Jornal Concelho de Palmela | Edição 55

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SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº55  |  PREÇO 0,01€  |  SEMANÁRIO  |  TERÇA-FEIRA,  23.07. 2019

SANTANDER ENCERRA BALCÃO DA VOLTA DA PEDRA

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991­– 27 ANOS

P.02

MONTIJO P.10

MONTIJO COM NOVOS INVESTIDORES A noticia do novo aeroporto abriu porta para novos investimentos em todas as áreas de negócio naquela cidade.

SETÚBALP.12

FEIRA DE SANT’IAGO CONTA COM CARA CONHECIDA DA CMTV Maya é o rosto da edição deste ano da Feira de Sant’iago em Setúbal, a apresentadora da CMTV foi convidada pela Câmara Municipal para ser a promotora do maior evento da cidade.

VEREADOR DO MIM PROTAGONIZA MOMENTO INÉDITO EM REUNIÃO PÚBLICA José Calado protagonizou momento caricato na última reunião pública da Câmara de Palmela, pedindo a palavra no período do público para explicar uma “picardia” lançada pelo presidente Álvaro Amaro quanto ao seu pedido de substituição P.03

UM PALMELÃO APAIXONADO PELA SUA VILA P.08 E 09

Presidente da Junta de Freguesia de Palmela confessou ser uma pessoa do povo e que trabalha para o povo. Um homem cheio de sonhos e emoções e que quer realizar história naquela que é a sua terra.

GIPS ESTIVERAM NAS CHAMAS QUE DEFLAGRARAM NO POCEIRÃO P.06 Meio aéreo abrandou as chamas que queimaram pasto e sobro na Herdade de Rio Frio, o GIPS foram também acionados e encontraram dificuldades acrescidas como vedações que atrasaram os operacionais da GNR.


2 PRIMEIRA LINHA

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

VOLTA DA PEDRA

Encerramento de balcão do Santander preocupa autarcas de freguesia Depois do JCP já ter noticiado a decisão do banco Santander em encerrar o balcão na Volta da Pedra, Palmela, uma situação que preocupa a população, agora é a vez do Executivo da Junta de Freguesia demonstrar o seu desagrado com a decisão imposta pelo banco.

Doces de Palmela não cativam interesse do público A RTP esteve na passada quarta-feira em Setúbal para um dia inteiro de emissão especial das 7 Maravilhas Doces. Uma vez mais Palmela ficou pelo caminho sem prosseguir para mais uma etapa. Júlio Duarte

Julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt

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sta é a segunda vez que Palmela não consegue cativar o interesse do público com os seus produtos regionais. Na primeira edição das 7 Maravilhas à Mesa, o concelho ficou pelo caminho com a sua gastronomia local, agora foi a vez dos doces não convencerem o público a votar para que Palmela conseguisse ultrapassar mais

uma etapa da iniciativa. Apesar do esforço feito pelos padrinhos dos dois doces a concurso e pelo apelo deixado pela vereadora Fernanda Pésinho e pelo próprio presidente, Álvaro Balseiro, não foi o suficiente para convencer o grande público. As claques, essas, contribuíram e puxaram bastante pelo voto, mas também não convenceram quem votava lá de casa para os números disponíveis. O resultado em si não foi satisfatório, mas deu para a doçaria de Palmela se promover nos poucos minutos televisivos a que teve direito. A concurso estiveram o arroz doce com leite de ovelha e o bombom de moscatel, ambos os doces apresentados pelos chefes Nuno Gil e Óscar Fernandes. ■

Palmela apresentou dois doces da sua região no 7 Maravilhas Doces de Portugal

Executivo da Junta de Freguesia de Palmela contra ao encerramento do balcão do Santander na Volta da Pedra Miguel Garcia direcao@jornalconcelhodepalmela.pt

O

banco Santander está de malas e bagagens feitas para deixar as instalações situadas na Volta da Pedra, Palmela. Depois de contactarmos a direção do banco, a resposta que nos chegou foi clara de um encerramento sem ‘volta a dar’, a justificação feita pelo banco que adquiriu o Banif e o Popular foi de que a população não ficará sem alternativas, havendo caixas multibanco

nos supermercados existentes e a de estar a poucos quilómetros do balcão de Palmela. O Santander referiu ainda que “iremos reforçar a equipa comercial do balcão”, um balcão que serve os clientes de Palmela e que vai também servir os clientes da Volta da Pedra, mas que encerra à hora de almoço. A Junta de Freguesia de Palmela enviou à redação do nosso jornal uma nota de imprensa onde refere que «solicitou junto do Conselho de Administração do Banco Santander Totta, mais in-

formações» sobre o encerramento daquele espaço. A mesma nota adianta ainda que «a posição da Junta de Freguesia é de total discordância por este encerramento, considerando que esta localidade, apresenta um desenvolvimento e crescimento acentuados, ao nível comercial e de novos moradores». Para os autarcas da Junta de Freguesia de Palmela, este encerramento não faz qualquer sentido, pois o «serviço é de primordial importância» para aquela freguesia. ■

FESTAS DAS VINDIMAS PROCURA VOLUNTÁRIOS A Associação das Festas das Vindimas anunciou a semana passada na sua página de rede social Facebook que está à procura de voluntários que possam ajudar na edição deste ano. Os voluntários vão ter várias tarefas a desempenhar ao longo dos seis dias de festa. As inscrições encontram-se abertas e podem ser realizadas pelo email: geral@ festasdasvindimas.pt. As Festas das Vindimas este ano realizam-se entre os

FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Francisco Espada, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt

dias 29 de agosto e 3 de setembro, a eleição da Rainhas das Vindimas 2019 realiza-se já no fim de agosto (28) e o evento dará o ‘pontapé’ de arranque da edição deste ano. A eleição contará com a cantora Wanda Stuart que irá apresentar também o espetáculo. Esta é a 57º edição das Festas das Vindimas de Palmela, num ano em que se comemoram 10 anos do galardão Cidade do Vinho 2009. ■

CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Tiragem Semanal: 13.000 exemplares


PRIMEIRA LINHA 3

23-07-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

Editorial

ÚLTIMA SESSÃO ANTES DAS FÉRIAS

Dia dos Avós comemora-se no Poceirão

MIGUEL GARCIA

Naquela que foi a última sessão antes das férias foram aprovadas saudações a eventos e anunciada a realização do Dia das Avós no Poceirão. O parque de estacionamento da Quinta do Anjo só avançará no próximo ano foi outra das novidades, enquanto a construção da Escola das Cabanas tem conclusão prevista para Janeiro.

DIRETOR DE INFORMAÇÃO

AS PENALIZAÇÕES DAS VERDADES!

Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A

última sessão antes das férias começou com a apresentação de duas saudações, uma apresentada pela bancada da CDU, que teve como tema o Festival Internacional de Saxofones, onde a câmara manifesta “a sua disponibilidade para continuar a apoiar o FISP” e reconhece-se “o êxito da sua VII edição, particularmente no ano em que Palmela apresentou a sua candidatura a Cidade Criativa da Música da Unesco na afirmação estratégica desta arte nobre do nosso território no âmbito do Programa Palmela é Música”. A saudação foi aprovada por unanimidade, tal como a segunda oriunda da bancada do PS, que reconheceu e saudou “as Associações/Coletividades que organizaram as tradicionais festas de S. Pedro da Marateca e a 30º edição da Feira Comercial e Agrícola de Poceirão”. A saudação contemplou “as mulheres e os homens que por amor à sua terra e às suas festas e de forma voluntária dedicam-se a uma tarefa difícil na organização dos certames e consequente divulgação dos valores, religiosos, culturais e socio - económicos destas localidades do concelho”. E a saudação dos socialistas destacou “é muito importante assumir orgulhosamente a nossa identidade, com um misto de Urbanidade e Ruralidade”. A saudação foi aprovada por unanimidade e o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, lembrou que “sem a colaboração da União de Freguesias não seria possível o sucesso dos eventos”, reconhecendo que “está a ser feito um trabalho notável da União de Fregue-

sias com um apoio que vai mais além daquele que a câmara dá”.

Dia dos Avós ruma a Poceirão O vereador Adilo Costa regressou de férias e anunciou que o Jardim Ferreira da Costa e no Centro Cultural em Poceirão será o palco das comemorações do Dia dos Avós, que se assinala a 26 de Julho. A Festa dos Avós irá contemplar a população de idade maior, crianças e jovens, que irão participar em diversas atividades. O programa tem como principais destaques uma aula aberta de Ginástica, uma conversa sobre “Brinquedos e Brincadeiras, Usos e Costumes Sustentáveis”, jogos tradicionais variados, Danças Tradicionais do Mundo e a Exposição “Brinquedos: Mobilidade Móvel”, patente no Centro Cultural de Poceirão. O programa começa com as boas vindas, às 10h00, no Jardim “Ferreira da Costa”, Poceirão, seguindo-se a aula aberta de Ginástica com a iniciativa “50+ Programa de Exercício”. Uma conversa entre as gerações a partir das 11h00, onde será abordadas memórias das brincadeiras de infância e de alguns hábitos e costumes, numa época em que ainda não havia plástico ou computadores. E o programa continua com as seguintes iniciativas: 12h15 Almoço Entre Gerações Tem +sabor 14h00-15h15 | Pátio e Sala 1 e 2 do Centro Cultural de Poceirão Bowling de Bolas de Trapos e Latas Jogos de Mesa

Jogos Tradicionais Jogo da Sustentabilidade “As Metas do Planeta” Oficina de Costura Criativa (A)Linhas Pela Associação de Artes de Poceirão Reutilização de tecidos, linhas e lãs, para realizar/decorar “bolas de trapos” e sacos de pano/“talegos”, entre memórias e muita imaginação. 15h30-17h00 | Auditório do Centro Cultural de Poceirão Parque de estacionamento da Quinta do Anjo No ponto dedicado às intervenções dos vereadores, Palmira Hortense, do MIM, quis saber porque não foram informados os vereadores da oposição da inspeção do Tribunal de Contas na área do Urbanismo. A autarca criticou a forma de atendimento na consulta dos processos. Já o vereador da Palmela Mais, Paulo Ribeiro, quis saber qual o ponto da situação da construção da Escola das Cabanas e do parque de estacionamento na Quinta do Anjo. O autarca social democrata alertou também para o abandono dos reservatórios de água por detrás do cemitério da Quinta do Anjo, sugerindo que seja colocada uma vedação para proteger o local. O presidente da Câmara esclareceu a vereadora do MIM que a inspeção ao urbanismo “é temática e foi dado conhecimento aos outros vereadores” e as consultas aos processos devem ser acauteladas para não desaparecerem documentos. Sobre a situação da escola básica de Cabanas, o presidente palmelense informou que “não estará pronta antes de Janeiro e

continuamos a utilizar o Colégio Guimarães”, cuja utilização “irá manter-se com algumas turmas mesmo depois da escola abrir”. Em relação ao parque de estacionamento na Quinta do Anjo num terreno que foi comprado pela autarquia, Álvaro Amaro anunciou que “só no próximo ano haverá cabimentação para o projeto e para a obra”. Na sessão de câmara foi aprovado o regulamento para a Feira Anual de Palmela, que se realiza a 8 de Dezembro, os apoios com a cedência dos equipamentos municipais a clubes do concelho, apoio financeiro ao Centro Social de Quinta do Anjo e os transportes escolares que contemplam 1884 alunos e envolve um montante superior a 700 mil euros.

Vereador intervém no espaço dos moradores O vereador do MIM José Calado, que pediu substituição por algum tempo devido a motivos profissionais, inscreveu-se para intervir como munícipe. O seu pedido teve a ver com o comentário do presidente Álvaro Amaro, que no decorrer da sessão, quando José Calado entrou na sala, disse “olha o senhor vereador estava ausente no estrangeiro…” O vereador revelou na sessão “pedi para ser substituído por motivos profissionais e não por estar no estrangeiro”. Depois de uma consulta ao telemóvel, o presidente da câmara de Palmela leu o pedido de substituição onde o vereador alegou motivos profissionais e “por estar ausente da área da autarquia”. E a sessão terminou com este “incidente” inédito. ■

H

oje o meu editorial vai centrar-se um pouco sobre as investigações jornalísticas que vão acontecendo ao longo dos dias na vida de todos os portugueses. Pego nas reportagens de investigação das minhas camaradas Ana Leal e Alexandra Borges que todas as semanas levam até à opinião pública os seus trabalhos jornalísticos que muitas vezes passam ao lado do comum mortal, reportagens essas que tem custado ao canal de Queluz algumas penalizações como por exemplo a nível publicitário. Mas essas duas guerreiras vão fazendo o trabalho de investigação porque aprenderam e muito bem que os jornalistas são o meio de comunicação entre o “escondido” e a “verdade”. O mesmo se passa com o Jornal Concelho de Palmela, atualmente estamos a colocar alguns casos a descoberto, que certos senhores com algum poder local vão penalizando com a supressão de publicidade, mas cá continuamos na nossa «labuta» dia após dia a levar até si (que neste momento deve de estar a ler este editorial) todo o essencial da informação, sem crivagem política, religiosa ou mesmo futebolística. Porque as verdades vão doendo, acham tais senhores, que nos intitulam como «aqueles que pensam que são jornalistas» que a melhor forma de retaliar é penalizar o jornal com o corte sistemático de publicidade. Enquanto isso, outros media, até fora do Concelho de Palmela, lá vão recebendo a publicidade que poderia ser canalizada para o jcp , mas não o é porque a nossa equipa de jornalistas vai fazendo o seu trabalho todo documentado para que não haja qualquer falha nas reportagens que apresentamos. Claro que sabemos que essas reportagens são incomodativas para os senhores que pensam estar no topo de uma qualquer pirâmide e que se pensam os DDT aqui da região. Lembro aqui uma conversa que tive com uma jornalista que passou e está atualmente connosco, ela dizia-me há dias: “Li o teu editorial da edição passada e olha quando alguém te vier com a história de que o jcp é o jornal do sistema, só terás que dizer que a pessoa faça uma reflexão e volte anos atrás e se lembre, o jcp até foi editado para colmatar esse sistema, obrigou até esse sistema a abrir um jornal para combater o jcp ”. Estou a ver que o longo caminho de pedras vai durar, já em 1991 era o que era, agora vai ser ainda mais difícil de percorrer, mas como dizia Fernando Pessoa «Pedras no caminho? Apanho-as todas e um dia vou construir um castelo». Estamos cá para continuar o nosso trabalho e informar com rigor, isenção e sem cores partidárias. Bem-haja e boa semana a todos vós que fazem sermos o que somos!


Crónica

4 DESTAQUES

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

ECONOMIA

FÁTIMA BRINCA COLABORADORA

As crónicas da Nicha

Um grande chapadão…

A

s lembranças da minha vivência de doze anos no jornal “O Crime” são muitas, umas boas, outras nem por isso. Não resisto a contar a reportagem que fui fazer um dia ao Bairro da Terroa. Um menino tinha sido envenenado, tudo levando a acreditar, que teriam entrado gatunos, na casa onde se encontrava, enquanto a mãe tinha ido comprar peixe ao Mercado do Livramento. A PJ, liderada pelo inspector Sousa Martins, (um bom polícia e um grande amigo) estava “às aranhas” com a descoberta do crime, cuja investigação continuava num impasse. Durante a reportagem falei com uma velhota, que vivia sozinha e passava a maior parte do tempo a espreitar pelas persianas da janela. A vizinha garantiu que não viu ninguém entrar no prédio. E jurava a pés juntos “vi a mãe do menino sair e voltar pouco tempo depois, tendo voltado a sair”. A polícia não parecia muito confiante em acreditar na velhota, que devido à avançada idade, podia estar a confundir as coisas. Mas a versão da velhota era tão convicta, que fui falar com a mãe do menino vítima do envenenamento. Depois das perguntas tradicionais, ganhei coragem e perguntei-lhe “há uma vizinha sua que garante que a senhora saiu, mas voltou a casa pouco tempo depois…” A mulher olhou-me friamente e sem mais delongas deu-me um chapadão, enquanto me punha na rua, a mim e ao fotógrafo, o meu amigo Paulinho. Quando contei ao inspector, este fiou pensativo e comentou “que estranho gesto”. Alguns dias depois, um motorista dos Belos confirmou que afinal a mãe do menino, tinha saído na paragem da Praça Olga Morais Sarmento. A PJ juntou os pormenores e chegou à conclusão que a velhota tinha razão. O bilhete que a homicida apresentava como prova com a hora e o percurso até ao mercado, fora apenas um falso álibi. Depois de pressionada e perante os factos, a homicida acabou por confessar, que o miúdo tinha saído, mais cedo da escola e apanhara-a na cama com um amante e ameaçou contar ao pai. O comentário que me ocorreu na altura foi este: valeu a pena levar um valente chapadão, para meter uma assassina na cadeia.

Sindicatos acusam fornecedores da Autoeuropa de recurso abusivo a trabalhadores temporários O SITESUL, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, acusa várias empresas fornecedoras da Autoeuropa de promoverem a precariedade do emprego devido à utilização abusiva de contratos de trabalho temporário. LUSA

“N

o Parque Industrial da Autoeuropa há cerca de 800 trabalhadores com contratos de trabalho temporário, mas muitos deles deviam ser efetivos, porque são necessários para a produção normal das unidades industriais onde trabalham”, disse à agência Lusa o coordenador da USS (União de Sindicatos de Setúbal), Luís Leitão, durante uma ação de sensibilização do SITESUL junto dos trabalhadores de diversas empresas fornecedoras da Autoeuropa. “Na fábrica de automóveis da Autoeuropa já foi dada resposta a este problema e há 200 trabalhadores que mantêm o vínculo, ainda que temporário, durante o período de férias. Mas aqui, no parque industrial, as empresas [fornecedoras da Autoeuropa] ainda não estão a dar reposta a esta situação e estão a lesar todos os portugueses, pelo abuso que fazem do trabalho temporário, que também penaliza a Segurança Social”, acrescentou Luís Leitão. De acordo com o sindicalista, há várias empre-

sas do parque industrial da Autoeuropa que procedem ao despedimento dos trabalhadores temporários no mês de julho - o que significa que esses trabalhadores perdem o vínculo e os direitos adquiridos nessas empresas -, e depois voltam a contratá-los em agosto, por vezes com condições inferiores às que tinham anteriormente. “Há empresas que são condenadas em vários processos judiciais e alguns trabalhadores são reintegrados, mas continuam com a mesma prática porque o crime compensa. Se saírem 100 trabalhadores e só 10 avançarem para tribunal, mesmo que as empresas percam alguns desses processos, ficam a ganhar com aqueles 90 trabalhadores que não fizeram valer os seus direitos”, explicou Luís Leitão, defendendo a necessidade de uma intervenção mais eficaz da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). O dirigente da USS referiu ainda que há várias sentenças do Tribunal de Trabalho favoráveis à efetividade de trabalhadores de empresas como a “VANPRO, Benteler, CMP

COLHEITA DE SANGUE EM PALMELA

DAR SANGUE É DAR VIDA...

O Núcleo de Dadores de Sangue dos Bombeiros Voluntários de Palmela vai realizar já na próxima sexta-feira (26), mais uma recolha de sangue junto de todos aqueles que possam contribuir para uma causa justa. A colheita será realizada na Farmácia de Palmela entre as 15h00 e as 19h00. Os interessados devem dirigir-se ao local da colheita – Retail Park Palmela – e contribuir para esta causa. ■

Autoeuropa na “mira” dos sindicatos Autoneum e SN-Seixal” e adiantou que o SITESUL está a preparar processos idênticos de mais de duas dezenas de trabalhadores de diversas empresas do parque Industrial que, na perspetiva sindical, já deveriam ser efetivos, mas têm apenas um vínculo temporário. Por outro lado, acrescentou Luís Leitão, “é preciso acabar com as empresas de trabalho temporário, que só fazem falta para as grandes multinacionais se aproveitarem dos trabalhadores. Não há nenhuma razão para haver empresas de trabalho temporário, porque há trabalho de substituição, trabalho a tempo incerto, trabalho de obras”. “E, se há contratos para isso tudo, porque é que ainda existe mais uma forma de precariedade como o trabalho temporário”, questionou o sindicalista, que advertiu ainda para a provável aprovação de

“mais uma lei que penaliza os trabalhadores”. “PS, PSD e CDS prepararam-se para votar uma coisa ainda pior na Assembleia da República, no próximo dia 19 de julho: a possibilidade de o período experimental poder ir até aos 180 dias (seis meses). Se esta lei for aprovada, um trabalhador que seja contratado em janeiro e que seja despedido em julho perde o direito à caducidade do contrato, ou seja, perde os direitos de antiguidade, porque trabalhou apenas durante o período experimental”, disse. Questionado sobre a ação de sensibilização efetuada hoje pelo SIESUL junto ao Parque Industrial da Autoeuropa, Luís Leitão esclareceu que o objetivo era alertar os trabalhadores para a possibilidade de fazerem valer os seus direitos e não permitirem a utilização abusiva dos contratos de trabalho temporário. ■

Uma das recolhas realizadas pelo NDSBVP


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6 JUSTIÇA

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

MONTIJO

Novas provas adiam sentença de Diana Fialho e Iúri Mata O Tribunal Judicial de Almada adiou a sentença do casal que é suspeito da morte da professora de físico-química, Amélia Fialho, após ter sido terminado o relatório de perícia realizado ao sistema informático do casal e devido a uma nova acusação por parte do Ministério Público. Júlio Duarte

julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt

T

udo estava preparado para que Diana Fialho e Iúri Mata conhecessem a sentença que lhes vai ser aplicada, mas duas novas situações surgiram no processo e foi dado a conhecer pelo juiz às advogadas do casal suspeito de ter matado Amélia Fialho em setembro do ano passado. Em causa está o relatório de perícia que foi realizado ao sistema informático do casal, que apenas foi entregue na véspera da leitura do acórdão e que le-

Tribunal adia sentença por causa de novas provas vou a Defesa a solicitar ao tribunal o adiamento da sessão para estudarem o caso e apresentar as suas alegações, audiência que está marcada para o próximo dia 29 de julho. O Ministério Público quer ainda aumentar a acusação para a figura jurídica de homicídio por motivos fúteis. O jcp falou com Isabel Alexandra, advogada especializada em direito criminal que nos explicou que “o pedido do MP é uma forma de condenar os arguidos a um

POCEIRÃO

INCÊNDIO MOBILIZOU BOMBEIROS E GIPS

Este foi o terceiro incêndio que deflagrou nos terrenos que integram as herdade de Rio Frio, na União de Freguesias de Poceirão e Marateca. Foi na tarde da passada quarta-feira, que os bombeiros foram acionados para um incêndio que destruiu parte do montado de sobro existente no local. Segundo fonte do CDOS, o alerta foi dado pelas 16h59 e para o local foram mobilizados os bombeiros de Águas de Moura, Pinhal Novo e Canha (Montijo). No local estiveram 26 operacionais apoiados por 6 viaturas e o meio aéreo que foi desmobilizado poucos minutos de ter atuado com duas descargas de água. O combate às chamas foi ainda feito por um meio aéreo e o Grupo Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR. As chamas consumiram pastagem e alguns sobreiros. Em alerta também estiveram os funcionários da Malte Ibérica, pois as chamas andaram próximas dos terrenos da empresa. ■

homicídio qualificado e aí a pena é agravada daquilo que estava inicialmente definido na acusação”, para a advogada é sempre necessário analisar o processo para que possa haver uma explicação mais pormenorizada.

Críticas à acusação por parte da advogada de Iúri No final da audiência as advogadas de defesa falaram com os media presentes no Tribunal de Almada, e Alexandra Coelho, advogada de Iúri Mata, foi forte em

críticas ao Procurador do MP. A advogada adiantou “há muita coisa para se dizer, mas só irei falar no fim do processo”, apontando o dedo à forma como é conduzida a acusação ao seu cliente. Tânia Reis, advogada de Diana Fialho, falou sobre o relatório que só agora é que chegou ao processo, um relatório pericial que poderá agravar mais a pena da sua cliente. “Só fomos hoje informadas desse relatório pericial, que foi efetuado ao sistema informáti-

co dos arguidos, claro que não podíamos pronunciar hoje, nem prescindir de fazermos as nossas alegações”, disse em declarações aos jornalistas.

Familiares de Amélia Fialho já sabiam do adiamento Segundo conseguimos apurar junto de fontes ligadas ao processo, o tribunal terá comunicado aos familiares da professora que foi morta, o adiamento da sentença dos dois suspeitos de homicídio. ■


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8 TEMA DE CAPA

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

«Temos uma realidade na freguesia de Palmela que impõe desafios» Jorge Mares, presidente da Junta de Freguesia de Palmela eleito pelo PS, faz um balanço muito positivo destes primeiros anos do seu mandato, assume-se como “uma pessoa do povo” e “emotivo”, e fala também ao jcp sobre os projectos a concretizar na freguesia desta vila Histórica. Carmo Torres | Miguel Garcia

Informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

P

residente da Junta de Freguesia de Palmela falou com o jcp sobre as obras e os projetos que ainda terá para realizar naquela que é a freguesia sede do concelho de Palmela. Que balanço faz destes quase dois anos de mandato? Faço um balanço muito positivo mas o meu objectivo é ultrapassar aquilo que está imposto, fazer sempre mais, sem olhar para trás, porque quem cá esteve e o trabalho que deixou, não nos interessa no presente. Como presidente da Junta de Freguesia procuro corresponder às exigências básicas e fundamentais a que estou obrigado pelo meu cargo, com um trabalho de proximidade, falando com as pessoas, não fujo às minhas responsabilidades. Sou uma pessoa do povo e nasci em Palmela, filho de pessoas humildes ligadas às coisas mais simples da terra. Uma grande parte dos problemas que nos colocam são responsabilidade da Câmara Municipal, mas é à nossa parte que as pessoas batem. O meu trabalho é também transmitir essas questões ao executivo camarário com quem temos um bom entendimento, mas que não pode estar em todo o lado, embora na minha opinião, devia ‘descer’ um pouco mais ao terreno, e a outras entidades, como a EDP, devido aos problemas com iluminação pública, e que nos respondem quase em 48 horas, por isso não temos razão de queixa. Eu faço atendimento à quarta-feira e por vezes não aparece cá ninguém, mas se me encontram na rua, é ali que faço o atendimento se me pedem. Desde que este executivo en-

trou, temos procurado alterar formas de trabalho e de estar uns com os outros aqui dentro na Junta, com os trabalhadores da componente administrativa e os assistentes operacionais, e com a população, estabelecendo com esta um novo diálogo. Relativamente ao funcionamento da Junta, dou-lhe como exemplo que recentemente foi aprovado em reunião de Câmara um acerto ao protocolo de calçadas com mais 300m2 que fizemos em 2018, o que significa que estamos a ultrapassar aquilo a que estamos obrigados. Um dos desafios que temos no dia a dia é o cumprimento dos contratos e protocolos administrativos com a Câmara Municipal.

E como tem sido a relação com os funcionários da Junta de Freguesia? Temos uma realidade na freguesia que impõe desafios e graças às nossas equipas multidisciplinares que temos e aos empregados polivalentes da Junta, que dão tudo por tudo, a nossa capacidade de resposta aumentou, embora não seja fácil porque é um trabalho exigente, sobretudo no Verão, quando é preciso fazer trabalho na rua. Felizmente temos um bom coordenador nessa área. Melhorámos qualitativamente, mas também quantitativamente. Inaugurámos agora uma viatura de caixa fechada, para optimizar as nossas capacidades e racionalizar o trabalho, e já tínhamos substituído outra no início do ano com outra. Criámos também uma nova imagem, fresca e colorida e que todos sabem interpretar, sem dano para o brasão da freguesia. Em termos administrativos, a resposta à população também

tem sido positiva, e temos ainda duas delegações, a do Brejos do Assa e de Aires, criadas nos mandatos anteriores e que estão a funcionar, sendo que a de Aires mudou agora de instalações. A Junta de Freguesia quer preparar-se melhor para prestar um melhor serviço à população, que é a nossa grande missão.

No passado já foi presidente da Junta de Freguesia de Palmela, mas como é trabalhar com uma outra força política, no caso a coligação PSD/CDS-PP? Já trabalhei com todos os partidos na Junta de Freguesia e neste caso, trata-se de um acordo feito por um conjunto de pessoas que se juntaram a trabalhar para o bem da freguesia, para garantir o seu funcionamento logo a seguir às eleições, ao contrário do que aconteceu no anterior mandato, em que a Junta apenas começou a funcionar cerca de quatro meses após as eleições. Este acordo tem funcionado bem, não temos divergências nas questões essenciais, há mesmo uma conjugação de pontos de vista. Temos que ver que há alternativas e o PS é um partido que não tem problemas em trabalhar com quem quer que seja. E posso dizer que a nossa prestação de contas de 2018 foi aprovada por unanimidade, porque os partidos reconheceram o trabalho feito, mas também as diferenças entre o passado e o que está a ser feito agora.

Quais são as principais dificuldades que enfrenta? Temos uma legislação que aperta demasiadamente o funcionamento das autarquias, não nos deixando trabalhar como poderíamos, como por exemplo na compra ou leasing de viaturas, que tem de ir a Tribunal de Contas. Levámos seis meses para comprar uma carrinha de caixa aberta, em Leasing, num valor que não chegou aos 20 mil euros. A fiscalização está demasiadamente apertada, é preciso dar algumas ‘folgas’ para permitir uma gestão a curto prazo. Também a Junta de Freguesia tem mais competências em relação aos anos anteriores, o que aumenta o trabalho a realizar, do mobiliário urbano à toponímia, aumentando a exigência.

Como está a situação do cemitério de Palmela? Actualmente é da gestão da Câmara Municipal, mas estamos a estudar a possibilidade de passar para a responsabilidade da Junta. Os muros já foram pintados, e a capela está agora em obras e há mais umas coisas em que é preciso intervir. Estejam estas obras prontas, e se a Câmara Municipal assim o entender, estamos abertos ao diálogo para ficar com essa competência e julgo que todos podemos ganhar com isso. Há cerca de quinze anos chegou a haver algum abuso do uso do cemitério, eu próprio lá vi plantados pimentos e tomates. Foram erros e descuidos e espero que não voltem a acontecer. O investimento tem vindo a aumentar em Palmela, de que forma a Junta encara esta situação? É verdade, o turismo cresceu imenso a nível nacional e local, e há sinais positivos em Palmela, com um novo hotel a funcionar, com alugueres turísticos de casas privadas na zona histórica,

e também ao nível do comércio, mas é preciso preparar-se a vila para esse embate, e isso passa por desburocratizar os processos. Temos excesso de burocracias que não deixam muitos projectos avançarem… e a Câmara Municipal tem de agilizar esses processos para quem quer investir em Palmela. Já se vêm muitos carros turísticos e turistas a passear, até porque Lisboa está a rebentar pelas costuras de turistas e esse ‘excesso’ tem tendência para procurar outros destinos, entre eles o sol, o mar e a Serra, que encontra em Setúbal e Palmela. Temos muito para oferecer, dos vinhos às paisagens, passando pela doçaria, história e moinhos, e por isso é também necessário requalificar alguns dos miradouros e que os técnicos da Câmara tenham uma visão mais aberta do mundo. E até em termos culturais, abrimos as portas à comunidade desta casa e hoje temos pedidos de artistas estrangeiros para exporem as suas obras. Temos também aqui nos parques industriais várias empre-


TEMA DE CAPA 9

23-07-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

a essa localização. Montijo e Alcochete terão também de se remodelar nesse sentido da oferta.

sas de sucesso, em crescimento, desde produtos de cortiça até barcos e alimentos, como o pão, e algumas têm sido visitadas pelos executivos no âmbito das visitas descentralizadas, e tudo isso muito nos orgulha. E tem também peso o facto dos acessos que temos às vias de comunicação. Mas também ao nível nacional há sinais positivos de crescimento da economia, e esperemos que assim continue, assim as pessoas não se deixem abater com alguns obstáculos. O novo aeroporto complementar no Montijo pode trazer ainda mais turismo para Palmela, e a vila está preparada para tal? Se o aeroporto for uma realidade, Palmela virá a beneficiar disso, mas seria necessário criar mais infraestruturas de realojamento, de outro modo as pessoas continuam a ir para Lisboa, porque temos algo a oferecer em termos turísticos. E Palmela devia começar a pensar nisso, embora a maioria na Câmara Municipal não seja favorável

Que obras gostaria de ver avançar na sua freguesia? Rapidamente, gostaria de ver o problema do chafariz D. Maria I resolvido. Trata-se de uma obra que tem de garantir a conservação daquele património histórico, e não podemos aceitar que se mantenha assim. É a imagem que marca a entrada de Palmela e algo que os palmelões não aceitam, ver o estado a que um chafariz que atravessou séculos, se encontra. O largo de S. João também m e re c i a u m a i n te r ve n ç ã o porque continuo a dizer que aqueles bancos não servem as pessoas, deviam ter outra disposição para as pessoas se sentirem mais confortáveis. A Câmara Municipal está a par de ambas as situações e dizem-nos que estão a trabalhar nisso. E depois temos o conjunto de edifícios atrás da Casa Mãe Rota dos Vinhos, onde funcionou até a Rádio Pal e todo ele merece ser reconvertido e colocado ao serviço do público. E podemos até pensar na retirada do Fontanário porque neste momento é uma barreira, mas não é essencial para a mobilidade, desde que sejam dadas condições a quem quiser usufruir do espaço. Também a Avenida dos Bombeiros Voluntários merecia uma requalificação com empedrado e bancos para que a população possa usufruir desse miradouro natural, e é uma obra que esteve em programas eleitorais de vários partidos e de que agora não se fala. Há muito a fazer em Palmela para valorizar a vila. Essa valorização do largo de S. João podia passar por recolocar mesas ou um espaço para merendas? Sim, faz falta sem dúvida, para a população e para quem nos vista, no largo e na mata do Castelo. Temos várias iniciativas que trazem até nós pessoas de instituições e é preciso criar essas condições como também casas-de-banho.

Palmela é uma terra de cultura? Palmela é uma terra de excelência no que diz respeito à cultura. Com a candidatura de Palmela às cidades criativas da UNESCO, diz exactamente que todos os testemunhos dados para essa candidatura revelam essa excelência e a espinha dorsal dessa candidatura assenta nas duas colectividades de Palmela, as mais antigas e um historial de excelência, e isto com todo o respeito pelo vasto panorama sociocultural

do nosso concelho, que vai das outras filarmónicas aos círios, o folclore ao cante alentejano. Acho que a Câmara Municipal fez muito bem em optimizar esse potencial das nossas colectividades com esta candidatura. O associativismo cultural em Palmela é muito forte e fizemos mesmo um testemunho, escrito por mim, em que se dizia que «não há pessoa nesta terra que não seja músico ou que não tenha ligado a uma banda ou coral em Palmela». No meu caso, tenho familiares, porque toco outras músicas. E depois temos artistas como o maestro Jorge Salgueiro, que com 14 anos já escrevia peças para as bandas, tendo começado de pequenino nos Salgueiros. É um orgulho da nossa terra, e uma pessoa muito prestigiada na música em Portugal. Palmela perdeu com o fim do evento ‘Pino do Verão’? Quando uma porta se fecha, abre-se uma janela. Podem acabar projectos que se calhar terminaram por ‘morte natural’, mas fecha-se um ciclo e abre-se outro.

E como vê importância da Feira Medieval? É um evento com importância, porque Palmela teve foral em 1185, no reinado de D. Afonso Henriques, e tem acompanhado a História até aos dias de hoje. Tudo o que ali se celebre, viveu-se em Palmela e no castelo. Mas também lhe posso dizer que as feiras medievais se banalizaram, embora devessem servir para recordar aos jovens o que foi a nossa História. Nestes eventos ensinam-se os momentos históricos, no nosso caso tendo no centro a Ordem de Santiago, momentos como o Foral de D. Manuel em 1512, que se comemora a 1 de Junho, o convento mandado construir por D. João I, onde agora é a pousada, para albergar os freires da Ordem de Santiago em 1482, e assim lembrar que fomos uma terra com importância, que por duas vezes foi sede da Ordem de Santiago.

Palmela chegou a ter uma relação comercial com Mogadouro, que fica em Trás-os-Montes, segundo um estudo do historiador Matos Fortuna. E temos também ruínas do Neolítico, há seis mil anos, e do Paleolítico, mas também romanas, essas bem identificadas. Como se encontra a freguesia no aspecto social? Temos uma Comissão Social de Freguesia, que reúne e faz uma avaliação das preocupações ao nível da freguesia, com IPSS, GNR, Igreja e Santa Casa da Misericórdia, bem como a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, entidades que têm responsabilidades na área social. As situações sociais da freguesia estão perfeitamente identificadas e controladas, ao nível de apoios e reinserção social. As famílias são apoiadas e há uma visita semanal de uma técnica nas freguesias de Palmela e Quinta do Anjo e faz o encaminhamento das situações mais prementes para a Segurança Social ou outras entidades. Já tivemos situações de pessoas nos virem bater à porta com fome…, mas existe uma instituição na vila de muito mérito, a Conferência de São Vicente de Paulo, que em parceria com a Junta temos feito recolhas de alimentos, que são depois distribuídas pelas famílias. E a nível de segurança? Gostaria de ter mais segurança na vila de Palmela e em Aires. Temos tido reuniões com a GNR e uma das questões é o reforço de patrulhamento e vigilância dentro da freguesia, que consideramos escasso. Gostaria que a GNR estivesse mais presente, com mais meios e mais viaturas, embora saibamos que não é possível ter um militar ou agente da polícia em cada esquina. Mas a presença destes nos locais é dissuasor de actos ilegais. O novo destacamento veio melhorar em termos de estrutura, mas não trouxe mais respostas. Por outro lado, Palmela é uma terra onde não existem proble-

mas graves, excepto alguns casos isolados. Somos das zonas mais seguras da região.

No dia do concelho, 1 de Junho, a prenda da autarquia foi a inauguração do novo parque em Aires. O que isso significa para a freguesia? A Câmara Municipal interveio ali porque é da sua responsabilidade, mas vai passar para a gestão da Junta, e já cuidámos do espaço envolvente, a pintar e com os bancos e zonas arrelvadas. A aposta foi muito boa, aproveitando o espaço à beira do abrigo de passageiros, tem um acesso fácil e cafés, bem como acesso à rua principal. O antigo foi desmantelado porque apresentava já insegurança para as crianças. O que mais o marcou no actual mandato? O meu dia a dia é feito de momentos. Dos momentos tristes procuro passar por cima. Encontro uma grande satisfação na ligação com as pessoas porque como presidente da uma Junta, posso gerir o que é mais importante ao nível local, que são as pessoas. Sou uma pessoa muito emotiva e lido muito com pessoas, por isso não posso dizer que tenha tido um ‘grande momento especial’, mas tenho pequenos grandes momentos todos os dias, quando fazemos qualquer coisa e a resposta que recebemos é um sinal positivo por parte das pessoas. Por vezes pequenas coisas, como arranjar uma pedra levantada na calçada, até outras obras, algumas até feitas pela calada, porque não são da nossa responsabilidade sequer. A proactividade é fundamental no espírito de um presidente de Junta, e é isso que procuro ser, sem me meter no que respeita à Câmara Municipal. Mas também quando me dizem que um determinado número de buracos, e levam o tempo a «bater» nisso, também pode ser destrutivo. O que preciso de saber é onde é que eles estão para os poder tapar. E por isso pedimos essa ajuda aos fregueses.

Uma mensagem para os leitores do jcp? Deixo uma mensagem de acolhimento a todas as ideias que as pessoas nos queiram transmitir para nos ajudar a cumprir a nossa missão, e da minha parte garanto a abertura e disponibilidade do presidente do Junta de Freguesia para o que precisarem. Somos uma Junta de Freguesia transparente e as nossas portas estão abertas a todos, há vários canais de comunicação, entre eles o novo site da internet que foi remodelado por nós. ■


10 MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

INVESTIMENTO

AMBIENTE

Montijo cada vez mais procurado pelos investidores Desde o anúncio da instalação do aeroporto complementar para o Montijo, que a cidade está na ‘mira’ dos grandes grupos económicos para se instalarem. A caminho está mais um novo complexo comercial.

Cidade do Montijo na “mira” de novos investidores Miguel Garcia direcao@jornalconcelhodepalmela.pt

A cidade do Montijo está cada vez mais a ser procurada pelos novos investidores para se instalarem naquela que é considerada a cidade atrativa de Portugal e também a Capital da Flor, e que se prepara para a chegada de um fluxo enorme de investimento ligado à área de grandes centros comerciais. O último caso a surgir na cidade foi o grupo Leroy Merlin que se instalou em dois pontos, um já existia – as antigas instalações do AKI – sigla que desapareceu do mercado nacional e que dá agora lugar ao grupo Leroy; e o outro foi a requalificação do Retail Park do Montijo, um espaço construído há alguns anos mas que nunca foi ocupado até este ano, onde se instalaram as marcas Leroy Merlin, Casa, Conforama, Guimarães e um grupo de ginásios. Mas a cidade está prestes a ver um outro investimento a surgir, desta vez é na zona da

recém rotunda das tertúlias, um terreno que está ao abandono desde os anos 80, uma fábrica de cortiça que deixou de laborar nessa década e que da história só restava a edificação e o terreno. A semana passada já eram visíveis algumas máquinas a trabalhar nas instalações. Segundo fonte próxima da Câmara Municipal, a autarquia têm recebido ultimamente vários pedidos e projetos de investimentos que estão interessados em instalar-se no território, se o fenómeno é ou não o anúncio do novo aeroporto, isso ninguém sabe, a única coisa que se sabe é que vários grupos já colocam o “olho” em terrenos que estavam ao abandono há muito tempo e onde agora poderão surgir oportunidades de investimento e de trabalho naquela que foi uma cidade onde o flagelo do desemprego sempre esteve acima da média na margem sul do Tejo. Fórum Montijo desaparece O Fórum Montijo parece ter os

dias contados, depois do grupo Alegro ter adquirido a empresa já fez anunciar de que o nome «Fórum» vai desaparecer para surgir o «Alegro Montijo». Uma das incertezas é a continuidade do grupo Sonae no espaço que ocupa até hoje, pois o supermercado que foi adquirido pelo grupo de Belmiro Azevedo aos franceses Carrefour, deu lugar ao Continente Montijo, mas tudo está em aberto sobre a continuidade ou não da sigla nas instalações do ainda Fórum Montijo. A estratégia do grupo Alegro passa por mudar o nome do Fórum para consolidar ainda mais a presença na margem sul do Tejo e o marketing da empresa quer dar uma roupagem nova à marca. As estratégias estão a ser estudadas nos escritórios da empresa em Lisboa, e em breve vão ser conhecidas do grande público e clientes daquele que é um dos maiores espaços comerciais da Península de Setúbal. ■

ZERO E QUERCUS LAMENTAM PRESSÕES AMBIENTAIS NA RESERVA NATURAL DO ESTUÁRIO DO TEJO O aumento da área de proteção, a necessidade de maior fiscalização da pesca e a melhoria da qualidade da água são desafios apontados pelas associações ambientalistas Quercus e Zero na gestão da Reserva Natural do Estuário do Tejo. Lusa

A

semana passada comemorou-se o Dia da Reserva Natural do Estuário do Tejo, criado pelo Estado com o objetivo de iniciar uma gestão racional da área de modo a não comprometer as suas potencialidades biológicas. Em declarações à Lusa, João Branco, membro da direção da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, sublinhou que “a reserva é uma área bastante importante a nível nacional e internacional” devido à dimensão biológica. Durante o inverno, segundo João Branco, a reserva chega a receber mais de cem mil aves, resultado da migração da espécie. Porém, apesar de aclamada pela sua diversidade biológica, a Reserva Natural do Estuário do Tejo enfrenta desafios ambientais – por estar localizada junto a áreas povoadas, por exemplo, acarreta problemas ao nível da qualidade da água, além de haver espécies invasoras entre os peixes, bivalves e invertebrados. “À medida que essas espécies invasoras se espalham pelo território, as espécies nativas diminuem obrigatoriamente, porque competem pelo mesmo habitat e pelos mesmos recursos”, explicou o membro da direção, apelando à criação de políticas que minimizem este efeito. A dimensão da reserva é outro dos problemas apontados pela Quercus, que considera necessário um alargamento da sua área terrestre, nomeadamente nas margens do Tejo até Vila Franca de Xira e nas margens de Alverca do Ribatejo. “As reservas eram coisas que não eram desejadas e eram feitas nos limites dos locais onde ninguém se iria queixar”, referiu João Branco, acrescentando que esta é a razão pela qual muitas zonas húmidas estão fora da reserva. No seu entender, “há uma série de zonas envolventes que merecem uma requalificação” com vista a fazer parte da reserva natural. A proteção das margens e dos mouchões é outro ponto que João Branco salientou como carecido de políticas protetoras, recordando o rombo ocorrido no Mouchão da Póvoa, que levou parte significativa desta ilha. O representante criticou o

tempo que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) demorou a intervir nesta situação, tendo em conta que era “aquela que tinha competências para autorizar intervenção”: “O Estado tem que ser rápido a resolver”. “Todo o estuário e todo o rio têm que ser geridos de forma a conversar os valores naturais e a Reserva Natural do Estuário do Tejo”, apelou, lamentando que a população veja este conjunto de forma isolada. Para a Quercus, o Tejo constitui “um sistema único” e deveria ser protegido na totalidade, não apenas na área da reserva. Partilhando da opinião em relação à importância desta área, Paulo Lucas, da direção da Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável considerou que a reserva “tem sido um dos marcos da conservação da natureza em Portugal” e admitiu que a reserva tem sido sujeita a muitas pressões, principalmente pelo facto de estar localizada numa área povoada. A grande ameaça atualmente, indicou, é o projeto do aeroporto do Montijo (distrito de Setúbal), considerando que a construção pode vir a ter um impacto muito significativo no ecossistema da reserva. “A grande preocupação são as aves”, disse Paulo Lucas, revelando que tanto o aeroporto as pode afetar, como podem elas afetar o aeroporto. A alteração de zonas de salina para pisciculturas é outra preocupação de Paulo Lucas, explicando que as áreas de cultura de criação alternativa são áreas muito profundas, não sendo adaptadas às aves aquáticas residentes da reserva. De acordo com Paulo Lucas, existe a intenção de fazer dragagens no rio Tejo de forma a permitir que a plataforma logística da Castanheira do Ribatejo para reforçar o acesso marítimo de mercadorias, uma medida que está a ser alvo de críticas. Considerando os estuários como “zonas de maternidade”, Paulo Lucas apelou à continuação do esforço de fiscalização da pesca ilegal, já que é preciso salvaguardar estes espaços “a todo o custo”. “O país tem de ter outro tipo de abordagens”, disse o ambientalista. ■


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12 SETÚBAL

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

FEIRA DE SANT’IAGO REGISTA MILHARES DE PESSOAS

“Uma Festa onde vamos porque sim!” O tempo tem contribuído para a vinda de milhares de pessoas, que vivem a Feira de Sant’iago como o maior evento da zona sul do país. A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, destacou que a Feira “é parte fundamental da cidade e continua a ser um dos mais destacados momentos da nossa identidade”. Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

“U

ma Festa onde vamos porque sim e onde vamos continuar a ir” foi o desafio inicial da presidente Maria das Dores Meira, que inaugurou a Feira na presença de milhares de visitantes. O recinto foi remodelado e pela primeira vez o Pavilhão Multiusos das Manteigadas foi utilizado para receber diversos stands culturais, sociais e desportivos. O som da Feira foi assegurado pelo “Som da Baixa”, onde quatro profissionais garantem diariamente toda a informação e iniciativas que decorrem no recinto. Os sabores tradicionais, vinhos, doçaria regional, são um espaço de destaque que continua a atrair os visitantes. Queijada da Baía com sabor a poesia O pasteleiro Domingos Cruz trouxe este ano à Feira a Queijada da Baía concebida à base de requeijão, moscatel roxo, mel da Arrábida e salicórnia, que apresenta na embalagem a mais bela baía do mundo e quadras do poeta Calafate, numa parceria com a Casa da Poesia.

O lançamento oficial da Queijada será a 27 de Julho, num workshop a realizar na entrada da Feira.

Cegas Tradições apostam na doçaria regional Ana Fráguas, que este ano venceu o Concurso de Doçaria de Palmela, continua a apostar em novidades docinhas à base de doce de laranja especialidade de Setúbal. A dinâmica empresária das Cegas Tradições deixa o recado “o doce é feito com casca de laranja, mas temos também a tora de laranja de Setúbal e todas as iguarias são feitas de forma artesanal”. O Arrabidine e os vinhos Camolas com ostras O licor de Arrabidine, que até começou a ser fabricado no Seixal, é uma das especialidades da Quinta do Anjo, concebido à base de uma receita dos monges da Arrábida. No espaço dos sabores os visitantes podem provar a excelente iguaria, mas quem preferir degustar os vinhos brancos saboreados com ostras do Sado também o pode fazer no espaço da Adega Camolas.

Dores Meira garante identidade da Feira As farturas da Luizinha são especiais No recinto da Feira existem várias barraquinhas de farturas, mas a fila enorme que se estende em frente da Luizinha das Farturas obriga a uma reflexão: que têm de especial estas farturas? Por detrás da enorme frigideira o pasteleiro apenas explica “são feitas com muita simpatia, amor e ternura” e aí residirá a explicação para que seja obrigatório ir à feira e levar farturas da Luizinha.

Maya: a promotora da Feira A apresentadora Maya da CMTV lá anda pela feira a espalhar simpatia e a ser a rainha das selfies, explicou ao jcp “estou com a minha gente, adoro Setúbal e a margem sul, com este clima maravilhoso e com esta alegria”… e mais não disse pois foi solicitada para mais uma selfie. A Feira vai continuar até dia 4 de Agosto com diversas iniciativas, que têm como destaque os concertos no Palco de Setúbal, por onde vão passar Raquel Tavares, Toy, David Fonseca, Ana Malhoa, Calema e Gabriel, o Pensador. ■

“É O PRATO DO DIA”

A Tasca da Galdéria animou a Feira em noite de inauguração com a participação dos atores do TAS, que ao ritmo do fado burlesco arrancaram gargalhadas divertidas a autarcas e visitantes. O espetáculo inicial regalou para segundo plano o “Zé dos Gatos”, que até faz parte das bandeiras do evento. ■


CULTURA 13

23-07-2019  |  Jornal Concelho de Palmela WINE JAZZ COM FORTE ADESÃO DE VISITANTES

PARTICIPANTES SUGEREM ALTERAÇÕES

O tempo quente, apesar do vento desagradável ao princípio da noite, mobilizou a forte adesão de visitantes, mas os participantes sugerem alterações para melhorar o evento. Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

O

s três dias do Wine Jazz contaram com a forte adesão de visitantes, que degustaram os melhores vinhos da Península de Setúbal, onde as adegas de Palmela estiveram em destaque. Os vinhos aliaram-se à animação em três palcos no Bobo da Corte, Igreja de Santa Maria e Terraço Sul. A edição deste ano contou com a participação de dezena e meia de adegas, Casa Ermelinda Freitas, Adega Camolas, Adega de Palmela, Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões, Damasceno Wines, Fernão Pó Adega, Filipe

Palhoça Vinhos, Herdade de Pegos Claros, Malo Wines, Quinta do Monte Alegre, Quinta do Piloto, Sivipa, Venâncio da Costa Lima, Xavier Santana e Herdade da Comporta. O evento promovido pela Câmara de Palmela e pela Rota de Vinhos da Península de Setúbal, contou com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal e da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa. Os visitantes tiveram dificuldades de acesso, não só devido às obras, mas também com a realização de um casamento no dia inaugural, mas dentro das alterações sugeridas também terá que haver uma melhor proteção do local, onde os produtores têm que enfrentar o calor e este ano o vento, que se fez sentir com o cair da noite. Entre os produtores houve mesmo quem destacasse que este evento podia ser uma referência na área da promoção se fosse dotado de melhores condições. ■ Produtores queixam-se com o calor e vento

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QUINTA DO ANJO

ALDEIA PREPARA-SE PARA RECEBER A BLUE PARTY A Sociedade de Instrução Musical e a Associação das Festas de Todos os Santos estão a preparar uma noite de grande festa no largo daquela coletividade. Como já vem sendo habitual, todos os anos as duas associações juntam-se e organizam uma Blue Party para ajudar a angariar fundos para a edição das festas de Todos os Santos que se realiza no fim de outubro e início de novembro. Este ano a Blue Party está marcada para o próximo sábado (27), às 22h30, obrigatório é levar uma peça de roupa azul e muita animação para espalhar na pista de dança ao som do DJ Tó Patronilho. As entradas já se encontram à venda nos locais habituais. ■


14 ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela  |  23-07-2019

Oposição deixa recados A última sessão de câmara antes das férias serviu para que os vereadores da oposição deixassem recados ao presidente da autarquia. Depois dos recados Álvaro Amaro aproveitou para explicar algumas situações. “AMOR DURA POUCO TEMPO”

LIGAÇÃO À EN 252 DA ROTUNDA DO BOMBEIRO A vereadora do MIM, Palmira Hortense, pediu esclarecimentos sobre a ligação da rotunda do Bombeiro à EN 252, que ajudaria ao escoamento do trânsito, na entrada de Pinhal Novo. A vereadora do MIM quis saber se existia algum contrato para a construção do acesso, com Álvaro Amaro a esclarecer que não “existe nenhum contrato” e explicou que quando “foi

feito o loteamento da Cascalheira foi cedida uma parcela de terreno à Câmara” e “surgiu a hipótese de se fazer a ligação com a construção do Retail Park”. Como o empreendimento não foi avante, não houve a ligação. No entanto o presidente palmelense prometeu que irá “fazer-se a via de ligação, mas não será neste mandato”. ■

SITUAÇÃO RAPIDAMENTE RESOLVIDA O alerta que publicámos na última edição sobre a necessidade de mudar de local os contentores de lixo na rua Padre José Estevens Dias, no Pinhal Novo a situação foi rapidamente resolvida. Mas alertam-nos agora para “a nova localização dos ecopontos

nessa mesma rua... Desta vez no quarteirão seguinte, ocupa-se/inviabiliza-se um lugar de estacionamento para um lugar de caixote? Quando por trás dos caixotes já existentes se tem tanto espaço e não se impede a passagem de peões nem se retira um lugar de estacionamento”. ■

O vereador socialista Raúl Cristóvão lançou um alerta à câmara para que “procure sensibilizar o dono do imóvel para que continue a estar visível, não só pela mensagem, mas também pelo esforço de quem pintou”. A pintura em causa foi feita em resposta ao apelo da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, que procurou dignificar edifícios que estavam degradados e onde desafiou artistas a manifestarem-se através da arte de rua. Mas a pintura Mais Amor,

na entrada (sul) da Quinta do Anjo foi tapada por um painel publicitário, com o vereador socialista a desabafar “o amor durou pouco tempo”. O presidente da câmara de Palmela, Álvaro Amaro, garantiu que o município “não recebeu qualquer pedido de licenciamento para qualquer painel (publicitário) para ser ali colocado”. Mas sem licença ou não cá está sem tirar nem pôr o painel publicitário que “acabou” com a bonita pintura que apelava a Mais Amor! ■

…E SE O COLÉGIO FOR LEILOADO?

Um alerta em forma de pedido de esclarecimento foi feito pelo vereador da Coligação Palmela Mais, Paulo Ribeiro, que quis saber qual “o ponto da situação da Escola de Cabanas?”. O presidente Álvaro Amaro revelou que a Escola Básica de Cabanas “não estará pronta antes de Janeiro e continuaremos a utilizar o Colégio Guimarães” e acrescentou “mesmo depois da escola estar pronta, iremos manter turmas no referido colégio”. Entretanto recebemos um alerta de um pai preocupado, que depois de ver os avisos de leilão no Colégio Guimarães, se mostra apreensivo e interroga-se: ”se o Colégio for leiloado o que acontece às crianças, que ali estão a frequentar as aulas?” ■

E hoje ficamos por aqui, que os alertas já são longos. Para a semana publicaremos mais alertas e desta vez com destaque para os recados dos leitores e dos munícipes.


ÚLTIMA HORA 15

23-07-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

Mihail Costandoi consagrou-se vice-campeão regional

O

atleta da Team Target Renegade - clube desportivo e recreativo, sediado no Pinhal Novo, consagrou-se vice-campeão regional, após mais um combate de boxe, no Campeonato Regional de Boxe, realizado no passado fim de semana. Mihail Costandoi combateu o muito experiente pugilista, Bruno Lucas, da Pavanitos Team e, após três assaltos duríssimos, venceu o combate aos pontos, seguindo, deste modo, para a final. Na final, enfrentou o atleta Francisco Moura, que representa o Privilégio Boxing Clube, sob tutela do conceituado ex-pugilista, Bruno de Carvalho.

O atleta Francisco Moura não teve adversário na meia final e passou directamente para a final, encontrando-se em maior frescura física. Ainda assim, a vitória do atleta Francisco Moura foi encontrada ao final dos 3 assaltos de 3 minutos, aos pontos. Deste modo, Mihail Costandoi consagrou-se vice-campeão regional. Nesta época, Mihail Costandoi já havia conquistado o 1º lugar no Open Boxe Marvila, tendo obtido a vitória nos dois combates que realizou. Venceu, na modalidade de LowKick, o atleta da casa, Luís Duarte, no evento Matosinhos Fight Night e na sua estreia em

CAMPEONATOS ABSOLUTOS DE VERÃO DE LISBOA

PALMELA DESPORTO ESTEVE EM DESTAQUE

A Palmela Desporto participou com 10 nadadores nos Campeonatos Absolutos de Verão de Lisboa, na Piscina do Sport Algés e Dafundo. A par de resultados de referência destacam-se os nadadores Alexandre Morais e a Mafalda Dias nos 100 metros livres e nos 50 metros mariposa por terem alcançado os mínimos para os campeonatos nacionais. Fátima Brinca

Informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A Palmela Desporto participou com 10 nadadores nos Campeonatos Absolutos de Verão de Lisboa, na Piscina do Sport Algés e Dafundo, onde marcaram presença 369 nadadores, em representação de 28 clubes, entre os quais o Clube Naval Setubalense, a Gesloures, a SFUAP e o Sport Lisboa e Benfica. Os nadadores da Palmela Desporto foram: –Juvenis: Inês Serra, João Angeli-

no, Daniel Correia, Alexandre Morais e Tomás Neto; – Juniores: Margarida Silva e Iolanda Clérigo; – Seniores: Mafalda Dias, António Ferreira e Eduardo Guia. Os resultados com maior destaque obtidos pelos nadadores da Palmela Desporto, nos seus escalões, foram os seguintes: – Na estafeta masculina de 4 x 50 metros estilos Juvenis ficaram em 3.º lugar e 9.º lugar em Absolutos com Daniel Correia, Tomás Neto, Alexandre Morais e João Angelino; – Na estafeta masculina de 4 x 50 metros livres Juvenis ficaram em 2.º lugar e 10.º lugar em Absolutos com Alexandre Morais, Tomás Neto, Daniel Correia e João Angelino; – Mafalda Dias ficou em 5.º lugar nos 50 metros mariposa, 7.º lugar nos 50 metros costas e livres e 10.º lugar nos 100 metros costas. Os nadadores Alexandre Morais e a Mafalda Dias nos 100 metros livres e nos 50 metros mariposa estiveram em destaque ao alcançarem os mínimos para os campeonatos nacionais. ■

Muay Thai, venceu o muito experiente Felipe Nascimento. Mihail Costandoi consagra-se, cada vez mais, um atleta a ter em conta nos desportos de combate. Segundo o seu treinador, Emanuel de Sousa, “esta será a sua última época em classe B. Para o ano, passa para profissional, mas ainda falta conquistar alguns títulos”. Para tal, “é preciso que, ao contrário da época passada, não se recusem a combater com ele”. A Team Target Renegade conta com o apoio da Câmara Municipal de Palmela, mas procura patrocínios de modo a poder levar mais longe os seus atletas e a elevar, ainda mais, o concelho que representa. ■

Emanuel de Sousa é vice-campeão regional de boxe

NO MONTANTE DE 58 MIL EUROS

CÂMARA APOIA CEDÊNCIA DE EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS Na última sessão de câmara foram aprovados apoios para a utilização de equipamentos desportivos ao Pinhalnovense, Casa de Benfica e Palmelense, no montante de 58 mil euros. Assim a proposta refere que para a época de 2019/2020 serão cedidos os equipamentos aos seguintes clubes: O Clube Desportivo Pinhalnovense será apoiado nas modalidades de basquetebol e ginástica com a cedência do Pavilhão Municipal do Pinhal Novo, num montante de cinco mil euros.

PALMELA VENCE LIGA ULTIMATE DE PRAIA

No dia 13 de julho, na Praia do Salgado, na Nazaré, Vira’o’Disco, equipa de Palmela, confirmou a vitória na Liga Nacional de Ultimate de Praia (mista), garantida com triunfos em todos os jogos. Quinze anos depois da primeira competição nacional de ultimate de praia, uma equipa de Palmela volta a conquistar o título e a Vira’o’Disco sucede à UFA, depois da hegemonia dos algarvios na Liga Nacional nos últimos anos. O prémio Espírito do Jogo foi atribuído a LFO Premium, de Leiria, que reconquistaram o troféu pelo segundo ano consecutivo.

O Pinhalnovense recebe também apoio para a prática de futebol, no Complexo Municipal de Palmela, no montante de 14.500 euros. A Casa de Benfica de Palmela, que irá desenvolver iniciativas na modalidade de basquetebol, no Pavilhão Municipal de Pinhal Novo, no montante de oito mil e quinhentos euros. O Palmelense poderá desenvolver atividades de futebol, no Complexo Municipal de Palmela, num montante de 30 mil euros. ■

Equipa de Palmela volta a conquistar o título Ultimate Também na Praia do Salgado, no dia 14 de julho, disputaram-se os Campeonatos Nacionais de Ultimate de Praia masculino e feminino, onde a UFA dominou quase por completo, vencendo em masculinos e femininos. As jogadoras do Algarve ganharam ainda o prémio Espírito do Jogo, que entre os homens foi para os LFO 80, de Leiria. ■ Fonte: APUDD - Associação Portuguesa de Ultimate e Desportos de Disco

RETIFICAÇÃO EQUIPA DO LAGAMEÇAS CONTINUA A SER TREINADA POR NUNO COUTO O jcp informou, por lapso, que que Hugo Mira iria ser o treinador do Lagameças, quando na verdade o treinador continua a ser Nuno Couto. O treinador assumiu a liderança do Lagameças a meio da época 2017/2018, vindo do Águas de Moura e continuará a ser o mister da equipa sénior. Entretanto os dirigentes do Lagameças continuam a realizar melhorias no campo de futebol, quer a nível do relvado sintético, quer na melhoria da iluminação com a colocação de lâmpadas led. Outro dos objetivos será conseguir que a Câmara realize obras nos acessos em terra batida, para que possam estar prontos na realização do Torneio Internacional que irá ter como palco o campo do Lagameças no próximo mês de Outubro. ■


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