JORNAL DA UNIVERSIDADE Prêmio Destaque Andifes de Jornalismo das Ifes
Ano XIV | Número 132
9912196297-DR/RS UFRGS CORREIOS
Outubro de 2010
FOTOS FLÁVIO DUTRA/JU
Porto Alegre | RS | Brasil
Impresso Especial
Medicina humanizada
O estudante Lucas Wollmann (à frente) e o médico Sati Mahmoud (atrás) integram a equipe do Internato em Saúde de Família e Comunidade da Faculdade de Medicina da UFRGS, fazendo atendimento domiciliar a pacientes que residem nas proximidades da Unidade Básica de Saúde do bairro Santa Cecília em Porto Alegre. Segundo o professor Odalci Pustai, que coordenou a criação do internato há 11 anos, a relação médico-paciente deve ser compreensiva, na perspectiva da humanização da Medicina.
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MARIO VARGAS LLOSA
Um Nobel latino-americano O escritor peruano, que participou do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento em 14 de outubro, disse acreditar que a literatura atua sobre a realidade de uma maneira lenta e indireta pela consciência e pela sensibilidade das pessoas. “Ela provoca na sociedade uma espécie de mal-estar frente ao mundo tal como ele é, de que sempre resulta uma atitude crítica frente a todos os aspectos da realidade”, afirmou. Segundo Vargas Llosa, é por esse motivo que os governos autoritários impõem restrições e censura a obras literárias, pois enxergam a literatura como um perigo.
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PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO
Potencial terapêutico limitado Antonio Carlos Campos de Carvalho, pesquisador da UFRJ e ministrante da aula magna no Salão de Atos da Universidade, revelou que os tratamentos atualmente em teste no país utilizam uma mistura de células na qual o percentual de células-tronco não chega a 2%. Isso porque o processamento dessa solução é bastante simples, rápido e barato, sendo, portanto, o que mais interessaria ao Sistema Único de Saúde (SUS). O professor também ressaltou que é preciso controlar expectativas, pois as células-tronco têm sido tratadas por vezes como uma espécie de milagre da ciência. DIEGO MANDARINO/JU
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ENEM
Exame tende a unificar currículos Especialistas afirmam que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), hoje adotado por 55 universidades federais, é um concurso e não uma avaliação. O professor Juca Gil, da Faculdade de Educação da UFRGS, acha que questões fundamentais, como as particularidades regionais e o contexto social dos alunos, ficam de lado. Além do mais, não haveria como comparar o desempenho de alunos de realidades sociais distintas. Já Alexandre Soares, da Secretaria de Educação do RS, diz que o exame não serve para avaliar a qualidade da educação nas escolas, mas sim a dos alunos. Por outro lado, o MEC critica a influência que os vestibulares das federais têm sobre os currículos de ensino médio de suas regiões.
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GRADUAÇÃO
Universidade com o pé na estrada A reportagem do JU acompanhou uma saída de campo da disciplina de Manejo e Conservação, comum aos cursos de Engenharia Ambiental e Biologia. Ao longo de um final de semana, o professor Paulo Brack (à esquerda na foto) liderou um grupo de estudantes que visitou propriedades rurais e áreas de preservação situadas no Litoral Norte do estado. As viagens acadêmicas fazem parte da rotina de vários cursos, principalmente Biologia, Agronomia e Geologia. Nessas áreas do conhecimento, o melhor laboratório é o campo. A disciplina de Manejo e Conservação foi criada em 2004 para capacitar os futuros profissionais a emitirem laudos ambientais sobre o uso da terra.
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