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Pratos TĂpicos da Nossa RegiĂŁo 0 6Pbca^]^\XP } ^ _aX]RX_P[ U^R^ ST PcaP|z^ cda bcXRP SP 1PXaaPSP 3T]ca^ S^ _P b T P[}\ Ua^]cTXaPb ^ ;TXcz^ SP 1PXaaPSP } PUP\PS^ T \dXc^b bz^ ^b `dT bT STb[^RP\ _a^_^bXcPSP\T]cT w ]^bbP aTVXz^ _PaP ^ STVdbcPa <Pb P 1PXaaPSP ]z^ } bÂ&#x2020; ;TXcz^ 7v ^dca^b _aPc^b c _XR^b STbcP i^]P `dT \TaTRT\ bTa P_aTRXPS^b 2^]WT|P ^b P^ _^a\T]^a bPXQP `dT eX]W^b \T[W^a ^b PR^\_P]WP\ T SXed[VdT P ]^bbP 6Pbca^]^\XP
â&#x20AC;&#x153;Promover a nossa gastronomia ĂŠ mais-valia para divulgar a regiĂŁoâ&#x20AC;? Chefe Gonçalo Melo
â&#x20AC;&#x153;Centro de Portugal e Gastronomiaâ&#x20AC;? Chefe Emanuel da Silva Faria
â&#x20AC;&#x153;A relação do vinho com a comida ĂŠ um jogo de sabores LeitĂŁo, Negalhos, Chanfana... Amores da Curia, Ovos Moles de Aveiro, Bolo de Ança... inesgotĂĄvelâ&#x20AC;? Do prato principal Ă sobremesa, a riqueza da gastronomia bairradina Ă sua mesa! Chefe Luis Pinto
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o sabor tradicional, tal qual se sente... 234 396 166 | info@saltalqual.pt
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ENTREVISTA CHEFE GONĂ&#x2021;ALO MELO Chefe de Cozinha, habilitado com o Curso de Cozinha/Pastelaria, pela Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, onde completou tambĂŠm o Curso de TĂŠcnicas e GestĂŁo Hoteleira, de NĂvel V Exerce, desde setembro de 2012, funçþes de formador e chefe de cozinha na EFTA â&#x20AC;&#x201C; Escola de Formação em Turismo de Aveiro
â&#x20AC;&#x153;Promover a nossa gastronomia ĂŠ uma mais-valia para a divulgação da regiĂŁoâ&#x20AC;? AeQYc Qc ]QYc fQ\YQc TQ WQcdb_ ^_]YQ TQ ^_ccQ bUWY{_ U^dbU 1fUYb_ U 3_Y]RbQ /
Entre Aveiro e Coimbra, encontramos um património gastronómico que muito nos deve orgulhar. Esta Ê, no imediato, uma das mais-valias que podemos e devemos destacar. Nesta região conseguimos toda uma variedade quase inigualåvel, desde os peixes bem frescos da nossa costa, às melhores carnes de raças autóctones, como são exemplo a Arouquesa e Marinhoa, não esquecendo o Leitão da Bairrada e chegando a
Coimbra, a belĂssima Chanfana a fervilhar num tacho de barro preto. Claro que tambĂŠm nĂŁo podemos esquecer uma riquĂssima doçaria, como sĂŁo exemplo os Ovos-moles de Aveiro, o PĂŁo-de-lĂł de Ovar atĂŠ Ă s Arrufadas de Coimbra e ao Manjar Branco, um dos doces conventuais Conimbricenses jĂĄ sĂł visto entre nĂłs em alguns eventos promocionais da doçaria conventual. Defender e promover a nossa gastronomia, reproduzi-la diariamente sem nunca desrespeitar a sua gĂŠnese, serĂĄ, com certeza, uma grande mais-valia para a
divulgação, aquÊm e alÊm fonteiras, da nossa região.
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No que respeita especificamente Ă gastronomia da Bairrada, sou da opiniĂŁo que, mais do que inovar, hĂĄ que Penso que este aproveita- apostar no serviço e produto mento jĂĄ ĂŠ feito, tendo em con- de excelente qualidade. Para ta que a gastronomia consti- quem aprecia o belĂssimo Leitui jĂĄ uma ĂĄrea de enorme tĂŁo da Bairrada, dificilmente importância na captação de se conseguirĂĄ convencer que turistas que nos visitam moti- estĂĄ a degustar tal iguaria, se vados apenas pela descober- a mesma for apresentada e ta do nosso patrimĂłnio gas- atĂŠ confecionada de uma outra forma. Claro que a partir do tronĂłmico. produto-base se podem criar, s `_ccÂ&#x201A;fU\ Y^db_TejYb Y^_fQ}{_ talvez inventar, novas recei4U aeU V_b]Q Q ^_ccQ WQc db_^_]YQ bUWY_^Q\ `_TU cUb ]U\X_b Q`b_fUYdQTQ `U\_ cUd_b debÂ&#x201A;cdYS_/
tas e colocĂĄ-las Ă disposição de quem nos visita, mas estou convicto que esse mesmo produto-base, apresentado e confecionado de acordo com a sua origem, respeitando sempre os mais altos nĂveis de excelĂŞncia do produto e do serviço, serĂĄ sempre o que vingarĂĄ.
ciar uma belĂssima refeição em toda a sua plenitude, deverĂĄ nĂŁo esquecer nunca de provar tambĂŠm alguns dos melhores vinhos produzidos na regiĂŁo. Mas tambĂŠm devemos nĂŁo esquecer que apenas esta combinação nĂŁo chega. HĂĄ que ter em conta que uma boa refeição se deverĂĄ conjugar semE] R_] `bQd_ bUaeUb cU]`bU pre com uma boa companhia, num ambiente de elegância, e] R_] fY^X_/ Esta ĂŠ daquelas clĂĄssicas com uma boa apresentação perguntas em que, na gran- da comida e de quem a serve, de maioria das vezes, jĂĄ sabe- atĂŠ Ă qualidade e formato dos mos a resposta. Sim, um bom copos e dos pratos em que vaprato requer sempre um bom mos degustar a melhor bebida vinhoâ&#x20AC;Ś! Para quem quer apre- e a melhor comida.
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Festas de Natal 2012 ENTRADAS Bolinhos de Bacalhau RissĂłis de CamarĂŁo RissĂłis de Carne
SOBREMESAS Salada de fruta Bolo Rei
BEBIDAS Vinhos Verdes e Maduros Ă guas | Sumos Coca-cola CafĂŠ
EMENTA 1 1 Sopa ou Arroz Malandro 1 Prato (carnes mistas grelhadas) com Batata frita, arroz e salada. Preço: 13,50â&#x201A;Ź
EMENTA 2 1 Sopa 1 Prato (a escolher): Lombo de Porco, Vitela no Forno, Vitela Ă LafĂľes, Escalopes de Vitela, BiďŹ nhos de Porco ou RojĂľes com respetivos acompanhamentos. Preço: 15,00â&#x201A;Ź
EMENTA 3 1 Sopa, 1 Prato (a escolher): Bacalhau com todos, Bacalhau Ă Lagareiro, Bacalhau Ă BeirĂŁ ou Bacalhau Ă ZĂŠ do Pipo. Preço: 16,50â&#x201A;Ź
EMENTA 4 1 Sopa 1 Prato: Bacalhau com Natas 1 Prato de Carne da Ementa 2 Preço: 22,50â&#x201A;Ź
Ementa 5 1 Sopa 1 Prato Bacalhau da Ementa 3 1 Prato de Carne da Ementa 2 Preço: 22,50â&#x201A;Ź
EMENTA 6 1 Sopa 1 Prato de Bacalhau da Ementa 3 1 Prato: LeitĂŁo Ă Bairrada com saladas. Preço: 25,00â&#x201A;Ź
EMENTA 7 1 Sopa (a escolher) 1 Prato: Arroz de Marisco, Arroz de Tamboril com Gambas e Massada de Peixe. 1 Prato de Carne da Ementa 1 Preço: 30,00â&#x201A;Ź
EMENTA 8 1 Sopa (a escolher) 1 Prato: Arroz de Marisco 1 Prato: Cabrito no forno com acompanhamento. Preço: 35,00â&#x201A;Ź
NB: Todas as ementas apresentadas incluem: entradas, sobremesas, bebidas inicialmente apresentadas. Todas as ementas em que são apresentados vårios pratos, aqueles preços entendem-se para uma ementa elaborada com um prato único para todo o grupo. IVA INCLU�DO
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LeitĂŁo da Bairrada O LeitĂŁo da Bairrada ĂŠ uma das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa. Outrora consumido em dias festivos, atualmente move visitantes e turistas para a experiĂŞncia da sua degustação. Merecedor do tĂtulo de Rei, ĂŠ enviado para o estrangeiro como embaixador da gastronomia portuguesa, sendo um cartĂŁo-de-visita da gastronomia da Bairrada.
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ter uma alimentação natural, como Ê uso na região. A sua idade deverå estar compreendida entre um mês e mês e meio no måximo. O seu peso em vivo deverå ser de 7 a 8 kg.
?aT_PaP|z^ T 0bbPSd aP Para garantir a qualidade do LeitĂŁo no prato, ĂŠ necessĂĄrio que se tenham presentes todas as etapas de preparação. A matança do leitĂŁo, outrora de uma forma caseira, artesanal, atualmente pelas imposiçþes legais, evolui para uma matança com maior segurança alimentar, com todos as regras e engenhos obrigatĂłrios. A qualidade do â&#x20AC;&#x153;LeitĂŁo da Bairradaâ&#x20AC;? varia com o saber e arte do assador, nĂŁo deixando, tambĂŠm, de ser importante o tradicional forno em tijolo que, na Bairrada ĂŠ utilizado para cozer o pĂŁo de milho (broa). DeverĂĄ ser aquecido muito bem com lenha (casca de eucalipto ou feixes de vides) atĂŠ ficar bem quente. O rescaldo fica no interior, afastado para os lados e cober to com um
pouco de cinza, que se irĂĄ destapando, ou melhor, abrindo, Ă medida das necessidades. O forno bairradino tem jĂĄ orifĂcios na parede oposta Ă porta, a pouca altura da base, onde se irĂĄ enfiar a ponta da vara (espeto) para apoio. A altura destes orifĂcios ĂŠ um pouco variĂĄvel, depende do tamanho do forno e uso de cada um. Na boca do forno ĂŠ colocado um tijolo que servirĂĄ para apoiar a outra ponta da vara, apoio que tambĂŠm ĂŠ um pouco variĂĄvel de assador para assador. O leitĂŁo introduzido no forno deverĂĄ assar lentamente, durante cerca de 2 horas. Para que a cozedura seja uniforme, deve ser girado manualmente, sendo este um dos segredos da habilidade do assador. A vara, juntamente com o leitĂŁo, vai sendo rodada proporcionando diferentes posiçþes. Um dos segredos da assadura estĂĄ em rodar o leitĂŁo (sem parar) durante os primeiros 30 minutos. Durante o tempo de assadura o leitĂŁo ĂŠ, por vezes, retirado (do forno, nĂŁo da vara) e borrifado
com bom vinho branco da Bairrada. Estes borrifos periĂłdicos feitos com um raminho de louro tĂŞm por finalidade tornar a pele dura e estaladiça, nĂŁo deixando que a pele enfole ou rebente. A pele ĂŠ mais saborosa mas tambĂŠm mais fĂĄcil de cortar e de comer se nĂŁo a deixarmos queimar em demasia. Esta operação ĂŠ completada com a vinda do leitĂŁo quente ao ar frio, ÂŤconstipando-oÂť. Quando, ao rodar a vara, o leitĂŁo nĂŁo acompanhe bem os movimentos desta (o leitĂŁo jĂĄ nĂŁo estĂĄ agarrado Ă vara como no inĂcio, dançando um pouco), poderemos considerĂĄ-lo praticamente assado. Ă&#x2030; o momento de o retirar do forno fazendo-lhe depois um pequeno orifĂcio no ventre para lhe retirar o molho lĂquido, que aĂ se encontra. Depois desta ÂŤsangriaÂť ainda deverĂĄ ir ao forno cerca de 10 minutos para o enxugar um pouco, retirando-o depois em definitivo.
nos, devendo ser sempre colocado na travessa com a pele virada para cima, sem nunca sobrepor os pedaços, para que a gordura nĂŁo altere a textura estaladiça da pele. Na travessa deverĂŁo constar pedaços das trĂŞs partes do leitĂŁo: cachaço, costelas e pernil, para assim poderem ser apreciados e conjugados os trĂŞs sabores da carne. Tradicionalmente deve ser acompanhado por batata cozida com a pele e salada de alface simples (na medida em que o seu tempero excessivo interferirĂĄ com o sabor do leitĂŁo). Ă&#x2030; tambĂŠm usual acompanhar com laranja fatiada - o que, apesar de alterar o sabor desta iguaria, combina bem, jĂĄ que tem um efeito adstringente. Fonte: Confraria GastronĂłmica do LeitĂŁo da Bairrada PUB
Menú económico de 2.ª a 6.ª ao almoço Dia de folga: 2ª feira (noite) Horårio: 08h às 02h
O LeitĂŁo da Bairrada pode ser comido quente ou
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morno para que os seus aromas fiquem mais intensos. No entanto, o LeitĂŁo da Bairrada pode ser servido e comido frio, sendo apreciado por inĂşmeros apreciadores. Tradicionalmente, o leitĂŁo ĂŠ apresentado inteiro, numa travessa de porcelana com o comprimento necessĂĄrio. Antes de servir, e na presença de todos os comensais ou convidados, deve proceder-se Ă apresentação e verificação da boa assadura do leitĂŁo. O chefe de cozinha ou chefe de mesa procede Ă separação da cabeça do LeitĂŁo com um prato. Se a separação dos dois elementos for fĂĄcil, temos a confirmação que o leitĂŁo estĂĄ bem assado. Deve ser trinchado, com tesoura prĂłpria para o efeito (muitas vezes substituĂda pela vulgar tesoura de poda), em pedaços peque-
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A escolha do leitĂŁo ĂŠ fundamental para termos um produto final excelente. De preferĂŞncia deverse-ĂĄ escolher um leitĂŁo nascido e criado na regiĂŁo da Bairrada. BĂsaro e Malhado de Alcobaça, sĂŁo duas raças ideais devido Ă s caracterĂsticas do animal. Trata-se de um leitĂŁo esgalgado e pernalto, de orelhas pendentes. De crescimento lento e engorda difĂcil, estes leitĂľes tĂŞm uma proporção de mĂşsculo maior que de gordura, originando uma carne pouco atoucinhada mas muito entremeada, cujo sabor ĂŠ melhorado com a alimentação, rica e variada. Outrora, dessa alimentação, faziam parte as bolotas dos carvalhos que existem em abundância na mata do Bussaco e, em menor quantidade, por toda a regiĂŁo da Bairrada, o que conferia um sabor particular Ă carne. Mas o leitĂŁo usado na confeção do â&#x20AC;&#x153;LeitĂŁo da Bairradaâ&#x20AC;? nĂŁo tem direito a provar outra iguaria que nĂŁo seja o leite materno jĂĄ que, se o fizer, a carne nĂŁo terĂĄ o mesmo sabor. A mĂŁe do leitĂŁo deverĂĄ
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Cabidela de LeitĂŁo
OPINIĂ&#x192;O CHEFE EMANUEL DA SILVA FARIA 32 anos Natural da Madeira Licenciado em Produção Alimentar em Restauração, pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril Chefe e Formador da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra Locais de Passagem Profissional: Casa da Calçada, Quinta das Lagrimas, Tivoli Madeira, Kontoret-Restaurante-Trondheim, Noruega
Prato tĂpico da RegiĂŁo da Bairrada, confecionado com sangue e miĂşdos do leitĂŁo (coração, pulmĂľes e fĂgado), cortado aos bocadinhos e temperado com o molho do leitĂŁo, banha, sal, azeite, cebola, vinho tinto e ĂĄgua. Tradicionalmente, este prato ĂŠ assado no forno, por baixo do leitĂŁo, aparando o molho que escorre do mesmo.
Centro de Portugal e Gastronomia RegiĂŁo de Portugal onde o Sul e Norte se encontram numa simbiose de sabores e cheiros, tĂŁo caracterĂsticos que faz com os turistas viagem dezenas de quilĂłmetros para degustar uma variedade de pratos tĂpicos da regiĂŁo Centro. Como influĂŞncias gastronĂłmicas na cozinha desta regiĂŁo, temos a forte marca da gastronomia greco-romana, que teve nesta regiĂŁo uma presença significativa nos primĂłrdios dos tempos, prova viva desses mesmos tempos e a tĂŁo famosa Chanfana, cozinhada nas pĂşcaras de Barro preto, com vinho e a carne de cabra. Qualquer que seja o prato confecionado na zona Centro, o cliente obtĂŠm uma satisfação sensorial da degustação das famosas iguarias, o crocante e suculento LeitĂŁo da Bairrada, regiĂŁo esta que se tornou ao longo dos anos local de passagem obrigatĂłria de peregrinos em direção a Santiago de Compostela e FĂĄtima, encontravam ali repouso nas albergarias mas tambĂŠm um reconfortante repasto para recarregar as forças para a continuação da sua viagem. Outras iguarias de grande valor na regiĂŁo Centro sĂŁo por exemplo: Raia Enxambrada, BurriĂŠs
Cozidos, Pataniscas de Bacalhau, Caldo Verde, Sopa de FeijĂŁo, Sopa de Castanha, Caldeirada de Enguias de Aveiro, Sardinha assada da Figueira, Arroz de Lampreia a Tibornada, Bola de Sardinha e Bacalhau e muitos outros pratos capazes de deixar rendidos os mais exigentes gastrĂłnomos. Com um clima mediterrânico/atlântico, caracterizado por VerĂľes com dias quentes e noites frescas, a Bairrada, regiĂŁo das vinhas e de grandes vinhos, com colinas suaves, soalheiras cujos limites naturais sĂŁo os areais da orla marĂtima e as serras do Buçaco e a do Caramulo. No que toca a sobremesas, temos a doçura dos Ovos-Moles de Aveiro, a cremosidade do Arroz Doce e da Aletria, nĂŁo podemos esquecer uma das maravilhas da regiĂŁo de Coimbra, o Pastel de TentĂşgal, â&#x20AC;&#x153;TentĂşgal toda a rir de casas brancas! Vou lĂĄ comprar um pastelinho...â&#x20AC;? AntĂłnio Nobre. Dito isto, a Ăşnica coisa a aconselhĂĄvel ĂŠ fazer uma visita cultural e gastronĂłmica Ă regiĂŁo e deixar-se perder pelos sabores e cheiros de uma regiĂŁo tĂŁo mĂĄgica e genuĂna em tradiçþes, culturas e gastronomia.
Feijoada de LeitĂŁo A Feijoada de LeitĂŁo ĂŠ uma aprazĂvel forma de aproveitar as partes menos nobres do leitĂŁo assado, que geralmente sĂŁo a cabeça, pĂŠs e pernas. Assim, para aproveitamento destas partes, surgiu na Bairrada este prato apreciado por muitos. A Feijoada de LeitĂŁo ĂŠ preparada com um refogado bem puxado a que se juntam os bocados de leitĂŁo assado e feijĂŁo branco cozido na hora. No tempero tem a particularidade de usarem molho de leitĂŁo.
Iscas de FĂgado de LeitĂŁo FĂgado de LeitĂŁo, temperado com alho, sal e pimenta e vinho branco. Depois de cortado em finas fatias, estas vĂŁo a fritar.
Fonte: Ficha tĂŠcnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal
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Chanfana da Bairrada A Chanfana da Bairrada ĂŠ uma das grandes especialidades da regiĂŁo. Pode ser de cabra ou carneiro e ĂŠ cozinhada em forno de lenha, durante 4 a 5 horas, dentro de caçarolas de barro preto. Uma vez confecionado, sĂł ĂŠ servido dois ou trĂŞs dias depois, acompanhado com vinhos da regiĂŁo. Ă&#x2030; servida em quase todos os restaurantes da regiĂŁo.
Negalhos da Bairrada
PĂŁo da Mealhada
Ă&#x2030; mais uma especialidade da Bairrada. Os negalhos tĂŞm o aspeto de pequenas bolinhas e sĂŁo feitos Ă base de pedacinhos de carne de cabra e porco dentro de bucho de cabra. Acompanha-se com batatas cozinhas com a pele e grelos ou feijĂŁo verde. Todos os anos se realiza, em Cantanhede, o Festival do Negalho da Bairrada. A quarta edição decorreu no inĂcio de novembro, em EnxofĂŁes.
Confecionado ainda em alguns locais segundo a tradição familiar da arte de amassar e cozer, as suas caracterĂsticas particulares sĂŁo preservadas, garantindo o sabor e a qualidade do pĂŁo da Mealhada, que jĂĄ o tornou num Ăcone da Gastronomia Regional e Nacional. Os Correios de Portugal lançaram uma sĂŠrie filatĂŠlica dedicada ao pĂŁo tradicional portuguĂŞs, da qual consta, a representar a Beira Litoral, o PĂŁo da Mealhada.
Caldeirada de enguias As famosas enguias, sĂŁo as protagonistas do prato mais afamado de Vagos, a Caldeirada de Enguias, de cores e sabores Ăşnicos. Terra de sabores e aromas, Vagos ĂŠ detentor de uma gastronomia de excelĂŞncia, diretamente ligada ao Mar, Ă Ria e Ă Terra. OUTROS PRATOS: Das redes de pesca da XĂĄvega sai o peixe fresquinho para confecionar as saborosas Caldeiradas de Peixe, os Escabeches e as tĂŁo tĂpicas Fritadas de peixe. Pratos que trazem consigo impregnado o forte aroma a maresia caracterĂstico da zona. Do canal da Ria de Aveiro que invade Vagos, pequenos bivalves e crustĂĄceos participam nos grandes banquetes de Mariscos. As famosas enguias sĂŁo as protagonistas do prato mais afamado de Vagos, a Caldeirada de Enguias. As terras fĂŠrteis de Vagos permitem ainda que ali bons legumes cresçam para acompanhar os Assados de Coelho, a Chanfana de Carneiro na Caçoila de Barro, as Papas de AbĂłbora com RojĂľes e as Papas de Sarrabulho. Fonte: Ficha tĂŠcnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal PUB
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Tremoço de Cadima Ă&#x2030; na Praia Fluvial de Olhos da Fervença que se realiza, anualmente, no Ăşltimo fim de semana de maio, a Feira do Tremoço, evento que tem como objetivo assegurar a preservação de uma tradição ancestral da Freguesia de Cadima, concelho de Cantanhede, a produção do tremoço, mostrando alguns aspetos etnogrĂĄficos com ela relacionados.
Arroz Doce
Barriga de Freira de Anadia
O Arroz Doce ĂŠ muito popular em Portugal e presente na doçaria regional da Bairrada. Ă&#x2030; muito apreciado, fazendo parte do menu diĂĄrio das sobremesas de muitos restaurantes desta regiĂŁo.
Pensa-se que as â&#x20AC;&#x153;freirinhasâ&#x20AC;? que trouxeram para a regiĂŁo este doce conventual terĂŁo sido as da ordem das Ursulinas, que se encontravam no Convento da mesma ordem, em Vale da MĂł, Anadia. Atualmente, ainda existem detentoras deste segredo, que vĂŁo perpetuando a receita original das â&#x20AC;&#x153;freirinhasâ&#x20AC;?. em tacho de cobre, de 20cm de diâmetro A Barriga de Freira deve ser confecionada e o tacho deve ser polido no momento.
Amores da Curia
PastĂŠis de Ă gueda
Os Amores da Curia surgiram pela mĂŁo de uma alemĂŁ de nome EmĂlia Wissman que veio para Portugal muito jovem. Estaladiços graças Ă finĂssima base de massa-folhada, sĂŁo recheados com ovos-moles e polvilhados com açúcar pilĂŠ, o que lhes confere um sabor inesquecĂvel. Os â&#x20AC;&#x153;Amores da Curiaâ&#x20AC;?, com um sĂŠculo de vida, renasceram, recentemente, pela mĂŁo da Confraria GastronĂłmica do LeitĂŁo da Bairrada, em parceria com a ACIB (Associação Comercial e Industrial da Bairrada) e a Entidade Turismo Centro
Os pastÊis de à gueda são confecionados à base de ovos, açúcar, manteiga e amêndoa, têm uma delicada textura, com uma cobertura estaladiça, o que faz desta especialidade uma das melhores iguarias de à gueda. de Portugal. Foi respeitada a receita original mas foilhe dado um novo visual em forma de coração (originalmente era de forma quadrada). Fonte: Ficha tÊcnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal
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PASSE FIM DE ANO NA BAIRRADA RESTAURANTE
O SANCHO
Ementa Buffet de entradas diversas Bacalhau com natas Bacalhau com broa Lombo de Porco Vitela Assada LeritĂŁo (Com arroz de passas e batatas no forno)
MĂşsica ao vivo atĂŠ de madrugada
Sobremesas Frutas laminadas, pudim da Casa, Aletria, Doces da Casa, Troncos, Tartes de cĂ´co e outras delĂcias Bebidas Vinho branco, vinho tinto, sumos, ĂĄguas e cervejas MEIA NOITE Espumante | caldo verde | broa c/ chouriça Fogo de artifĂcio
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Ovos-Moles de Aveiro Os ovos-moles, doce conventual aveirense, sĂŁo um dos produtos mais conhecidos da regiĂŁo e da cidade de Aveiro. Ă&#x20AC; base de ovos e de açúcar, a forma de apresentação ĂŠ o que o torna verdadeiramente peculiar. Em barricas de madeira, decoradas com pinturas locais, ou em miniaturas de plantas e animais piscatĂłrios, os ovos-moles de Aveiro foram o 1.Âş produto de confeitaria portuguĂŞs a ser certificado.
PastÊis de Santa Clara Delicados e finos, os PastÊis de Santa Clara são, talvez, o doce que mais se notabilizou do vasto receituårio do real Mosteiro das Clarissas de Coimbra. Antes da extinção das ordens religiosas, estes afamados doces eram adquiridos na roda da portaria do convento principalmente, no dia da feira que finalizava o programa de festas da padroeira da cidade. Mais tarde passaram a ser vendidos de porta em porta e em algumas confeitarias de Coimbra.
Bolo de Ançã A origem do Bolo de Ançã perde-se no tempo. Sabe-se apenas que o segredo foi transmitido de geração em geração, mantendo-se a fĂłrmula baseada em ingredientes vulgares e a exigĂŞncia de ser amassado Ă mĂŁo e cozido em forno a lenha, fatores indispensĂĄveis para garantir a sua qualidade. Com o objetivo de defender a qualidade do Bolo de Ançã, produto Ăşnico e genuĂno, pela preservação do mĂŠtodo tradicional de confeção, ĂŠ realizada, anualmente, a Feira do Bolo de Ançã (Ançã, Cantanhede), nos finais do mĂŞs de março.
Fonte: Ficha tĂŠcnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal PUB
PEDRO DOS LEITĂ&#x2022;ES A Verdade do Sabor da Tradição... Parque Privativo
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A tradição de inovar Nos 60 hectares de vinha estão plantadas as castas Baga, Touriga Nacional e Tinto Cão nas variedades tintas, e as castas Maria Gomes, Bical, Cercial da Bairrada e Sercialinho nas variedades brancas.
Os nossos vinhos aliam a precisão tÊcnica do novo mundo com a tradição secular do velho mundo. Em todas as colheitas fazemos algo de novo, e por vezes realizamos alguns dos nossos sonhos.
Adega Luis Pato - Rua da Quinta Nova 3780-017 AMOREIRA DA GĂ&#x201A;NDARA Tel 231 596 432 | Fax: 231 596 842 geral@luispato.com
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OPINIĂ&#x192;O CHEFE LUIS PINTO Natural de Aguim, Anadia (Bairrada) Coordenador da ĂĄrea tĂŠcnica na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa Quadro da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra
â&#x20AC;&#x153;A relação do vinho com a comida ĂŠ um jogo de sabores imenso e inesgotĂĄvelâ&#x20AC;? â&#x20AC;&#x153;O vinho a servir deve ser escolhido consoante os convidados e ocasiĂŁoâ&#x20AC;? Quinto HorĂĄcio Flaco , poeta lĂrico, satĂrico e filĂłsofo da Roma antiga
A prĂĄtica, bom senso e sensibilidade de cada um, farĂĄ toda a diferença. Desde uma simples bolacha para limpar a boca durante uma prova de vinhos atĂŠ Ă clĂĄssica refeição mediterrânica, nĂŁo esquecendo a tradicional gastronomia Bairradina, a relação do vinho com a comida ĂŠ um jogo de sabores imenso e inesgotĂĄvel. Ao longo destes Ăşltimos anos, com a evolução da cozinha, teremos de fazer uma pergunta pertinente. Devemos cozinhar para o vinho que vamos servir ou escolher um vinho em função do prato que cozinhamos? Tudo depende das circunstâncias e a decisĂŁo caberĂĄ a todos aqueles que vĂŁo usufruir de uma degustação, quer vĂnica quer gastronĂłmica.
â&#x20AC;&#x153;Para conhecer a colheita e a qualidade de um vinho nĂŁo ĂŠ necessĂĄrio beber toda a pipaâ&#x20AC;? Oscar Wilde PUB
Ao longo de cada ano sĂŁo editados bons guias para conhecimento dos vinhos, e serĂĄ sempre bom consultar para terem uma ideia preliminar. Mas o melhor mesmo ĂŠ fazer experiĂŞncias sabendo que lhe podem ficar algo caras (hoje encontra experiĂŞncias vĂnicas a preços razoĂĄveis) e tirar suas prĂłprias conclusĂľes, lembrando que o que procura em primeiro lugar ĂŠ o prazer. NĂŁo esquecer o copo, peça importante para a degustação do vinho. Deve ser de vidro fino e incolor sem ornamentaçþes, para podermos verificar a limpidez e cor. De preferĂŞncia deve ter pĂŠ, para a temperatura da mĂŁo nĂŁo alterar a do
vinho. Apenas para facilitar, seguem algumas dicas: - A estrutura do vinho e do prato devem ser tidos em consideração. Pratos mais fortes e com muito sabor pedem vinhos mais encorpados e viceversa. - Alimentos gordos e suculentos, como carnes e assados, gostam de ser acompanhados por um vinho tinto com taninos, contrapondo a secura que eles causam no palato à untuosidade do prato. A acidez tambÊm se contrapþe à gordura e Ê desejåvel em pratos em que ela se faça bem presente. - A intensidade aromåti-
ca nĂŁo pode ser esquecida. Pratos com muitas especiarias pedem vinhos igualmente aromĂĄticos e macios para se contrapor Ă sensação das especiarias nas glândulas gustativas. - O vinho de determinada regiĂŁo muitas vezes ĂŠ muito apropriado para o prato tĂpico daquele mesmo local. - Pratos doces pedem vinhos igualmente doces, como os de colheita tardia. Melhor se tiverem boa acidez, para nĂŁo ficar tudo muito enjoativo. - Peixes e frutos do mar, por sua suavidade e acidez, casam melhor com brancos. Os peixes de sabor mais forte, como salmĂŁo, ou mais temperados sĂŁo bem acompanhados por brancos de mais corpo, como aromĂĄticos e barricados. Peixes delicados pedem vinhos acĂdulos e leves. - Aves e caças variam de acordo com a intensidade do sabor. Patos e coelhos selvagens dĂŁo-se bem com tintos de bom corpo e intensidade aromĂĄtica. - Frango e Peru ligam-se bem com brancos estruturados ou tintos com poucos taninos e frutados. - Espumantes, pela sua variedade, estrutura e intensidade aromĂĄtica podem acompanhar qualquer prato. Enfim, brinque com as experiĂŞncias, esqueça o excesso de formalismo... e procure bons casamentos!!!
Vinhos com comidas da mesma regiĂŁo tĂŞm afinidade natural A experimentar: LeitĂŁo assado Ă Bairrada com espumante natural bruto; dizem os curiosos que o espumante tinto tambĂŠm faz um bom casamento. ChanfanaassadaĂ Bairrada, dada a sua confeção assada no forno com vinho, a ligação perfeita serĂĄ com vinhos tintos estruturados com alguns taninos e madeira oriundos das terras bĂĄrrias da regiĂŁo . Cabidela de LeitĂŁo faz uma harmonização fantĂĄstica com vinho espumante rosĂŠ, elaborado a partir da casta baga. Cabidela de Galinha, diferente da confeção anterior, deve ser acompanhado com um vinho tinto leve da regiĂŁo Bairradina. Os verdadeiros Negalhos, pelo seu tempero e confeção, merecem um vinho tinto com alguma complexidade, com 4 ou 5 anos. FĂgado de LeitĂŁo, temperado com alho, sal e pimenta e vinho branco, liga bem com espumante rosĂŠ bruto. Caldeirada de Enguias, por ser um prato com untuosidade dada a sua confeção, pode ser acompanhada com brancos tĂpicos da bairrada de cor citrina,
tolerando um bom vinho rosĂŠ. Bacalhau assado com batata a murro, um vinho tinto da Bairrada sem muito teor alcoĂłlico; pode experimentar um vinho branco com madeira e algum envelhecimento. Quantos Ă s sobremesas da regiĂŁo podemos fazer as seguintes maridagens: Os Amores da Curia e os famosos Ovos moles de Aveiro ligam muito bem com vinho doce que alguns produtores estĂŁo a tentar colocar no mercado. Um espumante meio seco ou doce servido a uma temperatura de 8ÂşC. Arroz Doce, prato tradicional de quase todo o paĂs, um vinho abafado faz um bom marido. Barriga de Freira de Anadia. HĂĄ um restaurante em Anadia que tem no menu esta delĂcia, liga bem com espumante meio seco ou doce, a uma temperatura de 8 Âş C ou um vinho abafado. Bolo de Ançã, parece ser o doce com mais longevidade que passou geraçþes, um vinho doce a acompanhar ao final da tarde apĂłs a missa. Os tremoços de Cadima devem ser acompanhados com vinho novo, aos domingos Ă tarde!
â&#x20AC;&#x153;No Vinho estĂĄ a verdadeâ&#x20AC;? PlĂnio, o Velho