Jornal Concelho de Palmela | Edição 57

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DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº57  |  PREÇO 0,01€  |  SEMANÁRIO  |  TERÇA-FEIRA,  06.08. 2019

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991­– 27 ANOS

FIAR PERDEU A SUA ‘MÃE’…

DOLORES DE MATOS DESPEDIU-SE COM O MICROFIAR DEIXANDO O TEATRO EM PALMELA MAIS POBRE P.02 «CENTRO SOCIAL DE PALMELA DEPENDE DE TODOS NÓS» P.08 E 09 CARLOS DE SOUSA TRABALHA COM A SUA EQUIPA PARA SALVAR UMA INSTITUIÇÃO QUE ESTÁ NA HISTÓRIA DE TODOS OS PALMELÕES

FORÇA AÉREA PORTUGUESA TESTA SENSORES DE DETENÇÃO A INCÊNDIOS P.10 O teste ocorreu entre Montijo e Castelo Branco, e demonstrou que a Força Aérea está pronta para detetar incêndios em todo o território nacional

O FUNDO DO MAR INVADIU O TÚNEL DA FIGUEIRINHA P.12 Quem passa pelo túnel que liga a Figueirinha a Galapos agora consegue ver o fundo do mar com a pintura que foi realizada naquele túnel e que explica um pouco o ambiente vivido em toda a região balnear das encostas da Arrábida

FESTAS DA ESCUDEIRA ANIMAM FIM DE SEMANA EM VALE DE BARRIS UMA FESTA SECULAR E QUE CONTA COM CASA CHEIA DURANTE OS TRÊS DIAS DE FESTAS ONDE A TRANQUILIDADE DA SERRA SE JUNTA À FÉ E DEVOÇÃO P.13


2 PRIMEIRA VISÃO

Editorial

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

TEATRO ‘MÃE DO FIAR’ MORRE AOS 62 ANOS DE IDADE

MIGUEL GARCIA DIRETOR DE INFORMAÇÃO

O VANDALISMO...OU O DESESPERO?

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ecentemente foram colocadas nas ruas das freguesias do concelho de Palmela vários contentores da Amarsul que vão substituir os velhinhos contentores de reciclagem que estão a par uns dos outros, a nova versão de contentores, os tais chamados Moloks, parece não ter sido bem aceite pela população. Pois foram colocados amarelos e azuis, esquecendo-se a empresa de colocar verdes, e depois os contentores ou Moloks apresentam aberturas difíceis que mais parecem as latas de abertura fácil, mas que não o são. Os contentores foram aparecendo a conta gotas pelas ruas das freguesias e para espanto de muitos a Câmara Municipal de Palmela ainda teve que investir na remodelação do espaço que para nada serve, pois os contentores ficaram arrumadinhos no espaço, mas quem os despeja já não os arruma no sitio, claro que têm dado que falar nas redes sociais essa falta de arrumação por parte de quem despeja os pequenos contentores. Mas mais se tem falado e visto deste novo modelo adotado pela empresa Amarsul, um modelo que não foi apresentado publicamente e que de um dia para o outro ‘invadem’ as ruas das freguesias do concelho de Palmela e para espanto de muitos com pouca funcionalidade. Claro que já se esperava o arrombamento de muitos contentores, numa visita que pude fazer pelas ruas da freguesia de Pinhal Novo, também me deparei com aberturas pequenas para grandes volumes de cartão, papel ou mesmo latas e plásticos, e já se esperava que as pequenas fechaduras seriam arrombadas. No final da Rua S. Francisco Xavier, também em Pinhal Novo, os contentores são de tal forma não funcionais que as pessoas começaram a deixar o material de reciclagem fora dos contentores. Uma inovação que se paga caro, pois nos documentos que tive acesso a Amarsul gastou nada mais nada menos que 312.115 euros à empresa Ovo Solutions SA, para adquirir um total 885 contentores que não servem a população. Já para não falar na falta de contentores de reciclagem novos nas áreas rurais das freguesias, pois essas ficaram a ver “Braga por um Canudo” ou melhor “Contentor por um Canudo”. É assim que se gasta o dinheiro dos contribuintes. Nota de Redação Na edição passada ( 56 ) realizamos uma peça jornalística sobre os autarcas que fazem parte das listas para as legislativas, na retificação esquecemos de mencionar que a peça se referia a autarcas moradores do concelho e que exercem funções nas autarquias do concelho de Palmela.

Dolores de Matos despede-se do microFIAR O Festival FIAR não se conseguiu despedir de sua ‘mãe’, a despedida foi feita pelo filho “microFIAR” que se realizou no último fim de semana de julho. Dolores de Matos não resistiu a um cancro e morreu na madrugada do passado domingo. Por Júlio Duarte

julio.duarte@jornalconcelhodepalmela.pt

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Festival Internacional de Artes de Rua (FIAR) ficou sem a sua ‘progenitora’, Dolores de Matos para uns, Lola para os amigos, era conhecida no Concelho de Palmela e fora dele como uma mulher ‘furação’, pois contra tudo e todos lutava pelos seus ideais. Lola era uma mulher muito dinâmica e acreditava, como também defendia com alma e coração, no mundo das artes e o mundo do teatro. Diretora Artística do FIAR, foram várias as desavenças que enfrentou com o poder político nacional e local, por defender que não se podia

Lola era uma sonhadora pelo teatro matar a cultura de um povo. Mentora de vários projetos culturais, um desses projetos onde conseguiu juntar uma serie de pessoas idosas e conseguindo dar-lhes prazer de representar, fundou o grupo teatral “As Avózinhas”, e foram várias as peças teatrais que realizou com o grupo em todo o território nacional. Lola sonhou e projetou em 1998 o evento que viria a ser a ‘menina dos seus olhos’, um evento cultural que conseguiu mudar as mentes locais e que trouxe muito público à vila de Palmela. No próximo ano o FIAR faz precisamente 22 anos depois da sua for-

mação. Este ano mesmo doente, Lola conseguiu com a sua equipa realizar três dias daquele que ficou apelidado como o ‘filho’ do FIAR, três dias em que levou a Palmela centenas de pessoas para assistirem aos vários espetáculos promovidos. Numa das entrevistas realizadas a Dolores de Matos, a Diretora Artística do FIAR referiu que ao longo dos tempos o FIAR «é um sinal de resistência, sem qualquer dúvida, para todos!», resistência essa que levou a muita luta da diretora junto da Câmara Municipal de Palmela e da DGARTES para conseguir erguer aquele que é hoje um dos mais importantes eventos culturais de todo o Concelho de Palmela. Lola nunca dizia a sua idade, sempre com o seu ar de pessoa dinâmica e com amor pela vida, a actriz, a mãe, a mulher e a impulsionadora do teatro morreu na madrugada de domingo com 62 anos de idade, deixando o teatro no Concelho de Palmela mais pobre. Em 2020 esperamos um FIAR grandioso e de homenagem à sua ‘mãe’! ■

Equipa da farmácia de palmela

SOLIDARIEDADE FARMÁCIA DE PALMELA É EXEMPLO DISSO... DADORES DE SANGUE DE PALMELA ANGARIAM 21 DADORES EM COLHEITA REALIZADA NA FARMÁCIA DE PALMELA O Núcleo de Dadores de Sangue dos Bombeiros de Palmela estiveram no passado dia 29 de julho durante a tarde numa ação de sensibilização e recolha de sangue junto às instalações da Farmácia de Palmela. Durante essa tarde, pelo autocarro

do Instituto Português do Sangue passaram 21 dadores que mostraram a sua solidariedade para com uma causa de que todos nós poderemos vir a necessitar. Esta recolha de sangue decorreu em parceria com a Farmácia de Palmela

FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Francisco Espada, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt

que prestou todo o apoio necessário do NDSBVP. Rui Torres, coordenador da NDSBVP adiantou ao JCP que próximas iniciativas estão agendadas para breve, sendo uma dessas colheitas realizada durante a Festa das Vindimas de Palmela. ■

CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Tiragem Semanal: 13.000 exemplares


VISÃO DA SEMANA 3

06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

PINHAL NOVO Conclusão prevista para Outubro

Obras do Jardim José Maria dos Santos já recomeçaram As obras do Jardim José Maria dos Santos já recomeçaram depois da realização dos eventos previstos para o espaço, e deverão estar concluídas em Outubro. A requalificação do Jardim começou com o aterro do lago junto ao busto de José Maria dos Santos. Por Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A requalificação do Jardim José Maria dos Santos já recomeçou, após a interrupção devido aos eventos, onde se procedeu ao aterro do lago. O presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Manuel Lagarto, congratula-se com as obras e considera que “o aterro do lago foi uma excelente iniciativa, pois era um sorvedor de dinheiro”. Manuel Lagarto, na

Crónica

“ISSO NÃO É COM A JUNTA, É COM A CÂMARA”

Roberto Lopes Cortegano Eleito na assembleia de freguesia de Pinhal Novo pelo PPD/PSD Vice-Presidente do PSD Palmela

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senhor presidente da junta de freguesia de Pinhal Novo, numa entrevista dada ao JCP, vem transportar para a comunicação social toda a sua incompetência e incapacidade para o cargo que ocupa, as quais é costume demonstrar nas assembleias de freguesia quando confrontado pela oposição com questões pertinentes, colocadas com abundância em todas as assembleias, e onde revela muitas vezes desconhecimento das mesmas e sucessivamente não encontra soluções, mantendo-as a maior parte das vezes sem resolução. Ao referir a oposição na entrevista como pouco conhecedora por apresentar problemas que

entrevista ao JCP lembra que “o lago não trazia nada de novo e como os outros lagos são apenas para se enterrar dinheiro, com problemas de infiltrações e fugas”. O autarca faz questão de referir que “há dois anos que o lago não levava água dentro”. Nesta fase, revela a autarquia de Palmela, “serão criados dois elementos de água, mais pequenos e eficientes, com cascata e repuxos”. Em relação a esta intervenção o presidente Manuel Lagarto manifesta algumas dúvidas Porque “os dois espelhos de água com repuxos que lá querem meter vão ter o mesmo problema, com entupimentos pois têm muitas árvores à volta”. Nesta requalificação estão incluídos trabalhos de remodelação do piso, manutenção do coreto e deslocalização da paragem de autocarros e abrisão da competência da câmara municipal, vem apenas transmitir a preocupação e o incómodo que sente com a mesma oposição, por tantas vezes o deixar embaraçado nas assembleias de freguesia, em que a resposta do senhor presidente é muitas vezes “isso é responsabilidade da câmara municipal”. É lamentável a junta de freguesia de Pinhal Novo ter um presidente que sucessivamente se desresponsabiliza culpabilizando a câmara. Um presidente que não se sente com a obrigação, pela maior proximidade que tem com todos os eleitores, em ser o primeiro a reportar e a encaminhar todas as reclamações que lhe chegam, quer sejam competência da câmara ou de outra entidade qualquer, e a dar a resposta necessária à população. Na realidade, o senhor presidente sabe que a oposição não tem pouco conhecimento. O que o senhor presidente na realidade quer reconhecer agora com este passar de responsabilidade para a câmara municipal do seu próprio partido, é aquilo que não teve coragem de transmitir ao longo dos seus mandatos, por ideologia politica e por seguir a cartilha imposta pelo PCP, prejudicando desta forma os interesses dos pinhalnovenses, mas que quer agora dizer indiretamente, quem sabe se por divergências existentes dentro do próprio partido e por estar na reta

gos de passageiros para a zona do Anfiteatro. As obras devem estar concluídas em Outubro e envolvem um investimento superior a 280 mil euros. A requalificação do Jardim José Maria dos Santos, explica a autarquia, tem como objetivo valorizar o espaço para “receber iniciativas comunitárias e de cariz cultural, desportivo e associativo”.

Ligação ao lado sul O restante espaço do Jardim será intervencionado numa segunda fase a nível do espaço verde e com ligação ao lado sul, junto ao Largo da Mitra, que permitirá uma maior acessibilidade e valorizará o espaço. Neste momento os moradores do lado sul podem aceder ao lado norte da vila através do túnel sem condições, que será também alvo de intervenção. ■ final, e que é a incompetência da câmara municipal de Palmela em Pinhal Novo nas funções que lhe pertencem como por exemplo na limpeza, na construção de nova calçada, no asfalto das estradas municipais, no cuidar dos espaços verdes, na falta de saneamento básico, que tantas vezes a oposição lhe faz lembrar. O mesmo demonstra o senhor presidente quando se refere ao abandono de património histórico em Pinhal Novo, que não tem tido qualquer intervenção da Câmara Municipal. Só é lamentável que ao longo dos anos como presidente da junta de Pinhal Novo apenas tenha tido a resposta “isso é competência da câmara”. Posso também mencionar os problemas de mobilidade, que tantas vezes coloco nas assembleias, e que tantos problemas causam em Pinhal Novo, e que o senhor tantas vezes desconhece. Diz também o senhor presidente da Junta de freguesia na referida entrevista, que gostava que a oposição fosse mais interventiva, o que o obrigaria a estar mais atento. Ficamos aqui a saber que o facto do senhor presidente ser desatento nas suas responsabilidades (leia-se irresponsável) é culpa da oposição! Interessante no minimo. Isto para mim, dito pelo senhor presidente, é como receber uma medalha no peito. Bem gostaria

o senhor presidente que a oposição o deixasse descansado em questões como o orçamento da junta de freguesia, e não o questionasse ao pormenor sobre o destino que a junta de freguesia dá ao dinheiro dos contribuintes, e que a maioria CDU que lidera a junta de freguesia aplica como bem entende. Fala também o senhor presidente do mercado caramelo na sua entrevista. Por certo, gostaria que a oposição, mais concretamente o PSD, não o questionasse nas assembleias de freguesia das verbas destinadas anualmente a este evento festivo do qual a freguesia é parceira, verbas essas significativas para o orçamento da junta de freguesia (entre 10.000 a 15.000 euros anuais), e em que o senhor presidente não tem relatório de contas para apresentar quando tal lhe é solicitado. Mesmo tendo-se comprometido a apresentar os relatórios do referido evento desde a primeira edição, sendo que já vai na quarta, ainda não o fez, passados 7 meses do pedido. Bem sei que o irá certamente fazer, mas o que é obvio, e que já se percebeu pela demora, é que em 4 anos não houve prestação de contas do evento, ficando a transparência e a confiança do executivo da junta de freguesia feridas de morte! Não houve controlo e fiscalização da verba fornecida pelo orçamento da

junta de freguesia, dinheiro de todos os fregueses, dinheiro daqueles com que o senhor se preza de vestir-se de caramelo e criar proximidade servindo-lhes a sopa caramela. Acredito também que o senhor presidente gostaria mais de alguma oposição se nas prestações de contas da junta de freguesia esta não lhe colocasse questões sobre as despesas com maiores desvios ao previsto e ao anos anteriores, e às quais o senhor revela muitas vezes total ignorância nas respostas dadas, tendo já chegado a dizer frases como “ eu não sei porquê, mas se o numero está ai é porque está bem…”, ou se nas retificações que faz ao orçamento da junta de freguesia durante o ano, não fosse questionado muitas vezes sobre a redução de verbas em áreas como a manutenção dos aceiros e caminhos rurais, a limpeza das bermas, a manutenção de escolas de primeiro ciclo, todas elas tão problemáticas, tão reclamadas pelos cidadãos, e tantas vezes levadas às assembleias de freguesia pelo PSD, e que são competências da junta de freguesia! Diz o senhor presidente que se retira da política no final do mandato. Retira-se de onde provavelmente nunca deveria ter entrado. Para bem dos Pinhalnovenses, espero que juntamente consigo se retire também a CDU de Pinhal Novo. ■


Crónica

4 DESTAQUES

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

VINDIMAS META APONTA PARA MAIS DE QUATRO MIL VISITANTES

FÁTIMA BRINCA COLABORADORA

As crónicas da Nicha

A rádio não é o meu forte

Vindimas prestam homenagem a Palmela Cidade do Vinho Os 10 anos de Palmela Cidade do Vinho são o tema do cortejo deste ano na Festa das Vindimas e o Fontanário recebe pela primeira vez um espaço da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho. A presidente da Associação, Maria João Camolas garante “não é fácil organizar a Festa das Vindimas, mas com uma boa dose de altruísmo e paixão ultrapassamos todas as dificuldades que possam surgir”. Por Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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alvez por pertencer a uma geração em que não existiam rádios locais, estas não são o meu forte. Os jornais e o cheiro a tinta são a minha paixão e, por mais experiências que tenha feito em rádio, estas não mudaram a minha forma de pensar. Tenho um enorme respeito pelos jornalistas que trabalham nas rádios locais, mas continuo a pensar que o trabalho é completamente diferente e cada um deve estar nas funções para as quais está vocacionado. Na gíria popular será como afirmar “cada macaco no seu galho”. A minha primeira experiência de rádio acabou por influenciar esta forma de pensar. Ainda existia a rádio “Arremesso”, na Baixa da Banheira, e o meu colega Luís Zuzarte desafiou-me a fazer uma entrevista a uma fadista, oriunda do Porto e residente no Barreiro. Talvez para fazer o favor ao colega instalei-me no estúdio com os auscultadores na cabeça e, depois das saudações da praxe, perguntei à fadista: “então como veio do Porto para a cidade do Barreiro?” A fadista sorriu e respondeu com convicção “vim de comboio”. O técnico de som soltou uma sonora gargalhada, enquanto metia música, perante a minha silenciosa aflição. Ainda tive mais experiências radiofónicas, e uma delas ficou-me para sempre na memória, quando o meu amigo e saudoso Rogério Severino me convidou para fazer com ele uns debates políticos na Rádio Voz de Setúbal. Quem nos ouvia estranhava aquele choque constante entre mim e o Severino, pois estávamos sempre em desacordo. O antagonismo era constante e um dia ao descermos das instalações da rádio para o café, o Manuel Alentejano olhou para nós e comentou: “então a guerra que fazem na rádio é apenas para nos confundir, pois vocês até são amigos…” E com a voz carregada de ironia disse para a funcionária que nos atendia: “olha para o Rogério é um caféi e para a Fátima um lete…”, e acrescentou “como estão sempre em desacordo o lete da Fátima fica sem i para pôr no café do Rogério”. Estas foram as minhas experiências mais marcantes na rádio!

Candidatas apresentadas em Palmela numa noite de glamour Apesar dos orçamentos continuarem aquém das necessidades, onde os principais patrocinadores são a Câmara de Palmela com um apoio de 50 mil euros e a Junta de Freguesia com sete mil e quinhentos euros, a presidente Maria João Camolas considera “não é fácil realizar a Festa das Vindimas, mas com uma boa dose de altruísmo e paixão conseguimos ultrapassar todas as dificuldades que possam surgir”, mas reconhece que “as equipas são muito importantes e tenho a sorte de estar rodeada de gente amiga e com a mesma vontade de fazer coisas em prol de Palmela”. No mandato em que foi vice-presidente, Maria João Camolas recorda “em 2016 tivemos que resolver as dívidas”, depois de ser eleita presidente em 2017, “melhorámos o regulamento com as adegas, que este ano serão 12, onde foram estabelecidas as verbas para os stands, para a publicidade e para a participação no cortejo”. Rentabilização do espaço A Festa das Vindimas irá decorrer entre 29 de Agosto e 3 de Setembro e a rentabilização do espaço é o maior desafio, com a presidente Maria João Camolas a anunciar “o Fontanário irá receber as

participações institucionais da Câmara de Palmela, da Associação dos Municipios Portugueses do Vinho, o Município de Peso da Régua, Cidade do Vinho de 2019 e as Cidades Geminadas com Palmela”. Continuam a existir três palcos: o das Adegas, o da Uva Mijona e o Principal, que “será alterado face as lacunas registadas no ano passado”, explica a dirigente associativa. Este ano, destaca, “contamos com a forte adesão da AVIPE, que irá desenvolver duas iniciativas: como o concurso “A Melhor Vinha 2019” e o regresso do Concurso “Melhor Castelão- Escolha do Consumidor”. As parcerias continuam a estar em destaque e “contamos com a cooperação da Câmara e a Junta de Freguesia de Palmela, com o movimento associativo, os agentes económicos, as empresas de todo o concelho e com a comunidade palmelense, fundamentais para elevar o conjunto de atividades desenvolvidas e enriquecer o Cartaz das Festas”, revela a presidente. Se as adegas são a grande referência da Festa das Vindimas, o moscatel continua a ser o rei do evento, fazendo parte de iniciativas como o Vindi-

mas Season Fest, o Moscatel Tasting Experience, Tributo à Enologia e Prova Comentada, o Duelto Moscatel de Setúbal & Moscatel Douro com harmonização gastronómica com DUELTO de moscatéis e o Jantar de Encerramento das Festas das Vindimas 2019.

Animação em três palcos Um cartaz diversificado será oferecido aos visitantes, que podem ultrapassar os 400 mil, oferece espetáculos nos três palcos, por onde irão passar a Ala dos Namorados, Marta Ren & The Groovelvets, Brazil Dub, Bárbara Bandeira, Puro Rock e Convidados, Expensive Soul & The Jaguar Band, Xá do Xile, Carlão, Supa Squad, Miguel Azevedo e Sua Banda e o Festival Folclore. Os FUNPARRA são a fanfarra oficial e itinerante da Festa das Vindimas com a participação de músicos das Filarmónicas do concelho. Gala de Eleição da Rainha das Vindimas (subtítulo) A Gala da Eleição da Rainha das Vindimas assinala o prólogo da Festa na noite de 28 de Agosto, no Cine-Teatro S. João com o espetáculo de Wanda Stuart. Na Gala irá participar a artista palmelense Cristina Delícias, que interpretará a Marcha das Vindimas com o

tema “Canta as Uvas de Palmela”, com letra de Bruno Contente e música de José Condinho. As candidatas a Rainha das Vindimas são as seguintes: 1 - Celeste Matos,17 anos - Pinhal Novo 2 - Ana Sofia Roque, 16 anos - Palmela 3- Carolina Santos, 17 anos Aires 4 - Raquel Pernas, 18 anos Palmela 5- Maria Reis,18 anos - Aires 6 -Beatriz Bettencourt, 17 anos - Palmela 7 - Matilde Quítalo, 17 anos Palmela 8 - Bruna Miranda, 17 anos Olhos de Água 9 -Diana Sousa, 16 anos - Palmela 10 - Maria Gil, 19 anos - Aires 11 - Bárbara Gavaia - 22 anos - Palmela 12 - Isa Moço, 20 anos - Palmela 13 - Diana Cavalinhos, 16 anos -Algeruz 14 - Carolina Tacão, 17 anos - Aires Manhãs e tardes Infantis e atividades desportivas Os mais pequenos irão estar em destaque em diversas iniciativas que irão privilegiar o contacto com os produtos regionais, com destaque para mini-workshops de fabrico de pão tradicional, teatrinhos, batismos de mergulho e batismos de drone, burricadas e demonstração de meios cinotécnicos pela Guarda Nacional Republicana. As atividades desportivas continuam a integrar a Festa das Vindimas com o Passeio Equestre, o Trofeu de Orientação, a Rampa de Ciclismo, o Trofeu de Xadrez, os Batismos de Mergulho, o Passeio Motard, Batismos Equestres, Largadas de Touros e as novidades deste ano serão as Burricadas, que acontecerão no recinto fechado na Av. Rainha D. Leonor e o I Troféu Drone Raicing Vindimas, que acontecerá no Miradouro do Castelo de Palmela. ■


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06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

INDÚSTRIA Nossa Telha quer mudar o consumidor

Grupo Nossa Telha quer mudar paradigma sobre coberturas Realçar os atributos da Telha produzida em Portugal e reforçar os reais benefícios da utilização deste produto na construção de coberturas e fachadas são alguns dos objetivos cimeiros a partir dos quais foi criado o Grupo Nossa Telha. Constituído pelas principais marcas portuguesas do subsetor da Indústria Cerâmica Estrutural, este é o resultado de uma vontade e, acima de tudo, de uma certeza: é necessário mudar o paradigma do que é convencionalmente associado à Telha nacional.

A

Telha produzida em Portugal vai muito além da tradição e da herança que lhe é intrínseca. É, atualmente, considerada a opção mais durável, segura e autêntica capaz de corresponder às atuais exigências e parâmetros de qualidade. A Telha Cerâmica preenche os critérios técnicos de desempenho, legais, integrativos, económicos exigidos no mercado interno e internacional. Usada na requalificação, reabilitação e obras nova, a Telha tem atualmente uma vasta oferta de soluções, funcionais e estéticas que desafiam qualquer ideia pré-concebida. A Telha produzida em Portugal é hoje uma opção contemporânea e sustentável para qualquer projeto de arquitetura e engenharia, como aliás testemunham as inúmeras obras internacionais de refe-

rência nas quais as empresas produtoras de Telha são chamadas a intervir. Mais do que uma campanha de promoção da Telha, esta é uma junção de interesses dos principais produtores nacionais com vista a inverter escolhas irrefletidas e precipitadas de curto prazo e orientar o consumidor final e influenciadores para uma escolha natural assente nas mais-valias e benefícios comprovados. Esta Solução responde a requisitos da autenticidade e segurança com mais-valias a assinalar: Enquadramento e Valorização Arquitetónica - Eficiência Energética – Durabilidade – Garantia. É um produto histórico, inconfundível e um marco da identidade e cultura nacional. O Grupo Nossa Telha é uma parceria com a APICER - Associação das Indústrias de Cerâmica e Cristalaria. ■

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6 ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

Não há bela sem senão…

RANHURAS ESTREITAS NÃO FACILITAM DESPEJOS

Moradores de diversas zonas queixam-se das ranhuras estreitas dos contentores amarelos, que obrigam a uma luta renhida para colocar as garrafas de água, óleos alimentares e até é impossível colocar garrafões de água, vasos de plástico e embalagens de detergentes. A Amarsul empresa distribuidora dos ecopontos não teve em atenção o tamanho das embalagens e as queixas são mais que muitas. ■

A satisfação de contarmos com um melhor ambiente no concelho de Palmela aumentou com a instalação de mais contentores para a reciclagem de resíduos, que têm crescido, nomeadamente na vila de Pinhal Novo. Salvo alguns alertas para mudanças de local dos contentores, que têm sido resolvidos a pouco e pouco, a nova fase de proteção do ambiente temse traduzido numa iniciativa positiva, mas como não há bela sem senão, continuamos a receber alguns alertas & recados dos nossos leitores.

SÓ FALTA A SINALÉTICA

Rafael Costa enviou-nos um recado em forma de agradecimento pela intervenção viária feita no desvio por debaixo da ponte nascente do Pinhal Novo. Este leitor confessa “sou habitual utilizador desta via que passa por debaixo da ponte e dá acesso à Escola José Maria dos Santos, no lado sul de Pinhal Novo” e acrescenta “não sei se

O ESTACIONAMENTO MERECE E OS CONDUTORES AGRADECEM

A época desportiva está a começar e este espaço é muito utilizado pelos adeptos do desporto rei. Assim seria importante colocar alguma dignidade ao espaço de estacionamento nas traseiras da antiga cooperativa. Os buracos acabam por condicionar o número de lugares e se houvesse um alisamento da terra batida dava outra dignidade ao espaço e os condutores agradeciam. ■

OU VAI OU RACHA

As ranhuras estreitas acabam por levar os moradores a uma decisão de vai ou racha, acabando por provocar danos em vários contentores, como mostra as imagens que publicamos. Os contentores deviam ser alterados para que possam receber em condições os materiais para reciclagem, pois assim como estão não servem. As várias dezenas de contentores amarelos que foram distribuídos pelo concelho têm este inconveniente e devem ser alterados e substituídos por outros que reúnam as condições necessárias. ■

foi a Câmara ou a Junta de Freguesia que colocou o tapete de alcatrão, mas destaco a excelente intervenção”. No entanto este leitor aproveita para deixar um recado ao vereador da sinalização “seria a cereja no topo do bolo se colocassem placas para assinalar curva perigosa e um sinal para o limite de velocidade”. ■

SÓ FALTAM DOIS NÚMEROS

Ainda a propósito do começo da época desportiva, o adepto António Almeida envia o seguinte recado aos dirigentes do Pinhalnovense: “a parede do Campo Santos Jorge foi pintada e está muito bonita, mas a data está incompleta faltando o nove e nos anos do principal clube do concelho de Palmela falta o um…”. E acrescenta “como a pintura já foi feita era importante completá-la para estar pronta no início da época desportiva”. O recado aqui fica e prometemos voltar na próxima semana. ■


06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

Jornal Concelho de Palmela com distribuição todas as terças-feiras nos Concelhos de Palmela, Montijo e Setúbal

Aqui a noticia é feita por si e para si Jornal Concelho de Palmela o seu jornal

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8 PRIMEIRO PLANO

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

“ Tenho um certo grau

de ‘loucura’ e sempre gostei de desafios Carlos Sousa, antigo presidente da Câmara Municipal de Palmela e da Câmara Municipal de Setúbal, aceitou o desafio de dirigir o Centro Social de Palmela, “depois do apelo de uma amiga para revitalizar e tentar salvar este organismo”.

O que o levou a entrar no desafio do Centro Social de Palmela? Estava muito sossegado a trabalhar numa empresa em Setúbal ligada às questões ambientais, quando uma amiga e antiga funcionária da Câmara Municipal de Setúbal me colocou a questão de que iam ter lugar eleições no CSP e que era necessário tentar salvar esta entidade. Precisavam de uma pessoa que aceitasse o cargo executivo e ficasse a tempo inteiro naquela estrutura. E foi isso que acabou por acontecer, até porque, como costumo dizer, tenho um certo grau de ‘loucura’ e sempre gostei de desafios e de novas actividades.

Informei-me da situação financeira do CSP e mesmo assim aceitei o desafio. A actividade social para mim já era conhecida, mas apenas no que respeita às actividades municipais, que é diferente desta experiência. Como encontrou o Centro quando iniciou funções? Entrei com a nova direcção a 23 de Maio de 2018, e dei conta de créditos junto de entidades bancárias na ordem dos 450 mil euros e 90 mil euros de dívidas aos trabalhadores. Esta era a realidade que encontrámos, e também a grande necessidade de fazer uma remodelação gran-

de do ponto de vista administrativo mas sobretudo pedagógico ao próprio Centro. A primeira preocupação quando iniciámos as nossas funções, foi apresentarmos a nova direcção aos parceiros institucionais, entre eles a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal, as Juntas de Freguesia e Segurança Social e demos a conhecer claramente a situação do CSP, sem nada a esconder, o que foi sempre uma das regras desta direcção. Depois fomos informando periodicamente estas instituições de qual era a evolução da situação, quer em termos das dívidas e créditos que existiam, mas também da problemática das mensalidades dos pais serem extremamente baixas. Todas as instituições demonstraram a sua preocupação e que estavam solidárias connosco, mas ficaram por aí. No entanto quando foi anunciado encerramento da valência do Poceirão, toda a gente resolveu mexer-se. É uma tristeza, porque o que aconteceu foi apenas passar ao papel o que já tinha dito sido dito em inúmeras reuniões, onde demos a conhecer que havia a forte possibilidade de termos de avançar para o encerramento. Mas nas reuniões só davam pancadinhas nas costas e diziam que estavam solidários connosco mas ninguém fez nada dentro do que seriam

as suas responsabilidades.

Já está definida a situação do jardim-de-infância no Poceirão? Vamos ter de fazer alterações. Criou-se uma pró-associação de pais que tem feito um trabalho conjunto connosco muito interessante e com quem estamos a analisar a continuação do Jardim de Infância ‘A Cegonha’ nessa freguesia. Tenho fé de que este pólo não feche, mas para isso terão de ser feitas alterações relativas ao pessoal e no que respeita ao preço das mensalidades, criando um valor mínimo, mas aumentando todas. Estando esse acordo feito com quase a totalidade dos pais, agora veremos quantas famílias se vão inscrever para ali deixar os meninos. E em relação ao Centro de Acolhimento Temporário? Esse foi um fenómeno interessante e que me deixou muito satisfeito do ponto de vista da solidariedade e do interesse demonstrado pelos funcionários. O CAT tem apenas os apoios da Segurança Social, não são cobradas mensalidades, e as despesas com pessoal absorviam cerca de 95% das receitas. O que quer dizer que sobravam apenas 5%, e obviamente insuficiente para os encargos de funcio-


06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela namento daquela instituição, que ainda por cima trabalha 24 horas. Isto traduzia-se num enorme prejuízo. E o que me deixou muito satisfeito foi que os trabalhadores se juntaram e decidiram que durante seis meses, até o CSP e o próprio CAT tivessem uma situação mais equilibrada, uns dariam 50% dos seus subsídios de turno e outros dariam 100% deste. Aquilo é uma família grande, que tem 14 jovens, mais os técnicos, auxiliares e monitores, que ali passam os seus dias e noites.

Como têm sido as parcerias com outras entidades? Foram feitas iniciativas para arranjar ‘padrinhos’, no caso entidades particulares e sobretudo empresariais, que ajudem a suportar os encargos fixos mensais, como a electricidade e a água. Creio que está a correr bem essa iniciativa, até pelas parcerias que já conseguimos, e realço a que foi feita com o Andebol do Vitória de Setúbal, e que na prática nos ajuda nas iniciativas de forma a obtermos algumas verbas para ajudar a pagar os nossos encargos de funcionamento. Como é que isso surgiu? O Danilo, um dos nossos animadores desportivo-cultural, é treinador do Andebol do Vitória e é o ‘homem’ da seleção nacional de andebol adaptado. Trata-se de uma pessoa com muita experiência e muitos conhecimentos que se apaixonou por aquele trabalho e quando lhe colocámos a hipótese de fechar, disponibilizou-se para nos ajudar com várias iniciativas. Foi por isso que estivemos presentes no ‘Fest’Asso’, na União de Freguesias de Setúbal. No primeiro ano de mandato conseguimos ter como mecenas a Autoeuropa, e o BNP Paribas. O sector de logística da Autoeuropa pintou-nos o ATL e compraram o mobiliário para essa sala e os trabalhadores dos recursos humanos do BNP Paribas pintaram em três tardes as salas da creche e do pré-escolar, oferecendo ambos as tintas. A filosofia relativa aos ‘padrinhos’, e aí agradecemos toda a ajuda que a comunicação social nos possa dar na divulgação, é captar uma empresa que seja ‘padrinho’ ou ‘madrinha’ de uma sala e fica responsável pela manutenção desta. E depois podem também oferecer-nos uma visita ao Jardim Zoológico ou ao Oceanário, porque são bilhetes muito caros e dificilmente os nossos meninos terão oportunidade de ir lá com os pais. Há também um carinho especial seu pelo CSP e pelo CAT, que foi desenvolvido por alguém que lhe é próximo? É verdade. O CAT nasceu na altura em que a minha esposa era presidente do CSP. Os nossos três filhos passaram por lá, mas há também uma ligação especial com esta instituição porque os Centros de Acolhimento, dentro da oferta social que temos, é uma valência especial. Temos a especialização da infância, e a grande parte das crianças no final do dia vão para as suas famílias, mas aqueles 14 que neste momento ali se encontram, ficam ali e os funcionários são a sua família. Isto tem um valor emocional acrescido em todos nós, dos trabalhadores à direção.

Outro evento que o CSP leva a cabo foi o da ‘sopa à sexta-feira’. Como tem corrido? É um evento pequeno mas que funciona e já se fazia no passado e foi interrompido. Quando tomámos posse, os funcionários contaram-nos dessa iniciativa e que dava resultado e resolvemos retomar. Todas as sextas-feiras a nossa cozinha faz uma sopa e já houve casos em que tivemos a colaboração de alguns restaurantes da vila que nos doaram a sopa, e é vendida em embalagens de plástico, para uma ou duas pessoas, e muitas vezes até são os pais dos meninos que aderem. É um valor pequeno, mas que nos ajuda nas despesas. As iniciativas que temos feito, como o jantar solidário, têm tido sempre resultados positivos, e tenho a agradecer aos parceiros, mas também a todos os elementos do CSP. Agora temos a feira da Bagageira que está a ser gerida pelo próprio CAF e pelos trabalhadores do CAT. Todo o dinheiro que seja aí realizado irá para o CAT. Que palavra teve a Segurança Social e o ministério da Segurança Social para convosco? Uma palavra de força e de incentivo apenas. Temos de ser realistas, a Segurança Social de Setúbal não pode fazer muito mais porque têm de cumprir a legislação. O que tem de se fazer é no âmbito das reuniões da CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e o ministério da Solidariedade Social e com o Governo. Nós estamos mal, mas há outras entidades que estão pior pelo país fora, infelizmente, e por isso é que acho que a legislação tem de ser mudada. Tivemos também uma reunião com o ministro da Segurança Social, Viera da Silva, quando tivemos o Fundo de Socorro Social, que tinha sido pedido pela anterior direcção mas que estava ‘empatado’ e nunca mais era desbloqueado. Penso que a nova direcção teve alguma influência nesse desbloqueamento. Nessa reunião o ministro questionou-nos sobre a utilização que iriamos dar a esse fundo, o que lhe explicámos, bem como todas as dificuldades que enfrentávamos. Também neste aspecto o ministério da Segurança Social tem, forçosamente, de alterar a forma como existe esta parceria entre as entidades e o ministério. Porque as IPSS estão a prestar um serviço ao Estado, fazendo aquilo que é também da sua competência, e, portanto, há uma parceria, em que eles nos dão dinheiro para fazermos a nossa parte e os pais dão o restante da verba.

Todas as IPSS recebem os mesmos valores? Sim, e isso não tem lógica, sobretudo porque tanto este Governo como o anterior, continuam a defender ‘acordos típicos’ que atribuem valores iguais para todos, o que não pode ser, porque as realidades e as necessidades sociais são diferentes. Uma IPSS como o CSP tem uma realidade social no que respeita às famílias, diferente da que existe em Almada, em Cascais, ou no interior do país. Aquilo que a Segurança Social dá às IPSS é igual para todo o país, mas depois existe uma fórmula (e bem), que calcula os rendimentos e despesas dos pais. Ora se os rendimentos são diferentes de conce-

PRIMEIRO PLANO 9 lho para concelho e de região para região, logo o que os pais pagam também é diferente. Daí eu perguntar qual é a lógica desses ‘acordos típicos’? Depois temos IPSS que estão mais ou menos equilibradas, outras que estão no ‘fio da navalha’ e outras que estão no fundo do poço. Mas o valor da Segurança Social é sempre igual e o que vem dos pais é completamente diferente. É incorrecto que essas IPSS tenham depois de andar de mão esticada a pedir ajudas para não deixar cortar a electricidade ou as comunicações. E isto está a acontecer em Portugal. A solidariedade é muito bonita e deve existir, mas não deve ser feita por obrigação. Se uma IPSS tiver sustentabilidade financeira, deve chegar ao final do ano e apresentar as contas equilibradas, mas tenho de ter algum ‘lucro’, para poder cobrir as despesas com a manutenção dos equipamentos e dos veículos ou qualquer despesa extra que nos surja. Neste aspecto podem funcionar algumas parcerias com empresas no campo da solidariedade empresarial, mas pelo menos a sustentabilidade tem de ser conseguida através da Instituição e do Governo e é isso que tem de ser mudado e temos de «bater o pé» para o conseguir. Que outras medidas estão a planear para garantir a continuação do CSP? Neste momento todas as nossas valências dão prejuízo, excepto duas: o CAFP – Centro de Aconselhamento às Famílias, com quatro técnicas; e as creches familiares, com as amas. Infelizmente uma das medidas passará, como também já disse, pela dispensa de trabalhadores. Outra será o aumento das mensalidades em Palmela e no Poceirão, onde temos entre as duas valências cerca de 300 crianças. As verbas disponibilizadas pela Segurança Social são muito poucas, tendo em conta o custo de cada criança no Centro Social. Se os pais tiverem possibilidade de pagar uma mensalidade razoável, o prejuízo para a entidade é diminuto. Mas um dos nossos problemas, como já referi, é o facto de as mensalidades serem muito baixas. Para terem uma ideia, mais de 50% dos nossos pais pagam entre zero e oitenta euros; 31% dos pais pagam entre zero e trinta euros. A Segurança Social paga-nos em média ronda os 300 euros, e cada criança custa-nos em média 400 euros (embora os valores sejam diferentes conforme seja berçário, creche, pré-escolar ou ATL). Agora é ver, se temos uma despesa de 400 euros e pais a pagarem 30 euros, como é que fazemos frente a esta situação? Alguma coisa tem de ser feita ou fechamos a porta. E esta é a nossa batalha de sustentabilidade.

Mas haverá também projectos para o futuro? Vamos continuar com a melhoria da qualidade da oferta pedagógica para as nossas crianças, vamos continuar também com um esforço reorganizativo interno, trabalhando para a qualidade, e a partir de Setembro teremos três novos serviços para as famílias de Palmela, mas também podem ser para famílias de Setúbal, se nos procurarem. Um primeiro serviço passa pelo prolon-

gamento dos horários, para os nossos utentes. Neste momento os nossos horários são das 7h00 às 19h00, e pretendemos fazer um prolongamento das 19h00 às 21h00, mediante um pagamento extra. Depois, para toda a gente, queremos criar um serviço de babysitting às segundas-feiras nas nossas instalações, entre as 19h00 e as 01h00. Suponhamos que um casal tem um filho pequeno ou em idade escolar e quer ir ao cinema ou jantar fora, pode pagar e deixar ali a sua criança, a quem fornecemos o jantar. Esse serviço também será prestado a quem quiser, aos sábados, das 9h00 às 18h00. Acontece muitas vezes as pessoas irem para casamentos e a criança é muito pequena para ir e podem assim ficar connosco, onde temos funcionários para tratar deles e os brinquedos próprios. Podemos considera-lo como um ‘bombeiro de serviço’? Fui durante muitos anos responsável da Protecção Civil e tenho a honra de ter sido agraciado com a Medalha de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (risos). Em relação ao CSP, não é bem assim, embora possa parecer. Já quando fui para a Câmara Municipal de Setúbal, fui encontrar uma autarquia em situação de falência técnica e aí ganhei alguma experiência em salvar uma instituição. Aqui no CSP é uma situação igual embora sejam instituições com meios diferentes.

Alguma vez no passado, pensou vir a ter esta experiência com o CSP? A ligação que tinha com o CSP era como pai e através da minha esposa. Mas não estava à espera e isto foi uma surpresa para mim. Sempre gostei da área relacionada com o social, até enquanto presidente da Câmara Municipal de Palmela fui eu quem criou o Gabinete de Intervenção Social, com a ajuda de duas pessoas da autarquia, Alexandra Silva e Maria José Travanca, além da relação que tínhamos com o Projecto Vida, com o professor Martinez, o Centro Jovem Tejo, com o professor Elísio Barros, e na altura também com o CSP. A primeira rede social do país foi feita em Palmela, o pioneiro Palmela Viva, e disso me orgulho bastante. Teve momentos que o marcaram à frente do CSP? Um dos momentos que me marcou pela negativa foi aquele em que tivemos de anunciar aos trabalhadores que havia uma grande probabilidade de o CAT fechar (o que ainda está em cima da mesa) e da creche do Poceirão fechar, e consequentemente, haver despedimentos. E não queiram estar na pele de quem anuncia isto… Outros momentos marcantes, mas pela positiva, é entrar ali de manhã e os miúdos virem todos ao pátio virem correr para mim a chamarem-me. É de uma beleza e energia fantástica. Projectos e desejos para o futuro? No Centro Jovem Tabor, onde estou como voluntário, as coisas estão a correr bem, há um equilíbrio financeiro e espero que tudo se mantenha assim. Em relação ao CSP, o grande desejo é que o consigamos salvaguardar como um todo, com todas as suas valências e respostas sociais. ■


10 MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

AEROPORTO Estudo de Impacto Ambiental em consulta pública FOGOS TESTE FOI REALIZADO ENTRE O MONTIJO E CASTELO BRANCO

Força Aérea testa sensores que podem ajudar no combate aos fogos

Governo seguro de que impactos serão atenuados com medidas mitigadoras Por LUSA

A Força Aérea Portuguesa (FAP) sobrevoou hoje a área entre Montijo e Castelo Branco para testar os sensores que podem ajudar no combate a incêndios, através da transmissão de imagens aéreas em tempo real para uma estação terrestre. Por LUSA

“Basicamente é um sistema de transmissão de vídeo para uma estação terra, portanto, tudo aquilo que iremos estar a ver no avião, conseguimos transmitir para uma estação que está em terra, que depois passa essa informação e esse vídeo para outras entidades”, adiantou à agência Lusa o capitão Nuno Marques. O militar falava à Lusa antes da descolagem, na Base Aérea N.º 6, do Montijo (parte fica no concelho de Alcochete, distrito de Setúbal), onde explicou que o equipamento poderá ser útil em “tudo aquilo que possa envolver o teatro de operações”, como o meio envolvente, posições, meios de aproximação ou afastamento. A aeronave C-295 M passou primeiro pelo Campo de Tiro de Alcochete, onde estava instalada a estação terrestre que recebia as imagens, e seguiu até Castelo Branco, um dos distritos que hoje está em maior risco de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Dentro do avião, os militares analisavam as imagens captadas, também disponíveis em infravermelhos, sendo possível ver com precisão tudo o que se passava em terra. Este tratou-se de um voo de demonstração, mas poderia “passar a uma missão real”, caso fosse necessário, transmitindo informação às entidades envolvidas no combate a incêndios, como a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. No entanto, a manhã de sábado revelou-se tranquila no centro do país e não houve nenhuma ocorrência a registar, do ponto de vista da FAP. “Para já, não tivemos nenhuma ocorrência, apenas fizemos um voo de vigilância para ver se detetávamos alguma situação ou alguma queimada, por exemplo, mas não foi o caso”, adiantou. Segundo o capitão, esta é uma ferramenta “bastante útil” e o objetivo é que passe a ser utilizada futuramente na prevenção e combate aos incêndios. “Nós estamos aqui para dar o nosso melhor e o contributo para precaver e para antecipar situações que possam escalar para outras dimensões”, garantiu. ■

António Costa confiante na construção do aeroporto na BA6

O

Governo afirmou hoje estar “seguro” de que os impactos do aeroporto do Montijo, na população e nas aves, serão atenuados com medidas mitigadoras e recordou que os lisboetas estiveram décadas sem insonorização das casas perto da estrutura aeroportuária. Em resposta, por escrito, a questões da agência Lusa sobre os impactes ambientais do novo aeroporto, o gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações salienta que “o Governo está seguro de que os efeitos negativos serão atenuados com medidas mitigadoras”. E realça que o executivo de António Costa “será exigente na aplicação de medidas mitigadoras que vierem a ser impostas pela APA [Agência Portuguesa do Ambiente], designadamente em matéria de insonorização de casas e edifícios públicos”. O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do futuro aeroporto do Montijo entrou em consulta pública na segunda-feira, estando disponível no ‘site’ da APA, e refere que os impactes negativos identificados, “apesar de serem alvo de redução, prevalecem mesmo após a incorporação das medidas ambientais preconizadas, já que possuem um maior peso no conjunto dos impactes identificados”. Os principais efeitos negativos da nova estrutura aeroportuária, principalmente os níveis de ruído, serão sentidos junto dos pássaros e da população do Barreiro e da Moita, tendo sido apontada ainda a possibilidade de colisão das aves com os aviões.

“As medidas mitigadoras que vierem a ser impostas farão com que as consequências ambientais sejam menos gravosas do que as preexistentes associadas ao AHD” (Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa), aponta hoje o Governo, acrescentando que “a população de Lisboa não beneficiou ao longo de décadas de insonorização das suas casas”, uma medida agora prevista no novo projeto da ANA. Quanto ao risco de colisão de pássaros, realça, “também será acautelado, sendo certo que todos os aeroportos do mundo têm medidas de mitigação do risco de colisão de aves”. À pergunta sobre se as medidas ambientais, minimizadoras e compensatórias, são suficientes para ultrapassar aqueles efeitos negativos, o gabinete de Alberto Souto de Miranda responde que “cabe à APA avaliar”. “A expectativa do Governo é a de que essas medidas sejam suficientes para mitigar os impactos ambientais, sobretudo em comparação com as muitas vantagens sócio-económicas associadas à expansão da capacidade aeroportuária da zona de Lisboa, em particular numa região que necessita de investimento e de emprego”, resume. Acerca de ser ou não sustentável para a área de Lisboa ter este aeroporto a receber 7,8 milhões de passageiros dentro de dois anos, número a que se juntam os passageiros do Humberto Delgado, o Governo refere que a economia desta região e todo o país “necessita de continuar a receber mais passageiros, em vez de os perder para outras latitudes por falta de capacidade

aeroportuária”. As cidades e os respetivos aeroportos “trabalham em concorrência contínua com outros destinos” e localidades equivalentes a Lisboa “recebem muito mais passageiros. O importante é fazer planeamento sustentável para os acolher”, defende. O gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações comentou ainda o sistema de transporte previsto de ligação à cidade de Lisboa que considera “viável”. No entanto, não deixa de apontar que o planeamento da mobilidade na margem sul e nas ligações com a margem norte “deve fazer-se para as próximas décadas e não para o curto prazo”. Nesse sentido, defende, “é avisado manter reservado o canal para a Terceira Travessia sobre o Tejo. A acessibilidade ferroviária ao aeroporto do Montijo, além da marítimo-fluvial e da rodoviária, devem ser estudadas e aprofundadas, por forma a garantir a intermodalidade e a congruência da oferta”. Nos documentos do EIA refere-se que, na fase de exploração, por causa do aumento dos níveis sonoros nas aterragens e descolagens, deverá haver “um aumento da população afetada no que diz respeito ao parâmetro Elevadas Perturbações do Sono, em que se prevê a potencial afetação de 6.555 (2022) a 7.744 (2042) adultos, e ao parâmetro Elevada Incomodidade”, com “uma potencial afetação de 12.455 (2062) a 13.723 (2022) adultos”. O Governo insiste hoje que “o novo aeroporto do Montijo terá de obter a Declaração de Impacto Ambiental, instrumento jurídico que valida e legaliza ambientalmente a sua construção” e será da responsabilidade na APA. A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto, a 25 quilómetros da cidade. O primeiro-ministro, António Costa, já disse que apenas aguarda o EIA para a escolha da localização do novo aeroporto ser “irreversível”. ■


06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

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12 SETÚBAL

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

S. SEBASTIÃO Aniversário da Associação das Coletividades

Distinções premeiam instituições e associativismo Mais de três dezenas de distinções foram atribuídas pela Associação das Coletividades a instituições e movimento associativo, nas comemorações do 3º aniversário Por Redação | informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Os festejos do 3º aniversário da Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal foi assinalado com a entrega de distinções ao movimento e a instituições. Uma das instituições distinguidas com o prémio “Associativismo na Informação Autárquica” foi a Junta de Freguesia de S. Sebastião. Para os dirigentes da Associa-

ção a maior Junta de Freguesia presidida por Nuno Costa, revelou um “particular empenho no apoio e informação sobre o movimento associativo e a mobilização dos seus fregueses”. Nuno Costa, presidente da Freguesia de S. Sebastião, referiu que “ a divulgação das iniciativas do movimento associativo no portal da autarquia, bem como noutros meios de difusão

de informação integram uma decisão do executivo de colocar esses instrumentos ao serviço das associações e coletividades da freguesia”. O edil sadino reconheceu que “quanto mais participadas forem as atividades das associações e quanto mais força tiver o movimento associativo, melhor será a nossa freguesia e o nosso concelho”. ■

Praia de galapinhos

Tunel da figueirinha revela o fundo do mar

AMBIENTE PRAIA DA BANDEIRA AZUL

Arte invade Túnel da Figueirinha As praias da Arrábida continuam a ser dotadas de melhores condições com medidas aprovadas pela Câmara de Setúbal, que aposta em dotá-las de melhores acessibilidades, mas também valorizando a beleza desta zona do concelho.

Por Fátima Brinca | informacao@jornalconcelhodepalmela.pt A Figueirinha recebeu este ano mais uma vez o galardão da Bandeira Azul. A emblemática praia do concelho de Setúbal mantem o galardão que lhe é atribuído em 11 anos seguidos. O reconhecimento fica ainda mais valorizado com as pinturas do Túnel da Figueirinha pelo artista de graffiti Smile com motivos do Sado, onde o destaque vai para os golfinhos. Passadiço pedonal A Câmara de Setúbal continua a fazer obras de beneficiação nas praias da Arrábida. A Praia de Galapinhos, eleita em 2017 a praia mais bonita da Europa, irá receber a construção de um passadiço pedonal, até Galapos, que permitirá facilitar a passagem entre as duas praias. ■ Freguesia de S. Sebastião foi uma das distinguidas


CULTURA 13

06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela BARRIS FESTAS DAS MAIS ANTIGAS

Visitantes rumam Escudeira As Festas da Escudeira, das mais antigas do concelho de Palmela, que começaram em 1750, quando a capela foi construída, irão realizar-se durante três dias, em Vale de Barris. Por Fátima Brinca | informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Maçã Riscadinha em destaque no Castelo de Palmela

PALMELA MAÇÃ RISCADINHA EM DESTAQUE

MAÇÃ RISCADINHA CONQUISTA CASTELO O Castelo de Palmela tem sido palco para todo o tipo de eventos culturais e desportivos, que têm passado por aquele que é um dos mais importantes equipamentos culturais do Concelho de Palmela. Depois do Wine Jazz, o Castelo de Palmela volta a receber animação antes da tradicional Feira Medieval que se realiza no próximo mês de setembro, falamos do Mercado da Riscadinha, um evento que terá como objetivo principal a promoção e divulgação da Maçã Riscadinha. Com entrada livre, a proposta é participar num sunset no Castelo, ao sabor da Maçã Riscadinha. Para além de saborear o belo e típico fruto da região, o público poderá ainda adquirir a típica Maçã Riscadinha e também conhecer os novos produtos à base da Maçã. A animação e a música ao vivo está a cargo de Gonçalo Ferreira. Para mais informações podem contatar a organizadora do evento – Paula Castro (939 193 005) – e a entrada é livre. ■

PALMELA LOUREIROS PREPARAM-SE PARA DAR AS BOAS VINDAS ÀS VINDIMAS

Pequena localidade no vale de barris arranca com a tradicional festa

A

s Festas de homenagem à Nossa Senhora da Escudeira remontam a data anterior a 1750, mas de forma organizada e depois da construção da Capela assinalam-se em todos os anos, sempre a meio de Agosto. A Quinta da Escudeira com a sua capela altaneira localizada em Vale de Barris recebe as festas nos dias 16, 17 e 18 de Agosto, com diversas iniciativas a que se aliam a componente religiosa com eventos populares,

EXPOSIÇÃO MONTIJO MOSTRA COLETIVA DE ARTES EM ANIVERSÁRIO

onde se destacam os tradicionais bailaricos, as populares cavalhadas e uma caminhada noturna. Em pleno coração da Arrábida, os visitantes a par de uma paisagem deslumbrante podem viver momentos de convívio, saboreando petiscos caseiros acompanhados dos excelentes vinhos da Península de Setúbal. As Festas começam na sexta-feira, dia 16 de Agosto, às 21h00, com um brinde com doces e vinho moscatel, seguindo-se o tra-

dicional bailarico. No sábado, dia 17, terão lugar as populares cavalhadas à antiga portuguesa, às 18h00, que antecede a realização de uma caminhada noturna, que começa às 21h30 e termina com baile. O domingo assinala o destaque do evento, que começa com a concentração dos peregrinos, às 18h30, junto à Capela, seguindo-se o terço e a procissão. As festas terminam com mais um animado bailarico. ■

através dos seus trabalhos o seu talento, em áreas tão diversificadas como a BD, escultura, fotografia, gravura, ilustração, pintura, entre outros trabalhos que vão estar expostos até ao próximo dia 4 de outubro de 2019. A inauguração está marcada para o próximo dia 14

de agosto, dia da cidade, e às 17h00 as portas da Galeria Municipal abrem ao público para dar início às comemorações do 20.º aniversário. ■

WELCOME VINDIMAS ESTÁ PRONTO PARA COMEÇAR Chama-se ‘Welcome Vindimas’ e está pronto para dar uma grande festa no salão de festas da Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros”, já no próximo dia 24 de agosto, pelas 21h00, e conta com um jantar buffet acompanhado por Conceição Silva – Trio. A noite vai ser longa e o público presente vai conhecer de perto todas as candidatas a Rainha das Vindimas 2019. As inscrições encontram-se aberta na secretaria dos Loureiros. ■

ORIGEM(S) É A EXPOSIÇÃO QUE MARCA OS 20 ANOS DA GALERIA DE EXPOSIÇÕES A Galeria Municipal está a comemorar o seu 20.º aniversário ao serviço da cultura da cidade do Montijo, e para marcar estes 20 anos de existência, o espaço cultural vai ter patente um ciclo de exposições coletivas que marcaram aquele equipamento cultural e social. As exposições são de diversos autores locais, que apresentam

Horário 2ª a sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 Entrada Gratuita

O welcome vindimas é um espetaculo que antevê a edição da festa das vindimas organizado pela coletividade “os loureiros”


14 ÚLTIMA HORA

Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019

FUTEBOL Jogos de preparação para a próxima época

Pinhalnovense reforça equipa Luís Manuel está a preparar o Pinhalnovense para a próxima época, que começa a 18 de Agosto. A equipa conta com um plantel de 22 jogadores, e foi reforçada com alguns jogadores que vieram de outros clubes. Por Fátima Brinca

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

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primeiro jogo oficial do Pinhalnovense realiza-se a 18 de Agosto com a equipa de Luís Manuel a defronta o Real no Campo Santos Jorge. O plantel atual inclui algumas caras novas, que irão reforçar a equipa que disputará a série D do Campeonato de Portugal. Os guarda-redes serão Paulo Ribeiro, Antenor Debona (ex-Reborelo) e Rodrigo Coelho (ex-Barreirense). A defesa da equipa azul e branca teve uma remodelação quase completa, onde o veterano Alain Pilar continua a ser “a chave mestra”, mantendo-se João Pinto, com os reforços Diogo Vilela (ex-júnior do Barreirense), Nuno Lopes (ex-União da Madeira) e yuran Lopes (ex-Olhanense). Os médios João Bandeira e

Adeptos do pinhalnovense com fé Carlitos transitam da época passada, a que se juntam os recém juniores promovido, Filipe Trindade e Flávio Patermeu e os reforços Gonçalo Silva (ex-Loures) e Pendão (ex- Barreirense). Os dois avançados da época passada Álvaro Jaló e Diego Za-

FUTEBOL Pinhalnovense e Palmelense

poro irão ter a companhia de Leandro Morais (ex-Torreense) Tidjane Silla (ex-Oliveira do Bairro) e Nico (ex-Vasco da Gama da Vidigueira). O Campeonato de Portugal começa a disputar-se no 18 de Agosto com os seguintes jogos da Série D:

Pinhalnovense- Real Sacavense – Olímpico do Montijo Desportivo Fabril – Esperança de Lagos Olhanense – Armacenenses Oriental – Aljustrelense Loures – Sintrense Amora – Louletano

Lusitano de Évora – Alverca 1.º Dezembro – Club Sintra Football. Na 2ª Jornada a realizar-se no dia 25 de Agosto, o Pinhalnovense desloca-se ao campo do Armacenenses e o Olímpico recebe o Amora. ■

Entidades Formadoras As Entidades Formadoras escolhidas foram as seguintes a nível do futebol em provas nacionais: Clube Desportivo Cova da Piedade + Clube Desportivo Cova da Piedade SAD (processo único): 4 estrelas; Vitória Futebol Clube + Vitória Futebol Clube SAD (processo único): 4 estrelas e Clube Desportivo Pinhalnovense + Clube Desportivo Pinhalnovense SAD (processo único): 3 estrelas. Já a nível distrital foram reconhecidos os seguintes clubes: Futebol Clube Barreirense: 4 estrelas; Grupo Desportivo Alcochetense: 4 estrelas; Palmelense Futebol Clube: 3 estrelas

Grupo Desportivo Pescadores da Costa da Caparica: 3 estrelas; Sonho XXI Futebol Clube: 3 estrelas e União Futebol Comércio e Indústria: 3 estrelas. A nível da Escola de Futebol nas provas distritais contam-se dois clubes: o Charneca de Caparica Futebol Clube: 2 estrelas e o Futebol Clube Alvaladense: 2 estrelas. Foram também reconhecidos pela Federação Portuguesa de Futebol nas provas distritais, os Centros Básicos de Formação do Centro Cultural e Desportivo Brejos de Azeitão e o Grupo Desportivo de Alfarim. ■

Clubes do concelho fazem parte das Entidades Formadoras O processo de Certificação de Entidades Formadoras 2018/19 está concluído pela Federação Portuguesa de Futebol e o Pinhalnovense e o Palmelense fazem parte das entidades formadoras. Por Fátima Brinca

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oze clubes e sociedades anónimas desportivas da Associação de Futebol de Setúbal foram certificados como entidades formadoras, entre eles o Pinhalnovense e o Palmelense. O Processo de Certificação de Entidades Formadoras na época finda contou com a avaliação final de 24 os processos, sendo-lhes atribuídas desde cinco estrelas até ao reconhecimento federativo como Centro Básico de Formação.

AFS destaca trabalho dos clubes O presidente da AFS, Francisco Cardoso, fez questão de destacar o trabalho desenvolvido pelos clubes, num processo que “é contínuo e de grande relevância para os clubes que dinamizam a formação de futebol e de futsal” e garante que a AF Setúbal “continuará a desenvolver todos os esforços” e desafia “para que na nova época todos os emblemas filiados, que estejam enquadra-

dos com os requisitos, avancem para o registo na Plataforma da Certificação de Entidades Formadoras”. O processo de certificação foi desenvolvido pelo ex-presidente do Palmelense, João Paulo Santos, que vê reconhecido o trabalho a nível da formação do clube de Palmela. O processo de Certificação de Entidades Formadoras na FPF, começou em Janeiro de 2015, com o objetivo de dar resposta à legislação prevista sobre esta matéria, que pretende também contribuir para a melhoria da qualidade do processo de formação dos jogadores nacionais.


06-08-2019  |  Jornal Concelho de Palmela

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Jornal Concelho de Palmela  |  06-08-2019


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