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Habitação & decoração
Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 2107, de 1 de Junho de 2011, do Jornal da Bairrada, e não pode ser vendido separadamente
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emodelar, reabilitar, reutilizar, redecorar. Aproveitar o que já existe e transformá-lo em algo novo ou, pelo menos, diferente, na forma e na utilidade. É essa a ideia transmitida ao longo deste Directório Habitação e Decoração, onde também vai ficar a saber que implicações traz o memorando de entendimento da Troika para o mercado imobiliário português.
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Da urgência ao prazer de reabilitar Embora o conceito de Reabilitação tenha estado, até à primeira metade do séc. XX, associado apenas à recuperação do património monumental, com as Cartas de Atenas (1931) e de Veneza (1964) reconhece-se a importância da Conservação do património arquitectónico habitacional e consolida-se a convicção de que a Reabilitação “comum” - construções modestas e anónimas como a nossa casa de família ou o imóvel que adquirimos em segunda mão - constitui uma actividade relevante, não só pelo carácter de salvaguarda de um legado mas também de sustentabilidade ambiental. Fará assim sentido moldar a política dos 3R´s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar - (Conferência da Terra, 1992), à realidade da construção. REABILITAR o parque habitacional existente é Reduzir o ritmo de construção de novas habitações (que ultrapassam hoje, em larguíssima escala, as necessidades da procura) Reutilizando e Reciclando. Só assim podemos preservar o nosso património, ao mesmo tempo que diminuímos o impacte ambiental pela redução do consumo de energia, de materiais, de matérias-primas e do seu transporte. Em Portugal a Reabilitação representa apenas cerca de 6% do sector da construção, enquanto na Europa este valor já se aproxima dos 50%. É fundamental inverter a tendência de “produção do novo” a favor da manutenção e reabilitação do património que temos em mãos. Tal como é urgente despertar a sociedade (e nós, técnicos) para a necessidade cívica de adoptar medidas de salvaguarda ao planear a Reabilitação do património
Reabilitar é revitalizar, é dotar um imóvel de uma nova vida, de lhe reconhecer uma nova oportunidade, ou ver preservada a sua memória.
de cada um, que é de todos. Da previsível estagnação do mercado da construção em Portugal, é expectável que o novo rumo do sector da construção passe mesmo pela Reabilitação. Urge estabelecer incentivos estatais, benefícios fiscais e financeiros bem como a criação de programas públicos de apoio à conservação. Leia-se a Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2011 de 23 de Março, que aprova medidas para incentivar a reabilitação urbana e dinamizar a economia no âmbito da competitivi-
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de profissionais da área (Recomendação de Nairobi, 1976). Contudo, os técnicos especializados raramente são consultados, sendo corrente que projectos e resoluções de problemas em obra sejam executados por indivíduos com preparação técnica menos adequada, o que não credibiliza nem dignifica o paradigma da Reabilitação. Reabilitar é revitalizar, é dotar um imóvel de uma nova vida, de lhe reconhecer uma nova oportunidade, ou ver preservada a sua memória. É ver um espaço reinventado, valorizado e tornado nosso. É permitir que o imprevisível nos surpreenda. É permitir darmo-nos a esse prazer. O nosso património é a grande dade e emprego, com vista a gerar herança e garantia do nosso futucrescimento no mercado de arrenda- ro. Abandone-se o preconceito “do mento e no desenvolvimento territorial velho”. sustentado. Mas não compete apenas ao Estado a iniciativa de Reabilitar. Cabe a cada Patrícia Cardoso um de nós pôr de parte preconceitos Arquitecta [GIZAR gabinete de arquitectura] em Reabilitação do Espaço Construído relativamente a esta prática, enca- e pós-graduada em Práticas de especialista Intervenção Arquitectónicas no Espaço Construído rando-a como o paradigma a seguir. Como? Atente-se que a intervenção em construções mais, ou menos, degradadas é tarefa difícil e exige formação, pelo que todas as obras de reabilitação devem estar sob a alçada
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Decorar e redecorar com gosto e imaginação
Sala de estar A sala de estar é o lugar onde, habitualmente, recebemos familiares, amigos ou outras visitas. Deve, por isso, ser um local com aspecto agradável e confortável, onde qualquer um, do mais novo ao mais velho – se sinta bem, como se estivesse na sua própria casa. Às vezes, basta termos atenção a pequenos pormenores para fazermos a diferença. A luminosidade existente é um deles. Procure ter um ou vários candeeiros e localize-os em espaços para onde quer que o olhar seja dirigido (para um quadro, junto a papel de parede, perto de um espelho). Faça uso dos espelhos. Um espelho é um elemento fundamental para dar amplitude ao espaço. Introduza uma cor numa das paredes (ou em várias, se for adequado ao espaço). Procure harmonia nos tons de sofá, almofadas, tapete e cortinados.
Cozinha Quer dar um novo visual à sua cozinha? Não é preciso remodelá-la dos pés à cabeça para lhe dar um novo ar. A pintura é uma das maneiras mais simples e baratas para o fazer. Cores vivas e alegres transmitem uma sensação de felicidade, saúde e vitalidade. Tenha em conta que esta divisão não é só um espaço para preparar e saborear as refeições, é também um lugar onde passamos muito tempo, inclusive em convívio com a família e amigos. Em jeito de estímulo de conversa, escolha cores quentes e “apetitosas” como vermelho, amarelo, laranja e tons de terra como o ouro, terracota ou coral. Se puder gastar um pouco mais, opte por mudar o chão. Há soluções cerâmicas verdadeiramente incríveis ao dispor do consumidor e, sendo a Bairrada a terra da cerâmica por excelência, procure conhecer alguns produtos de cada empresa e deixe-se levar pela criatividade das soluções apresentadas.
Casa-de-banho Se a sua intenção é remodelar a casa de banho com um orçamento baixo, vai querer comprar os materiais, acessórios, ferramentas e equipamentos ao melhor preço. Na região, encontra armazéns com variadas soluções e preços. Plantas e flores dão sempre um aspecto agradável à casa de banho. Coloque, por exemplo, uma planta verde no lavatório. Outra solução é velas perfumadas, que dão um toque especial e criam um ambiente acolhedor. Para as louças sanitárias as opções são muitas, mas uma boa escolha para permitir manter a sensação de espaço livre e evitar confinar o espaço é optar por peças suspensas. Não há nada como muita luz natural na casa de banho. Se não é o caso, tenha especial cuidado no que toca à iluminação artificial: a zona do lavatório requer uma luz mais forte, ao contrário da zona da banheira.
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Como contornar a falta de espaço na sua casa-de-banho Quando pensamos em remodelar a nossa casa de banho, para além das dores de cabeça relacionadas com o orçamento limitado, deparam-se outras dificuldades, como por exemplo a falta de espaço. Ter uma casa de banho de dimensões reduzidas é cada vez mais comum. A maioria dos espaços são pequenos e é difícil conjugar as peças para tornar este espaço prático, funcional e organizado, de forma a manter um ambiente agradável e atraente. A ausência de espaço, faz com que a escolha dos equipamentos de banho, assumam extrema importância. O espaço é normalmente pequeno e não podemos comprometer a funcionalidade e a estética/estilo da casa de banho. Por isso, existem cada vez mais soluções no mercado dedicadas aos pequenos espaços. Partindo do pressuposto que a casa de banho deve ter três zonas distintas: zona do chuveiro ou banheira, zona
A ausência de espaço, faz com que a escolha dos equipamentos de banho, assumam extrema importância. do lavatório e zona da sanita, a Sanindusa criou um ambiente de casa de banho com 3m2 (ver foto) propondo alguns produtos onde apesar do espaço reduzido, encontramos um espaço agradável. Assim, com uma base de 70cm de profundidade (base de chuveiro Waterline 120x70cm), uma sanita de 60cm de profundidade (sanita compacta City) e um móvel e lavatório com torneira na lateral com 25cm de profundidade (lavatório e móvel Alicante), consegue-se um ambiente com todas as condições de conforto e funcionalidade. Elsa Gala Communication Manager da Sanindusa
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Quartos devem inspirar tranquilidade Quarto de criança O quarto de uma criança deve ser planeado com o máximo cuidado, uma vez que as crianças são estimuladas pelas cores e pela decoração do ambiente. Facilmente se compreende que seja difícil para uma criança relaxar num quarto com cores muito garridas ou brilhantes, ou até apinhado de brinquedos e/ou de móveis. As crianças precisam de um quarto acolhedor, que tenha espaço para brincar. Se o quarto for muito pequeno, opte por encostar a cama a uma das paredes e escolha uma
Quarto de casal Procure ter o mínimo de móveis no quarto e foque a sua atenção na escolha da cama. Se quer um quarto moderno, opte por uma cama de casal baixa ou um somiê.Depois, duas mesas de cabeceira, um guarda-fatos, e uma cómoda, se o espaço do quarto for generoso.
cama acoplada com gavetões e (se a criança já estiver em idade escolar) secretária. Quanto às cores, o ideal é escolher cores suaves/pastel (branco, branco sujo, amarelo clara de ovo, pêssego, azul/rosa bebé, verde água) e optar por um papel de parede ou por autocolantes decorativos de parede, seguindo a mesma tonalidade. Mude os temas decorativos que incentivam ao movimento e à acção, para um motivo que seja tranquilo e calmo. Serenidade é a tónica, pois quando acalma o ambiente do quarto, vai acalmar também o seu filho.
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Obrigações para remodelar uma casa antiga
Redecorar com estilo Se acha que está na hora de mudar um pouco o estilo ou o ambiente de algumas divisões da sua casa, é agora altura de conhecer as tendências em voga. Se, nos últimos anos, os lacados – pretos ou brancos – ditaram as tendências da moda – a verdade é que, neste momento, os móveis clássicos parecem voltar a aparecer. Dina Martins, decoradora e geren-
te da “Com Vocação”, em Oliveira do Bairro, afirma que “as tendências estão a caminhar no sentido do clássico, ou então numa conjugação harmoniosa com o contemporâneo”. Quanto a peças de decoração, não devem ser em número exagerado – “pelo contrário” – e queremse “arrojadas”, acrescenta Dina Martins. Outra aposta que veio para ficar é “nas árvores de inte-
rior, naturais ou artificiais, que dão um aspecto habitável à divisão”. Deve procurar-se uma peça que destaque o compartimento, como por exemplo “um bom tapete vistoso clássico” e pequenos apontamentos de cor. Já nos tecidos as tendências apontam para os padrões – “coordenar lisos com florais e riscas”, sugere a decoradora.
Na construção de uma casa, ampliação ou remodelação, deve sempre existir um projecto de obra, elaborado por um arquitecto ou um técnico habilitado para o efeito. De acordo com a Deco Proteste, para remodelar uma casa, é necessária uma licença camarária. Excepções: quando a obra se destina, por exemplo, à conservação de um edifício sem alterações da sua estrutura ou quando o trabalho é realizado no interior de prédios não considerados como património histórico. Por fim, deve existir um orçamento anexo ao contrato de empreitada, em que estejam discriminados os valores a pagar por cada trabalho executado e o material empregue. Embora este documento possa sofrer alterações durante a obra, evita discrepâncias entre os preços apresentados inicialmente e os que vierem a ser cobrados mais tarde. O orçamento deve especificar se o preço inclui ou não o IVA, para evitar surpresas desagradáveis.
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“Os nossos lares tenderão a ser espaços cada vez mais simples”
Lara Sardinha confessa-se uma profissional dedicada e apaixonada pela área do design. Licenciada há oito anos e com um master na área do design de interiores finalizado há quatro na Scuola Politécnica di Milano, esta designer de interiores e mobiliário deixa-nos sugestões para que o nosso lar se adeque às nossas necessidades, mas
também ao nosso gosto e actuais tendências. Quais as tendências para 2011 no que respeita a decoração de interiores?
Quando falamos em design de interiores jamais nos deveremos esquecer de determinadas premissas fundamentais e que ditam a tendência: o contexto sócio-cultural e o contexto económico. Encontrando-nos presen-
temente numa época em que as dificuldades económicas são cada vez maiores, tendemos (in) conscientemente a sentirmo-nos mais taciturnos e pessimistas no nosso diaa-dia. Cabe a cada um rodear-se de alegria, cor e de uma sensação de bem-estar. Os nossos lares tenderão, à medida de cada um, a ser espaços cada vez mais simples. O mobiliário multifuncional retornará e o mobiliário remade e re-use renovarão a sua importância. As linhas rectas voltarão em força mas com um pormenor de diferença personalizado. Esta personalização, seja ela através da cor – uma cor forte sob um conjunto de cor neutra –, ou através de visuais diferenciadores, como as aplicações vinílicas, ou até mesmo elementos pintados à mão, marcará a tendência de hoje devido à necessidade de nos sentirmos especiais. A cor e o padrão dos tecidos terão o seu papel fundamental nesta personalização. Cores garridas, padrões fortes e dinâmicos marca-
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rão a diferença, com a vantagem de facilmente serem repostos a baixo custo. Assim, os contrastes de cor, quer nos elementos verticais (paredes, cortinados, estantes), quer nos elementos horizontais (sofás, aparadores, consolas), quer sejam aplicados nos acessórios decorativos (almofadas, jarras, molduras) serão o ponto marcante dos lares. A multifuncionalidade do mobiliário tenderá igualmente a imporse não só pela facilidade com que poderemos rapidamente mudar os nossos espaços como também por nos permitir diminuir o mobiliário, deixando-nos mais espaço. O mobiliário remade e o re-use marcarão igualmente esta fase permitindo-nos, não só economizar como dar asas à imaginação e criar… Que princípios básicos se devem seguir, quando se tem uma casa já antiga e com uma decoração obsoleta, mas não se tem possibilidade de fazer uma remodelação total?
balho de gabinete. Que se pretende por cada espaço? Como é vivenciado pelo agregado? Quais as constrições existentes? Qual o orçamento disponível? A partir destes dados elabora-se um plano. Será que mudar pura e simplesmente a disposição do mobiliário e/ou eventualmente suprimir algumas peças, não permitirá renovar um espaço? Será que pintando uma ou outra parede, não será já o suficiente? Ao analisarmos questões como estas e outras tantas que possam surgir, poderemos reduzir ao mínimo a intervenção a fazer. Assim, analisar as necessidades, definir o orçamento e dar asas à imaginação são os princípios básicos que considero essenciais aquando de uma remodelação. O papel de parede ainda está na moda?
Sim. Não só pelo reduzido custo comparativamente a outras intervenções como também devido ao enorme leque de O designer não pode, escolhas disponíveis no não deve fazer um tra- mercado. PUB
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Ao nível da decoração de exteriores, que sugestões deixa?
Sugiro o bem-estar e o aproveitar o ar livre. Espaços que transmitam a calma, que transpirem natureza, onde a preservação do ambiente seja uma linha directora, que convidem ao encontro e ao convívio. A iluminação de exterior é igualmente importante, pois permitir-nos-á criar ambientes distintos de acordo com as nossas necessidades e estado de espírito.
Ambientes adequados à nossa personalidade É possível ter uma casa acolhedora, confortável e com estilo, mas a baixo custo?
Sem dúvida. A cor nos elementos verticais, a aplicação de motivos vinílicos, quer nas paredes, quer no mobiliário, o recurso à adaptação dos objectos e do mobiliário a novas funções, a escolha de tecidos que possibilitem o contraste, permite-nos criar espaços que se adequem ao nosso dia-a-dia e à nossa personalidade. O recurso à iluminação led, permite-nos, a longo prazo economizar, mas principalmente permite-nos criar ambientes variados conforme a diversidade das nossas actividades, quer sejam elas domésticas, profissionais, académicas ou lúdicas.
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Feng Shui
A cor certa para cada divisão da casa A cor é o principal instrumento utilizado pelo Feng Shui na busca de equilíbrio e harmonia num ambiente. Cada cor é relacionada a um dos cinco elementos do Feng Shui (Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal) e proporciona sentimentos e emoções diferentes. Vermelho (cor Yang): é relacionado ao elemento fogo, ao Verão. É a cor do sangue e, consequentemente, que se relaciona à vida e à força e energia vital máxima. O ideal é que esta cor seja utilizada em ambientes que tenham como objectivo a interacção entre pessoas, como a sala de estar ou mesmo a sala de jantar. Amarelo (Yang): O amarelo representa a luz do Sol e o
brilho do ouro. O seu uso melhora a concentração e a facilidade de comunicação.A cor amarela, assim como a vermelha, deve ser utilizada em ambientes como a sala onde se vê televisão. Laranja (Yang): Esta cor segue as recomendações feitas para o uso da cor amarela. Com o devido cuidado, pode ser aplicada nos quartos, principalmente de adultos e de preferência na parede atrás da cama. Azul (Yin): A cor azul está relacionada ao elemento água. Quando usada de forma regrada, proporciona-nos tranquilidade, porém, usado em demasia pode favorecer a introspecção e isolamento. Preto (Yin): de acordo com
o Feng Shui, o seu uso em paredes não é recomendado para ambientes internos. Verde: Pode ser utilizada com bastante liberdade em todos os ambientes da casa. Neste caso, deve-se apenas tomar cuidado para colocar tons suaves de verde nos ambientes como o quarto e a cozinha, podendo nas salas utilizar tons mais brilhantes. Branco: A cor branca pode ser utilizada com total liberdade em toda a casa, tanto externamente como nos ambientes internos. O único detalhe que deve ser observado é a procura pela utilização da cor branca sem brilho em ambientes como quarto ou casa-de-banho e com brilho em ambientes como sala de estar ou cozinha.
Feng Shui é uma antiga arte chinesa que busca a harmonia e o sucesso dentro de um determinado ambiente, através dos cinco elementos da Astrologia chinesa e o equilíbrio do Yin e Yang. Essa harmonia é alcançada através da energia Ch’i , que é a força universal da vida. Quanto mais energia Ch’i existir num ambiente, mais equilibrado e harmonioso ele vai ficar.
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Grandes jardins em espaços pequenos Podemos ter planos ambiciosos para o nosso jardim, mas… e se o espaço não corresponder? Como podemos então projectar um jardim com um impacto grandioso num espaço exíguo? Para conseguir este efeito, deve ter as estruturas e as plantas certas.
char, arrancar ervas daninhas, utilizar o ancinho ou qualquer outro tipo de ferramenta de jardinagem. Para o manter belo bastará regar os vasos de vez em quando.
Um jardim em cima de uma mesa Para quem tem mesmo pouco espaço e até pouco tempo para jardinar, o jardim em cima de uma mesa é a opção ideal. Utilize uma mesa que aguente com algum peso, e encha-a com vasos de flores, plantas de jardim e ervas aromáticas. Neste jardim não vai ser necessário sa-
Relaxe É imprescindível que o seu jardim, por mais pequeno que seja, tenha um espaço reservado para colocar um banco de jardim ou umas cadeiras ou espreguiçadeiras. Porque o jardim não é só para cuidar e regar, o mais importante é desfrutar dele.
Plante vegetais Reserve algum espaço para plantar Misture vegetais. Se quer plantas tomateiros e Comece por fazer uma mistura de flo- pimenteiros, tenha em conta que estes res, por exemplo, bolbos com perenes. vegetais gostam de sol, ao contrário das Deste modo, as cores de Primavera dos alfaces, que preferem a sombra. bolbos e as cores de Verão dos perenes Não dispense as árvores vão misturar-se à medida que vão floMesmo que o jardim seja pequeno, não rindo, proporcionando um aspecto visual bastante alegre. Se quer ter cor no seu descure as árvores, para oferecer sentijardim durante todo o ano, faça uma se- do de estrutura. As variedades de árvolecção e escolha plantas de exterior com res “anão” são a melhor opção para jardins com pouco espaço. tempos de floração diferentes.
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Piscina é uma mais valia para o seu património Quer construir uma piscina, mas não sabe como? As Piscinas Carré Bleu deixam algumas recomendações. A primeira diligência é a consulta do Plano Director Municipal. Cada município pode impor determinadas condições, nomeadamente em relação ao estilo da piscina, altura da piscina, aspecto exterior, distâncias a respeitar… Assegure-se, desde logo, que a zona onde pretende implantar a sua piscina não é a zona classificada (Parque Natural, REN, RAN). Que regulamentos devem ser respeitados?
Para as piscinas descobertas com menos de 100 m2 em que o nível da margem não exceda 0m60 em relação ao solo, é necessário apresentar à Câmara Municipal uma declaração prévia de trabalhos. Para piscinas de exterior com mais de 100 m2 e locais técni-
cos com dimensões superiores Qual o melhor momento para a 20 m2, bem como para as construir? piscinas de interior, a obtenOs trabalhos de terraplação da licença de construção nagem e a construção da sua é necessária. piscina podem ser iniciados a qualquer momento. A estação Deve fazer-se um seguro so- Outono/Inverno permitirá que bre a piscina? o terreno estabilize e, quando Uma piscina é uma mais va- a Primavera se iniciar poderá a lia para o seu património. No começar a embelezar os espacaso de possuir um seguro de ços circundantes (relva, flores, habitação, fale com a sua se- árvores…) . Deste modo beneguradora expondo a intenção ficiará de um Verão num amde construir uma piscina para biente agradável. verificar se é possível realizar Que forma de piscina escouma adenda na apólice existente. Deste modo, a piscina lher? Integrar a piscina no meio será também assegurada. ambiente ajudá-lo-á a escoOnde construir a piscina? lher o modelo. Deverá levar em A localização deve ser objec- consideração o tipo de construto de uma profunda reflexão. ção existente, muros, casas de Há que ter em conta a exposi- apoio, etc. e, obviamente, o orção ao sol, a predominância e çamento disponível e a técnica a orientação dos ventos, a vizi- de construção escolhida, para nhança e a facilidade de aces- que no fim se obtenha a conso para que a realização da jugação perfeita de conforto, sua piscina seja um êxito. estética e funcionalidade.
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Crédito Habitação: como escolher o melhor banco Na escolha de um empréstimo para a casa, a estratégia só pode ser uma: atenta pesquisa do mercado, rigorosa comparação dos encargos e feroz negociação das condições. Conheça as principais características de cada produto, teste vários cenários, verifique as condições propostas pelo seu banco e concorrência. Que cuidados devo ter na escolha do banco? Comece por contactar o seu banco, faça valer a sua posição de cliente e negoceie. Simule diversos montantes para vários prazos. Informe-se sobre as condições de financiamento, como comissões, seguros e impostos legais, e utilize a taxa anual efectiva (TAE) como principal indicador comparativo. Além da simulação para uma subida de 1 e 2% da taxa de juro, peça cálculos para 3 ou 4%. Deste modo, tem melhor a noção do aumento da prestação caso a Euribor volte aos valores de 2008. Se concluir que o esforço é
considerável para suportar a prestação, faça nova simulação para um prazo mais alargado. Quanto mais longo for o prazo, mais caro fica o empréstimo. O que é a taxa de esforço? Este indicador traduz o peso dos empréstimos nos rendimentos do agregado. A maioria dos bancos não concede empréstimos a clientes com uma taxa de esforço superior a 30 ou 40%. Exemplo: família com rendimento mensal líquido de 2 mil euros e prestação mensal do carro de 250 euros; na simulação do crédito à habitação, uma prestação mensal de 500 euros traduz uma taxa de esforço de 37,5% [(250 + 500) ÷ 2 000]. O que é a TAN? A TAN (taxa de juro anual nominal) permite calcular os juros do empréstimo através do prazo e do montante do empréstimo. Se a taxa for fixa, a TAN é indicada pelo banco. Se for variável, a TAN resulta da adição do
Se concluir que o esforço é grande para suportar a prestação mensal e os restantes encargos, faça nova simulação para um prazo mais alargado.
O que é o spread? O spread equivale, grosso modo, à margem de lucro do banco nos contratos de crédito à habitação.
Como reduzir os encargos com juros? Quando possível, amortize antecipadamente com recurso, por exemplo, ao saldo da conta poupança-habitação ou reduza o prazo do empréstimo. indexante com o spread. Atenção à penalização do banco por amortizar total ou parcialmente: Qual a diferença entre a taxa fixa corresponde a uma percentagem soe a variável? bre o capital em dívida (0,5%, se a A taxa fixa não se altera no perí- taxa do crédito for variável, ou 3%, odo estabelecido entre si e o banco. para a fixa). Se, por exemplo, tiver acordado uma O que é a TAE? taxa fixa de 5 anos, a prestação menA Taxa Anual Efectiva reflecte todos sal não se modificará, mesmo que as taxas de juro na zona euro sofram va- os encargos do empréstimo, excepto riações. A taxa variável é mais usual os prémios dos seguros exigidos pelo nos contratos de crédito à habitação. banco. É a taxa mais fiável para comRegra geral, é indexada à Euribor a parar as várias propostas: a que apre3, 6 ou 12 meses e revista trimestral, sentar a TAE mais baixa corresponde semestral ou anualmente, respectiva- ao empréstimo mais barato. Fonte: DecoProteste mente. PUB
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O Futuro do Mercado Imobiliário Nas últimas semanas a sociedade Portuguesa tem discutido ad nauseum as medidas acordadas com o BCE, FMI e UE. É assim da maior importância discutir um dos temas mais transversais na nossa sociedade e que não tem sido abordado na campanha eleitoral: as recomendações de memorando de entendimento para o mercado imobiliário Português. O memorando indica como objectivos para o mercado habitacional “melhorar o acesso das famílias à habitação, promover a mobilidade dos trabalhadores, melhorar a qualidade da habitação, obter uma melhor utilização do parque habitacional e reduzir os incentivos para o aumento da dívida das famílias”. No mercado de arrendamento as principais orientações visam aprovar medidas que equilibrem os direitos e obrigações entre senhorios e inquilinos, reduzam o aviso prévio de rescisão dos contratos por parte dos senhorios e criem procedimentos extrajudiciais de forma a diminuir o tempo de despejo para 3 meses. Na renovação e reabilitação prevê-se, entre outras medidas, a simplificação dos procedimentos administrativos para obras, bem como das regras para transferência temporária dos inquilinos nos edifícios sujeitos a obras de reabilitação. Na tributação de propriedades, a intervenção deverá incidir na avaliação do parque habitacional e nos principais impostos, IMI (aumentar) e IMT (diminuir) e benefícios fiscais (redução das isenções existentes).
É no entanto de realçar que é orientação geral do memorando a criação de excepções para as famílias mais vulneráveis socialmente e com rendimentos mais baixos. Ora, analisando criticamente a parte do memorando dedicada ao mercado habitacional, não se pode deixar de fazer alguns comentários, e de acrescentar algumas reflexões e propostas. Que impacto terão as medidas preconizadas? Será esse impacto estrutural ou meramente circunstancial? Terão o efeito desejado? O objectivo principal é deslocar a procura de habitação do regime de compra para o de arrendamento. No entanto, as famílias nos dias de hoje não recorrem com maior frequência ao arrendamento de habitação porque, em regra, o preço da prestação de uma casa é inferior ao preço da renda. Se adicionarmos a este facto os benefícios fiscais existentes na compra e as taxas de juro baixas, torna-se perfeitamente racional a decisão de compra de habitação por oposição ao arrendamento. Ora, o impacto das medidas tem sempre de ser analisado tendo em conta os seus efeitos do lado da oferta e do lado da procura de habitação. As orientações indicadas no memorando irão incentivar as famílias a optar pelo arrendamento, pois os custos globais de aquisição de um imóvel irão aumentar. Desta forma, é expectável um aumento da procura no mercado do arrendamento.
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No entanto, se a este aumento de procura não corresponder um aumento da oferta de imóveis disponíveis para arrendamento, pelo menos na mesma proporção, a resultante será um preço das rendas mais elevado do que o actual e a consequente diminuição da procura de arrendamento. Ora, se por um lado, no memorando estão previstas, entre outras medidas, a desburocratização de processos, a celeridade nos despejos e a procura de um equilíbrio na relação senhorio/inquilino (excelentes medidas para incentivar os proprietários de imóveis a colocá-los para arrendamento), por outro lado indica-se como orientação o aumento da taxa IMI aos proprietários de imóveis. Este aumento, caso seja uma medida isolada terá de se repercutir no valor das rendas, atenuando assim o efeito das boas medidas anteriormente referidas. É aqui que pode residir o principal problema. O plano é bom do lado da procura de imóveis
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Parece claro que qualquer estratégia que vise aumentar drasticamente a oferta de imóveis de rendimento (i.e. que geram uma receita - renda) no mercado passa por atrair um grande afluxo de capitais para este tipo de investimento. para arrendamento, mas poderá não ser suficiente para aumentar de forma significativa a oferta e atingir o objectivo de aumentar o diferencial entre as prestações e as rendas, de forma a que as famílias optem pelo arrendamento. Posto isto, que soluções adicionais se poderão encontrar? Incentivar o crédito à compra de imóveis para arrendamento poderia ser uma das soluções, mas não resolve o problema de endividamento do país. Estaríamos apenas a transferir dívida de umas entidades (famílias) para outras (investidores). No entanto, esta solução teria o benefício de, em teoria, estes terem
mais capacidade financeira do que aqueles. Aumentar o custo (via impostos) das propriedades devolutas ou não arrendadas é também uma solução preconizada no memorando. Desta forma, incentiva-se a colocação desses imóveis no mercado de arrendamento. No entanto, principalmente nas grandes cidades, a maior parte dos proprietários não tem capacidade financeira para reabilitar às suas custas os edifícios sem recorrer ao crédito. Mais uma vez, esta ideia, sendo interessante e parte de uma solução global, não resolve o problema do endividamento do país. Parece claro que qualquer es-
tratégia que vise aumentar drasticamente a oferta de imóveis de rendimento (i.e. que geram uma receita - renda) no mercado passa por atrair um grande afluxo de capitais para este tipo de investimento. Qualquer investidor tem como objectivo principal a obtenção de um retorno do investimento ajustado ao risco a que está exposto. Adicionalmente, se os custos de contexto forem reduzidos (pouca burocracia, justiça célere e eficaz, ...) tanto mais atractivo se tornará o investimento. Admitindo que a parte da burocracia e da justiça ficarão resolvidas, pois o memorando é bastante explícito a esse respeito, é necessário resolver a parte do retorno do investimento. Hoje em dia poucos investidores aplicam capital em imóveis de rendimento porque a rendibilidade é pouco superior à de um depósito a prazo, e o riso é bastante superior. Desta forma, a questão que se coloca é como aumentar as taxas de retorno deste tipo de in-
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vestimentos? Há duas soluções: ou se aumenta o valor das rendas cobradas ou se diminui os custos associados a este tipo de investimentos (impostos). Ora, como os salários e o poder de compra não irão aumentar no futuro próximo, aumentar as rendas não é solução já que a maioria das famílias não teria taxa de esforço para as pagar. A resposta terá assim de residir na política fiscal. Só criando um incentivo fiscal significativo se poderá proporcionar aos investidores o acréscimo de rendibilidade que os fará deslocar capital de soluções mais conservadoras (depósitos a prazo) para este tipo de investimentos e paralelamente manter ou reduzir o valor nominal das rendas. Caso tal não aconteça, é provável que o impacto das medidas seja meramente residual no mercado da habitação. Jorge Condesso Gestor de empresas
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