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SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
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quinta-feira I 23 de novembro de 2017 I ANO LXI - N.º 3165
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Novo hospital para o Algarve continua esquecido preocupa turismo algarvio
Para 2018, o Governo estabelece como prioridade a construção de quatro hospitais no país, mas nenhum deles é no Algarve. Isto apesar de, já em 2006, um estudo técnico ter colocado o Hospital Central do Algarve no segundo lugar das prioridades de novos hospitais P3
Ambientalistas consideram "ilegal" megaprojeto na Praia Grande P9
Maior complexo comercial da região abre hoje em Loulé
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, CASTRO MARIM E ALCOUTIM
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Os melhores concelhos para criar uma família são...
Festival de luzes promete impactar a região P 13
Aljezur:
Festival com receitas seculares e cerveja de batata-doce P 14
P 6/7
Paderne volta à época medieval para celebrar fim de ano P 15
"Governo está a comprar guerra com Algarve por causa do petróleo" Declara ao JA, José Amarelinho, presidente socialista da Câmara de Aljezur
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Comissão de Utentes:
"Requalificação da EN125 deixa muito a desejar" P 20
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COMISSÃO DE UTENTES DA VIA DO INFANTE APONTA ERROS TÉCNICOS:
"Requalificação da EN125 deixa muito a desejar" As obras de requalificação da estrada nacional 125 deveriam ter terminado em 2012, pouco depois da introdução das portagens na Via do Infante. Mas quase seis anos depois, o troço que liga Olhão a Vila Real de Santo António continua à espera de intervenção. Já o troço que liga Olhão a Vila do Bispo está praticamente terminado, mas a comissão de utentes não está satisfeita: "o trânsito tornou-se mais lento, para desespero de utentes e comerciantes, e os acidentes de viação aumentaram" > NUNO COUTO
A Comissão de Utentes da Via do Infante diz que, apesar das obras de requalificação realizadas nos últimos meses, a estrada nacional 125 está de novo transformada numa “perigosa rua urbana pejada de armadilhas mortais”. O movimento anti-porta-
gens argumenta esta acusação com “os inúmeros acidentes rodoviários que ocorrem na EN125”, frisando que “enquanto a requalificação da via entre Olhão e Vila Real de Santo António tarda em avançar, a requalificação entre Olhão e Vila do Bispo deixa muito a desejar, evidenciando erros técnicos clamorosos”.
Cientistas algarvios descobrem "biomarcador" que ajuda a detetar cancro Uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve descobriram um novo “biomarcador” para deteção precoce do cancro do pâncreas. Inês Faleiro e os investigadores do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da UAlg, liderados por Pedro Castelo-Branco, acabam de publicar na revista Future Oncology um artigo científico que se debruça sobre a descoberta deste “novo biomarcador que permite detetar precocemente o cancro do pâncreas”. Os cientistas descobriram que há um gene que que está envolvido no processo de desenvolvimento e progressão da doença e que pode ajudar no diagnóstico e prognóstico do cancro do pâncreas, um dos mais difíceis de detetar. A investigação do CBMR mostra que “uma região específica do gene da telomerase, que tem a particularidade de estar sempre “ativo” em casos de cancro, permite detetar a doença numa fase em que esta ainda não pode ser detetada a 'olho' quando vista ao microscópio”. No entanto, o potencial da descoberta deste novo “biomarcador” vai ainda além das possibilidades de diagnóstico, uma vez que “oferece aos investigadores importantes dados de prognóstico para compreender, em cada paciente, qual o estádio de evolução da doença e, inclusivamente, o seu grau de agressividade”. “Esta descoberta revela que pacientes com elevados níveis de metilação do THOR apresentam tempos de sobrevivência inferiores e, pelo contrário, pacientes com baixos níveis parecem apresentar melhores perspetivas de tratamento”, frisam os cientistas. Na medida em que o cancro do pâncreas é “um dos que apresenta maior taxa de mortalidade devido a um diagnóstico tardio”, esta descoberta ganha “especial importância se pensarmos que pode, a longo prazo e se implementada na área clínica, contribuir para uma deteção mais rápida da doença, possibilitando maior eficácia em termos de tratamento e podendo vir a permitir, no futuro, contrariar as dececionantes taxas de sobrevivência neste tipo de cancro”.
"Uma boa oportunidade para eliminar portagens"
“O trânsito tornou-se mais lento, para desespero de utentes e comerciantes, e os acidentes de viação aumentaram”, salienta a comissão de utentes, acrescentando que, “para cúmulo, torna-se insuportável circular na via entre Odiáxere e Pêra, cujas obras simultâneas na ponte do Arade e nas rotundas da Figueira, Norinha, Penina, Escola Internacional e Pêra, transformaram esses troços num autêntico caos”. Recorde-se que estas obras, conduzidas pela concessionária RAL, Rotas do Algarve Litoral, representaram um investimento de cerca de 100 milhões de euros, só nos 70 quilómetros entre Olhão e Vila do Bispo. Ao todo, foram introduzidas cerca de 50 rotundas com o objetivo de “permitir
uma melhor circulação de tráfego” e foram colocados traços contínuos e separadores centrais em muitos locais para impedir viragens à esquerda, no sentido de evitar acidentes nesta estrada que tem muita sinistra-lidade. Mas estas obras – que ao longo dos últimos anos sofreram vários constrangimentos de ordem financeira que atrasaram a intervenção – não agradam a todos. E falta, ainda, o resto da via, de Olhão até VRSA, cujos 40 quilómetros estão em muito mau estado...
2017 vai terminar com mais de 10 mil acidentes “O Algarve não merece tanta afronta, injustiça e discriminação por parte dos gover-
nantes”, sustenta o movimento, dando conta de uma verdadeira “tragédia” nas estradas da região. “Desde 1 de janeiro até 15 de novembro deste ano, tiveram lugar 9.679 acidentes (9.246 em 2016 e 8.528 em 2015), com 27 vítimas mortais e 167 feridos graves. No período de um ano, entre 16 de novembro de 2016 e 15 de novembro de 2017, ocorreram na região 31 vítimas mortais (31 em igual período do ano anterior) e 181 feridos graves (mais 15) – grande parte na EN125”, adianta a comissão, salientando que a região está a voltar a viver “um verdadeiro estado de guerra não declarado”, já que “o Algarve vai chegar ao final do ano com mais de 10.000 acidentes rodoviários, tal como no ano passado”.
Face a esta situação, a Comissão de Utentes da Via do Infante refere que o Orçamento de Estado para 2018 é “uma boa oportunidade para eliminar as portagens no Algarve”. “Trata-se de uma boa oportunidade para terminar de vez com uma calamidade que assola a região já há quase seis anos”, sublinha a comissão, lembrando que a cobrança começou no dia 8 de dezembro de 2011. Já o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assumiu, recentemente, numa audição no âmbito do processo de discussão do Orçamento de Estado, que as portagens vão continuar, lembrando que o Governo já baixou a cobrança da Via do Infante em agosto de 2016, “com impacto muito positivo nos utilizadores”. Ainda assim, este valor – 15% – está muito aquém do que era esperado pela comissão de utentes e pelos partidos da oposição, já que, está muito longe dos 50% de que se falava na última campanha, em setembro de 2015. Entretanto, o deputado do BE, João Vasconcelos, apresentou uma proposta para acabar com o pagamento de portagens na Via do Infante, que passa pela criação de uma taxa turística especial. No entanto, esta proposta não é bem vista pela maioria dos autarcas e dos empresários do turismo algarvio.
SISTEMA DE INCENTIVOS ESTÁ A DECORRER ATÉ 14 DE DEZEMBRO
Fundos europeus estimulam pequenos negócios O Programa Operacional Regional CRESC Algarve 2020 recorda que a terceira fase do Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e Emprego (SI2E), encontra-se a decorrer até 14 de dezembro. “O SI2E visa apoiar projetos de criação, expansão ou modernização de micro e pequenas empresas com criação líquida de emprego, através do financiamento de postos de trabalho e das despesas de investimento”, explica a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve. Na região algarvia, este sistema de incentivos é gerido pelos Grupos de Ação Local (GAL) e é aplicável a projetos com um investimento elegível até 100 mil euros. As entidades gestoras responsáveis pelo acompanhamento deste sistema no Algarve são o GAL Rural – Interior do Algarve Central (Associação In Loco – Nélson Domingues), GAL Urbano Silves 2020, GAL Urbano Lagos Cidade 2020, GAL Rural Adere 2020 (Associação Vicentina – Aura Fraga), GAL Urbano
Faro 2020 (Fundação António da Silva Leal – César Augusto), GAL Costeiro – Sotavento do Algarve (Município de Olhão – Edgar Domingos), GAL Costeiro – Pesca do Barlavento do Algarve (Agência de Desenvolvimento do Barlavento – José Moura Bastos), GAL Urbano Tavira 2020 (Fundação Irene Rolo – Noémia Neves) e GAL Rural Baixo Guadiana 2020 (Associação Terras do Baixo Guadiana – Ricardo Bernardino), ou com a autoridade de gestão do CRESC Algarve 2020. As operações podem ser financiadas por via do FEDER e/ou do FSE. Para concorrer ao SI2E, o promotor deve aceder ao Balcão 2020. A autenticação no portal requer o uso do número de identificação fis-cal e da palavra-chave fornecida pela Autoridade Tributária e Aduaneira. Em relação às duas fases anteriores do SI2E no Algarve, foram aprovadas 19 candidaturas até 31 de outubro, com um investimento total de 967.447 euros.