s t n e m a s a C ‘12
Este suplemento faz parte integrante do Semanário Jornal da Bairrada, edição nº 2141, de 26 de janeiro de 2012, pelo que não pode ser vendido separadamente PUB
Casamentos
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Casa-se menos e cada vez mais tarde A década de 80 (séc. XX) marca definitivamente uma acentuada descida no número de casamentos celebrados em Portugal. Se a década mais fulgurosa foi a de 70, com 81.461 casamentos, a partir daí foi sempre a descer, verificando-se em 2010 cerca de 30.000 casamentos a menos do que em 1960. No que respeita ao tipo de celebração, nota-se uma maior percentagem no número de casamentos não católicos: em 1960, representava 9,3%; em 2010, 58,2%, mais de metade, portanto. Também na idade média ao primeiro casamento se verificam diferenças substanciais, sendo que, quer no sexo feminino, quer no sexo masculino, a idade média ao primeiro casamento tende a aumentar. Em 1960, uma mulher casava, em média, com menos de 25 anos e um homem com menos de 27. Em 2010, a média de idade da mulher já supera os 29 anos e a do homem chega quase aos 31. Resumindo, hoje há menos casamentos do que há 50 anos, há mais casamentos civis do que católicos e o casamento celebra-se cada vez mais tarde.
Casamentos
Casamentos entre pessoas do sexo oposto: total e por forma de celebração
Casamentos não católicos (%)
Idade média ao primeiro casamento, por sexo
No ano d e realizado 2011, foram s no con celho de Oliveir a 55 casam do Bairro: entos civ is 27 casam e entos cató licos Uma vez q u competên e não existe pessoas cia territorial, as p casamen odem celebrar o to onde q uiserem, sem ser o bri na área d gatoriamente a * Dados ge ntilmente ce residência. didos do Re gisto Civil de
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Casamentos
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OPINIÃO Pe. Francisco de Oliveira Martins
Em tempos, em que tanto se fala de «crise», e quase sempre em sentido negativo, demonstra-se uma incapacidade ou demissão de procurar e lutar por aquilo que tem valor na vida de cada um e de todos, enquanto ser humano pessoal e social, portador de uma dignidade natural inviolável. Uma crise tem sempre uma origem causal, não provém da mera casualidade ou destinos fatais. A vida humana nas suas múltiplas manifestações é um processo e, enquanto tal, significa mudança, transformação e desafio permanente a pôr em jogo a liberdade. Não tem, por isso, que ser sempre negativa, antes bem pelo contrário, é lugar
A Família está em crise? de oportuna aprendizagem do ser pessoa que se questiona sobre o fundamental, procurando discernir e desmascarar ilusões e falsas promessas. Assim é ponto de viragem, lugar de passagem, hora de assumir com sobriedade, verdade e responsabilidade o presente em vista a colaborar, criativa e ativamente, na construção de um mundo melhor. Em momento em que várias ideologias e sociologias falam da «morte da família», acredito que o futuro da humanidade passa pela família como célula nuclear e vital de qualquer sociedade, onde a vida é gerada e educada, lugar de transmissão de conhecimento, de valores e virtudes, suporte e ga-
rantia da dignidade da pessoa humana. Numa perspetiva cristã, o desígnio de Deus sobre o matrimónio e sobre a família visa o homem e a mulher na realidade concreta da sua existência quotidiana, na sua situação social e cultural, chamados a ser comunidade de vida e de amor. A consciência da individualidade e do individualismo, a crise da instituição familiar e da identidade das famílias, o endividamento das famílias, a ausência de políticas da família, a precariedade de emprego, o desemprego, o consumismo, o ambiente de instabilidade, a insegurança e desconfiança em relação ao futuro constituem profundas mudanças no te-
cido social e cultural da sociedade, logo também das famílias. Destas transformações emergem novas realidades nas famílias ao longo do arco de vida: desequilíbrio afetivo, incapacidade de relação com autoridade, incapacidade de assumir compromissos, leviandade no namoro e preparação do matrimónio, difusão de uma mentalidade negativa sobre o matrimónio, precariedade de trabalho, pouca proteção dada à maternidade, aumento da idade média para contrair o matrimónio, diminuição do número de casamentos católicos, diminuição do número de casamentos civis, crescente número de uniões de facto, re-
dução do número de filhos, dificuldade de constituir uma família alargada com a presença dos avós na convivência do lar, crescente número de divórcios, crescente número de divorciados recasados, pais/mães ausentes e/ou demissionários da tarefa educativa dos filhos, substituição dos pais pelos avós no acompanhamento e educação dos netos, mobilidade das famílias e novas formas de se dizer família pelo casamento à experiência, uniões de facto, católicos unidos só pelo casamento civil, casamentos mistos, pares homossexuais, famílias monoparentais. Um quadro que traduz o enorme desafio às famílias
a encararem com confiança e esperança a busca das suas raízes identitárias fundadas sobre o amor. A família, santuário da vida, desde a conceção até à morte natural, é chamada a concorrer para a promoção da pessoa humana e humanização da sociedade, a cuidar dos seus membros mais débeis, a exercer uma mediação ética pelo testemunho e pela profecia nos pequenos gestos quotidianos revestidos de virtudes e de valores. E integrada na comunidade cristã, a família toma consciência da sua missão na Igreja e, ao mesmo tempo, abre-se ao serviço à sociedade, anunciando a beleza do matrimónio e do ser família hoje. PUB
Casamentos
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Processo preliminar de casamento Quem quiser casar tem que dar início ao Processo de Casamento. Como tal, os interessados devem dirigir-se a uma Conservatória do Registo Civil, levando, cada um, o seu Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão ou, em alternativa, caso ambos possuam Cartão de Cidadão, iniciar na Internet o processo de “Casamento Online”. Quando existir algum impedimento ou se lhes for mais conveniente, os noivos podem ser legalmente representados na conservatória por um procurador ou um representante da religião que professam, se paralelamente estiver a ser preparada uma cerimónia deste tipo. Deverá também ser apresentada certidão de escritura de convenção antenupcial, caso tenha sido celebrada. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS Quando forem à conservatória, os noivos não devem esquecer os seguintes documentos:
• Documentos de identificação (BI ou Cartão de Cidadão) ou, sendo estrangeiros, titulo ou autorização de residência, passaporte ou documento equivalente; • Escritura de convenção antenupcial se tiver sido celebrada. Caso seja declarado que foi celebrada perante conservador é imediata e oficiosamente consultada a base de dados para a sua comprovação. • Se um dos nubentes ti-
ver entre 16 anos e 18 anos, terá de ter autorização concedida pelos progenitores que exerçam o poder paternal. Nota: Se o nubente for estrangeiro deve apresentar certidão do registo de nascimento que tem que ter os requisitos de forma exigidos, para o mesmo fim, pela lei do seu país IMPEDIMENTOS AO CASAMENTO A lei considera como im-
pedimentos à celebração do casamento: • Idade inferior a 16 anos; • Demência notória, mesmo que durante intervalos lúcidos; • Interdição ou inabilitação por anomalia psíquica; • Casamento anterior não dissolvido, religioso ou civil, mesmo que realizado no estrangeiro e ainda não transcrito em Portugal; • Parentesco na linha reta ou no segundo grau da linha colateral (por exemplo irmãos); • Afinidade na linha reta
(vínculo que liga um dos cônjuges aos parentes do outro); • Condenação anterior de um dos noivos como autor ou cúmplice por homicídio contra o cônjuge do outro; • Falta de consentimento dos pais ou do tutor no caso de maiores de 16 anos mas menores de 18 anos, quando não suprida pelo Conservador do registo civil; • Prazo internupcial – prazo de 180 dias para os homens e 300 dias para a mulher que decorre desde a dissolução, declaração de nulidade ou anulação do casamento anterior; • Parentesco no terceiro grau da linha colateral (tio e sobrinha); • Vínculo da tutela, curatela, ou administração legal de bens e de adoção restrita; • Pronúncia do nubente pelo crime de homicídio doloso contra o cônjuge do outro, enquanto não houver despronúncia ou absolvição por decisão passada em julgado. Existem impedimentos que a lei permite que possam ser dispensados me-
diante um processo a instaurar em qualquer conservatória do registo civil, nomeadamente a falta de consentimento dos pais ou do tutor e a redução do prazo internupcial supra descrito de 300 para 180 dias, mediante apresentação de declaração que comprove que a mulher não está grávida emitida por um ginecologista obstetra. MODALIDADE DE CASAMENTO Perante a conservatória e nos formulários preenchidos nesse local, os noivos têm de dizer qual a modalidade de casamento escolhida - civil, católica ou civil sob a forma religiosa -, indicando ao mesmo tempo o local e a data escolhidos para o casamento. REGIME DE BENS Os noivos têm de decidir igualmente o regime de bens desejado. O regime da comunhão de adquiridos é o regime supletivo, ou regime definido por defeito, ou seja, a situação que preva-
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Casamentos
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lece se os noivos não estabelecerem uma convenção antenupcial que refira outro regime de bens. Os regimes de separação de bens e da comunhão geral são os restantes tipos de regimes de bens previsto na lei. Se um dos nubentes tiver mais de 60 anos o casamento ficará, por determinação legal, sujeito ao regime da separação de bens. Se algum dos nubentes tiver filhos, não comuns, ainda que maiores ou emancipados não poderá ser convencionado o regime da comunhão geral nem estipulado a comunicabilidade de determinados bens (os referido no n.º 1 do artigo 1722 do Código Civil). É ainda possível, mediante a celebração de convenção antenupcial, optar por um regime de bens que agregue elementos dos vários regimes de bens tipificados na lei. A convenção antenupcial, necessária quando se escolhe um tipo de regime de bens diverso da comu-
nhão de adquiridos, pode ser realizada em qualquer conservatória do registo civil, (ainda que por regra seja na conservatória onde decorre o processo de casamento) ou em cartório notarial. NOME É na altura do casamento que os noivos definem se pretendem ou não adotar o apelido ou apelidos do futuro cônjuge, num máximo de dois. Por defeito, prevalecem os apelidos de cada um. Os apelidos do cônjuge só se perdem em caso de divórcio ou, em caso de viuvez, se o/a viúvo/a voltar a casar. Mesmo nestes casos, a lei permite que se mantenham os apelidos do ex-cônjuge. TUDO DENTRO DA LEI Avisar a Entidade Patronal O aviso à entidade patronal de que vai casar deve ser feito com, pelo menos,
cinco dias de antecedência. Licença de Casamento Após o casamento, cada um dos membros do casal tem direito a gozar de uma dispensa de 15 dias seguidos do respetivo trabalho. Renovação de Docu-
mentos Existem situações decorrentes do casamento que obrigam à renovação de determinados documentos. É o caso da alteração do Estado Civil que implica a renovação do documento de identificação pessoal, devendo ser substituído pelo Cartão de Cidadão no caso
5 de se tratar de cidadãos nacionais com registo civil válido (residentes em território nacional) ou cidadãos brasileiros ao abrigo do Tratado de Porto Seguro. Este processo de renovação deverá ocorrer num prazo máximo de 12 meses após o casamento. Se com o casamento se tiver verificado a alteração dos nomes dos cônjuges, passa a ser também necessário solicitar o Cartão de Cidadão (que substitui Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuinte, Cartão da Segurança Social e Cartão de Utente do Serviço Nacional de Saúde) e renovar outros documentos, como o Passaporte. A mudança de residência, que na maior parte vezes acontece com o casamento, obriga ao pedido de emissão do Cartão de Cidadão e, também, à alteração da Carta de Condução. O Portal do Cidadão disponibiliza um serviço de Alteração de Morada que permite que qualquer pes-
soa efetue, simultaneamente, a notificação a onze entidades junto das quais pretende atualizar a sua morada, com o mínimo de deslocações e contactos e sem o preenchimento de múltiplos formulários. Assistência à Família Ambos os cônjuges têm direito a faltar ao trabalho até 15 ou 30 dias por ano, conforme as situações, para prestar assistência a membros do seu agregado familiar, inclusive o cônjuge, em caso de acidente ou doença destes. As faltas terão que ser justificadas nos termos da lei. IMPOSTOS O IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – prevê a retenção na fonte do imposto relativo aos rendimentos do trabalho, ou seja, cada cônjuge vê mensalmente retirado do seu salário uma parte do imposto devido. fonte: Portal do Cidadão PUB
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ENTREVISTA
“As empresas estão a fazer um esforço grande para realizar os sonhos dos noivos”
DamaydaaAHRESP Óscte ar da Delegação de Aveiro
Os casamentos continuam a representar uma importante fatia nas receitas da hotelaria e restauração. No entanto, o setor é hoje obrigado a “inventar” estratégias para fazer face ao aumento de impostos, por um lado, e à concorrência desleal, por outro. Nesta entrevista, o presidente da Delegação de Aveiro da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) revela as dificuldades dos empresários e algumas formas encontradas para dar a volta por cima.
Presiden
Que importância tem a fatia do evento social “casamento” na faturação dos hotéis e restaurantes da região de Aveiro?
Muita. É a fatia mais importante de qualquer hotel com sala de banquetes e restaurante. No caso dos restaurantes, não há muitos da região dedicados a este nicho de mercado. Por outro lado, há poucas empresas de catering da nossa região. Há muitas empresas a disponibilizar os seus PUB
serviços, mas vêm de outras regiões, como Viseu ou Coimbra. Penso que esta deve continuar a ser uma fatia significativa para os hotéis, porque é um importante suporte, em termos de receitas. Hoje em dia e cada vez mais, os casamentos implicam a deslocação de pessoas, que precisam de alojamento e há pacotes, ao nível da hotelaria, muito interessantes. Os hotéis, desde 2006,
têm sofrido quebras significativas, devido a um boom que tem prejudicado as receitas – aquilo a que nós chamamos “as quintinhas das tias”, e que estão a fazer negócios paralelos aos hotéis. Hotéis estes que têm uma exigência de qualidade, rigor e critérios, em relação a várias autoridades (ASAE, HACCP, Direitos de Autor, etc.), que são obrigados a cumprir. E isso faz com que os preços sejam completamente diferentes. Esta situação que prolifera – quintas e catering – tem o direito de ter o seu negócio, mas deviam ser mais inspecionados pelas autoridades, de forma a, igualmente, cumprir com os mesmos deveres. Com a existência deste mercado paralelo, a crise em que estamos e o aumento do IVA na restauração (não nos podemos esquecer que ¼ da receita de qualquer banque-
te é para o Estado!), a margem de manobra é cada vez menor. Estamos, neste momento, à procura de novas estratégias e a tentar ser criativos, mas não é fácil. Acredita que os casamentos ajudam a movimentar a economia regional?
Ajudam a movimentar a economia, não só regional, como nacional. Os casamentos são uma indústria, dentro da indústria hoteleira. Já foi muito mais forte – neste momento há menos casamentos, mas continuam a existir. Nota-se um decréscimo no número de eventos realizados anualmente e, em cada evento, no número de convidados?
Sim, desde 2008, notase que há menos casamentos e com menor número de convidados. Posso dar o
exemplo do meu hotel, Hotel Paraíso, que ultimamente tem recebido pedidos de orçamento para casamentos com 20/30 pessoas. Que impacto terá a subida do IVA na restauração, no caso concreto de adjudicação de um casamento? Será o cliente a suportar o aumento do IVA?
Neste momento, há empresas que já encaram a subida do IVA com naturalidade e precaução, aumentando a fatura em cerca de 15%. Outros não aumentaram, com receio de perder clientela e competitividade perante concorrentes. Outros ainda estão um pouco adormecidos com o impacto deste aumento e estão a suportá-lo eles próprios – vão-se aperceber em abril, quando tiverem que pagar o 1.º trimestre de IVA. E é nessa altura, de facto, que a restauração e a
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hotelaria se vão aperceber do impacto desta subida, até porque cada vez mais há exigência – e bem – da faturação e é assim que se deve trabalhar neste mercado. O Estado acaba por prejudicar bastante o setor, com este aumento de 13 para 23%...
Claro que sim. Vejamos um exemplo simples. Num casamento que custe, em média (por pessoa), 60 euros, destes, 11,20 euros são para o Estado. O que significa que o Estado, em impostos diretos e indiretos, passa a ter maior lucro líquido do que o próprio empresário, pelo seu trabalho e esforço. Então, questiono, valerá a pena sermos empresários? Há também empresários que estão a ser alertados pelos seus TOC [Técnicos Oficiais de Contas], de que, na gestão das suas empre-
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sas, não está só em causa o aumento do IVA, como também os custos de algum IVA que terão igualmente de suportar. Por exemplo, há muita mercadoria que é comprada a 6% e a 13% e que, depois de transformada, é vendida a 23%; mais os custos de aumento da energia e da matéria-prima. Feitas as contas, não há dúvida de que é desmotivante e esta desilusão acaba também por tirar ao empresário a vontade de trabalhar e lutar e ter energia para ser mais criativo e atrair mais clientes ao seu estabelecimento. As empresas estão, realmente, a fazer um esforço muito grande para realizar os sonhos dos clientes, no dia do seu casamento. Os clientes têm os seus níveis de exigência, mas também têm de compreender que os sacrifícios que os empresários hoje fazem são muito grandes, para se poder ganhar alguma coisa no fim de um banquete.
Acresce a tudo isto o facto de a própria clientela ser cada vez em menor número, devido à crise, ao aumento de impostos, ao custo das portagens… Se pensarmos bem, a maior parte
das acessibilidades do distrito é taxada (autoestradas e SCUT), o que prejudica os convidados que vêm de fora para um banquete, já para não falarmos dos turistas. Só posso resumir tudo
isto numa palavra: caos. Que estratégias deve o setor adotar, de forma a atrair mais clientes (ou, pelo menos, não perder)?
Todos temos de ser estrategas e criativos. Neste mo-
7 mento, está tudo ainda muito confuso e já ouvi falar em várias ideias, mas a maioria acaba por criar ainda mais custos para a empresa. Muitos empresários, ainda que com muito sacrifício, para não perderem o cliente, suportam o aumento do IVA, na esperança de que, com isso, possam manter as suas empresas, bem como os postos de trabalho. Mas até no caso de optar por fechar, o empresário tem a perder. Porque os empregados estão salvaguardados, até certo ponto, pelo Fundo de Desemprego. E o empresário (em nome individual, sócio-gerente, firma unipessoal), que direitos tem? Outras empresas procuram reduzir custos supérfluos – por exemplo, deixam de aceitar cartão de crédito, para não pagar a comissão nem a comunicação. Claro que o cliente, que está habituado àquele meio de pagamento, ficará prejudicado. Já se pondera também
a redução de copos e talheres na mesa e a substituição de guardanapos de pano por guardanapos de papel. Isso prejudicará, sem dúvida, a qualidade do nosso serviço e a nossa fama a nível de serviço e gastronomia, a nível mundial. Não podemos, também, esquecer-nos que, com estas medidas, atingimos uma grande parte das receitas de exportação do país. Aqui com a vantagem de não termos custo de transporte, porque é o próprio cliente (estrangeiro) que vem consumir o produto na origem. Na área dos casamentos, o emigrante que vem casar no país de origem vem consumir o nosso produto – é uma exportação a 100% (estadia, gasto no restaurante, transporte, etc.). São estrangeiros a consumir produto nacional. Enfim, há de facto muita coisa posta em causa e por isso resta aos empresários esperar por melhores dias. PUB
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8 12 a 18 meses
4 meses
6 meses
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O GRANDE DIA
Organize o seu casamento com antecedência 12 A 8 MESES ANTES DO CASAMENTO
para o vosso casamento. 6 MESES ANTES
• Façam uma pré-lista de convidados; • Definam o local da cerimónia e da festa; • Se não têm muito tempo para tratar de pormenores, contratem uma empresa de organização de eventos; • Organizem o enxoval; • Convidem os padrinhos de casamento e pensem nos meninos das alianças; • Definam quem fornece o catering e escolham o menu; • Pesquisem serviços de fotografia e vídeo que vão de encontro ao vosso gosto e disponibilidade financeira; • Pensem num tema
• Procurem agências de viagens, vejam preços e decidam o destino da lua de mel; • Pesquisem motivos de decoração para a cerimónia e para a festa; • Vejam convites e preços; • Contatem grupos para c antar na c eri mónia a para animar a boda; • Façam exames médicos pré-nupciais; • Contratem a equipa de fotografia e vídeo; • Vejam vestidos de noiva e fatos para o noivo e decidam se compram feito, mandam fazer ou alugam.
4 MESES ANTES • Definam a decoração do casamento e aproveitem para encomendar o ramo da noiva e o da menina das alianças (se for caso disso); • Anotem a lista definitiva de convidados e mandem fazer os convites de casamento; • A noiva deve tratar dos acessórios: sapatos, brincos, colares, pulseiras, tiaras ou coroas, luvas, meias; • Devem dirigir-se a uma Conservatória do Registo Civil, para tratar do processo de casamento; • Pensem no meio de transporte para o casamento (carro antigo, limusina, charrete,
helicóptero, etc.) e, se necessário, façam a reserva do aluguer. 2 MESES ANTES • Enviem os convites de casamento; • Procurem lojas com listas de casamento e façam a vossa; • Escolham as lembranças de casamento; • Pr ov i d e n c i e m a s alianças. 1 MÊS A DUAS SEMANAS ANTES • M a r q u e m a d at a da despedida de solteira(o); • Reúnam-se com os grupos musicais e defina repertórios; • Façam testes de cabelo e maquilhagem
• Reser vem a noite de núpcias (se casar em época alta, deve fazê-lo com mais antecedência); • Providenciem a organização de lugares nas mesas e enviem para a quinta ou serviço de catering. UMA SEMANA ANTES • Façam uma limpeza de pele; • Confirmem a igreja, pormenores com a quinta e o serviço de catering, decoração e florista; • A noiva deve fazer a última prova do vestido de noiva. DOIS DIAS ANTES • A noiva deve tratar
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da depilação; • Façam a mala para a lua-de-mel e separem a roupa para a noite de núpcias e para o dia seguinte ao casamento. UM DIA ANTES • A noiva deve fazer a manicure e pedicure; • Façam uma massagem relaxante; • Pro c urem d or mir bem e descansar um pouco. NO GRANDE DIA DO CASAMENTO Depois de tanta azáfama, é hora de relaxar e de aproveitar a festa. Lembrem-se que este é um dia para viver com a máxima intensidade!
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Jornal da Bairrada 26 | janeiro | 2012
Vestido de noiva: o que dita a moda
Vestido de no
iva Ines Di Sa
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Os vestidos de noiva 2012 são tudo menos simples. A aposta, na verdade, é na riqueza dos detalhes. Os vestidos de baile são o destaque da coleção 2012, bem como os vestidos de noiva vintage. Está em voga a mistura de cores e o branco gelo. As saias querem-se volumosas com pormenores que as tornam ainda mais vistosas, laços, folhos, flores, bordados a pedrarias e cristais. O decote, de preferência cai-cai em coração ou com alças assimétricas. Os cintos e as faixas destacam a cintura da noiva e tornam a rainha da festa mais elegante. Quanto à decoração, o tamanho das flores é irrelevante, mas a riqueza dos vestidos vai notar-se na aplicação de bordados a cristais e plumas.
Fato do noivo de acordo com o estilo da noiva O fato do noivo deve enquadrar-se com o estilo do vestido escolhido pela noiva. Se este é mais tradicional, assim devem ser também as linhas do fato do noivo e vice-versa. A hora e o local da cerimónia influenciam a escolha das cores e materiais do fato do noivo. Se a cerimónia de casamento é de manhã ou ao meio-dia, na primavera ou no verão, um modelo em tons relativamente claros, como o cinzento-claro, bege, areia, azuis, etc. será a opção mais adequada. Em cerimónias ao ar livre, pode-se arriscar com
toques de cor e detalhes mais atrevidos. Se a celebração é próxima do mar ou num ambiente campestre, os noivos devem adaptar a sua imagem ao ambiente: podem escolher um fato branco ou estampado e complementos um pouco mais informais, tudo claro está, em tecidos leves como o algodão ou linho. Por outro lado, a tarde / noite e os lugares fechados requerem um pouco mais de formalidade que se pode transmitir elegendo um fato preto, azul-marinho ou cinzento-escuro.
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Jornal da Bairrada
26 | janeiro | 2012
7 dicas para marcar Flores, decoração, lua-de-mel… a diferença o que se usa em 2012
1 Os adereços ajudam a animar os convidados. Algumas ideias, dependendo um pouco da época: confettis e serpentinas; martelinhos de S. João; máscaras estilo carnaval veneziano. 2 Os convites clássicos, apenas a duas cores e com as informações básicas, nunca saem da moda. Se quiser ousar, há inúmeras opções no mercado. Combinações de tecido com papel, ou papel imitando a renda; convite em forma de puzzle; algo inovador que seja referente às atividades preferidas dos noivos (profissão ou hobbies). 3 Os noivos podem fazer um ensaio fotográfico antes e depois do casamento, num local estilo edifício emblemático abandonado; na praia; numa ponte tradicional; etc. O ensaio antes do casamento até pode ser mostrado depois aos convidados, no dia da festa. 4 Leve um livro de honra e peça a todos os convidados que o assinem, com uma dedicatória. É uma bela recordação. 5 Se os noivos gostam de rock’n’roll ou se há uma música especial na vossa história, que tal entrar na igreja ou chegar à festa ao som da vossa banda preferida, em versão erudita (instrumental)? 6 Se gostam de dançar, preparem algo diferente para antes da tradicional valsa ou até para a substituir. Uma dança de salão ou latina, ao vosso gosto, vai surpreender os vossos convidados. 7 Depois da lua de mel, envie um cartão de agradecimento pela presença, a cada convidado, convidandoo(s) para vos visitarem na vossa nova casa. É um gesto simpático da vossa parte!
FLORES E BOUQUETS Assim como nos vestidos de noiva, também nos bouquets é o estilo vintage quem mais ordena. Os bouquets querem-se muito românticos, com cores muito suaves, como o bege ou o rosa claro, enfeitados com pérolas e tecidos.
BOLO DE NOIVA Esqueça o bolo tradicional! Está em voga o bolo noiva grandioso, com design elaborado e original. Quanto mais arrojado, melhor!
CORES DA DECORAÇÃO Aqui, há duas opções bem diferentes. Há a tendência, por um lado, de usar e abusar de cores fortes, garridas, divertidas, como o rosa forte, o laranja vivo ou o verde pistácio. Há, por outro lado, uma corrente que defende as cores suaves, um pouco de encontro ao estilo do bouquet. Cores suaves, que transmitam tranquilidade, como por exemplo o bege e o tom avelã.
LUA DE MEL: AVENTURA E EXOTISMO Brasil? Maldivas? República Dominicana? Nada disso! Vale a pena juntar algum dinheiro e rumar a um destino longínquo e exótico. Sugerimos Índia, Bali, Marrocos ou Nepal. Uma lua-de-mel de aventura, para disfrutar a dois!
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Jornal da Bairrada 26 | janeiro | 2012
OPINIÃO
Casamentos
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Um destino de emoções Pedro Machado Presidente do Turismo Centro Portugal
Destino de emoções, o Centro de Portugal dispõe de um conjunto de equipamentos, e espaços naturais, que permite a vivência de experiências sensoriais, e possibilita a construção de imaginários românticos.
O Centro d e Por tug al é uma região cuja diversidade patrimonial, natural, cultural, histórica, gastronómica, e arquitetónica permite construir pacotes de oferta turística, adequados aos diferentes segmentos da procura. Dadas as condições físicas e naturais existentes no território, o produto “Casamento” e “Lua de mel” afirma-se como um interessante nicho de negócio para esta região. Assim, e para além das mais-valias económicas resultantes do exercício da atividade, trata-se de uma área multisetorial com forte potencial de crescimento, e de criação de novos negócios. As unidades hoteleiras, os estabelecimentos de restauração e bebidas, ou as empresas de eventos de animação, que desenvolvem
a sua ação na região Centro, reconhecem o efeito multiplicador do produto “Casamento” nos seus proveitos, assim como, o potencial de negócio inerente à sua dimensão temporal. Efetivamente, o conceito de romance, paixão, emoção, habitualmente associado ao casamento, não se esgota no momento especial partilhado com amigos e familiares - o dia da festa. Destino de emoções, o Centro de Portugal dispõe de um conjunto de equipamentos, e espaços naturais, que permite a vivência de experiências sensoriais, e possibilita a construção de imaginários românticos. É neste contexto, que tanto os agentes do setor regional, como os operadores turísticos nacionais, formatam progra-
mas de lazer específicos (ex. “escapadinhas” romance, corpo e mente, gastronomia, etc.), e garantem a sua distribuição no mercado. A crescente organização de pacotes shortbreak especial dia dos namorados, demonstra como esta temática pode criar novas dinâmicas, e incentivar os fluxos turísticos nas épocas de menor procura. Unidades de alojamento acolhedoras, requintados menus de degustação, vinhos e espumantes regionais, passeios de barco moliceiro na Ria de Aveiro, ou espaços idílicos - como a fontes dos amores, e a mata do Buçaco - são alguns exemplos de estruturas de apoio ao turismo, produtos e ambiências perfeitas, que diferenciam qualitativamente a região.
No entanto, e embora o estímulo efetivo na economia regional seja claramente percetível, este segmento de atividade enfrenta, hoje em dia, um forte desafio advindo da conjuntura financeira atual. Consequentemente, e numa época em que a economia global passa por um período de abrandamento, é necessário adaptar e reorganizar o produto, visando garantir a sua sustentabilidade e operacionalidade. Neste sentido, é indispensável comunicar o destino de modo inovador, agilizar os mecanismos promocionais, e participar ativamente nas redes sociais (entre outras plataformas multimédia), para atingir elevados níveis de eficácia junto do público-alvo. PUB
Tratamento Capilar Corte Penteados Artísticos Madeixas Prata Coloração Desfrisagem Alisamento Japonês Ondulação Permanente Aplicação Extensões Peeling Pedicure Manicure Depilação Buço/Sobrancelha Rua Raúl Brandão, n.º 4 3070-794 Praia de Mira Telf. 231 098 616 Praça do Município, loja C 3750-111 Águeda Telf. 234 624 812
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Casamentos
Jornal da Bairrada
26 | janeiro | 2012
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Animação não pode faltar O dia do casamento é um dia de festa. E numa festa não pode faltar animação, muito em especial para as crianças. Enquanto os pais convivem, os mais pequenos divertem-se! Há empresas especializadas que apresentam variadas soluções. A Companhia da Galhofa, situada na Rua do Foral, em Oliveira do Bairro, tem a opção certa para os mais novos no Grande Dia. Dependendo do número de crianças, do espaço da festa, e das preferências dos noivos, dispõe de animação infantil onde se podem vestir as mais diversas personagens e realizar várias atividades como Sequetes de teatro, pinturas faciais, moldagem de balões, ateliês de pintura e de dança, brincadeiras e jogos, bolas de sabão… Se a Festa de Casamento se estender para mais tarde, a Companhia da Galhofa dispõe também do serviço de babysitting, onde os mais novos ficam com segurança, a cargo das animadoras. Através desta empresa de Oliveira do Bairro, os noivos podem ainda alugar equipamentos para colocar no espaço da festa, como insufláveis e máquina de pipocas. Durante a festa, para criar um momento especial, tem um serviço de largada de balões. Esta pode ser em rede ou simplesmente entregando um balão a cada convidado e no momento desejado largar, como símbolo de esperança, amor, e votos de felicidade. A largada de balões pode ser feita à saída da igreja, na chegada à Quinta, ou no corte do bolo: é sempre um momento mágico que torna este dia inesquecível. Para além dos serviços de Animação e Teatro, a Companhia da Galhofa tem um espaço de venda ao público com um pouco de tudo o que precisa para a sua festa. Pode encontrar convites de casamento: modelos clássicos, divertidos ou simplesmente diferentes. Também apresenta lembranças variadas para adultos e para os mais novos. Há balões de Foil com formas giríssimas como noivos, limusines, corações, etc. Faz também, por encomenda, pinhatas, buquês de gomas e bolos de gomas para os mais novos.