Jornal Concelho de Palmela | Edição 45

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DESPORTO TARDE EMOTIVA EM PINHAL NOVO

15 SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº45 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 14.05. 2019

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

“FUI ADOTADO PELA QUINTA DO ANJO HÁ 40 ANOS” ANTÓNIO MESTRE ASSUMIU OS COMANDOS DE UMA JUNTA DE FREGUESIA QUE NÃO TEVE OS MELHORES TEMPOS NOS ÚLTIMOS ANOS, MAS COM ESFORÇO, TRABALHO E DEDICAÇÃO, A FREGUESIA HOJE É UM CASO DE SUCESSO DEMOCRÁTICO COM UM EXECUTIVO ‘BICOLOR’ 8/9

Montijo comemora a “Capital da Flor”

Munícipe quis saber a que concelho pertence ELISEU É MORADOR NA RUA DA VOZ DO OPERÁRIO E ESTÁ COM UM PROBLEMA DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUAS, MAS NÃO SABE A QUEM RECORRER, SE AO MUNICÍPIO DE PALMELA OU DA MOITA

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Fernando Ferreira é invisual e aventurou-se numa caminhada de fé INVISUAL HÁ 15 ANOS FERNANDO FERREIRA AVENTUROU-SE E QUIS HOMENAGEAR O VITÓRIA FUTEBOL CLUBE COM A CAMINHADA ATÉ FÁTIMA

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GNR recorda tempos de outrora

A CIDADE VOLTA A ENGALANAR-SE PARA RECEBER MAIS UMA EDIÇÃO DA FESTA DA FLOR QUE DECORRE DE 24 A 26 DE MAIO 10 Freguesia de São Sebastião inaugura Pavilhão PAVILHÃO OPERACIONAL VAI SERVIR A MAIOR FREGUESIA DO CONCELHO DE SETÚBAL

TARDE QUENTE EM PINHAL NOVO E DE EMOÇÕES COM A DESPEDIDA DE MARCO BICHO DOS RELVADOS

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OUTROS TEMPOS FORAM RECORDADOS NO MERCADO CARAMELO, ONDE A GNR TAMBÉM RECUOU NO TEMPO COM OS SEUS FARDAMENTOS E ATÉ AS PODEROSAS MAUSERS

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PRIMEIRA LINHA

Jornal Concelho de Palmela | 14-05-2019

A minha mae ja me tinha dito “vai ter com a tua tia São Gonçalo em festa! para aprender a fazer pão!” A FESTIVIDADES

HERANÇA Pedro Lima

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passado uns dias lá foi eu, respirei fundo enchi-me de coragem e foi falar com ela. Leontina de 89 anos com os seu cabelos que nunca ficaram brancos, soltava gargalhadas dizendo verdades e andava com 6 pernas bem devagar. Lá pedi a minha tia para me ensinar com medo de ouvir um não, ela começou logo a rir pois das 10 pessoas que tinha ensinado ninguém conseguiu aprender. No dia seguinte a hora marcada, estava eu ansioso por começar uma nova aventura sem saber o que me ia esperar. Tacho de barro, farinha, água morna, sal, e fermento fresco e não faltavam as mantas e o lençol branco. Assim comecei a minha luta com a massa, aos murros e voltas, parecia um ciclo que não tinha fim a vista, eu ja estava a ficar muito cansado quando finalmente a tia disse “pronto já está bom”, foi um grande alívio, o meu corpo a pedir socorro para que pa-

rasse com aquela luta de mãos e massa. Ela fez uma cruz em cima da massa com uma benzedura antiga “Deus te acrescente que é para mim e para muita gente” colocou farinha e tapou bem com o lençol branco e duas mantas bem pesadas e grossas, falando baixinho “, é para não se constipar porque esta frio”. Fomos então acender o forno que já tinha sido cheio com lenha das árvores do quintal, forno bem velho todo forrado a tejolo com um teto redondo, o mais estranho é que tinha um monte de terra por cima desse teto e não caía. O forno como por magia mudou de cor passou de um cinza escuro para um branco cinza que nos indicava que o forno estava quente para receber o pão para cozer. Fui então à corrida dividir a massa em pequenas porções e dar a forma ao pão, este foi logo para a porta do forno, um a um foi entrando no forno muito sem jeito e eu com medo de fazer errado. Foi incrível como ele crescia a olhos visto, como um balão de ar quente a subir,

Associação de Festas de São Gonçalo está preparada para mais um arranque das suas festividades que vão decorrer entre os dias 30 de maio e 2 de junho. O parque das merendas de São Gonçalo, Cabanas, será o espaço para esta festa onde os espetáculos musicais com X-Acto, Belito Cam-

esticar a pele e ficando redondinho. E pronto chegou a hora de tirar, cada um levava uma palmada logo a saída como se fosse um bebé acabado de nascer, colocado no tabuleiro e voltou a ser coberto pelas mantas grossas e pesadas. Nesse dia o melhor pão do mundo era o meu, mesmo feio teve um sabor incrivel que me recordo até hoje. A Leontina, já morreu, mas a sua herança que me deixou ainda vive entre nós.

Gastronomia de Palmela promove...

pos e Miguel Azevedo vão ser o centro das atenções. Outro momento alto será a procissão em honra do Santo Padroeiro – S. Gonçalo. Mais novidades vão ser desvendadas já no próximo domingo, pelas 17h00, com a apresentação de todo o programa das festividades deste ano.

Festas de Pinhal Novo...

Apresentam programa na segunda-feira

Fins de Semana gastronómicos com Sopa Caramela

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Sopa Caramela começou a fazer parte das cartas dos restaurantes da região de Palmela depois de ter dado um <<salto>> no século passado pelas mãos dos organizadores das Festas Populares de Pinhal Novo, pois até esse momento, o prato era desconhecido para uns e esquecido para outros. Maio é o mês da Sopa Caramela com os fins-de-semana gastronómicos a dar a conhecer essa iguaria tradicional. No passado fim-de-semana foi tempo de provar esse prato em cerca de 18 estabelecimentos de restauração do Concelho, onde se confecionou o robusto prato à base de batata, feijão, repolho, toucinho e enchidos. No próximo fim-de-semana, a Sopa Caramela está de volta

E aos restaurantes da região e no dia 18 de maio pelas 18h00, a Adega ASL Tomé recebe em Pi-

nhal Novo mais uma edição do Concurso da Sopa Caramela.

stá tudo a postos para mais uma edição das tradicionais Festas Populares de Pinhal Novo que vão decorrer na vila entre o dia 6 e 11 de junho. O JCP esteve à conversa com Herlander Vinagre, presidente da associação, que nos adiantou que este ano o cartaz virá com algumas surpresas. Marcada está a apresentação de

todo o programa da edição das Festas Populares de Pinhal Novo para a próxima segunda-feira (20) às 18h40 no Auditório da Biblioteca Municipal da vila. O momento será ainda marcado com um apontamento musical protagonizado pela banda da SFUA, com a marcha oficial das festas e a animação com os Balha ca Carroça.


14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PRIMEIRA LINHA

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Editorial

Mercado Caramelo

GNR entra no espírito das recordações

DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

O Mercado Caramelo decorreu no passado fim de semana e o êxito uma vez mais foi alcançado. Nas recordações está também a Guarda Nacional Republicana que fez recordar outros tempos. DESTAQUE Miguel Garcia

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ecordar é viver já diz o ditado e foi o que se passou na vila de Pinhal Novo durante três dias, em que o Largo José Maria dos Santos se encheu de barraquinhas de comes e bebes, também de artesanato e recordou tempos de outrora em que ir ao mercado de maio a Pinhal Novo seria a festa grande das gentes da região. O Mercado Caramelo abriu na passada sexta-feira e terminou no domingo com o êxito que já se esperava e aguardava por parte da organização. Tudo realizado ao pormenor para não esquecer a história do povo caramelo, nem as casas típicas foram esquecidas, mas um dos pormenores que saltou à vista dos visitantes foi o facto da Guarda Nacional Republica-

na também ter entrado no leque de recordações e retirar do seu <<baú>> os fardamentos e armas dos inícios do século XX. A GNR esteve representada pelo Comandante do Posto Territorial de Pinhal Novo que se fez acompanhar com dois militares fardados «à moda» da altura, hoje não é muito usual vermos militares com decalitros (os antigos chapéus), mas no primeiro dia do evento, aquela unidade de segurança fez questão de estar presente a rigor. O fardamento exibido pelos dois militares foi: fardamento de cotim oficial, cinto largo, botas de cano alto, decalitro e a famosa espingarda Mause. O que faltou ainda foi a bicicleta “pasteleira” que muitas das vezes seria utilizada pelos militares no patrulhamento às aldeias, substituindo os cavalos que também faziam parte desse patrulhamento.

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GNR recorda como eram as patrulhas apeadas no início do século XX Rosa Dias, uma das visitantes na minha rua passavam a pé ou do Mercado Caramelo disse ao em bicicleta”, não se recordanJCP que “é sempre bom recor- do se os militares faziam patrudar os tempos da nossa infân- lhamento a cavalo na zona dos cia, por um lado é saudosista, Arraiados. mas por outro é bom reviver É caso para se dizer que até a estes momentos. Lembro-me GNR entrou no espírito das rebem destes fardamentos, pois cordações!

Ultrapassadas todas as expectativas

Mercado Caramelo perto dos 50 mil visitantes Os organizadores do Mercado Caramelo garantem que “foram ultrapassadas todas as expectativas e acreditamos estar perto dos 50 mil visitantes”. Também os expositores confessam a sua satisfação porque “o tempo ajudou-nos e esgotámos a sopa caramela, nos três dias do evento”.

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uís Fernandes, presidente da Confraria da Sopa Caramela, confessa a sua satisfação porque o Mercado Caramelo “excedeu todas as nossas expectativas, que apontavam para 30 mil visitantes” e “acreditamos que esse número será largamente ultrapassando, rondando os cinquenta mil”. Nos vários expositores da Sopa Caramela garantiram-nos que “desde o primeiro dia esgotámos a sopa e os petiscos também desapareceram rapidamente”. A animação foi uma constante e mesmo com

as temperaturas elevadas, ninguém arredava pé para ver os robertos ou assistir ao folclore, aos bailaricos e ao teatro. O aterro do lago, revelaram alguns visitantes, “foi uma excelente medida, pois deram mais espaço ao evento, proporcionando dias e noites de convívio”. Joana Santos veio da Baixa da Banheira para “provar a sopa caramela e fiquei deliciada”, garantindo “ainda bem que retomaram esta tradição, pois afinal os caramelos são pessoas maravilhosas”. As crianças participaram com

Será que ser caramelo hoje em dia é ser chique?

entusiasmo nas actividades, onde aprenderam a confecionar o queijo, o pudim de abóbora, as batatas ensalsadas e a fazer os objectos de bar-

ro. A tosquia e a ordenha das ovelhas foram seguidas com enorme curiosidade, que originaram verdadeiras enchentes na Casa Caramela.

sta semana o meu editorial vai retratar um pouco das minhas origens, nasci na Herdade de Rio Frio, criei-me no seio dos caramelos, onde o meu bisavô era dos tais apelidados “Ratinhos” sendo a minha bisavó da zona de Coimbra, escolheram estas terras e por cá ficaram, constituindo família e dando continuidade aos caramelos. Na década de 80 ainda me recordo de um episódio que na altura não achei piada, mas passados tantos anos dou por mim a rir-me desse episódio caricato, pois sempre fui muito frontal e direta. Ainda existia a velhinha praça, onde o telhado era carregado de teias de aranha, mas que mantinha sempre uma azafama diária, onde as pessoas do campo – Carregueira, Lagoa da Palha, Valdera entre outros lugares – comercializavam os seus produtos hortícolas, e até talho e pão ali havia. Numa das minhas manhãs de compras deparei-me com uma senhora muito “Snob” que dizia mal de tudo e todos, até dos caramelos, pois tinha vindo de Lisboa para o Pinhal Novo morar e que ali nos caramelos nada havia de novo, era tudo para a senhora uma pasmaceira, claro que ouvi as lamúrias da personagem até às “difamações” aos caramelos. Lembro-me de olhar para a personalidade e de lhe dizer: “Então se está mal mude-se, e mal de si se não fossem os caramelos, pois na cidade de onde vêm não comia uma única couve. Vá, mas é para de onde veio com uma abóbora enfiada no nariz”, claro que a mulher nada mais disse e cada vez que me via na rua tentava não se cruzar comigo. Isto para dizer que eu nunca reneguei as minhas origens, mas lembro-me de senhores que hoje envergam os trajes «típicos», mal trajados diga-se da passagem, a exibirem-se para os visitantes, quando antigamente se escondiam e até nem diziam que eram da zona rural nem da vila de Pinhal Novo, pois se o dissessem seriam logo descriminados. Até hoje não percebo essa de todos se trajarem à caramelos, mas dos ricos, pois dos pobres não tive ainda oportunidade de ver ninguém, vá-se lá saber o porquê. É caso de dizermos que “Hoje em dia é chique ser Caramelo”.


Cronica

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DESTAQUE

Jornal Concelho de Palmela | 7-05-2019

Votos de pesar e saudações

Autarcas aprovam reforço de obras no Quartel de Palmela FÁTIMA BRINCA CRONISTA

O filme do engate

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omo jornalista vivi experiências, que nunca mais se esquecem. Naquele dia fui incumbida de fazer uma reportagem sobre a prostituição que existia, na zona do Marco do Grilo. Na zona da auto-estrada parei o jipe e pedi à fotógrafa que fizesse fotos, às “meninas” que “atacavam” no pinhal. O cenário que vislumbrámos era ideal para fazer um “filme” completo da actividade. A fotógrafa colocou na mira da máquina uma das jovens, que “engatava” motoristas naquela zona. A menina em causa angariou o cliente e, a partir daí, a fotógrafa ia batendo chapas, enquanto o casal se encaminhava para um local previamente marcado no pinhal. Depois de tirarem as roupas, o casal praticou o acto, sob a mira da fotógrafa, encantada pela riqueza das imagens. Até o pormenor da garrafa de água utilizada para lavar os resíduos deixados pelo acto sexual foram fotografados. Mais tarde, acercámo-nos da mulher da vida, que fora protagonista das fotografias e perguntámos porque estava naquela actividade. A jovem apenas disse que precisava de sustentar os filhos e mais não acrescentou porque o chulo atento às nossas manobras acercou-se rapidamente. Para evitarmos problemas abalámos com rapidez do local, crentes que as fotografias que tínhamos permitia-nos realizar um verdadeiro filme, de como actuavam as mulheres da vida naquele local. Nesse tempo ainda não havia computadores e pegámos na máquina de escrever contando com todos os pormenores, que seriam ilustrados com fotografias, do filme do engate. Depois da peça feita fomos até ao laboratório para proceder à revelação do rolo. Aí deparámos com a mais cruel das desilusões: a máquina não tinha rolo. Eu e a fotógrafa não queríamos acreditar no azar que nos batera à porta. O filme do engate traduziu-se num enorme fiasco, porque a máquina não tinha rolo. O desespero da fotógrafa era indescritível, enquanto murmurava inconformada “era o filme de uma verdadeira história de engate”, “era a reportagem fotográfica da minha vida”, “nunca mais tenho uma oportunidade destas”, etc. A menina da vida fácil nunca soube que tinha perdido a oportunidade de ser protagonista anónima de um dos melhores filmes de engate. A fotógrafa nunca mais de esqueceu da lição e sempre que partia para uma reportagem a primeira coisa que via era se o material a usar estava todo operacional.

Na última sessão de câmara foram aprovados dois votos de pesar e quatro saudações antes da discussão da ordem de trabalhos. O reforço de apoio financeiro aos bombeiros de Palmela para a requalificação do quartel foi também aprovado por unanimidade.

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sessão de câmara da última quarta-feira começou com a aprovação de dois votos de pesar, ao antigo futebolista José Carlos Camolas e ao músico Américo Gonçalves. José Carlos Camolas foi figura de destaque do Benfica, sendo bi-campeão nas épocas de 1966/67 e 1967/68, vestindo também as camisolas do Belenenses, do Varzim, do Benfica e Castelo Branco, do Alcains, do Estalos de Cima e do Palmelense onde fundou a secção de Veteranos. O ilustre palmelense alinhou também durante oito épocas no União de Tomar. Os autarcas de Palmela destacam no voto de pesar “lamentar o desaparecimento de José Carlos Camolas e endereçam sentidas condolências à família e ao Palmelense, extensivas a todos os clubes por onde passou e deixou a sua marca profissional e pessoal”. Círios ficam mais pobres O outro voto de pesar foi para Américo Gonçalves, conhecido músico ligado aos Círios do Concelho de Palmela, nascido na freguesia de Pinhal Novo. O músico faleceu no dia 25 de Abril, passou pela Humanitária e pela Capricho Setubalense e por várias bandas. Participou no Círio dos Olhos de Água, onde foi tocador de gaita de foles e clarinete, tendo sido homenageado, no dia 9 de Março, no Museu da Música Mecânica. A Câmara de Palmela destaca

no voto de pesar “o profundo pesar pelo desaparecimento de Américo Gonçalves, endereçando sentidas condolências à família e ao Círio dos Olhos de Água”. Saudações a Clube e Desportistas As quatro saudações contemplaram a área do Desporto, com os autarcas a saudarem “jogadores, equipa técnica, órgãos sociais e adeptos do Clube Pinhalnovense pelo título de Campeão Distrital de Iniciados”, que irá disputar o Campeonato Nacional de Iniciados. A segunda saudação foi para a golfista Leonor Medeiros, residente em Aires, que se sagrou Campeã Nacional Absoluta de Golfe, ao vencer o Campeonato Nacional Absoluto – Audi, que de realizou no Montado. A atleta de apenas 15 anos tem um percurso notável, tendo-se sagrado Campeã Nacional de Sub 12 em 2014, Bicampeã Nacional de Sub 14 em 2016 e 2017 e em 2019, o título de Campeã Nacional Absoluta de Golfe. Na modalidade de JiuJitsun estiveram em destaque dois atletas do Pinhal Novo, que envolveram saudações da autarquia, Clara Borges Silva, que se sagrou Campeã Mundial, no escalão infantil de 10 anos, e Francisco Borges Silva, que foi vice-campeão Mundial, no escalão infantil dos 4 aos 9 anos, no Dubai.

Atribuição de apoios financeiros e medalhas Na sessão de câmara foram aprovados apoios financeiros à Confraria da Sopa Caramela e à Associação da Feira Comercial e Agrícola do Poceirão. O apoio à Confraria resultou num valor de 1.500 € para além do apoio logístico estimado em cinco mil euros, para a realização da 4ª edição do Mercado Caramelo, que decorreu no último fim de semana. A Feira Comercial e Agrícola do Poceirão terá um apoio de 4 mil euros, e o evento irá decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Julho. Os autarcas aprovaram também a atribuição da Medalha Municipal de Comportamento Exemplar aos seguintes bombeiros: Medalha Grau Ouro ( 25 anos) Edgar Jorge (Bombeiros Mistos de Águas de Moura) e João Pereira da Costa (Bombeiros de Palmela)

Medalha Grau Prata ( 20 anos) Carla Dinis, Paulo Cardoso e Fernandes Vigário (bombeiros de Palmela) Medalha Grau Cobre ( 15 anos): Rafael Ferreira (bombeiros de Palmela) Foram ainda atribuídas Medalhas Municipais de Serviço prestado a 9 bombeiros (grau ouro) com 35 anos de serviço; 7 (grau prata) com 25 anos e 47 (grau cobre) com 15 anos. Apoio às obras de requalificação do Quartel Na sessão foi aprovada por unanimidade a proposta de apoio financeiro às obras de requalificação do quartel dos bombeiros de Palmela, devido a trabalhos realizados em grande parte nos pilares de sustentação do edifício, que apresentava fissuras. Esse apoio envolveu um valor de 8.272,00 euros.

“Eu quero saber onde eu pertenço. É a Palmela ou à Moita?” Munícipe com problemas de infiltração de água em casa devido à falta de escoamento não consegue resolver a situação dado o desentendimento entre a Câmara Municipal de Palmela e a Câmara Municipal da Moita. Quando Eliseu comprou a sua casa nunca pensou que passados tanto tempo o mesmo problema persistisse. Localizada na Rua Voz do Operário, em Penteado, a sua habitação sofre inundações profundas em dias com condições meteorológicas adversas, ou seja, com chuva forte. Isto porque a falta de escoamento e o facto de sua casa se encontrar ao lado de uma estrada sem berma faz com que o excesso de água proveniente

tanto do Norte quanto do Sul da moradia acabe por inundar a mesma. O mesmo acontece na zona dos CCI’S são cerca de “40 a 50 cm de água, o que faz com que o carteiro nem distribua cartas, só se for de galochas.” refere Eliseu. De forma a colocar um ponto final na situação, decidiu deslocar-se á câmara e abordar os responsáveis pela secção. Para seu espanto, não conseguiu de forma alguma ser recebido pelos mesmos ao

que Eliseu conclui que “falar com o Sr. Presidente acaba por ser muito mais fácil do que com os engenheiros da câmara”. Passados alguns dias, o desespero aumenta, isto porque, o departamento em causa entrou em contacto com Eliseu dando-lhe a informação de que “a estrada em causa não pertence à Câmara Municipal de Palmela, mas sim à Moita” o que é imediatamente contraposto com documentos na posse

do munícipe que apontam a responsabilidade do alcatrão para Palmela. No fundo, o que Eliseu procura é que a câmara resolva aquilo a que o próprio, enquanto contribuinte, tem direito. Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela garantiu uma visita ao local para que a resolução pudesse ser efetuada com a atenção devida. | J.R


14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Cronica

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SOCIEDADE

Jornal Concelho de Palmela | 14-05-2019

Pelos caminhos da fé...

ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

Vamos continuar pelas ruas de Palmela (crónica 26 )

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egundo a informação da crónica da semana passada, há quase 136 anos que a rua Hermenegildo Capelo tem esse nome. Dantes as ruas não tinham nomes de pessoas para prestar homenagem a alguém; tinham nomes de árvores que lá havia- Rua da Oliveirinha, Rua das Oliveiras, de atividades - Rua dos Lagares, Rua da Saboaria, Rua do Tijolo, Beco da Olaria…Nomes ligados à religião – Rua do Anjo, Rua da Cruz, Rua de Santo António, Largo de São Sebastião, Rua de Santana. Podia acontecer terem nomes de pessoas que lá morassem; em Palmela antiga há ruas com nome de pessoas porque elas lá moraram. Julgo que estão neste caso o Rua Simões, Travessa do Salgueiro, Rua do Brasão--- Mas vamos hoje dar uma volta pela parte mais velha da vila, à procura de ruas que dantes tinham um nome e agora têm outro. Na segunda metade do século XIX começam a surgir outros nomes, por força do entusiasmo nacionalista ou revolucionário, para homenagear pessoas que tiveram papel importante em certas ocasiões. Quais ocasiões? Comecemos pelas a) explorações africanas de Hermenegildo Capelo e Serpa Pinto, de 1869 a 1885. Hermenegildo Capelo, nosso conterrâneo, deu o seu nome à então rua principal de Palmela. O seu companheiro também teve direito a ser lembrado; deu nome à então rua bastante nova, de importância e comércio a seguir à Hermenegildo Capelo e que se chamava Rua do Ouro; parece que também chegou a ser conhecida como Rua Direita, mas achou-se por bem que passasse a chamar-se Rua Serpa Pinto. Também o Largo do Terreiro, pela mesma altura, chegou a ter o nome de Largo de Leote do Rego. Quem era ele? Um alto oficial da Marinha que, ligado às explorações africanas, tinha explorado os estuários dos rios de Moçambique. A seguir vem b) a guerra contra os Vátuas, em Moçambique, com a prisão do Gungunhana, em1895O grande herói dessa campanha foi Mouzinho de Albuquerque. A rua que até aí era Rua da Oliveirinha, passou a ter o seu nome. Um militar que também participou nessa guerra ao lado de Mouzinho de Albuquerque, foi o Coronel Galhardo, que deu o seu nome à rua que se chamava Rua do Tijolo. Por hoje o nosso passeio acaba aqui, para não cansar. Na próxima crónica vamos ver as mudanças de nomes que a República trouxe. Digo já que foram bastantes. A volta vai ser comprida.

Fernando Ferreira percorreu o caminho até Fátima com o VFC no coração Para uns fé, para outros devoção e para outros nenhuma explicação, mas o que se resta é que um peregrino é sempre um peregrino e a fé e devoção estão presentes em cada quilometro que faça. Foi o caso de Fernando Ferreira que terminou a sua primeira caminhada com emoção. SOCIEDADE MIGUEL GARCIA | FOTOS DE PAULO TENDEIRO

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e r m i n á m os com muita fé e devoção, mas a emoção cá mora”, é como se sente o grupo de cerca de 50 peregrinos que partiram da cidade de Setúbal no passado dia 4 de maio e às 11h00 deste sábado chegaram às portas do Santuário de Nossa Senhora de Fátima. O grupo contou este ano com um novo elemento que pela primeira vez se “aventurou” e quis sentir a emoção e a sensação de percorrer os cerca de 145 quilómetros que ligam a cidade do

seu coração até à cidade de Fátima. Fernando Ferreira é invisual há 15 anos e pela primeira vez que agarrou o <<desafio>> com muita fé e devoção, e em conversa com o JCP, este peregrino, que é especial aos olhos do grupo, diz que se “aventurou” por uma questão de devoção que tem para com Nossa Senhora de Fátima, mas também pelo amor que demonstra pelo Vitória Futebol Clube. Confidenciou-nos durante a nossa conversa que “quando eu entrar no Santuário, depois de muitos quilómetros percorridos, estarei com a camisola do meu clube de coração

vestida, e aí será uma grande emoção, mas também uma grande honra para mim”. Foi o que fez, o prometido é devido e Fernando Ferreira vestiu a camisola do Vitória Futebol Clube e sempre agarrado ao estandarte – símbolo do grupo de peregrinos de Setúbal – lá esteve de alma e coração. “Sou sócio do VFC há 25 anos e é por isso que aqui estou com o meu Vitória e com este magnifico grupo que me acarinhou logo desde o primeiro momento.” Uma experiência de que certamente Fernando Ferreira poderá vir a repetir para o ano que vem.

O nosso jornal falou também com Paulo Tendeiro, um dos peregrinos do grupo que nos adiantou que “correu tudo bem, as emoções foram sentidas em Almeirim onde os irmãos do Fernando estiveram a almoçar connosco e com ele. Mais tarde a emoção e o calor familiar duplicaram com as irmãs do Fernando a fazerem o resto do percurso até ao Santuário de Fátima e claro, sempre com a camisola do VFC vestida”. Assim acaba este ano a “aventura” de Fernando Ferreira que gostou da experiência apesar de muito esforço e apresentar-se um pouco debilitado.


14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela | 07-05-2019

«Atitude Positiva» gere freguesia da Quinta do Anjo Alentejano ‘adoptado com muito orgulho há quarenta anos pela terra’ António Mestre, presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Anjo eleito pela CDU, conversou com o JCP e fez um balanço do seu primeiro mandato, bem como a sua visão sobre a Quinta do Anjo e os projectos a implementar por uma das soluções governativas mais ‘singulares’ do país em termos de gestão de freguesias. ENTREVISTA MIGUEL GARCIA | CARMO TORRES

A

ntónio Mestre à conversa com o JCP...

Que balanço faz deste seu primeiro mandato na Quinta do Anjo? É um balanço que só podia considerar como muito positivo. Criámos uma solução governativa para a Junta de Freguesia que pode ser considerada ‘invulgar’ no panorama das freguesias. Assumimo-la entre duas forças políticas, cabendo-me a mim liderar este processo, e do trabalho que fomos construindo para a comunidade, que conjuga a visão de dois programas eleitorais, passado este ano e alguns meses só podemos dizer que valeu a pena. A população fica a ganhar com uma solução destas onde todos colaboramos e assumimos o lema que dedicámos a este mandato «Atitude Positiva», e é com este espírito de proximidade que queremos trabalhar. Após o acto eleitoral estivemos ocupados a pôr em prática o que queríamos como modelo base para o funcionamento da freguesia, o que obrigou também a algumas alterações que ambos os partidos consideravam importantes para garantir à população uma visão de transparência, rigor e abertura, e isso levou a que durante o ano de 2018 puséssemos em prática cerca de sessenta por cento das medidas de organização que queríamos implementar. Também posso dizer que, tendo em conta o número de eleitores da freguesia, fui eleito para meio tempo, e poderia escolher ficar a tempo inteiro, sendo o restante do meu ordenado pago pelo orçamento da Junta de Freguesia, mas entendi que esse dinheiro deve ser aplicado noutras coisas, como reabrir os sanitários públicos junto à igreja, para fazer pintura nas escolas ou investir em máquinas e equipamentos para os funcionários. E como é trabalhar com o PS ao nível do executivo?

Acima de tudo está o bem estar da população da Freguesia Não tenho qualquer problema em trabalhar com o PS. É um acto de honestidade política e de maturidade democrática. Tratava-se do aliado natural, uma vez que ficou a 25 votos do nosso resultado. E não temos de ter vergonha disso, mas sim assumir esses resultados e trabalhar em conjunto. Quando nos sentámos à mesa para criar esta equipa, não criámos apenas uma relação política sólida, construímos também uma solução de amizade e de compromisso entre nós. E por outro lado, não faz sentido que todos os pelouros estejam concentrados no presidente, por lei, e este depois não os distribuir pela equipa que tenho. Neste executivo, ao contrário de outras situações, toda a gente tem responsabilidades e isso permite-nos trabalhar em conjunto, porque o resultado dessas responsabilidades não é do PCP ou do PS nem do somatório destes, mas sim o bem-estar da comunidade. E em nome também dessa transparência, uma das primeiras medidas que aprovámos o ano passado, foi ter em permanência uma auditoria às contas da Junta. Os nossos Relatórios e Contas não são feitos pelo presidente ou por

membros da Junta de Freguesia, são feitas por uma entidade externa. Uma solução que encontrámos em conjunto foi a manutenção dos muros do cemitério. Até agora têm sido sempre caiadas, com custos que rondam os 600 euros com os nossos meios e com várias intervenções por ano. Entendemos que seria melhor gastar um pouco mais, abrir concurso público, mas contratar uma empresa e pintar os muros, com uma garantia de dois anos de manutenção. Chama-se a isto gerir o que é de todos. Outro compromisso das duas forças políticas passou por abrirmos concursos para pessoal, porque não queremos trabalhar com a ideia de precários. Já correu a primeira fase e vamos passar agora para a fase das entrevistas para preencher o resto do quadro que nos falta, terminando assim com os contratos anuais e a incerteza de quem trabalha para a Junta. Apesar desse acordo entre partidos, como tem sido a relação com a oposição política? Se a oposição são as forças políticas que não estão representadas no executivo, posso dizer que tenho uma relação muito cordial e

franca com todos eles. Não quer isto dizer que concordemos com tudo politicamente e em termos de opções mas todos temos um interesse primordial que é o bem da freguesia. No início a situação foi um pouco mais tensa mas agora temos uma relação cordial e cada um com a sua visão e temos de aproveitar esse posicionamento e as sugestões de cada partido. E prova disso é que foram aprovados por unanimidade, nestes dois anos, os Planos de Actividades, os Orçamentos e os Relatórios de Contas, o que significa que as forças politicas se revêm nas propostas e nos resultados alcançados. Não queremos ser um executivo de costas viradas para as soluções apresentadas pela oposição. E como classifica a relação com a Câmara Municipal de Palmela? É conforme deve ser. Tem a dose necessária de bom senso, frontalidade e conflito. Somos uma parte da gestão do território que está responsabilizada em cumprir uma parte da Câmara Municipal, que tem a ver com as competências. Quando iniciámos o mandato, verificámos que havia muita calçada em mau estado, mas tínhamos

um protocolo para tratar apenas de 600 metros de calçada, normalmente após reparações da Câmara. Tentámos despachar os pedidos que tínhamos também dos fregueses e depois tivemos uma reunião com o executivo e deu-nos autorização para fazer a obra onde fosse necessário e depois ressarciu-nos. Mas não ficámos por aí, e pedimos uma alteração do protocolo em vigor. Por seu lado a Câmara Municipal solicitou-nos que assumíssemos o concurso e projecto de empreitada de recuperação da cobertura da Escola do Bairro Alentejano antes de a pintarmos, o que foi feito. É nesta medida do bom senso que trabalhamos. E quando falo em conflito, não é no sentido de nos chatearmos, mas sim de nos entendermos, porque a população não lhe interessa quem resolve, mas sim ter a situação resolvida. Não é um presidente de «gabinete»? Não. Até profissionalmente, embora seja antropólogo, a minha área sempre foi ligada ao associativismo e cidadania, logo com uma grande proximidade com as pessoas. Mas não se pode trabalhar uma freguesia que em termos de área é uma vez e meio o concelho do Barreiro, estando fechado num gabinete. Não se pode governar uma freguesia se nos mantivermos simplesmente na fase do ‘dar despachos’. Temos de estar com as pessoas para construir soluções, porque se nos sentarmos em cima dos problemas, eles não se resolvem por si mesmos. Por outro lado, quem apresenta os problemas, e a não ser que o faça por má intenção, já tem uma ideia de como estes podem ser resolvidos e a nossa função é participar em conjunto na construção dessa ideia com os nossos meios e se não os tivermos, recorrendo às entidades que os possam fornecer. E como já disse, as ideias podem vir da oposição. No momento em que fui eleito deixei de trabalhar apenas em nome do programa eleitoral que fiz. Estou a construir um trabalho com uma equipa e


TEMA DE CAPA

14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela um bom presidente tem de trabalhar com todos e em prol de todos. E só com todos podemos aumentar o grau de resolução dos problemas. Não podemos fechar as portas a ninguém e os julgamentos serão feitos no final deste mandato. Mas posso acrescentar que o meu pensamento sobre este território não termina em 2021, até porque não é necessário ser presidente da Junta de Freguesia para intervir no território. Da minha parte, tento fazer tudo o que posso porque sei que do meu trabalho, e deste executivo, depende a felicidade de muita gente. Saio do meu emprego, venho para a Junta por vezes para lá da meia-noite e vejo as minhas duas filhas de corrida ao fim-de-semana… e elas também cobram isso porque têm uma tem 15 e a outra tem 8 anos. Mas já sabíamos que isto ia dar trabalho, só que também é muito reconfortante quando nos dizem que aquele problema de um freguês já foi resolvido… o que não significa que não tenhamos dias muito frustrantes mas depois temos esses bocadinhos positivos, que para mim são suficientes. Como tem sido o feedback por parte dos fregueses à sua presidência? A expectativa será sempre a mesma por parte das pessoas, seja sob que presidente for. O que pretendem saber é se aquilo que se diz é realmente aquilo que se faz. E é nesse sentido que vai o meu maior esforço, o de não defraudar, embora com a capacidade de dizer não, sabendo explicar o porquê e como se pode resolver por outros meios. Não me revejo na política do «sim fácil» nem da «palmadinha nas costas». E isso contribui para que a expectativa das pessoas perante um presidente seja mais esclarecida. Também temos de ter em conta que as pessoas procuram no imediato as Juntas para tentarem resolver os seus problemas, e muitas vezes com assuntos que não são da nossa competência, mas temos de funcionar como um elo de ligação. Um exemplo disso é o facto de as Infraestruturas de Portugal não intervirem no nosso território há dezasseis anos. Mesmo antes de assumirmos o mandato, foi entregue um abaixo-assinado com cerca de novecentas assinaturas, sobre a necessidade de intervenção na EN379, ao qual não obtivemos resposta. Após tomarmos posse, levamos o assunto ao Conselho Local de Mobilidade, que passou a ter uma ligação mais directa connosco, e temos feito moções e alguma pressão, o que resultou em sabermos que está prevista uma intervenção por parte desse organismo para 2020 na EN379 desde Azeitão até à Volta da Pedra. Da mesma maneira que nos temos batido, sem levantar fogachos e fogueiras, para que a Extensão do Centro de Saúde dos Olhos de Água não encerre enquanto não houverem garantias de mobilidade para as pessoas dali

para poderem deslocar-se para o Pinhal Novo ou para a Quinta do Anjo. Opto por não criar expectativas porque não me posso comprometer por terceiros, sob coisas que não estão na minha alçada, mas tenho o dever de ajudar as pessoas para tentar encontrar soluções. Já teve momentos marcantes neste mandato? Muitos, muitos. Há momentos que marcam qualquer eleito, como por exemplo no primeiro aniversário da freguesia, onde tivemos oportunidade de homenagear as mulheres autarcas, e não foi por uma questão de feminismo, mas por perceber o quanto esta freguesia deve ao esforço das mulheres. Outra questão que claramente me marcou foi a construção da solução de governo da freguesia e perceber que temos uma equipa de pessoas que querem realmente trabalhar em prol da freguesia independentemente das questões políticas. Também tive um momento emotivo por ter conseguido que a obra do Museu do Ovelheiro estivesse pronta dentro dos prazos a que nos comprometemos, porque a obra foi feita numa altura complicada por causa da meteorologia. Foi também muito emotivo ver a reação dos responsáveis do movimento associativo da freguesia aquando da homenagem prestada no nosso aniversário por perceber que, independentemente dos protagonistas de cada associação, a ideia que vinca é que as pessoas estão disponíveis a trabalhar para o seu território. São conhecidos alguns problemas que vieram do mandato anterior. Tendo isso em conta, em que situação encontrou a Junta de Freguesia e também a freguesia? Em relação à conturbação anterior optei por, desde o início da candidatura, não me pronunciar sobre isso, e assumi o que tinha a assumir enquanto presidente de Junta de Freguesia, e posso dizer que não foram verificadas nenhumas anomalias, e prova disso é que o Relatório e Contas de 2017 foi aprovado pelas forças políticas. Em termos da relação com a comunidade, creio que tivemos aqui muitas más interpretações e foi isso que tentámos resolver, assumindo o nosso lema e a proximidade com a comunidade, porque achamos que a maior parte dos problemas pode ser resolvido através do diálogo. Qual a relação entre o executivo e o movimento associativo local? Tem sido excelente. Este ano decidimos homenagear na cerimónia de aniversário da freguesia o movimento associativo como parceiro de desenvolvimento local, porque reconhecemos esse mérito. Tivemos a coragem de criar um Regulamento de Freguesia de Apoio ao Movimento Associativo, que entrou em vigor em 2018, e para o qual já foram feitas as candidaturas. Estes regulamentos servem para aumentar a transparência do

relacionamento mas também para o fundamentar. Somos também a única Junta de Freguesia que criou um programa de animação, saúde e bem-estar, o ‘Ginásio para Todos’ que durou três meses sempre aos domingos e que voltará este Maio, um trabalho em conjunto com as nossas associações. Esta Junta de Freguesia assumiu também conscientemente diminuir a sua intervenção em algumas zonas da cultura, de forma a potenciar aquilo que é o trabalho do movimento associativo, não nos sobrepormos a esse trabalho e usando os nossos recursos para aumentar a capacidade de realização dos agentes associativos. Faz mais sentido suportarmos financeiramente alguma iniciativa de uma colectividade, do que sermos nós a organizar isso, permitindo assim que esta realize o seu trabalho e até tire proveitos disso. Quais são as principais carências que identifica na freguesia? Os transportes são a nossa principal dificuldade. Essenciais para a mobilidade, têm também reflexos ao nível dos empregos, porque sem carro próprio, as pessoas não podem concorrer por exemplo a uma empresa em Vila Amélia porque não têm transporte para lá. A freguesia da Quinta do Anjo tem características muito particulares, além da sua área de 51 km2 como já referi, tem uma população concentrada em núcleos e com falta de mobilidade. De pouco adianta ter uma estação ferroviária na Penalva se depois não temos acesso a ela via transporte público. A segunda questão passa pela necessidade de repensar o modelo de funcionamento de saúde na freguesia porque temos necessidade um novo centro de saúde, e existe a disponibilidade por parte da Câmara Municipal de Palmela para a cedência de um terreno no final da Avenida António Matos Fortuna. Gostaríamos muito de começar a debater essa obra no início da próxima legislatura do Governo. O aluguer que está a ser pago pelo espaço actual nos Portais da Arrábida já devia dar para pagar outro com melhores condições para a população e para os profissionais que ali trabalham. Precisamos de ter mais duas ou três iniciativas-âncora para chamar mais turismo, além do Festival do Queijo, Pão e Vinho e para isso também precisamos de um bom espaço para exposições, porque neste momento dependemos das condições climáticas para qualquer actividade que pretendamos realizar. É também necessário investir para qualificar o espaço público e neste momento estão dois processos a decorrer com a requalificação do Jardim de Cabanas por parte da Câmara Municipal, e o Espaço Jogo e Recreio no Bairro dos Marinheiros.

que vai contribuir para a criação de postos de trabalho indirectos e que vai contribuir muito na diminuição da factura energética das empresas que aderirem ao sistema. Há outras empresas que já estão a nascer e que por vezes até passam um pouco despercebidas mas que servem não apenas o concelho, como o país. Posso afirmar que o tecido empresarial mais diversificado do país está nesta freguesia. Mantemos também o sector terciário, de serviços e comércio e mantemos uma coisa importante com as novas tecnologias e nova geração do 4G e 5G. Acho que nos falta um polo tecnológico ligado à universidade e é necessário dar um passo para esse debate, porque além da formação, há também o aspecto de podermos vir a cativar muitos desses jovens e os seus projectos quando saírem da universidade, em diversas áreas. Um aspecto que já notámos é o interesse das pessoas na página no Facebook que lançámos o ano passado. São imensas as pessoas que nos procuram a dizer que querem organizar visitas e ajudamos a organizar essas visitas, mas não temos essas competências. Em termos sociais ainda têm necessidades? A Quinta do Anjo tinha a Comissão Social de Freguesia desactivada, e a partir de 2017 foi reactivada, aprovado o Regulamento de Funcionamento e o Plano de Ação e a próxima reunião anual será a 13 de Maio, para desenvolver uma estratégia de parcerias e estabelecer os canais. O ano passado foi muito gratificante perceber que toda a gente ficou responsabilizada pelo que assumiu na reunião, e por isso temos agora uma melhor capacidade de resposta interna, porque temos uma rede local que funciona e por isso até nos chegam casos de fora da freguesia. E temos lidado com casos de exclusão forte, que geralmente não chegam ao ponto de ser públicos, porque conseguimos resolver essas situações até com o apoio da Segurança Social, que tem aberto portas em casos de emergência. Depois temos casos de vulnerabilidades no acesso a atendimentos na Segurança Social. Mantivemos aqui o apoio jurídico e o apoio social temo-lo feito nós, com o apoio da Segurança Social regional que manteve uma porta aberta para nos ajudar e o mesmo com a ARLVT em termos de questões de saúde nesses casos.

E na questão da segurança? Estamos melhor do que já estivemos, mas falta-nos muita coisa em termos do território. A freguesia ganhou com o destacamento territorial e temos um comandante de Posto totalmente disponível e uma comunicação muito fluida e uma colaboração muito directa. E investimentos privados têm Prova disso é a presença da GNR chegado à freguesia? nas nossas acções, sempre dispoTivemos a implementação da nova níveis para responder aos nossos empresa de painéis fotovoltaicos, pedidos e partilhamos ambos a

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mágoa de não ver este posto reforçado com os meios necessários porque os meios locais e os que estão no posto de Palmela não chegam. Como estão a funcionar os lavadouros/tanquinhos? Estão abertos e visitáveis. Não ficam abertos toda a semana porque não têm nada em permanência, funcionam como galeria temporária e quando isso acontece uma pessoa da organização da exposição fica responsável pelo espaço. Temos entidades que organizam passeios pedestres, normalmente ao fim-de-semana, e vêm buscar a chave, e entregam depois na segunda-feira. Para ter o espaço aberto toda a semana, implicava ter ali um funcionário a receber ordenado e isso não se justifica. Quais são as suas expectativas para o Projecto Janela da Arrábida? É um projecto que gera muitas expectativas. Estou convicto que venha a ser executado no tempo previsto, porque faz todo o sentido como porta de entrada para o território e fará muito sentido se depois de estar completo houver um trabalho com a comunidade e nesse a Junta de Freguesia quer envolver-se. Ali tem de ser o ponto de ligação com o nosso turismo rural, com as nossas vinhas, adegas, produtores de queijo, etc. Tem de existir uma ligação em rede, de fruição da serra que deixe na Aldeia o investimento, não é irem ali os turistas, deixarem o carro, fazer o passeio e seguirem para outro lado. Quero que pernoitem na Quinta do Anjo, que vão visitar o Arrabadine, comer na D. Isilda ou noutro restaurante, tenham uma prova de vinhos no Horácio, em suma, que a dinâmica gerada pela Janela da Arrábida atraia rendimentos para o nosso território assim saibamos todos trabalhar nesse sentido. E projectos para o futuro? Também temos muitos. Aprovámos o nosso Plano e Orçamento e conseguimos dar cumprimento a projectos como a Arte de Rua, que este ano vai ter um crescimento; vamos avançar com o Espaço Jogo e Recreio porque já temos o terreno desde o ano passado devidamente escriturado e iremos requalificar o circuito de manutenção totalmente, num processo que demorará dois anos e será um grande investimento. Vamos ter um conjunto de novas iniciativas culturais e uma programação muito regular nos nossos equipamentos numa parceria com a Câmara Municipal de Palmela e agentes culturais. Já concretizámos o segundo ponto Wi-fi da freguesia, no Bairro Alentejano e esperamos ainda este ano chegar às Cabanas, sobretudo se a obra do jardim avançar. Mas posso dizer que uma das nossas apostas é não ter obras a completar no último ano de mandato, portanto estes dois anos serão essenciais para os nossos investimentos.


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MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela |14-05-2019

Montijo recebe ‘Festa da Flor’

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e 24 a 26 de Maio, a Festa da Flor vai trazer mais cor, beleza e animação ao centro da cidade, numa organização da Câmara Municipal do Montijo, em parceria com a Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais, a marca Flores do Montijo, a Comissão da Baixa e o Forum Montijo. Nesta nova edição da Festa da Flor não vão faltar eventos inéditos, animação de rua e animação infantil e espetáculos que prometem surpreender montijenses e visitantes. Tal como nas edições anteriores, este evento marca a abertura do projeto municipal Montijo Lugar de Encontros, onde existe uma grande aposta na decoração da zona central da cidade. No coração da Baixa, serão colocadas estruturas florais e os bancos da Praça transformam-se em baloiços de jardim. A Rua Almirante Cândido dos Reis irá surpreender com uma instalação

área intitulada Jardim Suspenso, da autoria do escultor montijense Ricardo Contramestre. Entre as novidades para este ano está a construção de um Tapetes de Flores, na tarde do dia 24 de Maio, num evento aberto à população e que contará com a participação dos seniores dos Projetos de Envelhecimento Ativo da Câmara Municipal do Montijo, da Universidade Sénior e do Cuidar +65 da Junta da União das Freguesias do Montijo e Afonsoeiro. Este ano, o Concurso de Montras Em Flor*1 apresenta um formato inédito, com a participação em simultâneo das lojas da Baixa da Cidade e das lojas do Forum Montijo, com o objetivo de eleger a Melhor Montra em Flor. Outra novidade é o Concurso A Rota da Gerbera, no dia 25 de Maio, durante a tarde, onde os participantes serão desafiados a elaborar um bouquet de flores e simultaneamente a visitar as lojas da Baixa, e a partir das 22h00, to-

dos os caminhos vão dar à Praça da República e à Flower Power com Tributo aos ABBA. Uma festa que junta a música, as flores e as emoções.

Durante a Festa da Flor, na Praça da República, há ainda street food e um mercadito, onde não irão faltar as flores, o artesanato e outros projetos surpreendentes.

O Forum Montijo apresenta também uma programação própria, onde se destaca o espetáculo com Herman José, no dia 24 de Maio, às 21h30. | CT

Cercima dinamiza campanha Pirilampo Mágico 2019 no Montijo

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Campanha do Pirilampo Mágico está na rua, de 17 de maio a 9 de junho, este ano com o lema “A natureza é solidária” e no concelho do Montijo, a Cercima – Cooperativa de Educação e Reabilitação do Cidadão Inadaptado do Montijo e Alcochete vai estar a vender os pirilampos e a dinamizar um conjunto de atividades. A abertura oficial da Campanha do Pirilampo Mágico 2098 vai decorrer no dia 17 de maio, a partir das 10h00, no Parque Municipal do Montijo, numa manhã com atividades desportivas, jogos tradicionais e a criação de um Pirilampo Gigante, formado por todos os presentes (crianças e adultos), que deverão trazer uma peça de roupa da cor do Pirilampo 2019. À semelhança de anos anteriores, a Cercima vai, ainda, colocar um Pirilampo Gigante (em formato vidrão) junto ao edifício da sua sede. Desde 1987, que a Fenacerci promove a campanha do Pirilampo Mágico, com o objetivo de angariar fundos em favor das CERCI’s e outras organizações congéneres para promover a sustentabilidade de respostas, inclusivas e de qualidade, destinadas à população com deficiência intelectual e/ou multideficiência. | CT

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SETÚBAL

14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

Idosos a viver sozinhos e isolados

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Caritas Internacional

CDS quer saber realidades Arcebispo de Manila das autarquias do distrito visita Setúbal Pedro Mota Soares e Nuno Magalhães, deputados do CDS/PP mostram-se preocupados com os idosos a viverem sozinhos e querem saber se as autarquias do distrito de Setúbal têm conhecimento da realidade das pessoas mais vulneráveis.

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s deputados Pedro Mota Soares e Nuno Magalhães, enviaram requerimentos a todas as câmaras do Distrito de Setúbal, onde colocam várias questões que têm a ver com a situação de idosos a viverem sozinhos ou isolados. Os dois deputados centristas colocaram as questões onde pedem respostas sobre quantos idosos existem em cada concelho e se vivem isolados. Os centristas querem também saber se as autarquias têm algum tipo de apoio aos idosos que vivem sozinhos, se assinaram protocolos com IPSS ou Misericórdias e se há falta de residências e lares da terceira idade. Outra das preocupações dos populares passa pelo interesse de

cada autarquia em desenvolver ações de sensibilização para que os idosos possam ver reduzidos os riscos de se tornarem vítimas de crimes. Os dois deputados recorrem aos números do INE para lembrarem que ”no último Censos Sénior, a GNR sinalizou 45.563 idosos que vivem sozinhos e/ ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, devido à sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar a sua segurança em causa. São quase mais meia centena do que no ano anterior e mais de dois mil em relação a 2016, ano que já tinha contabilizado mais do triplo do registado em 2011”. Os dois deputados terminam defendendo “importa garantir a existência

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Cardeal Luís António Tagle, arcebispo de Manila, nas Filipinas, e presidente da Caritas Internationalis, irá estar a partir de dia 15 em Setúbal de visita à Cáritas Diocesana. O arcebispo estará antes em Fátima onde será convidado de honra para presidir às comemorações do Santuário. No programa da visita à Cáritas Diocesana de Setúbal, o arcebispo filipino

irá deslocar-se às instalações do Centro Social Nossa Senhora da Paz, na Bela Vista. Está igualmente agendado para o dia 15 um encontro privado com o Senhor Bispo na Casa Episcopal e a celebração da Eucaristia na Igreja da Sra. da Anunciada. O programa termina com uma visita às instalações de São Francisco Xavier, seguida de jantar com os Sem Abrigo, no salão da Cúria.

de mecanismos efetivos de proteção que salvaguardem e atendam às particularidades, riscos e fragilidades dos mais idosos”.

Tecnologia

Freguesia de S. Sebastião

Em Setúbal não se fala de outra coisa: tecnologia

Autarquia inaugura Pavilhão Operacional

Iniciativa que visa promover o contacto entre toda a comunidade científica ligada à área tecnológica chega a Setúbal nos dias 10 e 11 de maio no Cais 3 com a “Transformação Digital” enquanto principal temática.

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sessão de abertura, marcada pelo mini-concerto por parte do Quarteto de Saxofones da Academia Luísa Todi contou com a presença de: António Gonçalves, diretor da EDUGEP; Fernanda Ladesma, presidente da ANPRI; António Velge, presidente da AISET; Manuel Pisco, vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal e da grande novidade deste ano, o presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, o professor Pedro Dominguinhos que realçou a importância da passagem do IPS de expositor para organizador do próprio evento. Para o painel, é bem claro que a E-TECK é uma iniciativa de muito sucesso não só a nível regional quanto a nível nacional, caso contrário, não estaria na sua 4º edição. É por essa mesma razão e também pelo facto da entrada ser gratui-

ta que são esperados milhares de pessoas nestes dois dias que prometem ser uma mistura de muita diversão e aprendizagem. A programação encontra-se de acordo com todos os gostos, os que procuram debates e apresentações em relação à temática, podem contar com cerca de 41 conferencistas especializados que nas suas diferentes especialidades trazem a tecnologia como ponto comum nas suas investigações. Já os que procuram o lado gaming têm à sua mercê um conjunto de expositores onde consolas como

a Nintendo64 estão disponíveis para experienciar clássicos como Super Mário. Numa edição repleta de novidades, a GNR e o Exército português marcam também presença contribuindo para um total de 50 expositores em cerca de 1200m2. No final da sessão, Manuel Pisco lança a hipótese de no futuro, a cidade de Setúbal criar uma “TeckSado” que seria uma feira tecnológica de maior envergadura comparativamente à E-TECK. Segundo o próprio, contaria com o IPS e com a AISET enquanto principais parceiros da iniciativa. | J.R

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Junta de S. Sebastião vai contar com um novo equipamento social, o novo Pavilhão Operacional, que irá servir a maior freguesia do concelho de Setúbal. A inauguração está

agendada para o dia 8 de Junho, com a realização da sessão solene às 10h15.O novo Pavilhão Operacional está localizado na interseção entre a rua Luís Sá e a avenida Nuno Álvares.


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OCORRÊNCIAS

Jornal Concelho de Palmela | 14-05-2019

Homem morre em acidente de trabalho Um homem de 39 anos, funcionário da empresa Bestfriger – Sistemas de Refrigeração Comercial e Industrial, no parque industrial das Carrascas, em Palmela, perdeu a vida na passada quinta-feira na sequência de um acidente de trabalho

Operação da GNR termina com um detido Homem de 56 anos ficou com termo de identidade e residência devido a furtos num edifício em construção, em Brejos de Azeitão. AZEITÃO Redação | JR

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PALMELA

operação ocorreu no passado dia 3 de maio quando o Posto Territorial de Azeitão apreendeu diverso material furtado assim como armas e chapas de matrículas. O feito apenas foi possível devido a uma denúncia efetuada que indicava um assalto a um edifício em construção. A GNR aprendeu o seguinte material furtado: uma arma de fogo semiautomática; uma arma de fogo de canos laterais; uma pis-

CARMO TORRES

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alerta chegou aos bombeiros por volta das 12h06 da passada quinta-feira dando conta de um acidente de trabalho numa empresa na zona do parque industrial das Carrascas, Palmela. O trabalhador de 39 anos de idade sofreu um derrame líquido cefalorraquidiano e entrou em paragem cardiorrespiratória, no local as equipas médicas do INEM ainda conseguiram reverter a situação, sendo a vítima transportada para o Hospital de São José, em Lisboa, onde acabaria de sofrer nova paragem cardiorrespiratória, que causou o óbi-

to. O acidente ocorreu nas instalações da empresa Bestfriger – Sistemas de Refrigeração Comercial e Industrial e tudo indica que o homem terá embatido com a cabeça num con-

tola com carregador municiado com 4 munições; uma cartucheira com diversos cartuchos de caça; uma pressão de ar; uma catana; diversas chapas de matrículas, uma das quais pertencente a uma viatura furtada; uma betoneira de grande porte e ainda diverso material de construção. Até ao momento, o Comando Territorial de Setúbal opta por não adiantar qualquer tipo de informação pelo que resta aguardar pela decisão do Tribunal Judicial de Setúbal visto que o mesmo foi informado acerca do acontecimento.

tentor acabando por cair de uma altura de 10 metros. No local estiveram operacionais dos Bombeiros de Palmela e uma equipa médica da VMER de Setúbal.

XIV PALMEGINA Festival de Ginástica de Palmela

Organização:

Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Largo dos Loureiros, nº1 2950-207 PALMELA 212350178 – geral@loureiros.org – www.loureiros.org

apoio:

Sociedade Filarmónica Palmelense “LOUREIROS”


ALERTAS & RECADOS

14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Moradores continuam atentos O JCP continua a dar a conhecer os muitos alertas e recados que chegam com a denúncia situações que devem ser resolvidas.

Reabilitação de espaço verde

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moradora Ana Martins lança o apelo para que a autarquia “proceda à reabilitação dos espaços exteriores junto ao Centro Comercial Dovari”. Também na última reunião da Assembleia Municipal, a deputada do MIM, Luísa Paulino, lançou o repto ao presidente da câmara para

que se “faça a alteração nos espaços exteriores do Dovari, onde podem ser colocados dois ou três instrumentos de ginástica, mais árvores, relva e água no bebedouro”. A deputada municipal alerta também que “as pessoas de mobilidade reduzida não têm acesso as lojas do Dovari”.

Sobreiro destruidor

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sta semana começamos com um alerta pertinente de um morador residente na rua Aquilino Ribeiro, no Bairro Xavier de Lima, no lado sul do Pinhal Novo. Este morador já não sabe a quem recorrer para resolver a situação de um sobreiro, que cresce por cima da sua residência, localizada no nº 6. “Já fiz de tudo, mas nem a câmara, nem a Direção das Florestas arranjam solução para cortar as pernadas do sobreiro, que crescem por cima da minha casa” e “as raízes já estão a abrir brechas na parede”, lamenta-se o desesperado

morador. O sobreiro localiza-se num terreno que pertence a proprietário que mora em Lisboa, que, apesar de alertado para a situação, nada fez para a re-

solver. O morador interroga-se: “agora com a lei de limpeza dos terrenos, será que a câmara não pode intervir para resolver a situação?”

Estacionamento, precisa-se! Direito de Resposta O seguinte texto é da autoria do Teatro O Bando em resposta ao texto intitulado “As surpresas que a Serra da Arrábida nos oferece”, publicado na edição nº 43 do Jornal Concelho de Palmela do passado dia 30 de Abril, no espaço “Alertas e Recados”. Deixamos neste espaço o nosso alerta! Tenham cuidado como deixam a vossa cama. Ao saírem de casa, verifiquem se os lençóis estão esticados, se o edredão está bem entalado e se, tudo isto, coincide com um quarto limpo e arrumado. A todo o momento alguém pode invadir a vossa casa, sem aviso prévio nem o vosso consentimento, e fotografar o vosso quarto tecendo apreciações à organização, arrumação e limpeza do foro privado. Todos concordaremos que não há ninguém que não goste de ter a sua casa na ordem devida. Nós, também gostamos. Mas gostamos ainda mais de ter uma casa sem vedações, muros, nem portões. Uma casa onde todos podem passar, entrar e conversar. Uma casa onde a pergunta, a discussão e o espírito crítico são sempre bem-vindos e onde os alertas e recados podem ser entregues pessoalmente. À casa que habitamos desde 1999, e que vimos retratada sem autorização, na edição nº 43 do Jornal do Concelho de Palmela, chamamos Quinta. É propriedade da Cooperativa Teatro O Bando, uma das cooperativas culturais mais antigas do país, fundada em Outubro de 1974. Seja num espectáculo do Bando ou no acolhimento de espectáculos de outros grupos, num almoço comunitário que promovemos todos os primeiros sábados de cada mês, nas diversas formações que dirigimos durante todo o ano, ou simplesmente para tomar café, são todos muito bem-vindos! O Bando

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anuel Matias pede que “sejam tapados os buracos no terreno junto às antigas instalações da Pluricoop, no lado norte na vila, que podia servir para parque de estacionamento” e lança o aviso “é preciso estar atento ao candeeiro, que está em risco de cair”. Na última sessão de câmara, a vereadora Palmira Hortense, do MIM, pediu esclarecimentos sobre a situação ao presidente Álvaro Amaro. O edil recordou que “o espaço era da responsabilidade da cooperativa, que foi protelando a situação e não concretizou a obra”. O presi-

dente do município anunciou “nós até temos um projeto, mas entretanto, vamos pro-

Os buracos da Avenida da Liberdade

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ois moradores alertam para os buracos, que estão a contribuir para a insegurança de circulação na Avenida da Liberdade, em frente ao antigo campo de treinos do Pinhalnovense. O presidente Álvaro Amaro revelou que “a situação está identificada e iremos reportar a situação da calçada à Junta de Freguesia de Pinhal Novo”. Os moradores lembram que

“os buracos irão aumentar com a chuva e a situação exige uma rápida intervenção”.

curar com uma niveladora endireitar o terreno”.

Esta semana ficamos por aqui, não sem antes respondermos (?) à nossa leitora Lurdes, que nos pergunta: “o que aconteceram às lonas que denunciavam situações com a estrada de ligação da Rua Bartolomeu Dias aos armazéns e da demora das obras da Vala da Salgueirinha?” Cara leitora apenas podemos responder assim: As lonas apareceram repentinamente, tendo desaparecido da mesma forma…


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AGENDA DESPORTIVA

Jornal Concelho de Palmela | 14-05-2019

Com a participação de 3.500 pessoas

Corrida da Volkswagen chega no Dia de Portugal A

Corrida da Volkswagen vai realizar-se no dia 10 de Junho, nas instalações das Volkswagen Autoeuropa, onde são esperadas cerca de 3.500 pessoas. Esta prova foi lançada em 2011, sendo uma competição clássica no calendário nacional de provas de corrida, onde milhares de participantes já percorreram as naves da fábrica de Palmela, onde os organizadores destacam “é uma ocasião única para ver de perto as linhas de produção de onde saem diariamente os modelos T-Roc, Sharan e SEAT Alhambra”. Este ano, tal como em todas as edições anteriores, sublinham “a Corrida Volkswagen será de novo palco de várias novidades. No sentido de diminuir a utilização de garrafas de plástico e promover alternativas mais amigas do ambiente, a prova apresentará pela primeira vez em Portugal as bolhas de água Ooho”. As bolhas de água Ooho, ex-

plicam “são uma inovação utilizada recentemente na maratona de Londres, sendo criadas a partir de água filtrada e embaladas numa membrana com um período de biodegradação de seis semanas”. Os participantes terão oportunidade de “experimentar esta nova forma de hidratação, que será distribuída nos postos de abastecimento disponíveis ao longo do percurso”, garantem. Os organizadores revelam que “em parceria com o Correr Lisboa, será organizado um treino antes do dia do grande evento. O treino será gratuito e não carece de inscrição. Neste treino os primeiros 50 participantes a chegar ganham um código de inscrição para a Corrida Volkswagen e ainda têm oportunidade de participar numa ação de experimentação de equipamento com o apoio da Adidas”. A Corrida aposta este ano numa outra novidade que é a criação de uma parceria com a Glovo, que dá a possibilida-

de do atleta receber o seu kit, numa morada à sua escolha (limitada à cidade de Lisboa). A Corrida Volkswagen é composta por uma prova de estra-

Organizada pela Tasca do Xico

da com 10Km, uma caminhada com 4Km e provas infantis. Ao longo de uma manhã os atletas e visitantes podem usufruir também das sessões de

aquecimento e uma aula de zumba, com o apoio do Fitness Hut e podem visitar ainda as ativações de marca dos patrocinadores. |FB

Antigo jogador do Palmelense

Corrida de Rolamentos Avançado Camolas mobiliza centenas de pessoas morre aos 71 anos

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ma das novidades da edição deste ano do Mercado Caramelo foi a 1ª Corrida Caramela de Carrinhos de Rolamentos, que contou com a participação de 35 concorrentes

e a que assistiram centenas de pessoas. A Corrida foi marcada pela coragem dos participantes e pela originalidade de alguns dos carrinhos, onde até participou um

pequeno autocarro. Tal como diria a canção do Chico Buarque “foi bonita a festa pá!” E que grande festa foi a 1ª Corrida de Carrinhos de Rolamentos! |FB

antigo avançado Camolas faleceu na semana passada, aos 71 anos, causando profunda consternação em Palmela, pois a par de defender a camisola de vários clubes, foi atleta do Palmelense onde criou a equipa de Veteranos. José Carlos Camolas foi bicampeão pelo Benfica em 1966/67 e 1967/68, tendo vestido também as camisolas de Varzim, Belenenses, União de Tomar, Benfica e Castelo Branco, Alcains, Escalos de Cima e União de Tomar, onde esteve oito épocas. Na última sessão da Câmara de Palmela, os autarcas aprovaram por unanimidade um voto de pesar pela morte de José Carlos Camolas.


14-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

DESPORTO

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Nunca uma derrota foi festejada com tanta alegria

Capitão Marco Bicho despede-se de jogador Tarde de muito calor, que obrigou a duas interrupções para os jogadores se refrescarem, onde os açorianos ganharam por 2/0. O jogo terminou em clima de festa com a despedida de Marco Bicho.

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s açorianos do Sp. Ideal entraram melhor na partida e um minuto depois do início do jogo, Xexe fora da área atirou um balázio indefensável para o guardião Pedro Carvalho. O Pinhalnovense não conseguia vencer o guardião Imerson, o homem do jogo, que tudo defendia. Aos 22’ mais uma adversidade para a equipa da casa, com o árbitro a assinalar grande penalidade por mão na bola de Miguel Angelo. O guardião Pedro Carvalho ainda defendeu, mas na recarga Paulo César marca o segundo para os açorianos. A tarde não inspirava a equipa azul e branca, que dominou o jogo na etapa complementar, mas a bola recusava-se a entrar, apesar das investidas de Ary (50’), Bandeira (58’ e 65’), Feiteira (86’ e 90’). A ovação da tarde foi para Marco Bicho que aos 67’ foi substituído, naquele que foi o seu último jogo. A partida terminou em clima

de alegria com os Benjamins do Palmelense a prestarem homenagem ao “mister” Marco Bicho, que teve direito a hino “show must go on”: “Muito obrigado, por nos treinar Muito obrigado, por nos apoiar E ensinar O que na realidade é jogar” “Agradecemos o carinho Agradecemos a dedicação E os Benjamins A si dedicam esta canção” “O Mister Marco É especial Consigo ao nosso lado Nada nos poderá correr mal” “Show must go on Sow must go on Consigo o futebol P´ra sempre ficará a ganhar”. A Festa terminou com Marco Bicho a ser aplaudido de pé pela assistência do Pinhalnovense e do Palmelense, enquanto as crianças cantavam.

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Jornal Concelho de Palmela |14-05-2019


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