Jornal Concelho de Palmela | Edição 44

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DESPORTO PINHALNOVENSE VENCE EM FERREIRAS

15 SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº44 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 7.05. 2019

ALÉM DE GARANTIREM A MANUTENÇÃO AINDA GANHARAM EM FERREIRAS POR 3 BOLAS A 2. TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

MOINHOS DE PALMELA COM VIDA PEDRO LIMA QUER COLOCAR OS MOINHOS DE PALMELA NOS ROTEIROS TURÍSTICOS DA REGIÃO E DO PAÍS

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Universo Autista Associação para Jovens e Adultos UNIVERSO AUTISTA - ASSOCIAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS LUTA POR UM CENTRO DE ACTIVIDADES OCUPACIONAIS NO DISTRITO E FAZER ATENDIMENTOS NO MONTIJO E EM FERNÃO FERRO

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PJ INVESTIGA POSSÍVEL HOMICÍDIO EM SETÚBAL FOI ENCONTRADO NA MANHÃ DE SÁBADO NA ETAR JUNTO DA SAPEC, EM SETÚBAL, UM CORPO SEM QUALQUER IDENTIFICAÇÃO, MAS COM MARCAS DE VIOLÊNCIA. AS AUTORIDADES SUSPEITAM DE UM CRIME DE HOMICÍDIO

68 anos ao serviço da população

FORAM COMEMORADOS COM ALGUNS REPAROS POR PARTE DA DIREÇÃO 14 DE BOMBEIROS DE PINHAL NOVO

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PRIMEIRA LINHA

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

Aniversário dá mote ao Dia Municipal do Bombeiro

Bombeiros contam com mais uma ambulância Os bombeiros de Pinhal Novo saíram à rua para comemorar o aniversário em virtude do quartel estar a ser alvo de obras. A população participou no evento que começou com desfile e acabou na sessão solene. BOMBEIROS Redação | FB

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Rua da Salgueirinha foi o palco escolhido para o início das comemorações de aniversário com desfile e inauguração da nova ambulância para transporte de doentes não urgentes. O padre Ramalho procedeu à bênção da nova ambulância que homenageia José António Guerreiro, dirigente associativo de referência no Pinhal Novo. Troca de reptos Na sessão solene, o presidente José Calado, reconheceu que a Câmara de Palmela “não é das piores no apoio aos bombeiros, mas precisamos de mais”, pois “não temos equipamentos suficientes para acudir aos incêndios florestais e urbanos” e lembrou “no nosso corpo de bombeiros não nos falta tudo, mas o presidente da câmara e os vereadores podem ir mais longe”. José Calado alertou para a necessidade de aquisição de dois veículos para o combate a incêndios, que “continuam em banho maria e onde

gastamos milhares de euros em reparações” e terminou com um agradecimento ao comandante cessante, Luís Neto, que “durante dois anos deu o seu melhor”. O presidente da câmara de Palmela, Álvaro Amaro, criticou os “reptos do presidente da direção que pode ficar bem num discurso populista, mas seria melhor se fosse rigoroso em relação à lei de financiamento”. O autarca palmelense lamentou “não ouvi uma palavra de quanto é que a associação recebe do Estado”. Álvaro Amaro destacou “temos orgulho em construir soluções com as associações e pugnámos muito para que as candidaturas de requalificação dos quartéis contemplassem as duas corporações” e a Câmara de Palmela “participará em qualquer candidatura que passe pela aquisição de viaturas de combate a incêndios urbanos e florestais”. O presidente da Câmara garantiu também o apoio a “qualquer candidatura ao equipamento de uso individual”. Emblemas aos sócios e promoções a bombeiros (subtítulo) A sessão solene incluiu também

Foto que marca a semana

Edifício da antiga PAL à espera de melhores dias

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á foi um edifício com extrema importância, pois eram ali realizadas horas de programação com vozes que hoje em dia se <<apagaram>> ou simplesmente <<voaram>> para outras estações. O edifício ali ficou ao abandono e à mercê da sua sorte que em pouco tempo foi o alvo preferido de atos de vandalismo, de pilhagem, não sabemos, pois não tivemos acesso ao seu interior.

Foram várias as chamadas de atenção por parte dos media locais e regionais, o que lhe valeu uma tranca bem reforçada na entrada principal, mas que em nada demoveu os amigos do vandalismo. O edifício mais conhecido por PAL espera uma requalificação e por melhores dias. Vamos ver até quando.

a intervenção do presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo com o presidente Manuel Lagarto a garantir “podem continuar a contar connosco” porque os bombeiros “não são soldados da paz, mas sim combatentes da paz

na luta contra a adversidade”. A Junta de Freguesia de Pinhal Novo, destacou “mostra o reconhecido agradecimento público aos bombeiros, que sabem fazer tão bem aquilo a que se dedicam”. A sessão solene incluiu ainda a

atribuição de emblemas a 31 sócios pelos 25 anos e a 45 associados com 50 anos. Onze bombeiros foram promovidos e seis receberam medalhas de distinção da Liga dos Bombeiros.


7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PRIMEIRA LINHA

3 Editorial

Mostra antecipada premiada com bom tempo

Bruno Pedroso estreia-se com discurso emotivo Ao ritmo dos Gaiteiros dos Bardoada a Mostra de Vinhos decorreu em clima de festa, com uma tarde de calor intenso e onde o novo presidente da Comissão Organizadora, Bruno Pedroso, não conseguiu conter uma ponta de emoção ao recordar os 24 anos de existência do evento. DESTAQUE Redação | FB

Bruno Pedroso lembrou os 24 anos da Mostra, que “tem uma longa história de sucessos e alguns insucessos, mas sempre na aposta de promoção dos vinhos”, onde “os produtores merecem todo o apoio”. O novo presidente da Comissão Organizadora não conteve uma ponta de emoção ao recordar que “a realidade hoje é bem diferente porque os vinhos desta região ultrapassam as fronteiras” e “os produtores desta zona sentem-se orgulhosos de ser viticultores com garra”. Já a presidente da União de Freguesias, Cecília Sousa, manifestou o seu orgulho pela “forma como o produto de referência, que são os nossos vinhos, têm sido promovidos” e fez “um agradecimento muito especial aos trabalhadores da freguesia” que ajudam a “contribuir para o sucesso da Mostra”. O presidente da Câmara Álvaro Amaro identificou as individualidades presentes sublinhando “neste palanque faltam os mais importantes, que são as estrelas da companhia, os vitivinicultores”, porque “deve-se ao trabalho com os seus conhecimentos ancestrais este momento de reafirmação de identidade deste local”. O autarca anunciou “após a realização da Mostra iremos

Momento de brindar com os gateiros dos Bardoada proceder à requalificação dos espaços exteriores dos dois lados da linha”. Apresentação do Projeto “Enoturismo.pt” A Mostra deste ano contou com a participação de mais adegas e mais expositores, num espaço muito bem organizado, que cresceu quer no interior, quer no exterior onde a exposição das alfaias e máquinas agrícolas marcaram um dos destaques do evento. A Câmara de Palmela aproveitou a Mostra para a apresentação do projeto nacional “Enoturismo.pt”, que envolve agentes de enoturismo e entidades ligadas ao se-

tor do vinho, das 14 regiões vitivinícolas. O projeto foi desenvolvido pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho e pela Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, que defende a constituição de uma plataforma onde será possível “encontrar informação de oferta, a nível nacional: Adegas, Restaurantes, Postos de Turismo, Empresas de Animação Turística, entre outras entidades que ofereçam produtos de enoturismo”. A primeira ação nacional de Benchmarking Enoturístico decorreu em Janeiro, na região da Península de Setúbal, envolvendo entidades, técnicos e agentes económicos de diversas áreas do país.

DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

Aviso à navegação em órbita!

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ntigamente, quando aparecemos com um jornal de seu nome “Zona Rural”, a nossa concorrência na altura gozou-nos até à última geração, mas nós, um “bando” de curiosos conseguiu colocar esse projeto editorial em pé e que ficou firme desde 2006 a 2009. Foram três longos anos em que o Zona Rural esteve firme mas que acabaria por findar devido à crise que se avizinhava, e como sabeis os media regionais são o <<patinho feio>> dos nacionais, onde os apoios e publicidades de grandes empresas são colocados e os mais pequenos vão ficando à margem de tudo isso, os lucros para César e as migalhas para o povo, como costumo dizer muitas vezes. Mas o meu editorial de hoje vai centrar-se na voz seca e, muitas das vezes muda, de alguma concorrência. Na altura do Zona Rural eramos apelidados de tudo, pois onde nos conseguissem “denegrir” a imagem era certinho e direitinho. Até de totós fomos apelidados, mas lá continuamos com o esforço de tudo e de todos. Em 2011 nasce através das nossas mãos com o apoio de um grupo de media nacional, o Diário do Distrito, a nova era estava para vir, os media online estavam no seu começo e tudo era uma novidade, sucesso atrás de sucesso e em 2014 dá-se o desligamento desse grupo e passa a ser administrado diretamente por nós. As calúnias e injúrias, essas continuavam em grande, passámos a ter alguns apelidos e até acusarem-nos de irmos aos almoços e jantares para “enchermos a barriga” e até chegaram a dizer a colaboradores do Diário do Distrito que nós eramos péssimos.

Isto dá para escrever um bestseller muito em breve, mas hoje o Diário do Distrito é o que é, e até temos uma história engraçada de três cidadãos, que estão todos identificados, que nos tentaram prejudicar através da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, pois deu-lhes na cabeça em formular uma queixa contra o Diário do Distrito sobre a notícia <<memorial>> da morte do Doutor Mário Soares, pai do Partido Socialista, queixa essa que não nos deitou abaixo e continuamos a ser o que somos hoje com esse jornal que conta com mais de 30 mil fãs nas redes sociais e mais de 5 milhões de visitantes. Hoje, dou por mim a pensar que os totós, a Família Forsyte, a Sagrada Família e mais uns epítetos que nos têm colocado ao longo destes anos todos, são a equipa que lhes tem ensinado a fazer coisas giras, como por exemplo: a forma de escrever os títulos, layouts novos, e até locais para colocarem as suas publicações. Mas quero terminar com este aviso à navegação, vejam se ao colocarem os vossos jornais semanalmente naqueles locais que aprenderam a colocar devido à nossa lista de distribuição, se não as colocam em cima do Jornal Concelho de Palmela, mais familiarizado como JCP, porque mesmo assim a taparem a nossa publicação, não se conseguem sobrepor à nossa publicação nem nos conseguiram calar. Aos nossos leitores, mil desculpas por este editorial, mas tinha que ser feito um dia destes para que os experts da matéria consigam compreender a mensagem aqui deixada. Boas leituras e uma boa semana.

Nota do Conselho Editorial

Autarcas e entidades convidades no planque da abertura da mostra de vinhos

O Conselho Editorial do Jornal Concelho de Palmela deixa nesta edição um pedido de desculpas à autarca Susana Alves pelo facto de ter publicado na edição 43 uma foto que desagradou à visada, por isso apresentamos o nosso pedido de desculpas pelo sucedido. No entanto, não podemos deixar passar em branco que a redação dos media do grupo PRESSWORLD não tem personagens do Harry Potter, temos sim profissionais de comunicação que não são obrigados a conhecer as indiferenças de cada figura pública da região. Mesmo assim fica aqui o nosso pedido de desculpas pela publicação de uma foto que foi mencionada pela visada e que levou ao grande desagrado da mesma. Queremos ainda deixar aqui uma última nota, quando se trata de uma figura pública, seja ela nacional, regional ou local e que esteja em lugar público as fotos podem ser tiradas sem quaisquer restrições para a base de dados dos media e podem ser utilizadas como fotos de arquivo caso seja necessário.


Cronica

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DESTAQUE

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

Dia Municipal do Bombeiro ao ritmo de simulacros de sismos

Comemorações vão continuar FÁTIMA BRINCA CRONISTA

A revolução passou-me ao lado

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u ainda sou do tempo em que os ideais da sociedade perfeita andavam no ar. O 25 de Novembro de 1975 também causaram mossa nos sonhos de uma jovem, que na altura acreditava que “o sonho comandava a vida”. Na altura trabalhava na Movauto e fazia reportagens de comissões de moradores e de trabalhadores, entregando-me de corpo e alma a descrever as lutas que se viviam por melhores condições de vida. O jornal tinha vivido um período difícil, com os trabalhadores a fazerem cada edição para angariarem o sustento das famílias. Os três jornalistas, eu, o Rogério Severino e o Manuel Abrantes não auferíamos qualquer remuneração. Com o 25 de Novembro veio a declaração do estado de sítio, que proibia que os jornais saíssem à rua. Na altura estava a trabalhar e os meus dois colegas jornalistas resolveram sair com o jornal, talvez movidos por opções políticas, mas a que não eram indiferentes as questões económicas, pois menos uma edição equivalia a que não houvesse dinheiro para os gráficos levarem para casa. O jornal saiu “furando” o estado de sítio e 24 horas depois, os militares ocupam as instalações do jornal e dão ordem de prisão a quem lá se encontrava. O Severino e o Abrantes passam à clandestinidade e os militares vão até à Movauto para procederem à minha detenção. A notícia espalha-se pela fábrica e, os trabalhadores do fato macaco põem-se à minha volta no refeitório, onde, ignorando o que se passava, me encontrava calmamente a almoçar. Quando os militares chegaram ao refeitório, depararam com os trabalhadores prontos a defenderem a jornalista, que tremia que nem varas verdes. Naquele dia conheci a força

da solidariedade, com os homens do fato macaco a enfrentarem os militares de G3 em punho. Não me esqueço das palavras do Verdasca “a Fátima não sai daqui, para isso têm que nos matar”. Atónitos, os militares não acreditavam no que viam. E depois de contactarem com o quartel, deixaram a fábrica, não sem antes o diretor lhes garantir que eu me apresentaria voluntariamente nas instalações da polícia para prestar declarações. Mais tarde, aparecem na fábrica elementos do Partido Revolucionário Português (PRP) com roupas e cabeleira para eu passar à clandestinidade, mas não aceitei tal proposta. O diretor da Movauto chama o advogado para me acompanhar à polícia, onde fico durante várias horas, porque as autoridades continuavam a aguardar que o Severino e o Abrantes se entregassem. Como tal não aconteceu acabaram por mandar-nos embora, a mim e aos meus colegas, com a garantia que nos apresentaríamos no dia seguinte na PSP. Regressei a casa, mas desencontrei-me da minha mãe, que tinha ido a caminho de Setúbal com dois cobertores e a botija da água quente, porque sabia que eu sofria imenso com o frio. A Emília Salgueira (minha querida e saudosa mãe) só saiu das instalações da polícia, depois dos agentes a deixarem espreitar todas as salas para comprovar que eu não estava detida. Esses tempos passaram, depois de muita agitação, fiquei com a convicção que a revolução passou-me ao lado.

O Dia Municipal do Bombeiro tendo como palco a Associação dos Bombeiros de Pinhal Novo vai continuar até dia 19 de Maio com um vasto programa que tem como destaque a segurança das crianças.

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s comemorações do Dia Municipal do Bombeiro vão continuar até dia 19 de Maio, onde os simulacros contemplam as escolas de Aires, Cajados e Palhota. A Associação dos Bombeiros de Pinhal Novo organiza este ano as iniciativas, que têm como mote a segurança das crianças. O programa das comemorações recomeça no dia 10 de Maio e prolonga-se até dia 19, com o seguinte calendário: Dia 10 de Maio – 09h30 Debate/ Semanário “Segurança das crianças a nossa responsabilidade”, na Escola Secundária de

Pinhal Novo

sica da Palhota

Dia 13 de Maio – 10h30 Simulacro de sismo na Escola Básica de Aires

Dia 18 de Maio – Auditório Municipal do Pinhal Novo 10h30 – Receção às entidades oficiais 10h45 – Desfile apeado e motorizado 11h00 – Sessão solene de homenagem aos bombeiros

Dia 14 de Maio – 17h30 Exercício de atuação conjunta das três corporações de bombeiros do concelho, na Escola José Maria dos Santos Dia 16 de Maio – 10h30 Simulacro de sismo na Escola Básica de Cajados Dia 17 de Maio – 10h30 Simulacro de sismo na Escola Bá-

Dia 19 de Maio – 13h00 Almoço convívio com a Câmara, Juntas de Freguesia, dirigentes, comandos e corpos ativos das Associações de Bombeiros do Concelho

Concurso contou com a participação de 40 vinhos

Fernão Pó Adega conquistou o 1º lugar A 24ª edição da Mostra de Vinhos contou com a participação de 40 vinhos, 26 tintos e 14 brancos, onde foram premiados os dez melhores vinhos. O primeiro lugar foi para a Fernão Pó Adega, que quatro anos depois volta a ser distinguida com o Prémio de Melhor Vinho da Mostra. A Casa Ermelinda Freitas foi distinguida com o Prémio do Público e obteve o 2º lugar, enquanto a adega Marcolino Freitas & Filho, ocupou o 3º lugar do pódio. Os restantes produtores premiados foram: Naciolindo Baeta ( 4º lugar), Fernando Santana Pereira ( 5º lugar), Pedro Fernandes Monteiro ( 6º lugar), JB Freitas - José Bento Freitas ( 7º lugar), Celestina & Gomes ( 8º lugar), Vinhos Althiag’o ( 9º lugar) e Sociedade Agrícola Ti Bento ( 10º lugar).


7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Cronica

ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

Vamos dar uma volta por Palmela (crónica nº 25 )

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a crónica passada, tendo chegado a Palmela por estradas antigas, subimos ao castelo para olhar o panorama que daí se avista; fizemo-lo guiados por dois párocos de Palmela, de 1758. Agora vamos dar uma volta pela vila olhando para os nomes que as ruas têm ou tiveram; recorremos, para isso, à nossa memória e a documentos escritos. Houve nomes antigos dos quais já ninguém se lembra e que foram sendo substituídos por outros; porquê e em que circunstâncias? Isso é o que vamos ver; mas é assunto que não pode ser tratado numa ou duas crónicas; com tanta ladeira a percorrer, temos de andar com calma para não cansar. Vamos então a nomes antigos de ruas que foram substituídos: Rua da Oliveirinha Rua da Água Ruça, Rua dos Lagares ou Rua Direita Rua do Anjo, Rua de Santo António Rua da Cruz Rua do Ouro Rua da Misericórdia Rua do Tijolo Travessa da Olaria Beco da Olaria ou Beco da Cruz Travessa do Terreiro Largo do Terreiro Sítio das Lagens ou Lages Largo de São Sebastião Rua dos Periquitos Rua das Pedreiras Rua de São Sebastião Beco do Fala Só Rua de São João ou Rua Nova de São João Sítio dos Feitais ou dos Fetais Rua do Mal Cozinhado Rua do Chafariz Largo do Chafariz ou Largo da Feira Outros nomes, mas estes mais difíceis de lhes encontrar o sítio, mesmo com os documentos em que se encontram; quem pode dar uma ajudinha? Largo da Cadeia Rocio ou Largo do Rossio Travessa do Sinote Travessa do Liró Rua do Outeiro Largo da Oliveira ou da Parreirinha Travessa do Forno

Ora isto pode trazer-nos muita confusão; vamos encontrar o fio à meada começando o nosso passeio pela antiga rua mais importante da vila, de tempos que já lá vão, mas de que muita gente ainda se lembra – a Rua Hermenegildo Capelo. Dantes era uma vala que vinha desde o lagar da Ordem de Santiago, o edifício que foi a discoteca do Laurindo, descia pela Praça do Pelourinho, vinha até à farmácia de Palmela e daí corria para o Vale dos Barris até à ribeira. Essa vala era sítio para onde se faziam despejos da povoação. Palmela mais antiga ficava a poente dela, abrigada pelo castelo. Por essa vala corria a água ruça dos lagares. Há mais de 600 anos a vila começa a estender-se mais para nascente, como até aos nossos dias, a vala passou a funcionar de rua, adquiriu o nome de Rua dos Lagares, Rua da Água Ruça e, quando já era importante, com bastante comércio e casas de gente abastada, deram-lhe o nome de Rua Direita. Teve estes três nomes até há 136 anos. Com efeito, nos dias 2 e 3 de Dezembro de 1883 houve festa rija em Palmela para homenagear o filho da terra, Hermenegildo Capelo, explorador do continente africano, e foi dado o seu nome à rua principal da vila. Por hoje fica por aqui o nosso passeio, vamos para a festa promovida por Manuel Joaquim da Costa, de quem havemos de falar um dia.

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ATUALIDADE

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

Mercado Caramelo alargado e com mais expositores

Tradição retomada torna-se evento de sucesso O Mercado Caramelo tem este ano mais espaço, depois do aterro do lago, prolonga-se do Largo José Maria dos Santos até à Praça da Independência e prepara-se para receber milhares de visitantes nos dias 10, 11 e 12 de Maio. ATUALIDADE REDAÇÃO | FB

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Mercado Caramelo volta a animar a vila do Pinhal Novo, com a tradição a envolver diversas iniciativas que irão decorrer nos dias 10, 11 e 12 de Maio, com o evento a estender-se por um espaço mais alargado, que tem a centralidade no Largo José Maria dos Santos e se alarga até à Praça da Independência. O Mercado Caramelo retoma uma tradição que começou em 9 de Maio de 1875, na altura um evento com significativo peso na vida da comunidade, tornando-se numa referência da comunidade rural e caramela.

Mercado Caramelo está de volta ao Pinhal Novo Programa

Sopa caramela e bênção dos animais

Dia 10 de Maio – sexta-feira 18h00 – Abertura 22h00 – Contos Caramelos – Casa Caramela 22h30 – Baile com Helder Pereira – Coreto 01h00 – Encerramento

A sopa caramela é a grande aposta do Mercado Caramelo, que este ano terá a companhia do pudim de abóbora e das batatas ensalsadas. Mas outra iniciativa de excelência é a bênção dos animais, que se realiza no domingo, junto à Igreja. A Casa Caramela aposta em iniciativas onde se aprenderá a fazer chouriços, as batatas ensalsadas e queijos. As atividades tradicionais também estarão em destaque como a ordenha, a tosquia e o trabalhar do barro. A animação não faltará, onde os robertos fazem peripécias para todos os gostos. Os gaiteiros, o teatro, o folclore, as danças e as charangas contribuem para a animação constante nos três dias do evento.

Dia 11 de Maio - Sábado 11h00 – Abertura 11h30 – Panela ao lume: confeção sopa caramela e apresentação do Pudim de Abóbora – Casa Caramela 14h30 – Demonstração de flores de papel- Casa Caramela 15h30 – Robertos: Garreia Caramela – Coreto 16h00 – A mais louca corrida caramela de carrinhos de rolamentos – na ponte junto ao Mercado Municipal 16h00 – Fabrico de Chouriços – Casa Caramela 16h30 – Panela ao lume: confecção de batatas ensalsadas 17h30 – Ordenha – Casa Caramela 18h00 – Fabrico de Queijos – Casa Caramela 18h30 – Tosquia – Casa Cara-

mela 22h00 – Contos Caramelos – Casa Caramela 22h30 – Baile com Sara Pessoa – Coreto 01h00 – Encerramento Dia 12 de Maio – Domingo 11h00 – Abertura 11h30 – Benção dos animais em frente da Igreja 12h00 – Panela ao lume: Batatas ensalsadas e pudim de abóbora - Casa Caramela 14h30 – Demonstração de flores de papel – Casa Caramela 15h30 – Robertos: Garreia Caramela – Coreto 16h00 – Fabrico de Chouriços – Casa Caramela 16h30 – Panela ao lume: sopa caramela e pudim de abóbora 17h30 – Ordenha – Casa Caramela 18h00 – Fabrico de Queijos – Casa Caramela 18h30 – Tosquia – Casa Caramela 21h00 – Contos caramelos – Casa Caramela 22h00 – Baile com Ricardo Laginha – Coreto 00h00 – Encerramento


7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela | 07-05-2019

«É muito gratificante ver a satisfação das crianças ao visitarem este espaço» Pedro Lima abraçou há perto de um ano o projecto dos ‘Moinhos de Palmela’, recuperando o Moinho do Poente e o Moinho de Nascente na Serra do Louro, além da padaria onde produz aos fins-de-semana um delicioso pão. Depois de ter falado com o empresário no início da sua aventura, o JCP foi saber como a mesma está a correr.

ENTREVISTA MIGUEL GARCIA | CARMO TORRES

Passado algum tempo desde a primeira entrevista do JCP, como está o projecto dos Moinhos da Serra do Louro? Na altura dessa entrevista o projecto temático estava a arrancar, mas passado que foi o inverno, em que raramente alguém vem cá acima à serra, chegados os dias de sol em Março e Abril, notou-se logo mais caminhadas à serra. Tomei abri o Moinho do Poente, comecei a limpá-lo e a pintar tudo e agora abro a porta aos fins-de-semana para visitar aquele museu. Também alguns amigos da Quinta do Anjo me desafiaram para começar a fazer pão, já que tenho esse conhecimento, e a ‘brincadeirazinha’ correu bem, comecei a fazer mais aos fins-de-semana.

Como é que um jovem de 40 anos abraça um projecto destes? Isto acaba de ser um investimento turístico. A primeira vez que vim aqui ver os moinhos, vi o estado em que estavam e fui perguntar se fazias visitas para grupos e foi-me dito que estavam fechados há dois anos e que não havia ideias de tornarem a abrir. Decidi avançar então com um projecto meu, em papel, com os custos e lucros possíveis, tempos de aberturas, etc, e entreguei ao proprietário, que achou que não era muito viável, mas eu achei que podia avançar e pedi-lhe para me entregar os espaços, para os colocar de acordo com o que tinha idealizado. Temos tido avanços e recuos, até para obter a chave de um dos moinhos, mas lá fui limpando os terrenos para as

pessoas que vêm de carro poder aqui estacionar, mas falta ainda a construção de uma casa-de-banho. Em Novembro fiquei também com a padaria, e após um grande processo de limpeza das farinhas e massas, e continuei a fazer as limpezas aos moinhos, de onde tirei muita teia de aranha e até ratos mortos. Agora ando também a fazer a limpeza das oliveiras, que se forem podadas acabam por também dar azeitona, e dali retiro a lenha para o forno de pão, o que acaba de ser um círculo perfeito. E qual tem sido a interação e procura dos visitantes? Normalmente estou à porta da padaria, e as pessoas que passam perguntam-se se podem visitar. Algumas vezes espreitam apenas e eu incentivo-as a entrar e subirem. Já me deram várias vezes os

parabéns por o trabalho estar muito bem feito, e por ter recuperado esta memória, porque a Serra do Louro tem muitos moinhos, mas nenhum está aberto para as pessoas poderem ver, excepto um que está em ruínas. Agora que já sabem que o moinho pode ser visitado, chegam a vir famílias para o mostrar às crianças. Tenho muitas pessoas do distrito de Lisboa a procurarem este espaço, que me ligam porque vêm fotos nas redes sociais, e vêm visitar Palmela e os Moinhos, e também vêm muitos estrangeiros. Os portugueses procuram as caminhadas e os workshops, e costumam vir de Azeitão ou Setúbal. As festas incluem passeio de burro, workshop do pão e lanche com o pão simples e com chouriço, queijo de Azeitão e manteiga de ovelha, além de

vinhos e moscatéis, que ficam entre os 5 e os 10, a não ser que tenha de acrescentar alguns produtos da região em que tenha de os ir comprar. Já cheguei a fazer aqui comida no forno de lenha, para um grupo que me pediu, e pode ser algo a pensar no futuro. Costuma fazer visitas guiadas? Se me perguntam e estou cá fora, explico algumas coisas, mas normalmente estou dentro da padaria. Já sobre o Moinho de Nascente, que está a trabalhar e faz moagem, mostramos aos visitantes praticamente tudo, desde a espiga do trigo, o cereal a cair nas mós, a saída da farinha, o processo de peneiração e os visitantes acabam por ver todo o processo. E tanto os adultos como as crianças ficam muito felizes por ver a mó a trabalhar, algo


TEMA DE CAPA

7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

que é raro conseguirem ver, porque há moinhos recuperados, mas estão parados. O pão feito na sua padaria é elaborado com farinha oriunda do moinho? Embora o Moinho da Nascente faça a moagem, não fazemos ali em quantidade suficiente para fornecer a padaria. Poderemos vir a fazer isso um dia, mas neste momento não está nada pensado nesse sentido. Teria de comprar os cereais e ter moagem e permanência, o que seria um trabalho extra. De que forma funcionam os moinhos, apenas a vento ou também com motor? O Moinho de Nascente tem um sistema de motor, porque a engrenagem das velas já lá não está. É necessária uma velocidade correcta para moer o cereal, que não pode estar muito húmido nem muito

seco; no primeiro caso acaba por fazer uma pasta nas mós e no segundo não se consegue moer em condições. Há ainda outro processo na moagem que é o ‘afastamento das mós’. Conforme o grão vai saindo, temos de afinar as pedras para poderem moer em condições, e a partir daí irá para as peneiras, para obter a farinha do tamanho 65. Há possibilidade do Moinho do Poente também vir a trabalhar? Não. Segundo o Humberto que o andou a reconstruir nos anos de 1996/98, ainda tentaram fazê-lo trabalhar, mas nunca funcionou em condições. Da minha parte, pretendo que seja apenas um museu vivo, mas não está nos meus planos transformá-lo em turismo rural, para receber pessoas a pernoitarem, ou seria apenas mais um dos que já existem.

A Quinta do Piloto fez muita divulgação sobre o seu pão, como estão as vendas? Acaba por ser o que não havia. As pessoas gostam sempre de pão quente, e acabado de sair do forno. Aos fins-de-semana e feriados é quando temos mais clientes, claro, porque vêm aqui passear e depois sentem o cheirinho de pão fresco, entram e vêem-no tapado debaixo das mantas, como fazia a minha avó, para o manter durante três ou quatro horas morno. E quem vê gosta, tira fotos, partilha nas redes sociais, diz aos amigos e assim vamos aumentando os clientes. Da parte da Quinta do Piloto começaram a ver este movimento e entenderam que seria uma mais-valia para cativar mais pessoas, e criaram um cesto com manteiga de ovelha da região, o vinho deles e

o nosso pão, com entregas a horas combinadas. Isso atrai muitas pessoas que depois acabam também por levar mais vinho ou outros produtos da Quinta do Piloto e nas redes sociais acabamos por fazer uma divulgação em conjunto. Participou também no Festival do Queijo, Pão e Vinho, como correu isso? Disseram-me que tinham lá um forno feito pela Junta de Freguesia quase há vinte anos, e eu fui ver, limpámos aquilo das teias de aranha, e quando o pus a trabalhar vi a abobadazinha toda branca e vi que era viável fazer ali algum pão, não muito, mas o suficiente para umas ‘brincadeiras’ e assim complementar a designação do Festival. Com 40 anos como é reviver os tempos da sua avó? Com muita alegria. E também me divirto muito com este projecto, embora tenha havido, como já disse, alguns avanços e recuos com o proprietário, porque ando a fazer isto, mas não tenho nenhum papel escrito. Mas é muito gratificante ver a satisfação das crianças quando aqui vêm e com isso recordar também a minha infância. Também tem aqui burros para passeios. Tem procura para isso? Os dois burros, um macho e uma fêmea, que está grávida, vieram em Setembro para ajudar na limpeza e para um ar mais característico a este complexo, com os passeios, que neste momento só são feitos com o macho porque não se pode esforçar a fêmea. Mas não há ainda muita procura para os passeios, as pes-

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soas preferem tirar fotos com eles, fazer festinhas, no fundo querem mais interagir com os animais. Tem visitas de escolas? Por enquanto não porque a Biosan ainda não avançou com o protocolo, e isso obriga-me também a ter a padaria fechada, porque o protocolo tem de ser feito com a Câmara Municipal através de uma empresa, não posso ser eu a título individual a avançar com isso. Neste momento tudo isso está parado enquanto não vier o sr. Julião e enquanto o sr. Biscata não avançar com nada, espero que tudo se resolva a partir de Maio, para avançar com as visitas das escolas ao museu. E projectos para o futuro? Logo que tenha tudo organizado, podemos avançar com festas de aniversário para crianças, vou aproveitar o pátio para almoços e lanches que já tenho reservados. Quero também fazer formações e workshops na padaria, para fazer divulgação e crescer as vendas, numa parceria com o Julião. Como empresário e empreendedor, sente falta de apoios? Sim, bastante. Acabo por estar a divulgar Palmela, numa zona privilegiada. Chego a ter telefonemas de pessoas de Lisboa e Cascais, que vêm isto nas redes sociais e procuram saber como chegar e mais informações, em suma estou a trazer turismo para Palmela, mas em vez de ter apoio e divulgação das entidades, acabo por ter de trabalhar sozinho nisso tudo.


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MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

«Os autistas não têm respostas de futuro na península de Setúbal» “É uma angústia, o que é que vou fazer quando o meu filho chegar aos 18 anos? Vou para casa, e deixo de trabalhar?”; “O que vai ser dele quando eu e o pai não estivermos cá?”. Estas são as interrogações com que pais e mães de crianças com necessidades especiais se deparam todos os dias. Mas a situação agrava-se quando se tratam de jovens autistas para quem, após os 18 anos de idade, não existem suficientes respostas sociais, e que aguardam por vezes durante anos em listas de espera para entrar em Centros de Actividades Ocupacionais (CAO), além da falta de espaços de acolhimento para os que perdem as suas famílias. CARMO TORRES informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Resposta social através de CAO e lar Formada por cinco mães de crianças autistas residentes no distrito de Setúbal, cuidadoras informais, a Universo Autista - Associação para Jovens e Adultos surgiu em Outubro do ano passado, tem sede no Pinhal de Frades, Seixal, mas pretende ser uma ‘associação peninsular’ para dar resposta aos jovens autistas do distrito de Setúbal a partir dos 16/18 anos, idade em que terminam a escolaridade obrigatória e que não possuem competências para o mundo do trabalho ou para prosseguir estudos.” Carla Franco, Elisabete Ferreira e Isabel Batista apresentaram este projecto ao Jornal Concelho de Palmela. “A nossa prioridade é dar resposta aos jovens que completaram 18 anos e adultos, porque os pais vão envelhecendo e precisamos de respirar e ficar descansados em como os nossos filhos vão ser apoiados no futuro. O maior problema coloca-se a partir dos 16/18 anos, quando chegam ao final da escolaridade obrigatória, e acabam por ter de ir para casa, onde nem sempre recebem o estímulo de que necessitam” frisou Carla Franco, cujo filho frequenta a valência educativa de uma IPSS no Barreiro, mas quando completar 18 anos, não tem vaga no CAO nessa IPSS. “Tenho momentos de perda de esperança porque tenho muito receio que o meu filho fique cá sem mim, e é muito triste como pais encarar algo assim. Agora está em casa com o meu marido, que está reformado e pode estar com ele, mas é um enorme desgaste. Recebe uma Prestação Social para a Inclusão, composta por uma componente base e eventualmente um Complemento, calculado com base nos rendimentos dos pais, de cerca de 270 euros, mas até nisto há coisas que não se compreendem. Quando ele foi para casa, pedi o complemento, para ver se tinha direito. Eis senão que vou ver na Segurança Social Direta, e já recebi a carta em papel, informando-me que o meu pedido foi ‘deferido’ e que tenho direito a um complemento no valor de Zero (0) euros…” Até aos 18 anos, as crianças autistas estão sob a responsabilidade do ministério da Educação mas quando chegam à maioridade,

passam para a competência do IEFP, os que conseguem trabalhar, mas a maioria está sob a alçada da Segurança Social, “que tem de pagar mais de 510 euros por mês para manter o utente no CAO, ao passo que se ele estiver em casa, pagam-lhe uma reforma que não chega aos 300 euros, passando o encargo para os pais” referiu Elisabete Ferreira. As respostas sociais dividem-se em CAO, Lares Sociais e Residências Autónomas, destinadas a jovens e adultos “que podem fazer a sua vida e apenas vão dormir a estes espaços, mas funcionam sobretudo para a doença mental e não para a deficiência mental. Ou seja, pessoas com doenças crónicas mas que podem fazer a sua vida normal com tratamento, e que não têm déficit cognitivo. O que não é o caso dos autistas” explicou Elisabete Ferreira. Universo Autista pretende dar respostas na península de Setúbal Em processo de se formarem como IPSS, a Universo Autista está a preparar a criação de uma resposta social através de um CAO, e também já entraram em contacto com autarquias, com a Câmara Municipal do Seixal a disponibilizar-se para encontrar um terreno para a futura construção do CAO e Lar ou a comparticipar na renda de um espaço; a Câmara Municipal do Montijo, que disponibilizou uma sala para atendimento aos pais, e da parte da Junta de Freguesia de Fernão Ferro “embora esse não seja o nosso principal foco até porque há mais entidades a prestar essas informações, mas iremos fazer isso numa primeira fase, porque nos permitirá também fazer um levantamento das necessidades e de quantas famílias têm estes jovens autistas em casa, para podermos depois mostrar os números relativos à península de Setúbal (de Alcochete a Setúbal, porque não temos meios de estar em todo o distrito) e as suas necessidades, e de seguida partirmos para a implementação de um CAO e um lar neste território, mas neste momento andamos sobretudo a mendigar às entidades aquilo que possamos conseguir”, frisou Carla Franco. Mas o processo não tem sido fácil. “Os requisitos para projectos relacionados com as deficiências mentais, exigem preciosismos praticamente ‘do arco da velha’, e por causa disso muitas das vezes as pessoas desistem” criticou Elisabete Ferreira.

“Se há capital privado, os projectos podem avançar, com criação de lares e outros equipamentos, mas quando não existem verbas temos de nos submeter à Segurança Social, que é responsável por todos esses equipamentos em Portugal, mas infelizmente as coisas demoram décadas, embora seja um direito nosso essa resposta por parte do Estado, porque pagamos os nossos impostos e estas crianças não escolheram nascer assim.” Relativamente ao espaço físico “tem de responder a várias regras, quer legais quer ainda devido à natureza dos autistas, jovens e adultos sem limitações motoras, que necessitam de espaço para descarregar toda a sua energia e muitos deles com boas competências motoras, requerendo espaço exterior para manter e desenvolver essas mesmas competências e outras socialmente úteis. Espaço exterior é importante numa resposta social de CAO para a problemática do autismo”, explicou Elisabete Ferreira. “Já encontrámos no concelho do Seixal um equipamento com espaço exterior que seria o ideal para instalar o nosso CAO, mas que foi reprovada pela técnica da Segurança Social a quem pedimos para o visitar, porque não cumpria com os definidos no Despacho 52/ SESS/90. Por exemplo, tinha de ter um andar só com salas para técnicos (que tínhamos de construir neste espaço) e o pé direito da casa tem de ter determinadas medidas, a garagem não podia ser aproveitada para nada… Em suma, para podermos usar esse espaço, teria de ser feito um investimento de cerca de meio milhão de euros, e temos de ter em conta ainda este projecto será algo para toda a nossa vida, primeiro construindo o equipamento e depois mantendo-

-o” explicou Elisabete Ferreira. As despesas serão assumidas pela Segurança Social que financia cada utente a 510 euros e a este valor é acrescentado a mensalidade que cada família comparticipa segundo a tabela de escalões de IRS. “E é a partir desse ‘bolo’ que cada IPSS pode ver quantos técnicos pode contratar e o tipo de contratos pode fazer. Ou seja, temos de ter o equipamento montado, ter os utentes inscritos e só depois é que podemos contratar técnicos. E ainda pode acontecer termos espaço para 30 utentes, mas a Segurança Social apenas autorizar 15, porque ‘não têm dinheiro’ para financiar os restantes, e depois avançam com financiamento anual apenas para mais 2… e até que os 30 utentes, com os quais a IPSS contava, estejam todos inseridos, podem decorrer dez anos. E nunca serão 30, porque a Segurança Social apenas financia para 28 utentes e meio…” referiu Elisabete Ferreira. Outro problema com que as famílias de autistas se deparam é a total ausência de lares residenciais. “Existem lares para idosos, e no caso os cuidadores informais podem até acionar o apoio ao cuidador, pagando um valor determinado consoante o seu IRS, para poder entregar essa pessoa durante um mês, a uma entidade e ter esse período para descansar. No caso das deficiências mentais, isso não existe. Depois vemos serem construídos pavilhões desportivos, centros culturais e outros equipamentos, que sim, fazem falta à população, mas depois não há dinheiro para os equipamentos para dar resposta a estes jovens e às suas famílias, que não têm rigorosamente nada. É como se não fossem cidadãos de direito.” Por sua vez, são inúmeros os con-

tactos de pais com a Associação à procura de respostas e soluções para os seus filhos. “Quando criámos a página web e o perfil do Facebook, recebemos uma chuva de telefonemas de pais a perguntar quando teríamos o espaço pronto porque também não sabem onde os podem deixar, têm de trabalhar e não têm soluções. Mas por enquanto apenas podemos dar informações sobre os passos que podem fazer em relação aos filhos mas nada de resposta concreta, o que os deixa muito desiludidos.” Outra queixa dos progenitores prende-se com o facto de “o Estado querer que estas crianças sejam integradas no sistema de ensino regular, porque fica mais barato ter essas crianças nas escolas. Mas a escola pública ainda não tem os recursos necessários dar resposta adequada a crianças com um autismo mais severo. Faltam recursos e técnicos com mais horas para acompanhamento terapêutico, e as professoras não lhes podem dar total atenção e essa criança até pode destabilizar os outros meninos” mencionou Elisabete Ferreira. “Neste momento temos jovens autistas na universidade, mas são casos complicados devido à adaptação que é necessária, embora alguns sejam extraordinariamente inteligentes, tornando-se peritos em determinadas áreas. ”A falta de respostas está também ligada ao aumento da esperança média de vida dos autistas, que no passado era de cerca de 35 anos “mas agora é muito mais elevada. São pessoas muito saudáveis, a quem os pais também protegem porque, por exemplo, não lhes permitimos comer doces porque há o receio da sua reação se tiverem dores de dentes, e até a medicação não tem efeitos secundários nefastos. Isto leva a que os poucos equipamentos que os recebem além dos 18 anos, fiquem cada vez ocupados pelos mesmos utentes durante mais tempo” explicou Carla Franco. E a conversa termina um pouco na forma como começou. “Só quem lida com estas situações diariamente é que sabe as lutas que mantemos, o desespero e a falta de esperança. São desilusões atrás de desilusões, porque não conseguimos obter respostas do Estado para os nossos filhos, e temos sempre a ansiedade de saber quem irá cuidar deles quando nós não pudermos”, concluiu Isabel Batista.


SETÚBAL

7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Moradores do Programa Nosso Bairro, Nossa Cidade

Bairros sociais debatem melhorias no território Os moradores dos cinco bairros sociais abrangidos pelo programa Nosso Bairro, Nossa Cidade, da Bela Vista, Forte da Bela Vista, Alameda das Palmeiras, Manteigadas e Quinta de Santo António, debateram as mais recentes ações de melhoria do território. REDAÇÃO | FB informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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ais de uma centena de moradores participaram no encontro onde abordaram as ações mais relevantes de cada um dos cinco bairros sociais. Na Bela Vista os moradores destacaram a ação de sensibilização para a higiene urbana, a melhoria da rede de transportes públicos e os abrigos no bairro. Para os moradores na Alameda das Palmeiras, o destaque vai para as iniciativas dinamizadas nas festividades e o programa de eventos ocupacionais no Bairro. No Forte da Bela Vista uma das principais apostas dos moradores foi o desenvolvimento de jogos tradicionais e a sensibili-

zação ambiental, enquanto nas Manteigadas o destaque vai para a criação de uma equipa comunitária de higiene e limpeza urbana, assim como na dinamização de um grupo de dança e de uma iniciativa em que os mais velhos ensinam os mais novos. A Quinta de Santo de António deu a conhecer as ações culturais desenvolvidas no bairro e as iniciativas de melhoria dos espaços comuns do edificado. O Programa Nosso Bairro, Nossa Cidade tem como responsável o vereador Carlos Rabaçal, que sublinhou que as ações a “realizar pelos moradores, têm como objetivo promover a autonomia, a responsabilidade e o crescimento coletivo”. No encontro dos bairros sociais ficou agendada nova iniciativa para dia 24 de Novembro.

Bairros sociais com novo visual

Festival de Música de Setúbal

Abertura conta com a participação de Beatriz Nunes

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Beatriz Nunes abre Festival de Música

9ª edição do Festival de Música de Setúbal começa dia 23 de Maio e apresentará em palco a cantora de jazz Beatriz Nunes, que será acompanhada pelos músicos do seu quarteto. O Festival é organizado pelo Conservatório Regional de Setúbal e Coral Infantil de Setúbal. O evento irá contar também com as participações do maestro Paulo Lourenço, da Orquestra Sinfónica Portuguesa, com a maestrina Joana Carneiro, da Camerata do

Feira de Sant’iago

Festival, dirigida por André Gaio Pereira, vencedor do Prémio Jovens Músicos 2017, do trombonista John Kenny e do trompetista Torbjorn Hultmark, bem como da cantora e compositora Merit Ariane e do Ensemble Juvenil de Setúbal. A presidente da Câmara, Maria das Dores Meira, destacou a envolvência de dezenas de estabelecimentos de ensino e instituições de todo o concelho, revelando que o orçamento para a edição deste ano “poderá ultra-

passar os 200 mil euros, contabilizando todo o apoio logístico e o envolvimento de diversos departamentos camarários”. A edil sadina realçou a importância do evento que “mostra músicos e músicas em que se evitam os sons que, por vezes, poluem os nossos quotidianos”. Maria das Dores Meira revelou que o Festival irá contar também com apoios financeiros da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação The Helen Hamlyn Trust.

Distrito com 29 bandeiras azuis

Ciganos d’Ouro participam no evento Figueirinha continua a ser a

única do concelho de Setúbal

O

s organizadores da edição deste ano da Feira de Sant’iago vão dando a conhecer os nomes de alguns artistas que irão participar no evento. Os Ciganos d’Ouro vão atuar no evento no dia 03 de Agosto. Também foi revelado o nome de David Fonseca que atuará na noite de 28 de Julho e no dia 29 será a vez de Ana Malhoa. Virgul e Holly Hood também consta do programa da Feira deste ano.

O Ciganos de Ouro fazem do cartaz da Feira de Santiago

Distrito de Setúbal passa a ter 29 bandeiras azuis, com o concelho de Grândola a estar no topo com uma dezena de distinções para as suas praias, seguindo-se Almada com sete e Sines com cinco. O concelho capital do distrito continua a ter a bandeira azul da Praia da Figueirinha e este ano Setúbal será também distinguida com o galardão na ca-

tegoria de embarcações, que foi atribuída à “Esperança”.


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CULTURA

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

Museu da Música Mecânica apresenta Aida-Carmen Soanea O

Museu da Música Mecânica nos Arraiados, Pinhal Novo, vai apresentar no próximo dia 11 de maio um concerto intitulado “Concerto Dias de Música Eletroacústica” com a participação da violetista Aida-Carmen Soanea. O evento cultural está inserido no Festival Dias de Música Eletroacústica e tem como principal objetivo dar a conhecer o tão “mítico” instrumento que é o violino. A entrada para o concerto é gratuita, mediante marcação prévia para os números 212 381 083 ou 960 080 044.

Anos 90. Festa invade a Janela da Arrábida Paulo Fragoso da RFM vai animar a noite do próximo dia 11 de maio. Uma festa que vai relembrar os áureos anos 90 Miguel Garcia miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt

A

Sociedade de Instrução Musical em Quinta do Anjo vai receber no próximo sábado (11) uma festa que vai relembrar os anos 90. Sob o tema “Arrábida 90’s Party” a festa promete animar todas as idades

com a música a ser da responsabilidade do conhecido animador de rádio nacional <<RFM>>, Paulo Fragoso, que promete levar os dançantes a uma viagem inesquecível. A “Arrábida 90’s Party” é uma organização da Associação das Festas de Quinta do Anjo, o evento pretende angariar verba para a realização da edição das festas deste ano.


ALERTAS & RECADOS

7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Munícipes e deputados denunciam situações Os munícipes continuam a queixar-se de problemas por resolver, enquanto os deputados municipais denunciam situações e querem respostas.

Estacionamentos não avançam…

Condutores induzidos em erro

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úlio Pinto, residente na rua 25 de Abril confessa “estar preocupado com as obras de estacionamento, que tinham um prazo de execução de 90 dias, mas continuam a avançar a ‘passo de caracol’ sem terem fim à vista”. O leitor refere as obras, que apontam para a criação de

algumas dezenas de lugares de estacionamento nas traseiras da Rua 25 de Abril, que deviam estar concluídas em Maio. O JCP esteve no local, onde foi instalado um estaleiro, e onde já foram feitas terraplanagens, mas ainda sem estacionamentos.

munícipe Luís Melo denuncia uma situação que “não foi prevista, quando se instalou a lavagem de carros na Rua António Sérgio, onde se colocaram pines, mas não foram retiradas as linhas descontínuas alguns metros à frente”. Também o deputado social democrata Roberto Cortegano denunciou a situação, considerando que “os condutores podem ser induzidos em erro na inversão de marcha”.

Este deputado alertou também para a necessidade de

“substituir o painel partido no viaduto António Sérgio”.

As mesas fazem falta

P Degradação da Infante D. Henrique

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rua Infante D. Henrique é uma das artérias do lado sul do Pinhal Novo com mais trânsito e a degradação desta artéria aumenta a insegurança de peões e viaturas. Mariana Santos é uma avó preocupada e alerta “vou buscar a minha neta à escola, que nas horas de ponta sofre um caudal de viaturas, que é de deitar as mãos à cabeça”. Esta leitora não consegue “entender porque ficaram por concluir as obras na Infante D. Henrique, que está cada vez mais

degradada”. Também o deputado do BE, Carlos Oliveira, pediu explicações sobre “a continuidade das obras na Infante D. Henrique que está degradada”, enquanto as intervenções que “aconteceram nos arruamentos na zona já foram concluídos”. O deputado bloquista interrogou o presidente da câmara “se esta rua vai continuar esquecida?”. Álvaro Amaro explicou que a obra de repavimentação irá avançar após a instalação de um novo coletor.

almela assinalou o Dia das Merendas no Parque Ribeiro da Costa. O convívio da tradição mobilizou algumas dezenas de pessoas, que continuam a viver este dia com muita satisfação. Mas no clima de tanta alegria houve também um recado pela retirada das mesas de pedra que existiam no local. Uma das moradoras mais antigas de Palmela lamenta “venho muitas vezes para este local para pôr a minha leitura em dia”, mas “fui confrontada com a retirada das mesas, o que lamento, pois davam imenso jeito para saborear a

beleza deste pulmão verde de Palmela” e conclui “não sei quem teve a infeliz ideia, mas

deixo à consideração de quem manda, que volte a colocar as mesas”.

Orgulho da comunidade

C

inco residentes da Urbanização Sul Ponte enviaram um recado com pedido de publicação porque “merecem e são orgulho da comunidade”. Os moradores destacam o papel das “voluntárias que tratam da colónia de gatos dando comida e água aos bichanos e fazendo a limpeza do local”. Estes moradores fazem questão de lembrar “graças ao seu trabalho os gatos deixa-

ram de andar esfomeados e estão felizes na sua casinha” e acrescentam “estas voluntárias são um verdadeiro exemplo no bem estar dos animais e este bairro sente-se bastante orgulhoso com o trabalho destas voluntárias”. E é com este exemplo positivo que terminamos os Alertas & Recados desta semana. Prometemos voltar na próxima semana.


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FLAGRANTES DELITO

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

Corpo encontrado nas instalações da SAPEC

Curto circuito pode estar na causa do incêndio da Bambi O incêndio deflagrou no passado domingo não causando vítimas. As causas podem estar em um curto circuito

O corpo corresponde a de um homem com cerca de trinta anos e foi encontrado nas instalações da SAPEC na manhã do passado sábado. SETÚBAL CARMO TORRES informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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m homem com cerca de 30 anos foi encontrado morto na manhã

do passado sábado nas instalações da empresa SAPE, Setúbal, havendo suspeitas de homicídio, disse à agência Lusa fonte oficial da GNR. Segundo a mesma fonte, a ocorrência foi reportada às autoridades cerca das 7h45

através de um telefonema para o 112, acrescentando que “existem suspeitas de se tratar de um homicídio”. A investigação do caso passou para a alçada da Polícia Judiciária de Setúbal, de acordo com a mesma fonte. Foto de Arquivo Bambi ardeu este domingo em Pinhal Novo

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Polícia Judiciária está a coordenar a investigação

Todas as terças-feiras numa banca perto de si SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA

rápida intervenção dos Bombeiros de Pinhal Novo fez com que as chamas não se propagassem ao piso superior do bloco habitacional onde está a pastelaria Bambi, na Praça da Independência na vila do Pinhal Novo. Foi no passado domingo que o alerta foi dado às 14h40 para os Bombeiros de Pinhal Novo que mobilizaram para o local 9 operacionais apoiados por 3 viaturas de combate a incêndios. Para além dos bombeiros, militares da GNR também

estiveram no local acabando por cortar aquela via por algumas horas até que as chamas fossem extintas pelos operacionais. O estabelecimento estava encerrado para descanso de pessoal não provocando vítimas, os danos materiais ainda não tinham sido contabilizados pelo proprietário que estima prejuízos avultados no património. Fonte próxima dos bombeiros adiantou ao JCP que as causas do incêndio podem estar num curto circuito.


DESPORTO

7-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Depois de garantir a manutenção

Pinhalnovense vai ganhar a Ferreiras O Pinhalnovense já com a manutenção garantida foi ganhar em casa do Ferreiras, no último domingo. A equipa de Luís Manuel ganhou por 3/2, tendo beneficiado de um auto-golo, e dos golos de Ary e de Martim Águas. Também o Olímpico do Montijo com a manutenção assegurada foi empatar por 0/0 ao campo do Sacavenense. O Pinhalnovense disputa a última jornada em casa, onde defronta o Sp Ideal, no

dia 12 de Maio, enquanto o Olímpico recebe o Armacenenses. O Pinhalnovense ocupa o 11º lugar da tabela com 45 pontos, enquanto o Olímpico está em 8º lugar com 47. Beto, do Olímpico aproxima-se de Gonçalo Gregório na lista dos melhores marcadores, com 21 golos, menos um que o jogador do Casa Pia. O ponta de lança do Pinhalnovense, Diego Zaporo, que está lesionado, ocupa o 3º lugar do pódio com 17 golos.

Pinhalnovense

Campeonato Nacional de Golfe

Iniciados são Campeões Distritais

Daniel Rodrigues e Leonor Medeiros são campeões nacionais

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equipa de Manuel Gomes conquistou o Campeonato Distrital de Iniciados e na próxima época irá disputar o Campeonato Nacional. Na mesma semana o Pinhal-

novense conseguiu assegurar a manutenção da equipa sénior, onde se mantem há 20 anos, desta vez com o treinador Luís Manuel, mas também o ingresso da equipa de Iniciados no Campeonato

Nacional. Outro destaque vai para o ponta de lança pinhalnovense Diego Zaporo, que ocupa o 3º lugar do pódio com 16 golos marcados durante esta época.

Golf do Montado com forte participação

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Iniciados azuis e brancos sagram-se campeões

campo de golfe do Montado recebeu o Campeonato Nacional Absoluto Audi, torneio pontuável para o World Amateur Golf Ranking, organizado pela Federação Portuguesa de Golfe, tendo-se sagrado campeões nacionais Daniel Rodrigues e Leonor Medeiros. Daniel Rodrigues, de 16 anos, tinha-se sagrado Campeão Nacional Sub-16 em 2018, é já o melhor português no ranking mundial e em seis torneios do calendário federativo em 2019, já venceu cinco.

Pedro Silva é o vice-campeão, enquanto Pedro Neves e João Maria Pontes partilharam o terceiro lugar, ficando o pódio composto por atletas do Clube Miramar. Leonor Medeiros sagrou-se Campeã Nacional, seguida da Vice-campeã Sofia Sá, ambas do Clube Quinta do Peru, e da terceira classificada Rita Marques, do Miramar. A Federação Portuguesa de Golfe entregou ainda os prémios nacionais de 2.ªs categorias, a Pedro Freitas (Miramar) e Teresa Alves (Oporto).

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Fátima Brinca | Isabel de Almeida | João Aguiar Cadete | Júlio Duarte | Miguel Garcia Cronistas: António Correia | Fátima Brinca | Tiago Machado Direção de arte & design: Ricardo Silva | MD Consulting Serviços Administrativos: Paulo Martins | Gustavo Perez Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Palmela Contactos: 212 362 317 | 918 853 667 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@ jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


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Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

9 1 0 2 o i a m 6 2 a 4 2

Praça da República

25 maio sáb 22h00

Tributo aos

ABBA

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