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Portal de entrada do 7° BPMfoi demolido por apresentar risco

O monumento foi danificado por caminhão que esbarrou na sua estrutura. Laudo técnico apontou risco de desabamento. Demolição visa garantir segurança das pessoas. Portal será reconstruído, diz subcomandante

Em 2019 Cabral foi diagnosticado com espondilite anquilosante. “A doença apareceu de repente e me paralisou pela dor e pela surpresa”, conta ele nessa entrevista ao Portal iBOM. A superação da doença foi feita com dietas e muito exercício. “Quando estava em crise de dor intensa, eu me perguntava se algum dia voltaria a ser capaz de longas caminhadas”. Foi aí que veio a decisão de percorrer o Caminho de Santiago de Compostela. “Seria uma conquista para o meu corpo e para meu espírito”, afirma.

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Para Fernando, “fazer o Caminho de Santiago é um desafio, mas é também celebração, lenitivo e bálsamo. Principalmente, será uma alongada meditação sobre a fragilidade da vida”. Cabral planeja concluir esta caminhada dia 6 de abril, Quinta-Feira Santa. Algumas semanas depois pretende fazer outra caminhada, ainda mais longa, do Santuário de Lourdes, na França, até Compostela. Depois visitará cidades da Europa. “Há muito que quero ver e aprender antes de voltar”, afirmou. Fernando Cabral pretende voltar para Bom Despacho em dezembro deste ano. Veja nessa entrevista exclusiva, feita pelo editor Alexandre Coelho.

PORTAL iBOM - O que te inspira a fazer essa jornada?

FERNANDO CABRAL - Gosto de aventuras e o Caminho de Santiago é uma aventura. Uma aventura que cansa o corpo mas ilumina e reviça nossa mente. Portanto, não é uma aventura mundana como outras; é principalmente uma jornada espiritual. É uma busca pela comunhão com o Planeta e uma busca pelo sentido da vida e da morte. É o Caminho da Via Láctea, como os antigos peregrinos o chamavam.

Milhares de pessoas fazem essa jornada em busca de transformação interior. E você? O que espera alcançar?

Mais que transformação interior, acredito que buscamos o sentido da vida e talvez da morte. A transformação interior decorre do que vemos, do que sentimos, do que se desvela para além do burburinho incessante do nosso quotidiano.

Espera encontrar pessoas conhecidas durante sua caminhada?

Gente de Bom Despacho?

Minha caminhada é solo. É como prefiro e preciso. Mas pelos muitos Caminhos que se entrecruzam, se juntam e se afastam, todos os dias passam peregrinos do mundo inteiro. Com certeza os encontrarei e muitas vezes caminharei com eles por horas e até dias. Se encontrar alguém de Bom Despacho, ficarei muito feliz. Oxalá!

Encontros fazem parte do Caminho mesmo para quem caminha solo.

Que mudanças fazer o caminho de Santiago de Compostela pode trazer na vida da pessoa?

Olhando pelo intenso esforço físico que o Caminho requer, ele nos ensina que quando queremos, podemos. Pelo lado espiritual, caminhar sozinho por trilhas e sendas antigas por 7 a 10 horas, ao longo de duas semanas, nos proporciona momentos de intensa meditação. A meditação aprofunda nosso autoconhecimento e nos dá a oportunidade de fazermos um exaustivo balanço da vida. Isto abala nossas certezas e abre perspectivas. As consequências, nunca previsíveis, podem ser marcantes.

Fernando Cabral em frente ao Santuário de Fátima, Portugal, dia 20/3, momentos antes de iniciar sua jornada O ex-prefeito de Bom Despacho, Fernando Cabral, iniciou nesta segunda-feira (20/3), começo da Primavera na Europa, a sua jornada pelo Caminho de Santiago. Ele partiu do Santuário de Fátima, em Portugal, com destino a Santiago de Compostela, na Espanha. De lá segue até Finisterra e volta para Compostela. No total serão mais de 15 dias de caminhada, sozinho, por um trajeto de mais de 500 km. Um desafio para o qual ele vem se preparando há algum tempo.

Em 2019 você foi diagnosticado com Espondilite, doença que poderia deixá-lo numa cadeira de rodas. Há relação entre a superação da doença e essa jornada?

Há, sim. A doença apareceu de repente e me paralisou pela dor e pela surpresa. A dor era tal que muitas vezes limitava até minha respiração. Mas, embora a espondilite anquilosante seja incurável, consegui controlá-la com dieta e muito exercício. Hoje tenho apenas uma pequena limitação no movimento do pescoço e sofro alguns achaques nas costas e nas costelas. Incomodam um pouco, mas não me abatem.

Quando estava em crise de dor intensa, eu me perguntava se algum dia voltaria a ser capaz de longas caminhadas. Foi quando me surgiu o impulso mais forte de percorrer a Via Láctea: seria uma conquista para o meu corpo e para meu espírito.

Para mim, fazer o Caminho de Santiago é um desafio, mas é também celebração, lenitivo e bálsamo. Principalmente, será uma alongada meditação sobre a fragilidade da vida.

Que sentimento lhe toma o espírito chegada a hora de iniciar a caminhada?

Ansiedade, talvez? Estou preparado? Planejei corretamente? Como serão o frio, as chuvas, os ventos da primavera? Escolhi as roupas e sapatos certos? Estou pronto para o que pode dar errado? Mas, principalmente, estou insuflado pelo otimismo, pleno de expectativas positivas: belas paisagens, encontros com peregrinos do mundo inteiro, a satisfação de realizar um sonho e um momento de comunhão com todos os espíritos que palmilharam e têm palmilhado estes Caminhos nos últimos mil anos: pessoas comuns, aventureiros, reis, religiosos, beatos, ascetas, místicos.

Quanto tempo vai durar a jornada?

Farei três Caminhos. O primeiro durará 13 dias. Sairei do Santuário de Fátima no dia 20 de março e chegarei à Catedral de Santiago de Compostela no dia 1º de abril.

Dois dias depois farei o Caminho de Finisterra (Fim da Terra), até Santiago, passando por Muxía. Serão três dias. Chego a Santiago na Quinta-Feira Santa. Passo lá a Sexta-feira da Paixão e pelo menos parte do Sábado de Aleluia. Chego de volta à minha morada portuguesa no Domingo de Páscoa, 9 de abril.

Farei um terceiro Caminho, mais longo, do Santuário de Lourdes, na França, até Compostela. Mas, com relação a este, ainda não defini as datas.

Depois que terminar, voltará para Bom Despacho? Quando?

Após concluir os três Caminhos permanecerei na Europa até dezembro. Vou visitar algumas cidades em Portugal, França, Espanha, Itália. Há muito que quero ver e aprender antes de voltar. Mas, em princípio, estarei de volta a Bom Despacho para o Natal com meus amigos e minha família. (Portal iBOM)

Na manhã da quinta-feira (23) o portal de entrada do 7° Batalhão foi demolido. Conforme o Portal iBOM apurou, a demolição foi necessária porque a estrutura do local ficou abalada após ser atingida por um caminhão. Havia risco de desabamento. A demolição foi feita em minutos por um trator.

O acidente que danificou a estrutura foi causado por um caminhão do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte. Na quinta anterior, 16 de março, após trabalhar a noite na contenção de um vazamento de combustível de carreta que tombou na BR-262, a equipe dos Bombeiros foi até o 7° Batalhão para reabastecer o veículo. Ao passar pela entrada, o caminhão, de grande porte, acabou esbarrando na coluna do portal e danificou sua estrutura.

Após o acidente o comando do 7° Batalhão registrou a ocorrência e acionou a Perícia da Polícia Civil, que produziu um laudo pericial. De acordo com esse laudo, o impacto do caminhão provocou deslocamento da parte superior do portal, comprometendo sua estrutura e colocando em risco a segurança de pessoas e veículos que trafegam pelo local.

Além de policiais militares e viaturas, todos os dias passam também pelo portal moradores da Vila Militar, transeuntes, estudantes da Escola Egídio Benício e do Colégio Tiradentes, bem como seus familiares.

O laudo da Polícia Civil atestando o comprometimento do portal foi enviado ao Conselho do Patrimônio Histórico do município, que então autorizou a demolição parcial da estrutura devido aos riscos para a segurança dos usuários. O portal é área protegida do patrimônio cultural do município.

Ouvida pelo Portal iBOM, a major Marianna Atatília, subcomandante da unidade, esclareceu que o portal será reconstruído observando os padrões arquitetônicos do complexo. Segundo a major, o projeto será feito por especialista em estruturas protegidas pelo patrimônio histórico. Contudo, ainda não há previsão de quando a obra será realizada, porque o 7° Batalhão precisa captar os recursos financeiros para a construção. A subcomandante lamentou o ocorrido, assegurou que o 7° Batalhão “valoriza e preserva o patrimônio histórico do complexo militar” e ressaltou para o Portal iBOM que a demolição visa “garantir a segurança das pessoas e o fluxo regular de veículos no local”. Ela concluiu dizendo que o 7° Batalhão fará “todos os esforços para a reconstrução do portal, que é um marco da unidade”. (Portal iBOM / Imagem de vídeo postado em rede social).

Vídeo registra o momento da demolição

Aponte a câmera do celular para o QR-Code abaixo e assista ao vídeo.

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