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
PRIMEIRA LINHA 3
Fundação Islâmica de Palmela condena atentados no Sri Lanka Comunidade islâmica de Palmela mostrou-se solidária com as vítimas dos atentados que, no passado domingo de Páscoa, fizeram mais de 250 mortos em igrejas católicas e hotéis de luxo no Sri Lanka. ATENTADOS JOÃO AGUIAR CADETA
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Internacional School e a Fundação Islâmica de Palmela condenara, “veementente” os atentados contra igrejas católicas no Sri Lanka, no passado domingo de Páscoa. Em comunicado, o Colégio Islâmico mostra o seu “repúdio” e afirma que “ninguém tem o direito de atingir civis inocentes, muito menos em nome da Religião”. A Fundação Islâmica lembrou que Maomé terá afirmado “categoricamente” que um verdadeiro crente “é aquele
que transmite segurança às pessoas, quanto às suas vidas e aos seus bens”. Noutra passagem, o comunicado cita uma frase do Alcorão, o livro sagrado para os muçulmanos: “Aquele que tira a alma de um ser humana, é como se tivesse tirado a alma de toda a humanidade”. Tanto a Fundação Islâmica como a International School of Palmela manifestaram ainda a “profunda solidariedade” para com as vítimas e as suas famílias, ao mesmo tempo que desejaram que o mundo se torne “um espaço de todos e para todos”. Recorde-se que há uma semana, no domingo de Pás-
Miguel Garcia
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m cima da mesa está uma proposta apresentada a semana passada pelo Governo e que foi enviada pelo secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, para a
DIRETORA DE INFORMAÇÃO
O coa, várias igrejas e hotéis do Sri Lanka foram alvo de atentados à bomba por extremistas islâmicos aparentemente ligados ao Daesh (movimento terrorista Estado Islâmico).
As explosões causaram pelo menos 253 mortos, entre os quais um português residente em Viseu, e mais de 500 feridos.
A proposta partiu a semana passado do Governo em fazer a reorganização administrativa das freguesias. Com esta nova proposta o Governo admite criar novas freguesias com mais de 1.150 eleitores Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Associação Nacional de Freguesias (Anafre) para que as duas associações possam analisar e dar o seu parecer. Se o estudo for aprovado Marateca, no concelho de Palmela, poderá voltar a ser uma freguesia já em 2021 com a reorgani-
DONATILIA BRAÇO FORTE
Já conheci melhores dias na política!
Freguesia de Marateca poderá voltar ao concelho de Palmela FREGUESIAS
Editorial
zação administrativa que o Governo de António Costa está a elaborar e que já apresentou na Assembleia da República também. Mas a reorganização administrativa não vai só devolver algumas freguesias que foram agregadas no tempo da Troika, poderá ainda criar novas freguesias que
preencham os requisitos apresentados na proposta. As novas freguesias têm que ter 1.150 eleitores e mais de 10 quilómetros em linha reta da sede do município, e aqui o número mínimo de eleitores exigido é <<reduzido para 600>>. A proposta poderá ser discutida e aprovada na AR em breve.
meu editorial de hoje vem retratar o estado da política na região, mas também da política nacional. Depois do 25 de Abril passar, data marcante na história de todos nós, certos discursos políticos deixaram-me a pensar na política local, regional e mesmo nacional, quando temos uma alta figura de Estado, o Presidente da Assembleia da República a dizer nos media que “ os políticos não podem ser tratados pior do que cães”, declarações que levam-nos mesmo a interrogar-nos “então e o povo? O povo pode ser tratado pior do que cães?”. Estas declarações podem ser consideradas como ofensas diretas ao povo português e poderiam ser vistas como um qualquer rastilho, mas que não se acende, porque nós somos um povo ameno, e não gostamos de muitas confusões. Deixando a política nacional, passo para a política regional e local, porque no Dia dos Cravos conseguimos testemunhar os discursos inflamados acerca das obras feitas nos vários concelhos da região, mas palavras ao 25 de Abril algumas, mas poucas, e aqui voltamos a interrogar-nos “será que os novos políticos sabem o que foi o 25 de Abril? Percebem qual o verdadeiro sentido do 25 de Abril?”. Pois, parece-me que não, em ano de eleições europeias e legislativas os discursos foram muito à volta de campanhas e mais campanhas eleitoralistas, e o povo? Esse não serve para nada? O que se passa na nossa sociedade política, aquela que deveria de dar mais importância ao povo, pois é ele quem mais ordena, ameno, mas ordena, quando estiver farto de calúnias e desprezos. Políticos do meu país vamos lá deixar de subestimar o povo. Boas leituras e boa semana para todos.
Cronica
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DESTAQUE
Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019
Quarenta e cinco anos de maturidade e dinamismo
FÁTIMA BRINCA CRONISTA
Palmela assume-se como concelho de Abril
ABENÇOADA OCUPAÇÃO
A
revolução do 25 de Abril, que se assinalou na quinta-feira passada, apareceu na minha modesta vida de rotina tinha 25 anos. Completamente “verde” na vida política “bebi” com sofreguidão os momentos lindos que se seguiram, com a libertação dos presos políticos detidos pela PIDE a saírem de Caxias e da António Maria Cardoso, assisti ao regresso de portugueses, que tinham fugido da repressão e cantei (ou pelo menos tentei!) a “Grândola, vila Morena”, do meu querido Zeca Afonso. Como muitos jovens de então acreditei que Portugal ia mudar, que haveria maior igualdade social e decidimos ocupar a Quinta de Miraventos, um dia antes do 1º de Maio, que se assinala amanhã, que se encontrava “abandonada”, como se não tivesse dono, para ali ser instalada uma creche para crianças filhas de pessoas com fracos recursos. Trabalhadores fabris, da função pública, assistentes sociais, médicos e empregados de escritório esforçaram-se para dotar o espaço de melhores condições. Os acessos, os jardins e a área envolvente ficaram lindos, a brilhar de limpeza. Mas a realidade despertou amarga numa manhã cheia de sol, com as autoridades militares a aparecerem de armas em punho para nos tirarem dali, porque a senhora francesa voltara para reivindicar o que lhe pertencia. Os ocupantes foram obrigados a assinar papéis responsabilizando-se pelo ato que tinham cometido. Os rostos cansados e desiludidos foram avisados
que podiam ter que pagar uma indemnização, se a proprietária da quinta o exigisse, por terem invadido um espaço privado. Preocupados com o que ouvíamos tememos o pior. Mas eis que chega a proprietária, acompanhada de advogado e demais entidades, que fizeram questão de percorrer os vários espaços da quinta. Nos olhares circunspectos, que apresentavam depois da visita à quinta, não se vislumbravam boas notícias. Um dos acompanhantes da senhora francesa serviu de tradutor, começando por referir que tínhamos ocupado uma propriedade privada e tal facto resultava numa enorme ilegalidade. Mas, disse então o tradutor, atendendo ao trabalho de limpeza que tinha sido feito, sem que houvesse qualquer prejuízo no património natural e edificado, a proprietária perdoava o facto de termos ocupado a quinta e agradecia-nos por termos feito um excelente trabalho de limpeza. Da parte da senhora francesa, concluiu o tradutor, esta “agradece a vossa abençoada ocupação”. O sonho acabara, mas saímos da quinta com um sorriso de satisfação, por não termos que pagar a invasão da propriedade privada.
Na sessão solene da Assembleia Municipal de Palmela, o presidente da autarquia, Álvaro Amaro destacou que os 45 anos da revolução dos cravos “representam a maturidade e o dinamismo próprios de quem já entrou na idade adulta mas mantém uma juventude intrínseca, com muito espaço, ainda, para o crescimento”.
Membros da Assembleia Municipal marcam presença nas comemorações do 25 de Abril DESTAQUE REDAÇÃO | FB | JÚLIO DUARTE (FOTOGRAFIA)
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sessão solene alusiva ao 25 de Abril contou com a presença de antigos autarcas, com destaque para os ex-presidentes Carlos Pésinho, Carlos de Sousa, Fernando Baião e José Silvério, que de cravo na lapela não esconderam uma certa emoção. A sessão contou com a intervenção crítica de Álvaro Amaro, que considerou que “os 45 anos de Abril representam a maturidade e o dinamismo próprios de quem já entrou na idade adulta mas mantém uma juventude intrínseca, com muito espaço, ainda, para o crescimento”. O presidente da autarquia revelou que “cada cravo partilhado, cada sorriso e cada canção evocam e prestam a devida homenagem ao Movimento das Forças Armadas, às mulheres e aos homens que saíram às ruas para respirar, pela primeira vez, o ar da Liberdade, aos autarcas que, de forma pioneira e corajosa, assumiram a gestão de territórios estagnados e empobrecidos, apoiados pelo entusiasmo e capacidade concretizadora do povo e a todos os que construíram, arduamente, o antes, o durante e o depois da Revolução que devolveu o País as portuguesas e portugueses”. Para Álvaro Amaro “Abril precisa
de ser acarinhado e consolidado todos os dias” e alertou para “o branqueamento histórico que certos movimentos estão apostados em levar a cabo, é na nossa inação, na apatia generalizada da sociedade que reside o principal perigo deste século”. O presidente da Câmara de Palmela reconhece “o desafio do processo de descentralização de competências da Administração Central para o Poder Local”, mas tal medida “pode resultar pervertida porque assegurar a universalidade intrínseca de direitos basilares como a Saúde ou a Educação exige do Estado uma visão global, transversal e estruturante, que não discrimine cidadãs e cidadãos pelo facto de viverem neste ou naquele concelho nem acentue as diferenças e desequilíbrios já existentes, por exemplo, entre o litoral e o interior”. No entanto acredita que “uma melhor descentralização é possível” e apela “haja coragem política de voltar a discutir a Regionalização” e de “repor, rapidamente, as freguesias roubadas”, porque “Marateca e Poceirão merecem”. Ana Teresa Vicente: “saudamos todos os que se entregaram a este sonho” A presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente, começou por lembrar “impõe-
-se recordar os valores por que tantos homens e mulheres lutaram” e “recordamos todos os que se entregaram a este sonho”. Para a presidente “só há democracia efetiva com paz e fazemos do 25 de Abril um hino à liberdade” e congratulou-se pela participação das mulheres nas intervenções na sessão solene. Para o representante do BE, Carlos Oliveira “hoje mais que nunca precisamos da revolução e dos cravos”, lembrando os casos de violência doméstica, que “não tem nome, nem pai, nem mãe” e “é preciso fazer mais e melhor”, destacando que “a pobreza é a maior inimiga da democracia”. A deputada do MIM, Maria Luísa Paulino, alertou para “não se permitir que se perca o que tanto custou a ganhar” e “temos que encarar o futuro com esperança e confiança”. Já o deputado do PSD/CDS comparou “os eleitores de 1975 que foram tão importantes como os militares de Abril”. Ana Elísia Monteiro, representante da bancada socialista, lamentou que “a história do 25 de Abril comece a ficar esquecida”, apelando à votação “neste ano de eleições pois a abstenção nunca foi nem será a solução”. “Preocupa-nos os movimentos extremistas” Andreia Bento, da bancada CDU, lembrou que “Palmela é um concelho de Abril” e confessou “preocupa-nos os movimentos extremistas”, esclarecendo “não somos contra a Europa, mas defendemos outras políticas na Europa”. A jovem deputada criticou a transferência de competências e exigiu “a reposição das freguesias de Poceirão e Marateca”. Antes da sessão solene ouviu-se a fanfarra dos Bombeiros de Pinhal Novo e no fim a sala levantou-se para cantar “Grândola Vila Morena” e o Hino Nacional.
30-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Cronica
ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR
Palmela vila Mirante (crónica nº 24 )
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ndámos nas duas crónicas anteriores pelas estradas antigas que vinham dar a Palmela. Guiados pelo antigo pároco de Santa Maria, por indicações suas de 1758, cá chegámos, vindos de Setúbal. Vamos subir ao castelo e esse guia, mais o então pároco de São Pedro, vão ajudar-nos a olhar para o panorama. A pergunta nº 4 que o inquérito de 1758 lhes fazia para a elaboração do Dicionário Geográfico, era: ”Está situada (a freguesia) em campina, vale ou monte, e que povoações se descobrem dela e quanto dista? Foi a pergunta, das 31 do inquérito, que mereceu a resposta mais longa, e bem longa, que os dois párocos deram. Delas fiz o resumo que segue. Quem quiser ler tudo por inteiro, pode procurar na Biblioteca Municipal o livrinho Monografia de Palmela 1 - Memórias Paroquiais de 1758 , trabalho elaborado pelo Prof. A. Fortuna. É este o resumo: Palmela está situada no alto duma serra e dela se descobrem e avistam a barra e cidade de Lisboa, a serra de Sintra e a maior parte do rio Tejo até Santarém, bem como as vilas e povoações que se estendem do lado de Lisboa, situadas nas praias do mesmo Tejo. Da parte d’aquém do rio descobrem-se as vilas de Almada, Barreiro, Lavradio, Alhos Vedros, Moita, Aldegalega (Montijo) e Alcochete. Do lado norte descobrem-se Pancas, Samora Correia, Benavente, a ermida de Nossa Senhora da Atalaia e as casas de Rio Frio e suas terras. Da parte de nascente avista-se a vila de Montemor-o-Novo e seu castelo, na distância de onze léguas e meia, dos montes e casas da vila de Cabrela e Canha, o Real Palácio de Vendas Novas e o convento da Ordem de São Domingos da vila de Alcáçovas; a igreja de São Vicente, na serra de Viana do Alentejo; a igreja de São Miguel, na serra do Alvito, e o mais que se pode descobrir até à cidade de Beja, na distância de dezoito léguas. Da banda sul descobre-se toda a cidade de Setúbal, cuja estrada, mandada abrir pelo prior-mestre Dom Jorge, começa a sair desta vila de Palmela na meia altura da serra, sendo o caminho antigo pela estrada chamada de Aires. A dita estrada nova vai encostada à mesma serra, em voltas como
o caracol, até chegar à raiz do monte onde se acha uma ponte de dois arcos sobre o ribeiro do Rio de Córdova, que assim se chama desde os tempos antigos, quando as enchentes do mar ali chegavam. Passada a dita ponte, vai-se seguindo mais caminho em campo raso, na larga e dilatada campina, até à vista de Setúbal, que se descobre toda do alto do castelo de Palmela. Daqui se admira vista tão deleitável que é tida pela mais deliciosa deste país, pelo grande número de quintas, hortas, pomares, arvoredos e casas de que se acha povoada. Segue-se logo o rio Sado, que vem desaguar na barra de Setúbal, tendo-se dividido antes em vários braços, de cujas águas se formam infinitas marinhas de sal, numa perspetiva admirável. Avistam-se no rio muitos navios e grande número de embarcações que nele navegam. Da outra banda do rio segue-se um comprido e estreito braço de terra de matos e areia, chamada Troia, fazendo esta língua de areia uma forma de ilha cercada de mar por três lados, a saber: a norte, pelo rio que a separa de Setúbal; a sul, pela enseada que o oceano faz desde a barra e se avista até ao Algarve; a poente, pela saída da barra diante da torre do Outão. Pelo nascente segue-se terra firme que se encaminha para o Alentejo e Algarve. Descobre-se também da parte sul o castelo de Sesimbra, várias casas e moinhos e também ameno vale povoado com muitas casas, quintas, pomares, arvoredos, pinhais e terras de pão chamadas dos Barris, com bastante largura entre duas serras, a de Santo António e a do Louro. Descobre-se mais, da parte sul, tudo o que a vista pode alcançar até ao Algarve, na distância de vinte e cinco ou trinta léguas; e dentro da mesma distância consegue-se distinguir Palma, Pinheiro e o castelo de Alcácer do Sal, bem como as serras de Grândola e Santiago do Cacém, Sines e muitas outras casas e edifícios na costa, na distância de quinze léguas. Apesar de ser resumo é comprido. Fica para arquivar. Não pôde ser mais curto porque o panorama é tão vasto! Hoje há tanta casa a atrapalhar a vista, que é difícil ver o que os nossos guias nos apontam.
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ATUALIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019
Dia Municipal dos Bombeiros
Aniversário dos Bombeiros de Pinhal Novo inicia comemorações As comemorações do Dia Municipal do Bombeiro começa amanhã com o aniversário dos Bombeiros de Pinhal Novo, que este ano são os organizadores do evento. As iniciativas a realizar este ano estão mais concentradas nas três semanas devido à realização das Eleições Europeias.
Dia Municipal do Bombeiro apresentado em Palmela com as três corporações do concelho ATUALIDADE REDAÇÃO | FB
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Dia Municipal do Bombeiro começa a ser comemorado amanhã com o aniversário dos Bombeiros de Pinhal Novo. O presidente da Associação de Pinhal Novo, José Calado, confessou “gostava de fazer a inauguração das obras no dia do aniversário, mas teremos oportunidade de o fazer em outra altura”. O decurso das obras no quartel obriga a transferir as comemorações para o espaço junto ao Mercado Municipal. O aniversário da corporação de Pinhal Novo terá como pontos altos na tarde de amanhã, junto ao Mercado Municipal, a receção das entidades oficiais às 15h00, seguindo-se o desfile motorizada e a sessão solene, às 15h45, na Biblioteca. Na apresentação das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, que decorrem entre o dia 1 e 19 de Maio, terá como tema “Segurança das crianças a nossa responsabilidade”, o presidente da Câmara destacou a realização de três simulacros, que “irão realizar-se nas Escolas EB de Aires ( 13 de Maio), Cajados ( 16 de Maio) e na EB da Palhota ( 17 de Maio) e o exercício conjunto das três corporações, na Escola
José Maria dos Santos, no dia 14 de Maio”. Álvaro Amaro explica “este ano as atividades concentram-se até 19 de Maio para não coincidirem com as Eleições Europeias”. “Programa mais aliciante e menos rotineiro” O presidente da Associação dos Bombeiros de Águas de Moura, António Braz, considerou “extremamente importante a realização dos simulacros, este ano para testar a segurança das crianças”, mas deixou o apelo aos comandantes das três associações do concelho para que “tentem criar um programa aliciante e que evite ser rotineiro”. Também Rui Laranjeira, comandante dos Bombeiros de Águas de Moura, lembrou que “nos últimos anos aproveitou-se um tema e este ano será a segurança das crianças” e destacou o debate/seminário “Segurança das crianças a nossa responsabilidade”, que irá decorrer no dia 10 de Maio, às 9h30, na Escola Secundária de Pinhal Novo. “Não podemos continuar a substituir o Estado” O presidente dos Bombeiros de Palmela, Octávio Machado, lembrou “os bombeiros são a pedra mais importante das come-
morações” e destacou “é cada vez mais evidente os falhanços, mesmo depois das reformas que foram feitas” e alertou “é preciso mudar pois não podemos continuar a substituir o Estado”. Octávio Machado deixou uma mensagem de esperança “Palmela pode estar satisfeita com os bombeiros que tem, porque é uma honra continuamos a servir a população”. Já Eduardo Martins, comandante dos Bombeiros de Palmela destacou a “envolvência e o grande investimento com a comunidade estudantil” e o mês de Maio “não é só das comemorações do bombeiro, mas também de preparação do equipamento de combate florestal, onde se prevê um ano difícil”. Palmela pede esclarecimentos A encerrar a apresentação, o presidente Álvaro Amaro formulou o desejo “era bom que o secretário de Estado marcasse presença nas comemorações e esclarecesse o que está previsto sobre as alterações para a proteção civil e para os bombeiros”. Mas deixou também um recado à “sociedade civil que tem que olhar para os bombeiros de outra forma”, referindo-se a maior adesão de sócios em torno dos bombeiros.
30-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
Número de autarquias com taxa agravada de IMI nas casas devolutas ou em ruínas cai para 46 O número de autarquias que decidiu aplicar uma taxa agravada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) às casas que se encontram devolutas há mais de um ano ou em ruínas totaliza 46, segundo indicou à Lusa o Ministério das Finanças.
Palmela está no grupo de municípios com agravamento de IMI IMPOSTOS LUSA
T
odos os anos as autarquias têm de indicar à Autoridade Tributária e Aduaneira qual a taxa do IMI que pretendem que seja aplicada aos proprietários com imóveis no respetivo concelho, devendo também comunicar se pretendem fazer uso a da regra que lhes permite triplicar aquela taxa nos casos dos prédios urbanos que se encontrem devolutos e de prédio em ruínas. Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças precisou que, relativamente ao imposto referente a 2018 (cujo prazo de pagamento se inicia no próximo dia 01 de maio), foram 46 os municípios que “comunicaram majoração por prédio devoluto ou em ruínas”. Este número, segundo a mesma fonte, compara com as 54 autarquias que no ano passado (relativamente ao imposto de 2017) decidiram aplicar uma taxa agravada de IMI às casas em ruínas ou devolutas. Abrantes, Águeda, Alandroal, Alcochete, Almada, Angra do Heroísmo, Barreiro, Cadaval, Chaves, Coimbra, Constância, Covilhã, Faro, Funchal, Fundão, Gavião, Gondomar, Guarda, Horta, Lagoa (Açores), Lagos, Leiria, Lisboa, Loures, Mafra, Mesão Frio, Montijo, Nordeste, Odivelas, Oliveira do Bairro, Palmela, Peso da Régua, Portalegre, Povoa de Varzim, Setúbal, Silves, Sintra, Tondela, Torres Novas, Torres Vedras, Valença, Velas, Vila Nova da Barquinha, Vila Praia Da Vitoria, Vila Real, Vila Velha de Ródão são, de acordo com a mesma fonte oficial, os municípios que decidiram fazer uso da possibilidade de aplicar uma taxa de imposto agravada. A primeira prestação do IMI tem de ser paga durante o próximo mês de maio, sendo este o único pagamento caso o valor do imposto seja inferior a 100 euros. Ultrapassado este valor, o imposto será dividido em duas ou três fases (consoante o monte global seja, respetivamente, inferior ou superior a 500
euros) a serem pagas em maio e novembro ou maio, agosto e novembro. Este ano, pela primeira vez os proprietários podem optar por pagar o imposto faseadamente ou numa única vez, já que as notas de liquidação trarão referências de pagamento para uma ou outra situação. A taxa de IMI sobre os prédios urbanos pode oscilar dentro de um intervalo entre 0,3% e 0,45%, mas o Código do IMI determina que as taxas “são elevadas, anualmente, ao triplo nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano, e de prédios em ruínas”. No apuramento das casas devolutas são tidos em conta indícios de desocupação como “a inexistência de contratos em vigor com empresas de telecomunicações e de fornecimento de água, gás e eletricidade” ou “a inexistência de faturação relativa a consumos de água, gás, eletricidade e telecomunicações”, mas há exceções. Entre as exceções estão as casas de férias ou de arrendamento temporário, as casas que se encontrem em obras de reabilitação, desde que certificadas pelos municípios, as casas para revenda e as de emigrantes ou de portugueses residentes no estrangeiro no exercício de funções públicas. No Orçamento do Estado para 2019 o Governo incluiu uma autorização legislativa no âmbito da promoção da reabilitação e da utilização dos imóveis degradados ou devolutos na qual prevê a alteração das regras para a classificação das casas devolutas passando, por exemplo, a considerar como indício de desocupação a existência de contratos em vigor com prestadores de serviços públicos essenciais “com faturação inferior a um valor de consumo mínimo a determinar”. A mesma autorização prevê ainda que se venha a definir o conceito de “zona de pressão urbanística” e que, nestas zonas, a taxa de IMI para casas devolutas há mais de dois anos possa ser elevada ao sêxtuplo, sofrendo um aumento de 10% por cada ano subsequente.
ECONOMIA
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TEMA DE CAPA
Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019
«Sou uma mulher de causas, não sou propriamente uma mulher política» Esta semana, uma entrevista com Susana Alves, membro do executivo na Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, autarca independente, e elemento da actual direção da Sociedade Instrução Musical, que nos conta como uma beiroa se apaixonou pela Quinta do Anjo e o seu trabalho no movimento associativo e político, desde os tempos de estudante «em que levei uma bastonada na Assembleia da República». FOTOS - JÚLIO DUARTE
ENTREVISTA MIGUEL GARCIA | CARMO TORRES
Quem é a Susana Alves? A Susana Alves é uma beiroa, de terras do interior, que casou com um montanhão e que está na Quinta do Anjo há cerca de 12 anos e que vive esta freguesia intensamente. Iniciei-me aqui por conhecer as pessoas através do meio associativo, na Sociedade de Instrução Musical há cerca de 6 anos, como apresentadora da Orquestra, e porque não sei cantar, nem o maestro Carlos Cardoso (Cocas) me deixa cantar. Com a anterior direcção começámos a dinamizar a Sociedade, porque achava que esta casa merece, quer a nível de teatro, quer com mercados e outras iniciativas. Neste momento temos aqui uma equipa excepcional que quer fazer muitas coisas. Sou também membro do Con-
selho Fiscal da Associação de Festas da Quinta do Anjo, com a qual pretendo trabalhar a fundo e elevar ainda mais estas festas, e tudo isto me dá muito prazer, porque acho que é assim que posso ajudar e também o faço na minha terra, isto é inerente à minha pessoa. Tenho também uma causa animal que tem sido muito menosprezada, mas neste momento estamos a conseguir alcançar algumas coisas e sobre a qual quero fazer ainda mais. Fui também assistente de bordo durante cerca de 12 anos. Tenho 52 países no meu curriculum em que estive realmente lá, não apenas os pisei por sair do avião, respirar e voltar a entrar. Vi muitas coisas e isso ajudou à minha formação. Estou também a pensar em escrever outro livro, não tanto dedicado à saúde, mas noutra perspectiva.
E como do associativismo passa para a vida política? A vida política entrou de uma forma até bastante caricata. Já tinha feito algumas coisas no campo político, na minha década dos vinte anos fui presidente da Mesa da Assembleia Geral de uma Associação de Estudantes na Escola Superior de Educação de Lisboa, numa altura de enorme contestação estudantil contra as propinas. Fui uma das pessoas que foi para a Assembleia da República e levei uma bastonada e muito orgulhosa disso. Na altura achava que aquela ‘geração rasca’ como nos chamavam, conseguíamos fazer alguma coisa através da luta. Concorri também como vereadora em 2006 nas autárquicas em Proença-a-Nova, concelho de Castelo Branco, respondendo a um convite que me foi feito por um professor de teatro que tive, pelo PPD. Embora sempre tenha
sido de esquerda, aceite este convite porque acho que os candidatos nas eleições autárquicas não temos partidos, temos pessoas e projectos para estas. Há uns tempos uma pessoa disse-me que ‘andava na política há vinte anos e percebia mais disto do que que, e respondi-lhe que tenho 41 anos e também percebo da minha vida e da vida das pessoas. Gosto de pessoas, sempre gostei, e gosto de trabalhar para as ajudar. E é isso que estou aqui a fazer, porque não são os 40 euros que ganho mensalmente na Junta de Freguesia que alimentam a minha filha, que tem agora cinco anos. Isso é conseguido através dos meus projectos, dos meus livros, das minhas formações, as minhas voz-off, os trabalhos como free-lancer para algumas revistas, e não sou sustentada pelo meu marido, como algumas pessoas gostam de dizer, mas posso dizer
que ele é fantástico e me dá asas para todos os meus sonhos. Mas não sente que defraudaram o voto de quem votou em vocês ao aliarem-se com a CDU? Não creio. Tenho tido uma reação muito positiva por parte das pessoas. Tenho andado muito com o presidente da Junta de Freguesia, o António Mestre, porque tenho essa disponibilidade, e que me tem ajudado bastante, no sentido de me dar directrizes e tem-me apoiado muito naqueles meus projectos megalómanos da acção social, na causa animal, de turismo, que são os meus pelouros. E verifico que os fregueses vêm ter connosco e nos agradecem o trabalho conjunto que tem vindo a ser feito. Claro que temos sempre críticas construtivas, que são bem-vindas, e as criticas destrutivas, que também são bem vindas porque aprendi também com
l speciaVINHANTEIRA EALDEIA DE FERNANDO PÓ
“A sabedoria não vem automaticamente com a idade. Nada vem – exceto rugas. É verdade, alguns vinhos melhoram com o tempo, mas apenas se as uvas eram boas em primeiro lugar. Abigail Van Buren
Especial ALDEIA VINHANTEIRA DE FERNANDO PÓ
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Editorial
DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO
No vinho está a verdade!
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stamos a poucos dias do arranque da 24ª edição da Mostra de Vinhos de Fernando Pó, uma mostra que foi o culminar da afirmação de uma região que esteve escondida dos olhares de tudo e de todos, mas com a vontade e luta de homens e mulheres foi renascendo ano após ano e a projetar os néctares que ali se fazia e se fazem. É em Fernando Pó que nasceu o melhor vinho do mundo, que nasceram e cresceram o jardim de vinhas e até nasceu a vontade de proclamar a aldeia em Aldeia Vinhateira. Foi a vontade e luta desses homens e mulheres que fizeram construir o pavilhão no âmbito do projeto Centro Rural Vinum que tem sido o “quartel-general” da Mostra de Vinhos, um evento que tem ao longo destes 24 anos promovido os vinhos de toda a região. Vão ser três dias de grande azafama, onde todos os caminhos nos vão levar à capital do vinho e da vinha, e no último dia conheceremos os 10 melhores vinhos desta mostra, vinhos que já nos habituaram aos seus agradáveis paladares. Deixo-vos o convite para que possam conhecer, provar e até adquirirem os melhores do mundo. Boa semana e boa mostra de vinhos!
Os maiores consumidores de vinho do mundo são os portugueses Portugal cresceu no consumo per capita do vinho, cerca de 21%, em relação ao ano 2017. O grande responsável por esse aumento é o turismo.
Portugal é o país que mais consume vinho
INFORMAÇÃO Miguel Garcia
P
ortugal vem a crescer ano após ano no setor dos apreciadores de vinho, e nos rankings de consumo mundial, o nosso país é que mais lidera a tabela de consumos. O ano passado Portugal não só se manteve na posição top, como ainda reforçou, com uma subida significativa – mais de 5,4% - do que no ano passado. O top de consumo representa assim cerca de 5,5 milhões de hectolitros que foram consumidos em território nacional, elevando a fasquia do país e a clas-
sificar-se como o que mais consumidores de vinho tem no resto do mundo. O estudo foi realizado pela Organização Internacional do Vinho (OIV) que salienta que a subida é a mais expressiva quando a traduzimos em números de litros consumidos. Em 2017 o mesmo estudo apontava para um consumo de 51,4 litros por pessoa, mas os portugueses quiseram ir mais longe e de 2017 para 2018 passaram a consumir cerca de 62,1 litros per capita, um aumento representativo na hora de consumir os néctares dos Deuses. Com os números apresentados, Portugal fica isolado no pódio, mas a França não se deixa derrotar facilmente e apre-
senta-se em segundo lugar, com 50,2 litros e a Itália com 43,6 litros consumidos por pessoa. Segundo alguns especialistas no setor a “culpa” deste aumento tem sido do turismo nacional, o que tem refletido na escolha de beber e quando chega a hora de saborear a famosa gastronomia nacional, o vinho é o parceiro ideal para acompanhar uma boa refeição. Para além do consumo como acompanhamento na alimentação, os turistas também decidem comprar os nossos vinhos para levar consigo em recordação deste país.
Especial ALDEIA VINHANTEIRA DE FERNANDO PÓ
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JBFREITAS VINHOS, LDA. · FERNANDO PÓ · PORTUGAL www.casalfreitas.pt jbfreitas@sapo.pt
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Especial ALDEIA VINHANTEIRA DE FERNANDO PÓ
Viaje até à Idade Média e saboreie um bom petisco numa típica taberna Fica localizada em pleno Castelo de Palmela junto à Praça de Armas e promete fazer viajar até à idade média com a gastronomia típica de uma verdadeira e digna taberna. GASTRONOMIA
DR
DONATILIA BRAÇO FORTE
Q
uem passa dos portões da Praça de Armas para dentro começa a reviver um passado de reis, rainhas e dinastias que passaram pelo exuberante Castelo de Palmela. Mas as surpresas não se ficam só pela história, é que no mesmo espaço existe uma típica taberna de seu nome “Bobo da Corte”. O JCP foi saber mais sobre o espaço e as suas iguarias. Cláudio Belchior é o proprietário da Taberna Bobo da Corte, um espaço que foi cedido pela Câmara Municipal de Palmela ao jovem empresário que viu naquele local uma oportunidade de conjugar a história com a gastronomia. Foi em março de 2015 que a aventura de Cláudio começou em terras de El Rei, logo abriu o espaço com um único objetivo de ser uma típica e agradável taberna e quando questionado do porquê do nome “Bobo da Corte”, o jovem responde que <<sendo o único nome na Corte que se refere à arte de entertainer e receber>> e é mesmo isso que a Taberna Bobo da Corte faz, a arte de entreter e de bem receber com os seus pratos gastro-
nómicos. Este espaço que está aberto de 4ª a domingo (almoços) das 12h30 às 15h00, 6ª e sábado (jantares) das 19h30 às 23h00, tem para oferecer a quem procure petiscar as Gambas ao Alhinho ou as Espetadas de Enchidos. Mas nós quisemos saber quais as sugestões do chef que nos recomendou uma Roda de Petiscos, um prato apropriado para um menu de grupo e por ter uma variedade grande de petiscos. O preço médio situa-se nos 16€ e para não nos esquecermos dos vinhos a carta é exclusivamente da Venâncio da Costa Lima. Um lugar a conhecer em Palmela.
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Especial ALDEIA VINHANTEIRA DE FERNANDO PÃ&#x201C;
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Especial ALDEIA VINHANTEIRA DE FERNANDO PÓ
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Dias 3, 4 e 5 de Maio
Fernando Pó recebe Mostra de Vinhos A 24ª edição da Mostra de Vinhos começa sexta-feira, e fica marcada pela necessidade de antecipação de uma semana, para não coincidir com o Mercado Caramelo. A Mostra promete surpresas e provas de vinhos de grande qualidade.
FESTIVIDADES Redação | FB
O
s organizadores da Mostra, quase a assinalar um quarto de século, assumiram a decisão de alterar a data antecipando-a uma semana, para não coincidir com a realização do Mercado Caramelo, em Pinhal Novo. A Mostra promete muitas surpresas, mas o momento de maior destaque será o concurso para eleger os 10 Melhores Vinhos do Ano, onde irão estar à prova 26 vinhos tintos e 14 brancos, sendo escolhidos os 10 premiados, em prova cega, pela Câmara de Provadores da CVRPS. Metade dos 24 expositores presentes serão vitivinicultores, mas os produtos regionais, como queijos, enchidos e doçaria e gastronomia regional também participam no evento. A Mostra inclui uma exposição de máquinas e equipamentos relacionados com a vinha, um programa de provas comentadas, atividades de enoturismo, passeios pedestres e visitas a adegas. A Mostra terá uma entrada de dois euros e o copo oficial para provar os vinhos da prova e os dos expositores custa três euros. A Mostra de Vinhos conta com o apoio financeiro da Câmara no valor de 2.500 euros e apoios logísticos e técnicos estimados em 7.600 euros. PROGRAMA - ENOTURISMO
01 a 05 Maio | 8h30-12h30 e 13h30-19h00 | Filipe Palhoça Vinhos, Poceirão ABERTURA ESPECIAL VINHO NOVO Prova do vinho novo retirado diretamente das cubas, com possibilidade de encher garrafões próprios Valor: 5€ por garrafão, com oferta de uma garrafa de vinho novo especial por cliente 04 Maio | 8h30 | Casa Ermelinda Freitas, Fernando Pó (ponto de encontro)
PROGRAMA 03 de Maio (Sexta-Feira) 19h00 Inauguração oficial Abertura ao público da Mostra 22h00 Espetáculo musical com Ricardo e Henrique 23h00 Baile com João Rosa 04 de Maio (Sábado) 11h00 Abertura dos pavilhões ao público
Visita guiada à adega, com prova de vinhos. Oferta de 10% de desconto nas compras efetuadas. Valor por pessoa: grátis para mães 05 Maio | 8h00 | Fernão Pó Adega, Fernando Pó (ponto de encontro) PEDALADA PELOS JARDINS DE VINHAS
16h30 Provas comentadas: Adega Camolas e Marcolino Freitas e Filho, Lda.
Acolhimento na Fernão Pó Adega. Prova de Moscatel de Setúbal e Fogaça de Palmela na pérgula da Quinta do Monte Alegre. Par-
18h00 Grupo de Cantares Alentejanos “Era uma vez o Cante” 20h00 Interação Teatro Tela 21h00 Baile com Flávio Oliveira e António Oliveira 05 de Maio (Domingo) 11h00 Abertura dos pavilhões ao público 16h00 Matiné com Bruno Delgadinho Show Cooking 17h30 Demonstração de Jogo do Pau
Acolhimento na vinha pedagógica da Casa Ermelinda Freitas. Participação na atividade “Abertura Especial do Vinho Novo”, com prova de vinho na adega Filipe Palhoça Vinhos. Visita guiada à Fernão Pó Adega, com prova de vinho e de tostinhas com compota. Características do percurso: Extensão: 11 Km. Percurso circular. Duração: 3h00 Percurso inclui: guias, visita a três adegas, entrada na Mostra de Vinhos de Fernando Pó e seguro de acidentes pessoais. Valor por pessoa: 12,50€ 04 Maio | 9h52 | Lisboa Oriente (partida)
18h00 Atuação do Rancho Folclórico e Regional de Fernando Pó
Chegada ao Apeadeiro em Fernando Pó, passeio pelo “jardim de vinhas” e prova de Mos-
DIA DA MÃE NA CASA ERMELINDA FREITAS
16h00 Matiné com António Oliveira
CAMINHADA PELOS JARDINS DE VINHAS
ROTAS DAS VINHAS DO PÓ
catel de Setúbal com o produtor Filipe Palhoça Vinhos, visita guiada à adega com prova de vinhos na Fernão Pó Adega e almoço com vista panorâmica sobre as vinhas na Casa Ermelinda Freitas. Valor por pessoa: 75€. Crianças 4-12 anos: 51€ 04 Maio | 15h00 | Casa Ermelinda Freitas, Fernando Pó
19h00 Espetáculo musical com Zé Maia Rodrigues (The Voice Portugal) 21h00 Divulgação dos dez melhores vinhos, entrega de diplomas e lembranças a todos os vitivinicultores participantes 22h00 Baile até ao encerramento da Mostra com Bruno Delgadinho
ticipação na atividade “Abertura Especial do Vinho Novo”, com prova de vinho na adega Filipe Palhoça Vinhos. Visita guiada às vinhas da Casa Ermelinda Freitas, com prova de vinhos e queijo. Características do percurso: Extensão: 20 Km. Percurso circular. Duração: 4h00 Percurso inclui: guias, viatura de apoio, visita a quatro adegas, prova de vinhos, entrada na Mostra de Vinhos de Fernando Pó e seguro de acidentes pessoais Valor por pessoa: 15€. Menores de 18 anos: 10€. Programa aconselhado a partir dos 14 anos 05 Maio | 11h00 | Fernão Pó Adega, Fernando Pó ALMOÇO “COZIDO À PORTUGUESA PARA A MÃE” NA VINHA Visita à adega e às vinhas e almoço na vinha confecionado em panelas de barro e em fogo de chão. Inclui bilhete de entrada na 24.ª Mostra de Vinhos em Fernando Pó Valor por pessoa: 25€. Crianças 6-12 anos: 12,50€
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TEMA DE CAPA
30-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
elas, sobretudo a não deixar que me incomodassem como acontecia no passado, que me deixavam triste e emocionada, mas neste momento já não fico. Cada pessoa tem o direito de fazer as críticas que quiser, desde que não ofenda, o que me aconteceu, porque recebi desde chamadas anónimas até cartas a ofenderem-me. Mas neste momento estou numa fase em que estou rodeada de pessoas que gosto e é com elas que quero trabalhar.
o sentimos na nossa década dos vinte anos. Acho que ele tem capacidades maravilhosas e que tenho a certeza futuramente serão reconhecidas e poderá vir a fazer mais por esta freguesia, pelo concelho e
uma oposição fraca, sem dúvida. Não é uma oposição que se preocupe efectivamente com aquilo que os fregueses precisam, mas preocupa-se mais em criticar aquilo que o executivo e os trabalhadores fa-
não vou tecer comentários porque não tenho mesmo comentários a fazer.
zem ou não fazem ou com aquilo que nem sequer sabem. Mas depois há também coisas que me surpreendem, porque eles próprios dão ideias que até poderiam ser pertinentes, mas que não passam de ideias, porque nem do papel passam. Dou-me bem com muitas dessas pessoas, como o Rui Torres porque é uma pessoa muito proactiva e que faz um trabalho exímio na Comissão de Festas de S. Gonçalo, e que também sabe reconhecer o trabalho dos outros, por exemplo, ligou-me e ao executivo a dar Como vê a oposição ao os parabéns pela Feira da actual executivo na Quinta Bagageira. do Anjo? O Colin Marques é uma Podia dizer aqui frases pessoa que respeito, que fantásticas de pensadores defende os seus ideais maravilhosos e ficar-me- políticos, e que nunca me Como é trabalhar com o -ia por aí. Poderia ser hi- faltou ao respeito, até já Ricardo Marques? pócrita, mas isso é aquilo me disse que me admiraO Ricardo veio de uma ju- que não querem que eu va como mulher e responventude socialista, é um seja. Tenho 41 anos, sou di-lhe que estou cá para jovem cheio de ideias e mulher, e digo aquilo que aquilo que ele me quiser com vontade de fazer mui- me apetece. ensinar. tas coisas, como todos nós Sobre isso, acho que é Relativamente ao MIM
cimento dos fregueses da Quinta do Anjo; marcou-me o sorriso das pessoas que estamos a ajudar e não divulgamos e marcou-me o facto de as pessoas mais idosas dizerem-me ‘obrigado’. Mas também me marcaram coisas pela negativa, que estou a superar, porque me rodeei de gente boa. E alguns destes provocaram-me momentos de choro, porque sou muito chorona, mas acho que chorar faz-nos muito bem, e nem me preocupam as rugas.
Qual o balanço que faz deste ano de mandato? O nosso lema é ‘atitude positiva’ e faço um balanço muito positivo deste mandato. Sou uma mulher de causas, não sou propriamente uma mulher política. Em relação à Quinta do Anjo, sou uma pessoa orgulhosa neste executivo e gosto muito de ali trabalhar. Temos tentado resolver problemas e as questões que as pessoas que nos procuram colocam. Não há dinheiro para tudo, nem conseguimos chegar a todo o lado, a freguesia é muito grande mas temos tentado dar o nosso melhor. Somos apelidados de ‘Geringonça Montanhoa’, seja lá o que isso for, e até aceito essa designação, porque não devia aceitar, até mesmo sendo uma piada, porque afinal é a opinião das outras pessoas. Da minha parte, como já disse, trabalho como free-lancer e tenho tempo para ajudar e poder estar presente nestes sítios.
quem sabe até pelo país, porque acredito muito nesta juventude. Foi uma boa aposta do PS na Quinta do Anjo, numa altura em que politicamente a Junta de Freguesia estava muito desgastada após a gestão do Valentim Pinto, e toda a gente sabe disso. Da minha parte, não tenho qualquer razão de queixa dele enquanto presidente de Junta, nunca me faltou em nada, mas sei que havia lacunas, mas na altura não me apercebia de muitas coisas porque a minha vida decorria mais em Lisboa.
Algo a marcou durante este período? Marcaram-me os abraços das pessoas e o agrade-
Embora sendo independente, como encara a situação que ocorreu com o PS Palmela, relativamente à saída de Bruno Grazina? Vejo os partidos políticos como os casamentos e namoros. As pessoas acabam por não concordar com certas opções e atitudes, a que têm todo o di-
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reito e os outros só têm de respeitar. Acerca do Bruno Grazina, não posso comentar porque não estive por dentro do porquê da saída deste do PS Palmela, e também não me interessou muito, porque estou mais preocupada com a Quinta do Anjo, embora ache que o Pinhal Novo é um local espectacular para viver. Em qualquer partido político há problemas, que podem ser resolvidos interna ou externamente, e neste caso resolveram passar isso cá para fora. Eu também tenho as emoções à flor da pele e por vezes até faço desabafos no Facebook, mas como sou independente, não tenho cartões de militante e não sigo orientações. Só acho que certos problemas deviam ser resolvidos internamente, porque quando passam cá para fora, há sempre mazelas. Se a CDU lhe fizesse um convite para ingressar como militante, aceitaria? Respondo com aquilo que sempre disse: não sou política, sou uma mulher de causas. Sou socialista desde muito nova, embora não sendo militante e até já tendo concorrido pela direita. Até agora não me fizeram esse convite nem penso que mo façam. Estou agora na autarquia da Quinta do Anjo, e estarei mais um ano ou ano e meio na SIM, mas não sei como será a minha vida no futuro. Não sei se amanhã terei coragem de saltar de para-quedas, não sei se daqui a dois dias também terei coragem. E isto é válido para qualquer dos outros partidos. Não digo que aceite, mas estou cá para trabalhar em prol da população.
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MONTIJO
Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019
Outra solução para novo aeroporto de Lisboa “será sempre muito pior” – Governo Uma solução alternativa ao Montijo para um novo aeroporto de Lisboa será sempre “muito pior em termos de prazo e de custos”, disse hoje o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos. AEROPORTO LUSA
S
e a avaliação de impacto ambiental for negativa, Portugal obviamente não pode estar sem aeroporto. Não há ilusões quanto a isso”, referiu, salientando “será sempre muito pior em termos de prazo e custos [outra alternativa] do que a solução a que nós chegámos”. Pedro Nuno Santos, que esteve presente na apresentação da ampliação do caminho de circulação do aeroporto do Porto, garantiu que está otimista quanto ao resultado da avaliação de impacto ambiental, que está nas mãos da Agência Portuguesa do Ambiente
(APA). “Acreditamos que o impacto ambiental não será suficientemente forte que nos impeça de fazer aquele investimento. Fazer um aeroporto é sempre um investimento com impacto, nós temos é que garantir o equilíbrio e as medidas mitigadoras necessárias para diminuir” os efeitos no meio ambiente, salientou. Para o governante, “o país já está a perder décadas de investimento aeroportuário na região de Lisboa”, que se traduz em efeitos negativos no turismo e nos voos. “A localização no Montijo começa com o Governo anterior e acreditamos que é a melhor solução. Precisamos de não estar permanentemente num pára-arranca”,
realçou o governante. Pedro Nuno Santos reiterou também que o Governo não irá avançar com o projeto caso seja chumbado pela APA: “A lei é clara e somos obrigados a respeitar o resultado. O aeroporto avança se houver declaração de impacto ambiental”, garantiu. A ANA disse à Lusa em 12 de abril que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do aeroporto do Montijo estava concluído. “A ANA confirma que, de acordo com o prazo previsto, o EIA está finalizado e a ser submetido, sendo a submissão feita através de carregamento do EIA na plataforma da Agência Portuguesa do Ambiente”, afirmou fonte oficial da gestora dos aeroportos portugueses.
SETÚBAL
30-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Provas de Família e Longa
Corrida da Liberdade ultrapasse os 650 participantes A Corrida da Liberdade organizada pela Junta de Freguesia de S. Sebastião é um caso de sucesso e este ano atingiu 650 participantes nas duas provas de Família e Longa. SETÚBAL REDAÇÃO | FB
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Corrida da Liberdade foi organizada pela Junta de Freguesia de S. Sebastião e pelo movimento associativo e contou com uma forte participação, ultrapassando a marca dos 650 participantes nas duas provas: Prova de Família e Prova Longa. A 12ª edição da Corrida da Liberdade traduziu-se num enorme sucesso, tendo recebido mais de 650 participantes, número recorde no evento que integrou as comemorações do 45º aniversário da Revolução de Abril, no concelho de Setúbal. O presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Nuno Costa, lembrou “este evento ajuda-nos a relembrar o dia 25 de Abril de 1974, data em que foi conquistada a nossa liberdade”. A Prova Longa da 14ª edição da corrida foi alterado de 6 para 10 quilómetros e Nuno Costa destacou “é importante não esquecer que a revolução permitiu conquistar, através do sacrifício e coragem de alguns, um conjunto de direitos, aos quais muitas vezes não damos valor, tais como o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, o salário mínimo nacional, entre muitos outros”. O autarca destacou ainda o poder local democrático como um dos
desenvolvimentos da revolução, “permitindo progressos, tanto ao nível da criação de infraestruturas (saneamento básico, estradas, espaços públicos de lazer), como ao nível do acesso à prática desportiva, ao ensino” e de “tudo aquilo que nos traz qualidade de vida”. O edil sadino deixou a mensagem “que este momento sirva para lembrar que a democracia, embora esteja consolidada, precisa de ser cultivada todos os dias”. Os juvenis Afonso Matos, do Vitória Futebol Clube (1º), César Amândio, do Remo Clube Lusitano (2º) e Tomás Matos, também do Vitória Futebol Cube (3º) foram os vencedores masculinos da Prova Longa. As três vencedoras jovens participantes femininas da prova foram: Viviana Parrula, do VFC (1º), Mariana Poeira (2º) e Mara Lopes (3º), duas atletas em competição pelo Remo Clube Lusitano. Na categoria de Desporto Adaptado, subiram ao pódio os atletas masculinos João Pedro Lopes (1º), Arsénio Gonçalves (2º) e David Pereira (3º). Catarina Silva foi a única atleta feminina a participar na prova neste escalão. O prémio para a equipa mais numerosa. coube à APPACDM, com 45 atletas. No escalão feminino da Prova Longa, Carla Pereira, da União Cultural Desportiva e Recreativa Praiense, atingiu o melhor tempo na categoria sénior (dos 20 aos 39 anos),
seguida da atleta Selene e de Tânia Almeida, da Hut Runners Warriors. Os atletas masculinos João Bragadeste (1º), do Clube de Praças da Armada; Mark Ribeiro (2º), do Vitória Futebol Clube e Tony (3º), da Escola do Movimento, foram os atletas mais rápidos na mesma categoria. No Escalão M40, Inês Marques, da 99 provas gratuitas, obteve o melhor tempo da prova, enquanto Ana José e Elsa Mação, da Hut
Runners Warriors preencheram respetivamente o 2º e 3º lugares do pódio. A melhor marca masculina neste escalão coube a Arnaldo Djú, seguido de Nuno Dias e de Vasco Levita da Hut Runners Warriors. Ana Paula, do Atletismo Clube de Portalegre/UTSM foi a única atleta feminina classificada na categoria M50, enquanto os atletas Fernando Santos (1º) e António Branco (2º),
do Clube de Praças da Armada, foram os primeiros a cortar a meta na mesma faixa etária (50 aos 59 anos) e Hernani Francisco, do VFC ocupou o 3º lugar. Aos 79 anos de idade, Joaquim Pereira, do Clube de Praças da Armada concluiu a prova com o melhor tempo no escalão M60, seguido de Henrique Dias, do VFC e do atleta Ezequiel que competiu em nome individual.
Para os próximos três anos
Ena elege Órgãos Sociais A ENA procedeu às eleições para os Órgãos Sociais para os próximos três anos, em que o Conselho de Administração será presidido pela Câmara de Sesimbra, representada por Sérgio Marcelino, enquanto Fernanda Pesinho da Câmara de Palmela assegura a vice-presidência.
Os Órgãos Sociais eleitos são os seguintes: Assembleia Geral: Presidente – EDP Distribuição, representada por António Leal Sanches Vice-Presidente – EGEO Circular SA. representada por Rui Pinheiro Secretário – FERTAGUS., re-
presentada por Nuno Manuel Alves Dias Soares Conselho de Administração: Presidente - Câmara Municipal de Sesimbra, representado por Sérgio Manuel Nobre Marcelino Vice-Presidente – Câmara Municipal de Palmela, representada por Fernanda Manuela Almeida Pésinho Vogal - Câmara Municipal de
Setúbal, representada por Carla Alexandra Potrica Guerreiro Vogal – Instituto Politécnico de Setúbal, representado por João Carlos Vinagre Nascimento dos Santos Vogal – Aicep Global Parques, representada por Silvino Rosa Malho Rodrigues Vogal – Maria Cristina de Araújo Torres Daniel (sócia individual)
Conselho Fiscal Presidente – Ana Bela de Sousa Delicado Teixeira (sócia individual)
Vogal – TST - Transportes Sul do Tejo, S.A. representada por (a indicar) Vogal – José Henrique Peralta Polido (sócio individual)
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CULTURA
Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019
Festival Jazz
Sociedade Filarmónica Humanitária revive noites de Jazz Foram duas noites em que o Jazz andou à “solta” na sala de festas da Sociedade Filarmónica Humanitária
JAZZ JÚLIO DUARTE
O
festival de Jazz voltou ao palco da Sociedade Filarmónica Humanitária, Palmela, naqueles que foram dois dias intensos onde a Orquestra da Jazz Humanitária convidou este ano os mais jovens taletos Nazaré da Silva e Bernardo Tinoco. A noite terminou com um café-concerto em estilo jam session no Bar da SFH. No sábado foi a vez de subir ao
palco a cantora Luísa Sobral que apresentou o seu mais recente trabalho “ROSA” e que contou com a presença dos seus músicos Manuel Rocha (guitarras) e um trio de sopros formado por Sérgio Charrinho (fiscorne), Ângelo Caleira (trompa) e Gil Gonçalves (tuba), estes dois últimos músicos também eles professores do Conservatório Regional de Palmela. O programa Abril Jazz fechou com um magnifico concerto apresentado por Daniela Melo.
Todas as terças-feiras numa banca perto de si SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA
ALERTAS & RECADOS
30-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Desde que renasceu o título Jornal Concelho de Palmela que a rubrica “Alertas & Recados” tem sido um êxito nas denúncias e recados que os nossos leitores nos têm deixado ao longo das semanas. Esta semana mais uma página recheada de alertas e recados que aqui deixamos.
As surpresas que a serra da Arrábida nos oferece A
ntónio Pedro Pereira fez-nos chegar este alerta e recado com o seguinte texto: «Vivo no Barreiro, mas tenho uma familiar em Palmela que visito regularmente. Com ela, o marido e os filhos, fazemos frequentes passeios na maravilhosa serra da Arrábida. Há dias subimos às Arrocadas, Gaiteiros, Moinho da Páscoa, descemos ao vale de Barris e trepámos ao alto da serra do Louro por um íngreme caminho e escadaria de madeira ao lado da sede do Grupo de Teatro O Bando. Junto do edifício, encontrámos uma coisa intrigante: mais de cinquenta cadeiras estofadas, em ótimo estado de uso, praticamente novas, abandonadas ao sol e à chuva, ao lado do edifício, no meio da erva que está a
envolvê-la. A cor azul do forro de pano já está a ficar desbotada pela ação do sol e da chuva. Encontram-se em dois círculos, parecendo ali terem ficado após uma reunião ou espetáculo. Terá sido esquecimento
ou desleixo? Ou será uma «performance» para os passarinhos apreciarem? Quando estiverem todas estragadas, ouviremos mais um queixume da falta de apoio à Artes e a exigência de um subsídio do Ministério da Cultura e da Câmara Mu-
nicipal para se reequiparem. Mas não foi a única coisa intrigante que vimos. Certamente, por acidente, foram partidas várias telhas do beiral do edifício. Como não foram reparadas, a água está a infiltrar-se na parede, que já se encontra degrada-
da e toda negra. É caso para dizer: que grande peça de teatro está ali em cena, com o título: «A irresponsabilidade que vos nossos impostos pagam». E viva a Cultura (da irresponsabilidade).»
Placa continua GNR precisa-se nas ruas de Pinhal Novo a dormir D epois de vários alertas deixados pelos nossos leitores, moradores nos Arraiados e Valdera, o JCP foi ao local de um dos alertas para verificar se a placa, depois do primeiro alerta deixado aqui há já várias semanas, já estaria de pé.
Para nossa admiração a placa lá continua deitada no meio do terreno e cheia de vegetação. Aqui fica mais uma vez o alerta para que a Junta de Freguesia de Pinhal Novo possa disponibilizar dois funcionários e que coloquem a placa da Rua do Bocage novamente de pé.
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oi na semana passada que nos chegou através de uma leitora assídua e moradora na vila de Pinhal Novo esta foto. Todos sabemos que com as festas e romarias que a vila organiza o estacionamento é pouco, mas não podemos ter falta de civismo
quando se coloca um veículo a trancar uma passagem de acesso à zona da biblioteca municipal. Ana Maria apela ao bom senso dos automobilistas, questiona as autoridades locais que parecem nada ver nestas alturas, e salienta: “Há que ser tolerante, mas as-
sim é demais”. Fica o alerta para o civismo dos automobilistas e o olhar atento das autoridades. Continuem a enviar-nos os vossos alertas e recados para infomarcao@jornalconcelhodepalmela.pt pois o JCP dá voz aos problemas da sua região.
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FLAGRANTES DELITO
Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019
Jovem cai em buraco de fábrica desativada em Palmela Bombeiros de Palmela e GNR foram acionados para o local, a jovem de 15 anos estava no interior do edifício desativado com amigos quando caiu ARQUIVO
SEGURANÇA DONATILIA BRAÇO FORTE
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m grupo de amigos encontrava-se no interior de uma fábrica desativada, em Palmela, quando se deu a queda de uma jovem de 15 anos, que caiu do piso superior para o inferior da antiga Fripal, localizada na Rua Fernando Pezinho. O alerta aconteceu pelas 13h33 da passada sexta-feira e para o local foram mobilizados os bombeiros de Palmela e elementos da GNR. A rapariga foi assistida no local e apresentava ferimentos ligeiros.
Corpo encontrado perto do campo de rugby O homem terá morrido de morte natural. O alerta foi dado pelas 10h28 de quinta-feira
SETÚBAL REDAÇÃO
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m cadáver de um homem foi encontrado na passada quinta-feira numa vala,
junto do campo de rugby de Setúbal, a poucos metros do estádio do Vitória Futebol Clube. O alerta foi dado pelas 10h28 e no local estiveram 13 operacionais e 5 viaturas, entre elementos dos bombeiros, PSP e Polí-
cia Judiciária. Ao que o JCP apurou, o cadáver foi encontrado por três trabalhadores que se encontravam na altura a realizar a limpeza do valado. O corpo estaria de bruços sobre a vala e o homem
teria cerca de 50 anos de idade, o que se veio apurar mais tarde de se tratar de uma pessoa assídua do refeitório das Caritas. O homem estaria de pijama e coberto de metade de água. Uma ambulância da Cruz Ver-
melha foi chamada ao local para levantar o corpo pelas 13h12. A Polícia Judiciária inicialmente terá descartado crime nas causas da morte, aguardando pela autopsia da vítima.
DESPORTO
30-04-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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Jornada com fartura de golos
Participação de 300 atletas
Pinhalnovense assegura manutenção
Vereador Luís Calha foi 3º na Corrida da Liberdade
Na primeira parte o Pinhalnovense teve várias oportunidades de golo, mas a bola teimou em não entrar. Na segunda parte o Pinhalnovense ligou o “turbo” e, em 12 minutos marcou três golos. A vitória ficou nublada com a lesão de Diego, que teve que ser substituído.
FUTEBOL REDAÇÃO | FB
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jornada do passado domingo registou 33 golos, traduzidos em algumas goleadas, com o Moura a vencer por 5/1 os Armacenenses, e igual resultado para o Real na receção ao Sacavenense. Para além do Pinhalnovense, que venceu o Vasco da Gama do Vidigueira por 3/0, também o Louletano venceu o Ferreiras por igual resultado, assim como o Olhanense que foi ganhar e venceu 3/0, em casa do Redondense, enquanto o Olímpico do Montijo ganhou em casa por 3/1 ao Oriental.
Segunda parte de luxo Só na etapa complementar o Pinhalnovense conseguiu marcar, depois de muitas oportunidades perdidas na primeira parte, com a bola a não querer entrar. A equipa de Luís Manuel entrou a todo o vapor na etapa complementar, com Bandeira a iniciar a goleada aos 49’, perante a alegria dos adeptos, que apoiavam o Pinhalnovense, numa tarde de muito calor, no Campo Santos Jorge. O jovem Bandeira estava endiabrado e numa jogada de mestre, tira um excelente cruzamento da cartola, que Ary aproveita para marcar o segundo para os azuis e brancos, quando estavam decorridos 57’ da partida.
Mas a equipa do Pinhalnovense não abrandou o ritmo e o ponta de lança Diego Zaporo encerra a contagem e marca o terceiro golo aos 65’. A vitória teve o seu ponto negro com a saída de Diego Zaporo lesionado. Manutenção assegurada A vitória do Pinhalnovense conseguiu garantir a manutenção apesar de ainda faltarem disputar-se duas jornadas. Também o Olímpico do Montijo assegurou a manutenção no Campeonato de Portugal ao vencer o Oriental por 3/1. No próximo domingo o Pinhalnovense desloca-se ao campo do Ferreiras e o Olímpico irá a casa do Sacavenense.
Momento em que o Pinhalnovense marca um dos golos
Manuel Lagarto satisfeito com o sucesso da Corrida
ATLETISMO REDAÇÃO | FB
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chuva e o vento fresco não afastaram os participantes que vieram até ao Pinhal Novo para a Corrida da Liberdade, que contou com a presença de 300 atletas. O presidente da Junta de Freguesia, Manuel Lagarto mostrou a sua satisfação pelo sucesso da iniciativa, que “começou há 17 anos e continua a crescer a nível do número de participantes”. A Corrida da Liberdade conti-
nua a ter um percurso de 1974 (data da revolução dos cravos) metros e desta vez a entrega de prémios decorreu no Polidesportivo 25 de Abril, o que levou Manuel Lagarto a destacar “este local é mítico e de grande significado para a população da freguesia de Pinhal Novo”. E num sorriso de cumplicidade confidenciou “até tivemos no 3º lugar do pódio o vereador do Desporto, Luís Calha” e prometeu “nunca iremos deixar morrer esta iniciativa, não só pelo seu significado, mas pela forte adesão da comunidade”.
Luís Calha subiu ao pódio
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Jornal Concelho de Palmela | 30-04-2019