Especial Avelãs de Caminho

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especial

Jornal da Bairrada 23 | fevereiro | 2012

Avelãs de Caminho

ASAC é um pilar no seio da população Problema ∑ Falta de espaço é o maior constrangimento A Associação Social de Avelãs de Caminho (ASAC) foi fundada a 19 de abril de 1993 e, de lá para cá, não mais parou de crescer. Neste momento, a falta de espaço físico, tanto ao nível do interior como do exterior, é a maior dor de cabeça da direção, sem esquecer a necessidade de fazer avançar, a curto prazo, o restauro do edifício que começa a acusar o peso da idade, mas também a necessidade de concluir a certificação das respostas sociais, estando ainda em projeto a criação de uma nova resposta social. “Lutamos, diariamente, com falta de espaço, nomeadamente na cozinha, lavandaria, arrumos e não possuímos uma zona onde os nossos utentes possam usufruir de espaços abertos, espaços verdes” referiu a JB Leonilde Rasga, presidente da direção da ASAC. Com lotação esgotada na maioria das valências, a instituição, localizada no centro da localidade, paredes meias com a sede da Junta de Freguesia, integra, presentemente, no apoio à Infância: CAF, 23 crianças; Creche, 20 bebés e em CATL, 24 crianças. Na terceira idade, a situação é mais dramática, de-

vido à longa lista de espera para a valência de Lar. Neste momento, o Centro de Dia tem 19 utentes e o Lar 30, ultrapassando o limite dos acordos com a Segurança Social, tendo apenas o Serviço de Apoio Domiciliário inscritos 10 idosos. Leonilde Rasga e Margarida Neves, diretora-técnica, revelam que, para levar a bom porto a gestão de uma instituição com estas características, é necessário muito controle, boa dose de imaginação, dinamismo e presença permanente. Numa época de crise e de dificuldades crescentes que o país e a região atravessam, a ASAC debate-se também com alguns constrangimentos de ordem financeira, de-

correntes de certa forma da realidade do país. Daí que também esta instituição assista a um crescente aumento de despesas e a uma diminuição das receitas, fruto das dificuldades sentidas por várias famílias e utentes em cumprirem com o pagamento das mensalidades. Mesmo assim, a instituição vai lutando diariamente, por levar a bom porto os projetos em curso. Com 19 anos de vida, a proximidade da instituição com a população é uma realidade. A forte ligação com as gentes da terra é evidente, já que não faltam a um evento promovido pela instituição. Por outro lado, é reconhecida localmente a qualidade dos serviços prestados pelos colaboradores da instituição. “O calor humano e o bom relacionamento entre direção, colaboradores, utentes, famílias e comunidade ajudam, assim, a superar a maior parte das dificuldades”, confessa Leonilde Rasga, avançando ainda que os principais apoios são os subsídios da Segurança Social, alguns donativos de particulares, de associações de emigrantes bairradinos e locais.

textos∑ Catarina Cerca

De posto da GNR a Casa Cultural A Casa Cultural de Avelãs de Caminho está sob a alçada da Junta de Freguesia e foi instalada em outubro de 2007, no antigo posto da GNR. Com a saída daquela força militar da freguesia, a Junta de Freguesia decidiu transformar o espaço numa infraestrutura vocacionada para a Cultura. Localizada no centro da povoação, junto ao IC2, este espaço integra uma pequena biblioteca, com sala de leitura e Espaço Internet. Embora tenha tido maior fulgor quando surgiu, hoje, a Casa Cultural continua de portas abertas à comunidade, mas é aqui que também desenvolvem o seu trabalho, o Grupo de Cantares “Sons de Avelãs” e a Associação Cultural Avelense 1514 . “Este espaço foi criado pela Junta de Freguesia para dinamizar e promover a cultura e o lazer”, revela o autarca César Andrade, debruçando-se sobre a pequena biblioteca, criada graças ao esforço de muitos fre-

A Casa da Cultura recebe várias iniciativas gueses que cederam parte do espólio existente. “No início, como era novidade, vinha muita gente buscar livros. Agora, são menos os que aqui vêm”, diz, admitindo também que o Espaço Internet também já teve mais adesão. “Tivemos de controlar melhor este espaço, que nem sempre era usado para os melhores fins”, avançou ainda, admitindo também que este decréscimo na procura poderá estar relacionado com o facto de, agora, a Casa Cultural não ter funcionário permanente e

sempre que alguém precisa de ali ir ter de procurar a chave junto dos elementos da Junta de Freguesia. “Tínhamos uma pessoa aqui colocada pelo Centro de Emprego. Como os dois últimos pedidos de pessoal foram recusados, a Junta de Freguesia optou por abrir o espaço sempre que é solicitado”, sendo certo que o espaço abre, diariamente, durante as tardes e noites, uma vez que aqui também têm funcionado cursos de pintura e bordados, mas também as formações das Novas Oportunidades.

Escola de Música é uma mais valia Apadrinhada pela Junta de Freguesia, a Escola de Música funciona praticamente todos os dias - incluindo sábados do lado da manhã - permitindo que mais de uma dezena de crianças tenham acesso a aulas de música (viola, acordeão e flauta) com um professor credenciado. Criada em 2009, o balanço do trabalho realizado é bastante positivo, reconhece o autarca César Andrade,

que recorda que, quando este projeto foi lançado, começou com apenas cinco alunos.

“A Junta fez um esforço para criar este espaço e tem cedido instrumentos por forma a dar todas as condições para ocupar as crianças”, diz. Com muita paciência, empenho e dedicação, este projeto tem dado bons frutos, prova disso os espetáculos já realizados. “As crianças atuaram a 17 de dezembro, na festa de Natal, na Casa do Povo, e foi muito bonito de ver”.

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Rua das Flores, n.º 65 | AVELÃS DE CAMINHO | T.: 234741290 | junta@avelasdecaminho.pt Atendimento público 2ª Feira das 21h00 às 22h30


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