SIGA-NOS EM FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA
TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº66 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 08.10.2019
LEGISLATIVAS 2019 P.03 PS reforça votação em todo o distrito, BE consegue ultrapassar a CDU em alguns concelhos. CDS-PP desce e PAN dobra número de eleitores
SETÚBAL P.12 Ídolos da Praça fizeram uma festa onde homenagearam antigos dirigentes que passaram pelo clube
O PRESIDENTE SEM MEDO
P.08 A 11
Nuno Canta liderou a Câmara do Montijo sem maioria nos primeiros 4 anos | PS ganhou as últimas autárquicas com maioria absoluta
PUB
CRIME P.13 Assalto em Pinhal Novo deixa caixa de loja de jogos Santa Casa a zeros
2
PUBLICIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
XV FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA PALMELA “TERRA DE CULTURA”
19
OUT 21H30
BANDA SINFÓNICA DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA Direcção: MAJOR JOÃO AFONSO CERQUEIRA
CINE TEATRO SÃO JOÃO - PALMELA ENTRADA LIVRE Organização: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Largo dos Loureiros, nº1 2950-207 PALMELA 212350178 – geral@loureiros.org
apoio:
VISÃO DA SEMANA
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
3
Legislativas Resultados surpreendem Península de Setúbal
PS VENCE EM SETÚBAL COM 38,58% DOS VOTOS Os resultados das eleições legislativas no distrito consagraram o PS como o grande vencedor da noite com 38,58% das intenções de voto, seguindo-se o CDU com 15,75%, o PSD com14,39%, o BE com 12,11%, o PAN com 4,44% e o CDS com 2,96%.
Miguel Garcia Diretor de informação
EDITORIAL A PRAGA DOS MONOS E AS OBRAS A RETALHO!
T Partidos políticos fazem contas aos resultados nas legislativas
E
m noite gloriosa para o PS com um aumento de 4,27% dos votos face às últimas legislativas, a verdadeira vencedora foi a abstenção com uma taxa de 46,36% no distrito de Setúbal. No cômputo geral só o PS e o PAN tiveram melhores resultados em comparação com 2015, tendo o último aumentado 2,51% de votos. Há quatro anos o PS marcou 34,18%, o CDU 18,36%, a coligação PSD e CDS 23,05%, o BE 13,12% e o PAN 1,93%. Os deputados eleitos pelo distrito de Setúbal em representação do PS são Ana Catarina Mendes, Eduardo Cabrita, Eurídice Pereira, João Galamba, Ricardo Mourinho Félix, Catarina Silva, Maria Almeida Santos, Filipe Pacheco e André Pinotes Batista. Pelo PSD Nuno Carvalho, Fernando Negrão e Maria Pardaleiro Velez. O CDU garante assento parlamentar a Francisco Lopes, Paula Barbosa e José Ferreira. O BE elegeu Joana Mortágua e Sandra Cunha. E o PAN a Maria Pacheco Rodrigues. O PS venceu as eleições a nível concelhio em Setúbal com 37,83% dos votos, uma subida em relação aos 34,15% obtidos em 2015. A segunda força política do concelho foi o PSD que obteve 15,97% dos votos. Em 2015, em coligação com o CDS-PP tinha obtido 23,59%. A CDU perdeu o lugar como terceira força política no concelho, seguindo a tendência nacional com 13,31% da votação (contra 16,30% em 2015). O BE assumiu assim o lugar no concelho, mas viu a sua votação diminuir de 14,07% em 2015 para 13,44% nestas eleições. Já o PAN duplicou a votação obtida em 2015 (2,14%) para os 4,57%. O CDS-PP obteve uma votação de 3,54% no concelho. Nas últimas eleições em que concorreu sozinho (2011) tinha alcançado uma votação de 15,10%. A taxa de abstenção no concelho de Setúbal aumentou de 43,12%, em 2015, para
48,49% este ano. Em Palmela o PS reforçou a sua posição, passando de 32,27% dos votos para 37,43%. A segunda força mais votada foi o PSD, com 15,03% dos votos. Em 2015, concorrendo em coligação com o CDS tinha obtido 23,7% dos votos. A CDU persiste como a terceira força política do concelho, apesar de ter perdido votos, baixando a sua votação de 17,3% para 13,9%. O Bloco de Esquerda manteve a sua posição como quarta força política no concelho, mas viu igualmente a sua votação baixar (de 14,5% em 2015 para 13%). De realçar ainda que o PAN superou o CDS na votação no concelho, passando a constituir-se como a quinta força política local e mais que duplicando a sua anterior votação. Em Palmela a abstenção aumentou, passando de 42,6% para 47,1%. O Montijo seguiu a tendência distrital, o PS foi o vencedor e viu a sua posição reforçada (de 34% em 2015 para 36,68%). O PSD foi a segunda força mais votada a nível concelhio, mesmo tendo perdido quase 10% dos votos de 2015 (aqui em coligação com o CDS-PP), passando a ter uma votação de 17,98%. O BE viu a sua votação diminuir, mas, tal como a nível nacional, passou a ser a terceira força política, com 11,37% dos votos. A CDU teve uma votação de 10,42% dos votos expressos, em baixa relativamente a 2015 (13,4%). O PAN teve a preferência de 4,35% dos votantes, mais que duplicando os 1,8% obtidos em 2015. O CDS-PP obteve uma votação de 3,9%, concorrendo sozinho – situação que não ocorria desde 2011, quando o partido obteve 13,5% dos votos do eleitorado. A abstenção no Montijo aumentou de 46%, em 2015, para 49,64%. João Gaspar Gonçalves informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
ive curiosidade de seguir aquilo que se falou na última reunião pública da Câmara Municipal de Palmela e fiquei a saber que a grande dor de cabeça do executivo liderado pelo nosso respeitoso presidente, Dr. Álvaro Amaro, ainda continua a ser os lixos e monos que se vão espalhando por estes campos fora. Achei também engraçada a intervenção do cabeça de lista do MIM, José Calado, que quando coloca alguma questão nestes últimos tempos, parece que as coloca com algum receio de ferir da oposição, mais propriamente e claramente a do PCP e PEV. Mas pronto lá fez a questão sobre os monos, dando uma no "cravo" e outra na "ferradura" como diz o ditado. Ficamos a saber que atualmente o município de Palmela não está para gastar mais dinheiro em campanhas que não têm resultado junto de quem deposita muitas das vezes os monos na calada da noite. Uma aposta acertada, porque gastam rios de dinheiro em campanhas que muitas delas nem são vistas pelos munícipes deste concelho, e eu explico: Há tempos atrás, numa das minhas caminhadas pelo Pinhal Novo, passo frente a um contentor de papel (ainda dos antigos) e vejo dois senhores com um papel na mão a dizer "isto não se admite, a Câmara Municipal gasta dinheiro para depois os boletins municipais serem deitados na reciclagem", claro que me chamou à atenção e reparei que havia um grande molho de boletins municipais colocados literalmente dentro do contentor de papel. Se analisarmos o quanto gasta a autarquia em informação e que a mesma muitas das vezes não chega aos munícipes, esse valor gasto já daria para repavimentar não 500 metros, mas muitos quilómetros de vias municipais. Sim, porque a Câmara Municipal de Palmela canaliza mais valor para informação institucional que é muita das vezes metida nos contentores de reciclagem do que gasta com o bem-estar dos seus cidadãos. São opções políticas que muitas das vezes são malsucedidas e por isso aqui está as dores de cabeça do executivo e as suas obras que mais parecem autênticas mantas de retalho que se vão espalhando um pouco pelo concelho. A última foi anunciada há mais de quinze dias, com o vereador e vice-presidente a referirem a repavimentação de mais 500 metros da EM533. Então e as outras vias espalhadas por este concelho a fora? Claro que compreendemos que não há dinheiro para tudo, mas pronto, o melhor é começar a pensar em cortar em informação que não chega aos munícipes.
4
EM FOCO
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
Agricultura Menos uvas com mais qualidade
Falta de chuva reduz produção Fátima Brinca Cronista
CRÓNICA RECORDAR PARA CONTINUAR A VIVER!
Este ano a produção das uvas sofreu uma redução média de 30 por cento, mas a qualidade é excelente com uma graduação a ultrapassar os 13,5. A falta de chuva prejudicou de forma significativa a produção, mas serviu para aumentar a qualidade. Para a Associação de Agricultores “os vinhos do concelho irão ser de enorme qualidade”.
D
esde sempre estive ligada ao Círio da Carregueira e os meus amigos gaiteiros, quando faziam o peditório para as Festas da Nossa da Atalaia, tocando a “Mulher Gorda”. No outro dia vi o meu amigo e parente Janito e veio-me à memória um dos últimos anos das Festas do Pinhal Novo, quando o interroguei “… e a mulher gorda?” Este com um sorriso simpático respondeu “ficou em casa, não quis vir à festa!” Claro, que o Janito não entendeu que eu queria mesmo era a música da “Mulher gorda” e não saber da sua esposa. Enfim, a mulher gorda que sou eu, ficou sem a música… mas satisfeita por saber que afinal havia outra! Os amigos dão-nos estas alegrias e não resisto a recordar outra, que foi até hoje a maior alegria que foi receber em 2014, a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro da Câmara de Palmela. Na altura, entre as muitas mensagens pessoais que recebi, recordo algumas enviadas por mail ou através de telemóvel. Hoje como Nicha recordo apenas algumas das muitas mensagens, que na altura recebi: - “Sempre foste uma lutadora, com todo o mérito, os meus parabéns” – Rogério Isidro (antigo colega na Movauto) - “Prémio justíssimo. Parabéns para ti e para os autarcas que te homenagearam” – Catarino Costa (ex-vereador da Câmara de Setúbal - “Parabéns, mereces!” - Bruno Frazão (dirigente associativo e autor da letra da Grande Marcha de Setúbal e de Lisboa) - “Bem mereces essa medalha miúda!” – Alfredo Portugal da Silveira (Rádio Jornal de Setúbal) - “Parabéns, como entendi as tuas lágrimas. Grande Mulher!” – Júlia Mendes da Silva (coralista na SFUA e antiga colega na Movauto) - “Bem mereces esta condecoração” – António Luís (jornalista no Semmais) - “Parabéns e tudo de bom para ti!” – Guilhermina Barradas (antiga colega na Movauto) -“ Tu mereces Fátima, muitos parabéns) – Eugénia Mariano (amiga de longa data) - “Não nos vemos há 47 anos, mas a amizade sempre presente, parabéns” – Assunção Galhavano de Carvalho (antiga colega de escola) - “Por vários motivos, que ambas sabemos, mais que merecido esse reconhecimento” _Lena de Almeida (Rádio SIM) - “Quero felicitar-te pelo prémio que tão honrosamente te foi dado” – Maria Pujol (antiga colega de Movauto) Quando a vida nos massacra com dias tão duros, que nos amargam as noites, é gratificante lembrarmos que continuamos a ter muitos amigos e amigas.
Produção teve uma redução de 30 por cento
A
s vindimas chegaram ao fim no concelho de Palmela e os produtores fazem um balanço positivo pois houve menos produção, a rondar os 30 por cento, mas com uma qualidade muito superior, o que permite garantir que as adegas irão ter excelentes vinhos.
onde não falta uma tradicional sopa caramela e o pão caseiro que ajuda a retemperar forças. Se a vindima é uma festa, a hora da refeição é animada com o convívio, que acaba com um moscatel fresquinho, antes do regresso ao trabalho.
Vindimas ainda são feitas à mão A colheita das uvas é uma verdadeira festa e muitos produtores continuam a fazer as vindimas à mão. Num período de quinze dias mobilizam-se amigos e familiares que saem da sua área de conforto para participarem na colheita das uvas. O rancho integra engenheiros, arquitetos, trabalhadores administrativos e de serviços e estudantes universitários que vivem uma experiência diferente, onde não falta a alegria e o regresso às origens, onde as luvas evitam que as mãos se tornem ásperas. Na hora do almoço o convívio instala-se nas mesas compridas, onde se saboreiam febras e entremeadas, mas
A falta que a chuva faz O JCP teve oportunidade de participar numa vindima, onde comprovou que a qualidade do mosto ultrapassou os 13,5 graus. O presidente da Associação de Agricultores, Joaquim Caçoete, mostra-se satisfeito com o balanço das vindimas, que se traduziram “numa redução na quantidade das uvas, mas com uma grande qualidade, o que é uma boa notícia para as adegas do concelho de Palmela”. O dirigente agrícola lembra “fez muita falta a chuva que apenas chegou em quantidade reduzida, quando a maior parte das vindimas já estavam feitas” e acrescenta “vamos ter excelentes vinhos que irão contribuir para que as nossas adegas continuem a conquistar prémios nacionais e internacionais”. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Mosto ultrapassa os 13,5 graus
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
PUBLICIDADE
5
6
DESTAQUES DA SEMANA
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
Ambiente A sustentabilidade aqui tão perto
Biovilla cresce ao ritmo dos sonhos Manuel Henrique Figueira Cronista | manuelhenrique1@gmail.com
CRÓNICA OS NOVOS CONTENTORES DE RESÍDUOS PARA RECICLAR
D
urante anos os contentores no concelho de Palmela foram escassos, às vezes voltava-se com os resíduos para casa, pois os contentores estavam cheios. Ouvi, de viva voz, autarcas dizerem que o rácio entre contentores e habitantes era adequado, nada havia a fazer: a culpa era dos munícipes que gostam se se queixar (sem razão, digo eu). E nem falo de campanhas para aumentar a quota de recolha, que nem a emergência ambiental, que atingiu um ponto de provável não retorno, as fez ver a luz do dia. Quanto maior o volume dos resíduos reciclados, mais eficaz a recolha dos banais, melhor for a recolha dos monos, mais se reduzirá a distância de anos-luz a que o concelho está do slogan pintado nos contentores: «Palmela tem bom ambiente: Ajude-nos a preservá-lo». Não, Palmela tem um péssimo ambiente, os munícipes é que precisam que a Câmara os ajude a criar um bom ambiente: incentivando-os a reciclar, responsabilizando-os civicamente, criando um sistema simples e eficaz de recolha de todo o tipo de resíduos (incluindo os das pequenas obras nas casas, que são uma calamidade no meio ambiente). Se não sabem como se faz, falem com os colegas das Câmaras que ganharam prémios europeus pelos sistemas inovadores e eficazes de recolha de resíduos. Só autarcas fechados em gabinetes a congeminar, sempre, qual o próximo divertimento que entreterá o pagode (e os divertirá a eles), não vêm o calamitoso estado do concelho, com lixo por todo o lado, até nos sítios mais improváveis. Circulem, mas de olhos abertos, pela Arrábida, onde encontram, facilmente, frigoríficos, televisores, pneus, colchões e restos de tijolos e de azulejos. Viagem de comboio e olhem para o espaço entre a linha e a Autoeuropa, Percorram a planície do lado das vinhas, Lagameças, Lau, etc., e o panorama não é melhor. Recentemente, chegaram novos contentores (e muitos, será milagre da Santa das Eleições?), contudo, o que não é planeado nunca sai bem. Da parte da Amarsul, puseram só contentores amarelos e azuis: as garrafas pomos nos resíduos banais? Os novos contentores têm os orifícios pequenos para os resíduos, em especial os plásticos, e as tampas estão fechadas à chave, algumas já foram violadas. Porque mudaram o tipo de contentores se os antigos são funcionais e o problema era a escassez? Em Setúbal, p. ex., a Amarsul pôs novos contentores, maiores, mais baixos, com bocas de tamanho adequado, portanto, funcionais, e em conjuntos de três (também para vidro). E estão todos devidamente alinhados nos passeios, ao lado dos de resíduos banais, alguns ainda sem reentrâncias nos passeios (porque não se pode fazer tudo num dia). Que planeamento por parte da Amarsul para estas escolhas tão diferentes? Nenhum. Agora, falando de Palmela, também não houve planeamento na preparação da maior parte dos locais, os contentores estão espalhados a eito, no estacionamento dos carros, em cima dos passeios, nas curvas, onde calha. E onde fizeram reentrâncias nos passeios, foi só para dois: o do vidro é para esquecer? Interpelei a Amarsul com três e-mails, acompanhados de fotografias, perguntaram apenas onde resido, seguiu-se o silêncio. Reencaminhei-os para a Câmara, aí foi o silêncio de cemitério. Assim vai o «bom» ambiente em Palmela.
Biovilla instala-se na serra de São Luís, Vale de Barris O projeto conta com 14 cooperantes, que se estende por mais de meia centena de hectares, nas vertentes de turismo da natureza, formação e retiros e agricultura biológica. Pouco mais de quatro quilómetros separam a vila de Palmela do projeto Biovilla com a Serra de S. Luís ali tão perto. Os terrenos de uma família quintajense estão a ser utilizados por uma cooperativa que se dedica a atividades do turismo da natureza, que funciona no período de Verão, a formação e retiros vocacionados para a Primavera e Outono e no começo do Inverso desenvolve-se a agricultura biológica. Filipe Alves, um dos dirigentes da cooperativa, destaca a importância da Biovilla, onde até já “se realizou
um casamento mas estamos sempre abertos a experiências novas”. No local existe cinco poços de água e um furo, com a água “a ser um bem essencial e para além da recuperação da água das chuvas, aposta-se num futuro aproveitamento das águas cinzentas, que resultam nomeadamente dos duches”, explica o responsável. O investimento já ultrapassa um milhão de euros comparticipados por fundos comunitários, explica Filipe Alves, que “será rentabilizado a médio e longo prazo”.
Alojamentos vão aumentar para o dobro
A Biovilla tem neste momento quatro quartos, mas irá duplicar a capacidade de oferta para o próximo ano. No período de Verão estão totalmente esgotados, com a procura do turismo da natureza, que mobiliza cada vez mais gente. Diversos painéis solares estão instalados no local, que é auto suficiente em energia, que ainda é comercializada. A Biovilla tem também um centro de abastecimento para carros elétricos. As habitações foram concebidas em madeira, numa verdadeira sustentabilidade do ambiente. Na Primavera
e no Outono a Biovilla realiza ações de formação e retiros, que têm como público alvo também as escolas.
Agricultura biológica começa no Inverno
Os terrenos já começam a ser preparados para a época agrícola, onde terão destaque as ervas aromáticas, as hortícolas variadas e as árvores de fruto, onde já existem amendoeiras e medronheiros, bem como as oliveiras. A Biovilla identifica-se como um grupo de "sonhadores realistas com valores e coração, lutadores apaixonados e visionários com razão”, mas acima de tudo “concretizadores do ‘impossível’ e “com os pés bem assentes na terra e ideais bem altos”. O desafio está lançado “venha connosco fazer acontecer sustentabilidade e consciência". E se Palmela Inspira Ambiente, nesta zona existe uma realidade, que passa pela instalação de projetos, a Biovilla foi o primeiro, mas por aqui o investimento sustentável cresce em cada dia que passa. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Economia Vinhos com referência internacional
Adega de Palmela voa na TAP… e viaja até Nova Iorque
Villa Palma viaja até Estocolmo e Helsínquia com os voos da TAP Os vinhos da Adega de Palmela passam a fazer parte de uma parceria com a TAP e marcam presença nos voos da transportadora de Portugal. Os vinhos da Adega de Palmela estiveram presentes na Grande Prova de Nova Iorque, que teve como objetivo identificar novas oportunidades de negócio para os Agentes Económicos com vinhos importados. A Adega de Palmela, que está a festejar o 64º aniversário, teve uma excelente prenda ao ver concretizada uma parceira com a
TAP Air Portugal, onde estará representada nas rotas Lisboa-Helsínquia e Lisboa-Estocolmo, entre os meses Outubro, Novembro e Dezembro. Nessas rotas serão servidos os vinhos Villa Palma Reserva Branco e Tinto, na Classe Executiva e o Chafariz D. Maria Tinto, que já se encontra à venda no mercado e o Villa Palma Branco, na Classe Económica. A TAP é uma das maiores montras dos vinhos portugueses servindo mais de um milhão e 200 mil garrafas, integrada numa carta construída com base numa experiência inovadora, por um painel de especialistas: uma prova de vinhos em terra e uma contraprova no ar.
Nova Iorque recebe ação de promoção
Depois do brinde às melhores empresas no evento Publituris Portugal Travel Awards, os vinhos da Adega de Palmela estiveram presentes na
Grande Prova de Nova Iorque, onde marcaram presença, no restaurante Manhatta. A iniciativa da ViniPortugal teve como objetivo identificar novas oportunidades de negócio para os Agentes Económicos com vinhos importados no estado de Nova Iorque. O evento contou com uma prova dedicada a profissionais do setor e três seminários com a apresentação total de 12 vinhos por um orador local e o Embaixador Wines of Portugal nos EUA, Eugénio Jardim. Na ação de promoção estiveram presentes 450 convidados, com destaque para importadores, distribuidores, retalhistas, órgãos de comunicação social de vinho e gastronomia e consumidores finais. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
SOCIEDADE
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
Sociedade Já abriu na Volta da Pedra
7
Aposta também passa por um posto de CTT
Espaço de eventos alia cultura à gastronomia O Espaço de Eventos, que passa a funcionar nas instalações da Volta da Pedra, já abriu com uma exposição de pintura e música proporcionada pelos Clarinetes de Santiago. O presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Jorge Mares, destacou a parceria feita com Sónia e João Paulo Santos e o Clube da Volta da Pedra, que “irão dinamizar as atividades culturais e desportivas na coletividade”.
O espaço do Clube Desportivo da Volta da Pedra da lugar aos artistas da região
N
o clube da Volta da Pedra passa a funcionar um espaço de eventos, que oferecerá à comunidade, atividades culturais interligadas com gastronomia. Sónia e João Paulo Santos fizeram uma parceria com o clube, que passa também a ter um Posto de Correios, para servir a comunidade local, mais de cinco mil pessoas. O presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Jorge Mares, destacou a importância da criação do novo espaço, onde o clube encontrou “os parceiros ideais para a dinamização de atividades culturais e desportivas com envolvência da população”. A criação de um Posto de Correios, sublinha o autarca “será um serviço de referência”, mas também
o terreno em frente da sede do clube, “será requalificado e dinamizado para a prática desportiva”. A gastronomia é outra aposta dos dois empresários, que irão promover pequenos almoços e almoços com produtos regionais, que passam a ser referência para o lazer e encontro de negócios. Até Dezembro estará patente ao público a exposição “Cores de Outono”, que conta com 12 artistas plásticos da ARTISET. Mas os empresários do espaço de eventos irão também apostar na realização de noites de fado, e muita, muita música. Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
PUB OPORTUNIDADE
OPORTUNIDADE
PALMELA, PALMELA 4
3
2
PALMELA, CABANAS 321.81
4
301.25
€405.000
MORADIA \325190077
SETÚBAL, VILA FRESCA DE AZEITÃO 3
4
2
184.34
3
1
PALMELA, VILLAS DE PALMELA 237.64
4
781,14
€315.000
MORADIA GEMINADA \325180300
3
€270.000
MORADIA EM BANDA \325190144
2
N/D
165.86
412,5
€295.000
MORADIA GEMINADA \325190085
4
MORADIA \325190006
SETÚBAL, CHOILO 218
2
258.2
PALMELA, QUINTA DO ANJO 3
103,4
€399.000
2
N/D
91
2321,29
MORADIA ISOLADA \325180352
€262.500
A MELHOR EQUIPA PROCURA OS MELHORES EM PALMELA
PALMELA, COLINAS DA ARRÁBIDA 3
2
2
APARTAMENTO \325190104
149.11
Fale connosco e torne-se numa máquina a vender casas.
PALMELA, AIRES 252
4
€140.000
3
1
311
MORADIA ISOLADA \325190152
329
€270.000
PALMELA/AZEITÃO
Av. da Liberdade, Lt8, Lj. D, 2950-201 Palmela palmelaazeitao@era.pt · era.pt/palmelaazeitao · 212 337 860 Living Moods, Unipessoal Lda. AMI 13977. Cada Agência é jurídica e financeiramente independente.
8
GRANDE ENTREVISTA
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
Grande Entrevista Presidente da Câmara do Montijo é o senhor que se segue...
HOJE SOU MAIS EXPERIENTE DO QUE ERA ANTES DE 2013
Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, conversou com o JCP sobre os dois anos deste mandato autárquico, os projectos em desenvolvimento no concelho e, como não podia deixar de ser, o novo aeroporto que poderá vir a ser construído na Base Aérea N.º 6.
Q
ue balanço faz destes dois anos de mandato? É um balanço extremamente positivo, acho que estamos a cumprir os compromissos que estabelecemos com os nossos eleitores. Do nosso programa eleitoral temos
grande parte dos assuntos cumpridos e outros pontos estão a avançar. O nosso grande objectivo é esse porque apenas prometemos o que sabíamos que podíamos cumprir. É claro que vão aparecendo novas situações, que também têm de ser resolvidas e há uma ou outra que pode ficar por cumprir, mas isso deve-se a
questões supramunicipais ou da responsabilidade de terceiros. Exemplo disso é o apoio ao novo aeroporto, que estamos a fazer, mas pode acontecer que a construção deste equipamento e por razões que nada têm a ver com a Câmara Municipal, não venha a ter lugar, embora tudo indique que teremos a conclusão da obra.
Outro exemplo tem a ver com a modernização administrativa, e havia um compromisso do PS há vários anos para a construção de uma Loja do Cidadão, mas a qual não avançou primeiro pela falta de um edifício e também porque este processo não era gerido pela Câmara Municipal, mas em interação com a Agência
para a Modernização Administrativa (AMA). Agora a descentralização de competências, que também assumimos no nosso programa eleitoral, veio permitir que a seja a Câmara a fazer a gestão da Loja do Cidadão. E por isso iremos adquirir o edifício em frente à Câmara Municipal, onde funcionou o antigo edifício da
GRANDE ENTREVISTA
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
Junta de Freguesia, e actualmente funciona a Divisão de Educação, pelo valor de 191 mil euros, já aprovado em reunião camarária. Ali será construído um espaço amplo no rés-do-chão, num investimento que ronda 400 mil euros em termos de obras, e irá acolher também o Balcão Único da Câmara Municipal, para todos os serviços entre os munícipes e a autarquia. E como o edifício vai permitir mais dois pisos, que não serão ultrapassados, poderão vir ali a ser incluídos outros serviços ou para a deslocação de outros serviços da Câmara, que hoje funcionam em espaços reduzidos. Outro dos nossos compromissos, que vem na sequência deste, é a criação de uma rede de Espaços de Cidadão, colocados em cada uma das sedes de freguesia, uma proposta que já foi aceite pela AMA e que vai permitir que se possam renovar as cartas de condução, dos cartões de cidadão e outros documentos de registo e notariado. O município irá investir cerca de 6 mil euros em cada uma das Juntas de Freguesia, para ter os equipamentos necessários e as ligações necessárias a nível nacional para prestar esse serviço, e esperamos que tudo esteja pronto até ao início do próximo ano.
Nuno Canta
governou a Câmara do Montijo 4 anos sem a maioria e em tempos difíceis impostos pela oposição dura do PSD e CDU Que motivos aponta para ter obtido a maioria absoluta depois de uma maioria relativa no anterior mandato? O facto de termos obra feita, o ambiente negativo e os bloqueios criado pela oposição, que levou os montijenses a dizer-lhes ‘arrumem as botas e vão-se embora’, pela defesa que fazemos da cidade e no investimento que o novo aeroporto vai trazer, entre outros aspetos. Foi um mandato levado a cabo com uma maioria negativa e com a crise provocada pela entrada da Troika em Portugal, mas mesmo assim o Montijo foi sempre das cidades que apresentava coisas e que fazia. Recuperámos as contas, estamos agora com contas certas, reduzimos as dividas para níveis históricos e ainda baixámos impostos, e isto é o que a população vê. Tudo o que a oposição nos deixou fazer, foi feito e bem
feito, mesmo com votação contra o orçamento da Câmara Municipal, que não é do presidente, mas do concelho. No entanto, no anterior mandato teve uma situação atípica e um orçamento chumbado. Foi um desafio? Sim, sem dúvida. Foi um desafio, mas também um período bastante rico do ponto de vista político, que soubemos ultrapassar e que também nos ensinou algumas coisas, levando-nos a ganhar experiência política com essa maioria negativa, apesar das ofensas e das tentativas de linchamento político. Se olharmos em retrospectiva, a dimensão política do protagonista ‘Nuno Canta’ é muito diferente antes e depois de passar por aquela prova-de-fogo. Hoje sou mais experiente do que era antes de 2013, mas também alguém que as pessoas ouvem e percebem que teve as atitudes correctas para melhorar o concelho, independentemente das situações de bloqueio. E estas foram muitas, e até algumas politicamente bastante graves e que vieram descredibilizar toda a oposição, porque se criou uma frente negativa que reuniu elementos do PSD e da CDU e até alguns discordantes dentro do próprio PS, e que acabou por bloquear muitas coisas.
Ainda agora surgiu o caso da Festa Grande da Atalaia e a candidatura à Unesco como Património da Humanidade, onde existia uma proposta que foi aprovada por unanimidade em Setembro de 2013, para dar continuidade à contratação do Dr. Luís Marques para preparar essa candidatura. E em Dezembro de 2013, após as autárquicas, com um novo executivo e o PS com maioria relativa, toda a oposição se juntou e chumbaram a continuidade daquele processo sem critérios, porque já tinham votado a favor e deviam depois aprovar as condições e os meios para o processo continuar. E mais, agora a CDU vem afirmar que o processo deve avançar mas que é o presidente da Câmara Municipal que não continuou com o processo, o que é uma mentira, e o que não se deve fazer em política. Estão a tentar passar agora a ideia de que são a favor de algo que chumbaram no passado. Pessoalmente tenho uma grande afinidade com a Festa Grande da Atalaia, e acho que o processo de candidatura à Unesco tem de ser feito e já estamos a trabalhar nela através de uma equipa de uma Universidade, porque entendemos que não fazia sentido contratarmos agora apenas uma pessoa, tendo em conta que foi esse o motivo que levou ao chumbo no passado. E porque entendemos que processo deve ser aprovado por
9
unanimidade, além de que estes tipos de assuntos não deviam ser usados para lutas partidárias. Já a oposição não conseguiu tirar consequências políticas do que fez no passado, e por isso obtiveram os resultados que tiveram nas autárquicas, porque não perceberam que nesta situação tinham tantas responsabilidades como os eleitos no desenvolvimento do concelho, e que era preciso em alguns momentos apoiarem determinadas decisões, mesmo que isso representasse alguma incoerência do ponto de vista partidário.
Temos uma equipa que trabalha em prol da população e do Montijo Como classifica a actual equipa que o apoia na Câmara Municipal? Já fiz parte de vários executivos, e posso afirmar que tem sido sempre um trabalho de cooperação. Desde 1998 que o PS tem ganho as eleições autárquicas e o que temos é uma equipa que trabalha em prol do Montijo e dos munícipes e sinto da parte dos vereadores que tem sempre existido um grande empenho.
10
GRANDE ENTREVISTA
Sentiu na pessoa de Maria Amélia Antunes uma opositora na Assembleia Municipal? Não, embora tivesse alguns momentos em que se opôs ao que eu propunha e outros em que concordou. Houve algumas situações incompreendidas quando não havia acordo, e isso passou alguma ideia de desentendimento em relação às propostas, mas isso também me fez crescer politicamente.
O nosso programa foi feito com base na grande experiência que temos do território Sente-se revolucionário na cultura no Montijo? Acho que sou mais de ‘sobressaltos culturais’, embora se possa aplicar o termo ‘revolução’, quando se tratam de situações de mudança. Temos vindo a apostar e trabalhar muito na cultura com um factor muito importante: esta é fundamental para compreendermos quem somos e para construir coesão. Estamos num processo em marcha, como a remodelação da Biblioteca Municipal; a construção de um estúdio dedicado ao teatro na Trabatijo; modernizar o Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida; o jardim do Pocinho das Nascentes e a Casa da Música Jorge Peixinho, para conservar e expor o espólio do Maestro e ao mesmo tempo criar mais um espaço verde, e a dinamização dos eventos populares do concelho. Uma das grandes preocupações deste executivo é encontrar espaços para as sedes das colectividades e associações do concelho, e há ainda algumas ainda a construir, mas com o objectivo de recuperar também o património dos montijenses, como aconteceu com a compra do edifício da Trabatijo. Queremos levar a cultura às pessoas, mas compreender bem quem é o povo do Montijo e como isso é importante para a sedimentação da nossa identidade, embora sempre com muita crítica de partidos como o PSD, que vota quase sempre contra estas opções, e contra as associações. Por outro lado, estamos a desenvolver várias iniciativas também no campo do desporto, com apoio
aos clubes, e conseguimos junto da Repsol o arrelvamento do campo do Bairro do Afonsoeiro, uma obra muito grande com um valor de 202 mil euros, e em que a Câmara Municipal também irá intervir com a construção de um muro e nova iluminação. O Montijo tem vindo a receber vários projectos de investimento. O Montijo é uma ‘cidade atractiva’ e cuja autarquia facilita os novos empreendimentos? Sem dúvida. Tentamos não dificultar burocraticamente os processos, embora não tenhamos nada a ver com a escolha dos espaços, porque seria ilegal a Câmara Municipal intervir nisso, excepto se estiver em violação do PDM. Um dos investimentos a que demos alguma prioridade foi o da recuperação do Retail do Montijo, que esteve encerrado durante anos, e que no caso da Conforama foi até necessário fazer um alargamento na zona traseira, que demos autorização porque estava tudo dentro da legalidade. Também ali ao lado, no novo Alegro, foi construída a ciclovia que liga à que já existia e a Câmara irá construir um novo passeio pedonal. Será também construído um novo retail junto à rotunda das Tertúlias, tivemos esse contacto e temos ali um espaço abandonado há muitos anos, da antiga fábrica da INFAL. Tratam-se de investidores do norte do país que se querem fixar no Montijo e temos discutido o que será ali também implementado como uma ciclovia e arborização. E relativamente aos investimentos da Câmara Municipal? São vários, estamos a recuperar várias escolas do Plano Centenário, com base nos apoios do Programa Portugal 2020, como a Escola Luís de Camões, estamos em obra com a Joaquim d’Almeida, e vamos lançar a obra da EB do Afonsoeiro. Atrasado está o Centro Escolar de Pegões, por uma questão de reactualização do projecto, mas esperamos lançar o concurso até ao final do ano. Estamos a apostar na reabilitação das Piscinas Municipais, cujo primeiro concurso ficou deserto, e terá de ser novamente lançado; a ciclovia do caminho-de-ferro e investimentos em asfaltamento nas vias e requalificação do espaço público. Além disto há sempre outras obras que são necessárias e que vamos concluindo, de calcetamentos, recuperação dos moinhos, etc.
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
No caso dos moinhos, ambos estão a funcionar, dedicados ao turismo, mas essencialmente à educação das crianças através de visitas das escolas. O ano passado acompanhou uma visita ao espaço que deveria receber uma esquadra da PSP, como se encontra esse processo? Está do lado do Ministério da Administração Interna. Da parte da Câmara Municipal enviámos toda a documentação relativa ao terreno e uma carta ao ministro a dizer que estávamos disponíveis para ser os donos da obra, com o projecto que eles quisessem realizar, sempre com a condição do governo depois pagar a obra à autarquia, à semelhança de outras obras que realizámos, como o pavilhão desportivo da E.B. 2/3 de Pegões ou a Escola do Esteval/Areias. A ideia foi aceite pelo ministro e temos esse compromisso por parte dele, sendo que também o assunto agora é com as estruturas da PSP, uma vez que com a vinda do novo aeroporto está a ser estudada a hipótese de ser criado um Departamento de Polícia, em vez de uma esquadra. Uma queixa da população é relacionada com a cor da água de abastecimento público no Montijo. O que se passa? No Montijo obtemos água através de um aquífero, que tem sempre a dissolução de alguns sais, e tecnicamente é chamada uma ‘água pesada’, com calcário, que não se nota muito porque se dissolve rapidamente. Mas há uma captação que também tem ferro e manganês, dois elementos que até são bons para o corpo humano, mas devido a algumas condições físico-químicas, esses materiais entram em processo de ‘precipitação’ e dão aquela cor amarelada à água. Está bem identificado do ponto de vista químico, mas em todos os estudos os resultados não dão valores superiores ao que é prejudicial para a saúde. Não temos um problema na água, temos uma questão relacionada com o aspecto desta. O que temos feito é mudar os locais de abastecimento, fechando os aquíferos que apresentam o ferro e o manganês e recentemente procedemos a nova lavagem das condutas. Além do programa que o PS apresentou nas autárquicas, o que é que ainda falta fazer no Montijo? Falta-nos a construção do aeroporto. Faz-nos falta também situações do
ponto de vista do desenvolvimento. Mas o nosso programa foi feito com base na grande experiência que temos do território, de 22 anos como autarca e sempre como responsável da área das infraestruturas, pelo que conheço o território ao centímetro e as suas necessidades. Mas isso não significa que tudo esteja feito, precisamos muito de mais Centros de Saúde e mais médicos de família, e para isso já pusemos à disposição da ARS-LVT o nosso edifício do Areias para construir uma extensão do Centro de Saúde do Montijo.
Consulta pública sobre o aeroporto foi das mais participadas de sempre Incontornável é falar do projecto do novo aeroporto no Montijo, mas de que forma isso irá alterar a face da cidade e do concelho? Da parte do município já apresentámos no caderno de encargos todos os aspectos que são da responsabilidade da Câmara Municipal e que queremos também que sejam feitos pela Administração Central. Ao Governo competirá o reforço de um conjunto de infraestruturas, que passam pelos transportes públicos, serviços de segurança e de saúde, e aqui engloba-se a melhoria do Hospital do Montijo. Dificilmente será aqui construído um novo hospital, embora eu defenda a necessidade de criação de um Centro Hospitalar de Setúbal. E que benefícios para os concelhos vizinhos? Este é um investimento nacional e de interesse nacional, do Governo e de todos os portugueses e um aeroporto será importantíssimo não apenas para o Montijo e Alcochete, como para toda a região ao nível do desenvolvimento territorial, e é uma necessidade para a região de Lisboa. Esta infraestrutura vai permitir que, pela primeira vez na História, a margem sul venha a ter independência em relação a Lisboa, porque agora o emprego está centrado lá e no passado, mesmo com as grandes indústrias, os patrões estavam em Lisboa. E por isso há cerca de um ano que tenho vindo a falar com os gover-
nantes para garantirem as ligações entre as penínsulas. Numa primeira fase acharam isto um pouco estranho, mas agora já compreendem a importância de ser criada uma ligação rodoferroviária entre o Montijo e o Barreiro através de uma ponte ou até um túnel (com menos impactes ambientais e paisagísticos) colocando o comboio dentro do aeroporto e garantindo a ligação ferroviária através da Fertágus a Lisboa. Isso permite também que a Moita e a Baixa da Banheira, bem como Palmela e Pinhal Novo fiquem também incluídas na estrutura do aeroporto. Só para terem uma ideia, o ramal que estava previsto entre o Pinhal Novo e o Montijo teria uma extensão de 9km, ao passo que o ramal sul e sueste no Barreiro ao Montijo teria apenas 2km. A distância entre a península do Montijo, a partir da Base Aérea, e o Barreiro, são 800m de largura. Outro aspecto que defendemos é a ligação entre o Barreiro e o Seixal sobre o rio Coina, colocando assim o concelho do Seixal a poucos quilómetros do aeroporto, praticamente os mesmos que a cidade do Montijo terá deste equipamento. Isto irá ligar a baia do Tejo e per-
GRANDE ENTREVISTA
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
temente técnicas. As críticas terão sido sobre o ruído e o impacto nas aves, mas todos sabemos que uma estrutura como esta terá sempre esses dois impactos. No caso do aeroporto no Montijo, os técnicos que elaboraram o projecto foram buscar as melhores e mais exigentes experiências a nível mundial, o que veio ao encontro do que o município sempre defendeu, de ter um aeroporto com um EIA exigente e isso conforta-nos. Depois há aspectos em que o município tem vindo a intervir, como exigirmos que o Governo deve também exigir que a ANA Aeroporto compre as salinas no sentido de as transformar numa zona de abrigo para as aves, em vez de optar pelo aluguer, entregando-as depois ao Estado. Assim conseguimos salvaguardar estas zonas húmidas que são muito importantes para o meio ambiente e ficando assim sob o domínio público, quando agora são privadas e estão ao abandono.
mitir a revitalização de zonas como a antiga CUF, no Barreiro, e os terrenos da SN, no Seixal. E até zonas como o Pinhal Novo vão poder receber empresas que não possam pagar os preços de aluguer ou construção aqui no Montijo. E isto pode até ser mais importante do que a prevista terceira travessia do Tejo, que se limita a ser uma ligação da margem sul para Lisboa, ao passo que estas duas pontes é para manter o investimento aqui. Tudo isto será benéfico para a península, mas também para Montijo e Alcochete que não vão ser capazes de lidar sozinhos com toda a pressão que virá do aeroporto. E num segundo plano, também Almada, Sesimbra e Setúbal vão beneficiar porque têm as suas praias para oferecer aos turistas, que também as procuram e que com o aeroporto na margem sul ficam mais perto dessa oferta. Acredita então que o aeroporto virá para o Montijo? Tudo indica que sim, embora nesta fase não tenha mais conhecimento do que todas as outras pessoas. Até finais de Outubro, caberá à APA a decisão final das condições que irá impor à ANA Aeroportos para a
construção do aeroporto no Montijo. Faltava esta «prova de fogo» que era a questão ambiental, que sempre acreditei que era ultrapassável. Como é que encara a crítica que foi feita pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia? Essa é uma critica um bocado sem fundamento e de quem não sabe o que está a dizer sobre assuntos técnicos. Foi um texto muito pouco fundamentado e só fez mais mal a quem é contra esta localização. No seu entender, como decorreu a consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental? Acho que correu bem, e o presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente já afirmou que se tratou de uma das consultas públicas mais participadas de sempre, com mais de um milhar de sugestões, propostas e críticas. Também tivemos todas as Câmaras Municipais a participarem, mesmo as que estão contra, embora muitos tenham resvalado de uma questão técnica para uma questão política, quando o que esteve em discussão foram questões eminen-
Preocupa-o o desejo demonstrado pelos autarcas de Leiria para que o Governo aposte antes no aeroporto em Monte Real? Não, porque essa solução não resolve o problema de Lisboa. E sobre a opção apresentada pelos autarcas da CDU para um aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete? Essa é a pior opção, em todos os aspectos. Por exemplo, no caso de turistas, quem ali aterrasse só passaria por aqui de transporte em direção à auto-estrada ou em TGV, não parando nem no Montijo nem no Barreiro, e aí a erradicação económica era zero. É verdade que o aeroporto irá trazer impactos para a zona e são assuntos que terão de ser resolvidos, mas por outro lado os aspectos económicos são muito positivos, com a vinda de mais empresas e criação de emprego e toda a gente irá beneficiar com isso. Por esse motivo, esta infraestrutura não se pode concentrar na península do Montijo. O Montijo está já a sentir alguma pressão no que respeita à construção civil? No que diz respeito à construção para habitação não se nota isso. Há construção sim, mas para responder ao grave problema que existe noutras áreas de acesso à habitação,
que trazem para o Montijo pessoas de Lisboa e fazem depois os montijenses sair para outros concelhos em busca de preços mais baratos das habitações. Esse também é outro que nos preocupa e por isso pensámos construir um condomínio a custos controlados, para o que estamos a negociar uns terrenos para comprar, que fica como património municipal e onde iremos construir cerca de sessenta apartamentos para casais jovens a custos controlados, a cerca de 100 mil euros e não com o custo de 200 ou 300 que já custam aqui no Montijo. Isto seria uma forma de suprir o problema que os jovens casais têm de obter casa e de poderem conceber aqui o seu início de vida. A classe média baixa da sociedade portuguesa não tem direito à habitação, por falta de rendimentos ou de maneira de se endividarem com os bancos. Já o posicionamento hoteleiro é outra coisa, têm procurado o Montijo, querem investir, mas estão a aguardar pela decisão final em relação ao aeroporto. Já temos dois ou três projectos concretizados, num crescimento exponencial no alojamento local, através da compra de casas antigas e abandonadas e vamos ter um investimento do B&B, um grande hotel a nascer ao pé do Parque Municipal. Além desta matéria, o aeroporto terá também uma faceta de atração empresarial. Agora está a meio do segundo mandato, por lei poderá ainda cumprir mais um mandato. E depois disso, poderá vir a candidatar-se para outro município? Ainda é muito cedo para pensar nisso. No entanto tenho um grande compromisso para com os montijenses, ‘o meu povo’. E é um compromisso que devemos manter e honrar. Acho que isso de saltar de uns municípios para outros é um bocado exagerado. Mas há sempre o ‘nunca digas nunca’. Sente-se um presidente do povo? Sempre disse isso. Considero-me um presidente próximo das pessoas, e acho que é isso que já consegui. E tanto recebo beijinhos das pessoas de mais idade, sem desconsideração, como também das crianças em idade escolar, algo que me surpreende e impressiona.
11
Que momento marcante tem como autarca? Cada vez que alguém me pede ajuda, é sempre marcante, sobretudo quando não podemos ajudar por motivos legais e isso é dilacerante. Tenho vários momentos desses, como famílias a quem temos de cortar o abastecimento de água porque não pagaram e depois sabemos que as crianças não puderam ir para a escola por não terem como fazer a sua higiene. E nesses casos tentamos sempre resolver e chegar a acordos, mas não deixam de nos perturbar essas situações. A autarquia emprega algumas pessoas de etnia cigana, como decorre esse processo? Sim, estão inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional como desempregados, para poderem ter acesso ao RSI, e quando precisamos de pessoas em certos sectores, como a varredura, são contratados. E posso dizer que, sobretudo os contratados mais recentemente, são pessoas muito empenhadas no trabalho que lhes é atribuído, tanto homens como mulheres. No fundo é um processo de integração que se vai fazendo, que pode levar algum tempo, mas estas pessoas vivem no Montijo há muito tempo e também fazem a sua integração. Não significa que não existam problemas, com pessoas que vieram para cá há pouco tempo, e com quem tem existido alguns problemas, nomeadamente com animais como cavalos, e outras mais graves e que exigem a intervenção das autoridades. Quem quiser vir para a cidade por bem serão sempre bem-vindas, mas quem não o fizer, terá de responder por isso, independentemente da sua origem. Desejos para o futuro? Que o Montijo consiga continuar a evoluir, que continue a ser uma grande cidade e que recupere muito da sua História, deixando um bom legado às gerações futuras. Da nossa parte estamos a preparar o Montijo para esse futuro, nesse compromisso que tem de existir entre as gerações. Miguel Garcia e Carmo Torres informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
12
REGIÕES
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
Ambiente Alunos conhecem trabalho da GNR
Setúbal Quarenta e quatro anos ao serviço da Cultura e do Desporto
Alunos da ES D. Manuel Martins receberam formação da GNR sobre incêndios
Ídolos da Praça homenageiam antigos dirigentes
A presidente da Casa Sebastião da Gama e da Casa da Poesia de Setúbal foi a vencedora 10 vezes da Grande Marcha de Setúbal, a par de diversos prémios conquistados a nível das coletividades, com destaque para este ano onde ganhou a melhor marcha para a Sociedade Perpétua Azeitonense. Alexandrina Pereira vai lançar a sua última obra, dedicada à Grande Marcha de Setúbal, entre 1988 e 2018. A poetisa, que reside em Palmela, é a habitual autora da Marcha de S. Pedro da Marateca.
Os 44 anos do Núcleo Recreativo e Desportivo Ídolos da Praça foram assinalados com um programa diversificado, com destaque para a homenagem aos antigos dirigentes da coletividade.
Ídolos da Praça fazem grande festa
O GNR foi à escola apresentar todo o trabalho que faz a nível de ambiente
O
Núcleo de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR de Setúbal, esteve de visita à Escola Secundária Dom Manuel Martins para uma ação de sensibilização aos alunos do Curso Profissional de Técnico de Proteção Civil. Os militares do SEPNA realizaram a ação de sensibilização sobre incêndios florestais, em Setúbal. O objetivo deste tipo de ações por parte
da GNR é dar a conhecer às populações e profissionais do setor da Proteção Civil todo o trabalho desenvolvido pelo Núcleo. Nesta ação, esse trabalho centrou-se na área da validação de incêndios, bem como sensibilizar os alunos para algumas temáticas ambientais. A iniciativa contou com a participação de 15 alunos que frequentam o curso. Miguel Garcia informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
s nove ex-presidentes da direção foram homenageados e passam a estar imortalizados numa das paredes do Salão Social, da coletividade. O atual presidente, José Vigário, destacou na sessão solene que os antigos presidentes são os “obreiros do percurso”, que ajudaram o clube a ser “eclético e dinâmico”. E agradeceu a “todos os sócios que durante anos pertenceram aos órgãos sociais e que, em conjunto com os presidentes, conseguiram fazer do clube aquilo que é hoje”. Também Nuno Costa, presidente da freguesia de S. Sebastião, lembrou os antigos dirigentes que “muito fizeram em prol desta coletividade, desta freguesia e desta cidade”. O edil da maior freguesia de Setúbal elogiou o “trabalho extraordinário de uma equipa que tem sabido transformar as suas infraestruturas, atrair mais sócios, promover muito mais atividades e assumir-se como uma coletividade que cumpre os seus objetivos”. Os dirigentes dos ídolos da Praça, lembrou, “têm desenvolvido um trabalho exemplar a nível das beneficiações que realizaram no salão social e nos balneários, com o apoio da Junta de Freguesia de S. Sebastião” e “a requalificação do campo de jogos, com o
apoio da Câmara”, As intervenções recorda “melhoraram muito as condições da prática desportiva e hoje temos muito melhor capacidade de poder chegar, com qualidade, às crianças do bairro, e não só”. A vereadora Carla Guerreiro realçou a resiliência deste clube “de referência na nossa cidade que soube dar a volta” a uma situação financeira precária, em 2016. A autarca apontou como meta “dar ferramentas para que os clubes possam ter a sua autonomia, mas mais importante que isso é a dedicação, não só dos órgãos sociais mas também dos associados”. Na sessão solene marcaram presença mais de uma dezena de representantes de outras coletividades da cidade, incluindo o presidente da Associação de Futebol de Setúbal, Francisco Cardoso, que felicitou a coletividade associada, com vários escalões de futebol de formação, e demonstrou o desejo de ter uma equipa de futebol feminino. Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
AÇÃO REAL
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
13
Assalto Casa de jogos Santa Casa assaltada em Pinhal Novo
Assalto rende dinheiro da caixa de loja de jogos Santa Casa O assalto ocorreu entre as 13h00 e as 15h00, no período de almoço da lojista.
Assaltantes aproveitaram a hora de almoço para arrombar a porta
A Casa de Jogos Santa Casa que está instalada no Centro Comercial Dovari, em Pinhal Novo, foi alvo de um assalto na passada segunda-feira. Segundo o que o JCP conseguiu apurar no local, o assalto foi realizado entre as 13h00 e as 15h00, período de almoço da lojista que se encontra no espaço comercial. Os assaltantes ainda não foram identificados pelas autoridades que foram chamadas ao local pela lojista. O assalto
foi realizado com o arrombamento da porta de entrada e rendeu o valor que existia em caixa na altura. Os outros lojistas daquele espaço comercial localizado a sul da vila de Pinhal Novo, não deram por nada. As autoridades estão a investigar este caso.
Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Sesimbra Ataque deixa homem em coma e desfigurado
Vítima foi encontrada numa rua de Quinta do Conde Várias corporações foram mobilizadas para o local para combater as chamas em terrenos cheios de monos e restos de obras e oficinas. Vários bombeiros ficaram feridos devido a um acidente
Marco Teixeira foi agredido na Quinta do Conde depois de uma saída com amigos As autoridades policiais estão a investigar o caso que deixou Marco Teixeira, de 28 anos, em estado grave e desfigurado. O homem que foi encontrado no passeio de uma rua, na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, continua em coma no Hospital de São José, em Lisboa. Fez uma semana que Marco Teixeira, de 28 anos, ajudante de cozinheiro, foi encontrado sem sentidos numa rua na localidade de Quinta do Conde. A cara da vítima estava desfigurada, ossos faciais e maxilar partidos, crânio rachado e ensanguentado. Foi nesse estado que Marco
Teixeira foi encontrado na madrugada de sábado, 28 de setembro, após ter estado com amigos num bar daquela localidade. As autoridades foram alertadas e no início suspeitavam de ter sido um atropelamento com fuga, mas os ferimentos, os testemunhos e as perícias feitas à vítima encaminham para que este seja um caso de agressão. Depois de acordar do coma induzido, a vítima terá feito gestos à família de que fora agredido. As autoridades estão no terreno para identificar o autor ou autores deste ataque. Segundo os familiares de Marco Teixeira, a GNR de Quinta do Conde terá informado que o "cenário seria de um filme de terror", com a vítima no chão a gemer e ensanguentada. Marco Teixeira vai ser submetido a várias cirurgias e a sua recuperação irá durar alguns meses. O caso transitou da alçada da GNR para a PJ de Setúbal, que agora investiga o caso como uma tentativa de homicídio.
Júlio Duarte informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Dani Sousa Cronista
CRÓNICA CRIMINAL A CAPA DO SENHOR GENERAL E OS SEUS ENCANTOS!
Q
uantos de nós já não nos interrogámos sobre o caso mais mediático dos últimos dias: O caso “Tancos”! Sim, porque esse caso é um daqueles que ainda falta explicar muita coisa em sede própria, no banco dos réus estão várias figuras entre as quais o ex-ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, que primeiro não sabia de nada, depois já sabia alguma coisa e afinal de contas já sabia de tudo e nada informou ao primeiro-ministro António Costa (diz o PM), mas afinal de contas o que se vai passar para que haja explicações à opinião pública? A meu ver este será mais um daqueles casos que vai chegar ao fim e nada se ficará a saber. O sistema judicial, atualmente é um sistema de vícios e viciados, é um sistema que dá razão a quem tenha uns bons trocos na carteira e condena o tal ‘elo’ mais fraco, aquele que nem dinheiro terá para apostar num bom advogado que o possa defender perante os senhores da justiça portuguesa. Uma justiça que só está virada para o sistema político que mais lhe convém e que vai punindo aquela dita ‘raia miúda’, e nestes casos existem sempre os tais ‘bodes expiatórios’, os mais pequenos que vão cercando as vontades dos grandes senhores e que são a <<carne para canhão>>, se correr mal a situação, são eles os primeiros a ficarem em preventiva, enquanto os grandes vão gozando com tudo isto. No caso de Tancos, a semana passada vi uma imagem que retrata bem a situação, uma caricatura onde teria um general que cobria várias figuras do Estado, desde o primeiro-ministro, ao ex-ministro da Defesa Nacional e até o nosso respeitoso Presidente da República, quem desenhou a caricatura sabia o que estava a fazer e com que objetivo a desenhava. Será que ainda não aprendemos nada com tantos erros e corrupção que vivemos todos os dias neste pequeno país à beira mar plantado? Eu continuo com grandes expetativas no desfecho deste caso que já faz gastar muita tinta nas páginas dos media nacionais, é caso para se dizer: Vamos esperar pela última moda, como Bocage esperou, que ainda continua com um pedaço de pano às costas à espera dessa nova moda surgir. Outro caso que me deu alguma motivação para escrever na reta final desta minha segunda crónica criminal é o facto de alguns advogados estarem a passar as tais “passas do Algarve” com o sistema informático do Estado, o tão conhecido CITIUS que continua a fazer das suas quando na hora de enviar peças processuais, o mesmo sistema deixa de ser SIMPLEX e passa a COMPLEX, uma forma de brincar com a complicação na hora de enviar os documentos por via informática. O COMPLEX nas últimas semanas tem deixado alguns advogados de cabelos em pé, pois na hora H, e depois de estar tudo carregado como manda a lei, o bicho papão – SIGNIUS – faz das dele e truz, vai enviando mensagens amistosas aos pobres dos advogados, estes também muita das vezes “carne para canhão”, como estes casos que para além de advogados ainda terão que pensar em fazer um curso de técnico informático para conseguir lidar com o SIMPLEX que os sucessivos governos vão apregoando legislativa após legislativa. A questão muitas das vezes se impõe: Será mesmo uma profissão a abraçar atualmente no nosso país? Os advogados solitários (aqueles que trabalham sozinhos) vão deparando-se dia após dia com estes problemas, pois no seu gabinete não existe espaço para ter técnicos informáticos capazes de resolver logo ali o problema, e muitas das vezes só contam com a ajuda e boa vontade de cooperação entre os colegas.
14
ALERTAS & RECADOS
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019
É tempo de acabar com este flagelo Não nos cansamos de alertar sobre o problema dos resíduos e monos, que se tornou num verdadeiro flagelo, com situações gritantes que se estendem por todo o concelho. Para a vereadora do Ambiente, Fernanda Pesinho, o problema “revela falta de cidadania, de civismo e consciência coletiva de meia dúzia de cidadãos”.
O
s cidadãos conscientes mostram-se revoltados com o problema dos monos e resíduos e lançam um pertinente apelo “é tempo de acabar com este flagelo”. Também a vereador Fernanda Pesinho, considera que “a questão dos monos e dos resíduos é um flagelo e não é por falta de investimento da autarquia” e considera que o problema “está na falta de cidadania, de civismo e consciência coletiva de meia dúzia de cidadãos”.
“Autarquias deviam dar o exemplo”
O leitor Carlos Alvim enviou-nos um alerta sobre os monos, começando por referir “acredito
que deva ser difícil ser prior numa freguesia destas”, onde existem “selvagens sem o mínimo de decência e educação por tudo e todos continuam a fazer despejos de entulho e toda a espécie de monos na rua Manuel João Lima Simões sem regras nem respeito por elementares deveres cívicos”. No entanto o Carlos Alvim não deixa de lembrar que “a autarquia e a junta de freguesia deveriam ser as principais interessadas em corrigir este problema, deviam dar o
de mais serve de excelente cartaz turístico para a freguesia que, hipocritamente, tanta gente faz gala em publicitar”. Carlos Alvim reconhece “não somos exigentes nem participativos”, mas “a limpeza da freguesia é o mínimo exigível de quem nos representa mas pelos vistos nem isso conseguem cumprir”. E termina o seu reparo reafirmando a crítica “infelizmente parece que esta questão está no ADN da cultura política da autarquia de Palmela e basta dar uma volta pelas diferentes freguesias”.
“Fenómeno” na Estrada de Vale de Barris….
O vereador Carlos Vitorino, que substituiu Paulo Ribeiro, na bancada do PSD/CDS, na última sessão de câmara, pediu esclarecimentos sobre “os abatimentos que existem na Estrada de Vale
de Barris” e quis saber se “está prevista alguma intervenção”. O presidente Álvaro Amaro explicou “estamos a acompanhar a situação sem qualquer alarmismo” e “iremos fazer intervenções em cada fissura, com uma tela de betuminoso”. A situação nesta artéria com elevado volume de tráfego, está a ser encarada como “um fenómeno”.
… e CSI para identificar os infratores
exemplo e no mínimo cumprir a sua parte em que se compromete a fazer recolha duas vezes por semana. Posso dizer que à altura desta foto já passaram nove dias desde o depósito destes monos”. O leitor reconhece que “infelizmente a nossa tradição democrática e cultural não faz dos munícipes cidadãos participativos nas questões de cidadania e consequente exigência de medidas a tomar”. A foto, explica o leitor “fica antes das grutas da Quinta do Anjo, que além
O vereador do PSD/CDS alertou para a necessidade de “adotar medidas coercivas em relação a alguns abusos nos resíduos e monos”. Já o vereador Pedro Taleço defende “a criação de uma investigação para que se procure identificar quem é o infraxtor” e revela “foram já investidos 20 mil euros para a vigilância, que será articulada com as ações de limpeza”. Ao Alertas & Recados desta semana já vão longos e estaremos de regresso para a semana! Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
DESPORTO
08.10.2019 | Jornal Concelho de Palmela
Futebol Vitória garante passagem à fase final da Taça
Futebol Antes do jogo de domingo
Treze dá sorte ao Palmelense
Lagoa da Palha apresenta equipa
Palmelense FC assegura Fase Final da AFS Quando estavam decorridos 13 minutos da primeira parte Luís Conceição inaugurou o marcador para o Palmelense. Também ao minuto treze da etapa complementar Didien marca o segundo. O resultado ficou completo com Pedro Xavier a marcar o terceiro aos 87’. Com este resultado o Palmelense garantiu a passagem à fase final da Taça da AFS. O Palmelense assegurou uma dupla vitória ao ganhar ao Corroios e a conseguir integrar os 16 clubes que vão disputar a fase final da Taça da AFS, a 22 de Fevereiro de 2020. Com uma excelente casa no Cornélio Palma dotado de excelentes instalações, o dia da implantação da República, foi de alegria para o Palmelense e adeptos, que festejaram cada golo, que pouco a pouco, conduziu até à disputa da fase final da Taça. O primeiro golo foi marcado aos 13 minutos, com um livre a favor do Palmelense e Luís Conceição a marcar de forma irrepreensível
batendo o guardião Amilton. Aos 25 minutos, nova oportunidade para o Palmelense, com Funa a “meter o turbo” e a cruzar para Diogo André, que atira bomba contra o poste. Funa sempre muito ativo arranca falta do guarda-redes visitante e Duarte Jorge com o nº 13 marca na recarga, mas o golo foi anulado pelo árbitro Daniel Ferreira. O treze continuava a ser o número de sorte do Palmelense, e ao decorrer o 13º minuto, novo golo no campo Cornélio Palma com Didien a atirar uma bola que levava fogo e a ser imparável para o guardião Amilton. E como não há duas sem três Pedro Xavier fez o gosto ao pé ao aproveitar com conta, peso e medida o canto de Bernardo Firmino, aos 87 minutos.
Apurados para a fase final da Taça da AFS
A fase final da Taça da AFS irá disputar-se apenas a 22 de Fevereiro, do próximo ano e conta com duas equipas do concelho de Palmela, o Águas de Moura (que ganhou todos os jogos da fase de grupos) e o Palmelense. Para além das duas equipas de Palmela, irão também disputar a fase final da Taça da AFS: Alcochetense, Quinta do Conde, Sesimbra, Charneca da Caparica, Moitense, Comércio e Indústria, Cova da Piedade B, Alfarim, Brejos de Azeitão, Seixal, Grandolense, Pescadores e Oriental Dragon. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
15
Lagoa da Palha apresentou equipa aos sócios
O Clube da Lagoa da Palha, que irá disputar o Campeonato do Inatel de Setúbal, apresentou a equipa aos adeptos, numa partida disputada com o Lagameças. O jogo disputado no passado domingo contou com a presença de diversos associados, que participaram também na festa depois da partida. Antes do início do Campeonato do Inatel, que começa no próximo domingo, o Clube da Lagoa da Palha apresentou a equipa, numa tarde de sol, onde se realizou a partida com o Lagameças. O clube presidido por Rui Cardoso, apresentou os seguintes jogadores: Ricardo, Roberto, Joey, Bruno Magalhães, Wilson, Diogo, Cisse, Rubinho (capitão), Danny, Adelson, André, Verissímo, Marco, Ferrão, João Diogo, Camadu, Chibo, Dá, Mestre e Jorge Patinho. O treinador será Gilberto Silva. A equipa azul e amarela foi a mais rematadora, mas o Lagameças que disputa a segunda divisão distrital, acabou por usar a experiência e no final da primeira parte foi para intervalo a ganhar por dois zero, golos
marcados aos 10 e aos quarenta minutos.
Campo de terra batida provoca lesões
Cisse, que estava a ser um dos melhores em campo, acabou por sair lesionado quando estavam decorridos 32 minutos da partida. A equipa do Lagoa da Palha deixou boas referências, pecando apenas na finalização, onde Wilson e Dá, que substituiu o lesionado Cisse, deram boas referências, mas não evitaram a derrota. Na etapa complementar, o Lagoa da Palha entrou melhor e o capitão Rubinho reduziu o resultado, que ficou em duas bolas a uma. No próximo domingo, o Lagoa da Palha ruma à Caparica onde irá defrontar o Terras da Costa, na primeira jornada do Campeonato do Inatel. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
Futebol Invencível até à sexta jornada
Pinhalnovense perde no Algarve A equipa de Luís Manuel perdeu à 6ª jornada do Campeonato de Portugal, na deslocação ao Algarve onde defrontou o Esperança de Lagos. Já o Olímpico do Montijo quebrou o
“enguiço” e conseguiu uma importante vitória frente ao Loures. O Pinhalnovense não teve sorte na deslocação ao campo do Esperança de Lagos, onde perdeu pela primeira vez nesta época, por duas bolas a zero. No próximo domingo, o Pinhalnovense recebe em casa o Sintra Football. Já o Olímpico assinalou com uma vitória o jogo disputado
em casa com o Loures onde ganhou por duas bolas a uma. A equipa do Montijo irá deslocar-se no próximo domingo até à capital para defrontar o Oriental. Fátima Brinca informacao@jornalconcelhodepalmela.pt
FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira, Donatilia Braço Forte (estagiária) Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Tiago Rodrigues, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L Associado da:
PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes
CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Tiragem Semanal: 13.000 exemplares
16
PUBLICIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 08.10.2019