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Um pedacinho de Bom Despacho em São Paulo

vência com nossa gente, agora se consagra como ilustre escritora e historiadora, que acaba de nos brindar com um das mais importantes obras já publicadas desde os seus primórdios. Ela se constitui, entre as mulheres, com seu livro “Kolonie – 1920-1925”, a mais brilhante autora literária de sua Bom Despacho do coração.

azuis, lídima representante da raça germânica, uma das crianças, adolescente e adulta mais encantadoras e belas entre os alemães de Bom Despacho, se tornou a quinta historiadora de nossa terra. Com sua inteligência, persistência, trabalho e paciência, profunda pesquisadora do passado, acaba de lançar luzes sobre uma parte semiadormecida dos anais da cidade das três colinas. Maria Antônia, em seu riquíssimo livro, revela tesouros genealógicos de seu povo, principalmente em Bom Despacho, com fotos reveladoras, preciosos documentos, um belo cabedal de citações de um grande número de famílias germânicas que aqui vieram viver, depoimentos, artigos de terceiros, valiosos necrológios, trajetórias de antepassados que participaram de guerras, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial e até na China, antes de virem para o Brasil.

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O nome de Maria Antônia, já muito conhecido e gravado por sua simpatia na longa convi-

Sempre digo que entre aqueles pesquisadores que registraram a marcha da história desta Cidade Sorriso, cinco se destacaram: primeiro, o italia- no Padre Nicolau Ângelo del Duca, que aqui aportou no arraial do Bom Despacho, em 1888, e liderou-o até 1928, quando morreu. Culto inteligente, ele procurou dar uma história a um lugar que não tinha história e registrou-a no livro de tombo da paróquia.

O segundo foi o então promotor Dr. Laércio Rodrigues, que debruçou-se arquivos tricentenários de Pitangui e nos brindou, em 1967, com o livro “História de Bom Despacho”.

O terceiro historiador, o doutor Nicolau Teixeira Leite, que desde 1924, pelas páginas do Jornal “O Bom Despacho”, como o mais emérito conhecedor de nosso povo e de nosso município, desfilou importantes registros sobre pessoas e a comunidade da cidade.

Orlando Ferreira de Freitas foi o quarto e o mais agudo de nossos pesquisadores históricos, que há pouco nos deixou, depois de editar, em 2005, sua preciosa obra “ Raízes de Bom Despacho.”

O quinto, Fernando Humberto Resende, rastreou e produziu suas pesquisas de fôlego em três volumes “Bom Despacho 300 anos”.

Alexandre Magalh Es

Voltei a correr depois de uns seis meses. Razões pessoais me obrigaram a parar o exercício que pratico, sem gostar muito, é verdade, desde 1997. Houve tempos que eu corria provas públicas de 10 Km, 15 Km ou meia maratona todos os domingos, já que a capital na qual nasci tem muitas atividades públicas em vários pontos da cidade todas as semanas.

Bom Despacho é o lugar ideal para correr, já que há muitas estradas de terra, rios, matas e matos, bichos que voam, que correm, que rastejam e que aparecem durante os exercícios. É muito mais prazeroso correr em Bom Despacho do que em São Paulo.

Porém, quando estou na minha cidade natal, como é o caso agora, corro meus 14 km quase diários, quilometragem que não é para dar sorte, mas porque corro ao redor do aeroporto do Campo de Marte e o perímetro do local é de exatos 7 km.

Perto do Sambódromo, em uma praça bem arborizada, vive uma família. Com suas barracas armadas, sempre um fogo preparando a comida, os moradores criam galinhas e galos. Há tempos que passo pela praça durante o exercício, local onde o aplicativo Samsung Health marca exatos 3 km quando vou para a direita, ou 4 km quando começo a atividade pela esquerda, e vejo um galo vermelho e umas galinhas pretas, todos bem gordos. E os bichos estão sempre soltos, bem perto de avenidas muito movimentadas e a poucos metros da Marginal Tietê, umas das mais movimentadas avenidas de São Paulo e do Brasil.

A oficina da avenida Rio Branco, em Bom Despacho. Os irmãos Karl e Fritz se mudam para o Rio de Janeiro. Bruno, com a ajuda do sogro e da nova sócia Dora, monta a última oficina e nela são reparados aviões, carros, arados, carros de bois, plantadeiras...

Lan Amento Do Livro

Os professores Tadeu de Araújo Teixeira e Geni Eugênia Gontijo Teixeira comunicam que farão, brevemente, um belo encontro para o lançamento do livro da Maria Antônia, em data e local a serem divulgados. Desde já fica o convite para o evento. Aguardem.

Aviso aos Göltzs

Está em meu poder um exemplar do livro KOLONIE 1920-1925 para ser entregue a alguma pessoa da família Göltzs. Favor alguém telefonar-me no (37) 99930.1979 paracombinar a entrega - Tadeu de Araújo Teixeira

Nesta semana, aproveitando que um rapaz respondeu meu “bom dia”, parei e perguntei a ele como era possível que aquele galo e as galinhas estivessem vivos ainda, já que há meses os vejo ali, com milhares de carros e motos passando tão perto. “São bobos não”, respondeu. Ri e perguntei se os havia ensinado e como fizeram isso. “Nasceram aí e a mãe deles ensinou que carro é perigoso”. Ri novamente. “E quando vão virar canja?”, arrisquei para voltar a correr. “Nunca. São nossos bichos de estimação. Não temos cachorro, então, eles são nossas companhias”. Virei fã.

Acostumado ao galo criado por meu sogro, que atacava a todos, machucando muito os moradores no sítio, ver aqueles bichanos tão calmos, não atacando a mim, que passo no meio de “seu terreiro”, nem arriscando-se no meio dos veículos, me fez enxergá-los com simpatia. Agora, quando passo no meio do “sitio”, sinto-me como se estivesse em uma pequena Bom Despacho. Adoro passar ali, naqueles poucos metros, cumprimentar os moradores, muito humildes, com seus bichos de estimação. Todos, gente e bichos, muito educados.

Que eu continue a vê-los por muitos anos.

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