Ano I .Ediçãonº 5 .stribuição Di ratuita . Din.º reto r:| Donatilia raço Forte Ano Ig| Edição 11 Preço: 0,01€ | BSemanal
Diretora: Donatília Braço Forte
ww w.diariododi strit o.pt 23.07.2018 feira Titulo histórico fundado Te emrça1991
04.09.2018
@jornalconcelhodepalmela Terça-feira
www.diariodistrito.pt @jornalconcelhodepalmela
POPULAÇÃO INDIGNADA COM ESTADO DE “ABANDONO”
FALTA DE MANUTENÇÃO NA CAPELA E SACOS COM OSSADAS LEVAM MORADORES DE PALMELA A DENUNCIAR O CASO P.7
URNAS ESPALHADAS, SACOS DE PLÁSTICO PRETOS IDENTIFICADOS COM OSSADAS E DEGRADAÇÃO DA CAPELA ESTÁ A INDIGNAR POPULARES DE PALMELA.
VEREADOR COM O PELOURO DO CEMITÉRIO AFIRMA QUE ESTÁ EM CURSO O PROJETO DE REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO P.4
ENOTURISMO É A NOVA DESCOBERTA DE EMPRESAS QUE SE ESTABELECEM NA REGIÃO P.4 SETÚBAL
FRUTO PROIBIDO É O MAIS APETECIDO!
Jovens produtores de Lisboa defendem o projeto ‘Maçã Riscadinha de Palmela’, uma fruta que esteve em risco de desaparecimento no concelho P.3
Festas bocagianas estão de volta à cidade no próximo dia 15 desetembro. Vão ser várias as atividades que a autarquia setubalense vai apresentar à população P.10
PENÍNSULA DE SETÚBAL BATE RECORDE DE MEDALHAS NO CONCURSO INTERNACIONAL DE VINHOS LA SELEZIONE DEL SINDACO 2018, VÁRIAS ADEGAS DO CONCELHO DE PALMELA RECEBERAM AS MEDALHAS EM PLENA FESTA DAS VINDIMAS P.5
No dia 15 de setembro a cidade de Setúbal Montijo revive tempos quinhentistas com um quadro Histórico a percorrer vários séculos e levando D. Jorge de Lencastre, mestre da Ordem de Santiago até Terras de Aldeia Galega P.11
EDITORIAL
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Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
AS CRÓNICAS DA NICHA por Fátima Brinca | Munícipe de Palmela
Eles comem tudo, eles comem tudo... DONATILIA BRAÇO FORTE Diretora de Informação
M
ais uma semana que aqui estamos por persistência nossa e para desespero de muitos, mas chegámos à edição 11 de um jornal que no passado contou ao longo de vários anos uma história local para uma comunidade local. O Jornal Concelho de Palmela ou melhor se dizer JCP já é um título histórico, foi fundado em 1991 e terminou a sua “primeira temporada” em 1999, são dados que fomos pesquisar e descobrimos com muito orgulho que se não tivesse sido interrompido já teria 27 anos de edições, mas para nós continua a ser um título histórico e com 27 anos na vida do concelho de Palmela e também no concelho vizinho, de Setúbal. Esta nova edição, ainda mais dinâmica e renovada, adotou mais um concelho, o Montijo, quando aplico a palavra adoção é mesmo verdade, porque infelizmente o ditado popular diz “Santos da Casa não Fazem Milagres” e é uma realidade, pois os nossos santos da casa assobiam para o lado enquanto outros santos nos recebem de braços abertos. Recentemente fomos informados de que o JCP anda a fazer muita “comichão” a alguém, pois até já andam por aí a contatar entrevis-
tados no sentido de os repreender por causa de entrevistas que dão ao nosso jornal. Aqui posso deixar outro ditado “não me preocuparei com a minha vida, pois tenho os de fora que se preocupam por ela”, mas também deixo aqui o alerta <<quem se preocupa com a nossa vida, também podia preocupar-se com as despesas que temos>>, mas todos nós sabemos que as preocupações de certas pessoas que por aqui andam neste concelho são outras, pois se aparece mais algum media, a “comida” começa a escassear, então vamos tentar dar má imagem desse mesmo jornal para que fique sem qualquer <<crédito>> perante entidades e patrocinadores. Mas não é boa forma de estar neste mundo, um mundo “cão” onde todos deviam de ser unidos mas que não o são, é caso de lembrar o saudoso Zeca Afonso “Eles comem tudo, Eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada”. Somos o JCP e estamos aqui para continuar esta luta de semana após semana, para bem de muitos e mal de uns poucos!
Boas leituras!
RECORDAR PARA VIVER...
Chafariz de referência abre portas da vila
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chafariz D. Maria I conquistou este nome depois de ter sido restaurado no seu reinado, de estilo barroco, passou a ostentar as armas régias, aplicadas no corpo central do imóvel, e as antigas armas da vila de Palmela nos corpos laterais. Os fogaréus foram colocados também nessa época, na construção em pedra e em planta retangular. O chafariz D. Maria, classificado como monumento de interesse público, é formado por duas bicas e uma pequena bacia recetora da água, ostentando no centro do frontão o brasão de D. Maria. Dois tanques fixos nas laterias serviam de reservatórios de água que permitiam dar de beber ao gado. No cimo ostenta o brasão de armas do concelho
A agenda da minha mãe
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minha mãe não sabia ler nem escrever uma letra, mas quando foi vender para o Mercado do Barreiro, teve necessidade de aprender a fazer os números. Um dos poucos pedidos que a minha mãe me fez foi pôr telefone em casa e depois de estar instalado telefonaram dos TLP, para perguntar se estava tudo em condições. A minha mãe atende o telefone toda nervosa e do outro lado perguntam “qual o número do seu telefone”? A minha mãe fica atrapalhada e responde “olhe não sei qual é o número porque tenho aqui na rodela o 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e uma bolinha”. Mas depois desta peripécia a minha velhota resolveu criar uma agenda com os números para onde tinha necessidade de ligar. Como não sabia escrever inventou um sistema infalível e que lhe permitia saber com quem queria falar. Aquela agenda, que ainda guardo religiosamente, era uma verdadeira “obra de arte”. Por exemplo se queria falar com a minha tia, que estava em França, lá estava o número e à frente um avião. Mas se fosse o caso de querer telefonar à minha tia Maria Pata, lá estava um pato grande e
se o telefonema fosse para os sobrinhos aparecia um pato maior com dois patinhos pequenos. Mas havia outras referências: o veterinário tinha como símbolo uma seringa, o fornecedor da fruta tinha uma laranja, a Rosa, colega da banca do mercado, tinha uma flor e o padeiro tinha um pão. Na frente do meu número telefónico aparecia um carro, pois na altura trabalhava na Movauto. O número da minha vizinha Paula, que andava a tirar o curso de advogada, tinha na frente um boneco com um livro e a mãe, que era uma excelente cozinheira aparecia com um tacho. Um dia quis saber o número de telefone de um vizinho, que fazia arranjos eléctricos e não o consegui encontrar. Quando a minha mãe chegou esclareceu-me “está aqui o número”. Mas repliquei-lhe “aí estão dois traços”. Ela rápida revelou “isso não são riscos é a linha do comboio, porque ele trabalha nos caminhos de ferro”. Olhei a agenda e perguntei-lhe “então este número com um copo de água é do canalizador?”. A resposta não se fez esperar “é do homem que arranja a bomba do furo”. Dei-me por vencida, porque aquela agenda era muito p’ra frente!
DIREITO DE RESPOSTA CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA Exmº.s Senhores, Os editoriais das edições n.ºs 9 e 10 do Jornal Concelho de Palmela referem, de forma afrontosa para o bom nome do Município de Palmela, uma suposta proibição, por parte da autarquia, da disponibilização do dito jornal nas instalações do Mercado Municipal de Pinhal Novo. Esta autarquia sempre defendeu a liberdade da imprensa, enquanto fator conducente a comunidades mais informadas, participativas e proativas, e disponibiliza em todos os equipamentos públicos – Balcões de Atendimento, Rede Municipal de Bibliotecas Públicas do Concelho de Palmela, Mercados Municipais, etc. – espaços próprios para a divulgação/distribuição de jornais locais e material promocional, como é do conhecimento geral da população, que aí se desloca regularmente para consultar e recolher as diversas publicações. Desmentimos, portanto, que tenha havido indicação para impedir a disponibilização desse ou de outro jornal no Mercado Municipal de Palmela ou em qualquer equipamento municipal. A Câmara Municipal de Palmela vem, deste modo, repudiar a atitude do Jornal Concelho de Palmela, que é caluniosa e danosa para a imagem da autarquia, e exigir a publicação deste direito de resposta, ao abrigo da Lei da Imprensa
Ficha técnica: Diretora/Editora: Donatília Braço Forte | Redação: Carmo Torres / Isabel de Almeida / Pedro Carvalho / Júlio Duarte / João Aguiar Cadete / Elsa Peres | Colaboradores: Augustos Vinagre / Bruno Grazina / João Estróia / Joaquim Gouveia / Roberto Cortegano | Direção de arte & design: BM | Serviços Administrativos: Paulo Martins | Distribuição: DD DistNews | Proprietário e editor: PRESSWORLD MEIOS DE COMUNICAÇÃO & INFORMAÇÃO UNIP. LDA. | NIPC: 514 965 754 | Sede da redação: Rua do Anselmo, AP 94, 2955-999 Pinhal Novo. Tel.: 213 362 317 | Morada: Rua do Anselmo, AP 94, 2955-999 Pinhal Novo | Detentores de 5% ou mais do capital da empresa - JDGN (100%) | E-mail redação: informacao@jornalconcelhodepalmela.pt | E-mail publicidade: comercial@jornalconcelhodepalmela.pt | E-mail geral: geral@jornaconcelhodepalmela.pt | Impressão: Gráfica Diário do Minho - Rua de S. Brás, n.º 1 – Gualtar – 4710-073 Braga | Tiragem: 10 000 (média semanal) \ Registo ERC: 127135 | Depósito Legal: 442609/18
DESTAQUES
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
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PALMELA
‘A maçã riscadinha tem o sabor de Portugal’ AFINIDADE | Paula Castro e o marido escolheram a região de Palmela para implementarem o seu negócio de produção de maçã riscadinha EXTINÇÃO | Um dos produtos nacionais mais genuínos esteve em risco de extinção, e foi a vontade de vários empreendedores que fizeram ressurgir a maçã riscadinha.
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esidentes em Oeiras, Paula Castro e o esposo procuraram um local com fáceis acessos e relativamente perto da capital, para implementarem o seu negócio, escolhendo a Lagoa do Calvo, no Poceirão. “Mais para Norte, na zona do Oeste por exemplo, só fazia sentido se o nosso projecto fosse de produção intensiva em grandes áreas. Como ambos temos outras actividades profissionais, só nos era possível uma produção em pequena escala. Temos também ligações afectivas com Palmela, e sabíamos que nesta zona as terras têm grande qualidade para produção de fruta.” A opção pela produção de maçã riscadinha teve a ver com os pedidos de instalação de novos pomares, conforme explica Paula Castro. “Na altura, a Cooperativa Agrícola de Palmela estava na fase final da regulamentação da DOP (Denominação de Origem Protegida) com Bruxelas e lançou um apelo aos produtores no sentido da instalação de novos pomares. O projecto era apelativo, existia apoio técnico e a Cooperativa tinha as logísticas organizadas para apoiar os produtores. Porém, o contexto rapidamente alterou, a cooperativa encerrou e tivemos de procurar alternativas. Sabemos que muitos produtores desistiram e deixou de haver um trabalho organizado na produção, promoção e comercialização da maçã.” Sabor inconfundível em risco de extinção “Esta maçã é realmente diferente: tem um sabor único, aroma inconfundível, é muito bonita, é genuinamente portuguesa. Alguém me disse uma vez que ao provar uma riscadinha sente-se um pedaço de tradição, tem o gosto de Portugal.” Curiosamente a história da maçã está ligada à vinha. “As árvores eram inseridas nas vinhas, mas hoje por várias razões essa prática é desincentivada. Como todos sabem qualquer região tem de ter diversidade, ou seja apostar os ovos todos na mesma cesta tem um preço a pagar no ecossistema e consequentemente na economia.” Embora a mão-de-obra seja um dos problemas que se coloca no sector da agricultura, Paula Castro refere que “a vinha tem recurso a cada vez menos mão-de-obra e sempre em fases muito sazonais, tal como a maçã, mas os timmings não entram em conflito. Criar diversidade é apostar na sustentabilidade da população local” e garante que “há espaço para todos. O sucesso da região é bom também para a maçã, pode até servir de alavancagem for bem aproveitado.” Esta variedade regional esteve em risco de extinção. “Achámos que merecia uma oportunidade e que mesmo em pequena escala poderiamos fazer a diferenca. Em termos económicos, sendo a nossa intenção trabalhar com 1 hectare, a diluição de custos e a viabilidade de negócio era possível para um pomar mas não para vinha.” Esta exploração tem então 3000 árvores implantadas num hectare, o ano passado a colhei-
ta foi de 10 toneladas e o pomar está em crescimento, mas as dificuldades existem. Dificuldades transformadas em oportunidades “Este ano pensámos em desistir e sentimos necessidade de parar, avaliar e repensar o modelo de negócio e isso mais as temperaturas elevadas, reflectiram se na quebra de produção. Neste repensar, iniciámos a conversão para Modo de Produção Biológico e activámos o DOP. Com todas estas alterações, colmatámos as perdas que tivemos com o início da transformação própria na forma de doce, desidratada e granola. Criámos uma pequena gama com produtos feitos de forma artesanal, os doces por exemplo são feitos na fogueira a lenha numa panela de ferro, e testamos outros para a campanha de 2019.” Os produtos são escoados para vários locais, conforme explica Paula Castro. “Até ao ano passado trabalhámos com a Cooperativa União Novense mas neste ano de reposição no mercado, alterámos estratégias e apostámos em vender fora do concelho. Dentro da região, escoámos para a Horta Caramela no Pinhal Novo e para a Nobre Terra que faz transformação também. Por outro lado, lançámos o desafio a várias empresas para trabalharem a maçã na sua forma transformada (gin, pasteis, cerveja, cidra, gelados, entre outras). A ideia foi criar movimento
à volta da Maçã e envolvermo-nos no desenvolvimento da economia local e não só. Tivemos propostas de parcerias com concelhos vizinhos de exportação de produtos transformados e vamos estudar essas possibilidades.” Procura contínua de apoios Apesar de toda a energia depositada no projecto e na procura de novas soluções, Paula Castro lamenta que “as entidades nos deixem um pouco desamparados. Tenho procurado apoios, e este ano fui muito fervorosa nisso. Não procuro apoio para mim nem para a minha actividade económica mas para a Maçã Riscadinha, e estou disposta arregaçar as mangas por esta causa. Penso que as pessoas desacreditaram-se e desmotivaram, tanto que, com muita pena nossa a maçã nem entrou na candidatura das ‘7 Maravilhas à Mesa’. Este ano, conseguimos combater esta situação e colocámos a maçã a ser falada, procurada e consumida, por isso acredito que se abriu um novo capítulo. Fomos alvo de interesse na imprensa local, numa revista online, numa revista nacional e no Expresso.” A falta de uma estratégia oficial definida para a maçã riscadinha é um dos aspectos negativos apontados por Paula Castro. “Temos técnicos muito bons nas entidades estatais. Por exemplo, o técnico de desenvolvimento local da Câmara Municipal de Palmela sempre me recebeu e acompanhou com opiniões e sugestões fantásticas nesta campanha de 2018 mas faz todo o sentido a existência de uma estratégia oficial definida. Penso que a sinergia entre entidades oficiais e produtores organizados pode mudar muito o paradigma e com o que provámos este ano (que fazendo tão pouco se conseguem tantos resultados) vão se abrir novas portas e vai ser possível recuperar o trabalho iniciado com a DOP.” E o projecto de recuperar a maçã riscadinha chegou até Santarém. “Uma entidade de apoio à agricultura desse distrito ouviu falar de nós, ofereceu-nos formação em gestão de projectos na área agrícola, consultoria e ate uma sede para uma eventual associação. Foi bom este reconhecimento, mas Santarém é muito longe para uma sede...” Do produtor ao consumidor final À questão sobre o que falta para o consumidor final conhecer e apostar mais na Maçã Riscadinha, Paula Castro é peremptória: “qualidade e proximidade. O consumidor procura a sua maçã na loja local e é ali que tem de a encontrar.” Já relativamente aos produtores, a empresária considera que “falta voltar a acreditar e isso só vai acontecer com mudanças de paradigma concretas.
Se o nosso trabalho de promoção da Maçã continuar, estamos a criar valor ao produto. Este é um produto muito reconhecido mas também é desvalorizado, em parte devido a falta de qualidade com que chega ao consumidor. E depois coloca-se a principal dificuldade de escoar e a falta de apoio técnico, além de não existir nenhuma base de dados organizada com os produtores e respectivas áreas de produção. Tendo activado o Dop existe a necessidade de criarmos uma associação ou nos unirmos a uma já existente para a gestão do processo.” De forma a colmatar esse aspecto, está a ser preparado o levantamento de produtores “e procurar quem tem maçã e que quantidades. Criámos uma página de facebook (Maçã Riscadinha de Palmela) onde tem chegado outros produtores ate nós e por isso vai facilitar a pesquisa.” Para aumentar a qualidade foi também procurado apoio técnico “ao Eng. José Carlos Ferreira, da Frubio, para melhorarmos a qualidade da nossa maçã à medida que avançamos na conversão para bio e isto, só por si vai levar a riscadinha para novos mercados, aumentando o reconhecimento da maçã. E queremos colaborar nos ensaios técnicos com universidades para o aperfeiçoamento das possíveis variedades. O consumidor tem direito a um produto de excelência e só faz sentido procurar trabalhar melhor, mas no fundo, há quase toda a construção da marca Riscadinha para fazer.” v Paula Castro - especialista em Medicina Tradicional Chinesa www.facebook.com/acupuncturaportugal/
Designa-se por Maçã Riscadinha de Palmela, a maçã da variedade Riscadinha pertencente à família Rosaceae, género Malus Miller e à espécie Malus domestica Borkh obtidas na região delimitada. A variedade de macieira Riscadinha terá surgido no século XIX, no lugar de Barris, concelho de Palmela. A partir dos anos 20, do século passado, com o corte dos matos, a cultura da vinha em consociação com macieira expandiu-se para a zona do Lau e Algeruz, o que também levou a um aumento da produção de Maçã Riscadinha de Palmela. Foi nesta zona que a Maçã Riscadinha de Palmela se começou a evidenciar, pela sua adaptação ao local e pelas qualidades organolépticas. Com a redução da exportação para Inglaterra da Maçã Espelho, a Maçã Riscadinha Palmela começou a sobrepor-se, pelas suas características gustativas, que é mais ácida. A Maçã Riscadinha de Palmela é um dos ex-libris da região, sendo conhecida pelo seu excelente e característico sabor, pela sua utilização para perfumar as casas, devido ao seu intenso e inconfundível aroma bem como pela sua larga inclusão no receituário gastronómico regional. TARTE DE MAÇÃ RISCADINHA Massa Tenra 250 gr de Farinha 100 gr de margarina 1 ovo 125 gr de açúcar
Puré de Maçã 1 kg de Maçã Riscadinha 0.5 kg de Maçã Riscadinha (decoração ) 1 limão 50 gr de manteiga 1 copo de água
Para fazer a massa tenra, misture todos os ingredientes numa tigela, misturando bem com a ponta dos dedos, até formar uma bola, que posteriormente se envolve em película aderente. Coloque no frio, durante 1 hora. Para confecionar o puré de maçã, num tacho leve ao lume a maçã previamente descascada, sumo de limão, água, manteiga e em lume brando coza a maçã até esta se desfazer por completo, depois do puré estar apurado, deixe arrefecer. Retire a massa do frio e com ajuda de um rolo de massa, estique-a e forre a forma de tarte com um garfo, pica-se o fundo e a parte lateral e deite o puré de maçã. Por último lamine a restante maçã e proceda à decoração. Leve ao forno a cozer, até a tarte estar cozida. Facultativo: Com os caroços das maçãs, um pouco de água e açúcar pode fazer uma geleia, para dar brilho à tarte.
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ATUALIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
VINHOS
Enoturismo: um novo motor económico A atividade turística ligada ao vinho em Palmela tem crescido ano após ano e assume hoje uma centralidade nos negócios da região. A oferta é variada e permite a quem chega ambientar-se na cultura vinícola do concelho. JOÃO ALVES joao.alves@jornalconcelhodepalmela.pt
O
enoturismo é uma vertente turística que se baseia na interação com a tradição e cultura do vinho nas localidades onde é produzido. Estas atividades muitas vezes levam o visitante até às adegas e às vinhas de modo a viverem uma experiência completa sobre a vida do vinho. As tradições de camponeses, o trabalho na adega e até a gastronomia local servem para ambientar quem chega a todo o universo vinícola. A atividade turística ligada ao vinho não é novidade em Palmela nem em Portugal, que tem desde os anos cinquenta tradição com as visitas às caves e adegas do vinho do porto. Em Palmela este mercado tem sido uma aposta regular com o passar dos anos. É preciso recuar até ao longínquo ano de 2000 para recordarmos a inauguração da Casa Mãe da Rota dos vinhos, uma antiga adega convertida em espaço de culto do vinho, tendo como objetivo a divulgação dos vinhos de Palmela, Setúbal e Montijo, mas também promover a oferta turística nesta área. Aqui podemos encontrar desde então os vinhos dos melhores produtores da região para prova e aquisição, assim como uma zona de exposições.
Atualmente a Casa Mãe da Rota dos vinhos assume ainda a importante tarefa de gerir as rotas dos vinhos da península de Setúbal, pois é aqui onde encontramos toda a informação relevante e onde podemos agendar visitas às caves, adegas ou participação numa rota entre as 6 disponíveis. A rota de vinhos da península de Setúbal é uma associação sem fins lucrativos que pretende valorizar os vinhos locais. É uma organização vocacionada para a promoção de oferta turística ligada ao vinho e promove rotas pelas adegas da região, com preços para todas as carteiras (desde os 10€ aos 44€), e cuja sede se encontra mesmo no
coração da vila de Palmela. Este é definitivamente o sítio a procurar se a intenção é fazer enoturismo em Palmela. Esta atividade, que não é nova, tem vindo a ganhar espaço na agenda dos produtores e dos consumidores de vinhos de Palmela. O que antes podia parecer um simples passeio a uma quinta, hoje é um momento da maior importância para agentes económicos e culturais. Dar a conhecer o bom vinho local e proporcionar a melhor experiência possível, ao maior número de pessoas, é hoje um objetivo. Dados da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa mostram um aumento contínuo de turistas no
concelho, pois se 2016 tinha já superado os números do ano anterior, 2017 parece continuar com a trajetória, registando um aumento de 25% de estrangeiros. Entre as mais relevantes nacionalidades estrangeiras que visitaram Palmela neste período podemos contar com Suécia, Espanha, Holanda, Reino Unido e Dinamarca. O mercado nacional mantem-se ainda assim o principal comprador. Hoje são poucas as adegas de média dimensão que não prevêm a possibilidade de realizar algum tipo de enoturismo, ainda que seja a típica visita à adega seguida de prova de vinho. As vantagens são claras para todos, o produtor permite diferenciar-se, estabelecer uma ligação com o consumidor e dar a conhecer em contexto de proximidade o seu produto. Ao visitante é proporcionada uma experiência sensorial única, pois irá ver e experimentar o vinho em contextos novos. Estamos, portanto, perante uma cultura enraizada de saber promover o produto abrindo as portas de casa. Em casos em que a aposta é maior, vemos exemplos como a Quinta do piloto, que disponibiliza inclusivamente quartos para que se possa pernoitar na própria quinta, levando a outro nível a experiência de quem procura conhecer Palmela através do seu produto mais emblemático, o vinho.
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
INFORMAÇÃO GERAL
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PENÍNSULA DE SETÚBAL COM RECORDE DE MEDALHAS
Adegas de Palmela banhadas de ouro
A Câmara de Palmela aproveitou a Festa das Vindimas para entregar os 22 diplomas do Concurso Internacional de vinhos La Selezione del Sindaco 2018 aos produtores do concelho. Os vinhos da Península de Setúbal ganharam 44 medalhas das 110 que vieram para Portugal. O destaque foi para a participação de duas adegas da zona de Fernando Pó, que participaram pela primeira vez e trouxeram medalhas de ouro. ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt
O
único concurso, que junta os territórios aos vinhos, realiza-se em Itália, e continua a destacar o concelho de Palmela como o mais premiado. Os vinhos da Península de Setúbal estiveram mais uma vez em evidência ao obterem 44 medalhas de um total de 110 que vieram para ano Portugal. Para o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Amaro, a “participação de novas adegas no concurso”, que foram “reconhecidas pela qualidade dos seus vinhos”, conseguindo ser premiadas com ouro e acredita que “cada ano que passa, mais medalhas iremos conquistando”. Os títulos foram entregues pelo presidente da Câmara, pelo vereador do Turismo, pelo presidente da Junta de Freguesia de Palmela, pela presidente das Vindimas, pelo presidente da CVRPS e pelo representante da Associação de Municípios Portugueses com Vinhos.
As três Grandes Medalhas de Ouro foram entregues à Casa Ermelinda Freitas, à Adega de Palmela e à Xavier Santana, onde foram distinguidos o Moscatel de Setúbal Superior DOC 2007, o Moscatel de Setúbal DOC 10 anos e o Moscatel de Setúbal de 2016, respetivamente.
As Medalhas de Ouro distinguiram adegas e respetivos vinhos: Casa Ermelinda Freitas (10): Syrah Reserva 2016, Dona Ermelinda Branco 2017 DOC Palmela, Moscatel Roxo de Setúbal Superior 2010 DOC Setúbal, Vinho da Valentina Branco Premium 2017,
Cabernet Sauvignon Reserva 2015, Vinha do Rosário Touriga Nacional 2016, Vinha do Torrão Branco 2017, Terras do Pó Castas – Syrah Petit Verdot 2016, Touriga Nacional Reserva 2015 e Quinta da Mimosa. Adega de Palmela(1) – Moscatel de Setúbal 2015 DOC JB Freitas Vinhos (1) - Casal Freitas Reserva Tinto 2015 Península de Setúbal Marcolino Freitas& Filho (1) – Syrah Fontebarreira Setúbal 2015 Sivipa (1) – Moscatel de Setúbal 2016 DOC Setúbal Venâncio da Costa Lima (1) – Moscatel Roxo DOC Setúbal 2014 As quatro Medalhas de Prata foram atribuídas a: Casa Ermelinda Freitas (3) – Valoroso Reserva 2015 Setúbal, Vinha da Valentina Reserva Signature 2016 e Valoroso – Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah 2016. Sivipa (1): Sadino Tinto 2017 PUB
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ATUALIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
EU AUTARCA ME CONFESSO…
Rosa Pinto promete “iremos continuar a defender as nossas bandeiras” A deputada municipal da Coligação Palmela Mais, Rosa Pinto destaca como problemas mais preocupantes do concelho a falta de saneamento, os aceiros, a rede de estradas municipais, os transportes e a mobilidade e sobretudo da população idosa que mesmo que “acompanhada por Instituições sofrem ainda muito de solidão”.
“Gostávamos de assistir a uma clara melhoria dos transportes”
ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt
Rosa Pinto, eleita deputada na Coligação Palmela Mais, garante “continuar a defender” as principais bandeiras, porque “acredito sempre na mudança e nos Munícipes do Concelho”. Jornal Concelho de Palmela - Qual o balanço que faz destes primeiros nove meses depois das eleições? Rosa Pinto - Na qualidade de eleita pelo CDS-PP na Coligação Palmela Mais (PSD-CDS-PP) decorridos que foram 11 meses sobre as eleições autárquicas e como líder da Bancada PSD-CDS-PP, relativamente ao trabalho que vimos desenvolvendo, modéstia à parte, penso que temos tido um papel interventivo e assertivo, questionando o Executivo Municipal sobre muitos e diversos problemas ainda existentes no nosso Concelho na área urbanística, ambiental, cultural, da educação, social, da mobilidade e dos transportes e apresentando alternativas, sugestões e propostas. Exemplo disso foi a nossa “luta” quanto ao IMI Familiar que veio a ser implementado, embora com alterações e por nós proposto no anterior mandato. Relembro até que foi também na Assembleia da República o CDS-PP o partido político que propôs o IMI Familiar. Alguns considerarão de menor significado, mas para nós é sempre positivo quando uma proposta ou ideia nossa toma corpo e é aprovada, mesmo que por vezes “mascarada” com nova roupagem política, pois o que mais nos importa são os Munícipes. Também a redução da taxa de IMI, mesmo que menos arrojada e menor que a por nós defendida, não pode deixar de ser considerada positiva, pois quando nos ouvem, mesmo que não nos deem no momento razão, é sempre motivo para continuarmos a defender as nossas “bandeiras”. O parque escolar a ser requalificado e/ou ampliado também nos deixa felizes, não podendo contudo ser esquecido que por exemplo em relação à Escola de Quinta do Anjo há muito anos alertámos que a obra não iria ser suficiente face ao aumento dos moradores. O tempo dá-nos razão, até quanto à localização e à necessidade de ampliação da mesma agora a realizar-se. No Concelho temos de ter horizontes de mais médio e longo prazo e não a visão do curto prazo. Na Assembleia Municipal, apesar dos diferentes pontos de vista políticos, o ambiente tem sido cordial e orgulhamo-nos disso, pois para defendermos as nossas posições com convicção não necessitamos de recorrer ao “insulto”. Mas cada eleito tem o seu estilo e maneira própria de intervir. Não permitimos contudo que nos “calem”. Mas gostaríamos que as sessões da Assembleia Municipais fossem transmitidas em directo, como defendemos desde sempre e os documentos que elaboramos estivessem aos dispôr dos Munícipes para consulta como anexos às actas. O balanço que faço, no cômputo geral é positivo, mas o nosso trabalho nunca está terminado e continuaremos a trabalhar.
JCP - Que problemas gostaria de ver resolvidos? RP - Os problemas que gostaria de ver resolvidos são muitos, pois os Munícipes todos os dias nos colocam novos problemas, embora para quem assiste às reuniões descentralizadas, como é o meu caso, também existam ainda problemas muito antigos por resolver, sobretudo ao nível do saneamento, dos aceiros, da rede de estradas municipais, dos transportes e mobilidade e sobretudo da população idosa que mesmo que acompanhada por Instituições sofrem ainda muito de solidão. Ainda muito falta fazer por essas pessoas, ao nível social e também da saúde e na nossa opinião o trabalho de voluntariado bem preparado e da formação contínua dos funcionários das Associações de Solidariedade Social é essencial para contribuir para a melhoria desses serviços. A mobilidade é um importante problema a resolver pois nas zonas mais rurais das diversas Freguesias e até noutras zonas mesmo sem serem rurais, o problema dos transportes ou da falta deles é um óbice grande ao desenvolvimento do Concelho. Gostávamos de assistir a uma clara melhoria dos transportes e à aposição das informações dos horários nas paragens, que defendemos há já muitos anos no Concelho. Há contudo outras áreas nas quais os Munícipes podem dar o seu grande contributo sobretudo ao nível ambiental, com o cumprimento das regras da separação do lixo, da não deposição de entulhos e verdes fora das zonas e dias indicados e sobretudo na adequada colocação dos mesmos nos recipientes adequados. O mesmo acontecendo com os dejectos dos animais, cujos donos devem ter a adequada participação cívica e social. A adequada informação, divulgação e sensibilização são essenciais para resolver problemas. Mas as populações também têm de dar uma ajuda. Penso contudo que os mais jovens têm um papel muito importante a desempenhar, assim sejam adequadamente motivados.
“Tenho a firme certeza de que se tivéssemos ganho as eleições tentaríamos fazer mais e melhor” JCP - Pontos positivos e pontos negativos da gestão CDU? RP - Os pontos negativos e positivos da governação da CDU, atualmente sem maioria absoluta no Município e com o apoio do PS, terá de ser avaliado pela população, pois não votei na CDU e ao não defender o projeto de governação autárquica da CDU, com certeza terei divergências que muitas vezes têm a ver com a falta de visão estratégica do Concelho na sua globalidade e da falta de cumprimento de promessas autárquicas de há muitos e longos anos. Contudo, penso que as exigências do momento presente e após a crise, alguns autarcas, mas não todos ainda, tomaram consciência que os dinheiros públicos têm que ser melhor geridos e tem que haver mais exigência a começar por nós próprios, caso contrário não podemos exigir dos outros. A transparência tem de ser sempre uma meta a atingir. Mas terei de salientar que somos ouvidos, mesmo que não nos deem razão logo no momento, mas a democracia é assim mesmo, por isso continuamos a trabalhar e sempre com vontade de resolver os problemas dos Munícipes. Saber ouvir, escutar e depois decidir é cada vez mais importante. Mas a CDU tem o seu programa e embora nem sempre cumprido na íntegra, penso que nos tem escutado, ouvido, mesmo que nem sempre decida como gostaríamos. Tenho a firme certeza de que se tivéssemos ganho as eleições tentaríamos fazer mais e melhor, mas o nosso trabalho nunca termina e será
continuado pelas gerações seguintes, assim as consigamos motivar. Penso que a CDU nos centros históricos “partiu” tarde para chegar “à meta” e ainda não chegou, tendo sido “desperdiçadas” verbas comunitárias então existentes e da parte dos cidadãos também tem de haver o gosto pela preservação, pela história, pelo património, bem sabendo contudo que alguns não terão as adequadas disponibilidades económicas para o fazer. Na área da mobilidade tenho esperança que vão existir melhorias.
“O Pavilhão da Escola de Palmela que todos defendemos e no nosso caso, mesmo que em parceria do Governo com a Autarquia. Penso que já é tempo…” JCP - Que projetos gostava de ver concretizados nos próximos meses? RP - Como os Munícipes sabem não “governamos” a Autarquia de Palmela, pelo que relativamente à solução de problemas que defendemos há vários anos, gostaria de um apoio aos Turistas mais assertivo (embora reconheça melhorias), a resolução do problema da mobilidade e transportes, a iniciação/finalização da Ribeira da Salgueirinha (aprovada ao tempo do governo PSD-CDS-PP), a finalização das obras nas Escolas, o asfaltamento de vias essenciais (v.g. Estrada da Coca-Cola e outras situadas até em perímetros urbanos e promessas autárquicas da CDU com mais de 20 anos), a conclusão da Extensão de Saúde do Pinhal Novo (aprovado ao tempo do governo PSD-CDS-PP, mesmo em tempo de crise económica e social) e a conclusão das obras iniciadas nas diversas Freguesias. E porque não? O Pavilhão Gimno-Desportivo da Escola de Palmela que todos defendemos e no nosso caso, mesmo que em parceria do Governo com a Autarquia. Penso que já é tempo… E quanto a isso todas as forças políticas representadas na Assembleia Municipal estão de acordo. Aliás, quando vemos alguns partidos chamarem a si a exclusividade da defesa de certas causas e obras no Concelho, só poderemos sorrir… pois o tempo tem vindo a dar-nos razão. Mas no que diz respeito à conservação do Património penso que poderá ser feito mais e melhor trabalho, pois na maioria das vezes, o que não preservamos e conservamos custa-nos mais tarde, o dobro, o triplo ou mais. A memória é importante e a História também, mesmo nos tempos de hoje, em que dispomos do desenvolvimento tecnológico sempre em marcha. JCP - A atual maioria tem dado condições de trabalho à oposição? RP - Quando refere a atual maioria penso que se refere à maioria relativa da CDU, com o apoio do PS, que perfaz a maioria “absoluta”. Na Assembleia Municipal temos condições de trabalho, mas penso que podíamos pelo menos uma vez por ano fazer uma Assembleia descentralizada e os Munícipes deviam ter a possibilidade de assistirem através da net em direto às nossas reuniões. Por vezes a resposta às questões e requerimentos colocados por nós, não é dada no prazo legal, mas com a nossa persistência e empenho não nos têm sido negadas respostas e penso que ao longo do tempo houve melhorias e acredito que continuará a haver, pois na Autarquia há bons profissionais e funcionários. Nunca permitiremos, porém, que pelo facto de termos opiniões diferentes na solução dos problemas para o Concelho nos apelidem com adjectivos “democráticos” menos próprios numa democracia. Penso que a política tem de evoluir, mas os que exigem e não praticam ou não praticaram, têm sempre menos autoridade moral democrática para exigir dos outros. No que me diz respeito, só dou importância ao que vale a pena, mas penso que respeito as outras forças políticas e sou respeitada.
JCP - As comissões criadas na Assembleia Municipal já estão a desenvolver trabalho? RP - Penso que sabe que no anterior mandato nos debatemos sempre com o facto das comissões criadas não terem reunido. Saliento que não tínhamos nenhuma Presidência de Coordenação, sendo todas da CDU e uma do PS. A única comissão que reunião, se é que assim lhe posso chamar, foi a do orçamento, da qual fazia parte, mas com reuniões mais informativas do que de debate e com base no cumprimento do direito de audição da oposição. Estou a aguardar que os Presidentes das atuais comissões marquem as primeiras reuniões e nos informem. Como passámos pelo período de férias, e a posse foi recente, penso que neste mandato, as comissões irão funcionar e faço votos que os seus Presidentes convoquem as primeiras reuniões, onde incluo a Comissão Permanente de que faço parte e presidida pela Sra. Presidente da Assembleia Municipal, comissão essa que terá maior responsabilidade ainda. JCP - Como deputada municipal quais as expectativas para os próximos meses? RP - As minhas expectativas são sempre de esperança e de trabalho e dedicação e mesmo em momentos de “ligeiro desalento” porque passamos, pois algumas vezes gostaríamos de mais assertividade e empenho na resolução sobretudo dos pequenos problemas que os Munícipes apresentam, não tenho por lema desistir, pois trabalho no poder autárquico desde os meus 20 anos, ou seja há já 38 anos e se não gostasse e acreditasse que podemos sempre melhorar, já tinha desistido. O que não quer dizer que enquanto Presidente da Concelhia do CDS-PP de Palmela não defenda a renovação e por esse motivo apresentámos nas últimas eleições também candidatos mais jovens para se lançarem no trabalho.Acredito sempre na mudança e nos Munícipes do Concelho de Palmela! JCP – Uma frase que defina o concelho de Palmela. RP - Concelho de Gente boa e trabalhadora, que acolhe bem e quer mais e melhor. Concelho com História e Memória! CURRÍCULO: Nome: Maria Rosa Pinto Idade: 58 anos Profissão: Advogada Cargos que já ocupou: - Eleita na Assembleia de Freguesia do Alto do Pina (Lisboa) - 2.ª Secretária da Mesa da Assembleia de Freguesia do Alto Pina (Lisboa) - 1.ª Secretária da Mesa da Assembleia de Freguesia do Alto Pina (Lisboa) - Presidente da Assembleia de Freguesia do Alto do Pina (Lisboa) - Eleita na Assembleia de Freguesia de Quinta do Anjo (2 mandatos) - Vogal, Secretária e Tesoureira no Executivo da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo – mandato 2005-2009; - Líder da Bancada PSD-CDS-PP da Assembleia Municipal de Palmela, eleita pelo CDS-PP no mandato 2013/2017; - Líder da Bancada PSD-CDS-PP da Assembleia Municipal de Palmela, eleita pelo CDS-PP no atual Mandato (2017-2021) - Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Palmela (com 3 mandatos) - Secretária da Comissão Política Distrital de Setúbal do CDS-PP (com 2 mandatos) - Conselheira Nacional do CDS-PP Bem e Quer Mais e Concelho com História e Memória! FRASE QUE DEFINE O CONCELHO: Concelho de Gente boa e trabalhadora, que acolhe melhor!
ATUALIDADE
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
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DEGRADAÇÃO DA CAPELA DO CEMITÉRIO DE PALMELA
Vereador esclarece que está em execução o projeto de reabilitação Alguns moradores alertaram para o estado de degradação em que se encontra a capela do cemitério de Palmela. O vereador Pedro Taleço, responsável pelo pelouro, esclarece que “já foi anunciado, publicamente, que o projeto de reabilitação da Capela do Cemitério de Palmela foi adjudicado e encontra-se em execução, tendo a obra dotação para ser realizada em 2019”. Pedro Taleço faz questão de recordar que “existem procedimentos para tratamento de ossadas, mesmo as não reclamadas nos termos legais, estão devidamente instituídos e há locais próprios para o manuseamento, tratamento e acondicionamento” e “todas as operações são realizadas de acordo com a lei e assegurando-se as devidas condições higio-sanitárias e a dignidade”. Em relação às ossadas não reclamadas, adianta, “são incineradas e até o serem, estão arrumadas em local próprio”. O autarca socialista faz questão de destacar que o cemitério de Palmela já foi alvo de obras este ano “com a pintura dos muros e portões, que envolveu um investimento de cerca de 23 mil euros”. E reafirma que a “capela está encerrada ao público até que as obras estejam concluídas”
ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt
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lguns moradores de Palmela manifestaram-se indignados com o estado de degradação em que se encontra a capela do cemitério. No contato que estabelecemos com o vereador Pedro Taleço, responsável pelo pelouro, este esclareceu que “está em execução o projeto de reabilitação da capela” e a obra “tem dotação para ser realizada em 2019”. O autarca explica que “a capela encontra-se encerrada ao público e assim permanecerá até à conclusão da obra”. Na denúncia feita pelos moradores eles referiam-se a “sacos de plástico que continham ossadas, para além da existência de pequenas urnas espalhadas no interior da capela”.
CRÓNICA | A ESQUINA DAS PALAVRAS Isabel de Almeida isabeldealmeida@jornalconcelhodepalmela.pt
A Sociedade de (des)informação jurídica
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s redes sociais são hoje, reconhecidamente, para o bem e para o mal, um dos veículos mais poderosos de divulgação de informação, mas acabam por, ironicamente, ser a nova “Ágora” ou Praça Pública, onde os “Cidadãos” comentam e opinam mais ou menos acertadamente os temas que vêm a público. Ora, ditam as normas do bom senso e da prudência de quem queira estar bem informado sobre o que se passa no país e no mundo, que as fontes de acesso à informação devam ser sujeitas a triagem/ avaliação, sendo muitas vezes difícil separar o trigo do joio, e, assim discernir o que é informação fidedigna, do que são Fake News (algumas “plantadas” ostensivamente com obscuros propósitos de teor político, económico ou social), mas existe ainda um aspecto adicional, próprio das exigências de alimentação rápida de notícias de consumo imediato, que acaba por resultar não propriamente em Fake News, mas são o resultado de jornalismo negligente, que acaba por ser mau jornalismo. Obviamente, nós jornalistas, como muitos outros profissionais, trabalhamos hoje num contexto exigente, com um ritmo acelerado, com notícias que devem ir ao encontro das necessidades do público leitor (público este que pode ir desde um alvo muito especializado, até ao cidadão comum que procura apenas uma informação em formato mais leve, assumidamente mais superficial, para mera informação não muito aprofundada,
cujo objectivo é o entretenimento, é encontrar a válvula de escape para o cansaço do quotidiano, são os chamados “fait-divers”, notícias breves, do quotidiano de figuras públicas - ficando relegado para outro artigo a questão mais profunda dos limites até onde possa ser legítimo caminhar na análise e divulgação da vida privada de figuras públicas). Todavia, e perdoar-me-ão o “fundamentalismo” de que, pessoalmente, não abdico, nem na imprensa em formato digital, nem na imprensa em papel, a todos nós profissionais de informação, mais ou menos experientes, cabe-nos a função extremamente relevante de informar o nosso público, e necessariamente, temos também, ou deveríamos ter, uma função de formação, que reconheço se vem perdendo cada vez mais em novos formatos de entretenimento, nomeadamente, nas nossas televisões. Assim, entendo que no jornalismo, como em muitas outras áreas profissionais, cada vez mais temos a obrigação moral de assumir o papel de “especialistas em generalidades”, significando que podemos ser confrontados com informação a ser trabalhada e divulgada que diga respeito a áreas muito diversas, como o Direito, a Psicologia, a Economia, a Política, a Medicina. Obviamente, que se estivermos no campo da informação de consumo imediato (não especializada) não é forçoso que tenhamos de ter formação directa em temas específicos, mas ditam as regras deontológicas do jornalismo, e o próprio brio profissional que façamos pesquisa, ou consul-
temos peritos em matérias com as quais não estejamos tão familiarizados. É este o dever inalienável de qualquer jornalista ou produtor de conteúdos, por mais superficiais que possam ser os temas a tratar, porque num pais onde escasseiam tanto os hábitos de leitura, importa que sejamos informadores e formadores, mas tantas vezes assistimos ao deprimente espectáculo da desinformação. Nem sequer vou referir a figura pública mencionada no exemplo académico com que me deparei esta semana na imprensa social, que fica para mim como uma excelente ilustração de como não deve ser feito o trabalho informativo. Resumidamente, um jornal desportivo noticiou no passado mês de Agosto que uma figura pública ligada à área desportiva estava em processo de divórcio, e pedia, nesse âmbito uma indemnização à ainda esposa no valor de 30.000,00€ (trinta mil euros). Como logo suspeitei (por ter formação jurídica) não se tratava de nenhum pedido de indemnização, mas tão só e apenas o valor processual que, por lei, é aposto numa peça processual designada petição inicial (que dá início a um processo em tribunal), e que em concreto é de 30.000,01€ (trinta mil euros e um cêntimo). Mais recentemente, dando a ideia de corrigir a desinformação, li eu própria uma notícia de uma revista televisiva na qual se esclarecia que não se tratava de um pedido de indemnização, mas do valor do processo, mas, a desinformação não ficou por aqui, esta revista televisiva afirmou que o valor de
um cêntimo adicionado aos trinta mil euros correspondia, pasme-se, a uma estratégia dos advogados da dita figura pública, que assim poderiam recorrer para tribunais que entendessem! Pois bem, o valor de trinta mil euros e um cêntimo não é estratégia dos advogados, antes resulta de disposições legais aplicáveis a este tipo de processos. Grave é que a desinformação de que aqui temos apenas um simples exemplo grasse como cogumelos na imprensa nacional. Ninguém tem de saber tudo, nem tal é possível, todos nós jornalistas cometemos erros e quem nunca foi afectado pelas célebres “gralhas” ou por “erros de simpatia” que atire a primeira pedra, mas aqui estamos perante algo grave, falta de rigor jornalístico, desinformação pretensamente corrigida por nova desinformação, e isto em nada favorece nenhuma das partes envolvidas, nem os jornalistas que exercem mal a sua profissão e contribuem para o seu descrédito, nem o público que é desinformado em vez de informado, nem os visados neste tipo de notícias, agora façamos todos uma reflexão, e quando este tipo de desinformação se dá em matérias mais sensíveis como o direito criminal, a medicina, ou quaisquer outros temas mais sensíveis?! “O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas.” Peter Drucker
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ALERTAS & REPAROS
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
MORADORES ATENTOS
Alertas de autarcas e munícipes
Esta página está a ser um verdadeiro sucesso, onde até os autarcas se associam aos alertas e recados dos nossos leitores. Esta semana continuamos a denunciar situações, mas também a dar boas notícias. É pois com uma boa notícia que começamos os Alertas & Recados desta semana.
Combate ao lixo
A boa notícia vem do vereador socialista Pedro Taleço, que tem a responsabilidade da área da limpeza. O autarca anuncia que chegaram “equipamentos elétricos de limpeza urbana, três aspiradores e dois triciclos, que para além de eficientes e amigos do ambiente, poupam o esforço físico da tarefa”. Mas o vereador lembra “claro que o melhor mesmo é usar as papeleiras e não deitar lixo para o chão”, porque “afinal a questão do lixo começa e acaba nas pessoas”. Como que a dar resposta ao autarca, uma pinhalnovense atenta pede que “o Jardim José Maria dos Santos tenha mais limpeza, porque é um espaço muito bonito e o lixo que se acumula em vários locais não abona nada em favor da sala de visitas da nossa vila”.
A língua portuguesa tem destas coisas
Enquanto assistíamos a um jogo de futebol no Campo Cornélio Palma, um amigo atento acercou-se de nós e perguntounos “o que serão refeições econonicas?”. Perante o nosso olhar de espanto, o tal amigo apontou-nos para o cartaz publicitário existente ali bem perto. Palmela além de ser linda, também é bem…humorada. A pedido deste amigo lançamos um repto aos nossos leitores: será que a palavra econonicas faz parte do novo acordo ortográfico?
Palmela promovida a Cidade
Os palmelões e até os autarcas foram apanhados de surpresa quando na noite de Eleição da Rainha das Vindimas foi perguntado às candidatas porque gostariam de ser eleitas para representar Palmela. Para a candidata Bárbara seria um orgulho “poder representar a minha cidade de Palmela” , que “tem um povo muito simpático” e findou referindo que gostava de “dar a conhecer um pouco da minha cidade”. O júri não distinguiu a candidata com qualquer prémio, mas talvez lhe tenha ensinado que os palmelões têm um grande orgulho na sua vila de Palmela.
Fossa despejada para o quintal do vizinho
A nossa leitora Ana Moreira, residente na Lagoinha, não esconde o seu desespero confessando “tive mais una noite de enorme tristeza e revolta por um dia ter saído de Almada, à procura de um lugar calmo, e desfrutar mais do ar do campo na Lagoinha”. E explica “já fiz várias reclamações à Câmara de Palmela, mas nunca obtive resposta” e acrescenta “não falo do pó de verão nem da lama e buracos no inverno, mas sim de água de fossas em que os meus vizinhos abrem a tampa à noite para não pagarem a quem faz esse serviço”. Ana Moreira revela “eu também tenho fossa… infelizmente pago para a despejar, mas chegar a casa e ver a água da fossa dentro do meu quintal é inadmissível”. Esta munícipe termina reconhecendo “desculpem o desabafo, mas por vezes a comunicação social é mais rápida”.
Batudes continua com lixo
Os moradores de Batudes continuam a sofrer os efeitos da falta de civismo. Luís Mendes mostra-se agastado com a situação, pois o lixo e os monos junto aos contentores “começa a ser uma imagem de marca (negativa) nesta pequena localidade”. O munícipe lança um apelo à autarquia, porque “ninguém gosta de ter à porta de casa uma estrumeira de lixo, que cresce em cada dia que passa”.
A estrada precisa de alcatrão
A proprietária de um café em Palmela, que reside na Venda do Alcaide, utiliza todos os dias a estrada que dá acesso à localidade. “O alcatrão tem rachas, a estrada está remendada e tem vários buracos” denuncia a munícipe, que lembra “esta estrada é utilizada por milhares de carros que sofrem verdadeiros tormentos com a trepidação resultante do alcatrão irregular, e aguarda ansiosamente por novo tapete”. A moradora termina com um apelo “é tempo de deitar mãos à obra e dar condições de circulação nesta estrada”.
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SETÚBAL AQUI TÃO PERTO
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
DURANTE O MÊS DE SETEMBRO
Setúbal recebe comemorações bocagianas A cidade de Setúbal vai viver o mês de Setembro pleno de atividades que se desenrolam ao ritmo das comemorações bocagianas, onde o desporto, a gastronomia, a animação e a dança estarão em destaque em colaboração com o movimento associativo. ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt
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cidade de Setúbal vai viver um Setembro pleno de atividades, numa aliança de parceria da câmara com o movimento associativo, que começa com a iniciativa Ask Me Arrábida, nos dias 8, 15 e 22, no Largo da Misericórdia. A animação itinerante, no dia 7, na Baixa de Setúbal, a partir das 21h00, antecipa a iniciativa “Bocage à Solta”, um circuito por espaços do centro histórico em que as vozes do grupo de serenatas Sinfonias ao Luar se cruzam com poemas de Bocage, ditos por Lúcia Araújo, João Jacinto e Sara Loureiro. A atriz Célia David estará em destaque com a declamação da poesia erótica, no dia 12, às 22h00, na Sala José Afonso da Casa da Cultura. Cinco exposições com o tema “Reflexos da Galeria Ratton 19872018”, serão inauguradas no dia 13 e es-
tarão patentes ao público até 28 de Outubro. Mais de milhar de aves participam no campeonato Internacional de Exóticos, entre os dias 13 e 16, no pavilhão desportivo da Escola Básica Luísa Todi. A centenária coletividade Capricho recebe dia 14, às 21h00, a XIX edição da tertúlia “Eis Bocage… Conversas de Botequim”, encontro cultural com declamação de poesia, música, debate e convívio, com degustação de produtos gastronómicos da região. Ainda a 14 de Setembro realiza-se a “Noite Bocagiana” com animação musical por Violin Godess e a Banda Led Orquestra e animação itinerante com Dream Catcher Led Flower e White Prince, a partir das 21h00. As Comemorações Bocagianas continuam a 16 com a iniciativa Arrábida Swinrun, competição que combina provas de natação no rio Sado, com início às 9h00, defronte do Parque Urbano de Albarquel. Na parte da tarde, às 16h00, realiza-se a conferência do ciclo Conversas de Ponta, e à noite, às 21h30, a Praça de Bocage acolhe o concerto de encerramento do projeto Fado em Setúbal.
No dia 20, às 21h30, no Fórum Municipal Luísa Todi, a polaca Warsaw Mime Center Company apresenta uma performance mímica que é um drama passado numa escola de aldeia imediatamente antes da II Guerra Mundial. O concerto “Mendelsshon – O Sonho de Uma Noite de Verão”, pela Orquestra e Coro Gulbenkian, com direção do maestro Michael Zilm, anima a noite de 21, a partir das 21h00, no Fórum Luísa Todi. A Praça do Bocage recebe uma mostra de flores, plantas e serviços associados, que inclui ateliers infantis, workshops e animação cultural, integra a Festa da Flor, nos dias 21 e 22. Na noite de 22 realiza-se nova sessão de declamação de poesia erótica por Eduardo Dias, a partir das 22h00, na Sala José Afonso da Casa da Cultura. A Regata de Banheiras e Insólitos, prova com embarcações feitas com materiais reciclados, realiza-se no dia 23, no Parque Urbano da Albarquel. As Comemorações Bocagianas 2018 terminam a 27, com o encontro literário “A Voz dos Poetas”, na Sala José Afonso da Casa da Cultura, que inclui declamação de poesias eróticas
CAMPEONATOS DO MUNDO DE PESCA EMBARCADA FREGUESIA DE S. SEBASTIÃO o
Escolas do 1. ciclo sofrem obras de reabilitação A Junta de Freguesia de S. Sebastião está a proceder a diversas intervenções nas escolas de 1.º ciclo, com o objetivo de tornar as instalações mais confortáveis para acolher a comunidade educativa, no início do ano letivo. As obras contemplaram a pintura do interior do refeitório da Escola Básica N.º 8, do Bairro da Conceição e a aquisição e colocação de um quadro de ardósia, para substituir um que estava degradado.
Setúbal recebe participantes de duas dezenas de países
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s Campeonatos do Mundo de Pesca Embarcada de Seniores e Sub-21 irão contar com a participação de centena e meia de concorrentes, oriundos de 20 países. Os campeonatos irão decorrer entre 15 e 22 de Setembro, nas águas do Sado. No dia 16 decorre a cerimónia de abertura do 54.º Campeonato do Mundo de Pesca Embarcada Seniores e do 18.º Campeonato do Mundo de Pesca Embarcada Sub-21,
com um desfile das seleções participantes a partir das 16h00, entre os Paços do Concelho e o Cais 3 do Porto de Setúbal, onde decorre uma sessão de boas-vindas. Os Mundiais de Pesca Embarcada são organizados pela Federação Internacional de Pesca Desportiva – Mar e pela Federação Portuguesa dePescaDesportivadoAlto-Mar,comosapoios da Câmara Municipal de Setúbal e da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra
MONTIJO AQUI AO LADO
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
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MONTIJO
Cidade revive momentos medievais com a visita de D. Jorge MEDIEVAL | A cidade do Montijo vai receber uma vez mais a Feira Quinhentista de Aldeia Galega, este ano aquele “reinado” recebe uma visita muito especial da Ordem de Santiago EVENTO | Este é o quinto ano que a Câmara Municipal acolheu a ideia de realizar a sua Feira Quinhentista, e desde a primeira hora que o evento tem sido um sucesso. em todas as vertentes.
DONATILIA BRAÇO FORTE
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o próximo fim-de-semana a cidade do Montijo transforma-se no reinado de Aldeia Galega que vai levá-lo a vários séculos atrás nos tempos onde o medieval seria um mundo para se descobrir. Entre o dia 7 e 9 de setembro a cidade vai receber nas suas ruas e ruelas vários mercadores e espetáculos com aves de rapina e danças orientais que vão animar milhares de visitantes durante os três dias do certame. Este ano a organização decidiu fazer com que a V Feira Quinhentista se envolvesse numa história ao vivo com a visita de D. Jorge de Lencastre, 13.º Mestre da Ordem de Santiago. A chegada de D. Jorge está prevista para as 17h00 e depois começa toda a animação que certamente
irá envolver pequenos e graúdos em outros tempos. Jorge de Lencastre nasceu em Abrantes, a 11 de Novembro de 1481 e viria a morrer em Setúbal, a 22 de Julho de 1550. Filho bastardo do rei João II de Portugal com Ana de Mendonça, foi 2.º Duque de Coimbra desde 1509, Grão-Almirante de Portugal, 13.º Mestre da Ordem de Santiago Grão-Almirante de Portugal, 13.º Mestre da Ordem de Santiago e 9.º Administrador da Ordem de Avis
CANHA
Milhares visitam pequena localidade em festa FESTIVIDADES | A pequena localidade de Canha esteve em festa durante o passado fim de semana, e a abertura oficial contou com a presença de várias figuras políticas da cidade do Montijo que não quiseram deixar de estar presentes naquela que é a festa tão ansiada pelos habitantes TOY | O cantor popular de Setúbal animou a última noite onde até o público chamou pelo “António”. MIGUEL GARCIA miguel.garcia@jornalconcelhodepalmela.pt
F
oi na passada sexta-feira (31) que as Festas em Honra de Nossa Senhora da Oliveira se iniciaram para três dias de grande festejo em terras de Canha, localidade mais a nascente da sede do concelho do Montijo. Com a presença do presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, começou por saudar todos os Canhenses pelo ato de coragem que têm tido para realizar todos
os anos as festas em honra da santa padroeira. Na companhia da vice-presidente e vereadora da cultura, o edil lembrou a importância das festas no seio da comunidade local, levando milhares até Canha para se animarem e diver-
tirem durante os três dias de festejos. Junto ao palco principal já esperavam centenas de pessoas para ouvir o espetáculo “Sons do Minho”. No sábado foi a vez de Ricardo e Henrique fazerem parte das festividades e no último dia, ouviu-se o cantor de Setúbal Toy a cantar algumas
melodias de grandes épocas e memórias, como o caso do “Chama o António” que conseguiu colocar ao rubro todo o público numa noite de calor, logo convidativa a não ficar em casa. O encerramento contou com o habitual fogo-de-artifício
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MOMENTOS DA FESTA DAS VINDIMAS
Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
AS IMAGENS DA FESTA
Encontro de amigos onde reinou a alegria
A Festa das Vindimas tem destas coisas…encontram-se amigos, misturam-se gostos e sabores, trocam-se olhares, sempre com os vinhos a servirem pano de fundo. Em jeito de rescaldo, hoje termina mais uma edição da Festa das Vindimas, mas deixamos algumas imagens para recordar mais tarde… A Festa deixa este sabor a saudade, como se os dias e noites tivessem sido vividos a um ritmo alucinante, que não se sentiram as horas passar. Mas fiquem com alguns “bagos” deste cacho de momentos, que foram vividos e que deixamos em jeito de rescaldo. ELSA PERES elsa.peres@jornalconcelhodepalmela.pt
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DESPORTO
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Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
3.ª RAMPA DAS VINDIMAS
Ciclismo atrai mais de seis dezenas de participantes Os amantes do ciclismo não se “assustaram” com o calor tórrido que se fez sentir na tarde de sábado e pedalaram com genica para percorrem os quatro quilómetros até à meta. O vereador do Desporto, Luís Miguel Calha deu o exemplo e conquistou o 1.º lugar do Master 50. JUCA MEIRELES juca.meireles@jornalconcelhodepalmela.pt
O
ciclismo continua a apaixonar os palmelões, que sempre que têm opor-
tunidade, participam nas provas, nomeadamente na Rampa das Vindimas, que mobilizou mais de seis dezenas de concorrentes. Os vencedores masculinos foram os seguintes: Miguel Mira – 1.º Lugar no escalão de Juvenis Rafael Gouveia – 1.º Lugar no escalão Juniores João Santos – 1.º Lugar nos Sub 23 Jorge Jesus – 1.º Lugar Élites Vasco Purificação – 1.º Lugar Master José Cordeiro – 1.º Lugar – Master 40 Luís Calha – 1.º Lugar – Master 50 Vencedoras femininas: Iris Chaga – 1.º Lugar – escalão Juvenis Carina Morais – 1.º Lugar – Master 30 Elisabete Silva – 1.º lugar – Master 40 Cristina Luís – 1.º Lugar – Master 50
O Prémio Caracol (mais tempo em pista) foi atribuído a Helena Deitado e a Prova de Rolos realizada pela primeira vez teve como vencedora Linda Trindade. Prémios na classificação geral: 1.º) Vasco Purificação 2.º) José Cordeiro 3.º) Rafael Gouveia
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS
TRABALHADORES PARTICIPAM NO X TORNEIO DE FUTSAL
A Câmara de Palmela disponibilizou apoios a quatro clubes do concelho no montante de 63 mil euros, que revertem para a utilização dos equipamentos desportivos municipais. Os apoios inserem-se nos acordos com a Palmela Desporto e contemplam a utilização do Pavilhão Municipal de Pinhal Novo e do Complexo Municipal de Palmela, onde serão desenvolvidas as modalidades de basquetebol, ginástica e futebol. As equipas do concelho participantes em competições oficiais terão prioridade no acesso aos equipamentos desportivos municipais, onde se incluem a Casa do Benfica em Palmela, o Clube Desportivo Pinhalnovense, o Palmelense Futebol Clube e o Quintajense Futebol Clube
O Torneio de Futsal contou com a participação dos trabalhadores de empresas e a equipa vencedora representará as empresas da região no torneio da Festa do Avante. As eliminatórias têm decorrido ao longo dos meses de Julho e Agosto, com a final a decorrer na noite de ontem. Na final participaram as equipas dos trabalhadores da LisnaveYards e Santa Marta Funerária Caparica Marisol. O deputado Bruno Dias, eleito pelo círculo eleitoral de Setúbal e membro do Comité Central do PCP, marcou presença na final e entregou as taças e as medalhas aos finalistas vencedores. A Festa do Avante decorre este ano nos dias 7, 8 e 9 de Setembro, onde a comissão organizadora destaca “o momento ímpar na vida política nacional e o desporto é parte essencial da Festa” com os trabalhadores da Península de Setúbal a estarem representados no torneio de futsal
Município atribui apoios financeiros
CAMISOLAS E CALÇÕES VERMELHOS
Palmelense apresenta novos equipamentos
As equipas de vários escalões do Palmelense vão disputar esta época vestidas de vermelho, desde as camisolas aos calções. Os novos equipamentos foram apresentados na sexta-feira passada, na Festa das Vindimas, e têm como principal patrocinador a Adega Camolas
Equipa vencedora estará presente na Festa do Avante
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Jornal Concelho de Palmela | 4 de Setembro de 2018
Freguesia de Pinhal Novo
Freguesia de Palmela
PINHAL NOVO Papelaria Pinhal Biblioteca Municipal Papelaria do Intermarché Papelaria Servialcaide Piscinas Municipais Canofer Materiais de Construção Papelaria Nova Junta de Freguesia Clube Desportivo Pinhalnovense (Bar) Centro de Saúde – Guerra Junqueiro Centro de Saúde – Zeca Afonso Churrasqueira O Forno Churrasqueira General Frango Papelaria Pena Branca Associação de Reformados e Pensionistas Centro Comercial Dovari (Espaço Ferro) Associação de Moradores do Bairro da Cascalheira
LAGOÍNHA Casa das Febras Posto de Abastecimento BP Amazónia Hotel
LAGOA DA PALHA Café Lagoa (Lagoa da Palha) Grupo Desportivo da Lagoa da Palha Posto de Abastecimento Repsol (Lagoa da Palha) Café Cancela VALDERA Grupo Desportivo de Valdera PALHOTA Papelaria Servialcaide (Cruzamento da Palhota) Posto de Abastecimento Cepsa – Palhota Farmácia Cordeiro (Palhota) OLHOS DE ÁGUA Posto de Abastecimento Repsol (Olhos de Água)
PALMELA Quinta do Piloto Estação Rodoviária TST Cafetaria Retiro Azul Junta de Freguesia Drogaria Amilcar Café da Forca Sociedade Filarmónia Palmelense “Loureiros” Cine-Teatro São João Biblioteca Municipal Casa Mãe Rota de Vinhos Papelaria Camolas Sociedade Humanitária Palmelense Posto de Abastecimento PRIO (Bombeiros Voluntários) Casa do Benfica Edificio do Urbanismo da CMP Papelaria A Nova Turma Café D. Xícara AIRES Posto de Abastecimento Repsol Aires Norte Posto de Abastecimento Repsol Aires Sul Café Pastelaria Jardim Café Doce Espiga VOLTA DA PEDRA Papelaria Intermarché ALGERUZ Café Âncora & Serrano Grupo Desportivo Estrelas de Algeruz
LAU Café Seca Adegas Armazém Biona Armazém Fernando Ratão
União de Freguesias de Poceirão e Marateca LAGAMEÇAS Café Esperança Supercentro JC Carlos Armazém de Adubos CAJADOS Posto de Abastecimento de Cajados AgroCajados MARATECA Posto de Abastecimento Cepsa Norte Posto de Abastecimento Cepsa Sul Supermercado Fernanda Esfola Papelaria Lança FERNANDO PÓ Supermercado Baêta Associação Cultural de Fernando Pó LAGOA DO CALVO Associação Recreativa e Instrutiva 1.º Janeiro da Lagoa do Calvo POCEIRÃO Pronto a Comer Tachos & Panelas Café Xeque Mate Supermercado Amanhecer Centro Cultural do Poceirão Junta de Freguesia Posto de CTT Cooperativa Agricola
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Freguesia de Quinta do Anjo
Concelho do Montijo
BAIRRO ALENTEJANO Papelaria do Bairro Alentejano Sociedade do Bairro Alentejano
MONTIJO Papelaria Madeira (Estrada Nova) Tabacaria Moderna na Praça da República Galeria Municipal Posto de Turismo Junta de Freguesia Estação Rodoviária dos TST Loja Florineve na Estação Fluvial da Transtejo
MARQUESAS Associação de Moradores das Marquesas VILA AMÉLIA Posto de Abastecimento Cepsa Posto de Abastecimento GALP CABANAS Centro de Dia de Idosos das Cabanas Papelaria das Cabanas Grupo Desportivo Cabanense Pronto a Comer O Forno QUINTA DO ANJO Papelaria Q-tal? (Portais da Arrábida) Golden Coffee (frente ao CRJ de Quinta do Anjo) Café Serra Papelaria de Quinta do Anjo (Frente à Junta de Freguesia) Espaço Afinidades – Horácio Simões Junta de Freguesia Centro de Atendimento da CMP – Quinta do Anjo OLHOS DE ÁGUA Centro Comunitário dos Olhos de Água Associação de Moradores dos Olhos de Água Café Flor do Campo
SARILHOS GRANDES Papelaria Bomba – Lançada
Freguesia de Canha Bombeiros Voluntários (Café) Café Castelo Café Patarra FREGUESIA DE PEGÕES Restaurante “ O Carlos” Posto de Abastecimento Repsol – Faias Posto de Abastecimento Cepsa – Pegões
Concelho de Setúbal SETÚBAL Quiosque do Esperança Papelaria Avenida 5 de Outubro Biblioteca Municipal Papelaria Mil Folhas – Aranguês
Freguesia de Azeitão Papelaria do Intermarché Piscinas Municipais Papelaria do Largo do Rossio O Forno da Vila
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