Emprego e formaçao 2013

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Suplemento

Emprego & Formação

O Suplemento de Emprego e Formação do Jornal da Bairrada mostra-lhe a oferta que os jovens têm ao seu dispor, sobretudo na escolha de etapas fundamentais, depois do 9.º ano e também do 12.º. Sem esquecer as profissões e cursos à medida de todas as vocações, nem a aprendizagem ao longo da vida.


Suplemento

Emprego & Formação 20 Jornal da Bairrada

30 | maio | 2013

Governo quer fazer crescer o ensino profissional “Queremos desenvolver um sistema dual de ensino profissional, aplicado na Alemanha com imenso sucesso. Gostaríamos que dentro de um ou dois anos tivéssemos mais 50% de alunos neste sistema de ensino. Será também uma forma de reduzir o desemprego jovem”. As palavras são do ministro da Educação, Nuno Crato, e foram proferidas em novembro de 2012, pouco depois do arranque do ano letivo. O Governo quer dar novo fôlego ao ensino profissional e vê nele uma forma de ajudar todos os alunos a completarem o ensino obrigatório. O modelo dual (dirigido a alunos com um histórico de retenção, e que combina um curriculum vitae simplificado com a aprendizagem de três

ofícios) arrancou este ano letivo, em fase de experiência-piloto, em 13 escolas públicas e, tudo indica, deverá estar disponível em centenas de escolas em 2013/14. Paralelamente, o Governo mantém a aposta no ensino profissional “tradicional”, onde, só no ano letivo em curso, foram criadas 12 mil novas vagas (foram abertas 30 mil no total). Como funciona? Às disciplinas-base do ensino secundário, são acrescentadas disciplinas orientadas para o exercício de uma profissão, num universo de 39 áreas de formação. O objetivo é que os alunos estejam preparados para começar a trabalhar na sua área de formação logo após a conclusão do 12.º ano – o que não os impede, contudo, de prosse-

guir estudos para o ensino superior, caso assim o desejem. Durante os três anos do secundário profissional, o ensino é preferencialmente prático, sendo valorizados os estágios curriculares e experiências em contexto de trabalho. No final, os estudantes fazem uma Prova de Aptidão Profissional, onde têm de aplicar as competências adquiridas ao longo do curso. A opção agrada a cada vez mais jovens. Os dados da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional mostram um crescimento exponencial na procura pelos cursos profissionais que, só no ano letivo 2010/2011, conquistaram mais de 124 mil alunos. Aliás, entre 2005 e 2011, a procura cresceu 200%.

A abertura de cursos profissionais está, entre outros fatores, dependente das prioridades formativas definidas pelo Governo, tendo por base as perspetivas de futuro do mercado de trabalho português. Se, antes, a informática e a multimédia eram consideradas áreas a apostar, neste ano letivo as opções mudaram completamente. Na lista de 16 áreas de formação prioritárias definidas pelo Ministério da Educação, o destaque vai para os cursos ligados à indústria, pescas, agricultura, metalomecânica e turismo. Quem pode concorrer ao ensino profissional? Os cursos profissionais destinam-se a alunos que comple-

taram o 9.º ano de escolaridade e que procuram um ensino prático e voltado para o mundo do trabalho. Significa que podem candidatar-se a estes cursos alunos que tenham terminado com sucesso o ensino básico e que tenham menos de 21 anos. Só excecionalmente, em caso de sobra de vagas, são consideradas candidaturas de alunos com idades superiores a 25 anos. Tal como na vertente geral do ensino secundário, os cursos profissionais têm a duração de três anos e as informações relativas aos currículos e condições de acesso devem ser procuradas diretamente nas escolas. Porém, a maioria das escolas da região disponibiliza informação online sobre os cursos cuja abertura está prevista no próxi-

mo ano letivo. Muitas aceitam inclusivamente pré-inscrições, ainda que a matrícula propriamente dita deva ser feita no período de inscrição previsto para todos os alunos do ensino secundário. No caso do modelo dual do ensino profissional, os cursos estão disponíveis para alunos mais jovens, logo a partir dos 13 anos. O objetivo passa por reorientar estudantes que tenham tido três retenções de ano no mesmo ciclo de ensino ou duas retenções consecutivas. No final deste ano letivo, depois de avaliado o trabalho das 13 escolas-piloto onde o sistema esteve em funcionamento, o Governo deverá divulgar mais informações quanto a prazos e condições de acesso.

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Emprego & Formação 22 Jornal da Bairrada

No concelho de Anadia, cerca de 700 candidatos viram os seus percursos suspensos. Acresce a este número os aproximadamente 500 adultos que, nos últimos dois anos de indecisão política, transitaram para o estado de desistentes.

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Novas Oportunidades: e agora? Já lá vão alguns anos desde que foi redigida a declaração de Hamburgo, após uma conferência que, reconhecendo a diversidade dos sistemas políticos, económicos e sociais, apelava à educação de adultos como chave para o século XXI. Uma condição para a plena participação na sociedade, um requisito para a construção de um mundo de diálogo e justiça, a educação de adultos assumiu-se nesta altura como um poderoso argumento a favor do desenvolvimento sustentável, da democracia, da igualdade entre sexos e do desenvolvimento económico e científico. Desde esse momento, um país consciente dos seus baixos níveis de qualificação, PUB

procurou repensar o conteúdo de uma escola dirigida a adultos, construindo progressivamente um projeto em tudo inovador. Pela primeira vez foram repensados estruturas e conteúdos, tendo em conta aspetos como a idade, igualdade entre sexos, necessidades especiais, idioma, cultura e disparidades económicas. A Iniciativa Novas Oportunidades, elogiada por alguns e criticada por outros, surpreendeu pela grande adesão por parte de adultos, técnicos e várias instituições. Com as universidades a assumir a formação dos cerca de 8000 técnicos envolvidos na educação e formação de adultos, pela primeira vez assistiu-se à mobilização de 1,4 milhões

de adultos, que regressaram à escola e fizeram prova das competências de que eram detentores, enriqueceram o seu reconhecimento e aperfeiçoaram as suas qualificações. Não obstante as limitações que o caracterizam, este foi um projeto que venceu estigmas, ultrapassou barreiras geográficas e cimentou percursos de formação eficazes. Resgatou um passado marcado por desigualdades no acesso a um dos mais elementares direitos que se foi convertendo numa necessidade imperiosa: o direito à educação. Incertezas Investimentos avultados

permitiram a criação de verdadeiras redes de qualificação. A comunicação social dá destaque aos 400 mil adultos, dos quais 545 do concelho de Anadia, certificados através do sistema nacional de reconhecimento e certificação de competências. Mas ficam por considerar os cerca de 1 milhão de adultos encaminhados para outras ofertas formativas, que se tornaram reféns da vontade política para prosseguir com o seu percurso de qualificação não só escolar mas, igualmente profissional. No concelho de Anadia, cerca de 700 candidatos viram os seus percursos suspensos. Acresce a este número os aproximadamente 500 adultos que, nos últimos

dois anos de indecisão política, transitaram para o estado de desistentes. Num passado próximo, as mudanças foram programadas para permitir espaços de evolução. Com o adiamento sucessivo da publicação dos documentos orientadores da ação dos Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) que substituiriam os CNO a partir de 31 de março de 2013, e as consequentes incertezas geradas nos centros e na própria sociedade, foi notória a desmotivação de profissionais e candidatos e a descredibilização de toda a estrutura em vias de transição. Quase dois meses passados do prazo estabelecido para a instituição dos novos

centros e renovado paradigma que nos tem sido prometido a educação de adultos permanece sem resposta. Dispensados os técnicos e formadores e sem aprovação de instâncias superiores, as escolas estão impedidas de dar respostas de educação e formação de adultos e encontram dificuldades na preparação do próximo ano letivo. Prolonga-se a espera e não se vê a luz no fundo do túnel, que na conjuntura atual poderia servir de guia a muitos cidadãos, porventura desempregados, que encontram na educação uma forma de dar um novo significado à sua vida. Salomé Ramos & Andreia Silva P´la Ex. Equipa do Centro Novas Oportunidades do Agrupamento de Escolas de Anadia


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PARCEIROS


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Testes psicotécnicos: Prática ajuda a contornar nervosismo A maioria das empresas de média ou grande dimensão não se limita a realizar entrevistas de emprego para recrutar pessoal. Quase todas submetem os candidatos a testes psicotécnicos, onde são avaliadas não só as aptidões intelectuais dos potenciais trabalhadores, como a sua capacidade de trabalhar em grupo ou gerir conflitos, por exemplo. O segredo para ter bons resultados? Praticar (muito) em casa. Os testes psicotécnicos são normalmente exercícios escritos, de escolha múltipla, que devem ser respondidos num período estipulado de tempo (quase sempre inferior ao que se-

ria necessário para responder calmamente a todas as perguntas). Há diversos tipos de teste, consoante as características que o empregador pretende avaliar, mas todos acabam por servir para medir a resistência do candidato a situações de pressão, bem como a sua rapidez de raciocínio e capacidade de gerir o tempo. É normal que a primeira experiência num teste destes não seja positiva. Quanto mais testes fizer, mais facilidade terá de entender as perguntas e em gerir o tempo de resposta. Por isso, o melhor é praticar em casa. Há muitos manuais de testes psicotécnicos online. Comece por descarregar

alguns e faça os exercícios, respeitando as indicações de tempo apresentadas. Insista nas áreas em que encontrar mais dificuldades e com certeza entrará mais descontraído quando tiver de responder aos inquéritos em contexto real. Quando for chamado a prestar provas, tente manter-se calmo e certifiquese de que percebe todas as indicações que lhe são dadas (se não compreender algum ponto, pergunte, não avance sem certezas). Reflita sobre todas as respostas, tentando errar o mínimo possível: é mais importante acertar nas respostas do que conseguir responder ao questionário completo.

Que tipo de testes existe? - Raciocínio (verbal, espacial, lógico, abstrato) - Memória - Interesses e valores - Personalidade - Destreza manual - Resistência à fadiga Exemplo de uma questão de um teste psicotécnico Sou um homem. Se o filho do Joaquim é o pai do meu filho, qual é o meu grau de parentesco com o Joaquim? - Avô - Pai - Filho - Neto - Eu sou o Joaquim - Tio

Exemplos de exercícios de um teste de QI, retirados do site: www.testedeqi.net

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Agrupamento de Escolas de

Oliveira do Bairro O Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro é constituído, desde 2010, por todos os estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho, do Pré-escolar ao 12.º ano – 2260 alunos (11 Jardins de Infância e Escolas 1.º Ciclo, 2 Escolas 2º e 3º Ciclos e uma Esc. Secundária). A elaboração de um único Projeto Educativo, ajustado à realidade do concelho, proporciona continuidade no processo educativo das nossas crianças e jovens, acrescendo a nossa responsabilidade pelo seu percurso escolar e futuro profissional. Daí a nossa prioridade em proporcionar condições de progressão tanto aos alunos com mais dificuldades, escolares ou sociais, como aos excelentes. É importante que todos encontrem o seu caminho, apetrechados com as ferramentas que lhes permitam sucesso na vida ativa. Para isso temos vindo a incentivar o ensino de excelência, motivando os nossos docentes e alunos para a participação em projetos locais ou de âmbito nacional e internacional, promovendo o ensino personalizado, respondendo às dificuldades e oportunidades de cada aluno, estabelecendo protocolos de colaboração com instituições de mérito.

A nossa Oferta Formativa tem ido ao encontro das necessidades do mercado de trabalho e dos interesses dos nossos jovens, incluindo Cursos de Educação e Formação para jovens a partir dos 15 anos, com equivalência ao 9.º ano, e Cursos Profissionais no ensino secundário, em áreas que têm permitido percentagem elevada de empregabilidade ou, em alguns casos, prosseguimento de estudos. Não deixando de parte o ensino pós-laboral, ou complementar, o CNO, na Escola Secundária, certificou nos últimos 2 anos, 487 adultos dos 802 inscritos. Aguardamos agora a abertura da candidatura ao novo sistema de certificação de adultos, vertente que não queremos abandonar. A modernização do parque escolar tem sido prioridade da Câmara Municipal, substituindo os anteriores estabelecimentos do Pré-escolar e 1.º ciclo por modernos Centros Escolares, o que brevemente virá a acontecer com as escolas do 2.º e 3.º ciclos, e tendo já esta autarquia comunicado a sua disponibilidade para receber também a transferência de competências em relação à Escola Secundária.

Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro - 234 747 747 Escola Secundária de Oliveira do Bairro - 234 740 030

Restauração, Variante Mesa / Bar Tarefas fundamentais: preparar o bar - mise-enplace, preparar e realizar o serviço de bar, preparar e servir aperitivos sólidos, refeições ligeiras e bebidas

Curso de Educação e Formação de Jardinagem e Espaços Verdes O Curso de Educação e Formação de Jardinagem e Espaços Verdes(CEF Tipo 2, Nível 2 permite concluir a escolaridade obrigatória, ou prosseguir estudos ou formação, visando o mundo do trabalho.


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Centro de Emprego e Formação Profissional de Águeda

Soluções na área da formação ajudam a responder às solicitações do mercado de trabalho A funcionar desde 1988, e com uma área de influência direta que abrange 5 concelhos: Águeda, Albergaria a Velha, Anadia, Oliveira do Bairro e Sever do Vouga cerca de metade da região do Baixo Vouga - o Centro de Emprego e Formação Profissional de Águeda tem vindo a responder às solicitações do mercado de emprego, contribuindo para o desenvolvimento da região. A Formação Profissional dos jovens, acompanhando a evolução técnica e científica da sociedade, assume atualmente um papel preponderante no desenvolvimento intelectual e na promoção de

IEFP – Centro de Emprego e Formação profissional de Águeda

novas competências, dotando-os da qualificação profissional indispensável às exigências e competitividade do mundo laboral atual.

Uma das Modalidades de Formação Profissional é o Sistema de Aprendizagem, que tem como objetivo qualificar jovens, de forma a fa-

cilitar a sua integração na vida ativa, através de perfis de formação que integram o reforço das competências académicas, profissionais, pessoais e sociais, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. Os Cursos de Aprendizagem destinam-se a jovens que devem reunir, cumulativamente, a idade inferior a 25 anos e 3.º ciclo do ensino básico ou equivalente ou habilitação superior mas sem conclusão do ensino secundário. Também, e face ao elevado número de jovens em situação de abandono escolar e em transição para a vida

ativa, os cursos de Educação e Formação para Jovens visam a recuperação dos défices de qualificação, escolar e profissional, destes públicos, através da aquisição de competências escolares, técnicas, sociais e relacionais, que lhes permitam ingressar num mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Estes cursos, de Educação e Formação para Jovens destinam-se a candidatos ao primeiro emprego, ou a novo emprego, com idade igual ou superior a 15 anos e inferior a 23 anos, à data de início do curso, em risco de abandono escolar, ou que já abandonaram a via regular de ensino

e detentores de habilitações escolares que variam entre o 6.º ano de escolaridade, ou inferior e o ensino secundário. Esta aquisição de saberes no domínio científico e tecnológico aliado a uma sólida experiência no posto de trabalho, releva para desempenhos e produtividades bastante elevadas que, consistentemente, são uma das melhores garantias para evitar situações de desemprego, particularmente o desemprego jovem. José António Gomes Técnico Superior do IEFP – Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Águeda

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Curso Profissional de Restauração, Cozinha/Pastelaria

Técnico de Manutenção Industrial O Técnico de Manutenção Industrial é o profissional qualificado para orientar e desenvolver os trabalhos na área da manutenção, relativamente ao planeamento, implementação, verificação e inovação, de modo a garantir o bom funcionamento das instalações e equipamentos industriais.

Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde Turma com 19 alunos-formandos, no segundo ano de formação, com um conjunto de disciplinas técnicas do domínio da Saúde, Comunicação e Relações Interpessoais, Gestão e Organização dos Serviços e Cuidados de Saúde e Higiene, Segurança e Cuidados Gerais. As aulas destes dois últimos domínios, com caráter teórico-prático, foram lecionadas, ao longo do ano, na Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro, permitindo aos alunos um contacto direto com os problemas destas áreas e uma formação prática muito boa.

Curso Profissional Técnico de Análise Laboratorial no AEOB Mecânico/a de Automóveis Ligeiros O Curso de Educação e Formação (CEF Tipo 2, Nível 2) é uma oportunidade de se poder concluir a escolaridade obrigatória, através de um percurso flexível e ajustado aos interesses do formando, ou prosseguir estudos ou formação que permita uma entrada qualificada no mundo do trabalho.

O Objetivo Global deste curso consiste na formação de técnicos capazes de realizar análises e ensaios químicos, físicos e microbiológicos de acordo com os métodos analíticos mais adequados, garantindo a fiabilidade dos resultados. O curso permite a formação de técnicos que dominam métodos e técnicas de análises qualitativas, quantitativas e instrumentais, capazes de utilizar, testar e avaliar equipamentos de análise de diversas bases tecnológicas, instrumentos e materiais de laboratório e de utilizar equipamento informático para processamento de dados e de resultados. As áreas de empregabilidade dos Técnicos Laboratoriais englobam controlo de qualidade nas mais diversas áreas: alimentar, indústria metalo-mecânica, produtos finais na área da cerâmica, para além da monitorização de normas de higiene, segurança e ambiente, entre outras.


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Quatro ajudas para criar um novo negócio Com a diminuição do emprego, a criação de um novo negócio, e do próprio posto de trabalho, surge muitas vezes como a primeira opção para quem procura regressar à vida ativa. E há apoios públicos para o efeito. Por outro lado, existe hoje um conjunto de instrumentos que pretendem facilitar a passagem do projeto ao mercado e que podem ser a solução para jovens à procura do primeiro emprego ou, simplesmente, para quem tem uma boa ideia. Criação do próprio emprego por desempregados Os desempregados inscritos nos centros de emprego com direito a subsídio podem optar por receber antecipadamente, e de uma só vez, a totalidade das prestações que lhes são devidas, com vista a criarem o próprio emprego. Por

outro lado, no âmbito do PAECPE – Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego, quem queira iniciar um negócio pode aceder a linhas de crédito com juros bonificados, garantia e carência de dois anos no reembolso. Estes empréstimos apoiam quaisquer desempregados inscritos, mas também jovens à procura do primeiro emprego e traba-

lhadores independentes com remuneração média mensal inferior ao salário mínimo. Informações junto ao IEFP. Passaporte para o empreendedorismo Destina-se a licenciados que tenham obtido o seu grau académico nas regiões Norte, Centro e Alentejo e pretendam criar um novo negócio com atividade nestas regiões.

Oferece uma bolsa de 691,70 euros por mês para o desenvolvimento da ideia, durante um período de 4 a 12 meses. Os candidatos devem ter até 30 anos de idade – ou 34 anos no caso de mestrados e doutoramentos – e podem contar com assistência técnica na elaboração do projeto e com aconselhamento por parte de um mentor. A fase 4 – a decorrer – encerrou a 15 de maio

de 2013. Até final do ano, estão previstos mais três concursos. Candidaturas através do endereço http://www.ei.gov. pt/candidaturasnainternet.

tecnológica. O ponto de contacto para o FINICIA é o próprio IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação.

FINICIA Trata-se de um programa que financia a criação de empresas, apoiando igualmente os promotores com instrumentos técnicos e aconselhamento. Estão disponíveis fundos de capital de risco, crédito com garantia e uma combinação de soluções de financiamento. A plataforma FINICIA jovem contempla condições especiais para candidatos até aos 35 anos. Os valores a desbloquear por projeto são muito variáveis e podem ascender a um milhão de euros, dependendo dos casos. São valorizadas as atividades com impacto local e regional e as ideias inovadoras ou de base

Programa de ignição Gerido pela Portugal Ventures, transfere o chamado capital semente para projetos de base tecnológica que estão na fase pré-comercial, isto é, que necessitam de fundos para entrar no mercado pela primeira vez. O financiamento é definido caso a caso, mas pode chegar até 85% do orçamento global, com um limite mínimo de 100 mil euros e um teto máximo de 750 mil euros. As áreas preferenciais de investimento são os sectores das tecnologias de informação e comunicação, eletrónica e web, ciências da vida, recursos endógenos, nanotecnologia e materiais.

Está desempregado? Há novos incentivos no centro de emprego As taxas de desemprego não param de crescer, mas o Governo criou um novo pacote de apoios para tentar travar este número: além de subsídios para os desempregados, há novos incentivos para as empresas que recrutam. No âmbito dos estágios Impulso Jovem, os jovens entre os 18 e os 34 anos podem beneficiar de bolsas de estágio em oito modalidades: passaporte emprego, industrialização, PUB

inovação, internacionalização, economia social, associações e federações juvenis e desportivas, agricultura e administração pública. As condições de acesso dependem da área de trabalho escolhida e as remunerações variam entre os 419 e os 943 euros, consoante a formação académica do beneficiário. Os desempregados (estejam, ou não, a receber subsídio) podem integrar os contratos Emprego-In-

serção ou Emprego Inserção+, que possibilitam a aproximação do desempregado em relação ao mercado de trabalho e o reforço das suas competências. Ambos os programas preveem o pagamento de bolsas de ocupação aos desempregados, bem como o pagamento de despesas de transporte, alimentação e seguro de acidentes pessoais. Estes apoios surgem numa altura em que o

subsídio de desemprego foi reduzido para um período máximo de 26 meses (até 2012 podia estenderse por 38 meses) e passou a corresponder a 65% do salário que o desempregado auferia enquanto trabalhador – desde que não ultrapassando o teto máximo de 1.048 euros. Os desempregados com filhos estão, desde o ano passado, a receber uma majoração de 10% no subsídio.

No caso das empresas, uma portaria publicada a 14 de março, prevê novos incentivos para quem contrata desempregados. Ao abrigo do programa Estímulo 2013 – que já existia, mas foi agora reformulado e alargado – as empresas que contratem pessoas que estejam inscritas no centro de emprego há pelo menos seis meses podem receber apoio estatal durante seis a 18 meses.

Contratar jovens ou desempregados (com pelo menos nove meses de situação de desemprego) possibilita também às empresas obter descontos no IRS e IRC, majorações que podem vigorar durante um período de cinco anos. No próximo ano, as empresas que contratem desempregados com mais de 45 anos terão outros benefícios, como o reembolso total da taxa social única.


PUBLIRREPORTAGEM

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ESCOLA PROFISSIONAL VASCONCELLOS LEBRE Escola de qualidade e de empregabilidade

A Escola Profissional Vasconcellos Lebre da Mealhada dĂĄ resposta Ă quase totalidade dos seus formandos. As taxas de empregabilidade assim o apontam e hoje cerca de 78 por cento dos seus alu-

nos conseguem colocação no mercado de trabalho enquanto outros 20 por cento prosseguem os estudos no ensino superior. As excelentes condiçþes de que dispþe asseguram

um ensino de excelência e essa tem sido a grande maisvalia na captação de alunos que escolhem a EPVL como o primeiro passo (e determinante) para a vida ativa.

testemunhos

C_bQYQ C_QbUc Administrativa/Contabilidade AutomĂłveis do Mondego

FYSd_b 3\Qb_ Administração Marialva Park Hotel Cantanhede

3Qb\Q =YWe~Yc Responsåvel Compras e Produção Adega Cooperativa de Cantanhede

“Decidi frequentar a EPVL porque a minha expetativa era integrar-me no mundo do trabalho apĂłs conclusĂŁo do curso. É Ăłbvio que existe a possibilidade de ir para o ensino superior, no entanto optei por tirar o curso de contabilidade porque jĂĄ tinha informaçþes de pessoas da famĂ­lia e amigos que a EPVL preparava e prepara muito bem os jovens para a integração no mundo de trabalho. Ajudou-me imenso a preparação de um trabalho final (PAP) para verificar as minhas competĂŞncias e todo o desenvolvimento que tive durante todo o curso, assim como fazer um estĂĄgio curricular. Depois da formação trabalhei em algumas ĂĄreas mas atualmente trabalho na ĂĄrea que tirei onde pratico e desenvolvo todas as competĂŞncias que adquiri durante o curso na EPVL. Acho uma escola muito empreendedora para os alunos e alĂŠm disso sĂŁo como uma famĂ­lia pois ajudam sempre os alunos e nunca se esquecem dos que lĂĄ passaram. A EPVL ajuda-nos a crescer.â€? “No meu testemunho o que me apraz dizer ĂŠ que hĂĄ vinte anos, em 1993, quando decidi inscrever-me na Escola Profissional Vasconcellos Lebre - EPVL, foi sem dĂşvida uma boa opção da minha vida, isto porque na EPVL alĂŠm dos bons formadores que existem, tambĂŠm hĂĄ algo fundamental que ĂŠ o ensinamento de valores e isso deve-se ao Eng. Pega, pela excelente Liderança. Enquanto administrador do Marialva Park Hotel em Cantanhede, o curso TĂŠcnico de Contabilidade que conclui na EPVL, tem-me sido Ăştil no dia a dia. Na minha opiniĂŁo, as escolas profissionais sĂŁo um dos pilares da educação neste paĂ­s e a EPVL ĂŠ bem o exemplo disso. Quero aproveitar para agradecer publicamente a todos aqueles que durante trĂŞs anos fizeram parte de uma das etapas da minha vida.â€? “Devo dizer que a escolha da escola Profissional Vasconcellos Lebre foi a melhor opção que tomei. Na altura a ideia que tive de escolher um Curso Profissional foi com o objetivo de no final estar preparada para arranjar trabalho. Frequentei esta escola durante 3 anos, onde fiz o Curso Profissional de Contabilidade e GestĂŁo. Assim que o terminei, tive a oportunidade de arranjar um trabalho na ĂĄrea, nomeadamente na Adega Cooperativa de Cantanhede, onde comecei por ser tĂŠcnica administrativa, hoje estou como responsĂĄvel do departamento de compras e produção. Gostei muito de frequentar a escola, tive professores muito empenhados na formação e sucesso dos alunos, alĂŠm da direção da escola muito rigorosa e preocupada com o bom ambiente e funcionĂĄrios, claro, sempre disponĂ­veis. Por tudo isto fiz questĂŁo e incentivei a minha filha a frequentar esta escola, onde neste momento estĂĄ a tirar o curso de Turismo.â€?

Cores da Ă frica e Sabores da Europa A multiculturalidade estĂĄ bem patente na EPVL. A integração de alunos estrangeiros na grande famĂ­lia da escola ĂŠ uma realidade e fazendo jus a tudo isso estĂĄ a celebrar “O Dia de Ă frica e da Europaâ€?, no âmbito da disciplina de ĂĄrea de integração, numa iniciativa dos alunos de origem africana, que manifestaram o propĂłsito de celebrar o dia de ĂĄfrica tendo apresentado uma sĂŠrie de propostas, que foram aceites pelo corpo docente, que dinamizou a comunidade educativa para a concretização deste projeto.

A exposição “Cores de Ă fricaâ€?, aberta ao pĂşblico atĂŠ ao dia 4 de junho, reĂşne uma sĂŠrie de artefactos, de fotografias, de mĂşsica e de informação sobre os paĂ­ses africanos de lĂ­ngua oficial portuguesa (PALOP). De forma a complementar a divulgação da cultura africana, os alunos propuseram fazer uma breve apresentação do seu paĂ­s de origem e procederem Ă divulgação cultural dos mesmos atravĂŠs de sessĂľes de dança, passagem de vestuĂĄrio e divulgação de tradiçþes como workshop sobre penteados africanos.


Suplemento

Emprego & Formação 28 Jornal da Bairrada

30 | maio | 2013

Aprenda a valorizar o curriculum vitae no estrangeiro Está a pensar emigrar, mas não sabe como transpor o seu curriculum vitae para inglês? Pegar num dicionário para fazer a tradução direta não é solução. Tal como procurar emprego em Portugal, concorrer a postos de trabalho no estrangeiro implica pesquisa, organização e método. O que resulta em França pode não ter o mínimo impacto na Inglaterra. De pa ís pa ra pa ís, a perspetiva de análise sobre os currículos alterase. É certo que o modelo de curriculum vitae Europass deveria funcionar em toda a Europa mas, em alguns países – a Inglaterra é o exemplo mais paradigmático – ele é fator de exclusão imediata. São países onde os patrões estão mais interessados em saber

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que competências adquiriu no seu último posto de trabalho do que o número de anos em que desempenhou funções. Mas vamos por partes. O modelo europeu pode, apesar de tudo, ser um bom ponto de partida. Em http://europass.cedefop.europa.eu/ pode pre-

encher o curriculum vitae online, em três dezenas de línguas diferentes. Mesmo que chegue à conclusão que este modelo não tem impacto no país onde quer trabalhar, esta pode ser uma forma de sistematizar informação relativa à sua carreira – depois de ter esquematizado e orde-

nado cronologicamente o seu percurso, será mais fácil refletir sobre ele e adaptar o seu curriculum vitae a um novo mercado de trabalho. A seg uir, é essencia l pesquisar sobre o país para onde quer emigrar. Não há desculpa para não conseguir informação: basta per-

der algumas horas a navegar online. Todos os dias surgem novos sites que reúnem anúncios de emprego e apresentam dicas sobre mercados de trabalho estrangeiros. Pode ainda procurar por blogues (muitos emigrantes criam páginas pessoais para relatar a sua experiência, que acabam por tornar-se guias de navegação para quem está a iniciar o processo), fóruns ou notícias sobre o país que lhe interessa. Ou, claro, fazer a coisa à moda antiga: através da sua rede de contactos pessoais, procurar chegar à fala com alguém que trabalhe ou tenha trabalhado lá fora e lhe possa dar algumas dicas. Há também empresas online que, mediante paga-

mento, adaptam o seu currículo vitae a um novo país (é o caso da Red Star Resumé, em www.redstarresume.com) e outras que, gratuitamente, disponibilizam os modelos de curriculum vitae mais utilizados noutros países (em http://www. monster.co.uk/, por exemplo, pode encontrar vários modelos utilizáveis no Reino Unido). O currículo deve começar sempre com um pequeno texto, onde são apresentadas as qualidades valorizadas pela empresa à qual se candidata. Mais do que o percurso cronológico, os patrões querem saber que responsabilidades desempenhou e competências adquiriu em atividades anteriores. Cartas de recomendação são muito valorizadas.

Regras de ouro para fazer um bom curriculum vitae Claro, curto e conciso. Assim, em três “cês”, se resume a estratégia de sucesso para obter um bom curriculum vitae. Independentemente da estrutura adotada (a mais comum, o modelo europeu, está disponível para preenchimento online ou download em http:// europass.cedefop.europa.eu) há que saber selecionar e dosear a informação a inserir. Eis algumas dicas. Manter o foco no essencial Escolha informações que possam representar mais-valias no desempenho da função à qual se candidata. Se concorre a uma vaga de engenheiro informático, pouco importa se organiza todos os anos um festival gastronómico na sua terra. Mas se vai candidatar-se a um cargo de gestão ou organização de eventos, esse dado pode ser relevante. Duas folhas no máximo Pode ser difícil selecionar, mas nenhum empregador

derança se não se apresentar exemplos concretos onde estas capacidades tenham sido colocadas à prova. Contextualize sempre as suas aptidões pessoais. Sinceridade A mentira tem perna curta e provavelmente seria desmontada logo na entrevista de emprego. Seja sincero. terá tempo ou paciência para ler um curriculum vitae com mais do que duas ou três páginas. Elimine dados demasiado antigos ou acessórios. Organização É essencial que a informação esteja hierarquizada e claramente dividida. Deixe espaço em branco suficiente entre as várias secções: dados pessoais, formação, experiência profissional e aptidões pessoais, por exemplo. Exemplificar sempre Pouco adianta apregoar que se tem espírito de equipa ou uma forte capacidade de li-

Fotografia Se optar por colocar fotografia, procure que ela transmita uma imagem de profissionalismo e que não cause dúvidas em relação à aparência real. A imagem deve, por isso, incluir rosto e ombros, revelar alguma sobriedade e ter fundo neutro. Não são aconselháveis alças, decotes, t-shirts, fatos de banho e roupa desportiva. Boa aparência Certifique-se que o documento está bem formatado e não apresenta gralhas ou erros ortográficos.


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