Especial Avelãs de Caminho

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Avelãs de Caminho

ASAC é um pilar no seio da população Problema ∑ Falta de espaço é o maior constrangimento A Associação Social de Avelãs de Caminho (ASAC) foi fundada a 19 de abril de 1993 e, de lá para cá, não mais parou de crescer. Neste momento, a falta de espaço físico, tanto ao nível do interior como do exterior, é a maior dor de cabeça da direção, sem esquecer a necessidade de fazer avançar, a curto prazo, o restauro do edifício que começa a acusar o peso da idade, mas também a necessidade de concluir a certificação das respostas sociais, estando ainda em projeto a criação de uma nova resposta social. “Lutamos, diariamente, com falta de espaço, nomeadamente na cozinha, lavandaria, arrumos e não possuímos uma zona onde os nossos utentes possam usufruir de espaços abertos, espaços verdes” referiu a JB Leonilde Rasga, presidente da direção da ASAC. Com lotação esgotada na maioria das valências, a instituição, localizada no centro da localidade, paredes meias com a sede da Junta de Freguesia, integra, presentemente, no apoio à Infância: CAF, 23 crianças; Creche, 20 bebés e em CATL, 24 crianças. Na terceira idade, a situação é mais dramática, de-

vido à longa lista de espera para a valência de Lar. Neste momento, o Centro de Dia tem 19 utentes e o Lar 30, ultrapassando o limite dos acordos com a Segurança Social, tendo apenas o Serviço de Apoio Domiciliário inscritos 10 idosos. Leonilde Rasga e Margarida Neves, diretora-técnica, revelam que, para levar a bom porto a gestão de uma instituição com estas características, é necessário muito controle, boa dose de imaginação, dinamismo e presença permanente. Numa época de crise e de dificuldades crescentes que o país e a região atravessam, a ASAC debate-se também com alguns constrangimentos de ordem financeira, de-

correntes de certa forma da realidade do país. Daí que também esta instituição assista a um crescente aumento de despesas e a uma diminuição das receitas, fruto das dificuldades sentidas por várias famílias e utentes em cumprirem com o pagamento das mensalidades. Mesmo assim, a instituição vai lutando diariamente, por levar a bom porto os projetos em curso. Com 19 anos de vida, a proximidade da instituição com a população é uma realidade. A forte ligação com as gentes da terra é evidente, já que não faltam a um evento promovido pela instituição. Por outro lado, é reconhecida localmente a qualidade dos serviços prestados pelos colaboradores da instituição. “O calor humano e o bom relacionamento entre direção, colaboradores, utentes, famílias e comunidade ajudam, assim, a superar a maior parte das dificuldades”, confessa Leonilde Rasga, avançando ainda que os principais apoios são os subsídios da Segurança Social, alguns donativos de particulares, de associações de emigrantes bairradinos e locais.

textos∑ Catarina Cerca

De posto da GNR a Casa Cultural A Casa Cultural de Avelãs de Caminho está sob a alçada da Junta de Freguesia e foi instalada em outubro de 2007, no antigo posto da GNR. Com a saída daquela força militar da freguesia, a Junta de Freguesia decidiu transformar o espaço numa infraestrutura vocacionada para a Cultura. Localizada no centro da povoação, junto ao IC2, este espaço integra uma pequena biblioteca, com sala de leitura e Espaço Internet. Embora tenha tido maior fulgor quando surgiu, hoje, a Casa Cultural continua de portas abertas à comunidade, mas é aqui que também desenvolvem o seu trabalho, o Grupo de Cantares “Sons de Avelãs” e a Associação Cultural Avelense 1514 . “Este espaço foi criado pela Junta de Freguesia para dinamizar e promover a cultura e o lazer”, revela o autarca César Andrade, debruçando-se sobre a pequena biblioteca, criada graças ao esforço de muitos fre-

A Casa da Cultura recebe várias iniciativas gueses que cederam parte do espólio existente. “No início, como era novidade, vinha muita gente buscar livros. Agora, são menos os que aqui vêm”, diz, admitindo também que o Espaço Internet também já teve mais adesão. “Tivemos de controlar melhor este espaço, que nem sempre era usado para os melhores fins”, avançou ainda, admitindo também que este decréscimo na procura poderá estar relacionado com o facto de, agora, a Casa Cultural não ter funcionário permanente e

sempre que alguém precisa de ali ir ter de procurar a chave junto dos elementos da Junta de Freguesia. “Tínhamos uma pessoa aqui colocada pelo Centro de Emprego. Como os dois últimos pedidos de pessoal foram recusados, a Junta de Freguesia optou por abrir o espaço sempre que é solicitado”, sendo certo que o espaço abre, diariamente, durante as tardes e noites, uma vez que aqui também têm funcionado cursos de pintura e bordados, mas também as formações das Novas Oportunidades.

Escola de Música é uma mais valia Apadrinhada pela Junta de Freguesia, a Escola de Música funciona praticamente todos os dias - incluindo sábados do lado da manhã - permitindo que mais de uma dezena de crianças tenham acesso a aulas de música (viola, acordeão e flauta) com um professor credenciado. Criada em 2009, o balanço do trabalho realizado é bastante positivo, reconhece o autarca César Andrade,

que recorda que, quando este projeto foi lançado, começou com apenas cinco alunos.

“A Junta fez um esforço para criar este espaço e tem cedido instrumentos por forma a dar todas as condições para ocupar as crianças”, diz. Com muita paciência, empenho e dedicação, este projeto tem dado bons frutos, prova disso os espetáculos já realizados. “As crianças atuaram a 17 de dezembro, na festa de Natal, na Casa do Povo, e foi muito bonito de ver”.

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Boccia com muitos adeptos Modalidade ∑ Promove o convívio salutar e evita o isolamento dos idosos O Boccia, em Avelãs de Caminho, é um projeto que surgiu em 2006, quando se tentou dinamizar a modalidade na zona da Bairrada. Na altura, a equipa, apesar da inexperiência, participou no I Torneio de Boccia da Bairrada (onde estiveram presentes mais 15 equipas) e venceu este 1.º Torneio, depois de disputar a final com a equipa “já veterana” na modalidade, da Santa Casa de Oliveira do Bairro. Após este primeiro êxito em competições, aumentou o interesse, pelo que mais pessoas passaram a integrar o grupo com vista à participação em campeonatos de dimensão nacional. Graça Veiga (Gerontóloga) e Maria João Santos (Psicóloga) são as responsáveis/treinadoras que deram corpo ao projeto e é Graça Veiga que faz a JB um balanço muito positivo, tendo em conta a importância desta modalidade para combater a solidão, o isolamento, a tristeza, promovendo o convívio, a união, a partilha e a boa disposição. “O sucesso deve-se ao facto desta faixa etária se identificar com a modalidade, e por ela ser uma novidade e não estar dependente de estereótipos”, refere, acrescentando que se trata de uma modalidade que permite, a pessoas com limitações distintas, jogar sem problemas. “Temos casais a jogar e até a treinar, ao serão, em casa”, evidenciando a im-

portância e forma séria como encaram a modalidade. Os jogadores e adeptos comentam jogos adversários, delineiam estratégias, ensaiam jogadas e até criticam decisões dos árbitros. É assim que as equipas de praticantes de boccia da freguesia de Avelãs de Caminho encaram a modalidade que, implantada na freguesia, é cada vez mais querida e acarinhada por todos. Atualmente, integra-na 15 elementos de Avelãs de Caminho e Mogofores, havendo interesse de outros elementos do concelho em integrarem a equipa. Habitualmente, os treinos realizam-se na Casa do Povo de Avelãs de Caminho, às terças-feiras, das 14h30 às 17h. Nesta época, participam, pela terceira vez consecutiva, no campeonato nacional, nas provas individuais e em grupo, estando prevista ainda a participação na Taça de Portugal, individu-

al e equipas. De destacar os resultados obtidos na época passada, onde as equipas se classificam entre os 20 melhores nos Campeonatos Nacionais, obtendo o 2.º e 7.º lugares nas provas regionais, nas classificações de equipas, igualando os bons resultados nas provas individuais. Graça Veiga realça o facto de “todas as sessões serem proporcionadoras de um convívio entre os técnicos e jogadores, facultando a sinalização de problemas pessoais, assim como momentos de convívio e entreajuda dos jogadores e técnicos, sendo uma forma de transformar estas equipas, num grupo forte e unido”. O apoio da comunidade é igualmente notório: “nas saídas para competições, as equipas são acompanhadas por dezenas de apoiantes, que sofrem, aplaudem ou criticam as jogadas, mas orgulhosamente ouvem

o nome da sua terra a ser referenciado, por pessoas de todo o país, quando chegam ao local do jogo”, acrescenta. Neste momento, a maior carência da equipa é o campo de treino. A Casa do Povo tem um pavimento em tijoleira que condiciona o percurso das bolas, para além de ser um espaço muito frio e desconfortável para esta faixa etária. No entanto, são a Casa do Povo local e a Junta de Freguesia os principais apoios, ao longo da existência da equipa que conta ainda com o apoio de patrocinadores. “Na época 2010/2011 foi realizada uma parceria com a Clínica Belorizonte – clínica de Saúde local, para apoio na aquisição de equipamento e para questões clínicas relacionadas com a modalidade. Este ano, foi pedida a colaboração da Câmara Municipal de Anadia, para as despesas de deslocação e para a aquisição de um Kit de boccia, estando a aguardar resposta”, diz Graça Veiga que destaca que para a nova época, a começar em março, as equipas preparam-se para novos desafios. A participação no Campeonato Nacional e na Taça de Portugal voltam a ser prioridades para as equipas e de forma individual. “Mas, a originalidade reside no facto de serem pessoas da comunidade, da freguesia e não ligadas a uma instituição a praticarem a modalidade com grande dinâmica”, conclui.

Grupo “Sons de Avelãs” leva nome da freguesia bem longe

O grupo de cantares “Sons de Avelãs” foi criado no ano de 2006 e tem ajudado a levar bem longe o bom nome da freguesia, integrando o projeto cultural da Junta de Freguesia. Assim, sob a alçada desta, este grupo integra 13 elementos, sendo dirigido pelo maestro Joaquim Peixinho. “Sons de Avelãs” é um grupo de música popular portuguesa e tem, ao longo destes quase seis anos de vida, alargado o seu reportório, que neste momento já é vasto. “Todos os anos, temos a preocupação de ensaiar novos temas musicais para apresentar ao público”, avança o autarca César Andrade, também ele elemento deste grupo que atua, sobretudo em festas e arraiais populares na região, mas também em inúmeros eventos de cariz solidário. “Sempre que somos solicitados para atuar em eventos de natureza social/solidários, estamos disponíveis, porque

essa é também uma razão da nossa existência”, revela o autarca, sublinhando que “gostamos muito de sair, de levar bem longe o nome da nossa terra, pois embora não sejamos profissionais, somos um grupo de amigos com uma grande paixão pela música popular portuguesa”. A JB, César Andrade adianta ainda que “o grupo não tem por finalidade primeira arranjar dinheiro”. Embora a questão financeira seja importante - procurando ser o mais autónomos possível - reconhece que o apoio da Junta de Freguesia tem sido fundamental na vida do grupo, o mesmo já não se podendo dizer do apoio da Câmara Municipal de Anadia, que nem sempre aparece. O grupo reúne-se às terçasfeiras, na Casa Cultural, para ensaiar. Para este ano estão já calendarizadas atuações na Casa do Povo local, mas também uma saída para Sever do Vouga. PUB

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22 ESPECIAL | FREGUESIA DE AVELÃS DE CAMINHO

ACRAC quer pavilhão polidesportivo e piscina A ACRAC - Associação Cultural e Recreativa de Avelãs de Caminho foi fundada por uma série de pessoas de boa vontade, que iniciaram um pedido pela população, sob a forma de títulos de empréstimo, contudo a maior parte deles (a quase totalidade) seriam, mais tarde, oferecidos sem qualquer devoluç ão do s montantes emprestados. A sua fundação data de 1988, sendo as modalidades promovidas, o atletismo, o futebol, o tiro ao prato, o auto cross, o motocross e o ciclismo. Criada com o objetivo de desenvolver na freguesia a parte Social, Cultural e Desportiva, no decorrer dos anos, foi a parte desportiva que obteve desenvolvimento mais significativo, tendo-se adquirido, no início do ano 1992, diversos terrenos, com a área de 26.559 m2 (praticamente pago por um número significativo de concidadãos), localizados nas Matas, para implantar a associação. No decorrer dos

anos, e após os terrenos terem sido aterrados com milhares de metros cúbicos de terra, foram construídos um Campo de Futebol, com os respetivos balneários, um Bar e seus sanitários e um fosso de Tiro aos Pratos (modalidade que mais projetou a coletividade), hoje equipado com máquina robot, para a prática das modalidades olímpica e universal, pista para auto cross ou motocross em fase de acabamento. No respeitante aos eventos verificados no Complexo Desportivo, eles têm sido em número bastante elevado, pois desde castanhadas, passeios cicloturísticos, futebol, kart cross e tiro aos pratos, tudo tem sido realizado com êxito, havendo a salientar o desafogo económico da coletividade que tem em carteira importantes projetos como a implantação de uma quadra de ténis, piscina, pavilhão polidesportivo e grupo motard, assim hajam verbas e boas vontades.

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APPACDM promove integração do deficiente mental na sociedade Futuro ∑ Continuar na vanguarda da reabilitação da pessoa com deficiência Oficialmente, a APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Anadia começou a 22 de janeiro de 1990, com 16 utentes, sete professores destacados da DREC e uma auxiliar, em instalações gentilmente cedidas pela Santa Casa de Sangalhos. A criação desta instituição prendeu-se com a necessidade sentida por um grupo de pais de criar no concelho de Anadia uma estrutura educativa de apoio local à pessoa com deficiência, uma vez que na altura existia um elevado número de crianças e jovens com deficiência sem qualquer tipo de apoio. Atualmente, trabalham na APPACDM 80 pessoas remuneradas e algumas que voluntariamente prestam algum serviço à instituição que apoia cerca de 150 cidadãos, entre utentes, formandos e alunos distribuídos pelas seguintes respostas: Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), Formação Profissional, Escola de Ensino Especial, Serviço de Apoio Domiciliário, três Lares Residenciais (Vilarinho do Bairro, Avelãs de Caminho e Montouro-Anadia), afetos ao Edifício sede, em Avelãs de Caminho. No polo da Mealhada, no Centro de Santo Amaro de Casal Comba, existe ainda um CAO e um Lar Residencial, assim como a APPACDM possui, como suporte a estas respostas sociais, um picadeiro, uma piscina aquecida e uma quinta,

em Vale de Avim. Madalena Cerveira, presidente da direção, avança a JB que, “para otimizar os serviços, temos celebrado algumas parcerias, das quais destacamos com as Câmaras Municipais de Anadia e Mealhada, Hotel das Termas da Curia, Estalagem de Sangalhos, GNR, ANDDI em desporto de competição, entre outros”. Esta responsável avança ainda que a relação com a população é de grande proximidade. “A instituição sentiu isso, de forma mais evidente, por exemplo, em jantares de angariação de fundos, que realizou. Verificou-se uma boa adesão e participação. Presentemente, também sentimos essa relação no aumento do número de sócios e afluência à utilização da piscina, quer através das inscrições, na Fisioclínica Marialva de Anadia, quer em aulas de hidroginástica na própria instituição”, refere Madalena Cerveira. E, se com a população o relacionamento é bom, também o envolvimento dos pais na dinâmica da instituição, atualmente, ultrapassa a participação nos órgãos so-

ciais e começa a traduzir-se na vida da organização, de uma forma ativa e direta, denotando maior sensibilidade e envolvência num projeto que também tem que ser deles. Graças à APPACDM, a vida dos cidadãos portadores de def iciência mental, nos concelhos de Anadia, Oliveira do Bairro, Mealhada, Águeda e Cantanhede mudou significativamente, muito em especial ao nível da qualidade de vida, que passou a respeitar um projeto estruturado de desenvolvimento promotor de competências que visam a sua integração social numa dinâmica de igualdade de oportunidades. “As famílias passaram a ter um cuidado especial e passaram a beneficiar de um serviço técnico mais permanente, muito em particular nas áreas do Serviço Social e da Psicologia da instituição”, acrescenta, sublinhando o apoio aos utentes, formandos e alunos, o alargamento dos serviços prestados, através de diferentes terapias (fisioterapia, hipoterapia, hidroterapia, psicomotricidade, terapia da fala e terapias ocupacionais)

e cursos de formação profissional com dupla certificação. Numa época de crise, as maiores fragilidades estão, neste momento, no parque automóvel que necessita de ser renovado, exibindo algumas viaturas estado avançado de degradação. “Esta era uma carência que se colmatava com os apoios das empresas privadas e até das autarquias, que dada a conjuntura económica, não têm sido tão presentes”, diz Madalena Cerveira. Apesar das dificuldades atuais, Madalena Cerveira considera haver espaço para crescer, aceitando novos desafios e tentando responder a todas as solicitações que são colocados pelas necessidades das pessoas com deficiência mental e suas famílias. “A mudança permanente do mundo obriga a inventar novas formas de estar nele e a reabilitação das pessoas com deficiência não se pode rever em qualquer forma de comodismo”, adianta. Por isso, o futuro será para consolidar a liderança dos serviços, investindo proativamente em novos desafios, novas oportunidades, apostando no desenvolvimento profissional dos colaboradores e implementando melhores práticas de gestão e de prestação de serviços. “Consubstanciamos, assim, as nossas visões, missão e políticas, mantendo-nos na vanguarda da reabilitação da pessoa com deficiência”, conclui aquela responsável.


FREGUESIA DE AVELÃS DE CAMINHO | ESPECIAL 23

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Casa do Povo, dinâmica e pujante Atividades ∑ Direção promove eventos vários para aproximar população da coletividade A Casa do Povo de Avelãs de Caminho completa, este ano, Bodas de Diamante (75 anos). Tão significativa data será assinalada, em maio, com um jantar comemorativo que está a ser preparado pela direção composta por Jaquelina Santos, presidente; Herculano Conde, vice-presidente; Renato Fernandes, secretário; Maria Angelina Perrães, tesoureira e José Pedro Negrão, vogal. “Uma equipa coesa, sempre em sintonia”, diz-nos em entrevista Jaquelina Santos, justificando que esse facto poderá constituir “o segredo para que as iniciativas promovidas tenham vindo a aproximar a população da coletividade”. Balanço muito positivo. Embora o primeiro ano de posse tenha sido determinante para legalizar a Casa do Povo, pois foi necessário alterar e atualizar estatutos, só no ano seguinte a direção começou a trabalhar para fora, para a comunidade, dando corpo a um projeto ambicioso, mas com os pés bem assentes na terra. O balanço é, por isso, muito positivo, mas o objetivo primeiro desta equipa foi “manter a Casa do Povo com atividades regulares, aproximando a população da instituição”, acrescentou. Um processo lento, moroso, muito trabalhoso, mas que tem dado bons frutos. “Hoje, a população aparece, participa e todos juntos dão ânimo e alento à direção que, continua determinada em inovar e proporcionar novas experiências à população que serve”, adianta aquela responsável. As iniciativas têm, por isso, sido várias, mas as mais marcantes que têm passado de uns anos para os outros são: o Desfile de Vestidos de Noiva com mais de 20 anos (a realizar em abril); o passeio cicloturístico (a realizar em junho); o programa de exercício “A caminho do

A Segredo da direção é a união dos seus elementos verão sem barrigão”; os cursos de arraiolos e pintura e a Festa do Emigrante, em agosto, aquando dos festejos em honra da padroeira. Jaquelina Santos sublinha que o programa “A caminho do verão sem barrigão” convida a população à prática de exercício físico: caminhadas, ginástica e passeios de bicicleta que pretende manter a população ativa e promovem o convívio. Inovar constantemente. Mas são também os cursos de pintura e bordados que têm trazido mais pessoas da comunidade à Casa do Povo. A JB, Jaquelina Santos diz que os cursos de artes decorativas, pintura em tecido e de arraiolos foram um sucesso, pelo que no próximo mês de abril vai arrancar o curso de arraiolos, estando a direção a ponderar novas formações para cativar mais pessoas, nomeadamente através de um curso em artes florais. “Tentamos promover cursos que digam algo às pessoas, coisas novas, e com professores da terra”, refere, dando conta que a mensalidade é meramente simbólica, revertendo a favor da Casa do Povo. Mas uma das iniciativas mais marcantes foi a criação do desfile de vestidos de noiva, com

mais de 20 anos. Em dois anos já foram realizadas quatro edições desta iniciativa que enche o salão de festas da Casa do Povo. Uma estratégia para cativar mais pessoas e que tem dado igualmente bons resultados. Em abril próximo será realizado mais um desfile, aguardando a direção casa cheia. “Temos de ser muito inteligentes para ter atividades que façam as pessoas participar. É preciso inovar constantemente”, diz, recordando igualmente o passeio de vespas, em 2011, e a exposição de todos os trabalhos realizados nos cursos de artes decorativas. Teatro para todos os gostos. A aposta desta direção passa ainda pelo teatro. Um desafio que tem mostrado o potencial de muitos filhos da terra. A primeira experiência aconteceu em 2011, com uma noite de teatro, com as peças “O tio maravilhas”, trazido a palco por um grupo de Barrô e a peça “O macaco do rabo cortado”, do grupo de pais e encarregados de educação de Avelãs de Caminho. Seguiu-se, em dezembro desse ano, o espetáculo de variedades (dança, teatro e música) com forte adesão da população, o que também aconteceu já este ano, com a matiné de teatro levada a palco a 29

de janeiro, pelo grupo de Avelãs “A sopa de Pedra” e por pequenos monólogos por pessoas da terra. Para este ano, está ainda em agenda o espetáculo “Os Talentos de Avelãs”, que pretende dar a conhecer os vários talentos dos filhos da terra, a realizar provavelmente em março, e depois do verão, uma exposição de colecionismo, por forma a cativar novamente mais população. Para continuar a levar por diante os projetos, a direção vai começar a cobrar quotas, também estas com um valor simbólico de seis euros por ano, ou seja, menos de 50 cêntimos por mês, verba que se destina a ajudar a custear as despesas fixas. Dinamismo das secções de columbofilia e ciclismo. A secção de columbofilia foi criada em 2006 com objetivo desportivo, por forma a permitir que os columbófilos da freguesia e das freguesias vizinhas pudessem participar em provas regionais e nacionais. Neste momento estão em competição 18 columbófilos, evidenciando o dinamismo que esta secção encerra já que participa em provas de velocidade, fundo e meio fundo. “Adquirimos uma carrinha que leva 36 jaulas para fazer treinos particulares”, diz Herculano Conde, dando conta que a secção ainda não sente a crise, tendo ganho vários prémios. Com apenas três anos de vida, a secção de ciclismo começou com um punhado de amigos. Embora pequena, integra cerca de 20 ciclistas. Promove uma prova anual de ciclismo na freguesia, uma subida ao Caramulo, no 1.º de Maio, e os seus atletas participam em circuitos regionais de BTT. Mais do que desporto, uneos o convívio, sendo também um pretexto para trazer mais gente à coletividade.

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