Jornal da 3ª Idade São Paulo, junho de 2013 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos - Ano 10 nº 80
Luís Melo um dos atores mais completos do teatro brasileiro está em cartaz em São Paulo no Sesc
Na televisão ele faz sucesso, no momento, com o personagem Atílio, de Amor à Vida.
Opinião
Opinião
A advogada e presidente da Comissão dos Direitos do Advogado Idoso, da OABSP, Adriana Zorub Fonte Leal, esclarece em artigo, porque ela e a maioria das lideranças do movimento de idosos, de todo o país, são contra o Projeto de Lei 4571/2008 que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília. Pag. 2
A psicóloga Letícia Ferreira Mota provoca, num breve texto, a reflexão sobre as relações afetivas entre as pessoas. Ela questiona se o romantismo não está correndo risco de acabar, no momento em que muitos namoros começam pelas redes sociais. Segundo ela, o carinho e a atenção estão em desuso. Pag. 2
Lideranças do movimento de idosos rejeitam o PL 4571/2008
O romantismo corre o risco de acabar, nos dias de hoje?
Quem só o conhece das novelas e ainda não teve a oportunidade de assistir uma peça no teatro, pode agora ver Luís Melo bem de perto, no SESC Ipiranga, até o dia 28 de julho. Melo, como é tratado pelos companheiros de profissão, é um dos mais completos atores do teatro brasileiro, com uma respeitável carreira internacional. Ele se apresentou na Europa, nas Américas e até na Ásia. Natural de Curitiba, ele que se preparou para ser um arquiteto, antes de se apaixonar definitivamente
pelo teatro, morou por 10 anos em São Paulo, quando atuava no Grupo Macunaíma. “Aqui eu tive todo o meu amadurecimento artístico, atuando no Centro Teatral do SESC, com Antunes Filho”. Melo defende que boa parte do teatro está se sustentando graças a terceira idade e não concorda com aqueles que procuram culpar os idosos por problemas das companhias. “Pode ser uma peça de grupo jovem, experimental ou dança que sempre tem muita gente idosa na plateia”, disse na entrevista exclusiva ao Jornal da 3a Idade. Pag. 6
24 de junho é o Dia Mundial de Prevenção de Quedas que tem na fisioterapeuta Mônica Perracini uma referência
Os acidentes são a quinta causa de morte entre os idosos e as quedas são responsáveis por dois terços destes eventos, segundo pesquisadora e professora do Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, Mônica Perracini. De acordo com dados reunidos por ela com 1667 idosos, cerca de 29% deles caem ao menos uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente. Pag. 6
Grupos de idosos caminharam para denunciar o aumento da violência em SP
Cerca de 300 pessoas participaram pelas ruas do centro da Capital da “Caminhada Pela Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa”, organizada pela ABAESP-Associação dos Bancários do Estado de São Paulo, pelo GARMIC – Grupo de Articulação Para Moradia de Idosos da Capital, pela Casa de Clara, pela Recicla Lázaro e pela RPDI – Rede de Proteção dos Direitos da Pessoa Idosa. A iniciativa foi para sensibilizar a sociedade para o enfrentamento à violência contra a Pag. 4 pessoa idosa.
Editorial
Opinião
Jornal da 3ª Idade - junho de 2013
Na prática junho acabou se tornando o mês dos idosos
Vamos dizer não à aprovação do Projeto de Lei 4571/2008
Toda vez que se estabelece uma efeméride, nacional ou internacional, espera-se que a data sirva principalmente para se transformar num marco de alerta para todo o segmento envolvido. Mesmo quando se trata do aniversário de nascimento ou de morte de alguém que se destacou na sua trajetória, a intenção é apontar para o exemplo deixado. Foi assim também com a criação do Dia Internacional do Idoso em 1º de outubro, quando a ONU- Organização das Nações Unidas pretendeu chamar a atenção dos países para o envelhecimento dos seus habitantes e consequente necessidade de alteração de hábitos e políticas públicas das suas populações. No Brasil a data passou a ser referência de festividades, apresentações culturais e homenagens aos mais idosos, o que sem dúvida é necessário, mas tirou o caráter de um dia de luta pelos direitos. Na prática o que se percebe é que o mês de junho acabou se transformando, por outras duas datas estabelecidas no calendário internacional, o verdadeiro mês de reivindicações dos idosos. No dia 15 de junho é o Dia Internacional da Não Violência Contra os Idosos e no dia 24 de junho é o Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos. Caminhadas em mais 1200 cidades foram realizadas em todo o Brasil para denunciar as maldades que estão sendo feitas contra idosos, principalmente pelos parentes, que deveriam ser os primeiros a cuidar e honrar aqueles que construíram as suas famílias. A criação de Centros-Dia para abrigar idosos mais fragilizados, por parte das prefeituras, foi à reivindicação mais comum em todas as manifestações.
Adriana Zorub Fonte Feal
Entre as propostas de entidades, a que mais apareceu foi a da criação de um núcleo brasileiro da Rede Internacional Para Prevenção de Abusos Contra Idosos (World Elder Abuse Awareness Day), como parte do compromisso de manter ações constantes para minimizar o problema. O assunto foi debatido nas duas últimas conferências nacionais do idoso, em Brasília, em 2008 e 2011, mas nada se viu de concreto até hoje. A Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais ofereceu a entidade para parcerias com o mesmo interesse. Infelizmente devido ao aumento do número de casos em todo o Brasil, a data se transformou na mais importante a reunir idosos, grupos de terceira idade e associações de aposentados em torno de reivindicações comuns. O debate sobre a prevenção de quedas também cresce. Em quase todas as secretarias de saúde, municipais ou estaduais, no país estão se realizando até o final do mês, seminários para alertar sobre a necessidade da prevenção de quedas. O tema ajudou a agregar uma série de profissionais que de alguma maneira já trabalhavam com idosos, mas que não estavam tão empenhados na causa. Em algumas cidades, casas de materiais de construção proporcionaram pequenos patrocínios para chamar a atenção de materiais disponíveis para uma casa segura. Assim, aos poucos, o mês de junho vem se desenhando como o mais importante na mobilização dos idosos. Em nenhum outro mês, nos últimos tempos, foi possível notar tamanha adesão aos chamados das lideranças. É importante estar atento ao que isso significa.
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Advogada, presidente da Comissão dos Direitos dos Advogados Idosos, da OAB-SP e membro do Conselho Nacional do Idoso adrianazorub@adv.oabsp.org.br O Brasil tem 22 milhões de idosos, quase 5 milhões em São Paulo. A população envelhece rapido e falta planejamento do poder público e da sociedade para tratar dessa grande transformação demográfica e social. Nesse texto quero esclarecer que sou contra a aprovação do Artigo 1º § 4º do o Projeto de Lei 4571/2008, que tramita na Câmara dos Deputados,de autoria do Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Por esse PL, o idoso que já vem perdendo seu poder de compra pela falta de reajuste na aposentadoria estará sendo penalizado e em parte responsabilizado pelas dificuldades do setor artístico. O PL altera o benefício do pagamento de meia-entrada para estudantes e idosos, em espetáculos artísticos, culturais e esportivos. Ele fixa o limite de 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento, ou seja, estabelece uma quota na aquisição. E s t e a r t i g o c o n t ra r i a o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) que preconiza e garante o pagamento à meia-entrada para os idosos sem limitar o quantitativo de participação em eventos artísticos e culturais, conforme o Art. 23. Não é necessário ser jurista para perceber que o PL restringe o direito das pessoas idosas ao acesso cultural. O Estatuto do Idoso resultante de amplo debate junto a vários movimentos sociais
e organizações governamentais do país, veio proteger os direitos das pessoas idosas, exatamente porque este público precisava de uma garantia diferenciada em razão de sua vulnerabilidade. O aviltamento dos rendimentos da aposentadoria exclui a maioria dos idosos da participação, entre outras coisas, de eventos culturais. O poder de compra do aposentado, que contribuiu durante 30 ou 35 anos para a Previdência Social o equivalente a 10 salários-mínimos, após 15 anos de aposentadoria deverá estar recebendo apenas 1 (um) salário-mínimo em consequência do recorrente e inadmissível desrespeito à cláusula pétrea constitucional que protege o poder de compra do salário. É este o assunto que deveria estar na pauta do Congresso e não retirar direitos de uma parte da população que vivencia injustiças dessa ordem. Sem dinheiro e sem cultura: é este o tratamento que o Congresso Nacional prevê para aqueles que construíram o Brasil? Aplicar a palavra benefício é equivocado. O Estado está devolvendo – mesmo assim não da forma como deveria - a contribuição já feita para com a Previdência Social. É direito do trabalhador e dever do Estado. É lamentável reconhecer que o Congresso Nacional discute e promulga leis em prejuízo dos contribuintes da Previdência Social, de modo a
reduzir-lhes o poder aquisitivo no preciso período em que as necessidades aumentam. O PL já foi debatido e deliberado no âmbito do Conselho Nacional do idoso que votou pela exclusão dessa proposta. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República também se manifestou contrária ao PL, tendo a Ministra de Estado, Maria do Rosário Nunes enviado um manifesto à Câmara para que o projeto sofresse emendas. Ao invés de limitar a participação dos idosos, o PL deveria criar condições para ampliar o acesso do povo de todas as idades à cultura. É assustador constatar que menos de 10% dos municípios brasileiros têm teatros e menos de 6% têm cinemas. Fica claro que não é a presença de idosos que limita os ganhos da classe artística no país. O Congresso Nacional deveria trabalhar a favor do povo brasileiro e pela justa correção da aposentadoria dos idosos. Assim, sugerimos que uma lei que pretenda proteger o ganho dos empresários do meio cultural busque alternativas para a maior participação do poder público no subsídio à meia-entrada, compensando os empresários e ou promovendo a desoneração fiscal dos eventos culturais. Os que são contrários podem enviar suas manifestações à Presidência da Câmara dos Deputados, Deputado Henrique Eduardo Alves, por email: dep.henriqueeduardoalves@ camara.leg.br É o que nos resta, agora.
Afetividade Letícia Ferreira Mota Psicóloga, faz atendimento domiciliar, oficina de memória e preparação para aposentadoria leticia@psicomemoria.com.br Na era em que as relações são digitais, onde as pessoas só se comunicam pelo celular, sms, facebook, com apenas um clique através de uma tela de computador você se relaciona com pessoas, faz amizades, namora e até casam. O fato é que as relações on-line estão mudando a paisagem do namoro moderno, das amizades, das relações familiares. O carinho, a afetividade, a atenção olho no olho estão em desuso. As relações são frias, rápidas e superficiais, segundo pesquisas, estima-se que um em cada cinco
relacionamentos comece hoje pela internet. Será que o romantismo acabou em tempos de tecnologia? Para seres sociais, como nós, ter companhia é mais do que um desejo: é uma necessidade fundamental para o bem-estar. Sabemos como o contato social, na forma de abraços, beijos e toques, garante ao cérebro que você não está sozinho no mundo. Do ponto de vista evolutivo, a expressão física do afeto aproxima as pessoas e leva à formação de vínculos sociais. Um simples abraço pode ser suficiente, por exemplo, para
fazer o cérebro aumentar a liberação de ocitocina, hormônio que facilita a aproximação entre as pessoas. A tecnologia moderna é importante, mas todo ser humano precisa de carinho físico, de afeto. Portanto, demonstre carinho, dê bom dia, boa tarde, cumprimente as pessoas, seja gentil e educado. Você só tem a ganhar. Um simples abraço pode fazer diferença na vida de um ser humano e na sua também! Você já abraçou alguém hoje?
Jornal da 3ÂŞ Idade - junho de 2013
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Mesa de abertura do seminário contra a violência ao idoso, organizado pela Coordenadoria do Idoso, da Prefeitura de São Paulo e realizado no Paço das Artes, no Centro.
Um Centro-Dia para cada região foi a maior reivindicação nos eventos que marcaram o Dia Internacional da Não Violência ao Idoso de força corporal, que pode causar diversos danos físicos e mentais aos agredidos. Em 2012, no Estado, 126 idosos foram internados em hospitais públicos vítimas de agressões físicas. Foi para chamar a atenção da população para essa triste realidade que grupos de idosos, entidades do setor com apoio de vários serviços públicos organizaram caminhadas em bairros da Capital e dezenas de cidades no Interior. As manifestações serviram também para cobrar das autoridades municipais e estaduais a criação de equipamentos públicos que possam dar apoio aos ido-
sos, principalmente os mais fragilizados. A construção de Centros-Dia foi a solicitação universal, de todos os bairros. A Capital com 1 milhão e 500 mil idosos não tem nenhum centro-dia público. Seminário Prefeitura
A Prefeitura de São Paulo fez um seminário com a presença de secretarios e lançou uma campanha de rádio e cartazes em trens e ônibus. A presidente do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, Marly Augusta Feitosa da Silva pediu uma maior atenção das secretarias nos encaminhamentos do GCMI, principalmente da parte da Secretaria da Saúde.
HB/Jornal da 3ª Idade
Dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, no dia 15 de junho, Dia Internacional Contra a Violência ao Idoso, revelam uma triste realidade em nosso Estado: nove pessoas com 60 anos ou mais são internadas por semana em hospitais públicos em razão de agressões físicas. Estimase que o número possa ser muito maior, porque esses se referem aos casos declarados de agressão. Em várias outras situações as vítimas camuflam os verdadeiros motivos, principalmente em hospitais particulares. A maior causa das internações de idosos é o uso
O tema é triste, mas os idosos querem participar e exigir seus direitos com alegria.
Secretario dos Direitos Humanos de São Paulo diz que não existe política para idosos na Prefeitura e contruir uma é tarefa do novo governo
Jornal da 3ª Idade- O que se pode esperar da Prefeitura, ainda nesse primeiro ano do Prefeito Haddad?
HB/Jornal da 3ª Idade
HB/Jornal da 3ª Idade
Contra a Violência
Jornal da 3ª Idade - junho de 2013
Secretario Rogério Sotilli – Esse ano é um ano de organização, de articulação e confecção de novas políticas.
Secretario dos Direitos Jornal da 3ª Idade- E o Humanos, Rogério Sotilli Fundo Municipal do Idoso? (na nova gestão na Prefeitura, a Quando ele será utilizado? Coordenadoria do Idoso passou Secretario Rogério Sotilli Ele para essa pasta) está aprovado em lei e pre-
- Para um tema e uma área que tem tanta demanda reprimida nada mais natural do que passar um tempo organizando a casa, fazendo contatos, planejando, estabelecendo metas. Não cabe ao governo de São Paulo fazer política fácil. Temos que construir políticas efetivas e estruturantes que venham a dar respostas à situação da pessoa idosa.
cisa realmente ser construído. Esse é um trabalho complexo. Nosso compromisso é montar todo o Fundo e fazer existir até o final do governo.
Jornal da 3ª Idade- A presidente Dilma está sinalizando com a possibilidade de anunciar em 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso, a criação da Secretaria Nacional do Idoso. Será possível São Paulo ter a sua SecretaJornal da 3ª Idade – O senhor ria Municipal do Idoso? é novo da gestão dos probleSecretario Rogério Sotilli mas dos idosos em São Paulo, Pode ser uma conquista. As mas foi um dos artífices das pessoas estão envelhecendo três conferências nacionais de uma maneira diferente. sobre os problemas da pesEstão ativas e com um protasoa idosa em Brasília. O gonismo político, econômico senhor já conhece as demane social muito grande. Então das políticas dessa área. é claro que elas merecem Secretario Rogério Sotilli – uma atenção nessas polítiÉ claro que nós não vamos cas. O espaço institucional no reinventar a roda. Nós sabe- ministério ou numa secretamos que a sociedade civil ria específica é um caminho tem muita bagagem e muito a ser traçado. Do ponto de acúmulo de conhecimento vista de política pública nós e de propostas nessa área. encontramos muito pouco, Temos que nos apropriar des- para não dizer nada, na Presas experiências, construir as feitura de São Paulo. O que políticas públicas de forma temos são boas experiências transversal, como uma polí- da sociedade civil. A prioritica de governo e não como dade agora é a construção uma política de uma secre- das políticas públicas. Nós taria. Isso demanda muito temos que pensar o idoso nas trabalho. Por um lado temos mais diferentes característique ouvir muito a sociedade cas e perfis. O idoso negro, civil e por outro articular a mulher idosa, o idoso fragimuito dentro do governo com lizado, o idoso homossexual, todas as secretarias. todos com a sua particulariJornal da 3ª Idade – Então dades. O Brasil, infelizmente, nesse ano não devemos ainda é um país com muitos esperar lançamento de novos preconceitos e que segmenta programas ou atos mais con- tudo. Temos é que construir uma política para todos. cretos ?
Pelo terceiro ano consecutivo, idosos do bairro Capela do Socorro, Cidade Dutra e Região, na Zona Sul de São Paulo, organizaram uma caminhada para alertar sobre a necessidade de conscientização da população para o combate à violência contra o idoso. Na manhã da sexta- feira 14 junho, cerca de 500 pessoas, entre elas autoridades locais e o Vereador Goulart, se concentraram na Praça Escolar Dona Carmela capitaneada pela conselheira do Grande Conselho Municipal do Idoso, Eolinda Cotrim da Silva. Além de melhorias nas calçadas, no atendimento da saúde e dos transportes, reivindicaram também a criação de um centro-dia para os idosos da região.
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Saúde
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Frequência e consequências
HB/Jornal da 3ª Idade
A fisioterapeuta Mônica Perracini é referência no Brasil no trabalho de redução de quedas nos idosos
A fisioterapeuta Mônica Perracini, na sua casa em S.Paulo. Jornal da 3ª Idade – Quando começou seu trabalho com a campanha de prevenção de quedas, em SP? Mônica Perracini – Em 2008 eu fiz na UNICID- Universidade da Cidade, no Tatuapé, a primeira reunião para criar esse trabalho. Participaram representantes da Unidade de Referência da Saúde do Idoso do Ipiranga (URSI), da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Secretaria Estadual de Saúde, do Metrô, do SESC São Paulo, dos centros de referência do idoso, da Zona Leste e da Zona Norte, da SBGG-SPa Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, do Conselho Estadual do Idoso e do Conselho Municipal do Idoso. Começamos um trabalho, criamos esse logo “Cair de maduro é só para frutas”. Jornal da 3ª Idade – E como surgiu essa ligação com a ONG inglesa, Help The Aged? Mônica Perracini – Depois da reunião que participei no Canadá fiquei conhecendo o trabalho deles que já tinham uma forte atuação de conscientização do idoso, dos seus familiares, da comunidade e dos profissionais da Saúde sobre o risco das quedas. Eles tem um trabalho ainda mais especial para alertar para as consequências da fratura de quadril. Eu achei que não tínhamos que reinventar a roda aqui no Brasil. Eu os procurei para fazer a adesão do Brasil na campanha mundial e foi assim que nós também começamos a trabalhar o dia 24 de junho, como o Dia Nacional de Prevenção de Quedas. Jornal da 3ª Idade – E como tem sido a adesão nos últimos anos? Mônica Perracini – A cada ano vem tomando mais corpo. Em 2009, o programa do governo estadual Futu-
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ridade realizou um grande evento no Memorial da América Latina, com muitos idosos e com a participação de várias secretarias. Em 2010 e 2011 os eventos foram menores, saíram do Programa Futuridade e foram para a Secretaria Estadual da Saúde, onde estão até hoje. Jornal da 3ª Idade – Podemos afirmar que já existe uma preocupação coletiva com a queda nos idosos no Brasil? Mônica Perracini – Hoje já existe uma percepção mais ampla da parte de muitos profissionais e idosos de que a queda não é uma coisa normal na velhice e que se ela está ocorrendo é preciso fazer uma avaliação da pessoa para saber as causas. A queda é um marcador de que algum problema está ocorrendo. Embora seja natural a diminuição da força muscular e do equilíbrio no envelhecimento, isso não é suficiente para provocar uma queda. Jornal da 3ª Idade – Qual a chance que os idosos tem de quedas recorrentes? Mônica Perracini – Quando fiz meu doutorado em 2000 e uma pesquisa em mais de 1600 idosos eu já tinha constatado que o fato de você cair aumenta em sete vezes a chance de cair de novo. Jornal da 3ª Idade- Então a conscientização de que a queda não é normal e que os sintomas precisam ser urgentemente investigados tem que começar no idoso? Mônica Perracini- O idoso tem que se perceber. Ele tem que observar se está com dificuldade de andar em lugares mais movimentados, em ruas mais esburacadas e se está evitando fazer coisas ou mesmo sair de casa com medo de cair. Se tudo isso estiver ocorrendo é preciso cuidar rápido. A gente sabe
Em 2007 ela foi convidada para participar de um seminário, da OMS - Organização Mundial da Saúde, com vários países, em Vitória, no Canadá. No encontro que previa a criação de uma política de prevenção de quedas em idosos, uma das propostas pautava a necessidade de campanhas educativas para a conscientização da população e a capacitação de profissionais de saúde. Inspirada no trabalho criado pela Ong inglesa, Help The Aged (Ajude o Idoso), começou um trabalho em São Paulo, que hoje é referência em todo o Brasil e que colocou no calendário, o 24 de junho, como o Dia Nacional de Prevenção de Quedas. que esses processos depois de instalados aumentam muito a chance de um rápido declínio funcional e entre os profissionais de saúde a gente chama de espiral declinante. Jornal da 3ª Idade- Então quais são os pilares para um trabalho na área, que aparecem em todos os documentos internacionais? Mônica Perracini- A importância da conscientização dos idosos; dos seus familiares; da comunidade de que isso é um problema e que precisa de uma ação integrada e que para isso são necessárias políticas públicas. Jornal da 3ª Idade – Existe alguma forma de medir o resultado das campanhas? Mônica Perracini – O indicador que a gente precisaria ter é a redução do número de quedas, mas ainda não temos como medir. A fratura de quadril é o que nós chamamos de evento sentinela, porque uma parte dos que sofrem queda acaba tendo esse tipo de fratura. A caderneta do idoso tem um espaço para a pessoa colocar quantas quedas teve, mas ela não está sendo usada direito. Não foi implantada em todos os lugares, não está interligada, não está on-line. Como o Centro de Vigilância Epidemiológica não tem como ter esse indicador de quedas usa as ocorrências de fraturas de quadril. Não é o ideal, mas é o que temos hoje e ele aponta para um aumento significativo nos próximos anos. Jornal da 3ª Idade – E quais são os cuidados básicos ara evitar quedas? Mônica Perracini-Realizar atividade física mantendo uma boa força muscular e bom equilíbrio corporal; ir ao oculista regularmente; não usar medicações sem orientação médica e manter-se ativo.
- No Brasil cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez no ano; - A frequência de quedas é maior em mulheres; - O risco de fraturas decorrentes de quedas aumenta com a idade; - Estudos mostram que 40% das quedas em mulheres com mais de 75 anos e 28% das quedas em homens da mesma idade resultam em fraturas; - 5 a 10% das quedas resultam em ferimentos importantes;
Orientações para prevenir as quedas
- Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;
- O risco de quedas aumenta com o avançar da idade e pode chegar a 51% em idosos acima de 85 anos; - Mais de dois terços daqueles que têm uma queda cairão novamente nos seis meses subsequentes; - 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa.
- Mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D; - Tome banhos de sol diariamente; - Participe de programas de atividade física que visem o agilidade, força, equilíbrio, coordenação e mobilidade do tornozelo; Elimine de casa tudo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e acessórios de segurança; - Use sapatos com sola antiderrapante; - Amarre o cadarço do seu calçado; - Substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos; - Use uma calçadeira ou sentese para colocar seu sapato; - Evite sapatos altos e com sola lisa;
- Evite ingestão excessiva de bebidas alcoólicas; - Nunca ande só de meias; - Mantenha uma lista atual de todos os medicamentos que está tomando; - Informe-se com o seu médico sobre os efeitos colaterais dos remédios que está tomando; - Fadiga muscular e confusão mental aumentam o risco de quedas.
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Destaque
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Luís Melo que realiza mais um personagem de sucesso na TV está com nova peça no Sesc Ipiranga até julho Ele já era um ator reverenciado pelo teatro quando foi fazer novelas na televisão. Na estreia, em 1995, em Caras e Coroas, na TV Globo, contracenando com Cristiane Torloni, chegou a ser criticado por dividir seu valioso tempo de preparo dos grandes personagens do teatro com a exaustiva agenda de gravações na TV. A escolha foi acertada. Para os que já admiravam seu trabalho abriu-se mais um canal para continuar a apreciá-lo. Para a maioria do púbico que continua distante dos palcos (por falta de oportunidades) foi uma chance de conhecê-lo. Hoje ele tem uma legião de fãs que reconhecem o seu grande talento. Luís Melo sabe que fez a escolha certa e apesar do grande sucesso não deixou de pesquisar novas linguagens teatrais. Assistir a peça Ausência, que fica em cartaz no SESC Ipiranga, até o final de julho é uma oportunidade de testemunhar tudo isso. Saiba um pouco mais sobre ele nessa entrevista exclusiva ao Jornal da 3ª Idade. Jornal da 3ª Idade - Você morou em São Paulo por 10 anos. Como é a sua relação com a cidade? Luis Melo – Eu morei aqui de 1985 até 1996. Sou de Curitiba e foi lá que me formei e trabalhei de 1979 até 1984. Foi em São Paulo que eu tive meu amadurecimento artístico, atuando no Centro Teatral do SESC, com Antunes Filho. Aqui firmei meu caminho em relação ao teatro, principalmente o de pesquisa, que é onde procuro sempre estar envolvido, com novos projetos que tenham cunho de novas linguagens. Jornal da 3ª Idade -Você é um dos poucos atores de sucesso na TV que tem uma sólida formação teatral, do chamado teatro clássico. Luis Melo – Eu nunca tive pressa de enveredar pela televisão. Eu sempre pensei que a TV estava lá ao alcance, mas o mais importante era investir numa formação mais sólida, que é isso que o teatro oferece e exige do ator. Jornal da 3ª Idade - Por quê
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você só buscou o sucesso na TV quando já estava mais maduro, ao contrário de outros que privilegiam esse tipo de divulgação. Luis Melo – A TV pode lhe dar uma popularização como ator, pode fazer você chegar onde seria quase impossível com o teatro. Está cada dia mais difícil conseguir viajar por todo o Brasil com um espetáculo. Aquela ideia de chegar a todos os públicos, em todos os lugares só mesmo com a televisão. Jornal da 3ª Idade -Quando foi o primeiro trabalho na TV? Luis Melo – Foi na novela Cara e Coroa, onde eu contracenava com a Cristiane Torloni. Eu já passava dos 36 anos. Jornal da 3ª Idade -Se por um lado você lamenta a falta de oportunidade de levar o bom teatro por todo o Brasil, por outro tem na bagagem uma experiência invejável de ter se apresentado por muitos países, com parte do que foi feito de melhor no teatro brasileiro, nos últimos tempos.
O ator Luís Melo, que na televisão está vivendo o personagem Atílio da novela “Amor à Vida”, está em cartaz em São Paulo, no espetáculo “Ausência”, produzido pela companhia franco-brasileira Dos à Deux. A peça que está no SESC Ipiranga, já teve uma temporada no Rio de Janeiro, em 2012. É a sua estreia no teatro gestual, que faz a narração sem palavras, a partir da linguagem corporal, não há texto, sendo uma linguagem mais proxima da poesia que da prosa. envolver com encenação? Luis Melo – A única vez que tentaram fazer uma versão simultânea foi com Nelson Rodrigues, porque ele ia ser traduzido na Alemanha, mas mesmo assim durante a apresentação muita gente retirava o fone do ouvido e preferia se envolver com o espetáculo. Foram experiências que me enriqueceram muito como homem, em primeiro lugar. Essas plateias tem uma grande tradição ligada ao teatro, eles sabem fazer outra leitura de teatro. Conviver com outras culturas e ver outras pinturas foi maravilhoso para o meu crescimento.
Luis Melo – Durante 10 anos eu me apresentei em festivais em países da Europa, das Américas e da Ásia. Foi uma experiência muito rica. Jornal da 3ª Idade - Foi um desafio maior se apresentar na Ásia, com a distância da língua e da cultura? Luis Melo – Fizemos o Japão e a Coréia, onde a primeira apresentação foi logo depois da abertura para o ocidente, nas Olímpiadas de Seul. Foi muito bom. A gente costuma dizer que o bom teatro independe do idioma do lugar. A boa interpretação acaba funcionando como uma ópera, onde você tem um livreto que orienta mais o menos à história contada e as pessoas se envolvem com o que está em cena. Nunca tivemos problemas e nunca precisamos fazer tradução, mesmo encenando textos como os de Nelson Rodrigues, de Jorge Andrade, Guimarães Rosa e outros mais universais como Shakespeare. Jornal da 3ª Idade - Não houve uma iniciativa de traduzir um texto brasileiro, até para se
Jornal da 3ª Idade -Embora você fale de pinturas no sentido figurado, quando fazem um relato da sua trajetória sempre lembram da sua paixão pelas artes plásticas e um começo de trabalho profissional ligado à arquitetura.
A peça retrata um futuro, em uma cidade que passou por um acidente radioativo. Nela está o medo do desconhecido e o fato de não sabermos lidar com a escassez, seja ela de água, ar, comida ou de relações humanas. No fundo, o tema é a dificuldade que o ser humano tem em se relacionar com próximo.
Luis Melo – Eu tenho uma formação ligada em arquitetura. Sou técnico em edificações e cheguei a começar a faculdade. Nessa época comecei no teatro e acabei alterando a minha trajetória fazendo dentro da universidade matérias que me ligavam as artes. Jornal da 3ª Idade - Certamente essa noção espacial que a arquitetura oferece deve
Destaque ter contribuído para o seu aprendizado do espaço cênico.
um teatro com esse fôlego e gravar uma novela?
Luis Melo – Eu aprendo mais com a arquitetura, com as artes plásticas e com a música do que diretamente com o teatro. A minha relação com as outras artes é mais forte.
Luis Melo – É muito cansativo, pois as atividades exigem muito. Na televisão é preciso ter um raciocínio rápido para resolver tudo de maneira acelerada. Toda semana tem um elemento novo. A cada bloco de novos capítulos é preciso criar novas situações e resolvê-las rápido. Tem que ter agilidade e estar atento e aberto para criar as novas situações. Na TV a sua expressão física é menor, o seu deslocamento é pequeno, fala-se para uma câmera. No teatro o olhar é outro. Tenho que prever com precisão o meu passo, o meu deslocamento, tenho que ter certeza do meu domínio de palco. Na TV você faz o trabalho, mas as coisas são resolvidas na edição. No teatro, na frente do público resolve quem está em cena.
Jornal da 3ª Idade - A sua atuação nessa peça Ausência pode buscar resumir todas as suas influências? Luis Melo – Essa é a minha primeira atuação nessa categoria do teatro gestual, onde a palavra não existe e onde a dramaturgia é feita através do movimento. É um trabalho que a companhia do Artur Ribeiro e do André Curti (Dos à Deux) desenvolve, com 15 anos de experiência sediada na França, embora eles sejam brasileiros. É um trabalho que envolve música, dança, mímica, artes plásticas e técnicas orientais. Eles conceberam uma maneira muito própria de contar as histórias através do teatro gestual. É uma companhia que eu persegui durante muito tempo como público. Eles tem uma precisão técnica, um aprimoramento que eu sempre admirei. Quando se assiste tem a impressão que não existem erros. Foi uma admiração mútua. Eu sempre gostei do trabalho deles e eles acompanharam também o meu como ator. Jornal da 3ª Idade - Pode-se dizer que esse é um espetáculo de contraponto na sua carreira? Afinal você é conhecido como um grande ator da palavra, de textos mais densos como MacBeth e que agora realiza um espetáculo sem palavras? Luis Melo – Sem dúvida. Eu aprendi muito com o Antunes Filho, no Grupo Macunaíma, onde a orientação era só falar quando tivesse muita necessidade daquelas palavras. Tinha que aprender a contar a história sensibilizando, sem muitas palavras. Jornal da 3ª Idade - O preparo para uma peça como essa tem que ser diferente? Luis Melo – A preparação para entrar nesse universo, nessa técnica, é diferente. E é a primeira vez que o Artur e o André preparam um espetáculo com outro ator. Estão sendo experiências diferentes para todos. Eles eram os autores, os diretores e faziam o espetáculo como atores. Eles tiveram uma dedicação total durante seis meses para que eu adquirisse a sensibilidade necessária para esse trabalho. Jornal da 3ª Idade - Não fica difícil fazer ao mesmo tempo
Jornal da 3ª Idade - Você tem medo da velhice? Luis Melo – Eu acredito que a gente vive melhor na terceira idade, porque você não precisa provar mais nada para ninguém. É a oportunidade de viver como se é. Essa plenitude independe de classe social. A prova disso é que os cinemas, os teatros e os museus estão repletos de pessoas mais velhas. Eu quero envelhecer bem, com saúde e alegria.
Jornal da 3ª Idade - junho de 2013
Luís Melo nasceu em Curitiba, no Paraná, em 13 de novembro de 1947. Formado pelo Curso Permanente da Fundação Teatro Guaíra em 1969, trabalhou como ator e professor de teatro. Foi dirigido por Emílio de Biasi e Ademar Guerra no Teatro de Comédia do Paraná. Em São Paulo se tornou, durante dez anos, o primeiro ator do Grupo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho. Ele inúmeras atuações no cinema, na TV e no teatro, premiado em todas elas.
Jornal da 3ª Idade - Na discussão das questões da meia entrada tem muito empresário colocando a culpa no público idoso. Você concorda? Luis Melo – Eu não tenho dúvida de que boa parte do teatro está se sustentando hoje graças a terceira idade. Pode ser uma peça de grupo jovem, experimental, dança, sempre tem muita gente idosa na plateia. Em Copacabana os teatros estão sempre lotados pela terceira idade. O público mais velho está tendo uma referência do teatro muito maior que o público jovem, porque eles estão abertos para receber, para conhecer, não querem perder tempo. Jornal da 3ª Idade - Parafraseando o título da peça, qual a maior ausência no Brasil? Luis Melo -Aqui e em qualquer lugar do mundo, quanto maiores às cidades mais sozinhas as pessoas estão. A globalização que para muitos seria a solução de um convívio sem fronteiras, na verdade está colocando as pessoas cada vez mais dentro de casa vendo o mundo acontecer pela tela da TV e do computador. É disso que trata a peça, ainda que seja uma projeção do futuro.
A peça Ausência fica em até o dia 28 de julho R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia para usuário inscrito no SESC e
+60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes. R$ 7,50 (trabalhador no comércio de bens, no SESC e dependentes)
O SESC Ipiranga Rua Bom Pastor, nº 822 Sábado às 21h Domingo às 18 horas
11-3340-2000
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Psicóloga
Atividade física dirigida
Informática
Antiguidades
Você já percebeu que alguns objetos que você tem em casa sem utilidade, no momento, podem valer dinheiro para colecionadores e lojas de antiguidades Depois de uma certa idade é comum querer dar uma renovada na casa. Reorganizar o espaço que sobrou com a saída dos filhos e
Direito de família Questões relacionadas ao Direito de Família (heranças; doações; testamentos; usufrutos; direitos do cônjuge no casaou (11) 6657-2933 mento(11) e na3884-8104 união estável; interdições; Dr. etc.), Luizao Direito inventários; alimentos Civil e ao Direito Empresarial. Antonio Rodrigues Ramos Filho Rosangela de Paula Neves Vidigal 11- 3101.7554 e 11-3715.1114
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mesmo abrir novas possibilidades para os netos. É comum as famílias guardarem algumas peças e mesmo utensílios de quando as crianças eram pequenas. As múltiplas tarefas de todos nos dias de hoje, mesmos os mais velhos, e as casas cada vez menores, não permitem mais que se guardem tantas coisas. Muitas vezes o que foi uma boa lembrança de momentos passados acabam se deteriorando e indo para o lixo, desnecessariamente. Vários objetos, moedas, cédulas, móveis antigos, rádios, relógios, gravuras e quadros são comprados por profissionais. São empresas que são procuradas por colecionadores, companhias de teatro, de cinemas, de televisão. Preste atenção se você tem algum desses objetos sem uso e aproveite para ganhar algum dinheiro. Ligue antes e combine com a empresa que vai procurar. As pessoas mais idosas
que pretendem receber o dinheiro na hora, sempre que possível devem ir acompanhadas, por questão de segurança.
Jornal da 3ÂŞ Idade - junho de 2013
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