Jornal Concelho de Palmela | Edição 52

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DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO II | EDIÇÃO Nº52 | PREÇO 0,01€ | SEMANARIO | TERÇA-FEIRA | 2.07. 2019 | TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

HOMICIDAS DE PROFESSORA DO MONTIJO COMEÇAM A SER OUVIDOS NA QUINTA-FEIRA

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MONTIJO MONTIJO ALCANÇOU 300 MIL VISITANTES NAS TRADICIONAIS PÁG.10 FESTAS DE SÃO PEDRO

DE MILITAR A BOMBEIRO FOI UM PULO COMANDANTE DOS BOMBEIROS DE PINHAL NOVO RECORDOU MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS E FALOU DAS ATUAIS DIFICULDADES EM QUE ESTÃO OS BOMBEIROS DE PORTUGAL

SETÚBAL MARCHAS AGITARAM EM SETÚBAL E DERAM A VITÓRIA À PERPÉTUA AZEITONENSE PÁG.12

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DESTAQUE 3

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Cronica

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PRIMEIRA LINHA

Jornal Concelho de Palmela | 02-07-2019

Oposição sem direito a intervenção na Quinta do Anjo

Membros da Assembleia de Freguesia queixam-se de não terem tido a palavra MANUEL HENRIQUE FIGUEIRA CRONISTA

Desafios da nova mobilidade

No centro do “furação” está a presidente da Assembleia de Freguesia de Quinta do Anjo. Julieta Rodrigues é <<acusada>> pela oposição de não ter dado a palavra aos eleitos daquele órgão na última sessão descentralizada. Foto: Diário Imagem

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criação dos novos passes intermodais pôs desafios de difícil solução, devido à escassa oferta de meios de transporte e ao aumento da procura que foi induzida: não falta quem peça investimento ao Governo e aos operadores privados. Os maiores problemas estão nas centenas de milhares de viagens diárias entre a casa e o trabalho nas áreas metropolitanas, mas também nas médias e longas viagens intercidades. E a ferrovia é o meio mais eficaz, adequado e ecológico, em especial no actual tempo de emergência ambiental. Por isso, a UE subsidia redes nacionais e a interligação destas entre os países que a compõem. Mas a sua construção implica planeamento a médio e longo prazo, demora muito tempo, exige avultado investimento e tem efeito retardado. Porque isto não é como a cerveja, em que basta agitar a garrafa e tirar a carica para sair logo bastante espuma, aqui, por mais investimento que se faça, os efeitos no aumento da oferta são lentos. Assim, para se evitar o previsível caos se a procura continuar a aumentar, além de se investir estruturalmente na ferrovia (e também em autocarros urbanos e suburbanos ecológicos), há que tomar medidas de emergência: retirar alguns bancos nas carruagens (em viagens até uma hora nas áreas metropolitanas é aceitável); reparar os comboios avariados; contratar pessoal nos casos críticos (Soflusa e outros); resolver pequenos estrangulamentos que se eternizaram. Governo, autarquias, empresas públicas e privadas, cidadãos, todos devem perceber a gravidade das carências referidas e a actual emergência ambiental, fazendo o que lhes compete: para não se pôr em causa o recente e duplo benefício dos novos passes (preço e intermodalidade). Pequenos estrangulamentos que se eternizaram há um pouco por todo o lado. No concelho, apenas dois exemplos: 1- concluir a Estação de Pinhal Novo, parada há quinze anos pela recusa autárquica das soluções para a Torre que está no meio das linhas. Esta obra e a articulação dos comboios da Fertagus e CP aumentavam a oferta em 66% entre Setúbal/Pinhal Novo e Lisboa; 2 - concluir 250 metros de rua em Aires - à espera há vinte anos - que impede a circulação total de autocarros por dentro de uma localidade com quatro mil habitantes e o fácil acesso à Estação e aos autocarros para Lisboa, Palmela, Pinhal Novo, Montijo e Alcochete. A escassez da oferta ferroviária lembra-nos as opções estratégicas erradas tomadas após a adesão à então CEE, com a aposta no automóvel particular e nas autoestradas e o continuado abandono do que restou da rede ferroviária.

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Julieta Rodrigues está no centro da polémica

polémica está instalada em Quinta do Anjo, Palmela, depois da última Assembleia de Freguesia descentralizada ter ficado marcada com a negação da palavra por parte de Julieta Rodrigues, presidente da AF, aos membros eleitos pela oposição naquela freguesia. No passado dia 18 de junho, a Assembleia de Freguesia de Quinta do Anjo rumou até à Associação de Moradores e Amigos da Quinta da Marquesa II, o ato seria normal se não fosse o <<insólito>> acontecer quando no fim do ponto 2 da ordem de trabalhos – Período Antes da

Ordem do Dia – a presidente da AF não ter dado a palavra aos eleitos daquela Assembleia. O JCP sabe que o eleito do MIM, Mário Dolores, já solicitou a gravação da ata que foi realizada na Assembleia e que até ao momento não obteve qualquer resposta por parte do órgão máximo da Junta de Freguesia. Recentemente o PSD Palmela colocou uma nota na sua página de Facebook onde relata o sucedido e que <<apelida>> a situação como “O estranho caso da Assembleia de Freguesia de Quinta do Anjo”. O nosso jornal solicitou mais esclarecimentos à presidente

da AF de Quinta do Anjo que recusa quaisquer responsabilidades sobre o sucedido e não concorda que o caso tenha sido um incidente. Julieta Rodrigues começa por dizer: “que é minha convicção que o exercício da Democracia se faz pelo debate de ideias e posições; debate de ideias e posições que será mais rico e importante para a população se existir contraditório, isto é , se existirem diferentes pontos de vista e diferentes políticas/ formas para a resolução de problemas ou para novos projetos.” Não aceita também as acusações que lhe são dirigidas, pois salienta que “não tem cabimento qualquer acusação que me possam fazer no sentido de eu, enquanto Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia não dar a palavra ou retirá-la a quem se queira expressar em sessão da AF”. A presidente da AF refere ainda que esse expressar é feito de <<acordo com o Regimento>> desde que seja dentro do respeito democrático e com educação e respeito pelos presentes.

“Após esta informação foi passada a palavra para os eleitos” Contactados alguns eleitos o JCP foi informado de que do ponto 2 a presidente da AF não deu a palavra aos eleitos das várias bancadas, (não se percebe) Julieta Rodrigues esclarece que “Não passei de imediato a palavra aos eleitos porque, como é minha obrigação, tive de dar conhecimento à Assembleia da receção de correspondência muito importante.”, correspondência essa que foi o relatório final da Ação de Controlo à Freguesia de Quinta do Anjo do mandato anterior realizado pela Inspeção-Geral de Finanças, mas reeintera que <<após a informação foi passada a palavra aos eleitos>> que não fizeram a habitual inscrição para falar, sendo que passou de imediato para admissão e debate da saudação ao Dia Mundial do Ambiente. Julieta Rodrigues esclarece ainda que todos os eleitos poderiam fazer uma interpelação à Mesa da AF caso “quisessem tomar a palavra” o que não aconteceu. | Miguel Garcia

Palmela Cidade Criativa da Música

José Carlos de Sousa pede explicações Na última reunião da Assembleia Municipal o vereador socialista José Carlos de Sousa pediu explicações sobre a assessoria de Celina da Piedade na candidatura de Palmela a Cidade Criativa da Música.

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o ponto antes da ordem do dia dedicada às intervenções dos deputados municipais, o vereador socialista José Carlos de Sousa usou da palavra para pedir esclarecimentos sobre “a assessoria do evento (Palmela Cidade Criativa da Música) e a ligação à artista Celina da Piedade, para que serve” sem “estar em causa o facto de cantar com Álvaro Amaro, mas sim para percebermos quais as relações com as coletividades”. O socialista reconheceu que “a verba ainda é significativa por recebe 1.400 euros por mês”, durante 10 meses, perfazendo 14 mil euros. O deputado criticou a forma de atribuir as medalhas do concelho, que se “torna num suplício com muita informação”. Em relação a esta critica o presidente Álvaro Amaro considerou “fizemos também essa avaliação e no futuro temos condições para fazer diferente”. Em relação à escolha de Celina da Piedade

para a assessoria técnica, o autarca explicou que Celina da Piedade “é mestre nestas artes de investigação e indispensável para fazer a refusão com um trabalho fundamental para “coser” as redes de investigação”. O presidente da Câmara de Palmela anunciou que “é uma candidatura de todos e já foi entregue, antes do prazo, a segunda etapa na Unesco Internacional, depois ter sido aceite há uma semana a primeira etapa”. Álvaro Amaro lamentou “não há coincidências com especulações de alguma comunicação social”, mas “devo dizer que a minha atividade musical é compatível com as minhas funções” e acrescentou “está perfeitamente legítima, legal e transparente e nem tive intervenção na escolha de Celina da Piedade” e não deixou de destacar “a forma como (José Carlos de Sousa) fez algumas deselegâncias foram no mínimo insultuosas”. Antes do início da ordem de traba-

lhos foram aprovadas moções na defesa dos transportes públicos apresentada pelo BE, que contou com a abstenção dos deputados do CDS e PSD, que também se absteve na moção de classificar as freguesias de Poceirão e Marateca como rurais apresentada pela CDU. Da bancada do PS veio uma moção de solidariedade por Miguel Duarte e demais portugueses que “diariamente colocam a sua vida e liberdade em risco para salvarem outras vidas”. A moção foi aprovada por

unanimidade. A última moção veio do BE considerando que a saúde é um direito, não um negócio, que exige a revogação do decreto-lei 185, que possibilita a existência de parcerias públicas/ privadas no Serviço Nacional de Saúde, e seja exclusivamente pública na nova redação da Lei de Bases da Saúde. que foi aprovada pela CDU e BE, e contou com os votos contra do PS e PSD/CDS e a abstenção do MIM. | FÁTIMA BRINCA

PS quis esclarecimentos sobre a consultoria de Celina da Piedade


PRIMEIRA LINHA

02-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Editorial

Criação de 100 postos de trabalho

KWD Portugal investe 13 milhões de euros A empresa KWD Portugal duplicou a produção na unidade de Palmela, com a fabricação de sub-conjuntos para 500.000 viaturas para a Volkswagen Autoeuropa, Volkswagen Osnabrück, Seat Autoeuropa, Ford Valencia e Mercedes Vitoria.

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KWD Portugal duplicou a produção na unidade de Palmela, depois de ter investido 13 milhões de euros ao longo dos últimos 18 meses, na compra de 58 robots para soldadura e manuseamento de peças e ter contratado 100 colaboradores. A empresa revelou que “os 100 postos de trabalho criados distribuem-se pelas áreas operativas: Área de Produção – alimentação da linha de produção, Área de Manutenção – programação e manutenção dos robots, Área de Qualidade – medição e validação de pa-

DIRETORA DE INFORMAÇÃO

O ATÉ JÁ!

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râmetros das peças de acordo com requisitos dos clientes” Os dirigentes da KWD Palmela, Roberto Lanaspa e Humberto Dores, definem que o objetivo “é sermos a divisão mais bem-sucedida do grupo Schnellecke e passar de uma faturação de 400 milhões em 2017 para 800 milhões de euros até 2025” e “Palmela está em sintonia com as outras seis fábricas de Espanha, Polónia, República Checa, China e as duas da Alemanha”. | Fátima Brinca

Empresa cria 100 Postos de trabalho

Mais de nove mil euros para 15 jovens

Câmara de Palmela entrega bolsas de estudo Depois da aprovação do regulamento em tempo recorde, a autarquia entregou 15 bolsas de estudo a jovens, num montante de nove mil e cem euros. Álvaro Amaro realçou a importância da iniciativa, que revela que “a Educação continua a ser uma prioridade do Município”.

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atribuição de bolsas de estudo a jovens com menores recursos económicos foi uma das novas medidas na área da Educação, que continua a ser uma prioridade do município. A iniciativa aposta em ajudar a incentivar a continuidade dos estudos a jovens de agregados familiares de menores recursos. O presidente da câmara de Palmela, Álvaro Amaro, sublinhou a importância desta “medida de discriminação positiva, que vai além dos benefícios sociais que a lei confere”, recordando os apoios que o município já atribui ao 1.º ciclo e a intenção de alargar o número de bolsas a atribuir. O ano letivo 2018/2019 contemplou a entrega de 15 bolsas de estudo, que resultaram da avaliação de 31 candidaturas, sendo 17 para o ensino secundário e 14 para o ensino superior. Esta primeira atribuição contemplou 10 bolsas a estudantes do ensino secundário, no montante de 500 euros cada, 10 a estudantes de

DONATILIA BRAÇO FORTE

Câmara de Palmela Atribuiu bolsas de estudo a alunos do concelho cursos de especialização tecnológica, no montante de 750 euros cada e 10 a estudantes do ensino superior, no montante de 1000 euros cada, re-

sultando num investimento na formação académica de 9.100 euros. O prazo de entrega das candidaturas decorre, anualmente,

entre 15 de Setembro e 30 de Outubro. | Fátima Brinca

stamos a 52 edições depois de um ano cheio de coisas maravilhosas que tivemos, a 19 de junho de 2019 nascia para mim e para a equipa que liderei ao longo destes 12 meses um projeto que no início seria, para alguns, mais um para começar e terminar em pouco tempo, mas com a ajuda de todos, cá estamos firmes para a luta com que a Comunicação Social local se defronta com obstáculos do dia-a-dia. É nesta edição que também me despeço de todos vós, pois outros projetos esperam por mim no grupo da PRESSWORLD e que aceitei de braços abertos, saio do JCP com o dever cumprido, mas não sairei na sua totalidade, ficarei a fazer parte da equipa mas desta feita nos “bastidores” do jornalismo. Passo o testemunho a partir desta edição para o meu camarada Miguel Garcia, um jornalista jovem mas sénior nestas andanças, um jornalista que aprendeu o que era o jornalismo pelas mãos do saudoso Pedro Laranjeira, que em tempos acreditou na garra do nosso camarada e que colocou o bichinho do jornalismo nele, certamente irá desempenhar bem o papel de diretor deste e de outros meios de comunicação do grupo. Quanto à equipa que trabalhou comigo teria muitas palavras para lhes dizer, como por exemplo: Muito Obrigado a todos aqueles que trabalharam comigo neste projeto que é um sucesso no concelho de Palmela, Montijo e Setúbal, continuem a colaborar mais e fortemente para que o JCP possa dentro em breve ser um jornal de referência nos concelhos onde está inserido. Aos nossos leitores isto não é uma despedida, mas sim um até já, pois estarei por aqui e se precisarem de algo é só dizerem. Um abraço e beijinho a todos!


Cronica

DESTAQUE

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Jornal Concelho de Palmela | 18-06-2019

No aniversário da Marateca Cecília de Sousa deixa a promessa:

“Continuamos a lutar pela desagregação das freguesias” AS CRÓNICAS DA NICHA CRONISTA

O carro não sabia nadar!

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o outro dia ao ler alguns jornais de época de setenta acabei por me lembrar de uma notícia curiosa, que teve como protagonistas dois antigos colegas da Movauto. Eles tinham um caso, que procuravam esconder a todo o custo, pois ela era viúva, mas ele continuava casado com uma funcionária, que trabalhava na mesma empresa. Os encontros de amor eram marcados no maior sigilo, para evitar que a informação pudesse chegar à mulher traída. Um dia à hora do almoço foram fazer a sua escapadela, no antigo pontão do porto de Setúbal. Mas a coisa não correu muito bem, porque absorvidos pela troca de carícias, não repararam e destravaram o carro, que embalado pela descida mergulhou no rio Sado. Os dois conseguiram chegar à margem e o amante expedito telefonou para a fábrica para um colega o vir buscar. A protagonista de tão fogoso amor fez o mesmo e telefonou para uma colega para a vir buscar. No entanto atarantados pela aflição que tinham vivido esqueceram-se de combinar uma versão do que lhes acontecera. Ela contou à colega, que ia a passear pela muralha e como era coxa tinha escorregado. Ele talvez para justificar a falta do carro disse que estava a “passar pelas brasas” e, involuntariamente tinha carregado no travão de mão, sem se aperceber e como o carro não sabia nadar caiu ao rio. A história acabou por se saber e começaram a circular uns papéis na fábrica, que diziam o seguinte “tenha cuidado se adormecer no seu carro, se estiver junto da muralha…pois pode apanhar uma coxa e cair ao rio!” Toda a gente percebeu a piada, apenas a mulher do garanhão ficou a leste do que se passava e até gracejou “esta malta é terrível, pois já parti a perna há tanto tempo e nem sequer estava dentro do carro com o meu marido”. Tal como diz o povo “olhos que não vêem, coração que não sente!”

A presidente da União de Freguesias promete continuar a “lutar pela desagregação da Marateca e do Poceirão” e “devolver o estatuto de freguesias rurais”.

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freguesia de Marateca, que foi agregada ao Poceirão pelo governo de Passos Coelho, continua a lutar pela separação dos dois territórios para beneficiar as populações. Cecília de Sousa, presidente da União de Freguesias, deixou o aviso ao Governo Central “continuamos a lutar pela desagregação da Marateca e Poceirão”. A autarca não se conforma porque “temos um território de 282 quilómetros quadrados e o Poder Central apoia com apenas 200 mil euros por ano”. Cecília de Sousa quer também “devolver o estatuto de freguesias rurais a Poceirão e Marateca”, para além de considerar importante que “se acelere a mudança para podermos ir mais além no que são as nossas competências”. O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, lembrou que a Marateca “é uma das freguesias mais antigas e cujo aniversário vale a pena comemorar” E destacou as potencialidades de uma freguesia que “é rica na agricultura, na lavoura, na pecuária e nos melhores vinhos do mundo”, mas não deixa de reconhecer “é difícil ancorar aqui, mas é tempo de começarmos a conhecer os grandes potenciais da agricultura, do turismo da natu-

reza, da árvore europeia do ano, o nosso sobreiro assobiador”. Para o presidente da autarquia palmelense “terá que haver uma visão estratégica para o território, que está a receber projetos inovadores de alojamento local e no enoturismo” e destacou as candidaturas desenvolvidas pelo município que “envolvem 2.750 milhões de euros” e citou os exemplos do “Centro Comunitário de Águas de Moura para atividades culturais e sociais, no valor de 500 mil euros, no prolongamento da rede de saneamento em Cajados, que atinge também 500 mil euros, a requalificação da escola de Águas de Moura e a construção do Pavilhão de Fernando Pó, que já estão prontos, e vamos avançar com a reabilitação dos espaços exteriores junto ao apeadeiro de Fernando Pó”. A Marateca, destacou, “é uma freguesia orgulhosa das suas origens e dos seus destinos, numa comunidade de vizinhança, que começa a estar na moda, mas falta-nos a devolução do estatuto de freguesia desfavorecida e rural” e concluiu “é uma freguesia de gente com o coração grande”. | FÁTIMA BRINCA Foto de Júlio Duarte

Aniversário com mais uma novidade O aniversário do ano passado teve como destaque a apresentação do pastel da Marateca e este ano a novidade foi trazida pela empresária

Ana Jones Batel, que em parceria com a designer Paula, que venceu o Prémio de Sustentabilidade em Hong Kong, trouxe as bolsas da Marateca confecionadas em junco, cortiça do sobreiro assobiador e burel.

A presidente da União de Freguesias de Poceirão e Marateca recebeu uma prenda especial da Câmara de Palmela

Seguradoras ainda não pagaram indemnizações

Vamos lá Palmela... Com a Doçaria é que é!!!

Luís Rosindo homenageado a título póstumo

Palmela participa nas 7 Maravilhas doces de Portugal com duas iguarias

O jovem de Palmela e os restantes colegas de tripulação do helicóptero do INEM foram homenageados a título póstumo no passado fim de semana.

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oi na base de Macedo de Cavaleiros que a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, esteve no passado sábado para homenagear toda a tripulação que voava no heli do INEM e que se despenhou no passado dia 15 de dezembro de 2018. Luís Rosindo, natural de Palmela, era o copiloto do helicóptero que nesse dia regressava à base do INEM e que se despenhou em Valongo. Passados 6 meses os familiares dos quatro tripulantes falecidos ainda não receberam as indemnizações a que têm direito, uma situação que atualmente está a incomodar o Governo de António Costa e o Ministério da Saúde. A secretária de Estado foi questionada na cerimónia, referindo que “´é uma situação que questiono várias vezes. Sei que da parte do INEM

está tudo tratado e organizado, sei que das seguradoras estão ainda a tratar de tudo com os familiares”, para a governante é importante perceber em que estado estão todos os processos e admite que se o Governo tiver que intervir junto das seguradoras, ele intervém. “Ainda hoje perguntei o que poderia ser feito para ajudar nessa questão, mas obviamente são questões entre as seguradoras e as famílias, mas...”. A cerimónia contou com um minuto de silêncio em homenagem ao piloto João Lima, copilo Luís Rosindo, ao médico Luís Veiga e à enfermeira Daniela Silva. Foi ainda descerrada uma placa no heliporto de Macedo de Cavaleiros, onde consta a fotografia dos quatro tripulantes que naquele final de dia perderam as vidas. | JÚLIO DUARTE

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epois das 7 Maravilhas à Mesa, Palmela não desiste de se afirmar no roteiro gastronómico nacional e volta a entrar em concurso promovido pelo canal nacional ‘RTP’ das 7 Maravilha doces de Portugal. O grito de <<guerra>> é ‘Palmela és Linda’, mas também poderíamos adotar o ‘Vamos lá Palmela... Com a Doçaria é que é!!!’ e poderá ser com os dois doces regionais de Palmela a concurso. Na “corrida” estão o Arroz Doce com leite de ovelha e o Bombom de Moscatel, cada um com um padrinho diferente mas carismático: o Arroz doce conta como seu fiel defensor, o apresentador Amilcar Ma-

lhó e o Bombom com o cantor Toy. Palmela já foi selecionada para estar presente na segunda fase do concurso, que conta com mais sete candidatos por distrito, um total de 140 doces. O próximo programa já tem data marcada para o dia 17 de julho e até lá, a votação está aberta à participação de todos os que queiram votar. A grande final já está marcada para o dia 7 de setembro. As duas iguarias de Palmela podem ser votadas pelos telefones: Arroz Doce com Leite de Ovelha – 760 107 078 Bombom de Moscatel – 760 107 079

Um dos doces que estão em jogo


02-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Cronica

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SOCIEDADE

Jornal Concelho de Palmela | 02-07-2019

Cenourinhas participam na abertura das Festas da Marateca

As Marchas foram a imagem de marca COLIN MARQUES DEPUTADO MUNICIPAL DE PALMELA

Combatentes do Ultramar merecem um Memorial em Palmela Na última Assembleia Municipal, realizada a 27 de junho, a Coligação Palmela Mais, por iniciativa o PSD, propôs ao Executivo camarário homenagear de forma pública e dignificante o esforço de guerra dos militares do Concelho que participaram na Guerra do Ultramar, que decorreu entre 1961 e 1975, com a construção de um Memorial num espaço público com visibilidade. A proposta foi chumbada pela CDU e com as abstenções do PS, do Bloco e do MIM. Em suma, a iniciativa para a construção de um Memorial num local visível do Concelho para fazer justiça e reconhecer o esforço dos combatentes do Concelho caiu por terra, tendo apenas sido votada favoravelmente pelo PSD e CDS. Fica portanto registado para memória futura que os antigos combatentes da Guerra do Ultramar não têm um monumento com as características de um Memorial, isto é, algo que chama a atenção e é para sempre memorável, no concelho porque a CDU, o PS, o Bloco e o MIM não o deixaram. A propósito do feito, um membro eleito da CDU na Assembleia Municipal colocou a apreensiva questão: “um memorial seria para homenagear que combatentes?” À qual acrescentou uma inquietação: “mas lutaram combatentes de ambos os lados!” E ficamos esclarecidos quanto ao sentido de voto do Partido Comunista Português… É nosso entendimento que, volvidos cerca de 44 anos do término do conflito, nas suas várias frentes de batalha, importa agora e antes que seja demasiado tarde, ou seja, enquanto ainda temos um número significativo de antigos combatentes com vida e saúde, ultrapassar preconceitos ideológicos e unir esforços focados naquilo que é verdadeiramente importante: homenagear os militares do Concelho que combateram na Guerra do Ultramar, respondendo a um esforço extraordinário que naqueles longos anos Portugal lhes pediu. Que fique claro, embora não tenhamos ilusões que alguns não compreenderão ora por preconceito ideológico ora por disciplina partidária, que este Memorial não pretende ser uma homenagem à Guerra do Ultramar nem às motivações políticas e ideológicas daquela, mas repor justiça aos militares de Palmela que participaram no conflito, na sua esmagadora maioria sem qualquer ligação de simpatia com o regime salazarista e marcelista. Palmela deve-lhes isto. Contudo, compreendemos que muitos dos que conseguiram escapar à participação na Guerra, sobretudo indo viver ilegalmente para outros países ou ficando por cá na clandestinidade revolucionária, se possam sentir incomodados com esta homenagem. Não obstante, é justo que não desistamos de homenagear que não desistiu de combater. E concordamos com Gabriel García Márquez quando sentenciou que “a memória elimina as coisas más e amplia as coisas boas, e que graças a esse artifício conseguimos suportar o peso do passado.”

O calor com um ventinho a soprar afastou os mosquitos e trouxe milhares de pessoas até à aldeia de Águas de Moura. A noite de inauguração contou com a participação de mais de 60 crianças, que deram uma verdadeira lição na arte de bem desfilar.

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s marchas da Marateca estavam lindas e contribuíram para o sucesso das Festas da Marateca que honraram o santo padroeiro S. Pedro. Em troca o santo padroeiro ofereceu dias e noites de temperatura amena, que atraiam milhares de pessoas à Aldeia de Águas de Moura. José Baeta, presidente da Associação das Festas, fez questão de destacar “o bom tempo e a enor-

me colaboração dos trabalhadores da Junta de Freguesia e da Câmara que são uma das partes importantes dos nossos festejos”. Também a presidente da União de Freguesias, Cecília de Sousa, anunciou algumas novidades, como a iniciação ao mergulho, onde “contámos com a colaboração da Palmela Desporto e dos Bombeiros de Águas de Moura” e a realização dos Mercadinhos D’a Moura, que “envolvem o comércio

local no cartaz das nossas festas”. A envolvência da população e da comunidade foram destacada pelo presidente Álvaro Amaro, que “se empenham durante três dias para terem orgulho nas suas festas”. O autarca realçou igualmente o regresso da marcha adulta, após um ano de ausência e que “é a verdadeira cabeça de cartaz das Festas de S. Pedro”. As tasquinhas, lojas de artesanato,

stands sociais e a Mercearia Caramela ajudaram a contribuir para o sucesso das Festas, em que a procissão foi alvo de muitas crenças e promessas ao ritmo da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários do Montijo. | FÁTIMA BRINCA Fotos: Diário Imagem

Saxofones à solta em Palmela

Vila transforma-se no maior palco de Saxofone

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odos os anos a vila de Palmela anseia por receber um dos maiores festivais de música que anima vários dias as gentes, os lugares e as ruas da vila histórica. O sétimo Festival Internacional de Saxofone vai decorrer entre os dias 8 e 13 julho, e vai percorrer vários lugares de Palmela. Em comunicado a Câmara Municipal de Palmela enaltece o evento musical afirmando que todos estão presentes de uma <<grande iniciativa e única do panorama artístico e pedagógico>>, pois o FISP irá trazer a Palmela nestes dias grandes nomes de músicos do Saxofone, músicos esses nacionais e internacionais. Vão ser mais de 30 concertos e espetáculos com entradas gratuitas, masterclasses, workshops, seminários, conferências e um concurso Interna-

cional de Saxofone intitulado “Vítor Santos”. A autarquia salienta na mesma nota que o FISP faz parte integrante do plano de atividades da candidatura Palmela a Cidade Criativa da Música à UNESCO.

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Importante festival de música chega a Palmela


02-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela | 02-07-2019

De militar a comandante dos bombeiros do Pinhal Novo em regime de substituição À conversa com o JCP, Vasco Marto fala-nos das suas perspetivas em relação ao verão de 2019, passando ainda pela disponibilidade em manter o cargo de comandante. Entrevista de Miguel Garcia e Jorge Rodeia Fotos de Júlio Duarte Como é que chega a comandante dos bombeiros voluntários do Pinhal Novo? Eu sempre fui virado para a serraria mecânica, mas antes de ir para a tropa tive de desistir por causa da vista. Fui militar na força aérea e foi quando saí da tropa vim para os bombeiros. Entrei no dia 31 de julho de 1995, fui fazendo as várias formações dentro da profissão de forma a tornar-me mais capacitado a exercer funções. Nunca teve nenhum familiar ligado aos bombeiros? Não. Foi numa conversa de café que surgiu a ideia e aqui estou, até hoje.

Falta de voluntários está a levar com que os Bombeiros se profissionalizem cada vez mais Como é que é comandar uma casa com cerca de 90 homens? “Somos um bocadinho mais… entre fanfarra, infantes, cadetes estagiários e bombeiros somos 174. No ativo 81, 37 na reserva. É complicado, muito complicado mesmo. Uma coisa é o voluntariado, dão o que podem e o que não podem. Outra coisa é segurá-los cá e garantir que cumprem com as obrigações… gerir isso não é fácil. Às vezes dá vontade de tratar as coisas de outra forma, mas não nos podemos dar a esse luxo… Se eles quiserem no dia de amanhã já não vêm e os bombeiros são necessários para servir a população. A solução é lidarmos de forma igual para todos e não dar numa de “posso e mando”. Alguma vez pensou em desistir da vida de bombeiro? Sim… A vida de bombeiro profissional não é fácil. Passo aqui 14 horas por dia…

“O que mais me custa é quando existem crianças envolvidas nas situações” Durante a sua vida profissional,

já passou por uma situação em que não havia nada a fazer para evitar uma tragédia? Como é que é gerir esse sentimento? Tanta vez… Desde acidentes a coisas mais “simples” … O que mais custa é quando existe uma criança envolvida. Temos que ser fortes para combater esses sentimentos, mas a memória fica para sempre, é doloroso. Mas também há coisas boas, já fiz uns 15 partos! Uma curiosidade, todos os partos que fiz foram raparigas e só tenho filhas, nada de rapazes.

Como é que é gerir a vida de comandante e familiar? É complicado, mas ao mesmo tempo tenho uma família de outro mundo. A minha filha com 11 dá trabalho à mãe, é chegar da escola fazer os trabalhos de casa, tratar do jantar, dar banho à miúda… acabam por se deitar por volta das 21h. Eu, chego por volta das 21h30, ou seja, já não as vejo. Por isso é que levo um casamento com 20 anos sem nunca nos zangarmos!

Como se encontram os bombeiros do Pinhal Novo? De momento estão bem. Ainda falta arranjar algumas pontas, mas estou a tratar disso. Aliás assim que aqui cheguei arrumei logo a casa, desde salários a horários à forma de trabalhar, procurei tratar tudo e todos da forma mais justa possível. Neste momento estamos com 10 a 15 pessoas de serviço durante a noite. “Somos nós a primeira linha de combate”

Como é que olha para os meios dos bombeiros comparativamente ao GIPS? A mim não me transmite qualquer entrave. O que me custa é a forma como os meios estão a ser distribuídos. Em vez de formarem bombeiros profissionais nas associações, desviam muito dinheiro para essa enti-

dade. Somos nós a primeira linha de combate, só se não conseguirmos controlar as diversas ocorrências é que vem esse reforço, daí precisarmos tanto dos apoios. O que é que precisam os Bom-

beiros do Pinhal Novo? Tanta coisa… Um delas é de jovens que quisessem ingressar nos bombeiros para começar uma escola com uns 20 elementos. Normalmente começamos com uns 13 e acabamos com uns 5… É difícil porque o voluntário tem ordens e tem que cumprir

e muitas das vezes isso não é bem visto.

E para além do voluntariado? Equipamento de proteção individual para incêndios urbanos que é o mais caro. As calças são caríssimas, aparelho caríssimo e o fato em si ronda os 1000 euros.


TEMA DE CAPA

02-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela

Há trabalho que não é feito dada a falta de equipamento? Não. Apesar de equipamentos com 15 ou 20 anos conseguimos remediar e chegar onde é preciso. No que toca a veículos estamos minimamente bem. Precisávamos de novos para substituir estes, apenas isso. Tem receios do que pode acontecer este verão no que toca a incêndios florestais? Sinto que vai ser muito complicado, que vamos ter muito trabalho. Espero que a Serra da Arrábida não seja afetada, afinal de contas, é o nosso pulmão. Para além disso, infelizmente, não conhecemos os acessos aos diferentes sítios o que poderia dificultar o nosso trabalho no teatro de operações. O que conhecemos deve-se aos exercícios na serra com a nossa equipa de resgate. Se for necessário terão de ser os Sapadores de Setúbal a dar indicações. Freguesia de Pinhal Novo é uma zona com bastante operacionalidade. Cerca de 300 ocorrências médicas por mês

O Pinhal Novo é uma freguesia com muita atividade? Sim, por mês atendemos cerca de 300 ocorrências médicas. Também damos muito apoio fora da nossa área, isto porque, os meios que lá estão não são suficientes para a população. É raro o dia que não sai uma via-

tura daqui para Setúbal, Montijo, etc…

Como é que analisa a situação de algumas corporações fecharem portas como é o caso de Cuba? É um meio diferente, mais pequeno. Acredito que tenham menos pessoal, consequentemente menos voluntários ainda.

O que é que falta para incentivar uma carreira enquanto bombeiro? É complicado. Isto são associações que foram feitas por pessoas há muitos anos atrás. Isto é dos sócios e o Estado pouco pode intervir, deveria sim apoiar mais. Comandante Vasco lembra um acidente que mais parecia um “filme de terror”

Qual foi o momento mais marcante na sua vida de bombeiro? Foram vários os momentos, mas houve um acidente que envolvia seis pessoas. Não me chocou, a questão é que fomos muitos para o teatro de operações e o cenário era tão terrorífico que ninguém lá parava, as pessoas ficavam todas longe. Normalmente até costumamos ter alguns problemas dada a curiosidade de alguns, mas naquele caso não, ninguém lá chegava.

Alguma vez lhe morreu alguém nos braços? Eu acho que sim… Mas custa menos se for uma pessoa na casa dos 80 anos já viveu muito da vida. Agora um jovem ou criança é que é muito complicado. “SIRESP é bom, o problema é a cobertura”

Em termos de comunicações, como é que estamos? Bem, o SIRESP é bom, é ótimo. O problema é a cobertura… Quando há uma ocorrência eu consi-

go ouvir Bragança ou Trás-os-Montes. No caso dos fogos o pessoal no lugar de estar quieto, muitas vezes o que acontece é que os servidores sobcarregam. Isso aliado à destruição de algumas antenas por parte do fogo acaba por tornar tudo mais complicado. Ou seja, o que aconteceu em 2017 pode facilmente repetir-se, tem de haver melhoramentos. A zona da Lagoa da Palha este ano… está perigosa ou não? Ali é complicado devido ao pas-

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to e a toque de vento, dá-se a tragédia. Contudo, passei lá ontem e está tudo lavrado, mas do lado de cá junto à vinha já tem erva outra vez… muito rapidamente pode pegar fogo. Ainda assim, nós estamos cá para dar o nosso melhor, sempre! Actualmente como comandante em regime de substituição, gostaria de continuar? Não sei se continuo ou não. Há sempre muitas pessoas com aspirações a estes cargos, eu estou disponível para continuar, mas se considerarem alguém melhor não fico absolutamente nada chateado.

Quais são os desejos para os bombeiros do Pinhal Novo no futuro? Que todos continuem a lutar pelo objetivo, sendo este socorrer as populações e preservar os bens e vidas, principalmente aqui. Uma coisa que eu gostava era que estas mudanças de comandantes não existissem com tanta frequência. Isso acaba por afetar tudo e todos, contudo, esta situação dá-se aqui e em todo o lado. Uma mensagem para os pinhalnovenses? Os pinhalnovenses podem ficar descansados, temos aqui uma corporação capacitada para socorrer tudo e todos, independentemente do comandante.


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MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela |02-07-2019

Almoço da classe piscatória

Festas do Montijo ultrapassam os 300 mil visitantes Algumas centenas de pessoas tiveram o privilégio de degustar uma caldeirada, que é a verdadeira joia da coroa dos pescadores do Montijo. O S. Pedro ajudou e até ao Montijo rumaram mais de 300 mil pessoas para assistirem às festas, que terminaram ontem.

O

presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, a presidente da Assembleia Municipal, Catarina Marcelino, o presidente da União Piscatória, Paulo Coelho, o presidente da Associação das Festas de S. Pedro, José Manuel dos Santos, vereadores, presidentes das freguesias, movimento associativo e forças vivas da cidade participaram no tradicional al-

moço da classe piscatória, que se realizou, na sede da SCUPA. O presidente Nuno Canta fez um emocionado agradecimento aos trabalhadores municipais, que “tiveram na sua mão o sucesso destas festas”, assim como a “vasta equipa liderada pelo presidente da Associação e engrandeceram as festas de S. Pedro”. O envolvimento da igreja, através do pároco João Ro-

cha, que “teve o envolvimento de toda a paróquia na realização das procissões” mobilizou também o agradecimento do edil do Montijo. Valores das gentes do rio

Nuno Canta realçou “os valores das gentes do rio”, pois “somos uma terra do Tejo” e destacou “os cinco mil artistas que par-

ticiparam nas festas deste ano, com diversas atividades como a festa brava, os páteos enfeitados, as coletividades, as associações, as tertúlias e as forças vivas mostraram que as nossas festas estão bem vivas”. O autarca fez questão de sublinhar “este rio tem duas margens unidas por séculos de história” e agradeceu “aos pescadores que fizeram a caldeira-

da e continuam a ser o orgulho desta terra”. Na verdade esta classe piscatória faz uma caldeirada como ninguém, regada pelos vinhos da Adega de Pegões, a mais premiada da Península de Setúbal. | FÁTIMA BRINCA Fotos: Diário Imagem


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SETÚBAL

Jornal Concelho de Palmela | 02-07-2019

Maestro deu música na Praça de Touros

A Marcha de Azeitão foi a grande vencedora A Sociedade Perpétua Azeitonense foi a grande vencedora do concurso das Marchas Populares de Setúbal. Com o tema “Música Maestro”, com poema de Alexandrina Pereira e músico de José Condinho, conquistou o júri presidido pelo ator Fernando Luís, que atribuiu à Perpétua os prémios de melhores coreografia, cenografia, figurino, letra e música.

A

Marcha da Perpétua mobilizou a quase totalidade de prémios ao apresentar uma marcha diferente e inovadora e a ensaiadora e coreógrafa Graça Pereira viu premiada a sua coragem. Azeitão é terra de músicos e foi com a música que a Perpétua regressou às vitórias 17 anos depois. A Perpétua ganhou a cenografia com arcos do cenógrafo Helder Siva, o melhor figurino tendo Ana Lopes como responsável, a melhor música do palmelense José Condinho, a melhor letra de Alexandrina Pereira e a melhor coreografia assinada por Graça Pereira. O segundo lugar do concurso das Marchas Populares de Setúbal foi atribuído à União Desportiva e Recreativa das Pontes, que conquistou o prémio desfile, na Avenida Luísa Todi e a melhor madrinha atribuída a Carla Lança, que irá ocupar o lugar da filha,

que foi eleita a Melhor Madrinha em 2018. O Núcleo Bicross de Setúbal ficou em terceiro lugar e o Grupo Desportivo Independente, vencedor do concurso em 2018, não foi além da quarta posição, com os ensaiadores da Marcha de Alfama. O Clube Recreativo Palhavã, que regressou ao certame depois de vários anos de ausência, ficou em quinto lugar e o Grupo Desportivo Setubalense ‘Os 13’, em sexto. Os últimos lugares foram para o Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau em sétimo, e União Cultural, Recreativa e Desportiva Praiense ficou em oitavo lugar. A entrega dos prémios realiza-se no dia 7, às 17h00, na Casa da Baía e irá incluir apontamentos musicais com atuações de madrinhas das coletividades participantes nesta edição do tradicional concurso setubalense. | Redação

Artur Jordão musicou o poema de Natália Abreu e cantado por Joana Lança

Carla Lança substitui a filha para cantar a Grande Marcha de Setúbal

O figurino foi a grande aposta da Perpétua

A presidente azeitonense apoiou com entusiamo a Marcha de Azeitão

O figurino foi a grande aposta da Perpétua


JUSTIÇA

02-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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Casal começa a ser julgado na próxima quinta-feira em Almada

Diana Fialho e Iúri Mata vão começar a ser julgados O casal que matou a professora à martelada começa a ser ouvido por um coletivo de juízes do Tribunal Central Criminal de Almada já na próxima quinta-feira ( 4 ).

O

casal que protagonizou o desaparecimento quase perfeito de Amélia Fialho, a professora de Físico-química, que em setembro do ano passado foi morta às mãos da filha adotiva e do genro, vai começar a ser julgado na quinta-feira. A mulher, de 59 anos, tinha uma relação conturbada com o casal, que decidiu nesse mês colocar fim à vida desta que os acolheu em casa mas que as relações entre ambas não seriam as melhores. Amélia Fialho foi drogada com um fármaco colocado na bebida durante o jantar, colocando-a a dormir, posteriormente o casal desferiu vários golpes com um martelo na cabeça a

vítima, o que para a PJ de Setúbal, poderá ter sido a causa da morte. Depois o casal carregou o corpo para dentro da bagageira da viatura e colocaram-se em marcha pela EN 4 até à zona de Pegões onde acabariam por colocar fogo no corpo depois de comprarem bidons de gasolina e um isqueiro. Diana Fialho falou às câmaras da CMTV num discurso pouco convincente para as autoridades, e ainda assim tentaram limpar, mas sem êxito, eventuais provas que os pudessem incriminar, lavando a casa e a viatura envolvida no transporte do corpo da professora. Ainda conseguiram desfazer-se do martelo e dos óculos de Amé-

lia Fialho, mas rapidamente os inspetores da PJ de Setúbal efetuaram a detenção dos dois suspeitos que ficaram em prisão preventiva desde setembro do ano passado. Na próxima quinta-feira, 4 de julho, a primeira audiência está marcada para as 09h30 em Almada, um caso mediático e que requer alguma prevenção por parte das autoridades. O Ministério Público é quem acusa o casal de homicídio e profanação de cadáver, mas o processo conta ainda com dois assistentes, João Carraça e Laura Carraça, sobrinhos da vítima. | Miguel Garcia

Investigação de Violência Doméstica culminou na apreensão de armas

GNR apreende armas depois de uma investigação por violência doméstica O caso ocorreu na zona de Palmela e levou as autoridades a apreenderem três armas que serviam para ameaçar a vítima.

U

ma denúncia por violência doméstica a uma mulher de 52 anos de idade por parte do ex-companheiro, um indivíduo de 53 anos, levou a que as autoridades investigassem o crime e apreendessem no passado dia 26 de junho três armas que estavam na posse do agressor. Segundo comunicado da GNR, os militares do Posto Territorial de Palmela encetaram diligências para uma investigação depois de saberem que a mu-

lher seria agredida psicologicamente por parte do homem que a ameaçava de morte. Os militares da GNR com um mandado de busca domiciliária, descobriram 1 caçadeira de calibre 12, 1 arma de pressão de ar e ainda 1 taco de basebol. O suspeito foi identificado e sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, e o processo seguiu para o Ministério Público de Setúbal. | Miguel Garcia

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ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela | 02-07-2019

Denúncias não caiem em saco roto Os alertas dos nossos leitores continuam a chegar, e muitos deles, começam a ser resolvidos depois de muitos meses. Mas é para isso que existe o JCP, acabadinho de fazer um ano de publicação.

Assobiador merece mais dignidade

O ambiente ficou a ganhar

O

terreno era uma verdadeira “bomba” face às elevadas temperaturas, que se antevêm para este verão. As ervas cresciam e ameaçavam várias habitações, para além do degradante aspeto. Mas na manhã da passada quarta-feira, os moradores tiveram oportunidade de assistir à limpeza do terreno e puderam soltar um suspiro de

alívio. João Reis pediu-nos para publicar as imagens que fez da limpeza do terreno no Bairro Joaquim Maria, a que chamou “o antes e o depois de uma situação ambiental, que acabou por dar mais dignidade ao bairro nesta zona sul da vila de Pinhal Novo”. Um exemplo de persistência que acabou por “dar frutos”.

Esta semana ficamos por aqui ainda a digerir os efeitos dos santos populares com o regresso auspicioso da Marcha da Marateca e com a Banda dos Loureiros a brilhar nas Marchas de Setúbal e quase a entrar na Feira de Sant’iago, que nesta edição apresenta um dos programas mais fracos dos últimos anos.

A

na Matos, reside na freguesia de Marateca, confessa-se orgulhosa do seu sobreiro assobiador, que “atrai ao local muita gente”,

mas “a área envolvente devia ser limpa, pois as ervas daninhas estão muito crescidas e exigem rápido corte”. Lembramos, que o vereador

António Braz já fez o reparo numa das últimas sessões de câmara para que houvesse uma limpeza na Urbanização do Sobreiro Grande.

ro de atletas que frequentam este espaço desportivo”. Lucinda lança novamente o apelo “é urgente dignificar o acesso e são apenas 200 metros de alcatrão”. O presidente Álvaro Amaro está atento à situação e prometeu que o município “vai priorizar a pavimentação dos cerca

de 200 metros que constituem o caminho de acesso ao campo, bastante utilizado, quer pelas cinco equipas que terão em funcionamento na próxima época, benjamins, infantis, iniciados, juvenis e seniores, quer pelo público que assiste às atividades”.

Dez anos à espera

A

comerciante Lucinda volta a lembrar a necessidade de requalificar o acesso ao Campo de Futebol do Lagameças. Esta residente lembra “há 10 anos que esperamos pelo acesso ao campo do Lagameças, que cada vez tem mais movimento com o crescimento do núme-


ÚLTIMA HORA

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Freguesias de Poceirão e Marateca

União associa-se ao “50+ Programa de Exercício” Os moradores das localidades de Águas de Moura, Aldeia Nova da Aroeira, Bairro Alentejano, Cabanas, Lagoa do Calvo, Poceirão e Quinta do Anjo passam a usufruir de transporte gratuito para as aulas de Atividades Aquáticas, realizadas nas piscinas de Palmela e Pinhal Novo.

O

s participantes do “50+ Programa de Exercício” passam a usufruir de dois pontos de apoio e informação disponibilizados pela União de Freguesias de Poceirão e Marateca, em articulação com a Palmela Desporto. Esta medida aponta também para que os moradores de zonas como Águas de Moura, Aldeia Nova da Aroeira, Lagoa do Calvo e Poceirão possam, uma uma vez por semana, usufruir de transporte gratuito para as aulas de atividades aquáticas realizadas nas piscinas de Palmela e Pinhal Novo.Tal medida estende-se também aos residentes do Bairro Alentejano, Cabanas e

Quinta do Anjo. Os interessados e participantes neste programa podem obter informações, realizar inscrições e inscrever-se nas diversas atividades que o Programa disponibiliza. Este serviço está disponível nas sedes das freguesias de Poceirão e Marateca, no horário de funcionamento das juntas. A Câmara de Palmela e a Palmela Desporto fizeram uma parceria que aposta no “50+ Programa de Exercício”, que tem como público alvo todas as pessoas com 50 ou mais anos de idade, que podem realizar atividades aquáticas, gímnicas e dança, entre Setembro e Julho.

Transporte gratuito para atividades desportivas

Apoio válido por dois anos

Exemplo na defesa dos animais

Pioneer Portugal patrocina equipa de competição

O Bento é a coqueluche da Freguesia de Poceirão

A equipa de competição da Palmela Desporto passa a contar durante dois anos com o patrocínio da Pioneer Portugal Agent.

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Pioneer e Palmela Desporto definiram um acordo para a equipa de competição da empresa municipal. O acordo de patrocínio é válido por dois anos, tem início em 1 de Setembro de 2019 e vigora até 31 de Agosto de 2021. O acordo foi assinado entre o presidente do Conselho de Gestão da Palmela Desporto,

José Barreto e o diretor geral da Pioneer Portugal Agent, Carlos Valente. No âmbito desta parceria, destaca-se, que “a Palmela Desporto disponibilizou parte dos equipamentos que os nadadores da competição usam para impressão do logótipo da Pioneer, comprometendo-se a promover a imagem e os produtos e serviços da

empresa sempre que for considerado apropriado”. Como contrapartida, acrescenta-se, “a Pioneer patrocina a equipa de competição com contrapartidas financeiras para fazer face aos custos de participação dos nadadores no calendário competitivo da modalidade”.

U

m cãozinho foi abandonado, mas encontrou um lar acolhedor cheio de amor na Freguesia de Poceirão. A presidente Cecília de Sousa providenciou um lar no Parque Mário Bento para o cãozinho, que foi de imediato batizado com o nome de Bento. Como não tem necessidade de aprender a ler o Bento transformou-se numa

coqueluche que participa em sessões nas escolas onde se alerta para que não se abandonem os animais. Se o Bento pudesse falar certamente agradeceria a todos os santos pelo facto dos canis terem lotação esgotada porque assim ganhou um espaço recheado de amor, onde é tratado como um rei…canino claro!

| Fátima Brinca

Assinatura de protocolo entre as duas entidades

Bento é a nova mascote da Freguesia de Poceirão


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