Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

DE

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

quinta-feira I 18 de janeiro de 2018 I ANO LXI - N.º 3172

Estoi:

Alcooutim:

Terreno com falsa ruína na REN continua à venda na 'net' P 11

Câmara investe na modernização de serviços P 11

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Preço 1,30

DO

ALGAR VE ALGARVE

PORTE PAGO - TAXA PAGA

Vila do Bispo comemora feriado municipal

Monstrare exibe cinema social rodado no concelho de Loulé

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Castro Marim:

Futebol feminino:

Universidade do Tempo Livre prepara novo ano letivo P 16

Seleções sub-19 preparam Europeu em VRSA P 21

LINHA DO ALGARVE AGUARDA HÁ MAIS DE 40 ANOS PELO INVESTIMENTO

Comboios mais rápidos e modernos a partir de 2020

A modernização da linha férrea do Algarve é considerada uma prioridade regional desde 1974. Mas só agora o Governo vai avançar com um investimento de 33,6 milhões de euros para eletrificar a linha, permitindo assim que os comboios possam atingir maior velocidade e que sejam mais frequentes. Ainda hoje, a circulação é morosa em vários locais, muitas vezes não ultrapassando os 30 quilómetros por hora. Não espanta, por isso, que os transportes públicos tenham perdido 25% de utilizadores só na última década

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Um quarto das farmácias em situação de insolvência Situação começou a piorar a partir de 2012 e atinge 27 por cento das farmácias do Algarve (mais do que a média nacional), ou seja, 31 localizadas na região entraram no novo ano em situação de insolvência ou penhora

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FORTALEZA DE SAGRES É A CAMPEÃ DE BILHETEIRAS NA REGIÃO

Monumentos algarvios atingem os melhores resultados dos últimos 20 anos O aumento do turismo no Algarve está a ter um forte impacto na procura dos monumentos algarvios. Segundo a diretora regional de cultura do Algarve, Alexandra Gonçalves, “2017 foi o melhor dos últimos 20 anos, em termos de visitantes e de receitas”, nos monumentos da região. Já em 2016, os monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Algarve, com controle de entradas – fortaleza de Sagres, ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, monumentos megalíticos de Alcalar e ruínas romanas de Milreu – registaram um aumento de 5,1% no número total de visitantes, mantendo a tendência de crescimento que se verifica nos desde 2012. O campeão de bilheteiras continua a ser a fortaleza de Sagres, com mais de 335 mil visitantes registados em 2016, que colocam o monumento algarvio no top dos mais visitados do país. Na sua mensagem para 2018, a diretora regional explica que “melhorar e avançar na democracia cultural tem sido um importante desígnio dos últimos quatro anos da Direção Regional da Cultura do Algarve”. “O ano de 2017 foi um ano particularmente trabalhoso, com condicionantes por vezes externas à nossa ação, que

"Promover o Algarve cultural para além de si e do seu território"

A fortaleza de Sagres é a maior atração da região em termos patrimoniais, sendo o monumento mais visitado no Algarve e um dos mais procurados pelos turistas em todo o país

determinaram os resultados alcançados, dos quais fazemos um balanço positivo”, salienta Alexandra Gonçalves, reforçando que no ano passado “verificou-se um aumento significativo de visitantes dos monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Algarve”. Na região, cerca de 70% dos visitantes dos monumentos algarvios são de nacionalidade estrangeira.

Tendência de crescimento alargada a todos os monumentos “Estes factos devem-se em grande parte à conjuntura geral positiva do turismo, mas também ao esforço continuado de se promover, valorizar e programar para os nossos espaços. Esta tendência de crescimento foi alargada a todos os monumentos”, sublinha a responsável. Sobre o ano de 2018, Ale-

Draga vira-se ao largo da Armona As autoridades continuavam a investigar, à hora do fecho desta edição, as causas que levaram a draga de 80 metros, que estava envolvida numa operação de reposição de areias, a virarse na manhã desta terçafeira ao largo da barra do Lavajo (barra da Armona). Quatro dos tripulantes caíram à água, tendo sido recolhidos pelo táxi-marítimo e transportados para a Estação Salva-vidas de

Olhão e, posteriormente, para o Hospital de Faro, com sintomas de hipotermia. Apesar de terem chegado a ser avançadas como hipóteses a má acomodação da carga ou o excesso de carga nos tanques, só a investigação revelará os mtivos do incidente. O navio tinha 12.000 litros de gasóleo, no entanto a possibilidade de risco ambiental foi posta de lado pela Autoridade Marí-

tima. O alerta foi recebido cerca das 08h10 pelo Capitão do Porto de Olhão, que enviou para o local uma embarcação da Polícia Marítima e outra da Estação Salva-vidas de Olhão. O incidente ocorreu logo após a mudança de turno dos trabalhadores, numa altura em que o táxi-marítimo que os transportava ainda se encontrava na área. A draga, de nome “Brasinho”, pertence à empresa Sofareias.

xandra Gonçalves adianta que “há quatro obras em curso, com expetativa de que uma quinta se venha a concretizar, assim como, existem três candidaturas em avaliação no âmbito das acessibilidades dos monumentos”. Entre os projetos previstos para este ano merecem destaque “o Programa de Dinamização e Valorização dos Monumentos do Algarve (DiVaM), a Marca do Património Euro-

peu, os Lugares de Globalização, o Projeto Interreg Fortours, a Plataforma das Artes e Cultura, a dieta mediterrânica e o património cultural imaterial, as Lojas com História, a concretização dos proetos do orçamento participativo, o EAGrants, as intervenções com vista à acessibilidade nos monumentos, os apoios à ação cultural, os apoios à edição e o Prémio Maria Veleda”, entre outros.

Ainda em relação a este ano, Alexandra Gonçalves realça que 2018 é o Ano Europeu do Património Cultural e que “há uma agenda de programação em curso, que terá uma expressão regional”. “Esta é uma oportunidade que nos ajudará a promover o Algarve cultural para além de si e do seu território”, frisa, acentuando que o lema da direção regional continuará a ser “cultura e património no Algarve, valores a reforçar e a democratizar”. Uma das grandes apostas da Direção Regional de Cultura do Algarve para 2018 continuará a ser o DiVaM, que no ano passado contou com cerca de 50 sessões de 25 pro-jetos culturais regionais. Tratam-se de propostas que incentivam a visitar ou a revisitar os monumentos algarvios e que convidam a “viver” os espaços históricos da região de uma forma diferente, mais direta, mais pessoal. Iniciado em 2014, este programa “tem contribuído de forma importante para o renovar do interesse das comunidades pelo seu património, o que se traduziu também numa maior afluência no número dos residentes da região a estes espaços”. N.C.


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