ENTREVISTA A JAIME QUENDERA ENOLOGO DA SPECIAL NUMBER ONE EM VINHOS PÁGS. 08 – 09 SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº54 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 16.07. 2019
“SOMOS DAS EMPRESAS MAIS GALARDOADAS NO CONCURS MONDIAL DE BRUXELLES” TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991– 27 ANOS
EX-SEDE DO CLUBE DESPORTIVO PINHALNOVENSE À VENDA P.03
• Edifício histórico a degradar-se desde os fins da década de 90 • Banco vende terreno e edifício por 332 mil euros • Edifício pode ser apagado da história dos pinhalnovenses Montepio Geral ignora a história do espaço e no anúncio que faz no site de venda dos imóveis anuncia que o edifício pode ser demolido ou requalificado. Câmara Municipal não se pronunciou
EDUCAÇÃO P.03 PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITOU ESCOLA INTERNACIONAL DE PALMELA
MUSÍCA CUSTA 1M€ AO MUNICÍPIO DE PALMELA P.02 ATÉ AGORA A CÂMARA MUNICIPAL JÁ TERÁ GASTO CERCA DE 20 MIL EUROS EM CUSTAS COM OS INVESTIGADORES QUE ESTÃO NO TERRENO A FAZER RECOLHAS LOCAIS. PUB
SETÚBAL P.12 CIDADE PREPARA-SE PARA MAIS UMA EDIÇÃO DA FEIRA DE SANT’IAGO MONTIJO P.13 CASAL ACUSADO DO HOMICÍDIO DE AMÉLIA FIALHO CONHECE SENTENÇA ESTA SEXTA-FEIRA
2 PRIMEIRA LINHA
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
Investigadores já custaram a Palmela mais de 8.500 euros
Palmela Cidade Criativa da Música vai custar 1M€ ao Município Depois de o JCP já ter noticiado o ajuste direto com a cantora e investigadora Celina da Piedade no valor total de 17.220 euros, valor esse para a prestação de serviços de consultoria à Candidatura Palmela Cidade Criativa da Música, agora a esse valor acresce cerca de 8.500 euros em despesas as quatro investigadores da Universidade de Aveiro. Miguel Garcia
miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt
A
Câmara Municipal de Palmela está na corrida com mais Municípios para tentar “agarrar” a distinção da UNESCO da Cidade Criativa da Música. O jcp sabe através de fonte ligado à UNESCO que atualmente existem várias candidaturas de vários Municípios portugueses que estão nessa «corrida», no entanto a UNESCO só designará duas cidades com esse galardão. Também sabemos que a Câmara de Palmela já recebeu a carta de apoio da Comissão Nacional da UNESCO. A autarquia disponibilizou alguma informação solicitada pelos media e nessa documentação está plasmado um Acordo de Cooperação com a Universidade de Aveiro, esse estabelecimento de ensino disponibilizou alguns investigadores que estão no terreno a fazer contactos para recolher trabalhos para a candidatura. O jcp tentou perceber que trabalho de campo seria esse realizado pelos jovens da Universidade de Aveiro, segundo apuramos junto de algumas instituições existem investigadores
PALMELA REVIVE OUTROS TEMPOS COM BURRICADAS NA SERRA
EMPREENDEDOR REATIVA AS BURRICADAS NA SERRA DO LOURO Pedro Lima sempre esteve ligado aos moinhos e ao pão que se fazia em outros tempos na Serra do Louro. O jovem empreendedor está a desenvolver um projeto que ensina os mais novos de onde vem o cereal e como se faz o pão. Júlio Duarte
julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt
Candidatura terá um valor calculado de 1m€ que não sabem bem ao que vão, alguns dirigentes já contactados afirmaram que «o bolseiro parece um pouco perdido no trabalho que está a realizar», outra das queixas que obtivemos é o facto do trabalho de campo estar a centrar-se na «Gaita de Fole» e a deixar outros costumes musicais do Concelho para trás. O nosso jornal tentou perceber quanto a Câmara de Palmela terá que pagar aos bolseiros e quantos estão no terreno, a resposta que nos chegou do Município foi que “neste projeto participam 4 investigadores – duas doutoradas, uma doutoranda e um mestrando. O valor que vai gastar, o Município respondeu o valor até agora gasto que é de 8.568 euros, não explicando ao pormenor quanto irá gastar o que se impõe no ponto 9 do Acordo de Cooperação que nos diz que o Município de Palmela terá que «assegurar as condições necessárias e o suporte das despesas com as atividades de investigação e materiais associados ao projeto» como o «alocar meios humanos próprios e/
ou a recrutar/contratar ao projeto para desenvolvimento de atividades descritas no anexo I ao presente Acordo» bem como «garantir alojamento para o/a bolseiro/a licenciado/a que integra a equipa de investigação» durante a permanência em Palmela e por último assegurar o «pagamento das deslocação e estadias aos elementos da equipa de investigação no âmbito do trabalho de campo» que está obrigada qualquer instituição que tenha préstimo de serviços da Universidade de Aveiro estipulado no Artigo 14º do Decreto-Lei 106/98, de 24 de Abril. A Câmara de Palmela explicou em comunicado enviado à nossa redação que o orçamento global da candidatura está estimado em um milhão de euros de investimento em ações a desenvolver durante 4 anos, ações essas que são promovidas pelos parceiros envolvidos. O jcp tentou através da autarquia saber que ações serão essas, mas que até ao fecho desta edição não obtivemos qualquer esclarecimento por parte dos responsáveis autárquicos. ■
Quem não se lembra dos fins do século XIX e princípios do século XX as ruas da região serem servidas pelos simpáticos burritos que eram o meio de transporte de todos aqueles menos abastados e que serviam de transporte de carga e até de deslocação entre aldeias, é caso de se aplicar o dito antigo “o tal burro de carga”. A tradição foi-se perdendo e quase que os burros são um animal em vias de extinção, o que o salva são os programas pedagógicos que algumas empresas dinamizaram nos últimos tempos e os reativaram no meio do setor do turismo. É o caso dos Moinhos de Palmela que atualmente está a desenvolver a passos curtos a atividade dos moinhos na Serra do Louro, da padaria e até das burricadas. Quem chega ao moinho da padaria é recebido logo por dois burritos, a Gabriela e o Mimoso que simpaticamente vão cumprimentando com o seu zurrar todos os visitantes. Pedro Lima explicou ao JCP um pouco do conceito que quer e está a aplicar naquele local: “Isto é um projeto que ainda está em fase de iniciação mas que tem sido um grande êxito junto de todos que nos procuram”. Adianta ainda que as visitas são mais procuradas du-
FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Francisco Espada, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt
rante os fins de semana, mas que durante a semana, também conta com algumas atividades. “Recentemente tivemos aqui um grupo de jovens que estão de férias e que passaram uma manhã connosco, tiveram oportunidade de estar na padaria a fazer o pão e depois o lanche foi feito no varandim desta magnifica paisagem que temos aqui”. Os Moinhos de Palmela é outro projeto que está em fase de arranque, mas Pedro Lima não baixa os braços e já realizou também vários passeios pela serra com perto de 100 pessoas que aceitaram o desafio e observaram o acasalamento dos pirilampos, “uma coisa inédita que se consegue observar nesta região no seu tempo”. Para Pedro Lima é preciso preservar as tradições e ensinar às gerações mais jovens o que era antigamente conjugando com a natureza que nos presenteia atualmente a Serra do Louro. As burricadas estão abertas a inscrições e têm um custo de 5 euros por pessoa, e no fim até dá para provar o típico pão cozido no forno de lenha. As marcações podem ser realizadas na página oficial dos Moinhos de Palmela (Facebook) ou pelo email: moinhosvivospalmela@gmail. com, e aproveitar um dia em cheio na companhia dos amigos Gabriela e Mimoso a observar a natureza e a degustar um belo pão cozido a lenha. ■
CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
PRIMEIRA LINHA 3
Editorial
Presidente da República no fim do ano letivo em Quinta do Anjo
Marcelo Rebelo de Sousa visitou a Escola Internacional de Palmela
O
Presidente da República esteve em Vila Amélia, freguesia de Quinta do Anjo, na passada quinta-feira onde presidiu ao encerramento do ano letivo dos alunos daquela que é considerada uma escola modelo que serve toda a comunidade Islâmica de Palmela. Marcelo Rebelo de Sousa visitou as instalações e inaugurou ainda um novo espaço daquele equipamento escolar. O Presidente da República teve oportunidade de entrar na festa de encerramento do ano letivo com os alunos, professores e auxiliares. Presente esteve ainda o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, e o presidente da Junta de Freguesia de Quinta Anjo, António Mestre, que na página de Facebook da Junta de Freguesia deixou algumas palavras de apreço ao trabalho desenvolvido naquela escola e para toda a comunidade Islâmica da região. ■
VOZES DE BURRO NÃO CHEGAM AO CÉU
J
Presidente da República esteve de visita à Escola Internacional de Palmela
FOTO: JAIME MESTRE
EDIFÍCIO DA ANTIGA SEDE DO PINHALNOVENSE ESTÁ À VENDA O Montepio Geral colocou no início da semana passada o anúncio, na sua página oficial de venda de imóveis, da propriedade envolvente e do edifício que foi muitos anos a sede do Clube Desportivo Pinhalnovense. O valor ascende aos 300 mil euros. Miguel Garcia
direcao@jornalconcelhodepalmela.pt
O
edifício que durante largos anos serviu como a sede do Clube Desportivo Pinhalnovense, está à venda na internet por uma quantia elevada, 332 mil euros é quanto o Montepio Geral está a pedir por um terreno de 2300 metros quadrados e o edifício. O velhinho edifício é um daqueles que está na memória de todos os pinhalnovenses, pois serviu o clube da vila e várias valências desportivas, como a ginástica que era nos anos 80 administrada pelas professora Cabrita e a falecida Zezinha, onde todos os miúdos faziam jus ao emblema do clube. Outras modalidades passavam pelo desporto rei, Futebol, mas também pelo Basquetebol e o Ciclismo. O encerramento da passagem de nível que servia as populações do Pinhal Novo norte e Pinhal Novo sul, acabaram por ditar a “morte” anunciada da-
MIGUEL GARCIA DIRETOR DE INFORMAÇÃO
A sede que serviu nas décadas de 80 o clube de Pinhal Novo encontra-se degradada quele edifício. Novos tempos se avizinhavam com o clube a optar pela instalação da sua “armada” no Campo Santos Jorge e o edifício que chegou a ser propriedade de uma empresa construtora ficou abandonado à mercê dos tempos. A semana passada, o Montepio Geral
colocou no seu site de venda de imóveis o anúncio onde diz “Moradia T3” com um valor de 332 mil euros. O banco informa ainda que o edifício poderá ser requalificado ou simplesmente demolido para surgirem novas habitações. Um edifício que ficará na memória de todos os verdadeiros caramelos. ■
á diz o ditado que “Vozes de burro não chegam ao céu” e é uma grande realidade de facto este ditado. Na semana passada tive um quase encontro imediato com um dirigente associativo local que me veio com a história do jornal, neste caso, o jcp , ser um jornal do sistema, claro que quem diz o que quer, ouve o que não quer, e como eu até nem sou tolerante a «antibióticos de trazer por casa» lá disse ao senhor associativo de que deveria de estar enganado ou a ler um outro jornal que não o jcp , entre outras coisas mais que deixaram o dito senhor sem palavras e logo a mudar de assunto. Isto para transmitir de que o Jornal Concelho de Palmela para uns e jcp para outros nunca se curvou nem se curva a ninguém, temos a nossa linha editorial e segundo a administração da empresa que gere o jornal, é ela quem paga os jornais até ao dia de hoje, com muito esforço, reconhecemos, mas ainda não contou com muitos tostões de quem quer que esteja ligado à política no Concelho de Palmela. A mensagem que eu quero deixar aqui no meu segundo editorial desde que assumi funções de direção, é que o jcp é um jornal que dá voz a todos que queiram partilhar os seus problemas, os seus trabalhos, as suas agendas e acima de tudo o seu reclamar, pois aqui os lápis azuis estão todos guardados dentro da gaveta da minha secretária e das secretárias dos jornalistas. Não admitimos nunca o ‘rótulo’ de estarmos vendidos ao A, ao B ou ao C. Porque aqui neste e noutros jornais do grupo temos definido uma linha editorial TIR – Trabalho, Isenção e Rigor –, porque é para os nossos leitores assíduos que trabalhamos todos os dias, a todas as horas e estamos sempre em cima do acontecimento da região. Somos um jornal com jornalistas livres de fazerem aquilo que mais gosto dá em fazer da vida, que é escrever sem vigias com lápis azuis na mão para cortar aqui ou ali, porque é bonito para o senhor autarca, o senhor político ou quem quer que seja. Para o fazermos, deixaríamos de ser jornalistas e passávamos a romancistas de um qualquer bestseller que está nos escaparates de uma qualquer livraria. É como vos digo, “Vozes de Burro Não Chegam ao Céu”. Boa semana e boas leituras!
Crónica
4 DESTAQUES
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
NO CORAÇÃO AGRÍCOLA DA PENÍNSULA DE SETÚBAL
FÁTIMA BRINCA COLABORADORA
As crónicas da Nicha
O borrego solidário Após a revolução de Abril, os trabalhadores uniram-se para apoiar a Reforma Agrária. Em muitas fábricas e bairros da cidade de Setúbal criaram-se espaços de venda de produtos oriundos das herdades, que tinham sido ocupadas pelos trabalhadores rurais. Os queijos, as frutas, as verduras e até os borregos eram vendidos às portas das fábricas, cujas Comissões de Trabalhadores tinham aderido à campanha de solidariedade. Nunca mais vou esquecer o episódio que aconteceu alguns dias antes da Páscoa, quando chegou o camião com alguns borregos vivos, bem gordinhos e muito barulhentos. Os trabalhadores, que viviam nas zonas rurais compraram os borregos, mas o Fernando, que habitava num andar na cidade de Setúbal, não quis deixar a sua solidariedade em mãos alheias e pediu a um colega, que tinha um terreno na zona de Aires, que lhe guardasse o animal, até este servir de repasto pela Páscoa. O colega concordou, mas havia um problema. Como deslocar o borrego até ao terreno. Nessa altura os trabalhadores ainda se deslocavam no comboio, que apanhavam na estação de Praias do Sado. O Fernando não se atrapalhou e disse para o colega “eu levo o borrego no comboio”. E se bem o pensou, melhor o fez. O animal foi embrulhado num plástico preto, onde vinham as peças dos carros e juntámo-nos todos à sua volta para evitar que o revisor visse o borrego colocado por debaixo do banco. A viagem correu às mil maravilhas até à estação de Setúbal, mas quando o comboio arrancou, o pobre animal assustou-se e começou a berrar. A atrapalhação foi enorme, mas com a aproximação do revisor, o Fernando começou a imitar o berro do animal e todos nós seguimos o seu exemplo, fazendo uma berraria infernal, que se estendeu por toda a carruagem. O revisor passou e sorriu pensando que se tratava de uma brincadeira daquele grupo de malta que regressava alegremente a casa. Não houve mais distúrbios até à estação de Palmela, pois o borrego deixara-se embalar pelos nossos “mé-més”. Não podem sequer imaginar a cena caricata, quando o Fernando saiu do comboio com o borrego atado por um fio a seguir-lhe as pisadas. O revisor não queria acreditar no que via e o chefe da estação, homem bonacheirão, mas que não alinhava em brincadeiras, veio ao encontro do Fernando e perguntou-lhe “onde está o bilhete do borrego?” Claro, que não havia nenhum bilhete, mas o Fernando foi obrigado a comprar um com destino ao Pinhal Novo, a estação mais próxima. E lá ficou na estação de Palmela a pagar o bilhete, que nunca foi utilizado nem por ele, nem pelo borrego, que seguiu para o terreno de Aires, enquanto nós ríamos ruidosamente, dizendo-lhe adeus da janela do comboio. Conclusão: até a solidariedade foi obrigada a pagar bilhete de comboio.
Feira do Poceirão mobiliza produtores locais A Feira do Poceirão, a assinalar 30 anos, contou com a maior participação de produtores locais e onde também estiveram em destaque atividades inovadoras. O presidente Álvaro Amaro destacou “o conjunto de forças vivas da freguesia, que têm orgulho nas suas raízes” com Poceirão a “continuar a ser o coração agrícola da Península de Setúbal”. Também a presidente da União das Freguesias, Cecília de Sousa, destacou “os desafios que se colocam ao mundo agrícola” e “é urgente repor o estatuto rural às duas freguesias”. Fátima Brinca
informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
A
edição deste ano da Feira Agrícola do Poceirão ficou marcada pela adesão dos produtores, que trouxeram o que de melhor a terra dá, desde a maça riscadinha, ao arroz carolino, a que se associaram os doces e onde o artesanato também teve papel de destaque. A pecuária também está em franco crescimento com o gado bovino e ovino a mostrarem as potencialidades do setor. A Feira, que este ano quis dar mais espaço aos visitantes, com a criação de espaços dos animais e máquinas agrícolas, no Mercado Mensal e uma tenda a receber as adegas, os produtos tradicionais e a doçaria, enquanto o movimento associativo tomou conta das tasquinhas, disponibilizando petiscos e sopa caramela. No Espaço das Adegas foram colocados os escu-
FESTA DAS VINDIMAS
teiros, para servirem as refeições, e as coletividades a mostrarem o que de melhor se faz no artesanato desde bijutaria, garrafões pintados, trajes típicos, onde na faltou a Associação das Festas de S. Pedro, que promoveu o pastel da Marateca. A restauração também marcou presença com o porco assado no espeto e os leitões como referência de qualidade. A Feira terminou os três dias tendo mobilizado milhares de pessoas, que tiveram oportunidade de assistir ao desfile etnográfico, onde participaram com destaque os ranchos folclóricos, Rainhas da Feira de anos anteriores, cavaleiros, máquinas agrícolas e carros alegóricos. Precisa-se Estatuto para a Agricultura Familiar A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal promoveu um de-
Poceirão continua a ser o coração da agricultura na Península de Setúbal bate de esclarecimento sobre o Estatuto da Agricultura Familiar, que para o dirigente Joaquim Caçoete “é urgente ser aplicado para que os agricultores possam usufruir de apoios e de um verdadeiro escoamento dos produtos”. Também Cecília de Sousa, presidente da União de Freguesias, lembra “a luta dos agricultores pela aplicação do estatuto”, e não “podemos continuar a ser penalizados desde 2013, quando o Poceirão e Marateca deixaram se ser rurais, lembrando que a Marateca “foi a única freguesia do Distrito de Setúbal que não foi retificada como freguesia desfavorecida”. Já o presidente Álvaro Amaro destacou o sucesso das “Jornadas sobre a maça riscadinha, onde aprendemos muitas coisas”. O autarca garantiu que a o estatuto da agricultura familiar contribui-
ria para que “não houvesse abandono dos campos” e que “permitiria que as freguesias do Poceirão e da Marateca pudessem abastecer toda a Área Metropolitana de Lisboa”. Manuel Meireles, da Direção Regional de Agricultura, defendeu o reconhecimento do estatuto da Agricultura Familiar e desafiou os agricultores a contatarem os polos de informação que existem no Montijo e na Quinta da Várzea, em Setúbal. A representante da CNA considera que “existe um conjunto de boas intenções, mas que aguarda por concretização” e lembrou que “aprovámos o estatuto de agricultura familiar em 2014”, mas apesar de “ter sido aprovado pelo Governo em 2018, sabemos que nada está previsto para este ano”. E não deixa de acusar “O Governo começou a casa pelo telhado”. ■
VANDA STUART ACTUA NO EVENTO DESTE ANO A artista Vanda Stuart será uma das artistas convidadas para actuar na Festa das Vindimas, com o cortejo a ser mais uma vez concebido por José Condeça. Fátima Brinca
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Festa das Víndimas já mexe para a edição 2019
A Festa das Vindimas irá realizar-se de 29 de Agosto a 3 de Setembro, e terá como convidada a artista do cabelo azul Vanda Stuart. A eleição da Rainha de-
das Vindimas começa com o concerto da Ala dos Namorados e conta com as actuações de Carlão, Miguel Azevedo, Marta Ren, Expensive Soul e Barbara Bandeira, entre outros.
corre a 28 de Agosto, com a Marcha das Vindimas, da autoria de Bruno Contente (letra) e José Condinho (música) cantada por Cristina Delícias. O programa da Festa
A Festa conta com os tradicionais cortejos dos camponeses e pisa e das vindimas, mas o momento mais emblemático será a pisa e bênção do mosto. ■
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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6 SOCIEDADE FILHO DO FIAR ‘FOGE’ PELAS RUAS DE PALMELA A ANTEVER A EDIÇÃO DE 2020, O “FILHO” DO FIAR ESTÁ PRONTO PARA ANIMAR AS RUAS E GENTES DE PALMELA JÁ NO FIM DO MÊS DE JULHO JÚLIO DUARTE julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt
O microFIAR está preparado para animar as ruas da vila de Palmela, e o evento já com data marcada, promete animar as ruas e as gentes da vila e não só. Para quem é fã de teatro é o programa ideal para sair de casa ao fim da tarde e desfrutar do que melhor o Centro de Artes de Rua FIAR Palmela faz a nível de espetáculos teatrais. As datas já são conhecidas e os dias 26, 27 e 28 de julho a prioridade é rumar até à vila histórica de Palmela e participar neste microFIAR que o vai preparar para a edição de 2020. Entre oficinas dos ares e de clown, passando pela folheação e acabando nos sopros, tudo vai acontecer nestes três dias entre o Cineteatro São João até à Escola EB1 Joaquim José de Carvalho. Este microFIAR é uma coorganização do Centro de Artes de Rua e a Câmara Municipal de Palmela, conta com o apoio da dg’ARTES, Casa de Atalaia COFFEEPASTE e Câmara de Palmela. ■ FIAR já habituou o público a grandes espetáculos em Palmela
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
Usos e costumes destacam-se em Lagameças
Festival de folclore retratará tradições de outrora As tradições, os usos e os costumes continuam a predominar nas mentes de todos aqueles que ainda conseguem ter a coragem de preservar e defender a cultura popular dos seus antepassados, como o caso do Rancho Folclórico “Os Fazendeiros” das Lagameças que continua na ‘batalha’ da defesa dessas tradições com a realização dos habituais festivais de folclore. Miguel Garcia
miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt
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oje em dia os jovens não estão muito virados para a defesa e preservação das tradições de outros tempos em que as festas dos nossos bisavós e avós eram vividas de outro modo e o tempo, esse, lá ia passando devagar, muito devagarinho. Tempos esses em que grandes ranchos de gente trabalhadora no campo, sobretudo, tinha outras formas de viver e de se divertir, foi daí que nasceu através de braços e vontades deste tempo atual todos aqueles que pegaram nessas antigas tradições e que continuam a lutar pela defesa dos usos e costumes de tempos de outrora. O Rancho Folclórico “Os Fazendeiros” das Lagameças é um desses grupos que tenta a todo o custo não deixar morrer as
XXXVII Festival de Folclore das Lagameças tradições de um povo. No próximo sábado (20), pelas 21h30, a sede do grupo vai receber o seu tradicional festival nacional de folclore. Pelo palco vão passar o rancho or-
ganizador, o Rancho Folclórico da Associação de Vilarinho das Quartas (Arcos de Valdevez), o Rancho Folclórico e Etnográfico de São Joaninho (Santa Comba Dão) e o Grupo de Danças e
Cantares de S. João da Ribeira (Rio Maior). Antes do festival ter início haverá uma cerimónia protocolar com as entidades convidadas. ■
GNR MOSTRA ARTE EQUESTRE MEMORÁVEL EM POCEIRÃO ESPETÁCULO COM POUCO PÚBLICO NÃO DESMOTIVA A REPRISE DA GNR Poceirão não soube aproveitar um dos melhores espetáculos equestres que a GNR tem, quando, pela primeira vez ao longo de 30 anos de Feira Comercial e Agrícola de Poceirão, a equipa de João Neto conseguiu levar ao certame a Reprise da GNR, uma valência do esquadrão daquela força de segurança de cavalaria que esteve em Poceirão para mostrar a arte equestre. Esta Reprise é uma das melhores a nível nacional a seguir à Escola Portuguesa de Arte Equestre de Queluz. Durante mais de 30 minutos um conjunto de 10 militares da GNR mostraram toda a arte equestre com os seus cavalos, entre carrossel e outras habilidades equestres, levadas a cabo pela Unidade de Segurança e Honras de Estado da GNR. Um espetáculo que documentamos aqui com algumas fotos. ■
Reprise da GNR em Poceirão
Arte equestre demonstrada na Feira Agrícola
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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8 TEMA DE CAPA
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
Os segredos da Cooperativa Agrícola de Pegões nos seus néctares
Adega Cooperativa de Pegões possível nº 1 de Portugal Mário Figueiredo, presidente da direção e Jaime Quendera, gerente e enólogo desvendam o segredo do sucesso por trás da Cooperativa de Pegões. Como não poderia deixar de ser, os prémios e o preço/qualidade foi um tema abordado ao longo da conversa. Jorge Rodeia informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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esde a escolha das castas passando pela qualidade dos produto final, tudo tem um critério de excelência nos vinhos produzidos pela Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, no concelho do Montijo. O jcp foi conhecer um pouco do dia a dia da vida daquela que é considerada por muitos a número 1 das adegas portuguesas. Qual é a história da cooperativa de Pegões? Não posso contar tudo senão amanhã ainda aqui estaríamos. A cooperativa foi criada ainda no tempo do Estado Novo, o
proprietário da altura tinha aqui 15 mil hectares. Numa determinada altura foi-lhe exigido ou o cultivo dos terrenos, ou arrendar ou fazer foros. O que José Rovisco Pais, (proprietário) decidiu fazer foi doar cerca de 5 mil hectares das herdades de Pegões aos Hospitais Civis de Lisboa. Como os Hospitais não tinham vocação para administrar estes mesmos terrenos, foi criado pelo Estado Novo a Junta de Colonização Interna que dividiu isto em 204 casais. Dois anos depois da vinha plantada as uvas tinham dificuldade em vender pelo que foi cons-
TEMA DE CAPA 9
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
truída a Cooperativa Agrícola e a Adega em 1958. Com o passar dos anos as vinhas envelheceram e os colonos não plantaram mais. Houve então a necessidade de abrir a entrada de sócios fora do colonato. Depois do 25 de abril houve umas alterações, mas tudo se manteve conforme. Em 1986 tínhamos apenas um adegueiro, nada a ver com o que acontece hoje em dia… temos 300 e tal cubas em inox, antigamente era só em cimento, e eram muito poucas.
O mercado interno de vinhos tem vindo a crescer ou encontra-se em decadência? O mercado nacional nos últimos 10 anos cresceu uns 10%. Não porque os portugueses bebem mais vinho, mas sim porque os turistas que vêm a Portugal bebem muito.” Já nós em 10 anos crescemos 100%, se o mercado cresce 10 e nós 100, crescemos dez vezes mais” e o melhor é que crescemos cá e no estrangeiro. A Adega de Pegões tem uma quota de mercado nos vinhos da Península de Setúbal de 33%, ou seja, vendemos uma garrafa em cada três que toda a região vende, é um peso enorme. Em que países estão representados? No total, em mais de 40. O nº1 das nossas exportações é o Canadá, seguido de: Inglaterra, Holanda, Polónia, Alemanha, Filipinas, China… em suma, estamos presentes em todos os cantos do mundo.
Os prémios recebidos já foram muitos… Sim, são muitos prémios… Mais de mil. Ainda agora no Concours Mondial de Bruxelles que é um dos concursos mais importantes no que toca a vinhos, recebemos sete medalhas de ouro e oito de prata, o que nos torna das empresas mais galardoadas do evento. Um outro exemplo acontece em Inglaterra, quando em 2017 e 2018 ganhámos o título de Portuguese Wine Producer of the year e nunca uma cooperativa tinha ganho este prémio, muito menos duas vezes seguidas. As pessoas compram o nosso vinho não porque nós obrigamos, mas sim porque elas querem. Quando vos vêm nessas feiras internacionais, qual é a apreciação do público estrangeiro e do português? Uma das reações mais comuns é quando nos perguntam se temos certeza de que o preço do vinho é aquele. As pessoas ficam chocadas por lhes conseguirmos vender um vinho tão bom com um preço tão baixo.
Há pouco tempo os vinhos de Pegões foram reconhecidos pela Deco no que toca a preços baixos por boa qualidade, certo? Sim exatamente, dos seis vinhos premiados a nível nacional dois são nossos o que complementa ainda mais o que eu disse anteriormente.
Como é isso possível? Deve-se ao facto de termos bons vinhos e sabermos o que fazemos… O principal é vendermos a preço justo, aquilo que o consumidor mais gosta. Afinal de contas, ninguém gosta de ser enganado e é isso que atrai os clientes e os faz comprar mais do que uma vez os nossos produtos. Qual é o mais barato/caro que têm disponível no catálogo? Da adega de Pegões o mais barato que há no mercado tem o preço de 1,79. Depois pode subir para os 14 ou 15 euros.
Há algum tipo de paladar que ainda não se reveja na cooperativa de Pegões? Sim. O cliente que gosta de vinhos maus não os pode adquirir aqui... Aqueles vinhos com muita acidez e amargos não temos. Nós somos Setúbal, o que nos oferece o sol. Isso faz com que o nosso vinho seja maduro! O que os estrangeiros nos dizem é que o vinho tem sabor, tem cor, tem aroma, tem tudo! Dentro do catálogo, qual era o produto que indicava para um não apreciador de vinho? Todos os vinhos, mesmo para quem não aprecia são bebíveis.
“Jaime Quendera é a chave mestra de toda a dinâmica e de toda a qualidade dos vinhos da Cooperativa Agrícola de Pegões”
Sendo que para jovens, indico o Fonte do Nico Ligeiro branco ou rosé porque são leves e frescos o que o torna a escolha ideal para esta altura do ano. No que toca a vinhos macios aconselho por exemplo o Sobreiro de Pegões ou Rovisco Pais. Para os que gostam daqueles vinhos com sabor intenso tem o Adega de Pegões Colheita Selecionada Tinto. Nós temos toda a gama, não podemos é pegar num vinho forte e dar a uma senhora ou jovem porque eles não vão gostar. Temos que avaliar sempre cada situação. Nós últimos dez anos qual foi o melhor momento que se viveu na Cooperativa? E o pior? O melhor foi provavelmente o tal concurso em Inglaterra. É algo histórico e inédito. O pior… talvez a queima por calor do ano passado. Estragou-se muita uva o que afeta diretamente a Adega.
Em termos de visitantes ou turismo, seja visitar a adega, vinhas, etc… é um desejo para o futuro ou uma realidade? É uma realidade que tem vindo a crescer, contudo, nunca com a predominância que têm as casas privadas. Por exemplo a Ermelinda Freitas tem até um museu. Isso aliado à sua localização perto de Azeitão, ajuda muito. Nós temos um historial de cooperativa. Se a colónia ou Junta de Freguesia criasse um circuito turístico com o nome de “Circuito Turístico da Colónia de Pegões” onde seria possível visitar a Casa
Modelo, as barragens, a Igreja de Santo Isidro e a Adega. O potencial é enorme, mas tinha de existir acordo connosco, Câmara Municipal do Montijo e Junta de Freguesia. Nós temos muitos turistas, mas nunca nos chegam em autocarros.
Quais foram os principais obstáculos que sentiram ao longo da evolução da Adega? Diria que no início tudo era mais complicado… houve muitas mudanças, em 1986, por exemplo, não existia um único parafuso em inox, era tudo ferro. Hoje todo o material é completamente diferente, adequado às necessidades e que garante uma excelente qualidade ao vinho. As coisas não vão parar, é uma constante evolução. Em termos de vendas no ano de 2019, quais são os números? Acreditamos que vamos termi-
nar o ano com cerca de 22 milhões de euros e 12 milhões de litros produzidos.
Quais são as perspetivas para o futuro da Adega de Pegões? Sinceramente? Eu acho que isto já não tem limite. Enquanto houver bom vinho e dominarmos o negócio… Mesmo que não consigamos crescer mais em Portugal, crescemos lá fora. Isto claro, se não houver uma catástrofe, se vier gelo, etc… em que não seja possível remediar a situação. Digo mais, acredito que num futuro próximo seremos a adega nº1 de Portugal. Uma mensagem para quem não conhece a Adega Cooperativa de Pegões? Provem Pegões que não se vão arrepender e saberão que compram um vinho bom a um vinho justo. ■
10 MONTIJO
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
Reciclagem da água
ETAR do Seixalinho irá regar Espaços Verdes Na última sessão de câmara, o vereador da CDU, Carlos Almeida fez uma declaração onde defendeu que o município do Montijo devia apostar na criação de “um plano de reciclagem da água a nível das ETAR’S”. O presidente Nuno Canta explicou que a ETAR do Seixalinho já “está preparada para que a água sirva para regar os Espaços Verdes da Quinta do Saldanha”. Fátima Brinca
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ETAR do Seixalinho, revelou Nuno Canta, “está preparada para que a água reciclada sirva para regar os Espaços Verdes”, mas antes “de ser usada terão que ser estudadas as condições físico-químicas”. Foi desta forma que o presidente da câmara do Montijo respondeu à declaração do vereador comunista Carlos Almeida, que alertou que “258 municípios perderam 180 milhões de litros de água por ano” e defendeu “um investimento adequado para que no Montijo se invista na qualidade de vida população”. Citando o exemplo de Lisboa, onde a água das ETAR’s servirá para a lavagem das ruas, o autarca da CDU e apontou para “a concretização de um plano de reciclagem da água a nível das ETAR’s”. O presidente montijense garantiu que “há estratégias que não podem ser copiadas de outros municípios” e exemplificou “o Barreiro já tem a experiência de lavagem de ruas com águas tratadas das ETAR’s” e também no Montijo “a ETAR do Seixalinho já está preparada para que a água seja utilizada na rega de espaços verdes”, mas “terá que ser acautelada a tabela físico-química”. Saudação às Festas do Montijo A bancada socialista contou com a substituição de Clara Silva, em gozo de férias, por José Manuel Santos e o presidente da câmara do Montijo apresentou uma saudação às Festas de S. Pedro e felicitou “o povo montijense pelo sucesso alcançado” de um even-
to “símbolo da cultura secular”, de “reencontro e partilha entre as pessoas”. Nuno Canta recorda que “celebrámos a cultura e a tradição do Montijo em cada beco, em cada rua, em cada praça que enceram de gente”, num “enorme exemplo de trabalho da câmara, das juntas de freguesia, das associações, da paróquia, dos bombeiros, coletividades e tertúlias”. O edil terminou com o reconhecimento e “empenho dos trabalhadores municipais e de todos os organizadores, que participaram neste evento cultural”. Reconhecimento de excelência O vereador socialista Ricardo Bernardes destacou “a distinção da ARS ao serviço de excelência na área do ambulatório do Centro Hospitalar do Montijo”, com o autarca social democrata João Afonso a desvalorizar a distinção e a considerar que “o Hospital do Montijo é uma ficção e fica a anos luz do que se exige para um hospital”. O presidente Nuno Canta criticou a intervenção do social democrata, a quem acusa de desvalorizar “uma avaliação técnica e independente de uma valência de excelência no Hospital do Montijo”. Para Nuno Canta, o vereador João Afonso “tem um discurso de direita” e “defende um hospital privado”. João Afonso apelou ao apoio da câmara para a abertura de um núcleo da Liga contra o Cancro na cidade do Montijo. O presidente da autarquia mostrou toda a disponibilidade da câ-
mara para “ceder espaços e até terrenos para a construção desse núcleo”
Requalificação dos pátios João Afonso acusa a câmara do Montijo de não “ter uma política de requalificação e dignificação urbana para as dezenas de pátios na cidade”, onde “só o investimento privado tem apostado na reabilitação”. O presidente Nuno Canta começou por lembrar que os pátios são privados e “tenho que desmontar a ideia errada, desinformada e até ignorante que certos vereadores da oposição têm”. Nuno Canta lembra que a câmara “já está a ajudar os proprietários para resolver o problema dando benefícios fiscais a quem queiram reabilitar as casas” existentes nos pátios. Mas lembra “tudo terá que ser feito em articulação com os privados e com as instituições públicas” e “é assim que a nossa reabilitação está pensada”. O presidente montijense lembrou “a aposta na habitação a custos controlados, uma lei criada pelo PS, que iremos adaptar no Montijo”. E
destacou que “o Montijo é o município da região com maior número de habitações sociais face ao número da população” e “só por ignorância é que o vereador (João Afonso) pode dizer que não se tem feito nada”. Também o vereador Ricardo Bernardes explicou ao social democrata que “nunca me verá aqui a não dizer verdades”, porque “nunca enganaremos as pessoas prometendo fazer o que não temos competências para fazer”, porque isso “é ludibriar os cidadãos e nós não o fazemos”. A estratégia da habitação, lembrou “passa por uma intervenção que defenda os moradores do Montijo”. A câmara, reafirmou Nuno Canta, “não pode intervir nos pátios, que são privados e que têm um enquadramento legal e é muito grave que um vereador com formação jurídica desconheça estes assuntos” e conclui “a violação dos princípios legais é o pior que há na política”, pois “não podemos fugir ao princípio da legalidade e só mostra o seu carácter de querer enganar as pessoas”.
Património Imaterial da Humanidade O vereador da CDU, Carlos Almeida apresentou uma declaração para que se analise “a possibilidade de uma candidatura à Unesco para que a Festa da Atalaia seja considerada Património Imaterial da Humanidade”. Nuno Canta prometeu “rever com os serviços culturais porque quer política, quer culturalmente as festas da Atalaia têm muita importância” e lembrou que “fui dos únicos que votou a favor da candidatura das Festas da Atalaia a Património Imaterial do Montijo, no tempo da presidente Amélia Antunes”.
Combate à abstenção Uma forma de combater a abstenção, destacou Carlos Almeida “seria a colocar as sessões de câmara e a Assembleia Municipal em transmissão on line”. Apesar de considerar que a abstenção não tem a ver com a transmissão das sessões, Nuno Canta garante que a abstenção “tem a ver com os políticos que enganam as pessoas”. Mas promete analisar com os serviços tal situação. ■
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
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12 SETÚBAL
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
Feira de Sant’iago sob o tema Gastronomia
Animação alia-se aos showcookings e provas de vinhos Uma das novidades da Feira serão as experiências gastronómicas, onde não faltará a apresentação do Pastel da Baía e a promoção entregue à apresentadora Maya da CMTV. O evento irá decorrer de 20 de Julho a 4 de Agosto e inclui espetáculos com artistas de renome como Gabriel, o Pensador, David Fonseca, Anselmo Ralph, Ana Malhoa e Raquel Tavares. Fátima Brinca
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Gastronomia estará em destaque na edição deste ano da Feira com apresentações diárias de showcookings, acompanhadas de provas de vinhos. A restauração setubalense marca presença com as tradicionais tasquinhas que compõem o renovado Pátio dos Sabores, antiga Praça do Mundo que alia a gastronomia à celebração da música popular, através de espetáculos diários no Palco Mourisca.
TEATRO
A Feira começa a 20 de Julho e termina a 4 de Agosto, com artistas como Gabriel, O Pensador, Anselmo Ralph, Ana Malhoa, David Fonseca e Raquel Tavares, com a promoção a estar a cargo da apresentadora Maya, da CMTV. Mas no Palco Setúbal irão atuar Toy, Sérgio Godinho, Virgul, Calema e Ciganos d’ Ouro. O Zé dos Gatos, figura popular de Setúbal, irá continuar a marcar presença, na entrada do pavilhão empresarial e ins-
Feira de Santiago centra-se na gastronomia da região titucional, que estará dotada de melhores condições apostando tecido empresarial, que estará incluído numa exposição no Pavilhão Municipal das Manteigadas. A exposição automóvel surge nesta edição com zonas privilegiadas de apresentação, na principal entrada do certame, onde irã haver demonstrações
de robótica e outras novidades tecnológicas e experimentação de drones. A Feira conta com a participação de quarenta atividades diferentes com o reforço da área de produtos regionais. Espaço Solidariedade O Espaço Solidariedade dará a conhecer a dinamização de
SETÚBAL RECEBE 21.ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE TEATRO Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
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21.ª edição do Festival de Teatro de Setúbal, promovido pelo Teatro Estúdio Fontenova, vai decorrer de 22 de Agosto a 1 de Setembro, este ano com a novidade da abertura decorrer no Convento de Alferrara, São Paulo. Este ano o Festival vai contar com três companhias estrageiras, duas estreias, o maior encontro de mimos, (dia 2 de Agosto a partir das 19h00), 15 espetáculos na Secção Oficial, 8 da secção Mais Festa – A Concurso e 7 da Secção Mais Festa – Extra Concurso, e ainda a elaboração de 21 pequenos vídeos com as memórias do público, na celebração do 21.º aniversário. José Maria Dias, elemento do TEF, frisou que “este ano prestamos homenagem à maioridade completa e também ao nosso passado” agradecendo “à Escola
Secundária Sebastião da Gama, à Câmara Municipal de Setúbal, aos patrocinadores, aos actores e actrizes e respectivas companhias que ao longo dos anos nos têm acompanhado e claro, ao público, que a cada ano tem vindo a engrossar fileiras. Este Festival tem uma identidade e um objectivo do qual fazemos questão de não nos desviarmos e ao mesmo tempo, reflectirmos a cidade em que nos inserimos.” O organizador destacou depois alguns aspectos do Festival, como o passe «Festa do Teatro», introduzido na edição anterior e que proporciona descontos, bem como a criação do «Clube Amigos do TEF», “que proporciona descontos no Festival e ao longo do ano, perante o pagamento de uma quota anual”. Também elemento do TEF, Pa-
Setúbal vai ser o maior palco de teatro de sempre trícia Paixão apresentou alguns pontos do programa e também “a preocupação com a sustentabilidade ambiental e económica em que todos temos de pensar, e por isso, tendo em conta o desperdício de plástico que verificámos nas edições do Festival, e não só, decidimos criar uma garrafa especial para o público e equipa, bem como dispensadores de água para que estas possam ser enchidas. Também os identificadores dos colaboradores vão ser pensados com materiais descartáveis que podem vir a ser utilizados de ou-
tras formas.” Do programa, destaque para uma estreia do TEF com «Lugar de Túbal», que este ano termina o ciclo iniciado no ano passado com a narrativa sobre a história de Setúbal em `videomapping` e música ao vivo. A Câmara Municipal de Setúbal destina um valor de 36 mil euros para o Festival “mais todo o apoio logístico, do som à montagem dos palcos” salientou a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, que agradeceu “o trabalho que o TEF tem vindo a fazer ao longo dos anos,
campanhas de solidariedade e sensibilização para com entidades sem fins lucrativos, onde estarão em destaque a Quinta Pedagógica e uma zona de adoção de animais. No Espaço dos Sentidos o destaque será para a Feira do Livro com as apresentações de publicações e sessões de autógrafos com autores. ■ dentro das melhores tradições sadinas ligadas ao teatro, e o melhor resultado do Festival é o resultado do trabalho de décadas de actores e actrizes na cidade”. A edil relembrou também o passado histórico da cidade ligado ao teatro “quando em 1975 vieram para cá actores para criar a descentralização cultural e aqui ensinaram a muitos dos que hoje são grandes nomes do teatro, e do qual o TEF é herdeiro, mas também protagonista actual do nosso desenvolvimento cultural. E o teatro tem vindo a ganhar espaço no concelho, também com o apoio financeiro da autarquia, financeiros e com a criação de novos espaços para as artes performativas.” Em jeito de novo agradecimento, Maria das Dores Meira frisou que “o TEF tem sido um parceiro fundamental que nos traz o melhor do teatro, e ao mesmo tempo, a maior vitalidade dos nossos agentes culturais, e é deste que nasce este grande evento que teremos em Agosto.” Programa completo em www. teatroestudiofontenova.com ■
JUSTIÇA 13
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
Sentença de Diana Fialho e Iuri Mata marcada para sexta-feira
MP pede 25 anos, defesa defende absolvição As alegações finais no julgamento de Diana Fialho e Iúri Mata, arguidos pelo homicídio de Amélia Fialho, tiveram lugar na sexta-feira no Tribunal Judicial de Almada, com o procurador do Ministério Público, Jorge Moreira da Silva, a solicitar a pena máxima de 25 anos de prisão e as duas advogadas de defesa, Tânia Reis e Alexandra Marques, a pedirem a absolvição de ambos.
Advogadas dos arguidos querem absolvição de ambos
leitura da sentença pelo juiz Nuno Salpico ficou marcado para 19 de Julho, sexta-feira, às 14h00. Os arguidos estão acusados da morte da mãe adoptiva de Diana Fialho e ainda de profanação de cadáver, ao terem ocultado o corpo queimando-o num campo em Pegões e o procurador do Ministério Público não poupou palavras duras dirigidas aos arguidos, tratando-os inclusive por ‘personagens’, e definindo o caso como “um crime de extrema gravidade, de homicídio qualificado e profanação de cadáver, algo que vai para lá da ética humana, porque além de tirarem a vida, ainda tentaram a destruição dos restos mortais da vítima, de forma escabrosa, maquiavélica e com requintes de sadismo. Esta é uma situação difícil de qualificar porque se tratou de um homicídio de alguém com quem tinham relações de parentesco e proximidade, sobretudo no caso de Diana Fialho que foi acolhida pela vítima, que sentiu necessidade de ajudar uma criança com problemas, demonstrando uma ingratidão da mais profunda que se possa conceber por alguém assim acolhido, ur-
peza com lixívia feita à casa e a roupas, bem como as alterações ao testamento por parte de Emília Fialho e ainda o facto de Iúri Mata ter desligado o telemóvel desde a noite do crime até ao dia em que foi apresentada por Diana Fialho a queixa por desaparecimento na PSP. Para o procurador “tratam-se de duas pessoas jovens, intelectualmente elevadas, licenciadas, com vidas estruturadas, mas que por uma questão de mercantilismo decidiram apoderar-se dos bens da vítima. Esperava ainda que durante este ano que passou, tivessem feito uma introspeção e assumissem agora o que fizeram, mas optaram por uma postura de ‘desgraçadinhos’ e de não falarem.” A “forma animalesca como deram cabo de uma vida que ainda tinha tanto para dar na comunidade educativa onde era querida” foi outro dos argumentos do Procurador para pedir ao tribunal a pena máxima de 25 anos de prisão. Da parte da Defesa a advogada Tânia Reis apresentou aquilo que apontou como “discrepâncias” entre as horas dos vídeos e os factos, bem como o facto de
Carmo Torres
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dindo um plano com o marido para se desenvencilharem da vítima e se apropriarem, antes do termo natural da vida deste, dos seus bens, um motivo fútil.” O facto de Iúri Mata ter acedido a fazer uma reconstituição com a Polícia Judiciária foi, segundo o MP, uma prova de que o casal tinha planeado e executado o crime “de forma rápida e brutal, embora a Defesa tenha vindo procurar confundir o panorama ao dizer que não há provas do objecto que terá morto Amélia Fialho”. Outras provas “retumbantes” apresentadas pelo MP foram o vídeo captado no posto de combustível do Montijo, “onde colocaram o automóvel de forma a que não fosse filmado e entraram e saíram separadamente depois de comprarem bidons de gasolina e um isqueiro”; o incêndio que ocorreu no campo onde o corpo viria a ser encontrado apenas três horas depois disto e o facto de terem sido detectadas vários vestígios hemáticos (no caso sangue) no primeiro piso da habitação de Amélia Fialho e do casal, que habitavam o rés-do-chão, assim como na chapeleira e bagageira do carro; a lim-
que “não foi pedida a validação destas imagens ou até confirmadas se estas tinham sido captadas no dia referido como sendo do crime. Também o facto de ir comprar gasolina em bidons e um isqueiro a um posto de abastecimento de combustível não prova que tenham cometido um crime.” Sobre os medicamentos utilizados para drogar a água de Emília Fialho, a advogada optou por explicar que “o relaxante muscular podia ser utilizado pela vítima, visto que foi aqui provado que esta sofria de dores nas articulações. Assim como o telemóvel de Iúri ter estado desligado por três dias não prova nada.” Tânia Reis acusou o MP de “não ter apresentado testemunhas que confirmassem as relações tensas entre Diana e Emília Fialho, nem de que o crime tenha tido um ‘motivo fútil’. Haveria muito mais coisas para apurar e por tudo isto peço a absolvição de Diana Fialho.” A mesma linha seguiu a advogada de Iúri Mata, Alexandra Marques, afirmando que o seu constituinte “já se tentou matar duas vezes na prisão” mas tam-
bém que “alguma da prova documental nem pode ser validada, não temos objecto do crime e nem sabemos como afirmam que se tratou de um martelo, além de que o arguido fez uma pseudo-reconstituição sem estar acompanhado do seu advogado. Trata-se de uma acusação ‘deficiente e coxa’, com toda a prova indirecta e estando os arguidos já condenados de antemão devido à opinião pública e à comunicação social, e qualquer dia um acusado nem precisa de ser presente a tribunal, que são também culpados do alarme social causado.” Sobre os vestígios de sangue detectados também nas roupas dos arguidos, Alexandra Marques optou por referir que “os arguidos poderiam ter estado em contacto com o sangue a qualquer outra altura”, e alegou que “sérias dúvidas se levantam porque há lapsos nas datas apresentadas, a prova documental não foi feita, há prova de que algo aconteceu mas não como, quando e por quem; e o relatório da autopsia nem foi validado por uma entidade superior ou até chamado a testemunhar o técnico que o elaborou. Em suma, não foi feita prova inabalável, pelo que solicito a absolvição de Iúri Mata”. Estes argumentos levaram o Procurador a pedir nova intervenção, concedida pelo Juiz, na qual apontou algumas incoerências da Defesa. “Perante os alegados erros que aponta em relação à reconstituição, podiam ter feito participação ao DIAP e não agora nas alegações, onde nem se encontra presente, para ter o direito de contraditório, a magistrada que produziu a acusação. As provas estão todas nos autos, é a sua leitura destes que tem um defeito na leitura. Em relação aos vestígios hemáticos, explique então a Defesa quando é que os arguidos estiveram em contacto com o corpo? Quanto ao crime, a prova são os múltiplos golpes no crânio da vítima. E apresente qual o artigo legal que refere que as provas ou relatórios têm de ser validadas por entidades superiores. Todas as provas apresentadas são inabaláveis.” ■
FUNCIONÁRIO SALVO PELA EQUIPA DE BOMBEIROS DA AUTOEUROPA HOMEM SENTE-SE MAL E BOMBEIROS SALVAM-LHE A VIDA Foi ao início da manhã de quinta-feira (11) que um homem com cerca de 45 anos começou a sentir-se mal na Unidade de Cunhos e Cortantes da empresa alemã ‘Autoeuropa’. Os bombeiros da empresa foram acionados às 7h45 e chegados em poucos minutos ao lo-
cal, conseguiram estabilizar o homem que se encontrava em paragem cardio-respiratória. Depois de todas as manobras realizadas, a empresa acionou através do CODU os meios de socorro externos. Para o local foram mobilizadas uma Viatura Médica de
Emergência e a Reanimação (VMER) do Hospital de Setúbal e uma ambulância dos Bombeiros de Palmela, no local o médico do VMER avaliou o estado do funcionário que foi transportado para o Hospital São Bernardo, onde se encontra a recuperar. ■
Funcionário da Autoeuropa salvo pelos Bombeiros da empresa
14 ALERTAS & RECADOS
Jornal Concelho de Palmela | 16-07-2019
Limpeza dos espaços públicos…
LIMPEZA DE ERVAS É URGENTE
Depois do alerta da deputada Teresa Marta, na última Assembleia Municipal, também António Machado, enviou-nos um recado para que “as ervas secas, em frente ao Império Atlântida, na Estrada dos Espanhóis, sejam cortadas para evitar que ali ocorra um incêndio”. Tal como lembrou Teresa Marta se “Palmela Inspira Ambiente” a “limpeza também é ambiente”. ■
As temperaturas andam loucas, ora faz calor de rachar, ora chove e troveja, como se lá por cima ande tudo desentendido. As ervas crescem e secam ameaçando e sendo pequenos focos de incêndio como aconteceu no final da semana, junto à Barragem da Venda Velha, em Rio Frio onde só a pronta intervenção dos bombeiros impediu a propagação do incêndio a uma maior área.
PREVENIR…ANTES DE REMEDIAR
Nas antigas instalações da Electro Arco nasceu uma empresa que se dedica à fabricação de contentores e onde trabalham várias dezenas de trabalhadores. Aquando da visita descentralizada à empresa, um dos apelos dos dirigentes foi a instalação de uma passadeira, que garanta a segurança dos trabalhadores que utilizam o café
em frente da empresa. A falta da passadeira mais que uma urgência é uma necessidade, para evitar que os trabalhadores sejam apanhados por uma viatura que circule a mais velocidade, como aconteceu na última sexta-feira. É preciso que se previna…antes de remediar! ■
PALMELA (DES)INSPIRA AMBIENTE Ainda não percebemos muito bem porque se continuam a utilizar os contentores para despejar os lixos, quando não há recolha. Os mais comodistas não se preocupam com o ambiente e apenas “olham para o seu umbigo” sem se preocupar com as pessoas que têm um contentor à porta.
A situação agrava não só a imagem degradante, mas o cheiro insuportável que se faz sentir com o calor. Se a sigla do município é “Palmela inspira ambiente”, porque existem munícipes que tudo fazem para o degradar? ■
SELEÇÃO DE RESÍDUOS
“Tantas vezes o cântaro foi à fonte…”, que acabou por resultar em atitudes positivas. Os alertas tiveram eco na Amarsul, que após muitas insistências do vereador Pedro Taleço, começou a colocar contentores para a separação dos resíduos. Os contentores foram colocados em várias artérias do Pinhal Novo, e agora não há desculpas para os moradores não fazerem a separação dos resíduos. A intervenção da Câmara e da Junta de Fre-
guesia merece aplausos, mas terá que ter uma resposta positiva dos moradores. Ana Paula Santos enviou-nos o seguinte recado “continuamos a estar atentos ao que está mal, mas consideramos ser de justiça enaltecer a o que se faz bem” e “destaco a colocação de contentores seletivos, que nos devem motivar para dar melhor ambiente às ruas onde vivemos”. “Vamos contribuir para melhorar a qualidade de vida da nossa rua?”, desafia esta residente na Rua Infante D. Henrique. ■
Esta semana ficamos por aqui… para a semana há mais. Continuem a enviar os vossos alertas.
ÚLTIMA HORA 15
16-07-2019 | Jornal Concelho de Palmela
POCEIRÃO
Rancho Folclórico do Poceirão festejou 48.º aniversário
PARA TREINAR EQUIPA SÉNIOR HUGO MIRA REGRESSA AO LAGAMEÇAS
Carmo Torres Informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Poceirão cumpriu uma vez mais as tradições e costumes
O
Polidesportivo do Poceirão recebeu mais um Festival do Folclore em comemoração do 48.º aniversário do Rancho Folclórico do Poceirão, numa festa apresentada por José Augusto e que teve como convidados o Rancho do Sôr, de Ponte de Sôr, o Rancho Folclórico Fonte da Senhora, de Alcoche-
te, e o Rancho Folclórico Regional de Fernando Pó, Palmela. Anabela Pagaime, presidente da direcção do rancho, agradeceu a todos a presença e a ajuda na organização da festa, “desde a preparação do jantar que recebeu os convidados à organização do evento. Parece que foi ontem que estávamos aqui a celebrar o
PARA TREINAR EQUIPA DE JUNIORES
47.º aniversário, um ano passou muito depressa. Mas prometemos a todos que daqui a dois anos teremos uma grande festa para celebrar o 50.º aniversário e todos os que nos têm acompanhado estão convidados.” Agradecendo também à Câmara Municipal e à União de Freguesias de Marateca e Poceirão, Anabela Pagaime frisou que “com o nosso trabalho, queremos levar mais longe o nome de Palmela, mas também do Poceirão, que me viu nascer e a este rancho.” A presidente da União de Freguesias de Marateca e Poceirão, Cecília Sousa, relembrou que “este é o mais antigo rancho folclórico do concelho de Palmela”, colocando-se ao dispor “do que precisam da Junta, porque temos como lema estar ao lado do movimento associativo e na nossa União de Freguesias contamos com 22 associações e nunca as deixamos de apoiar. E fica prometida uma grande festa para a
JAIME MARGARIDO REGRESSA AO PINHALNOVENSE Depois de sair do Palmelense, Jaime Margarido está de regresso ao Pinhalnovense para assumir a equipa de Juniores e para “treinar a minha equipa do coração”. O treinador Jaime Margarido assume que o objetivo “será fazer subir a equipa à II Divisão Nacional”. Fátima Brinca
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O
experiente treinador regressa a uma casa onde foi muito feliz e define como meta “a subida da equipa de Juniores à segunda divisão”, lugar onde a “deixei quando foi treinar o Palmelense”. Quando ingressou no Pinhalnovense começou por treinar a equipa de Juvenis do Amora, acabando por ser campeão distrital de Juniores duas vezes ao serviço do Amora e duas vezes no Pinhalnovense, tendo deixado a equipa de Juniores na II Divisão Nacional, que nessa altura fez a melhor classificação de sempre no 1º lugar do Grupo de Manutenção.
Agora tem o difícil desafio de apostar na subida dos Juniores, que desceram à I Divisão Distrital e ser tri-campeão pelo Pinhalnovense. Jaime Margarido sabe que “será uma missão difícil, pois alguns jogadores deixaram o Pinhalnovense depois da equipa ter descido”, mas “reconheço que será uma luta renhida com equipas muito fortes e muito apoiadas como o Comércio e Indústria, o Alcochetense, o Santiago do Cacém, o Vasco da Gama de Sines, o Santo André e Amora B, entre outras”. O treinador não esconde a sua emoção por “regressar a esta casa e só aceitei porque os Juniores são a minha equipa do coração”.
Passagem pelo Palmelense Jaime Margarido esteve dois anos ao serviço do Palmelense onde assegurou sempre a manutenção com a equipa a ocupar o meio da tabela e os jogadores a serem requisitados para outras equipas. O treinador recorda “ter passado bons momentos na equipa, onde fui muito bem recebido pelos dirigentes, nomeadamente pelo presidente João Paulo” e “acabei por sair
celebração dos cinquenta anos do Rancho.” Por último a vereadora da Câmara Municipal de Palmela, Fernanda Pésinho também frisou a antiguidade do Rancho no concelho “que muito deve à garra da Anabela Pagaime que tem conseguido preservar este tipo de folclore no concelho e aqui faço o reconhecimento da autarquia não apenas aos membros actuais, como aos homens e mulheres que no passado construíram este rancho no Poceirão, e que marcou e elevou o nome do concelho com o nosso folclore. Mas também é importante referir que não se tratam só de rostos do passado, mas também de todos os que hoje continuam este rancho e exemplo disso é o Rancho Infantil, que também vai actuar, e que marcará as gerações futuras.” A vereadora prometeu ainda “uma grande festa para a celebração do 50.º aniversário deste nosso rancho”. ■
ATLETA FICA APURADO PARA O JOGOS NACIONAIS CTT 2020
Júlio Duarte
julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt
Ricardo Reis é conhecido como um atleta da modalidade de atletismo que tem lutado contra tudo e todos para alcançar o seu objetivo. O atleta de Palmela, depois de algum tempo retirado destas ‘li-
de forma pacífica, mas deixei muitos amigos”, como “apoiei o presidente perdedor entendi que não devia continuar”. Jaime Margarido considera que o anterior presidente “fez um óptimo trabalho e acho que ainda vão chorar por ele, pois colocou o Palmelense no topo”. Mas o desafio agora “é outro e cá estou para assumi-lo”, porque os Juniores do Pinhalnovense “têm que regressar à II Divisão Nacional”. ■
Hugo Mira é o novo treinador do Lagameças
RICARDO REIS CONSEGUE APURAMENTO EM BEJA
Foi em Beja que o atleta de Palmela conseguiu apurarse em segundo lugar para os nacionais dos CTT que se realiza em 2020.
Jaime Margarido de volta ao Pinhalnovense
Hugo Mira saiu do Lagameças para assumir o cargo de treinador durante duas épocas do Grupo Desportivo da Casa do Povo de Cabrela, onde conseguiu a subida à primeira divisão distrital. O treinador residente no Distrito de Setúbal acabou por aceitar o convite do antigo clube e irá treinar o Lagameças na próxima época. ■
des’ de atletismo devido a uma pequena lesão que sofreu, voltou com mais garra e empenho e foi em Beja que o jovem atleta deu tudo por tudo e conseguiu o segundo lugar no pódio. Foi através da sua página oficial de Facebook que Ricardo Reis anunciou que está apurado para o Jogos Nacionais CTT 2020. O atleta tem um vasto percurso desportivo nacional e internacional e luta para chegar mais longe. ■
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Recrutamos profissionais de restauração para todas as áreas Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, nº6, Palmela
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