Jornal Concelho de Palmela | Edição 48

Page 1

Sinais de alerta

SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA

FALTA DE MEIOS * FALTA DE VOLUNTARIADO * FALTA DE APOIOS

DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº48 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 04.06. 2019 | TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

POLÍTICA

PALMELA FICOU MARCADA PELOS NÚMEROS APRESENTADOS NAS EUROPEIAS..........................p.3

MONTIJO

“Os meus bombeiros são os melhores do mundo ou pelo menos tão bons quantos os melhores” diz-nos António Braz P .8/9

FARMÁCIA DA UNIÃO MUTUALISTA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO É A GRANDE VENCEDORA DA MONTRA MAIS FLORIDA .......p.10

ARRÁBIDA

SERRA DA ARRÁBIDA UNE OS TRÊS CONCELHOS DO SEU TERRITÓRIO NATURAL NUM PROJETO DE NOVE MILHÕES DE EUROS....................................p.12

Incêndio no Terrim coloca população em desassossego COORDENAÇÃO E ESFORÇO DOS BOMBEIROS EVITARAM O PIOR ....p.15


2

PRIMEIRA LINHA

Jornal Concelho de Palmela | 04-06-2019

A SEMANA SEGUNDA 27

maior força política nacional. O dia a seguir às eleições é sempre dia de refletir no que correu mal e no que para alguns correu bastante mal.

Rescaldo das eleições Europeias

e que estão por entregar às entidades. Os fogos, esses já começaram e os meios ainda estão num depósito de automóveis no concelho de Setúbal. QUARTA 29

Reuniões da Câmara do Montijo animadas mas cansativas

TERÇA 28

Fogos em ação e meios sem ação

Depois de um domingo de eleições, o dia a seguir foi de rescaldos, reflexões e de ponderações por parte dos partidos que viram o número de votos ser desastroso e a fazer repensar os programas de política para as próximas eleições em outubro. O Concelho de Palmela surpreendeu autarcas, políticos e até alguns defensores de políticas de proximidade, com os resultados apurados num dos “bastiões” da

O começo da semana ficou marcado ainda com um vídeo dos anonymous Portugal onde se conseguem ver algumas carrinhas de combate a incêndios e prevenção que têm as cores dos Sapadores Florestais e do ICNF

A última reunião pública ficou novamente marcada com a <<guerra>> aberta do vereador da coligação PPD/PSD/CDS, João Afonso, e o presidente da Câmara do Montijo (PS), Nuno Canta. A questão da aquisição do edifício da antiga Pluricoop voltou a estar em destaque na discussão que se repete. Em causa está o valor de aquisição pago pelo município por aquele imóvel, um

Alojamento local cresce em Palmela

Projetos novos de turismo estão a ser pensados para serem implementados na vila de Palmela e Serra do Louro. Alojamento local e dormidas aumentaram no último ano.

A

informação foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, no encontro que realizou com os jornalistas no penúltimo balanço de freguesia. O edil salientou de que estão em curso novos projetos para serem instalados na vila de Palmela e na Serra do Louro com o objetivo de prestarem uma informação mais detalhada aos visitantes. Por outro lado, o edil palmelense colocou de parte a abertura de mais um posto de turismo: “O posto localizado no Castelo está bem situado, não será necessário mais um posto de turismo na vila”, avançando “a aposta passa pelo acesso a informação por via digital”. Recentemente a empresa que está a instalar os equipamentos de Wi-Fi na vila e na Serra do Louro já realizou alguns testes, sendo que na Serra do Louro os trabalhos es-

Palmela recebe todos os dias pedidos de estudo de viabilidade para instalar unidades hoteleiras tão atrasados devido às localizações dos postes que vão servir de apoio para instalar as antenas. A tecnologia a instalar em ambos os locais é uma tecnologia beacon e que servirá para transmitir em tempo real toda a informação para o smartphone do visitante. Já no campo das dormidas e do alojamento local, Álvaro Amaro mostrou-se satisfeito com

os números alcançados, só o alojamento local no concelho cresceu e na freguesia de Palmela já estão registados 46 Alojamentos licenciados. O presidente da autarquia referiu ainda que “este aumento é benéfico para a nossa economia local e para o emprego que também aumentou”. | Miguel Garcia

equipamento que vai servir para a instalação de mais um lugar de cultura na cidade. QUINTA 30

Museu de sucesso no meio rural da vila de Pinhal Novo O Museu da Música M ecâ nica situado em pleno meio rural da freguesia de Pinhal Novo, Arraiados, está a ser um sucesso desde que abriu as suas portas e com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O Museu que conta com uma grande coleção de caixas de música do Mundo recebeu em Leiria mais um prémio de reconhecimento pela prestação de serviço que presta aos visitantes. Luís Cangueiro, proprietário do Museu da Música Mecânica é um homem feliz e

diz que o equipamento cultural está no sítio certo. SEXTA 31

Concerto Solene marca comemorações do Dia do Concelho de Palmela

O Cine-Teatro S. João recebeu nesta noite um grande concerto comemorativo do Dia Municipal, que Palmela comemora todos os anos a 1 de junho e este ano a Câmara Municipal de Palmela convidou o maestro da casa, Jorge Salgueiro para dirigir o concerto solene que não conseguiu encher a sala de espetáculos mais importante do Concelho de Palmela. | DONATILIA BRAÇO FORTE

CONVOCATÓRIA Ao abrigo do número três do artigo 18º dos Estatutos, é convocada a Assembleia Geral da COOPHANJO – Cooperativa de Habitação e Serviços, C.R.L., para reunir em sessão ordinária no próximo dia 14 de Junho de 2019, nas instalações da CoophAnjo sitas na Avª. Guerra Junqueiro, nº. 17C em Quinta do Anjo: 1ªAssembleia às 21.00h com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Apreciação e Votação do Balanço, Relatório e Contas da Direção relativo ao exercício do ano 2018, bem como o Parecer do Conselho Fiscal. 2ªAssembleia às 21.30h com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Eleição dos Órgãos Sociais para o Quadriénio de Junho 2019 a Junho 2023 .

Quinta do Anjo, 24 de maio de 2019 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (António Albino Alpendre Sousa)


04-06-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PRIMEIRA LINHA

3

Editorial

Os números que marcaram as eleições Europeias no concelho de Palmela

DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

Cinco anos depois, os cidadãos voltaram a ser chamados às urnas para as Europeias, eleições que espantaram autarcas, políticos e até os politólogos.

C

inco anos passaram desde as últimas eleições para as Europeias e os cidadãos de Portugal foram chamados a votar para os 21 Eurodeputados, com uma escolha muito variada, com 17 candidaturas em disputa. O Concelho de Palmela não ficou para trás e com as suas 4 freguesias os eleitores lá foram votando a conta gotas. Um domingo em que o sol convidava a outras paragens mas que para muitos a “obrigação” cívica estava em primeiro lugar. Num Concelho em que existem 54.249 inscritos,

os resultados não foram muito animadores, apenas 33,69% é que foram às urnas, num total de 18.276 votantes. O JCP fez a comparação com 2014 e nesse ano estavam inscritos 51.647 eleitores, tendo votado 17.055 eleitores, cifrando-se numa percentagem de 33,03% de votantes. A abstenção foi claramente a grande vencedora das Europeias em todo o território nacional, incluindo o Concelho de Palmela. Mas as grandes surpresas e os novos ventos que se avizinham, se parecem não surpreender muito o

eleitorado, deixaram surpreendidos alguns autarcas, candidatos e políticos. A grande vitória coube ao Partido Socialista, que ganhou com 32,57% (5.952 votos), em 2014 o PS tinha conquistado 27,49% com 4.688 votos. Já o PCP ficou nestas Europeias muito aquém dos seus objetivos, a nível nacional perdem 188 mil votos e em Palmela ficou a larga escala afastado do seu principal <<parceiro>>, 15,54% (2.840 votos), quando em 2014 os Comunistas andaram colados ao PS com 27,12% e 4.626 votos.

O CÉU E O INFERNO O PPD/PSD é ultrapassado claramente nestas eleições Europeias pelo Bloco de Esquerda, para muitos são os tempos de mudança em Palmela, para outros são simplesmente eleições que em nada refletem a escolha dos eleitores nas legislativas e autárquicas. O BE sobe de 6,30% (1.075 votos em 2014) para 13,02% este ano, com 2.380 votos, passando pelo PSD que ficou com 10,96% (2.003 votos em 2019), em 2014 o PPD/PSD.CDS-PP que tinham concorrido juntos às Europeias, assumiam 14,44% com 2.462 votos. | Miguel Garcia

PAN ganha terreno em Palmela com votos a darem cartas de subida ao CDS-PP que concorreu estas eleições sozinho Grande cartada foi a do PAN - Pessoas-Animais-Natureza, que pela primeira vez no Concelho de Palmela fez “ferver” as urnas das quatro freguesias com 6,74% (1.231 votos) conseguidos e ultrapassou o CDS-PP que só conseguiu obter nestas eleições 3,89%, com 711 votos. Em 2014 o PAN ficava-se pelos 2,29% com 391 votos. Os votos em branco aumentaram relativamente ao ano 2014, com mais 27 votos em branco – 703 (2019) e 676 (2014) – mas os votos nulos reduziram em 66 votos – 457 (2019) e 523 (2014). Podem ser as novas mudanças nas políticas nacionais e locais que estão a abrir os <<olhos>> aos eleitorado, contudo a abstenção continua a pairar na “cabeça dos políticos”.

A

semana ficou marcada por um grande acontecimento cultural em terras de Palmela, o conhecido maestro Jorge Salgueiro voltou a dar provas de que é um maestro de 10 mil estrelas, apresentando na mais importante sala de espetáculos da vila e até do Concelho de Palmela um dos mais belos concertos solenes que assinalou o Dia do Concelho, comemorado no passado dia 1 de junho. O maestro e a banda de músicos que o acompanharam na passada sexta-feira, terão levado ao Céu todos aqueles que aceitaram o convite e que marcaram a sua presença numa das mais belas e brilhantes noites culturais de Palmela. É importante que o Município de Palmela continue a olhar para a cultural local como um ex-libris de uma marca que se chama Palmela, a vila já nos contemplou a grandes espetáculos culturais, claro com a parceria indispensável das suas coletividades e associações. Palmela sempre se pautou por apresentar espetáculos de grande qualidade, lembro-me do “Pino do Verão”, onde as encostas do Castelo serviram todos os anos de palco para uma grande produção do Teatro O Bando e as várias bandas filarmónicas dirigidas pelo maestro que na sexta-feira voltou a fazer história nas páginas de um livro cultural; o Almenara que num ciclo de dois anos abrilhantou, brilhou e fascinou todos aqueles que assistiram às duas edições no Castelo, e a própria Festas das Vindimas que é o cartão festivo das festividades culturais e populares da freguesia e do Concelho. Tudo isto com o cunho de Palmela Conquista e que bem que Conquista todos os visitantes e população em geral que já se habituou ao sucesso dos grandes espetáculos que são realizados nas salas do movimento associativo e no Cineteatro São João. A cultura está bem e recomenda-se, é o Céu dos grandes eventos, é a prova que não é só nas grandes cidades que se fazem bons espetáculos, não é só na Capital que se apostam em bons cartazes culturais. Mas o Concelho de Palmela também tem o lado do “Inferno”, e esse lado é aquele que nos faz muitas vezes pensar se vale a pena apostar em algo extraordinário, um excelente espetáculo, mas continuamos a ter cadeiras vazias no Cineteatro São João, porque será? Se os convites foram rapidamente levantados e o espetáculo esgotado! Temos que começar a pensar em outras formas de prever situações menos agradáveis e que não dignificam a cultura local de Palmela, a oportunidade de uns que obtiveram convite e que não foram e o azar de outros que iriam estar sentados nas cadeiras mas que não tiveram hipótese alguma de conseguir o tão precioso convite, é caso de se dizer “Deus dá nozes a quem não têm dentes”. Antes de terminar o editorial desta semana queria deixar aqui um “Alerta & Recado” à Câmara Municipal: Meus caros autarcas vejam se conseguem arranjar alguma solução menos quente no Verão e menos fria no Inverno para a grande sala de espetáculos de Palmela. Boa semana e boas leituras sempre com o JCP


Cronica

4

DESTAQUE

Jornal Concelho de Palmela | 04-06-2019

A vinda do comboio a vapor

Primeiras Festas começam com momento histórico FÁTIMA BRINCA CRONISTA

As quatro irmãs

A

s quatro irmãs Augusta, Etelvina, Ângela e Luísa marcaram os anos oitenta, em que a força da amizade batia a adversidade e girava em torno da minha vida. Não as via há tantos anos, que senti a emoção das recordações a fazerem-me recuar mais de trinta anos atrás. Naquele tempo tinha uma vida onde existia tempo para o convívio e para saborear jantares em torno da lareira do meu primo Joaquim. Os anos passaram deixando marcas de saudade, que se reviviam nos cabelos brancos. Sempre tive uma predilecção especial pela Augusta, mulher lutadora, que ficou viúva muito cedo. Muitas vezes contava-me as dificuldades vividas na sua juventude, no Alentejo profundo. Casou cedo, tendo na única filha, a força suficiente para continuar a lutar. Quantas vezes deixou de viver para criar os netos, mas não deixo de lembrar, que quando o meu primo regressou da guerra colonial e oficializou o noivado com a filha da Augusta, ainda o marido era vivo, ele no seu ar divertido, com os olhos azuis lindos e brilhantes, confessou com certa ironia “este malandro (referia-se ao meu primo), conseguiu tirar-me o abono da minha filha!” Mais tarde o marido da Augusta morreu, antes tivera um aviso, mas desta feita a morte surgiu repentina e deixou a Augusta viúva. Tal como no passado, hoje continua a ser uma lutadora, apesar do olhar triste que lhe marca o rosto de mulher que teve uma vida preenchida com muito trabalho. E se o meu primo “tirou-lhe o abono da filha”, os netos hoje dão-lhe a alegria que não teve quando era mais nova. Quem teve uma enorme alegria por ver três das quatro irmãs foi eu, enquanto a Etelvina e a Augusta, não conseguiram conter uma lágrima de saudade. Outros tempos, onde a amizade tinha um valor tão grande, que alimentava uma vida.

O ano de 1997 ficou marcado pela realização das primeiras festas de Pinhal Novo era então presidente da câmara Carlos de Sousa, com o presidente José Agostinho a escolher José Calado, atual vereador do MIM para presidente da Comissão. As Festa foram preparadas em tempo recorde e tiveram como destaque a chegada do comboio a vapor.

A

necessidade de um evento que marcasse a cultura caramela foi a nota dominante para a realização das festas, que foram preparadas em tempo recorde, com José Calado a ser escolhido por unanimidade para presidir à Comissão das Festas. José Calado recordou o frenesim que “foram as primeiras festas, que aliavam a cultura caramela à tradição ferroviária”. O evento recorda “tivemos 40 dias de trabalho, com muitas noites sem dormir e onde o cansaço era ultrapassado com o entusiasmo de todos os elementos da Comissão”. Festas do povo para o povo

zou o cortejo etnográfico deixou uma enorme saudade, que é minimizada com a realização do Piquenique Caramelo em sua homenagem. Outra das figuras marcantes das festas também desapareceu recentemente, o popular Talau, que fazia parte do Círio da Carregueira. Mas nem sempre a aposta foi a preservação da cultura caramela, onde se tentou alterar o ADN das festas com a realização de desfiles de samba, completamente à parte da tradição do evento. Mais envolvência dos jovens

O atual presidente da Associação de Festas, Herlander Vinagre, lidera uma equipa dinâmica, que organizou este ano as festas. O movimento associativo continua cada vez mais dinâmico, mas há necessidade de mobilizar mais jovens em torno dos festejos. O programa deste ano tem como referência o Desfile Etnográfico e actuação de nove ranchos folclóricos a nível local e nacional. Mas a animação será uma das vertentes que se distribui por cinco palcos. As largadas de toiros preenchem todos os dias das festas.

Mas se o comboio a vapor foi uma das referências das festas também a sopa caramela passou a ser a imagem de marca do evento, que apostou em força no movimento associativo com os ranchos folclóricos, as marchas populares, a música filarmónica, os gaiteiros, as touradas e largadas. Ao longo dos anos foram aumentando os participantes e visitantes, que já superam os 150 mil. As equipas organizadoras foram passando e pelo caminho ficaram referências da festa com a morte do antigo vice presidente da primeira Destaques do Programa edição, José Carreira Agostinho. A morte de João Henrique Marto de Dia 06 de Junho Oliveira, o presidente que dinami- As atividades desportivas mobili-

zam o fim da tarde antes da inauguração com o futsal, fitness e ballet. A animação será uma constante depois da inauguração às 20h30, com os Balha ca Carroça, a Orquestra dos 5 latinos, Banda da SFUA, Diabo na Cruz e as bandas de música moderna no Pátio Caramelo durante todas as noites. Dia 07 de Junho A manhã é preenchida com atividades ligadas ao desporto e bem estar, enquanto a noite começa com o Encontro de Danças, às 21h00, onde Augusto Canário será o artista de destaque no palco principal da Praça da Independência. Dia 08 de Junho O torneio de malha corrida, o passeio a cavalo, o futebol de veteranos, o xadrez e a ginástica serão algumas das modalidades que se destacam durante todo o dia. A noite começa com o Desfile Etnográfico de Folclore Nacional que conta com a participação dos seguintes grupos: Rancho Folclórico “Os Camponeses de Riachos” (Ribatejo), Grupo Folclórico e Etnográfico Amigos de Montenegro (Algarve), Grupo Etnográfico Danças e Cantares do Minho (Minho), Rancho Folclórico Danças e Cantares de Vale do Paraíso (Azambuja-Ribatejo), Grupo de Danças e Cânticos dos Olhos de Água (Palmela), Rancho Etnográfico de Danças e Cantares da Barra Cheia (Moita), Rancho Folclórico Herdade de Rio

Frio (Pinhal Novo), Rancho Folclórico Casa do Povo de Pinhal Novo e Rancho Folclórico Os Rurais da Lagoa da Palha (Pinhal Novo). Depois do desfile os ranchos irão atuar no Palco da Praça da Independência. Dia 09 de Junho O dia começa bem cedo com o Troféu Caramelo de Pesca Desportiva em Alto Mar, seguindo-se o Passeio de BTT, a Festa do Atletismo e da Caminhada e a Malha de Borracha. A missa em Honra de S. José antecede a Procissão, que se realiza às 17h00. A noite começa com o Encontro de Grupos Corais da Associação dos Reformados, Gente Boa e Ausentes do Alentejo. Quatro Marchas Populares em representação dos Amigos de Baco, do ATA e da Fundação COI atuam às 21h00, no Polidesportivo José Maria dos Santos, seguindo-se a Charanga da SFUA. A noite será preenchida com Adriana Lua às 23h00, e os Shivers, no Pátio Caramelo. Dia 10 de Junho Este dia começa com o Passeio das Pasteleiras, mas o destaque vai para o Piquenique Caramelo João Henrique, as Danças de Salão, os Massacotes, Fado Vadio e a Noite da Popular FM com os Sangre Ibérico, às 23h00. Dia 11 de Junho No último dia haverá Sevilhanas, Virgul e o espetáculo de fogo de artifício. | Redação | FB


04-06-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PUBLICIDADE

5


6

SOCIEDADE Cronica

Jornal Concelho de Palmela | 04-06-2019

Distinguidos com mais de setenta medalhas

Ana Teresa Vicente destaca empenho dos trabalhadores ANTÓNIO CORREIA COLABORADOR

Continuemos pelas ruas de Palmela (crónica nº 28 )

N

a crónica anterior andámos pelas ruas a que a República deu nome; a nossa volta de hoje começa pelas ruas a que os restauradores do concelho, há uns noventa e poucos anos, deram nome. O homem importante que assinou o decreto que restaurou o concelho, Jaime Afreixo, tinha de ter o seu nome numa rua importante da altura. A paralela à mais importante rua de então, a Hermenegildo Capelo, era a antiga rua da Misericórdia, que nessa altura tinha o nome de Rua Miguel Bombarda; foi ele que cedeu o lugar a Jaime Afreixo. Miguel Bombarda, que não podia ser esquecido, roubou a rua, que já tinha sido rua do Anjo, a Francisco Ferrer e lá ficou o seu nome, onde ainda hoje continua. Jaime Afreixo foi quem assinou o decreto mas, para que isso fosse possível, houve gente que foi preparando o terreno e houve “cunhas” que deram uma ajudinha; os restauradores ficaram gratos a todos, deixando seus nomes em ruas. Assim, Joaquim Brandão, republicano moderado, deputado, presidente da Câmara de Setúbal, desde muito cedo (pelo menos desde 1914 ) se empenhou em que Palmela volta se a ser concelho. Luís Eugénio Brasão Pereira, natural de Palmela, cunhado de Pedro da Fonseca da Comissão Pró Concelho de Palmela; dava-se bem com o médico dr. Martins dos Reis, amigo íntimo do general Amílcar Mota elemento de grande influência junto do governo; foi ele que apresentou a delegação de Palmela ao ministro do Interior, vice-almirante Jaime Afreixo. Deste modo Joaquim Brandão ficou com a rua que tinha sido Rua de São Sebastião, L.E. Brasão ficou com a Travessa do Brasão e o General Amílcar Mota deu nome à que foi Rua dos Feitais, Rua Nova de São João, Rua 5 de Outubro e Av. da República. Vamos sentar-nos a descansar um pouco, beber um cafézinho e vermos num mapa outras ruas a que Álvaro Cardoso deu nome. É verdade! Mas são tantas e espalhadas pela vila que, com a idade que já temos, é melhor ficarmos aqui à conversa. O sr. Álvaro contou-me um dia como isso aconteceu. Foi assim: “Em 1960 houve as Comemorações Henriquinas ( no 5º centenário da morte do Infante D. Henrique, que faleceu no dia 13 de Novembro de 1460 ). Das comemorações fez parte, entre outras coisas, a construção do monumento dos Descobrimentos em Belém. Mas uma coisa deixou marcas em todo o país: houve uma orientação do governo para que as câmaras atribuíssem nomes de figuras importantes da História de Portugal a ruas e espaços públicos. Ele era presidente da câmara encarregou um membro do executivo mais vocacionado para dar cumprimento a isso, o que não aconteceu. Foi ele, Álvaro Cardoso, que selecionou nomes e os atribuiu. Largo D, Afonso Henriques Largo D. João I Rua Rainha Dona Leonor Rua e Escadinhas Afonso de Albuquerque Alameda Nuno Álvares Pereira Rua Luís de Camões Rua D. João de Castro Rua Infante D. Henrique Rua Vaco da Gama Rua Frei Jerónimo Brito de Melo”. Julgo que não ficou por aqui, mesmo no que diz respeito a povoações do concelho; mas não tenho informação. Por hoje é tudo. Prá semana juntamo-nos aqui de novo, para acabarmos a conversa sobre nomes das ruas em Palmela.

O Dia do Concelho de Palmela teve como destaque a entrega de medalhas, que começou com as distinções aos trabalhadores municipais. A presidente da Assembleia Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, destacou “o empenho dos trabalhadores que contribuem para que Palmela seja a terra grandiosa que é”.

Q

uase três horas de apresentação de mais de uma centena de medalhas, no cinema S. João, com os presentes a suarem as estopinhas, numa sala quente e abafada. Depois de um momento musical proporcionado por jovens artistas de Palmela, foram anunciadas as medalhas para distinguir trabalhadores municipais, com seis aposentados, 47 distinções de grau cobre, pelos 15 anos de serviço. Seguiram-se as de grau prata para oito trabalhadores com 25 anos e grau ouro para nove com 35 anos de serviço. A presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente, começou por “agradecer o contributo absolutamente inestimável dos trabalhadores”, em se distingue “o grande empenho que contribui para que Palmela seja a terra grandiosa que é”. Quatro trabalhadores foram distinguidos com a medalha grau ouro no cumprimento dos seus deveres, a nível de zelo, competência, decisão, espírito de iniciativa e dedicação, que contemplou Dina Isabel Costa Horta, Joana Isabel Ferreira Monteiro, Paulo Alexandre Guerreiro e Rita Maria Marques Crespo. Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

Na Cidadania e Solidariedade as Medalhas de Grau Ouro irão distinguir Alice Mercedes Salvador, Joaquim Martins Sousa (a título póstumo), Margarida Vieira e Miguel Simas. As medalhas grau ouro na área do Desporto-Carreira irá distinguir José Carlos Camolas (futebolista que faleceu recentemente) e Armando Costa e Silva. Na área do Associativismo e Cidadania, grau ouro, irão ser distinguidos Francisco Cardoso Reisinho e João Luís Oliveira e Silva. A Medalha Grau Ouro da Cultura – Palmela é Música foi atribuída a Carlos Teixeira de Oliveira, Carlos Cardoso, Isidoro de Matos, Jacinto Montezo, José Eduardo Ferreira, João Paulo Quintalo, João Pedro Silva e Maria Cândida Borges. A Medalha grau prata para a Economia e Comércio Local foi atribuída a Duarte Nuno Fortuna. Na Área do Desporto nas nove medalhas grau bronze, destaca-se a medalha atribuída à equipa de Futebol Sub 17 do Clube Desportivo do Pinhalnovense, que subiu ao Campeonato Nacional e aos atletas Davide Inácio, Iris Chaga, João da Cruz, José

Miguel Caramelo, Malvina Gomes, Marco Miguel, Rafael Chambel e Rodrigo Andrade. O presidente Álvaro Amaro terminou a iniciativa confessando “fico sempre muito honrado de poder partilhar convosco e agradeço aos trabalhadores que continuam a dedicar a sua vida à causa do serviço público” O autarca sublinha que

“esta data, Dia Municipal do Concelho, continua na busca daquilo que somos, num território apaixonante recheado de contrastes”. As Medalhas de Mérito Municipal, 11 de ouro e seis de prata, na área do Património serão entregues nas comemorações dos 30 anos do Encontro de Ordens Militares. | REDAÇÃO | FB


04-06-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PUBLICIDADE

7


8

8

TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela | 04-06-2019

As diferentes cores políticas não são entrave nas relações entre António Braz e Álvaro Amaro Numa entrevista concedida ao JCP, António Braz aborda vários pontos da sua experiência enquanto presidente dos Bombeiros de Águas de Moura. Desde as dificuldades que sentiu quando aceitou o cargo em 2011 à existência de uma delegação dos bombeiros de A.M. no Poceirão. Como é que chega aos bombeiros de Águas de Moura? É de facto um trajeto interessante. Fui convidado a integrar os órgãos sociais em 1994 pelo presidente Manuel Lázaro, também presidente da cooperativa do Poceirão. Na altura não tinha muita experiência, a pouca que tinha era pelo facto de ser sócio dos bombeiros de Palmela. Já em 1996 fui convidado por José Cardoso para assumir o cargo de tesoureiro de forma a criar uma ligação de proximidade com ele próprio pois até à data não nos conhecíamos. Foram 7 anos na tesouraria, depois disso passei por presidente do conselho fiscal, vice-presidente e finalmente presidente dos bombeiros de Águas de Moura, isto em finais de 2010. O encargo financeiro com o quartel foi um dos principais desafios de António Braz quando tomou posse como presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura

Quando aceitou o cargo de presidente, quais foram as primeiras dificuldades que sentiu? Uma das grandes dificuldades foi sem dúvida o encargo financeiro do próprio quartel assim como os quatro lotes que se

De presidente dos bombeiros até 2021 não desisto, agora as outras… Por outro lado, muitas das vezes trabalhamos muitas horas com uma equipa e custa sair dos vários projetos. Um dos seus filhos encontra-se aqui na corporação. Como é que olha para essa situação?

localizam mesmo aqui à frente. Foi necessário negociar com a câmara municipal isto porque na altura para urbanizar os lotes e ficar em nome dos proprietários eram necessários cerca de 150 mil euros e nós acabámos por comprar ao antigo proprietário por cerca de 156 mil euros. O que nos ajudava era a verba que recebíamos por parte da câmara que visava a construção do quartel. Em 2011 essa verba findou. No ano seguinte tivemos que negociar o rema-

nescente do quartel, no total ficámos com cerca de 450 mil euros de encargos. Finalmente este ano acabamos com o pagamento dos lotes, nunca houve qualquer tipo de problema, muito pelo contrário temos investido sempre, por exemplo, foram compradas cerca de 6 ou 7 veículos.

Já que tocou no ponto das viaturas, quartel, etc... Desde a sua entrada em 94 quais são as principais evoluções que aponta? Não há comparação possível. O antigo quartel, neste caso o centro comunitário, não tinha as condições necessárias. Por exemplo tínhamos apenas dois operadores de central e não devíamos ter mais que 10 operacionais e neste momento temos 34. Para combater isto investimos num novo quartel com cerca de 2 milhões de euros. A casa escola apesar de não fazer parte do investimento inicial ainda custou cerca de 200 mil euros, uma das melhores do país dito por muita gente. Até os sa-

padores de Lisboa vêm aqui fazer exercícios. Os bombeiros faziam serviços e o pagamento era uma sandes e um Sumol. É uma diferença abismal. O presidente dos Bombeiros de Águas de Moura concorda com a profissionalização dos homens e mulheres que compõem hoje em dias as corporações dos bombeiros do País

Esse tipo de voluntariado, puro e duro faz falta de hoje em dia? Não, claro que não. Isso é incompatível com a necessidade dos corpos de bombeiros. É melhor profissionalizar os corpos de bombeiros. O voluntariado é sim necessário, mas hoje em dia se estas casas não tiverem um núcleo profissional muitas fechavam.

Como é que é ser presidente, autarca e ao mesmo tempo pai de família? Tenho tido uma família que me tem apoiado nesse aspeto. Há alturas em que realmente penso em desistir de alguma delas.

Para mim foi uma surpresa. Parecia-me que ele não tinha qualquer tipo de interesse. Contudo, quando acabou o ensino secundário decidiu que queria fazer uma recruta, fez a formação toda, o tempo de estágio todo e acabou por sair. Foi trabalhar na AutoEuropa. Quando o ano passado criámos a Equipa de Intervenção Permanente ele decidiu candidatar-se. Apesar de ficar reticente, eu desliguei-me de todo o processo e após todas as provas e avaliações acabou por ficar em primeiro ou segundo. Ela gosta do que faz, assim como todos. Afinal de contas, eles podem ser o futuro desta casa. Mesmo que os vencimentos não paguem o trabalho que estes homens e mulheres fazem… Mas, ninguém aqui recebe ordenado mínimo e após pagar os lotes temos como objetivo avaliar melhor essa questão. “Os meus bombeiros são os melhores do mundo ou pelo menos tão bons quanto os melhores” diz com brio quando fala da corporação que faz parte da associação humanitária

Em termos de operacionalidade como é que se encontra a corporação de bombeiros de Águas de Moura? Bem, os meus bombeiros são os melhores do mundo ou pelo menos tão bons quanto os melhores. Daí apostarmos em formações constantes, muito poucos dos nossos profissionais não são TAES, eles próprios é que se disponibilizaram a pagar. A


TEMA DE CAPA

21-05-2019 | Jornal Concelho de Palmela

9

99

confiança nestes homens é muita. Tenho um comandante sabedor desta profissão o que é uma mais valia para todos os outros e daí estarmos todos tão descansados.

Qual é a relação da corporação com o empresariado presente à sua volta? É uma relação de muita cumplicidade. Por exemplo com a Parmalat temos protocolo assinado para lhes dar as formações que eles sentirem necessárias. Temos ainda protocolos com a Ermelinda Freitas, um dos grandes suportes da nossa instituição, assim como outras, Ria Ibérica, Mota-Engil, etc… Mais do que o valor monetário que nos é retribuído é muito importante para nós porque sentimos que do outro lado há alguém pronto a ajudar-nos em qualquer momento.

Em relação aos ordenados, por alto quanto é que esta casa tem de despesa mensal? Varia. De outubro a fevereiro/ março o pagamento de vencimentos é mais baixo. De abril a setembro são mais elevados. Isto porque entramos no DECIR e todas as verbas que vêm são entregues aos bombeiros. Temos ainda os serviços que prestamos que é pago aos nossos bombeiros, o mês passado por exemplo na casa das dezenas de milhares de euros. No seu ponto de vista há a necessidade de mais verbas provenientes do Estado para apoiar estes homens? Sim. Até porque só sabemos a diretiva operacional até ao momento. Ainda assim se a diretiva do DECIR se mantiver são cerca de 51 euros por dia o que dá 2 euros e pouco à hora… “Para um homem que se desloca para o teatro de operações é completamente absurdo. É um pagamento miserável.” Para além disso há também o desgaste do material, das viaturas, etc… Águas de Moura é uma das importantes plataformas logísticas e de apoio às equipas de bombeiros que se deslocam para serviços a sul do Tejo e Ribatejo

Fale-me um bocadinho sobre a plataforma logística aqui presente. Cada vez que há um incêndio de grande montra, as viaturas dos bombeiros que passam por aqui podem abastecer. Damos ainda um lanche às pessoas, uma ou duas sandes uma peça de fruta e um sumo de forma a que prossigam viagem. Temos é que ter sempre combustível disponível para isso

mesmo. Há quem reclame que as verbas da ANPC em relação a isto deveriam ser atempadas, eu discordo. Só sabe o dinheiro que se gasta a partir do momento que os carros abastecem. Temos possibilidades para isso, caso contrário não oferecíamos este serviço. Já as revisões das viaturas deveriam ser, a meu ver, responsabilidade da ANPC.

O Estado compra-vos carros como comprou ao GIPS? Não. Foi uma aposta que o governo fez para criar condições ao GIPS. Mas a grande maioria das ocorrências em Portugal são tratadas por bombeiros voluntários/mistos. Nós por exemplo temos uma viatura com cerca de 25 anos que precisa de ser substituída, fizemos a candidatura e a resposta que obtivemos do anterior secretário de estado foi que “o rácio de habitantes era mais baixo do que aquilo que está definido no programa.” Estamos nós a 15KM do parque natural da Arrábida, mas mesmo assim não foi suficiente, no fundo não havia dinheiro. “Os bombeiros emanam do Povo” para António Braz os bombeiros são profissionais que nasceram da vontade do povo

Como é que olha para o GIPS, é uma forma de acabar com os bombeiros? Não, até porque os bombeiros emanam do povo. Nem a própria Proteção Civil tinham o descaramento de tirar meios aos bombeiros. Ainda assim temos que perceber que as Associações de Bombeiros têm cariz privado… A existência do GIPSE não me choca. Mas vocês têm uma viatura

com cerca de 25 anos, fazem uma candidatura que não é aprovada e depois são sempre os primeiros a chegar às ocorrências… Sim, quem combate a sério e quem faz o rescaldo a grande maioria das vezes são sempre os bombeiros. O problema é o critério para a atribuição de viaturas.

Qual foi o momento mais marcante que já viveu neste quartel? Felizmente tenho a felicidade de trabalhar com homens e mulheres de grande caráter o que me transmite uma alegria diária. É claro que há momentos complicados como por exemplo aquelas pessoas que perderam a vida no Vale de Cão… Mas, estas pessoas são a maior alegria que podia ter, esses sim são os momentos que marcam. Para que serve o heliporto? Serve por exemplo para o helicóptero da ANPC, assim como o helicóptero da Heliportugal quando eles precisam para patrulhar as vinhas, claro que nunca cobramos qualquer tipo de valor monetário. Muitas das vezes ficamos mais satisfeitos com um agradecimento formal do que com uma verba, cai bem e enche a alma. O quartel de Águas de Moura encontra-se extremamente perto da N10, N5, A12 e A6, os 34 homens são suficientes? São e não são. É preciso alguma rotatividade de forma a que se consiga chegar a todo o lado. Autarquia de Palmela disponibiliza uma verba anual de 112 mil euros a cada corporação de bombeiros do Concelho de Palmela

Da Câmara Municipal qual é o

apoio monetário que recebem? Recebemos 112 mil euros por ano, eventualmente podemos receber algo mais. Por exemplo agora vamos receber cerca de 30 mil euros a mais o que não é uma norma, apenas quando o acham certo fazer. Temos sempre tido uma relação com o presidente Álvaro Amaro extremamente boa. A minha área política é muito diferente da dele, mas o que é certo é que o presidente tem feito muito pelos bombeiros do concelho.” Basta ver os quartéis dos bombeiros do Pinhal Novo e Palmela e os apoios que tem recebido da câmara que se encontra sempre disponível. Enquanto presidente dos Bombeiros de Água de Moura acha necessário a existência de uma delegação no Poceirão? Quando aqui entrámos em 2011 fomos questionados pelo antigo presidente José Silvério, que queria ter uma ambulância no Poceirão. Nunca dissemos que não deixaríamos, agora um destacamento é que não era possível sem a autorização da ANPC. Se na altura tivesse sido criado um espaço coberto para a ambulância não apanhar sol nem chuva

de forma a preservar equipamentos presentes dentro das viaturas… Contudo, nunca foi facultado esse mesmo espaço.

Qual é a sua perspetiva em relação aos próximos meses no que toca a incêndios florestais? Eu tenho sempre acreditar que as coisas não podem acontecer. O ano passado já houve muitos menos incêndios devido à desbravação de matas e limpeza de florestas. Contudo, ninguém está livre que não aconteça uma tragédia… seja como for, no meu ponto de vista nós aprendemos muito com o que aconteceu em Pedrogão Grande, por exemplo.

Quais são os seus desejos para os bombeiros portugueses e em particular para os desta corporação? Principalmente que tenham todos os meios para combater as diferentes ocorrências. Bombeiros não são só necessários para combater os incêndios porque isso é só 3 ou 4 meses, o resto do ano também existe e é extremamente importante. MIGUEL GARCIA | JR


10

10

MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela |04-06-2019

Espetáculo solidário com Moçambique chega ao Montijo

Montijo recebe nova loja da Leroy Merlin Localizada nas antigas instalações da Aki, este novo espaço conta com cerca de 80 colaboradores.

É hoje, por volta das 21h que o Cineteatro Joaquim d’Almeida receberá um espetáculo em que as verbas remetem para o povo moçambicano.

C O

om a recém abertura, o Montijo passa a ser a dar casa ao décimo sétimo estabelecimento da marca em Portugal. A aposta surge no âmbito da expansão da marca no distrito de Setúbal sendo que já tinha uma instalação em Almada. No total são cerca de 6.000 metros quadrados recheados com mi-

evento ocorre de forma a celebrar o 90º aniversário da Fundação do Núcleo do Montijo da Liga dos Combatentes que, na página oficial do Facebook escreve: “Combatente não podes faltar, vem ouvir, ver e sentir a nossa história, ser cantada e contada na perspetiva de quem a viveu”.

Marcarão presença no espetáculo a Associação Musical União e Trabalho de Sarilhos Grandes, a Universidade Sénior do Montijo, o Grupo de Teatro “Sem Limites”, o Grupo Musical “Tempos e Contratempos”, a Escola de Artes Sinfonias & Eventos Grupo Musical “Guitarras de Amigos”, o Grupo Coral do

Montijo, a Banda Democrática 2 de Janeiro, Fados e Guitarras e Bibe. Se não tem planos para esta sexta, tem aqui uma boa oportunidade de passar o serão. O custo dos bilhetes é de 6 euros para a plateia e 5 euros para o balcão. | REDAÇÃO | JR

Todas as terças-feiras numa banca perto de si SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA

lhares de produtos ligados à casa, seja de bricolage, decoração ou jardim. “Visite-nos e juntos damos vida aos seus projetos!” Não somos nós, mas sim a própria marca que o convida a visitar o espaço para que possa conhecer as novas instalações. | REDAÇÃO | JR

Montra mais florida, não há!

A grande vencedora do concurso “Montras em Flor” foi a Farmácia da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição.

O

estabelecimento localizado na Rua do Hospital foi o premiado no concurso que visava reconhecer a melhor montra a participar no concurso dinamizado pela Câmara Municipal do Montijo e pelo Forum Montijo, no âmbito da Festa da Flor 2019. O prémio é nada mais nada

menos que a promoção da farmácia num outdoor de 8mx3m pelo período de um mês. Na entrega encontrava-se o Presidente da Câmara Municipal do Montjio, Nuno Canta e a Diretora do Fórum Montijo, Teresa Sousa. | REDAÇÃO | JR


04-06-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PUBLICIDADE

11

11 11


12

SETÚBAL

Jornal Concelho de Palmela | 04-06-2019

Projetos ultrapassam os nove milhões de euros

Marca Arrábida une Setúbal. Palmela e Sesimbra O “Território Arrábida – Património Partilhado” é a marca que irá unir os concelhos de Setúbal, Palmela e Setúbal, onde serão desenvolvidos projetos, que englobam a mobilidade urbana, a inclusão social e o desenvolvimento do turismo sustentável.

A

Marca Arrábida foi apresentada na passada semana no Convento, onde os presidentes de Setúbal, Palmela e Sesimbra deram a conhecer as várias propostas que irão levar a cabo, estando já a decorrer quatro grandes operações no território, fruto desta parceria intermunicipal, que abrangem áreas como o património natural e cultural e o turismo Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, explicou “fazer sentido falar-se de um Território Arrábida enquanto ideia e espaço que une os três concelhos e provoca vontade de construir futuro para as populações”., A edil sadina defende “praticar uma governação conjunta num território que é comum, sem perda de orientação nas respetivas idiossincrasias, embora se queira valorizá-las, até porque algumas delas são partilhadas”. O investimento

global irá ultrapassar os 9 milhões e 200 mil euros, com cofinanciamento de 50 por cento do FEDER sobre o valor considerado elegível e do Fundo Social Europeu, que comparticipou com 765 mil euros. Para o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, “existe um mundo em permanente competição, Palmela, Sesimbra e Setúbal dão mais um forte exemplo da cultura de rede que distingue a região e assumem, por vontade própria, uma parceria que se consubstanciou, em 2017, na assinatura de uma declaração de compromisso”. O edil palmelense revelou que foram criados “quatro projetos estruturantes que definimos como prioritários têm avançado no terreno e começam, já, a dar frutos e a causar profundas alterações na forma como olhamos este território e perspetivamos um futuro que se nos coloca

recheado de desafios”. Exemplos de união entre os três municípios são a HUB 10 – Plataforma Humanizada de Conexão Territorial, que tem como eixo central a melhoria da mobilidade e das acessibilidades num troço da Estrada Nacional 10 que conecta os três municípios, a mobilidade suave, através do Ciclop 7 – Rede Ciclável da Península de Setúbal, a saúde, bem-estar e inclusão social, por intermédio do programa PRIA – Percursos em rede para a inclusão ativa. Francisco Jesus, presidente da Câmara de Sesimbra defendeu “ser preciso um novo olhar sobre a região, para que os municípios da Península de Setúbal possam ter da Administração Central o apoio e o investimento público tão necessário a esta pérola que une os três municípios”. | REDAÇÃO | FB

Autarcas mobilizados em torno da Arrábida

Dores Meira destaca a parceria criada entre os três municipios

Francisco Jesus quer apoios para preservar a pérola arrabidina

No final distribuiram-se produtos tradicionais


04-06-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PUBLICIDADE

13


14

ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela | 04-06-2019

Mais vale prevenir… Os dias quentes que temos vivido preocupa quem reside neste concelho, onde os proprietários dos terrenos, os mais indiferentes teimam em não proceder à sua limpeza. Em certos locais as preocupações dos moradores são enormes pois temem pela sua segurança e bens.

O canavial continua… Autênticos barris de pólvora

O

s moradores da Urbanização onde funciona o posto da GNR do Pinhal Novo continuam a aguardar pelo corte do enorme canavial que existe ao fundo da Rua Ferreira da Costa. Os moradores voltam a alertar, pois “o canavial continua e nem sabemos se a responsabilidade

é da câmara”, mas acreditam que “os autarcas devem tomar uma decisão para acabar com o canavial que continua a crescer”. Um dos moradores considera que “a autarquia tem que dar o exemplo, pois nós pagamos os nossos impostos para podermos ter qualidade de vida”.

C

A tinta despareceu da passadeira

M

uitas passadeiras deixaram de ser visíveis e desapareceram para garantir a segurança rodoviária. Da Palhota vem um novo alerta, pois a rua que dá acesso à Escola está completamente invisível e é uma autêntica

ratoeira para os muitos peões, entre eles crianças, que circulam nesta artéria. Uma das moradoras pergunta: “Será que não há por aí um bocadinho de tinta para repintar a passadeira?”

om leis ou sem elas os proprietários de terrenos continuam indiferentes à limpeza dos terrenos. Do Parque Industrial de Vale do Alecrim recebemos um alerta, que envolve vários lotes de terreno em situação de abandono, com as ervas secas a dominarem a paisagem. Um dos empresários, António Melo, mostra-se preocupado com a situação, lembrando “aqui no Parque existem empresas a funcionar, tendo em

seu redor terrenos cheios de ervas secas, que são autênticos ‘barris de pólvora’ perante as elevadas temperaturas que se fazem sentir” Este empresário destaca “a maior parte dos lotes pertence aos herdeiros de Xavier de Lima, que nada fazem para resolver a situação”. Também no Bairro Joaquim Maria as ervas crescem junto às habitações, sem que o proprietário tome medidas. João Pinto mostra-se inconformado porque “os meus pais moram

numa casa com as traseiras para um terreno, que não é limpo há mais de dois anos” e acrescenta “sei que têm havido queixas na câmara, que parece impotente para resolver a situação”. Este morador confessa “vivo com o coração apertado perante uma situação, que ninguém consegue resolver” e pergunta “será que câmara não pode tomar posse do terreno já que o proprietário não cumpre com a lei da limpeza?”

nas tolas, só terão que se queixar da sua inconsciência, mas há que fechar as janelas da

PAL, para evitar uma situação grave”.

Edifício desativado é atração para os vândalos

O

projeto que está previsto para o antigo edifício onde funcionou a antiga Rádio PAL já foi anunciado, mas até lá os vândalos continuam a partir as janelas para fumarem uma passa. Paulo Castelo alerta para a necessidade da câmara “tapar as janelas para evitar uma desgraça”. Este morador de Palmela elogia a intervenção que “foi feita pela câmara ao vedar as instalações da capela de S. João, com ‘os meninos traquinas’ a afastarem as vedações para rabiscarem nas paredes”. No entanto “se lhes cair um pedaço do telhado ou das paredes

Por hoje ficamos por aqui… continuem a enviar os vossos alertas, que nunca nos consaremos de publicar.


HORA DO FECHO

04-06-2019 | Jornal Concelho de Palmela

Palmelense fica sem equipa feminina

Jaime Margarido e Tomás Tengarrinha deixam cargos de treinadores O Palmelense tem novos dirigentes e ficou sem equipa feminina e sem equipa técnica que estão de “armas e bagagens” a caminho do Amora. Também o treinador Jaime Margarido e equipa técnica deixaram a equipa de Seniores. O presidente Carlos Valente explicou as mudanças.

D

epois de duas épocas ao serviço do Palmelense como treinador dos Seniores, Jaime Margarido anunciou a sua saída. O treinador destaca “conseguimos que o Palmelense começasse a fazer jogos com bom futebol” e “fomos apoiados pelo presidente João Paulo, que definiu as infraestruturas como prioridade, a que se seguia a luta pela subida, nas próximas duas épocas”. Os dirigentes que foram eleitos, lembra Jaime Margarido, “têm outros projetos, mas tenho pena porque acredito que o Palmelense perdeu a oportunidade de subir ao Campeonato de Portugal”. Jaime Margarido irá assumir um novo projeto e confessa “gostava de contar com a equipa técnica que trabalhou comigo no Palmelense” e manifesta um agradecimento “às pessoas de Palmela que sempre me apoiaram e onde ganhei muitos amigos” e acrescenta “o facto de ter vindo do Pinhalnovense podia ser um entrave, mas sempre fui muito bem tratado”. O ex-treinador do Palmelense deixa um recado “numa terra tão pequena, se os palmelenses estivessem unidos teriam um grande clube, mas assim é muito difícil”. Jaime Margarido tem uma vasta experiência como treinador, tendo passado pelo Amora onde esteve durante 9 anos, pelo Pinhalnovense onde treinou as equipas de Juvenis e Juniores, onde foi duas vezes campeão e duas épocas no Palmelense onde garantiu a manutenção bem cedo. Tinha também as funções de coordenador técnico do projeto de creditação do clube, funções que deixou também. No entanto continua a alimentar o sonho de treinar os seniores do Pinhalnovense.

15

Incêndio de grandes dimensões sobressalta populares no Terrim O incêndio que começou pouco depois das 17h00 do passado domingo fez com que moradores do Terrim, freguesia de Pinhal Novo, ficassem preocupados com a situação que se descontrolou devido ao vento que se fazia sentir.

Incêndio em Pinhal Novo mobiliza vários meios de socorro

A equipa feminina ficou descapitalizada Carlos Valente assumiu as funções de presidente do Palmelense, depois das eleições de há oito dias. O presidente do Palmelense começa por prometer “vamos reunir em breve com os jornalistas do concelho e do distrito para dar a conhecer a nova estratégia que pretendemos para o clube”. Em relação à saída da equipa técnica e das jogadoras treinadas por Tomás Tengarrinha explicou “esta direção tem uma aposta real no futebol feminino” e “iriamos honrar o acordo com o treinador e decidir o plafond para a equipa técnica”. Carlos Valente destaca “o treinador da equipa

feminina disse que iria pensar na proposta, mas depois confessou que tinha um problema emocional e decidiu não ficar”. Na próxima semana, adiantou o presidente palmelense, “vamos anunciar a equipa técnica para o futebol feminino” e acrescenta “estava agendado um jogo com uma equipa americana, hoje, que iremos fazer, sem as jogadoras do Palmelense, cuja equipa ficou toda descapitalizada”. Em relação à saída de Jaime Margarido, que passa por uma nova estratégia para os Seniores, o presidente Carlos Valente destaca as funções do treinador que “honrou o clube e fez um bom trabalho”. REDAÇÃO | FB

N

inguém previa que o incêndio que deflagrou no passado domingo (2) tomasse as dimensões que tomou, uma residente no local disse ao JCP que quase todos os anos o local, zona de mato, arde mas que nunca tomou as dimensões que este teve. O alerta foi dado pelas 17h09 e o primeiro despacho para o local sairia poucos minutos despois do alerta, dando conta de um incêndio num terreno nas traseiras da Rua do Sobral, mas rapidamente passou para o lado oposto da rua em direção a norte, queimando grande zona de mato e sobreiros. Para o local foram mobilizados 113 operacionais apoiados por 36 viaturas e 2 meios aéreos ligeiros de combate a incêndios que rapidamente foram desmobilizados após

uma primeira descarga. A grande preocupação dos Bombeiros foram as casas e o posto de abastecimento de combustível da Repsol, que está localizado na Estrada Municipal 1029, via que liga Pinhal Novo ao cruzamento da Lagoínha, Palmela, via que esteve cortada ao trânsito. Segundo alguns relatos na rede social Facebook o fumo era visível a vários quilómetros. As causas do incêndio ainda não são conhecidas, estando a ser apurados os factos pelas autoridades que estiveram no local a analisar os indícios, para o que também contribuíram as temperaturas elevadas que se sentiram no domingo. | JÚLIO DUARTE

Ficha técnica Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Fátima Brinca | Isabel de Almeida | João Aguiar Cadete | Júlio Duarte | Miguel Garcia Cronistas: António Correia | Fátima Brinca | Tiago Machado Direção de arte & design: Ricardo Silva | MD Consulting Serviços Administrativos: Paulo Martins | Gustavo Perez Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Palmela Contactos: 212 362 317 | 918 853 667 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@ jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: Coraze Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


16

16

PUBLICIDADE

Jornal Concelho de Palmela |04-06-2019


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.