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quinta-feira I 28 de junho de 2018 I ANO LXII - N.º 3196 I Preço 1,30
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MARIA JOAQUINA MATOS EM ENTREVISTA:
NESTE NÚMERO
"Casas para residentes é a prioridade em Lagos" P 4/5
Castro Marim:
Francisco Amaral apela ao bom senso da oposição
Fado, vinho e gastronomia de braço dado no "Lagoa Wine Show"
P 19
P 20
Triatlo:
Segurança:
Lusitano domina "sprint" na cidade pombalina
Mais inspetores do SEF no controlo do aeroporto
P 23
Está aí mais uma edição do Festival MED
P 24
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Mais inspetores do SEF no controlo do aeroporto AMN alerta para risco de derrocadas após queda de turista em arriba de Lagoa A Autoridade Marítima Nacional (AMN) coordenou, no passado domingo, o resgate de um turista espanhol em Lagoa. O caso aconteceu pelas 10h45, quando uma pessoa caiu numa zona rochosa, na base da arriba, junto ao Algar Seco, próximo do Carvoeiro. "Após estabilização da vítima de 52 anos, de nacionalidade espanhola, que apresentava suspeita de trauma nas costelas, foi transferida para a embarcação salva-vidas, acompanhada pela equipa do INEM e transportada para Ferragudo", adianta a AMN, acrescentando que a vítima foi transportada seguidamente de ambulância para o Hospital de Portimão. Face a esta situação, a Autoridade Marítima Nacional relembra o risco de derrocadas das arribas, alertando para as pessoas se manterem afastadas das mesmas, usufruindo apenas dos caminhos e trilhos assinalados.
Alcoutim e Ameixial já integram evento "Algarve Walking Season" O 1º Festival de Caminhadas de Lagos vai ter lugar no próximo mês de novembro. Este novo evento está integrado no “Algarve Walking Season” (AWS), que integra os já existentes Festival de Caminhadas de Alcoutim e o Festival de Caminhadas do Ameixial. O objetivo é afirmar a região enquanto destino turístico de natureza, ajudando ainda a combater a sazonalidade. O Festival de Lagos vai incluir quatro dias de atividades (1 a 4 de novembro), 8 a 10 caminhadas por dia, sendo esperados 300 participantes por dia. A organização pretende atrair diferentes públicos, nomeadamente famílias e caminhantes de longas distâncias, assim como envolver a comunidade local.
Lagos, Aljezur e Vila do Bispo juntos contra "o furo que ninguém quer" A associação de municípios Terras do Infante, que junta Lagos, Aljezur e Vila do Bispo, vai promover, na próxima sexta-feira, 29 de junho, a partir das 17h00, a conferência “O «Furo» que ninguém quer!”. Esta é mais uma forma de os municípios reiterarem a “frontal oposição” à prospeção e exploração de petróleo no Algarve. A abertura da conferência, que decorrerá no auditório da Câmara de Lagoa, será assegurada por Maria Joaquina Matos, presidente do conselho diretivo da associação Terras do Infante e presidente da Câmara de Lagos. Para o efeito foram igualmente convidados Pedro Matos Soares e João Camargo, ambos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A conferência tem entrada livre.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) conta com mais 13 inspetores no âmbito do reforço de verão do aeroporto de Faro. A novidade foi dada através de uma resposta do Governo ao grupo parlamentar do PCP, que, no final de abril, tinha denunciado carências neste serviço de segurança. O Governo adianta agora que também já abriu um procedimento concursal de recrutamento com o objetivo de preencher oito postos de trabalho na categoria e carreira geral de assistente técnico, da Direção Regional do Algarve, do mapa de pessoal do SEF. Além disso, o Governo assegura que “o parque automóvel do SEF vai receber um reforço de viaturas durante o segundo semestre de 2018”. Atualmente, o SEF conta, no Algarve, com 92 profissionais da carreira de investigação e fiscalização e cerca de 80 da carreira administrativa.
Segundo o deputado Paulo Sá, “este número de profissionais é manifestamente insuficiente para as necessidades do serviço, particularmente no período compreendido entre os meses de abril e de setembro, altura em que se torna necessário desviar inspetores das atividades de investigação e fiscalização para o controlo da fronteira no aeroporto de Faro”. De acordo com informação recolhida pelo PCP, o SEF necessitaria de, pelo menos, 120 profissionais da carreira de investigação e fiscalização e 100 da carreira administrativa no Algarve. Numa outra resposta ao PCP, relacionado com a insuficiência e envelhecimento do parque automóvel dos centros de saúde, o Ministério da Saúde, após consultar a ARS Algarve, adianta que “o parque de veículos desta ARS apresenta gastos elevados na sua manutenção”, estando
atualmente vedados às entidades a abertura de procedimentos de aquisição e renovações contratuais”.
Utilização da água para fins não agrícolas preocupa PCP O PCP alerta que as infraestruturas do Aproveitamento Hidroagrícola do Alvor, construídas há mais de 60 anos, encontram-se “muito degradadas” e necessitam de “uma profunda reabilitação”. Segundo os comunistas, a esta situação acresce ainda “a necessidade de redefinir o perímetro de rega, incluindo novos terrenos com aptidão agrícola e excluindo outros sem essa aptidão”. Este aproveitamento hidroagrícola situa-se nas freguesias de Bensafrim, Odiáxere (concelho de Lagos), Alvor e Mexilhoeira Grande (concelho de Portimão), abrangendo 957 beneficiários e uma área de 1.713 hectares.
O PCP salienta que a área regada representa uma pequena fração da área total do Aproveitamento Hidroagrícola do Alvor (688 hectares em 2017), sendo que uma parte significativa é relativa ao golfe (207 hectares em 2017) e a jardins (4 hectares em 2017), ou seja, a atividades não agrícolas. Isto significa que “menos de 30% dos 1.713 hectares estão a ser regados para fins agrícolas”, lamentam os deputados comunistas. Entre as principais culturas regadas em 2017 destacam-se os citrinos (104 hectares), as hortícolas (71 hectares) e a vinha (45 hectares). “É uma evidência que o Aproveitamento Hidroagrícola do Alvor está subaproveitado para a produção agrícola, sendo necessário a adoção de medidas, por parte do Governo, que potenciem a sua utilização plena”, reivindica o PCP.
ASSOCIAÇÃO AVANÇA COM CANDIDATURA A FUNDO AMBIENTAL
Almargem defende maior proteção das zonas húmidas A associação Almargem apresentou esta semana uma candidatura ao Fundo Ambiental para “aprofundar o conhecimento acerca de várias zonas húmidas algarvias” e, desta forma, “fundamentar adequadamente a sua classificação como áreas protegidas”. Ao todo, são três as áreas incluídas nesta candidatura, nomeadamente as áreas do Trafal e Foz do Almargem (concelho de Loulé), as áreas dos Sapais de Pêra e a Lagoa dos Salgados (Silves-Albufeira), bem como a zona húmida das Alagoas Brancas (Lagoa). A associação alerta que em todas elas existem projetos que podem colocar em causa a sua preservação.
Com esta candidatura, a Almargem pretende assim “iniciar um processo de classificação destas zonas húmidas como áreas protegidas de âmbito local”.
Por outro lado, a associação destaca que o Paul de Lagos também estava inicialmente apontado nesta candidatura, mas acabou por retirado devido à recente aprovação pelo
município de Lagos da proposta de elaboração de um plano de pormenor para esta zona.