Jornal Concelho de Palmela | Edição 25

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DIRECTORA DONATILIA BRAÇO FORTE | ANO I | EDIÇÃO Nº 25 | PREÇO 0,01€ | PREÇO 0,01€ | SEMANAL | TERÇA-FEIRA | 11.12.2018

TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991

FIGURA DA SEMANA

MONTIJO

GOVERNO

SUSANA VALE FALA DA SUA EXPERIÊNCIA COMO AUTARCA

Câmara investe mais de 800 mil euros em ciclovia para ligar Afonsoeiro à freguesia de Pinhal Novo. P. 10

Ministra do Mar afirma que acordo está em curso para demover bloqueio de estivadores no porto de Setúbal. P. 11

A autarca do PS na Junta de Freguesia de Quinta do Anjo é a figura do “Eu Autarca Me Confesso” onde relata a experiência que teve na política e as principais necessidades da freguesia. P. 6

FALTA POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE NA ZONA RURAL DA FREGUESIA DE PINHAL NOVO

População idosa é a mais vulnerável aos delinquentes

POLÍTICA

VEREADORA DO PS DEFENDE MEDIDAS PARA TRAVAR VIOLÊNCIA

e muitos idosos estão sozinhos durante o dia, quando os seus familiares estão ausentes no emprego.

Mara Rebelo apresenta moção para “adotar medidas de prevenção, sensibilização e educação” para combater a violência nas camadas mais jovens do concelho. P. 3

DESPORTO

PINHALNOVENSE Cinco penaltis num jogo insólito, mas com uma figura importante... o guarda-redes laranjinha. P. 8

POLICIAMENTO de proximidade não é uma constante nas zonas rurais do concelho de Palmela como o caso das localidades mais interiores da freguesia de Pinhal Novo. P. 2

Atleta de Palmela abre as portas da sua vida na Figura da Semana P. 7


02 EDITORIAL

actualidade VALE DA VILA

DONATILIA BRAÇO FORTE DIRETORA DE INFORMAÇÃO

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

OS FALSOS FUNDADORES... Hoje o meu editorial vai informar os nossos leitores de que muito do que se diz por esse mundo fora podem ser apelidadas de “FakeNews” e esta é uma dessas “FakeNews”. Na última semana tive o conhecimento de que anda por estas terras de Palmela, alguém, a informar alguns populares de que foi esse ‘alguém’ quem fundou o Jornal Concelho de Palmela. Depois de ouvir vários desses rumores, tentei reunir dados mais que possíveis sobre o começo deste jornal que esteve ausente dos leitores durante 27 anos. E ora temos então que o título foi fundado em 1991, pelo saudoso Carlos Monteiro, que eu não tive a oportunidade de conhecer, mas pelo que me fizeram chegar seria um bom homem e um bom profissional de jornalismo, sabia fazer o verdadeiro jornalismo na região, o que agora muito fica aquém disso, mas isso será falado oportunamente num editorial que eu apresenterei em breve. Carlos Monteiro foi então o único fundador do JCP e era ainda proprietário do diário de seu nome “Correio de Setúbal” e da “Voz do Barreiro” – jornal que herdara de seu pai. Na formação do JCP, Carlos Monteiro era o diretor e o conhecido e amigo Joaquim Gouveia, o chefe de redação, depois mais tarde o Sr. Gouveia teria assumido o comando em Setúbal e passou a redação deste jornal a ser chefiada pela jornalista mais velha da região, Fátima Brinca, que trabalhou ao lado de Cristina Almeida, Francisco Pimentel, Amílcar Machado, José Reis, Luís Bandadas, Manuel Pais(fotógrafo) e o seu filho, Carlos Pesinho e a Fátima da Nova Palmela. Essa sempre foi a equipa que assumiu os caminhos e comandos do JCP nessa altura. Pesquisei e também descobri que quando Carlos Monteiro teve a infelicidade de nos deixar, o título JCP foi vendido ao grupo de Emídio Catum, mas a publicação viria a terminar pouco tempo depois. Passados 27 anos não foi a nossa criatividade que contou, mas sim o que pesou forte na decisão foi fazer renascer um projeto histórico e que tem reavivado muitas memórias dos leitores de Palmela e não só. Portanto, para os falsos fundadores aqui fica o alerta, deixem de fazer “FaceNews” de um jornal que merece todo o nosso respeito, principalmente para a memória de Carlos Monteiro e que, pela altura da sua fundação, ainda certas pessoas eram apenas um projecto de gente. Boa semana e boas leituras!

POPULAÇÃO IDOSA

PREOCUPADA COM FALTA DE POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE

A população de Vale da Vila e Lagoa da Palha está preocupada com a falta de policiamento na zona rural mais profunda da freguesia de Pinhal Novo. DONATILIA BRAÇO FORTE

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Até ao momento as localidades da zona rural da freguesia de Pinhal Novo não têm sido muito visitadas pelos “amigos do alheio”, mas o JCP ouviu alguns populares mais idosos do Vale da Vila e Lagoa da Palha que se queixam da falta de policiamento de proximidade. Delmira Marques tem 80 anos e pouco sai de casa, uma habitação de cariz popular e é na soleira da habitação que passa a maior parte do tempo, a nossa equipa de reportagem é recebida com alguma desconfiança, a mulher de rosto pesado da idade recebe a equipa de reportagem com um pau na mão, depois da conversa se desenrolar e de nos identificarmos como jornalista, Delmira Marques começa a ser mais afável. E explica-nos o motivo daquela receção: “isto hoje em dia existe por aí muita malandragem, os

senhores sabem como é, são jornalistas (risos), por isso quando não conheço e me chega aqui alguém é recebido com poucos modos, é logo de pau na mão”, arma que dá para acautelar qualquer um que se chegue à sua moradia. Depois de uma conversa longa, Delmira lamenta não haver mais policiamento de proximidade, “sabem, eu vejo muita televisão e vejo as noticias, lá para cima, naquelas terreolas de pouca gente nova e mais idosa, é frequente ver os senhores guardas a fazerem as visitas e sempre vão falando com quem está só, pois aqui não temos esse privilégio”. A idosa tem dois filhos que passam o dia a trabalhar, durante o dia lá vai falando com uma ou outra vizinha, mas os dias normalmente são de solidão... “tenho medo de estar aqui sozinha, mas os rapazes precisam de trabalhar para ganharem para o seu dia-a-dia,

mas eu não posso mostrar medo” (risos)... “é que se mostrarmos medo, os gatunos dominam-nos logo, eu até nem tenho nada para roubar, entreguei tudo aos meus filhos para eles guardarem, só tenho as roupas e alguns utensílios, mas isso os gatunos não querem... (risos)”. Depois de deixarmos a Delmira encontramos no Vale da Vila uma outra idosa de seu nome Maria, também ela com 80 anos de idade, que recorda os seus momentos de juventude onde não tinha medo de nada nem de ninguém. “Sabem eu andava nos bailes até tarde e corria daqui do Vale da Vila para a Palhota a pé sem ter medo de nada nem de ninguém, nem mesmo da ´mulher branca’ (risos), mas os tempos mudaram e evoluiu muito para pior”. Esta idosa não passa muito tempo sozinha pois o filho que trabalha oito horas por dia, sempre dá um pulo a casa na hora de almoço e

depois regressa ao fim do dia, e Maria está instruída para não dar grande confiança a quem não conhece, mas lamenta, “sabe, no tempo do Salazar as coisas eram diferentes, havia fome, mas nunca houve muitos gatunos, pois eram todos presos quando faziam algo de mal, o grande problema da população idosa é viver em locais isolados passando muitas das vezes do tempo sozinhos”. Os vários testemunhos que conseguimos ouvir da população mais idosa daquela região do concelho de Palmela é a preocupação da falta de policiamento de proximidade, pois a Guarda Nacional Republicana (GNR) atualmente tem dificuldades em termos de efetivos e meios, no concelho de Palmela, apesar de existir um Destacamento Territorial os meios humanos e logísticos não são os desejados pela população que muitas das vezes se sente desprotegida a nível do policiamento existente.

FICHA TÉCNICA Diretora / Editora: Donatilia Braço Forte Redação: Carmo Torres | Isabel de Almeida | Pedro Carvalho | Júlio Duarte | João Aguiar Cadete | Miguel Garcia Colaboradores: Elsa Peres | Juca Meireles | Augusto Vinagre | António Correia | Bruno Grazina | João Estróia | Roberto Cortegano | Linda Oliveira | Rosa Pinto Director de Arte: DD Serviços Administrativos: Paulo Martins Distribuição: DD DistNews Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação UNIP. Lda NIF: 514 965 754 Sede de Redação: Rua do Anselmo, AP. 94 * 2955-999 Pinhal Novo Contactos: 212 362 317 Detentores de 5% ou mais do capital da empresa – JDGN (100%) Email da Redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Email da Publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt Email Geral: geral@jornalconcelhodepalmela.pt Impressão: FIG – Coimbra Tiragem: 10000 (média semanal) Registo na ERC: 127135 Depósito Legal: 442609/18


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Balanço do Projeto “Eu Participo” Autarcas de Palmela defendem medidas de Prevenção, Sensibilização e Educação. Os autarcas de Palmela defenderam na última sessão de câmara a adoção de medidas de Prevenção, Sensibilização e Educação para o combate à violência e a eliminação de todas as formas de discriminação, promovendo a igualdade real independentemente do género e repudiando todo o tipo de violência exercida sobre as mulheres e os homens. ELSA PERES

elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

Na sessão de câmara da passada quarta-feira, a vereadora socialista, Mara Rebelo, apresentou uma moção para “adotar medidas de Prevenção, Sensibilização e Educação para o combate à violência junto das camadas mais jovens do município”. No documento defendese a “concretização de ações e medidas que tenham como objetivo a prevenção e combate à violência doméstica e de género, através do Plano Municipal para a Igualdade de Género que inclua dimensões da prevenção e combate à violência domestica e de género e tráfico de seres humanos”. No dia 25 de Novembro, assinalouse, internacionalmente, o dia pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, com registos alarmantes em Portugal durante o ano de 2018, e até ao passado dia 20 de Novembro, “foram assassinadas 24

mulheres em contexto de intimidade ou relações familiares próximas. Mais seis mulheres relativamente aos números do ano passado”. No período entre Julho e Setembro de 2018, “o Ministério Público de Lisboa recebeu 3.108 processos de violência doméstica, dos quais 270 resultaram acusações, segundo a ProcuradoriaGeral Distrital de Lisboa”. Refira-se que Setúbal em parceria com Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Faro “reúnem cerca de dois terços dos 26.746 casos de violência doméstica registados em 2017”. Setúbal “demonstra um aumento das ocorrências registadas pela GNR e pela PSP, contabilizando no referido ano 2.327 ocorrências. 79% das vítimas intervenientes dessas ocorrências são mulheres. E 12,1% das vítimas tem menos de 16 anos”. A moção foi aprovada por unanimidade, com o vereador do MIM, José Calado, a revelar “apraz-me registar que a moção refere mulheres e homens”, enquanto o vereador da CDU, Adilo

RECORDAR PARA VIVER

Parque de Campismo provisório há 20 anos O Parque de Campismo Vasco da Gama foi implantado, provisoriamente, para servir a Expo 98, situando-se a três quilómetros da vila do Pinhal Novo, numa reserva ecológica, na Salgueirinha. O espaço de lazer ocupa 12 hectares de pinheiros, fazem

deste parque o local ideal para descansar no do dia-a-dia, fins de semana ou férias. O parque está dotado de boas infraestruturas, sendo bastante amplo e disponibiliza para alugar caravanas residenciais de 1, 2 ou 3 quartos, tendas e alvéolos.

Costa destaca que “este flagelo tem que ser definitivamente afastado”. Para vereador da Palmela Mais, Paulo Ribeiro “todos nós temos responsabilidades e devemos lutar contra este problema complexo, onde as mulheres continuam a ser as maiores vítimas”. Também o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro destacou “a violência é uma matéria a que dedicamos uma especial atenção e estamos nos 22 municípios do Observatório, nomeadamente nas questões de género, pois nas escolas ainda existe muita segregação entre meninas e meninos, e estamos a implantar medidas a montante e a jusante”. Balanço do Projeto “Eu Participo” O presidente Álvaro Amaro aproveitou a sessão para informar que hoje, dia 11 de Dezembro, às 21h00, irá decorrer o balanço do Projeto “Eu Participo”, onde serão dadas a conhecer as sugestões, que os munícipes apresentaram a nível das freguesias.

2017

Registaram-se 22 599 casos de violência doméstica 80% das vítimas são mulheres 78% das vítimas com mais de 25 anos 84% dos denunciados são homens 94% dos denunciados com mais de 25 anos

“Intermarché” este ano realizou uma vez mais uma campanha em prol dos bombeiros portugueses, campanha essa que tinha como objetivo principal angariar equipamentos para os bombeiros. No Pinhal Novo o Intermarché vai entregar já no próximo dia 15 de dezembro 5 equipamento de proteção individual de combate a incêndio florestal aos Bombeiros Voluntários da vila. A cerimónia está marcada para Superfície comercial 11h00 nas instalações daqueajuda bombeiros da vila as la superfície comercial, onde o aderente, Alexandre Soares, vai Campanha realizada pelo grupo francês entregar os equipamentos a uma Intermarché em prol dos bombeiros portugueses conseguiu entregar em vários delegação dos bombeiros de Pinhal Novo. pontos do país centenas de equipamento Em comunicado enviado à de proteção individual. Pinhal Novo não redação do JCP, a direção dos ficou fora desta campanha e vai entregar Bombeiros de Pinhal Novo equipamentos aos bombeiros da vila adianta que <<a cerimónia irá MIGUEL GARCIA demonstrar à população o coninformacao@jornalconcelhodepalmela.pt tributo feito pela loja>> em prol O Grupo Mosqueteiros através das suas siglas dos bombeiros da vila.

OPINIÃO

Violência Doméstica com números alarmantes

FATIMA BRINCA AS CRÓNICAS DA NICHA

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As grades do desespero Fátima Brinca | Munícipe de Palmela A vida de jornalista nunca foi fácil, mesmo depois da revolução dos cravos. Com a vida repartida pela atividade de jornalista e empresária da restauração conheci alguns amargos de boca, mas um deles excedeu tudo o que se possa imaginar. Depois de ter faltado a um julgamento por três vezes (ainda hoje não sei onde foram parar os malditos postais do tribunal), a polícia de Setúbal levou-me presa para acautelar a minha presença em tribunal. Os quatro polícias entraram pelo restaurante, onde me encontrava a confecionar os almoços e deram-me ordem de prisão. A muito custo autorizaram-me a mudar de roupa e aproveitei para deixar um bilhete escrito, onde revelava que não sabia para onde me levavam. Lá fui a caminho da cadeia de Setúbal, onde me autorizaram um telefonema para o advogado, que não teve hipótese de se deslocar com a rapidez necessária para evitar a minha deslocação para a cadeia de Tires. Completamente apavorada fui enfiada, sem qualquer tipo de piedade, numa carrinha celular, chegando a Tires às seis da tarde. A situação era insólita, pois tinha estado nessa cadeia a fazer uma reportagem três meses antes. Revistada, sem qualquer tipo de consideração, como se tratasse de uma autêntica criminosa, fui enfiada numa cela e autorizada a levar determinado valor para adquirir alguns produtos de higiene pessoal, na cantina da prisão. Em vão procurei contactar com o exterior, falando na diretora que tinha entrevistado. Mas apenas pude telefonar quando apareceu a assistente social, no dia seguinte. A noite maldita que passei na prisão foi tão dramática, que uma amiga que tinha sido detida por suspeita da posse de droga, conseguiu que ficasse na sua cela. Seria ela que passaria a palavra às outras detidas contando-lhes que eu era jornalista. Às seis da manhã soou o toque nas grades para as detidas tomarem banho de água gelada e seguirem para o refeitório tomar o pequeno almoço. Apesar de só ter comido o pequeno almoço da véspera não conseguiu mastigar o que quer que fosse, apenas um café de saco com gosto a água choca. A tal amiga mexeu as suas influências para me deixarem ir até ao pátio, em vez de ficar fechada na cela e aí tive um gesto de solidariedade marcante: uma detida de raça cigana ofereceu-me um cacho de uvas, que foram as melhores que comi até hoje. As outras detidas chegavam perto de mim e contavam-me as agruras da cadeia, convencidas que estaria ali em trabalho de reportagem. As horas passavam com uma lentidão sofrida mas, finalmente, veio a ordem do tribunal para ser restituída à liberdade e aguardar pelo tal julgamento. À medida que passava pelo corredor onde se encontravam as outras detidas estas gritavam a palavra mágica “Saia bola, saía bola” e mesmo com as guardas prisionais (algumas delas demasiado insensíveis), a controlar ia atirando os maços de tabaco, que me restavam para o interior das outras celas. A lição dura serviu-me de exemplo e nunca mais faltei a um julgamento de liberdade de imprensa. Após sair escrevi a vivência no jornal “O Título” e consegui uma vitória: a caldeira da cadeia que se encontrava avariada há vários meses foi arranjada e as detidas deixaram de tomar banho de água gelada.


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actualidade OPINIÃO

PRODUÇÃO NA AUTOEUROPA PÁRA DE 22 DE DEZEMBRO A 4 DE JANEIRO A falta de peças na fábrica de Palmela vai fazer parar a produção 14 dias JÚLIO DUARTE

volume de encomendas de motores a gasolina, situação que está a afetar várias fábricas do grupo em todo o mundo. A empresa esclarece ainda que as paragens de produção nada têm a ver com os eventuais boicotes dos estivadores alemães em solidariedade com os estivadores do Porto de Setúbal, uma vez que os motores chegam à fábrica de Palmela via rodoviária. Já na passada quinta-feira a Autoeuropa fez uma paragem forçada no turno da noite devido à falta de ‘stocks’ de alguns componentes que não foram entregues pelos fornecedores. Outro dos problemas que tem afetado também a entrega de fornecimento de material é o bloqueio de estradas pelos “coletes amarelos”, que estão em manifestação em França.

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A primeira paragem ocorreu este domingo (9) na linha de montagem da fábrica alemã Autoeuropa, devido à falta de entrega de motores a gasolina. A falta de peças originou a paragem da fábrica de Palmela entre o Natal e o início do ano. A suspensão da produção vai afetar os dois turnos entre o dia 22 de dezembro e 4 de janeiro de 2019. Segundo informação da empresa, no dia 22 de dezembro só iniciará o turno da manhã, parando a produção na fábrica até ao dia 4 já no turno da noite. Em comunicado enviado à Lusa a fábrica da Volkswagen adianta que a paragem na produção se deve à dificuldade de alguns fornecedores em responderem a um maior

Produção na Autoeuropa pára

Vereador Luís Calha defende casamento entre o turismo e património cultural

MAIS DE 300 PARTICIPANTES

O Fórum Turismo Palmela contou com mais de três centenas de participantes, com destaque para a presença de jovens e alunos de escolas da região. O vereador do Turismo, Luís Calha traçou objetivos para no futuro “posicionar Palmela como um destino em que o casamento ELSA PERES entre o turismo e o património cultural elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt é uma aliança feliz».

A Câmara Municipal de Palmela, com o apoio da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, realizou o Fórum alusivo ao tema “Turismo e Património Cultural – Valorização dos Territórios”. O presidente do Município, Álvaro Amaro, referiu na sessão de abertura do Fórum, que «Palmela tem vindo a afirmar-se como um destino turístico em franco crescimento». Os destaques do autarca foram para as áreas do enoturismo, gastronomia, touring cultural e paisagístico, desporto de natureza e golfe. No ano passado, o concelho de Palmela ultrapassou as 100 mil dormidas e o número de aloja-

ESTE ESPAÇO PODE SER SEU Classificados, Editais, Escrituras anuncie no Jornal Concelho de Palmela, um jornal que dá visibilidade aos seus anúncios. Todas as semanas pode divulgar os seus pequenos anúncios no JCP a custos baixos. Envie-nos um email para mais informações geral@jornalconcelhodepalmela.pt

mentos locais atinge mais de 150 espaços de oferta... O presidente palmelense deu a conhecer os projetos “PRARRÁBIDA – Espaços de lazer e bem-estar” Serra do Louro ao Cubo, Janela da Arrábida e Castelos e Fortalezas e a criação do espaço Palmela Conquista no antigo edifício Pal. Tais projetos totalizam mais de 1,7 milhões de euros de investimento. Para o vereador do Turismo, Luís Calha, que encerrou o Fórum, o futuro passa por “posicionar Palmela como um destino em que o casamento entre o turismo e o património cultural é uma aliança feliz”. As participações contaram com responsáveis de concelhos como Viana do Castelo, Sesimbra, Montijo e Setúbal, entre outros.

ANTÓNIO CORREIA DO QUE A GENTE AINDA SE LEMBRA

Oficinas e mestres que tratavam de carroças em Palmela ! Hoje as oficinas, técnicos e pessoas de algum modo ligadas aos transportes não têm conta. No passado, em Palmela, houve gente que foi importante para que carroças, bois, cavalos, mulas e burros tivessem um papel na vida desse tempo. Como teria sido a vida das pessoas até há uns sessenta anos sem o recurso dos animais nos transportes e no trabalho? E, para que fosse possível esse papel dos animais nos transportes de toda a espécie, houve o trabalho de tantos que não podem ser esquecidos. Aqui vão aqueles que conseguimos recordar. Carpinteiros de carroças: Leonel da Parreirinha Rogério da Parreirinha Manuel da Silva Parrinha Idalécio, da oficina do Costa Correeiros: Rodolfo Pereira-pai Rodolfo Pereira –filho Américo Camolas (aprendiz do Rodolfo) Agostinho Batata Doce Ferradores: Lúcio de Oliveira e Silva – na rua Serpa Pinto /e rua Jaime Afreixo Tarcísio – no Largo do Pelourinho João Ferrador – rua Augusto Cardoso Ovídio Pereira, o Saloio - rua Hermenegildo Capelo Dário Ferrador – Volta da Pedra Albardeiros: Tomás Serrano Américo Camolas Joaquim Cordeiro (Joaquim Lélé) que também era Colchoeiro. E Tosquiadores não havia? Ah! Mas eu ficaria mesmo satisfeito se o que vou escrevendo nestas crónicas, fruto de conversas para nos darmos conta da passagem do tempo, ao vermos como tudo foi mudando, pudesse pôr os leitores a lembrar-se também destas coisas. É até possível que se lembrem de outras, para além daquelas que aqui ficam escritas. Digam-nas ao Ti Chico Latério, Ti José Ferreira ou a mim. António Correia


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No próximo dia 8 de dezembro venha assistir à nossa festa de Natal 2018, apresentamos uma gala equestre e várias atividades hípicas das 09h00 até ao fim do dia.


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actualidade

EU AUTARCA ME CONFESSO… Susana Alves (Eleita no executivo da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo) “Tenho muito orgulho no trabalho que estamos a realizar” ELSA PERES

elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

Para Susana Alves, autarca do executivo de Quinta do Anjo, o problema que define como prioridade “é questão da mobilidade nos seus diferentes aspetos, preocupa-me quer a falta de Intervenção na Estrada Nacional 379, por parte da concessionária, quer a falta de transportes de e para algumas das zonas mais periféricas da freguesia”. Jornal Concelho de Palmela – Qual o balanço que faz deste primeiro ano de mandato? Susana Alves - Faço um balanço positivo, não fosse o lema deste executivo a Atitude Positiva. O apoio e a interajuda são uma constante, e tentamos todos com pontos de vista diversos mas sempre com objetivos coerentes e viáveis tentar ao máximo arranjar soluções para os problemas com que nos deparamos na nossa freguesia. Tenho muito orgulho neste executivo, e no trabalho que estamos a realizar. O ‘feedback’ da população na sua maioria é positivo, claro que existem sempre os chamados críticos sem nunca terem feito nada, mas já me fui habituando a críticas que em nada são construtivas, antes porque sou emotiva demais ficava triste, confesso, mas agora já adotei a estratégia de não dar importância. “Gostaria que as nossas escolas de Quinta do Anjo e Cabanas já tivessem concluídas as suas obras” (subtítulo) JCP – Que problemas gostaria já de ter visto resolvidos? SV - Uma freguesia desta dimensão, que tenho vindo a conhecer melhor tem sempre problemas que gostaria de ver ultrapassados, mas a questão da mobilidade, nos seus diferentes aspetos, preocupa-me quer a falta de Intervenção na Estrada Nacional 379, por parte da concessionaria, quer a falta de transportes de e para algumas das zonas mais periféricas da freguesia. Por outro lado no capítulo da educação gostaria que as nossas escolas de Quinta do Anjo e Cabanas já tivessem concluídas as suas obras de modo a proporcionar a alunos, profissionais de educação e pais melhores condições. JCP – Que projetos gostava de ver concretizados nos próximos meses? SV - Como já referi, gostaria de ver terminadas as obras nas escolas de ensino básico de Quinta do Anjo e Cabanas e que a nova ciclovia de

Novos produtos estão nos horizontes dos jovens empresários para 2019

Quinta do Anjo, agora iniciada pelo município, estivesse em pleno ainda este ano, permitindo o seu pleno uso por parte dos nossos fregueses. “O que importa é salvaguardar os utilizadores e isso tudo faremos para garantir” (subtítulo) JCP – Como analisa a interdição do Parque de Jogos do Sobral? SV - Creio que a resposta dada pelo município e junta de freguesia foi imediata, salvaguardando as orientações da ASAE e neste momento importa estarmos empenhados na criação de soluções, externas aos equipamentos e que venham permitir responder às questões levantadas por esta entidade, o que importa é salvaguardar os utilizadores e isso tudo faremos para garantir. JCP - Que análise faz do trabalho da descentralização das competências? SV - Existem dois tipos de descentralizações, uma em curso, resultante dos Acordos de Cooperação e Contratos Interadministrativos e na qual nos temos empenhado em garantir a sua execução, tendo esta sido reconhecida e até ampliada na relação com o município e outra descentralização, fruto da Lei 50/18 de 16 de agosto sobre a qual ainda não existe Decreto Regulamentar que nos permita aferir as condições em que a mesma se vai operar nem

os recursos para a sua execução, aguardamos, pois queremos uma descentralização que sirva as comunidades e que seja uma resposta de proximidade. JCP – Quais as expetativas sobre os transportes públicos na freguesia? SV - Como já referi, este é uma problema, que possivelmente terá resposta no quadro do futuro contrato de concessão que está ser preparado pela Área Metropolitana, entidade na qual os municípios delegaram essa tarefa mas que terá de responder às necessidades que os municípios identificarem e o nosso diagnostico de necessidades é claro, necessitamos de mais regularidade de transportes em algumas áreas e de garantir transporte às áreas que agora se encontram privadas deste serviço publico. JCP – Qual o ponto da situação das obras do Mercado Municipal? SV - O mercado de Quinta do Anjo é um Equipamento âncora na dinâmica da aldeia de Quinta do Anjo e queremos que o venha a ser cada vez mais, aguardamos o início das obras de recuperação e requalificação que o edifício necessita para garantir outras respostas comunitárias, mas isso não tem impedido a Junta de Freguesia de colocar este equipamento ao serviço da comunidade sempre que surge essa oportunidade.

Susana Alves foi eleita pelo Partido Socialista e faz parte do executivo da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo. A autarca define a Quinta do Anjo como uma “Freguesia de boa gente onde todos têm lugar” e que “escolhi para poder trabalhar... ”.

Currículo Nome: Susana Maria Sequeira Alves do Vale Idade: 41 anos Cargos que já ocupou: Sou Licenciada em ciências da Comunicação Assistente de Bordo, Responsável de Comunicação num Colégio Privado, Escritora, Formadora, Atriz, Locutora e apresentadora muito orgulhosa da Orquestra da S.I.M. A Nível de associativismo fui Presidente da Assembleia Geral da Associação de Estudantes na Escola Superior de Educação de Lisboa. Vice-presidente da S.I.M, Quinta do Anjo Presidente do Conselho Fiscal da Associação de Festas de Quinta do Anjo.


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RICARDO REIS MIGUEL GRACIA | CARMO TORRES informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Residente em Palmela, onde estudou e trabalhou e “só tive de ir nascer a Lisboa porque não há aqui maternidade, mas vim logo para cá”, tem 41 anos e um longo palmarés de prémios desportivos. É também conhecido como o ‘carteiro atleta’. “Sou um atleta de Palmela, para quem o atletismo é um ‘hobby sério’ e que procura bater-se a si próprio e tentar sempre superar-se. Sou feito de objectivos e não sou capaz de viver sem um objectivo em mente e trabalhar para ele, porque nos ajuda a motivar.” É assim que Ricardo Reis se descreve no mundo do atletismo, para o qual entrou “pela mão do meu tio, João Monteiro, que foi meu treinador”. A primeira prova que venceu, com nove anos de idade, deu-lhe a ‘fome’ de vencer e “a partir daí habituei-me a ganhar e não quero outra coisa. Se tivesse começado a perder, se calhar hoje não corria e tinha-me dedicado a outra coisa qualquer, sem dúvida. E também não me estou a ver a praticar outra modalidade. Já pensei em fazer duatlo, atletismo e bicicleta, mas ainda não comecei.” Ao nível internacional, já participou em provas nas cidades de Amesterdão, Paris, Barcelona e quando termina em lugares do pódio considera que “é o colmatar não apenas do meu trabalho, mas do trabalho e apoio de todos os que me apoiam. E que isso vale todo o sacrifício e horas de treino sem estar com a família. A minha vida centra-se muito no atletismo, saio do trabalho, vou para o treino e faço algum descanso, e quando ganho, sinto que tudo isso valeu a pena.” Tempo para a família? “Só nos intervalos (risos). São as regras do jogo, e a minha companheira aceitou-as, porque quando me conheceu já sabia que a minha vida é esta e quando não estou em treino ou competição, vou acompanhar os jogos do F.C. Porto. Mas ela aceita isso e quando vou competir no estrangeiro faço questão que ela venha também e não me vejo sem a companhia dela lá fora, porque não é apenas uma questão de apoio pessoal, mas porque ela é tudo para mim.” Não se queixa desta opção de vida “porque é o que gosto de fazer, a minha realização pessoal”, mas sendo atleta amador lamenta que “ainda não tenha tido uma proposta de uma equipa para poder passar a profissional. Se alguma vez me

tivesse proposto um contrato para fazer apenas o atletismo, com um ordenado, era capaz de me ter tornado profissional.” Recorda que “quando estava no Quintajense, quem me veio buscar foi o Carlos Lopes, por causa dos resultados que tinha obtido no Cross Internacional de Matos Velhos, no Cross de Coruche e noutras provas importantes. O Carlos Lopes viu que eu tinha potencial e levou-me para o Belenenses onde estava. No entanto, não quis ser treinado por ele, por opção minha e porque me avisaram que ele muito duro e exigente e era preciso estar mentalmente muito preparado para as reações dele quando não conseguimos alcançar os resultados que ele pretende.” Apesar de tudo, vê as coisas pelo lado positivo “porque assim também acaba por ser mais interessante e tem um gosto especial para mim”. Ano de 2018 foi difícil Olhando para trás, não se arrepende de nada. “Fiz exactamente o que queria, e como disse, comecei a ganhar, queria era competir para continuar a ganhar.” Sobre o presente, considera que “este momento que vivo agora é o pior de todo o meu percurso. O ano de 2018 é para esquecer. Fui fazer uma maratona a Abril a Paris, condicionado, depois de uma lesão, uma fractura de esforço, que só não me levou a abdicar porque sanou um pouco e consegui fazer um treino de um mês antes da prova, mas já não corri para a marca que eu pretendia. Não senti revolta, mas senti-me triste porque é muito injusto treinarmos tanto para

OPINIÃO

Figura da Semana Ricardo Reis é praticante de atletismo desde 1993, e tem obtido excelentes resultados em todas as provas nacionais e internacionais em que tem participado, e em diferentes escalões.

uma maratona e depois por vezes, mesmo à beira desta, surge-nos uma lesão que deita tudo a perder.” Questionado sobre como encararia uma lesão que o levasse a desistir da competição, fica hesitante. “Encarei essa possibilidade com esta lesão, o meu tio e o meu irmão chegaram a tentar preparar-me mentalmente para essa possibilidade, há cerca de mês e meio, antes de ir fazer a ressonância magnética que ditaria tudo. Foi muito difícil tentar pensar o que faria se o médico, depois de avaliar todos os exames, dissesse que teria de desistir do atletismo. A situação esteve algo ‘tremida’, durante uns quinze dias andei quase que ‘a pairar’ devido à indefinição do meu futuro no atletismo, porque sentia que me iam tirar o tapete debaixo dos pés, mas felizmente o médico disse que a partir de Fevereiro poderei voltar a treinar, e os meus objectivos para 2019 continuam em cima da mesa e ao meu alcance.” Faz também questão de “agradecer tudo o que tenho. E podem verificar isso nas redes sociais onde estou, porque agradeço à vista de todos tudo o que me dão a todos os que trabalham comigo.” Acerca da denominação de ‘carteiro atleta’, encara-a com bonomia “porque é a verdade. É a minha profissão, não vivo do atletismo. Também não me choca porque em Palmela quase toda a gente me conhece é pelo meu percurso como atleta, o ‘gajo que anda a correr pela vila de Palmela’, (risos).” Durante os treinos confessa “não pensar em nada, porque esvazio totalmente a mente de quaisquer problemas. Gosto tanto do treino, dá-me tal prazer, que me entrego totalmente a isso.” E admite ainda que tem “uma guerra com o meu irmão e com o meu treinador, porque eles querem que eu separe a vida pessoal e profissional do atletismo, mas sendo algo que gosto tanto de fazer, não consigo separálas.” Os treinos são feitos consoante o treinador decide, “sendo o que o objectivo da maratona é sempre a estrada. Mas o trabalho para isso pode envolver cross, provas de corta-mato para ganhar força e pista.” Como treinador tem Hugo Ferreira, “a quem também tive de pedir para ser muito rígido comigo e objectivo, porque se me disser que ‘hoje treinas meia hora, mas podes ir até há uma hora’, eu faço o máximo. Por isso pedi-lhe que me dê sempre ordens precisas.”

«Palmela tem sido mais madrasta que mãe» Embora toda a sua vida tenha estado ligada a Palmela, considera que “tem sido mais madrasta que mãe, sem qualquer dúvida. Não tem valorizado o que já fiz, e sinto alguma mágoa, mas não me agarro a isso. As pessoas que estão no poder estão ali de passagem, vão e vêm, e o que me façam mal agora, podem vir a ser apagado no futuro. E ninguém é insubstituível.” Outra das paixões de Ricardo Reis são os animais. “Tenho três gatos, uma cadela e um coelho em casa, que se toleram uns aos outros, com o coelho (com o qual fiquei porque uma pessoa não podia mantê-lo) a ficar no chão a brincar com os outros. E posso dizer que o melhor momento do meu dia é quando chego a casa e sou recebido por eles, sobretudo pela cadela. É mesmo uma coisa do outro mundo.” Em época natalícia ficou a pergunta: são melhores os natais agora ou do seu passado? “Lembrarei sempre com saudade os natais que passava em Lisboa na casa dos meus avós, que conseguiam reunir a família toda. Agora são ainda com quem amo, mas há muitas ausências.” E para este Natal e para 2019 deseja “o que qualquer pessoa quer para si e também para os meus amigos, que se alcancem os desejos e felicidade. Para os outros, que lhe tenham o que merecem. Para 2019 espero mesmo que seja o ‘meu’ ano, onde consiga fazer todo o trabalho que está pensado, desde o início até ao fim e estou a prometer para mim mesmo que irei cumprir escrupulosamente o treino que me impuserem, para evitar futuras lesões. E além de desejar que seja um bom ano para mim, que o seja também para todos os que trabalham comigo, do treinador ao osteopata e aos meus amigos que me apoiam, para que eu possa ter o tal ‘brilho nos olhos’ ao dar-lhes conta dos meus resultados, e isto não significa só ganhar, mas sim obter bons resultados para quem, como eu, tenha dado tudo por tudo. Por exemplo, posso ganhar uma prova de 10 mil metros em 35 minutos, mas posso ficar em 7.º ou 10.º lugar, em 30 minutos, e isso pode ser muito mais importante do que ganhar, porque consegui um tempo melhor. O que pretendo é superar e fazer o melhor que puder, e claro, se conseguir, vencer sempre.”

TIAGO MACHADO DE SOUSA PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Palmela não tem economia para o Comércio Local? Uma das faces mais sofridas na economia actual é o Comércio Local, nomeadamente no Concelho de Palmela. É um facto, que nos últimos anos a Câmara Municipal de Palmela tem feito acções pontuais de apoio ao comércio tradicional na época do Natal, todavia, para alavancar as vendas e minimizar os custos fixos e a concorrência feroz da “Grande Superfície”, que por seu turno, quer no Concelho de Palmela ou Concelhos Limítrofes têm crescido exponencialmente, pede-se à Autarquia Local uma intervenção continua, permanente e inovadora, com a co-participação dos referidos agentes económicos no que se refere á promoção e apoio ao débil comércio local e tradicional. O facto da Vila de Palmela ficar situada entre Setúbal, Lisboa e Montijo, onde as grandes superficies continuam , estranhamente, a ser instaladas ( e aprovadas ?!), onde elas próprias já “roubam” clientes umas às outras, seria importante analisar o mercado estrangeiro, cujo comercio local nunca passará por uma concorrência à grande superficie, mas num lastro diferenciador, isto é, num mix de várias valências e parcerias ( centro histórico, gastronomia, cultura, vinhos) possam puxar por clientes que façam do comercio local uma tradição familiar. Eu gostava de deixar este alerta: Na Hotelaria já houve uma mudança de paradigma, onde os clientes preferem, actualmente, unidades turisticas de pequena dimensão (guest house, turismo rural) com personalidade vincada, com tratamento personalizado aos grandes grupos hoteleiros com unidades com 400 quartos. À semelhança do que já acontece em Espanha onde por exemplo as grandes superficies têm perdido quota de mercado, onde a grande marca El Corte inglés perde todos os dias clientes, ao invés o comercio local engrossa cada vez mais como prioridade dos cidadãos. Como ? Ruas decoradas; actividades lúdicas; teatros de rua; concertos locais; mostras de vinho e gastronomia,exposições, um clima permanente de artes de rua e uma união entre os agentes económicos e as autarquias onde por cada 20€ de compras no comercio local significa descontos nos fornecimentos e serviços externos camarários.


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desporto PALMELA

CINCO PENALTIS MARCARAM

JOGO IMPRÓPRIO PARA CARDÍACOS BASQUETEBOL

O jogo do passado domingo, no Campo Santos Jorge ficou assinalado por cinco penaltis, com o guardião do Pinhalnovense a estar em destaque positivo, onde defendeu dois. Já o jogador Chen esteve, mais uma vez, em dia não, ao provocar duas penalidades e a reduzir a equipa da casa a 10 elementos, a partir dos 35’ da partida.

Casa do Benfica e Pinhalnovense recebem apoio A Casa de Benfica de Palmela e o Clube Desportivo Pinhalnovense irão receber apoios da Câmara para promoção e desenvolvimento do Basquetebol, no âmbito dos Contratos Programas. A Casa do Benfica de Palmela receberá mil euros, enquanto o Clube Desportivo Pinhalnovense contará com um apoio de 500 euros, para além da cedência da utilização do Pavilhão Desportivo Municipal de Pinhal Novo, mediante as possibilidades da autarquia e apoio logístico de transportes, para participação em competições fora do concelho.

J. MEIRELES

elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

O jogo entre o Pinhalnovense e o Angrense realizou-se às 11 da manhã do passado domingo, onde foram assinalados cinco penaltis, com o guardião da equipa da casa, a brilhar e a defender duas das grandes penalidades. Yao Chen marcou a parte negativa do jogo provocando duas penalidades sendo expulso e “obrigando” o Pinhalnovense a ficar reduzido a 10 jogadores, quando estavam decorridos 35 minutos. Diego Zaporo colocou o Pinhalnovense na frente do marcador, quando o árbitro assinalou o primeiro penalti, estavam decorridos apenas três minutos de jogo, quando o defesa do Angrense defendeu a bola com a mão. Dez minutos depois, novo penalti, provocado por Yao Chen, que coloca a mão na bola, com Queirós a pôr à prova os dotes de Pedro Carvalho, que levou a melhor sobre o jogador do Angrense e defendeu com os punhos. Mas o árbitro assinala o terceiro penalti, depois de uma carga dura de Chen sobre Queirós, aos 35’, que chamado a marcar conseguiu vencer a resistência do guardião do Pinhalnovense. Chen foi expulso ao receber o segundo amarelo e a equipa da casa fica reduzida a 10 elementos. O Pinhalnovense acusa o golo do empate e o capitão Pedro Aguiar atira contra as costas de um defesa da casa, com a bola a enganar o guardião do Pinhalnovense e o Angrense a passar para a frente do marcador, quando estavam decorridos 39 minutos da partida. A equipa do Pinhalnovense regressou do intervalo motivada para o inverter o resultado negativo, com

Diego a isolar-se e obrigar Filipe a grande defesa aos 48’. Nova investida de Feiteira, mas o guardião da Ilha Terceira volta a negar o golo para o Pinhalnovense aos 54’. O jogo decorre com grande envolvência, apesar de reduzido a 10 a equipa da casa, não consegue vencer a resistência do Angrense, mas aos 82’ Diego sofre carga na área e o ponta de lança brasileiro bisa na partida, empatando a partida. Dois minutos depois Miranda engana o árbitro com simulação de queda, e é assinalado novo penalti contra o Pinhalnovense, mas Carlos Silveira não consegue vencer o guardião Pedro Carvalho, que com uma defesa enorme volta a brilhar aos 83’. Já nos cinco minutos de compensação, a melhor oportunidade foi para o Pinhalnovense com Zhang a atirar à barra e na recarga Filipe volta a defender. O jogo chegou ao fim com empate de duas bolas, com a equipa do Pinhalnovense a ser aplaudida, com destaque para Pedro Carvalho, que foi o homem do jogo ao defender dois penaltis. No próximo domingo, o Pinhalnovense desloca-se ao Campo do Vasco da Gama da Vidigueira. Momentos do jogo (subtítulo) 03’ – Bola na mão do defesa do Angrense com Diego a marcar a grande penalidade

07’ – Saída precipitada do guardião Filipe com Jaló a atirar e a bola a passar rente ao poste 10’ – Gonçalo Reyes sofre carga dura de Miguel Oliveira brindado com amarelo 13’ – Mão na bola de Yao Chen, que leva amarelo, Queirós não consegue vencer Pedro Carvalho, que defende a grande penalidade 20’ – Carga dura sobre Ni Plange com livre perigoso à entrada da área. Defesa a dois tempos de Filipe 28’ – Remate de Diego e Filipe volta a defender 35´- Chen volta a fazer falta e o árbitro assinala grande penalidade, com Queirós a marcar o golo da igualdade. Chen é expulso a ver o segundo amarelo e o Pinhalnovense fica reduzido a 10 jogadores 39’ – Precipitação da defesa pinhalnovense com o capitão Pedro Aguiar a rematar e a bola a embater nas costas de um jogador da casa, enganando o guardião Pedro Carvalho 48’ – Diego isola-se e obriga Filipe a grande defesa 54’ – Nova investida da equipa da casa com Feiteira a atirar com conta, peso e medida, mas Filipe atento volta a brilhar 68’ – Queirós remata, mas Pedro Carvalho mostra porque é um excelente guarda-redes 77’ – Amarelo para Carlos Silvério

com falta durinha sobre Marco Bicho 82’ – Diego é carregado na área e o árbitro assinala grande penalidade, com o ponta de lança a bisar na partida 83’ – Miranda engana o árbitro com simulação de queda na área, mas Carlos Silveira chamado a marcar depara com uma grande defesa de Pedro Carvalho 90’+4’ – Zhang atira com estrondo à barra e na recarga encontra pela frente o guardião Filipe. 90’+5’ – Jogo termina com empate a duas bolas

Campeonato da I Divisão Distrital Palmelense empata frente ao Beira Mar de Almada O Palmelense esteve a perder por dois zero, com os visitantes a irem duas vezes à baliza da equipa de Palmela, aos 50’ e aos 65’, e a serem 100 por cento eficiente. No entanto finalmente a sorte chegou face ao caudal ofensivo da equipa de Jaime Margarido e Mena aos 70’ e Samith aos 80’ conseguiram empatar. No próximo domingo o Palmelense desloca-se ao campo do Alcochetense.


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11 dezembro 2018 | 21h00 Biblioteca Municipal de Palmela

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montijo MERCADO DE NATAL E PAI NATAL CELEBRAM ÉPOCA NA PRAÇA DA REPÚBLICA

ABSTENÇÃO DA CDU E PSD PARA A CONSTRUÇÃO DA CICLOVIA NO MONTIJO Obra será comparticipada com fundos europeus do programa Portugal 2020.

Investimento JÚLIO DUARTE

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Natal

O dia 8 de Dezembro marcou a abertura do Mercado de Natal no Montijo, que está instalado na Praça da República, onde os mais novos têm também a Tenda, que dinamiza uma programação com ‘Hora do Conto’ e vários ateliers, além da Casinha do Pai Natal, que vai estar a funcionar durante a semana (10 a 14 e 17 a 21 de Dezembro), das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, e aos fins de semana (8, 9, 15, 16 e 22 de Dezembro) das 10h00 às 22h00, com exceção do dia 23 de Dezembro, em que encerrará às 19h00, vão entreter os mais novos, enquanto os pais fazem as suas compras. Tudo isto faz parte da programação

‘Natal com Arte no Montijo’. Até 23 de Dezembro, às sextas-feiras, sábados e domingos, o Mercado de Natal vai funcionar das 10h00 às 22h00, com exceção do dia 23 de Dezembro em que encerrará às 19h00. Ainda no espírito da época, decorre o ciclo ‘Uma Igreja, Um Concerto’, que com um espectáculo marcado para este domingo, 9 de Dezembro, às 15h00, na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em Canha, com o Duo ContrastUS, composto por Miguel Vaz (violino) e Titus Isfan (guitarra clássica). Este domingo a partir das 10h00, há animação de rua na Praça da República com a Anau a Rufar. Das 11h00

às 12h00, decorre o workshop ‘Passarinhos de Portugal’, onde as crianças podem pintar um passarinho de barro com motivos de Natal. Este worskhop tem nova sessão às 15h00. A atividade é gratuita, com inscrições limitadas a 30 crianças e realizadas no local por ordem de chegada. MC A Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquese está quase a comemorar um século de vida e muito tem destacado o concelho de Alcochete nas suas atuações nacionais e internacionais. A banda é uma das residentes no Campo Pequeno, marcando presença em todas as corridas de toiros.

O concurso público para a construção da ciclovia entre o Montijo e o concelho de Palmela foi aprovado na última reunião de executivo na Câmara Municipal daquela cidade. A obra que está estimada em mais de 830 mil euros, vai ligar o concelho do Montijo ao concelho de Palmela através do antigo ramal ferroviário que ali existiu nos anos 80 e fins de 90. “Este concurso vai permitir a construção no ramal de caminho de ferro de uma ciclovia com cerca de três metros de largura em cor vermelha, e que vai permitir que se faça a ligação entre a estação do Montijo ao limite do concelho de Palmela”, adiantou o edil montijense, Nuno Canta, na última reunião pública do executivo. A obra que vai ligar à atual construção da ciclovia de Pinhal Novo vai

MISERICÓRDIA DO MONTIJO CONSTRÓI UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS

SAÚDE

ser comparticipada com fundos europeus do programa Portugal 2020, onde a autarquia do Montijo vai receber 50 por cento de fundos para a construção que designa de ser uma <<obra importante para a segurança dos utilizadores>>, sejam ciclistas ou peões. Em comunicado o município montijense explica que com a construção de mais de seis quilómetros da ciclovia, permitirá melhorar as condições de segurança, mas também pretende aumentar o uso da bicicleta como meio de transporte, diminuindo a incidência de acidentes, sendo assim também uma solução ecológica para a redução de emissão de gases poluentes e uma estimulação da prática desportiva. A proposta apresentada pela maioria PS teve os votos de abstenção da CDU e do PSD.

DONATILIA BRAÇO FORTE

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

monial de mais de 150 mil euros, a área total do terreno é de A Santa Casa da Misericórdia da cidade prepara-se para 7 143 m2 e a Câmara Municipal construir uma nova Unidade de Cuidados Continuados pretende com essa cedência de 50 anos e que são renováveis, para doenças de demência e neurodegenerativas. melhorar a vida de todos os A Câmara Municipal do serviços entre os quais uma utentes que possam vir a usuMontijo aprovou na última reuárea de formação e desen- fruir dos serviços de cuidados. nião pública a cedência de um volvimento de conhecimento A proposta que foi discutida terreno destinado para a consnessa área, estabelecendo par- em sede própria pressupõe a trução de uma nova Unidade cerias de cooperação científica construção daquele equipade Cuidados Continuados para e académica, parcerias essas mento por parte da Santa Casa doenças de Demência e neurocom diversas universidades. de Misericórdia num prazo de O terreno que é disponibilizado cinco anos a contar da data degenerativas. pela autarquia situa-se na Rua de celebração da escritura de A obra que vai ficar a cargo da Gomes Eanes de Azurara, no constituição do direito de suSanta Casa da Misericórdia do Montijo, e tem um valor patri- perfície. Montijo vai contar com vários


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BISPO DOS POBRES GANHA NOME DE PRACETA

ELSA PERES

elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt

A cidade de Setúbal passa a contar na sua toponímia com o nome de D. Manuel Martins, numa praceta, junto à Igreja de Nossa Senhora da Conceição. A paróquia fez a proposta que foi aceite pela Câmara de Setúbal, que no dia 8 de Dezembro, data que assinala os 25 anos, que o Bispo D. Manuel Martins, veio para a cidade. O largo frente à igreja passa a chamar-se “Praceta D. Manuel Martins”, onde foi descerrada a placa, após a celebração da Eucaristia. O padre Constantino Alves, pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição revelou que “mais que a merecida distinção e reconhecimento público pelo notável cidadão, Bispo dos Pobres e defensor da dignidade da pessoa humana, este gesto contribuirá para tornar presente a sua vida, mensagem e obra e permanecer inspirador das novas gerações”. D. Manuel Martins foi o 1º Bispo de Setúbal, que veio para a cidade no Verão quente de 1975, tendo sido ordenado em 26 de Outubro. E se inicialmente foi contestado, bem depressa foi intitulado por Bispo dos Pobres, quando denunciou a fome que atingia o povo setubalense. Depois de forma oportunisticamente política houve quem quisesse identificar como “Bispo Vermelho”, quando se colocava ao lado dos trabalhadores, que lutavam por melhores condições de trabalho. D. Manuel Martins foi Bispo de Setúbal até 24 de Abril de 1998 desenvolvendo a sua ação na defesa dos mais carenciados e marginalizados, tendo sido nomeado cidadão honorário de várias autarquias do distrito, que lhe atribuíram medalhas de mérito. A cidade de Setúbal ergueu-lhe um busto frente à Escola Secundária Dom Manuel Martins. O Bispo dos Pobres morreu no dia 20 de Setembro de 2017 perante um clima de grande dor do povo setubalense. Tal como referiu a paroquiana Adélia Santos “um homem que fez tanto pelo povo de Setúbal merecia mais, mas do mal o menos”.

Um homem inesquecível O largo frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição passa a chamar-se praceta do Bispo D. Manuel Martins, que ganhou o nome de “bispo dos pobres”, na cidade de Setúbal.Uma das devotas de D. Manuel Martins, Adélia Santos, não conteve o desabafo “um homem que fez tanto pelo povo de Setúbal merecia mais, mas do mal o menos”. PARÓQUIA APRESENTA PROPOSTA

ESCOLA DA AZEDA GANHA ARMÁRIOS PARA ARRUMAÇÕES

MINISTRA CEDE ÀS EXIGÊNCIAS DOS ESTIVADORES DO PORTO DE SETÚBAL Ana Paula Vitorino garante que o acordo está fechado e vai ser oficializado na próxima reunião com os estivadores e empresas que gerem o porto de Setúbal.

TRANSPORTES & ECONOMIA

Dois armários de raiz foram construídos no interior dos nichos, na EB/ JI da Azeda, a pedido daquela comunidade educativa, à Junta de Freguesia de S. Sebastião. Os armários irão permitir uma maior arrumação no estabelecimento de ensino com a fabricação da estrutura em alumínio, várias prateleiras e portas em PVC.

Os armários foram montados nos dois pisos da escola, um na valência de Jardim de Infância e outro na valência de 1º ciclo. Para a Junta de Freguesia de S. Sebastião esta era uma obra que, estando ao alcance dos seus recursos, seria benéfica para a organização naquele estabelecimento de ensino.

Está para breve o fim do braço de ferro entre Governo e os estivadores do porto de Setúbal, quem o garante é a ministra do Mar que disse que “já existe acordo” entre sindicato e empresas privadas do porto de Setúbal para que os estivadores desmobilizem a paralisação que já se faz há um mês naquele equipamento portuário e que já prejudica a economia nacional. Ana Paula Vitorino em entrevista à Atena 1/Jornal de Negócios,

considerou ser “excessivo e incompreensível” o número de trabalhadores eventuais no porto de Setúbal, avançando a informação de que já existe acordo entre o sindicato que representa os estivadores e as empresas que gerem o porto de Setúbal. O protesto já duro há um mês e tudo começou com a recusa de estivadores eventuais em apresentarem-se ao trabalho, em protesto contra a precariedade que se encontram, havendo

trabalhadores precários há mais de 20 anos. O Governo espera que os estivadores desmobilizem em breve e que tudo volte ao normal naquele que já é considerado um dos mais importantes portos do Atlântico e que movimenta milhares de euros em exportações e importações por via marítima.


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Arte & Lazer

FIAR ATIVO NESTE NATAL

MIGUEL GARCIA

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

A vila histórica de Palmela a cada dia que passa mais transforma o espírito natalício com animações de rua e eventos alusivos à época. O FIAR, em parceria com a Casa de Atalaia, localizada em pleno Centro Histórico também prepara a Feira Criativa, uma feira que segundo um comunicado daquela estrutura cultural servirá para promover os artesãos locais. A iniciativa teve início no passado domingo (9) e que se prolongará até ao dia 16, promove o trabalho

Os eventos de Natal vão espalhando-se um pouco por todo o concelho e o FIAR não deixou a quadra ficar em branco em Palmela de todos os artesãos que aceitaram participar na feira. Aqui poderá encontrar trabalhos de decoração, arte, vestuário, edições independentes, brinquedos artesanais entre outros trabalhos realizados pelos artesãos locais. Para além desses trabalhos, os visitantes podem ainda adquirir cabazes de Natal com produtos da Adega da Casa Atalaia. Para além desta Feira Criativa, o FIAR/CAR também irá organizar uma Oficina Pedagógica com duas

escolas do concelho – Lagoinha e Centro Social de Palmela – o resultado final e esperado é a instalação de caixas-abrigos que <<dão as boas vindas a todos os seres de um universo sem fronteiras>> como refere o mesmo comunicado do FIAR.

Teatro TOMA

apresenta “O Segredo da Abelha”

A peça “O Segredo da Abelha” conta uma história vivida “numa floresta não muito longínqua, os bichinhos da natureza andavam nos seus afazeres, felizes da vida, apesar do frio, os grilos grilando, um gafanhoto de ideias saltitantes, um bicho-de-conta que era muito bom na matemática, um caracol que era o polícia mais rápido das redondezas (também era o único), uma abelha feliz por fazer os

A peça “O Segredo da Abelha” vai ser apresentada dois dias no Auditório Charlot, com encenação de José Nobre, que quer assinalar o Natal de forma diferente, que põe frente a frente “uma abelha feliz por fazer os outros felizes” e “uma formiga rabugenta, que nunca soube o que era festejar um Natal”. outros felizes e, finalmente, uma formiga desenquadrada de toda esta harmonia, rabugenta e gananciosa, que nunca soube o que era festejar um Natal”. O elenco de atores inclui os alunos entre os 11 e os 61 anos, das Oficinas de Teatro de José Nobre e vão estar em palco, Ana Dias, João Alegria, Luísa Santos, Lurdes Costa, Olinda Rosa, Margarida Santana, Micaela Castanheira, Rita Tamem, Sónia Dias, Tomás Marques, Rita Nascimento e Susana Caritas. A peça é baseada no texto de Ricardo Alberty, com adaptação, encenação e música José Nobre, com cenografia de Misé Pê e figurinos de Sara Rodrigues. A interpretação musical estará a cargo de Mariana Rosa e José Nobre. A peça será levada à cena dias 22 e 23 de Dezembro, às 11h00, no Auditório do Charlot, em Setúbal.

ASSOCIATIVISMO Estreia do novo piso

SFUA dá prenda de aniversário aos sócios Dezenas de sócios participaram no aniversário da SFUA, que retribuiu com uma prenda: a inauguração do novo piso da coletividade.

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O presidente da coletividade aproveitou o aniversário para anunciar que “vão soprar novos ventos e novos projetos com a vinda do novo maestro Pedro Almeida”. A SFUA assinalou os 122 anos de existência com algumas, com destaque para a inauguração do novo piso. O presidente Paulo Pinho revelou também que “vai começar um novo ciclo na coletividade e os futuros projetos passam também pela vinda do novo maestro Pedro Almeida”. O aniversário teve como ponto alto a homenagem aos sócios com 25 e 50 anos, mas antes foi feito um minuto de silêncio aos dirigentes e sócios falecidos. O presidente da Junta de Freguesia, Manuel Lagarto, lembrou que a coletividade tem “ao longo de 122 anos

feito um trabalho em prol da cultura, desporto e ao serviço da comunidade, tendo nascido entre o povo onde se tem mantido até hoje”. Depois dos votos de parabéns, o presidente da Junta de Pinhal Novo deixou a promessa “podem continuar a contar com o nosso apoio, seja nos bons ou maus momentos”. Para o presidente Álvaro Amaro, o aniversário da SFUA “serve para assinalarmos e evocarmos as nossas memórias, que recordo com enorme nostalgia”. Esta coletividade, acrescentou “tem um potencial enorme e no futuro este espaço pode ser ainda mais frequentado com a reabilitação urbana que vamos desenvolver n zona sul do Pinhal Novo” e destacou “as obras de estacionamento no Largo da Mitra”. GF


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PALMELA

ONDE ESTAMOS? Estes são os locais onde poderá encontrar o seu jornal FREGUESIA DE PINHAL NOVO PINHAL NOVO Papelaria Pinha Verde Biblioteca Municipal Papelaria do Intermarché Papelaria Servialcaide Piscinas Municipais Canofer Materiais de Construção Civil Tabacaria Casa Ventura Clube Desportivo Pinhalnovense – Campo Santos Jorge Junta de Freguesia Papelaria Nova Centro de Saúde Zeca Afonso Cooperativa Agrícola PinhalNovense (Loja) Churrasqueira O Forno Drogaria Grazina Churrasqueira O General Frango Papelaria Pena Branca Espaço Ferro – Centro Comercial Dovari Pastelaria Bambi – Vale Flores Associação de Moradores da Cascalheira Posto de Abastecimento Repsol – Olhos de Água

Estação Rodoviária dos TST Cafetaria/Papelaria Retiro Azul Junta de Freguesia Drogaria Central Café Largo do Duque Casa Assis Lobo Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Restaurante Correio Mor Supermercados Coviran Restaurante Dom Rodrigo Cine-Teatro São João Biblioteca Municipal Visual Modas Casa Mãe Rota de Vinhos Papelaria Camolas Posto de Abastecimento dos Bombeiros Voluntários de Palmela Casa do Benfica Associação Reformados e Pensionistas de Palmela Papelaria Nova Turma Café Dona Xícara Papelaria Aquarela Pastelaria Largo da Feira Pastelaria Mimos AIRES Posto de Abastecimento Repsol Aires/Norte Posto de Abastecimento Repsol Aires/Sul Café do Grupo Desportivo Airense Café Pastelaria O Jardim Café Doce Espiga VOLTA DA PEDRA Papelaria Intermarché Palmela Café Bombom Grupo Desportivo da Volta da Pedra Continente Modelo de Palmela ALGERUZ Café âncora & Serrano

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LAGOA DA PALHA Café Lagoa Grupo Desportivo da Lagoa da Palha Posto de Abastecimento Repsol Café Cancela

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MARQUESAS

Grupo Desportivo de Valdera

Associação de Moradores das Marquesas

PALHOTA

VILA AMÉLIA

SAMOUCO

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OLHOS DE ÁGUA

Papelaria de Cabanas Grupo Desportivo Cabanense Churrasqueira O Forno

Casa de Pasto Pelixo Centro Comunitário dos Olhos de Água Associação de Moradores dos Olhos de Água FREGUESIA DE PALMELA LAGOÍNHA Casa das Febras Restaurante do Posto de Abastecimento BP Restaurante Os Potes

CABANAS

QUINTA DO ANJO Papelaria Q-Tal – Portais da Arrábida Golden Coffee Café Larau Papelaria de Quinta do Anjo – Largo Matos Fortuna Junta de Freguesia Espaço Afinidades – Horácio Simões

CONCELHO DE ALCOCHETE

CONCELHO DE SETÚBAL SETÚBAL Papelaria da Avenida Luísa Todi – Hotel Mar & Sol Quiosque do Esperança Papelaria da 5 de Outubro Estação Rodoviária TST Papelaria Mil Folhas – Aranguês AZEITÃO Papelaria do Intermarché de Azeitão Papelaria Ardina de Azeitão


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Alertas & Recados AIRES

PARAGEM DE AUTOCARRO “ATIÇA” AO PERIGO

QUINTA DO ANJO

“SE O TERRENO PERTENCE À CÂMARA, PORQUE SOU EU A PAGAR O IMI?”

“Os miúdos que frequentam a Escola Hermenegildo Capelo atravessam a estrada 379 para o outro lado da paragem de autocarros e corremos o risco de ali haver um desastre”, alertou o vereador Raúl Cristóvão. O presidente Álvaro Amaro lembrou que “já houve a deslocalização da passadeira e pusemos baias, mas vamos procurar junto dos TST e Infraestruturas de Portugal para encontramos uma solução”.

O vereador José Calado alertou a autarquia para “os acessos complicados ao Parque de Campismo Vasco da Gama, com alguns buracos e os táxis já se têm recusado a fazer serviços para o local”. O presidente Álvaro Amaro concordou que “o acesso deve ser melhorado e iremos pedir à Junta de Freguesia de Pinhal Novo, que volte a fazer o nivelamento da estrada”.

ANTÓNIO

“SE O TERRENO PERTENCE À CÂMARA, PORQUE SOU EU A PAGAR O IMI?” O munícipe António aproveitou o espaço do público para se insurgir pela falta de esclarecimentos pedidos ao Gabinete Jurídico da Câmara, onde “desloquei-me três vezes e perante a falta de respostas tive que vir aqui hoje”. O morador quis que o esclarecessem sobre o seguinte: “O terreno onde foi construída a Escola da Agualva foi cedido pelo pai da minha mulher, que continua a pagar IMI até esta data. A escola foi desativada e pretendo saber se o terreno reverte para a herdeira do antigo proprietário”. O morador quer que a câmara “ceda os papéis dessa cedência, para saber as condições em que foi feita”, porque “continuamos a pagar IMI”. O morador também não compreende “o aviso de usucapião”. O presidente da câmara esclareceu que

MACHADO

PINHAL NOVO

ACESSOS EM MAU ESTADO NÃO DIGNIFICAM PARQUE DE CAMPISMO

QUEDA DE REBOCOS DA CAPELA O alerta do munícipe Machado, que denunciava para o perigo da degradação das paredes exteriores da Capela de S. João, encontrou eco nos serviços da autarquia, que vedou a entrada do imóvel. A situação de perigo foi confirmada na semana passada com a queda de pedaços de reboco, que o isolamento do espaço evitou que atingisse alguém.

apesar de “não conhecer em pormenor o que se passou, há outras famílias que deram terrenos para edificar equipamentos para fixar gente no território” e “as cedências foram transformadas para que essa propriedade passe para o município”. O edil revelou ainda “esta escola de outra época terá tido a cedência do terreno através de um acordo e o município, em defesa do interesse público, está a regularizar esta e outras situações”. Aquele edifício, acrescentou, “não é uma escola, mas não deixou de ser pertença municipal sendo utilizado como armazém de materiais da câmara” e a questão do IMI “se está a pagar deverá ser ressarcido”. O edil concluiu “o município é uma entidade de bem e de boa fé e irá analisar o assunto”.

O vereador José Calado alertou a autarquia para “os acessos complicados ao Parque de Campismo Vasco da Gama, com alguns buracos e os táxis já se têm recusado a fazer serviços para o local”. O presidente Álvaro Amaro concordou que “o acesso deve ser melhorado e iremos pedir à Junta de Freguesia de Pinhal Novo, que volte a fazer o nivelamento da estrada”.

O JCP dá voz aos problemas das populações. Envie as suas fotos para geral@jornalconcelhodepalmela.pt

PREVENIR E RESOLVER … PARA EVITAR O PIOR O JCP continua a publicar alertas pertinentes dos munícipes e autarcas com a Câmara de Palmela a estar atenta e a intervir com a rapidez possível.


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Linha SOS SETÚBAL

PINHAL NOVO

MOTOCICLISTA MORRE EM COLISÃO COM AUTOMÓVEL

Polícia Judiciária faz detenção por tentativa de homicídio

A colisão ocorreu na EN 252 junto à antiga fábrica Cerapa no Vale do Terrim, em Pinhal Novo MIGUEL GRACIA

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Um homem de 24 anos de idade morreu no passado sábado depois de ter colidido com a sua moto num automóvel, o acidente ocorreu na EN 252 junto ao Pinhal Novo. O óbito foi declarado no local do acidente, o condutor do automóvel foi assistido no local pelos bombeiros de Pinhal Novo e transportado para as urgências do hospital de Setúbal com ferimentos ligeiros. Os meios de socorro foram acionados pelas 14:13, mobilizando para o local 17 operacionais apoiados por 7 veículos dos Bombeiros de Pinhal Novo e uma Viatura Médica do hospital de Setúbal e militares da GNR do Pinhal Novo. As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Núcleo de Investigação em Acidentes de Viação da GNR.

O crime foi praticado na cidade de Setúbal. MIGUEL GRACIA

informacao@jornalconcelhodepalmela.pt

Colisão com automóvel

OPINIÃO

ISABEL DE ALMEIDA A ESQUINA DAS PALAVRAS

isabelalexandraalmeida@ jornalconcelhodepalmela.pt

Ebulições... A Leste do Paraíso

Enquanto a máquina de marketing comercial das grandes superfícies e afins nos formata para cantarolar animadamente canções de Natal, enquanto, como que se debaixo do estranho poder de um estranho encantamento olhamos fascinados para as decorações de mil luzes coloridas que enfeitam lojas, montras e as ruas um pouco por todo o Portugal, ainda assim, é inegável que esta “camada de maquilhagem” não consegue esconder por completo diversas ebulições e movimentos de contestação mais ou menos assertivos nos mais variados sectores da nossa sociedade. O nosso Estado de Direito democrático continua a mostrar uma imagem idealizada de um país que nada mais é do que uma bela ilusão na cabeça

dos nossos políticos e de outras cabeças pensantes. Somos ainda uma nação que faz jus à fama dos seus “brandos costumes”, os protestos em Portugal parecem de “meninos do coro” se olharmos para aquilo que se está a passar em França, onde até encontramos entre os manifestantes alguns Portugueses que escolheram aquele país para mudar de vida. Friso já que não sou apologista da violência, para que fique bem claro, e reprovo em absoluto actos de vandalismo, de ataques gratuitos a património público ou privado a pretexto de qualquer reivindicação, mas, não posso deixar de assinalar que a virtude, em termos de formas de protesto, terá sempre se de situar algures a meio caminho entre os excessos cometidos em França e a timidez/comodismo e consequente banalização das formas de protesto tradicionalmente utilizadas em Portugal, mormente greves! Aqui por casa, no rectângulo que é destino turístico da moda e que vê cidades como a nossa capital desvirtuadas em termos de paisagem pelo excesso de Tucs-Tucs e pelo exacerbado aumento do preço de utilização do metro quadrado nas zonas históricas ou limítrofes às mesmas, diversos sectores agendam greves que não só já não apresentam qualquer poder negocial junto das respectivas tutelas, como muitas delas são comodamente agendadas para as segundas ou sextas-feiras! A lista de prioridades nacional parece andar nitidamente às avessas, fal-

A Polícia Judiciária de Setúbal, através do seu Departamento de Investigação Criminal, identificou e deteve um homem de 43 anos de idade, suspeito da tentativa de homicídio qualificado. Segundo o comunicado da PJ enviado ao nosso jornal, a tentativa de homicídio foi feita na noite do passado dia 2

ta coragem ao povo para mostrar a sua indignação enchendo as ruas das cidades sem causar distúrbios, mas mostrando união pela adesão, falta coragem para fazer valer perante a justiça (ainda que ela própria seja um sector sensível onde também assistimos a protestos da parte de funcionários e magistrados, que pese embora tenham a sua razão de ser acabam por mais afectar os “elos mais fracos” ou seja, os utentes do sector que vêm ainda mais atrasar a solução dos seus processos presos numa máquina burocrática já de si lenta e com meios obsoletos) Direitos e Interesses legítimos, falta a coragem para fazer chegar os devidos alertas, protestos e nota pública das reivindicações junto da comunidade internacional e das instâncias europeias. Falta a todos e cada um de nós, na sua maioria, a coragem para denunciar e deixar pública nota para memória futura de um país que, tendo já sido uma superpotência comercial no tempo dos descobrimentos, é hoje em tantos detalhes uma pálida sombra de si próprio, minado pela corrupção, pela “politicazinha” dos corredores, pelos caciques locais que, à semelhança das associações criminosas revelam ser reis e senhores dos seus feudos e são “os melhores do bairro deles”, por uma classe media asfixiada sob uma carga fiscal que pode mesmo estagnar diversos pequenos negócios que (todos juntos) alimentam a dinamização económica, pelos combustíveis e telecomunicações mais caros da Europa,

de novembro depois de uma desavença na via pública entre dois homens. No acto, o presumível autor esfaqueou violentamente a vítima, outro homem de 38 anos de idade, cujos golpes terão causado lesões graves, quase provocando a morte. O agressor foi detido pela PJ e presente a Tribunal, sendo aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

por taxas de justiça que cerceiam o exercício de Direitos fundamentais consagrados constitucionalmente pelo seu valor exagerado e, pasme-se, inversamente proporcional à qualidade dos serviços prestados pelo Estado neste sector, para os mais esquecidos, aproveita-se para relembrar que os Tribunais são Órgãos de Soberania… Somos um país onde, infelizmente, muitas estruturas públicas dão nota da crise de valores instalada, onde deputados da nação não se limitam a fazer a “manicure” em pleno parlamento mas do mal o menos, pois que entretanto veio a público informação deveras mais espantosa: alguns dos nossos deputados comportam-se como adolescentes cábulas que faltam às aulas e pedem aos colegas para assinar por eles as folhas de presença… quiçá depois também peçam fotocópias dos apontamentos da sessão parlamentar… Somos um país que, em tantos aspectos, diminui os Direitos aos seus cidadãos, mas que se curva subserviente perante potências estrangeiras num provincianismo aterrador que não pasmaria o grande Eça de Queirós! Quando no dia 6 de Janeiro as luzes de Natal se apagarem, quando os cânticos deixarem de ecoar pelas ruas e grandes superfícies comerciais, vamos todos acordar deste sonho de Natal e vamos redescobrir que, afinal, vivemos num país cada vez mais “A Leste do Paraíso”, recordando o título de um dos clássicos de John Steibeck.

Enquando nos conformarmos nada mudará para melhor, até porque as luzes de Natal são efémeras!

(…) Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? Queriam-em o contrário de qualquer cousa? Se eu fosse outra pessoa, fazialhes, a todos, a vontade. Assim,como sou, tenham paciência! Vão para o Diabo sem mim, Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos de ir juntos? (…)”

Lisbon Revisited, Álvaro de Campos (1923)


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