Jornal Concelho de Palmela | Edição 61

Page 1

SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALCONCELHODEPALMELA

A mulher que está a revolucionar o mercado da Maçã Riscadinha na região Reportagem com Paula Castro Pág. 2

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº61 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 03.09.2019

Presidente da República visita Palmela a convite da Câmara de Palmela

Marcelo Rebelo de Sousa aceitou o convite da Câmara Municipal de Palmela para estar hoje no último dia da Festa das Vindimas, e o Presidente da República certamente irá cruzar-se com o secretário geral do PCP. Sociedade. 3 População rural

Sente-se abandonada pelo poder político local Plano Principal. 8

Ministro do Ambiente considera normal compra das salinas A ANA Aeroportos já manifestou interesse na compra das salinas para usar na proteção das aves do Tejo; ministro do Ambiente vê a medida com bons olhos. P.10

Beira mar acolhe bar e mercearia junto ao Outão Café-Bar e mercearia nasce junto ao Ecoparque do Outão, a cerimónia de abertura contou com a presença da presidente da Câmara de Setúbal que enalteceu a ideia. P.11

Noites de Palmela agitadas para as autoridades As autoridades policiais não descansam na vila De Palmela, das várias ocorrências destaca-se o aumento de agressões durante a noite e depois das festas que se tem realizado nos últimosdias. P.13 PUB


Editorial

2 VISÃO DA SEMANA

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

EMPRESAS PAULA CASTRO FEZ DA MAÇÃ RISCADINHA O ÊXITO DE PALMELA

MIGUEL GARCIA DIRETOR DE INFORMAÇÃO

Marcelinho em Palmela não ajuda desespero de Amaro

O

bombeiro dos autarcas e o rei das sel�ies foi chamado de ‘emergência’ a Palmela, neste último dia de festas. Marcelo Rebelo de Sousa foi o convidado de honra da Festas das Vindimas, vá-se lá saber o porquê, e o Presidente da República conseguiu sobressair a qualquer cabeça de cartaz desta 57ª edição, também vamos lá saber o porquê. Mas o rei das sel�ies e dos desesperados não conseguiu minimizar o desespero de Amaro, sim, porque o nosso presidente continua a governar em desespero num território que mais parece ter sido invadido por uma guerra de lixo. Não fossem os monos que não são recolhidos e entregues à Amarsul, o território estaria a viver um autêntico �im de verão morno, mas com a falta de recolha dos lixos a população armou-se até às unhas e cabelos, com fotogra�ias e invadiu o Facebook para expor as suas belas artes fotográ�icas a relatar o caos que é vivido em algumas freguesias do concelho de Palmela. E sim, digo algumas, porque a União de Freguesias de Poceirão e Marateca é a que mais limpinha está, não fosse a mão pesada da presidente com a herança deixada do velhote de que já quase todos se esqueceram, mas de uma coisa é certa, Poceirão e Marateca, monos nem vê-los, pelo menos no centro das localidades. Já fora destas, a saga continua e pesados de recolha de monos nem vê-los, será que a autarquia está a fazer um pezinho de meia para comprar este Natal um camiãozinho novo para a recolha de lixo? Se for isso, pobres dos moradores que atualmente têm vizinhos novos, sim, lagartos, cobras e ratos, acompanhados de baratas, tudo é uma festa. Os caixotes de lixo vão sendo despejados, são os relatos dos cibernautas que por estes dias vão colocando a nu, tudo o que se passa com o lixo no concelho, mas os monos continuam a amontoar junto dos caixotes sem que ninguém cuide deles. O calor está para �icar e junto dos contentores não se pode parar, tal não é o cheiro nauseabundo que nem as baratas lá �icam, preferem refrescar-se na sombra de uma qualquer cana que invadiu uma linha de água e nada se consegue ver no �im da rua dos Ferroviários. As queixas continuam e os passeios dos colaboradores, da autarquia ou da empresa outsoursing, também continuam, levam os pesados a passear pelos aceiros e ruas, param junto aos monos e continuam na sua tour sem que a recolha se faça. Os lixos esses estão na ordem do dia, são alertas nos jornais, nas redes sociais e até telefonemas para a Guarda Nacional Republicana a reclamar dos novos contentores de reciclagem, vá lá que Palmela no seu todo não é como no Alentejo, pois se isto acontecesse num qualquer Alentejo profundo, mal estaria o militar que é pau para toda a obra, ele é atendimento, ele é patrulhamento, ele é empregado de limpeza, ah pois é, postos territoriais com um só militar, e esta hein! Já dizia o saudoso Fernando Peça. Para se juntar à festa da noite do abandono, está o�icialmente aberta a época festiva, mas continuamos a surfar nas ‘ondas’ e mais ‘ondas’ de uma rua para qual já se ouve falar em alcatrão há algum tempo, mas esse estará noutra qualquer onda. E, mais abaixo na Rua do Marcolino onde só passa um a dois carros de 4 em 4 horas, para a qual o pedido de alcatrão foi feito há u, ano. Vamos lá saber/perceber?? estas opções políticas que foram delineadas neste mandato. Ai Marcelinho, Marcelinho, tu que és os bombeiros dos autarcas, tu que és o rei das sel�ies, vê lá se dás uma mãozinha ao Amaro, pois de santo nada tem!

A ‘Revolucionária do fruto esquecido Palmela já foi conhecida em tempos pelos grandes pomares de laranja e de Maçã Riscadinha, mas com a queda da Cooperativa Agrícola de Palmela, muitos pomares foram substituídos por outras culturas como a vinha. Miguel Garcia

P

Paula Castro têm revolucionado o setor da Maçã

aula Castro é uma jovem agricultora que em Riscadinha em Palmela conjunto com o marido apostaram na margem sul do Tejo para instalar um dos “podemos olhar para a história da Maçã Riscadinha em negócios que estava esquecido na região de Palmela. Palmela, neste caso em toda a região, ela centrava-se em Ambos de Lisboa, chegaram a terras de Poceirão, mais Vale de Barris e propagava-se pelas terras caramelas – propriamente à Lagoa do Calvo, onde instalaram um Vale da Vila, Arraiados ou Valdera, Lau, Poceirão e por aí pomar de vários hectares de macieiras. a fora – mas a falta de escoamento foi o ponto fulcral da Mas estas macieiras não foram de qualquer espécie, quase extinção deste fruto típico de Palmela. A Câmara porque a jovem empresária estudou e pesquisou a de Palmela não terá feito o trabalho de casa todo bem Maçã Riscadinha e decidiram aplicar as suas economias feito, mas fez algum desse trabalho, como a promoção do num pedaço de terreno e plantar várias árvores de fruto nos seus �ins de semana gastronómicos, mas pouco Maçã Riscadinha. Em pouco tempo e a remar contra a mais do que isso. É de louvar que tenha aparecido maré, Paula Castro e o marido conseguiram ter uma alguém com pulso para tomar conta das ‘rédeas’ e que produção sustentável e de excelente qualidade, a quan- tenha como objetivo principal a promoção não só da sua tidade ainda pouco signi�icativa, começou por desper- produção, mas também de desenvolver mais mercado e tar o interesse de outros canais de comercialização e os cativar mais produtores a apostar neste fruto sazonal e contactos foram sendo feitos pelo casal dia após dia até apetitoso”. A Maçã Riscadinha quer uma quota de mercaque em 2019 a venda do acima dos 20%, mas a para esses canais já é Para além da fruta muitos produtos promoção também será representativa sobretu- surgiram pelas mãos do Chef Nuno Gil importante para o escoamento do para a região a Norte do fruto, um fruto que no do Tejo. Paula Castro à nossa equipa de reportagem paladar é agridoce. Nuno Gil é conhecido pelos seus adiantou que “tem sido uma grande luta para reavivar dotes em doçaria local, o chef e presidente da Confraria memórias que todos tinham a Maçã Riscadinha nas Gastronómica de Palmela nos últimos tempos terá surgisuas infâncias, onde se conseguiam ver macieiras do com algumas ideias na doçaria onde envolve a Maçã plantadas no meio das vinhas, mas agora o fruto está a Riscadinha. O chef explicou ao JCP que as suas ideias tomar o seu rumo normal e o meu objetivo será promo- surgem do nada e depois de várias experiências, sempre ver o setor junto de mais produtores”. Outra das ao som da música de André Rieu, têm surgido algumas grandes lutas que tem tido é para obter a atenção por iguarias como os miminhos de Maçã Riscadinha ou parte das entidades locais, que pouco têm feito ou mesmo o pastel de Maçã Riscadinha. Devido às caractedemonstrado interesse pela Maçã Riscadinha, embora rísticas sazonais da maçã, de Junho a Agosto, também a seja já certi�icada pela União Europeia. Segundo Matias produção de pastelaria é sazonal, mas com muita saída e Dias, um historiador catedrático, “Palmela foi habituada procura pelos apreciadores de doçaria típica. a um tipo de desenvolvimento que foi muito fácil dar-se a conhecer além-fronteiras, pela sua área geográ�ica e Paula Castro aposta forte em 2019 pela história que terá com os antepassados no tempo A jovem empresária em 2019 tem apostado em força na dos Romanos e dos Árabes (mestres das culturas promoção da Maçã Riscadinha, em julho realizou uma vínicas em toda a parte do mundo). A região foi-se jornada no Poceirão onde o tema foi a frutologia e a Maçã habituando a deixar para trás os pomares de laranja e Riscadinha e em agosto realizou o primeiro Sunset da Maçã Riscadinha e a dedicar-se em grande parte à vinha Maçã Riscadinha, evento esse que se realizou no Castelo e ao vinho. É um setor de fácil manuseamento e onde de Palmela, recebeu centenas de visitantes e no qual aos num ano se produzem milhares de litros, enquanto a primeiros minutos a maçã dos produtores que aderiram Maçã Riscadinha é temporã tal com a uva, mas que não ao evento já estava esgotada. dá matéria para lucro nem conhecimento da região”. O Outros projetos estão a ser de�inidos e desenhados para professor explica ainda que houve várias falhas na que a Maçã Riscadinha seja também ela uma referência produção que arruinou parte dos produtores da Maçã, maior de toda a região do concelho de Palmela. █

FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: António Vila Nova, PRESSWORLD Criativa Fotogra�ia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L.

PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 514965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt

Todos os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus intervenientes.

CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone: 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt

Tiragem Semanal: 13.000 exemplares


VISÃO DA SEMANA 3

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

PERSONALIDADES FÁTIMA LOPES GRAVA PROGRAMA EM PALMELA

Produção da “A Tarde é Sua” gravou nos Moinhos de Palmela Fátima Lopes e a produção do programa “A Tarde é Sua” estiveram na serra do Louro a gravar parte do programa que irá para o ar nos próximos dias e onde falará da típica Maçã Riscadinha. Miguel Garcia

F

oi com a paisagem do Parque Natural da Serra da Arrábida e com os Moinhos de Palmela a servirem de cenário principal que a apresentadora da TVI, Fátima Lopes, esteve na manhã do passado sábado a gravar uma parte do programa “A Tarde é Sua”. Fátima Lopes esteve à conversa com Paula Castro, empresária e produtora de Maçã Riscadinha, onde foi revelado alguns segredos, sabores e até novos projetos que estão na ‘calha’ para surgirem muito em breve. A apresentadora do canal de Queluz contou ainda com a presença inesperada de um patudo que também quis fazer parte da conversa.

O JCP falou com Paula Castro que nos adiantou que “as gravações decorreram na quinta onde temos a produção, mas depois fomos até Palmela para gravar o resto do programa num espaço de excelência, como aquele que é os dos Moinhos Vivos de Palmela”, uma conversa muito animada e onde Fátima Lopes �icou a conhecer para além da Maçã Riscadinha, toda a temática da produção do pão, a apresentadora colocou mesmo as mãos na massa e conseguiu fazer o pão de Maçã Riscadinha. O programa irá para o ar nos próximos dias, uma edição a não perder! █

SOCIEDADE FÁTIMA LOPES GRAVA PROGRAMA EM PALMELA

Presidente da República visita Festa das Vindimas O arranque foi pouco entusiasmante, mas o �inal �icará marcado pela presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que fará certamente mais êxito do que qualquer espetáculo que esteve em cartaz na 57ª Festa das Vindimas. Miguel Garcia

Q

uem não está já habituado à �igura de Marcelo Rebelo de Sousa nos grandes eventos e catástrofes que assolam todo o território nacional? O Presidente da República aceitou o convite que lhe fora dirigido para estar hoje no último dia da Festa das Vindimas. A chegada do Chefe de Estado está prevista para as 18h00 do último dia da 57ª edição da Festa das Vindimas. A visita do Presidente da República vai ser feita desde o Cineteatro S. João, passando pelos espaços das adegas, onde Marcelo Rebelo de Sousa irá contactar com os produtores de vinho e depois segue-se certamente os abraços, beijinhos e as famosas sel�ies a que o Presidente da República já habituou os populares. A visita vai �icar marcada ainda com o contacto do PR com os autarcas locais para conhecer um pouco mais da região, da cultura e das tradições. A Festa das Vindimas já se habituou a ter em todas as suas edições a visita de �iguras nacionais, como Pedro Passos Coelho (PSD), quando era primeiro-ministro, Paulo Portas (CDS), quando era ministro da Defesa Nacional, Luís Filipe Vieira (Ben�ica), presidente da SLB, Assunção Cristas

(CDS), enquanto ministra da Agricultura, e Jerónimo de Sousa (PCP), secretário-geral do Partido Comunista, que faz questão de se deslocar a Palmela todos os anos à segunda-feira, entre muitas outras personalidades que têm elevado a vila ao mais alto patamar de importância. Desta vez cabe a Marcelo Rebelo de Sousa fazer as delícias de todos aqueles que já aguardam com expetativa a visita do Chefe de Estado.

Outubro de 2016 Marcelo de Sousa já esteve no concelho na cerimónia de abertura do Museu da Musica Mecânica

Presidente da República visita Palmela para brindar à 57ª edição da Festa das Vindima

Fátima Lopes e a sua equipa estiveram no concelho de Palmela a conhecer a famosa Maçã Riscadinha

FESTIVIDADES FESTA DO VINHO ESPECIAL

Vindimas abrem com noite mágica A Festa das Vindimas acaba hoje, mas durante cinco dias viveram-se momentos mágicos, que apontaram para que esta tenha sido a melhor edição nos últimos anos. A presidente da Associação, Maria João Camolas, deu o mote na noite de inauguração, referenciando o evento com o contributo “do vinho especial da Região Demarcada de Palmela e do Moscatel de Setúbal”.

A

Festa das Vindimas tem registado enchentes ao longo dos dias e noites, com as ruas de Palmela animadas e, em redor, os carros a espalharam-se pelas redondezas. No dia da inauguração, a presidente da Associação, Maria João Camolas, deu o mote sobre as expetativas criadas para a edição deste ano “Palmela é como o Vinho. Fica melhor com o tempo” e “do fundo da tradição mais genuína, na terra onde o sol amadurece uvas de castas antigas, há mãos experientes que colhem bagos e os transformam em vinho”. A dirigente associativa lembra “o vinho especial da Região Demarcada de Palmela e do Moscatel de Setúbal”. Também o presidente Álvaro Amaro apontou para o que aí vinha com “os seis dias mais festivos e as noites mais longas do ano, em Palmela”, onde “iremos reencontrar família e amigos, provar os excelentes vinhos e a gastronomia, desfrutar dos espetáculos de grande qualidade”. E a Festa não podia começar da melhor forma com o espetáculo “Viva Il Vino” interpretado por Isabel Biu (soprano) e Bruno Almeida (tenor).

Rainha coroada, Festa começada!

O “pontapé de saída” da Festa começou com a eleição da Rainha das Vindimas,

Palmela recebeu seis dias de festa num espetáculo de grande qualidade proporcionada pela artista Wanda Stuart. Perto das duas da manhã era coroada Diana Sousa, de 16 anos, como Rainha das Vindimas. Antes as 14 candidatas escolheram como Miss Simpatia Maria Reis, de 18 anos, de Aires. O júri presidido por Mónica Anjos, Rainha das Vindimas de 1997, escolheu como 1ª Dama de Honor, Isa Moço, de 20 anos, de Algeruz e 2ª Dama de Honor Matilde Quítalo, de 17 anos de Palmela. Manda o lema que “Rainha coroada Festa começada” e assim foi com a Rainha Diana Sousa a cortar o simbólico cacho de uvas e a anunciar a inauguração da Festa. Re�ira-se que Palmela participa na Rainha das Vindimas de Portugal e este ano estará representada na cidade da Régua por Mariana Antunes, Rainha das Vindimas de 2018, que estará no dia 7 de Setembro, na Cidade do Vinho de 2019.


Crónica

4 DESTAQUES

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

SOCIEDADE PALMELA 10 ANOS DE CIDADE DO VINHO

FÁTIMA BRINCA COLABORADORA

As crónicas da Nicha

O gato valentão Se há coisas que não tolero é o abandono de animais. Desde miúda senti sempre muita revolta pela forma como os animais eram tratados. O meu avô não tinha coragem de matar os gatos, que nasciam, mas quando estes comiam sozinhos, pegava nos pobres animais, metia-os num saco e ia na carroça até um local bem longe de casa e abandona-vos. Essa imagem �icou para sempre marcada na minha longínqua infância. Um dia tive a surpresa do regresso de um dos gatos, que resistiu à fomee às guerrilhas, porque voltou ceguinho de um dos olhos, mas encontrouo caminho de casa. Os dias passarame o meu avô quando se apercebeu que o gatito tinha regressado já não teve coragem de o voltar a levar para odeixar ao abandono. O gatito criou laços de amizade tão fortes, que acabou por ganhar o nome de Valentão, quando enfrentou uma cobra que queria comer os pintos pequenos. O gatito bateu-se com coragem e o barulho da luta atraiu o meu pai, que a matou com uma pazada. O seu acto de valentia �icou-me marcado para sempre e é completamente impensável, que nos dias de hoje, já adulta, aceite que alguém abandone um animal. Em casa tenho dois gatos e doiscães, que têm em comum o abandono a que foram sujeitos. E são eles que animam os meus dias, repartido entre o trabalho e o carinho que lhes dedico. Quando chego a casa sou recebida com alegria pelos meus quatroamigos, que disputam as suas manifestações de carinho. Perdoem que diga, mas são eles que me fazem esquecer por momentos as horas di�íceis que vivovítima da injustiça de certa gentinha. Nunca sou recebida com menos alegria, mesmo que esteja cansada, pois os meus amigos estão sempre prontos para me dar a ternura, que compensa tantos e maus momentos.

Cortejo Etnográfico contou com 400 participantes A criatividade de José Condeça excedeu todas as expetativas deixando embebecidos de vaidade os palmelões, e de olhos arregalados os milhares de visitantes.

O Cortejo Etnográ�ico das Vindimas contou com a participação de 13 carros temáticos, oito grupos em des�ile com 200 �igurantes a pé num total de 400 participantes.


PUBLICIDADE 5

03-09-2019 | Jornal Concelho de Palmela

F

OMEDICOVETERINARIODOMEUMELHORAMIGOPINHALNOVO

I

OMEDICOVETERINARIO


6 RESCALDO DAS VINDIMAS

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

VINDIMAS CERIMÓNIA ÚNICA NO PAÍS

Mosto regista 13 graus O domingo é o Dia Grande das Vindimas e começa bem cedo com o Cortejo dos Camponeses, que des�ilou do Largo do Chafariz até à Igreja de São Pedro, onde as uvas foram pisadas com o mosto a registar 13 graus.

O

Cortejo dos Camponeses é um dos momentos emblemáticos da Festa, e este ano contou com a participação dos camponeses, que transportaram as cestas das primeiras uvas das vinhas do concelho. Os ranchos folclóricos de Rio Frio e do Forninho animaram com danças o percurso, a que se juntaram os gaiteiros dos Olhos de Água e o cavalinho da Sociedade da Humanitária. A carreta com uma parelha de bois transportou a tina com as uvas, que foram despejadas na lagariça, onde foram pisadas pelos pés nus, para brotar o primeiro mosto, que foi colocado em pequenos barris para ser benzido. Esse mosto será posteriormente distribuído por todas as paróquias do concelho para celebração da Eucaristia. O enólogo Filipe Cardoso da Confraria de Moscatel mediu o mosto e anunciou a sua graduação, que este ano foi de 13 graus, o que permite aferir que os vinhos de Palmela irão ser de grande qualidade. █

Momento da chegada da tina de uvas

Cortejo de camponeses a chega à Igreja S. Pedro

Pisa da uva

Filipe Cardoso a testar o mosto

Bênção do mosto


03-09-2019 | Jornal Concelho de Palmela

PUBLICIDADE 7


8 PLANO PRINCIPAL

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

PINHAL NOVO POPULAÇÃO REVOLTADA COM FALTA DE LIMPEZA

“Zona rural está ao abandono pelos nossos autarcas” População das zonas rurais da freguesia de Pinhal Novo está revoltada com a falta de atenção por parte dos autarcas que estão a gerir a Câmara Municipal de Palmela e a Junta de Freguesia de Pinhal Novo, acusando todos os autarcas de assobiarem para o lado nas questões das necessidades da população. Júlio Duarte

O

s limites da tolerância já há muito foram ultrapassados por quem optou por trocar os meios urbanos pela calmia do espaço rural. O JCP foi contactado por um grupo de moradores da Lagoa da Palha e Carregueira, ambas localidades que pertencem à freguesia de Pinhal Novo para nos demonstrarem o desagrado relativamente à falta de acção desse dos autarcas que atualmente estão a gerir o poder político autárquico. Uma das queixas que sai em primeiro lugar, foi a da falta de sensibilidade por parte de alguns cidadãos, mas também por parte da autarquia de Palmela, na questão da recolha de monos. António Augusto, morador há mais de 50 anos na zona da Lagoa da Palha aponta o dedo à falta de �iscalização por parte do Município de Palmela nesta área. “Eu sou nascido, criado e vivo aqui há mais de 50 anos e nunca vi uma coisa destas nesta região e neste concelho. Estamos colocados à nossa sorte, infelizmente, e nos últimos tempos parece que somos tratados como cidadãos de segunda categoria”, disse este morador que se sente desiludido com todos os autarcas que gerem os destinos do concelho. Maria Guilhermina, moradora na zona da Carregueira, localidade mais a norte da vila de Pinhal Novo, também aponta o dedo à falta de atenção por parte da Câmara Municipal de Palmela e Junta de Freguesia de Pinhal Novo, a�irmando mesmo que desde 2011 que aquela região passa ao lado dos interesses públicos, deixando para trás o interesse e bem-estar de toda a população. Maria Guilhermina, de rosto cerrado e tom de voz exaltado, disse à nossa equipa de reportagem“o que se passa na nossa região é uma vergonha, temos um presidente de Junta de Freguesia que nada pode fazer, em todas as Assembleias de Freguesia só diz que a culpa é da Câmara Municipal de Palmela e que vai fazer isto e aquilo, mas depois nada faz, nada acontece. Sabemos todos que o senhor presidente da Junta de Freguesia nada pode fazer, pois não é

População desiludida com a forma de estar dos autarcas do concelho da sua competência, e o que é da sua competência também é muito di�ícil fazer em tempo recorde, sabemos disso, mas a população está farta disto. Reparem como estão as bermas, são ervas mais altas do que uma criança, valetas tapadas com vegetação, estradas sem acessibilidades para quem anda na berma, aceiros com buracos e os lixos, esses nem sequer eu falo”. Esta moradora aponta ‘baterias’ para Palmela referindo que “quando o senhor presidente da Câmara de Palmela que mora ali para aqueles lados (apontando para a zona do Penteado), era presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, nós ainda conseguíamos falar com o homem, agora que se elevou lá para cima é muito di�ícil de falar com ele, e reparem, eu a semana passada tentei falar com o responsável da recolha de monos e não me deixaram falar com esse senhor ou senhora, não sei quem seja. Tivemos monos aqui na rua por recolher há mais de três semanas”. O cenário é igual na zona da Rua de S. Pedro, a poucos metros da nova unidade fabril de plásticos, na Venda do Alcaide, onde o JCP esteve depois de receber mais uma denúncia por parte de Adelaide Vaz,

devido à falta de limpeza dos contentores de resíduos sólidos urbanos. O cheiro nauseabundo do contentor é perceptível, e a moradora dá a informação que o contentor foi lavado e desinfetado em Maio deste ano, mas o calor é muito e o cheiro é intenso. Ao lado do contentor, a olhos vistos, estava um monte elevado de restos de relva, ramos de árvores, equipamento eletrónicos e alguns sacos fechados. Adelaide diz que não é <<contra>> a colocação de monos naquele sitio, “mas as autoridades políticas do concelho devem de estar atentas aos que se está a passar com a falta de recolha de monos, pois estamos perante um atentado à saúde pública”. O problema atualmente está espalhado um pouco por todo o concelho de Palmela, a população não entende o atraso na recolha de monos e lixos por parte da Câmara de Palmela. Em nome do verdadeiro trabalho jornalístico, o nosso jornal tentou um contacto telefónico com o responsável pela recolha de monos, mas essa chamada não passou do operador que atende as chamadas, e nos dá a mesma informação que é dada aos munícipes. “Qual é o assunto? Terá que enviar um email com o assunto e anexar a foto”,

foi a resposta que os operadores da linha geral do Município deram a todos os que ligaram e até à nossa equipa de reportagem, mas o que os operadores da Câmara de Palmela não devem de saber é que dos telefonemas todos que receberam, metade são de pessoas com mais de 70 anos e sem acesso a meios informáticos para participar uma anomalia. Já na zona do Vale da Vila, alguns populares a�irmam que a semana passada esteve no local um pesado de recolha de monos e não recolheu qualquer mono, fazendo paragens junto aos locais e seguindo sem carregar, no passado sábado (31). Só após quatro semanas de acumular de monos, é que a empresa de recolha procedeu à limpeza dos locais onde estavam monos como: sofás, colchões, restos de jardim, brinquedos, madeiras entre outros materiais. A população acredita que não seja só monos depositados por vizinhos, mas sim empresas e pessoas de outras regiões que na calada da noite despejam esses materiais locais, e apelam aos autarcas mais atenção para as necessidades dessas populações, a�irmando que “todos nós pagamos os nossos impostos ou mais do que qualquer um outro cidadão que mora no centro urbano”. █


PLANO PRINCIPAL 9

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

AMBIENTE POLÉMICA DOS CONTENTORES FAZ REPENSAR NOVA ESTRATÉGIA

Amarsul irá repensar novos ecopontos colocados em Palmela São várias as queixas que chegaram ao JCP sobre a recolha do lixo, como a reportagem que apresentamos nesta edição, mas também pelo facto de estarem a ser instalados novos ecopontos que não parecem estar a cumprir a sua função. Carmo Torres

A

Amarsul instalou novos ecopontos nos concelhos do Barreiro, Moita e Palmela, mas há vários problemas que os munícipes apontam, como a pouca capacidade destes, as falhas de recolha, o tamanho das ‘bocas’ para inserção dos resíduos e até localização destes. “Está a ser feito um conjunto muito signi�icativo de investimentos, na ordem dos dez milhões de euros mercê de fundos europeus, para melhorar a recolha selectiva, que contemplam a aquisição de viaturas e de contentores, e a nossa linha estratégica passa por aproximar os contentores das pessoas, uma vez que no passado o rácio de habitantes por ecoponto não era muito interessante” explicou Sérgio Bastos, membro da administração da Amarsul. “Numa primeira fase estamos a colocar as ‘ilhas ecológicas’, contentores de 1100Lt que substituem os ecopontos, junto dos contentores de RSI em todo o concelho de Palmela, mesmo nas zonas mais rurais, na Moita e Barreiro.” Sério Bastos admite que “temos recebido queixas desses concelhos, nas quais nos indicam que não é feita uma recolha regular. O nosso sistema de recolha é feito com base no histórico de produção dos

Amarsul está a par das queixas e pensa em mudar de estratégia ecopontos, mas nas zonas das ‘ilhas ecológicas’ ainda não temos esse histórico, e os circuitos são feitos com menos informação.” O responsável da Amarsul considera que “estas questões são normais quando se implementam novidades, em que há sempre uma fase complicada, mas vamos analisar os casos onde a produção é mais elevada, aumentar o número de contentores e os circuitos de recolha e a sua

Reclamações chegam diariamente à GNR por causa dos contentores novo de reciclagem

frequência, além de realizar ações de sensibilização no terreno para mitigar alguns problemas que temos vindo a identi�icar, porque da nossa parte ainda não está tudo calibrado. Estamos conscientes dos desa�ios, mas também estamos con�iantes que os vamos conseguir ultrapassar a curto prazo.” A área para deposição das novas ‘ilhas’, vulgo «bocas», é outro dos aspectos que não agradou aos munícipes. Sérgio Bastos explica que “se os contentores tiverem ‘bocas’ grandes, as pessoas tendem a colocar todo o tipo de resíduos ali, e vão contaminar tudo. A opção por aquele tamanho tenciona condicionar comportamentos. Mas também reconhecemos que há melhorias que devem ser introduzidas e que as críticas nesse aspecto são justas, pelo que estamos a estudar outra solução para os contentores que ainda serão construídos e para as tampas que forem sendo substituídas.” Segundo Susana Silva, responsável de Comunicação e Sensibilização da Amarsul, há ainda a questão da altura do ano em que se iniciou a colocação das ‘ilhas’, cujo processo se iniciou em Junho. “É tudo muito recente, e estamos em período de

férias, altura em que se dá um aumento populacional. Temos a noção de que há mais separação de resíduos e a apostar mais na reciclagem, mas depois há alguma resistência perante a nova contentarização, por ser diferente da anterior. Mas porque queremos adequar os métodos de recolha realizámos, em conjunto com a Junta de Freguesia na Marateca e Poceirão, visitas a mais de cem residentes para nos ajudar perceber qual a melhor solução, tendo em conta que a própria Junta nos tinha referido que esta era uma área com poucos hábitos de reciclagem. E chegámos à conclusão de que a implementação das ‘ilhas ecológicas’ seria interessante para esta zona.” A outra queixa passa pela localização destas ‘ilhas’ em gares próprias “processo que foi articulado com os técnicos dos municípios”, explica Sérgio Bastos, “o problema é que toda a gente quer fazer reciclagem, mas não querem depois ter os contentores à sua porta ou que tirem lugares de estacionamento. No entanto, sempre que somos informados de situações onde os contentores não estão bem colocados, procedemos à sua relocalização.” █


10 ARCO RIBEIRINHO

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

MONTIJO MINISTRO DIZ SER NORMAL A COMPRA DAS SALINAS

Proposta de usar salinas para avifauna é "normal" O ministro do Ambiente considerou hoje “absolutamente normal” a proposta da ANA – Aeroportos de Portugal de “tomar conta” de salinas degradadas para compensar a avifauna que pode ser prejudicada pela construção do Aeroporto do Montijo, em Lisboa. LUSA

É

uma proposta absolutamente normal, do próprio promotor [da obra do aeroporto] e que consta do estudo [de impacto ambiental EIA]”, a�irmou João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas no Porto, à margem da assinatura do Memorando de Entendimento para a Intermunicipalização da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP). O ministro notou que “consta do EIA” a possibilidade de a ANA “tomar conta de um conjunto de salinas que estão degradadas e que podem ser um novo habitat para a avifauna” da zona para onde se prevê a construção do aeroporto, numa iniciativa também seguida aquando da construção da ponte Vasco da Gama ou da variante à EN 10. A rádio TSF noticiou hoje que a ANA quer comprar ou alugar salinas para compensar as aves afetadas pelo novo aeroporto, cujo estudo de impacto ambiental está em consulta pública.“Os contactos com vários proprietários de salinas foram

feitos em julho, depois dos pedidos de esclarecimento da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), enviados no início de junho, em resposta à primeira versão do estudo de impacto ambiental e pouco antes da entrega da sua versão �inal”, referiu a rádio. “Isto já aconteceu em dois momentos. Com a construção da ponte Vasco Gama, as salinas de Samouco foram área de compensação. Também quando foi feita a variante à EN10, em que é mordida numa curva do concelho de Loures uma parte estuário do Tejo, as salinas de Alverca foram usadas como espaço de compensação para avifauna”, disse Matos Fernandes. Quanto ao aeroporto do Montijo, o ministro notou que “a avaliação de impacto ambiental está a correr dentro da comissão de avaliação e está neste momento em discussão pública”. “Portanto, esta [a criação de novas salinas que possam acolher aves] é uma decisão técnica que vai ser tomada sobre o aeroporto”, disse.

Foto de JFSamouco Salinas podem ser adquiridas pela ANA para instalar as aves do Tejo

O ministro notou que “os impactos ambientais de uma obra ou são insuportáveis ou minimizáveis e compensáveis” e, no caso de impactos sobre a avifauna, “é desejável que seja compensável”. O EIA do futuro aeroporto do Montijo, que entrou em consulta pública no �im de julho, aponta diversas ameaças para a avifauna e efeitos negativos sobre a saúde da população por causa do ruído. Do conjunto da documentação disponibilizada no ‘site’ da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) consta um aditamento entregue este mês em que se reconhece um impacte "muito signi�icativo" para

uma espécie de ave (fuselo – ‘Limosa lapponica’), "moderadamente signi�icativo" para nove espécies e "pouco signi�icativo" para 18 outras. Contudo, do ponto de vista do impacto global previsto para a avifauna, os responsáveis pelo documento consideram que "é, em geral, pouco signi�icativo a moderado para a comunidade estudada, e não 'muito signi�icativo', como mencionado no Parecer ao EIA". A caracterização efetuada para a fauna permitiu elencar 260 espécies para a área abrangida pelo estudo. Das espécies identi�icadas, 45 aves apresentam estatuto de proteção.

SAMOUCO PRAÇA DA REPÚBLICA FOI PALCO DE UMA NOITE DIFERENTE

Vila recebe o primeiro encontro de Charangas Foto de Isabel de Almeida Charangas animam noite samouquense

A noite da passada sexta-feira (30) foi diferente na pequena vila do Samouco, Alcochete. Pelas 21h00 a praça principal recebeu o primeiro encontro de Charangas que animaram o público presente que aceitou estar desde a primeira hora na Praça da República para assistir a uma noite de Verão um pouco diferente, mas animada. O primeiro encontro das Charangas contou com a presença da Charanga das Fresquinhas, Camisas Negras e Fárróbódó. Durante mais de duas horas, as três charangas animaram os presentes com músicas bem conhecidas. Na página o�icial da Junta de Freguesia do Samouco, a autarquia dá nota positiva ao evento e promete voltar para o ano que vem com mais noites do género.


BAÍA DO SADO 11

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

SOCIEDADE CAIS DA GÁVEA RECEBE NOVO ESPAÇO

Café bar e mercearia são maravilhas à beira mar Junto ao EcoParque do Outão nasceu um no espaço com as valências de café-bar e mercearia, que aposta na inovação e renovada decoração. A presidente Maria Dores Meira referenciou o espaço como “mais uma maravilha à beira-Sado, que foi feita em tempo recorde”.

Fátima Brinca

O

Cais da Gávea é um novo espaço com as valências de café bar e mercearia, que se localiza no exterior do EcoParque do Outão, no Parque Natural da Arrábida. Localizado no cenário deslumbrante do Sado e da Arrábida, onde se pode usufruir da magni�ica vista de uma das mais belas baías do mundo. Maria Dores Meira, presidente sadina, destaca o espaço como “mais uma maravilha à beira-Sado, uma obra municipal feita em tempo recorde”. A aposta num conceito arquitetónico em harmonia com a natureza do novo espaço concebido à base de madeiras, é gerido pela Associação Baía de Setúbal. João Maria, conceituado decorador setubalense, apostou com criatividade nos tons de pastel e amarelo mostarda, no interior do espaço, onde se intercala o estilo clássico e moderno nas cadeiras e mesas, bancos e sofás. Os clientes podem usufruir de momentos de descontração para desfrutar

Presidente inaugurou espaço

de refeições ligeiras, do pequeno-almoço ao jantar com música ambiente. Na lista de oferta podem contar com salgados e snacks, tostas e baguetes diversas, saladas e pizzas e doçaria regional acompanhadas de bebidas frias ou quentes. Com uma capacidade de 120 pessoas, o café-bar do Cais da Gávea funciona de terça-feira a domingo das 08h30 às 24h00.

Mercearia recheada de produtos

O espaço da mercearia dará resposta às necessidades dos utentes do EcoParque, com produtos diversi�icados, desde cereais e bolachas, massas e arroz, azeite, conservas e produtos de higiene e limpeza. Dores Meira considera que a valência da mercearia “é uma mais valia turística que vai permitir que as pessoas que usufruem do EcoParque do Outão façam aqui as suas compras”. O espaço de mercearia encerra às 18h00.

Café bar reabre

Presidente inaugurou espaço


12 ASSOCIATIVISMO

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

FOLCLORE GRUPOS FAZEM AS DELÍCIAS DA FESTA DAS VINDIMAS

Exibição enche Largo S. João

A

Festa das Vindimas voltou a renascer das ‘cinzas’ com a tradição de ter inserido no seu programa cultural o Folclore, e isso �icou provado no passado domingo num palco improvisado no Largo S. João, onde estiveram os Ranchos Folclóricos da Herdade de Rio Frio e do Forninho que �izeram as delícias do público que conseguiu encher o espaço em pouco tempo. Pela manhã já os dois grupos tinham participado no Cortejo dos Camponeses onde �izeram três atuações e durante a tarde também participaram no Cortejo Etnográ�ico do certame. A aposta este ano por parte da direção da Associação das Festas de Palmela – Festa das Vindimas, voltou a enaltecer as tradições, os usos e costumes de uma região que conta com mais de dez grupos folclóricos eque nos últimos anos estiveram de costas voltadas para a Festa das Vindimas. █

Grupos mostram as tradições de um povo da região de Palmela

MOTAS PASSEIO REUNE CENTENAS DE MOTARDS

Centenas de motos desfilaram em Palmela

O

Centenas de motos desfilaram pelas ruas da vila de Palmela

Moto Clube de Palmela realizou o passado domingo (1) o seu 20º Passeio das Vindimas, que reuniu centenas de motos que des�ilaram pelas ruas da vila histórica e pelas estradas do concelho de Palmela. Já pelas 09h30 o Largo de S. João estava cheio de belas relíquias de duas rodas que foram enchendo os olhos aos ‘amantes’ das duas rodas. O passeio ainda contemplou a visita à Adega Cooperativa de Palmela para uma paragem e uma prova de vinhos dos motards que aceitaram este desa�io. █


O CRIME 13

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

PALMELA NOITE ACABA EM AGRESSÕES

Piropos levam a agressão a grupo de jovens O CRIME 13

A

noite do passado dia 24 de agosto acabou mal para um grupo de jovens que, segundo testemunhos, são todos residentes em Pinhal Novo. O que seria uma noite de festa e alegria, acabou por ser uma noite de pesadelo e agressão para o grupo que segundo o que o JCP conseguiu apurar foram desencadeados por causa de piropos a outras jovens que estavam também no recinto da festa. Depois de saírem da festa que se realizou nessa mesma noite no Largo S. João, o grupo de jovens foi abordado por familiares de uma das jovens e aí começaram as agressões, acabando por alguns jovens terem que ser assistidos na unidade hospitalar de Setúbal.

PINHAL NOVO FURTO AVALIADO EM MIL EUROS

SETÚBAL AUTOCARRO ABALROU SEIS VEÍCULOS

GNR encontrou mais de 60 produtos na posse do suspeito

N

o passado dia 27 de agosto um indivíduo terá tentado furtar de um estabelecimento comercial em Pinhal Novo, vários produtos de beleza, mas acabou por ser monitorizado pelo segurança da loja, o que levou a que as autoridades fossem chamadas ao local para proceder à detenção do suspeito, um homem, de 38 anos. O JCP sabe que o homem tem nacionalidade estrangeira e os militares do Posto Territorial de Pinhal Novo encontraram na posse do suspeito mais de 60 produtos de beleza, entre protetores solares, cremes hidratantes, Aftershaves entre outro tipo de material avaliado em 1000 euros. O detido foi presente a primeiro interrogatório �icando com a medida de coação mais leve, aguardando julgamento em liberdade.

Acidente não registou vítimas

U

m autocarro despistou-se na manhã da passada quarta-feira (28), o acidente ocorreu na Avenida São Francisco Xavier, e a viatura dos Transportes Sul do Tejo abalroou seis veículos ligeiros mas não foi registada qualquer vítima deste despiste. Segundo testemunhas no local o veículo pesado de passageiros estaria parado por avaria e ter-se-á desengatado abalroando depois tudo o que encontrava pela frente. O alerta foi dado pelas 10h00 e no local estiveram 18 operacionais, com o apoio de 8 viaturas.


14 ALERTAS & RECADOS

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

Recolha de monos e lixo passa por falta de civismo Ninguém gosta de ver o lixo à sua porta, muito menos os monos, que apenas mudam de produtos, mas fazem questão de começar a ser um hábito. O ambiente não inspira as zonas rurais, nomeadamente os aceiros, que oferecem imagens de desrespeito com muita falta de civismo à mistura. Apesar de haverem avisos de pesadas coimas, estes não parecem dissuadir os prevaricadores, que até vêm de outras zonas para criarem pequenas lixeiras, que revelam a grande falta de civismo de certa gente. Na tarde de quinta-feira demos uma volta pela zona rural de freguesia de Pinhal Novo e �icámos atónitos com tantos montes de lixo e monos.

Quem acaba com isto?

Os moradores da rua Joaquim Maria Branco, no acesso à Lagoa da Palha, não se conformam com “o montão” de lixo, que ameaça transformar-se numa lixeira. O mais triste, revelam os moradores, “é que depois de ser recolhido o lixo e monos, no dia seguinte deparámos com um novo monte de lixo, ainda maior que o anterior”. Os moradores apelam à autarquia que “aplique pesadas multas, para acabar com isto!”

Aceiros atraem prevaricadores

Os aceiros do Anselmo e dos Arraiados resultam numa forte atração para os prevaricadores. Se em alguns locais a falta de recolha torna-se apetecível para se despejarem mais lixos e monos, outros nascem após serem limpos, como se a situação fosse para manter o degradante aspeto. A desculpa de não haver queimadas é fraca, pois quem mora nestes aceiros não é obrigado a suportar a falta de civismo dos outros. Há mesmo quem garanta que a falta de civismo acaba por prejudicar quem aqui vive, dando a imagem que são os residentes que fazem os despejos, quando assim não é.

Depois das banheiras vieram os colchões

Na semana passada denunciámos o despejo de monos, com a inclusão de banheiras, no Aceiro do Costa. O local acabou por ser limpo dois dias depois, mas por pouco tempo. Agora as banheiras foram substituídas por colchões, como se os prevaricadores �izessem do gozo uma imagem de marca. Os monos começam a ser uma imagem de marca dos aceiros como se a falta de civismo quisesse acabar com o lema Palmela Inspira Ambiente. Até quando?


DESPORTO 15

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

NACIONAL VITÓRIA DE SETÚBAL EMPATA EM BARCELOS

Gil Vicente e Vitória de Setúbal empatam sem golos em Barcelos

O

Gil Vicente e o Vitória de Setúbal empataram hoje 0-0, em jogo da quarta jornada da I Liga de futebol, disputado em Barcelos. Com esta igualdade, a formação de Barcelos ocupa o oitavo posto com cinco pontos, enquanto os sadinos estão no 15.º lugar com três pontos, resultantes de três empates, todos a zero, numa prova em que ainda não venceram e não marcaram qualquer golo. █

Sadinos estão em 15º lugar

FUTEBOL CAMPEONATO DE PORTUGAL 3º JORNADA

Pinhalnovense empata com nulo frente ao Sintrense O Pinhalnovense registou mais um empate a zero, no Campo Santos Jorge, onde recebeu o Sintrense. O Olímpico foi a casa do Lusitano de Évora onde empatou por dois golos. As equipas algarvias do Louletano e do Olhanense continuam a liderar a Série D, registando apenas vitórias, onde o Amora é a grande desilusão, tendo ao �im da terceira jornada apenas um ponto.

O

Sadinos estão em 15º lugar

Pinhalnovense foi surpreendido pela segunda vez em cada e depois de na primeira jornada ter empatado com um nulo frente ao Real, o resultado repetiu-se frente ao Sintrense. Depois de ter sido a equipa sensação da segunda jornada onde impôs pesada derrota de 4/1 em casa do Armacenenses, aguardava-se com enorme expetativa a partida frente ao Sintrense. Mas a curiosidade traduzia-se também no regresso de três jogadores, que foram preponderantes na época passada no Pinhalnovense, como Martim Águas, Feiteira e Miguel Ângelo que se transferiram para o Sintrense. Um jogo que se antevia muito competitivo, pois as duas equipas ocupam o 4º lugar com os mesmos pontos, resultantes de um empate e de uma vitória. O Pinhalnovense tem neste momento o segundo melhor marcador, Leandro Morais, só ultrapassado por Sapara do Olhanense. █

Resultados da Jornada:

Pinhalnovense, 0 – Sintrense, 0 Lusitano, 2 – Olímpico, 2 Amora, 0 – Alverca, 2 Sacavenense, 2 – Sintra Football, 1 1º Dezembro, 1 – Esperança Lagos, 0 Fabril, 0 – Louletano, 1 Oriental, 3 – Armacenenses, 4 Loures, 2 – Aljustrelense, 1 Olhanense. 3 – Real, 2 O Campeonato de Portugal regressa no dia 15 de Setembro com o Pinhalnovense a deslocar-se a casa do Aljustrelense, enquanto o Olímpico recebe no Montijo a equipa do 1º Dezembro. Este jogo antecipa o encontro das equipas vizinhas, que se irã defrontar no dia 22 de Setembro, no Campo Santos Jorge com o Pinhalnovense a receber o Olímpico.


16 VINDIMAS 2019

Jornal Concelho de Palmela | 03-09-2019

MOMENTOS QUE MARCARAM A 57ª EDIÇÃO DA FESTA DAS VINDIMAS

N

esta edição deixamos para o �im alguns momentos que marcaram a edição de 2019 da Festa das Vindimas, momentos esses que nunca deixam de �icar na memória de todos. Até para o ano!


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.